Coopere - Construindo Uma Cultura de Extremo Trabalho Em Equipe

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COOPERE

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  • Coopere

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  • Outras obras do dr. John Eliot

    Overachievement: The New Model for Exceptional Performancewww.overachievement.com

    Overachievement, the comic bookwww.smartercomics.com/overachievement

    The Maverick Mindsetwww.nightingale.com

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  • Rio de Janeiro, 2014

    Coopere

    Kevin Pritchard e John eliot

    Construindo uma cultura de extremo trabalho em equipe

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  • Para Nossos Pais,por nos darem a confiana para buscarmos a realizao dos

    nossos sonhos.

    Para KJ & Kendall, e Anner & Norm,por serem inspiraes.

    Para Marlene

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  • Sumrio

    Introduo 1

    1. Coopere 11

    Uma Cultura de Cooperao: Comea Dois Passos Frente do Centro da Ao

    2. Crie uma Dinastia de Altrusmo 45

    Uma Cultura de Cooperao: Fazer Parte de Algo Maior do que Voc Mesmo

    3. Tenha Amor Frente da Camisa 74

    Uma Cultura de Cooperao: Define os Ingredientes Certos de Maneira Diferente da Maioria das Empresas

    4. Livre-se das Varas de Pescar e das Cenouras 100

    Uma Cultura de Cooperao: Motivada na Fonte

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  • viii

    5. Administre Energia, No Pessoas 119

    Uma Cultura de Cooperao: No Necessita de Vigor, Ela Prov Vigor.

    6. Invoque a Regra dos 30 Minutos 142

    Uma Cultura de Cooperao: Luta Contra a Eficincia da Comunicao da Era da Informao

    7. Devore Obstculos no Caf da Manh 161

    Uma Cultura de Cooperao: Possui o Tipo de Fora que Pode Surpreend-lo

    8. Mea o Imensurvel 183

    Uma Cultura de Cooperao: Aborda o que o Moneyball Ignora

    9. Aja Como um Anti-Lder 202

    E uma Vez que Voc Planta as Sementes de uma Cultura de Cooperao: Pare de se Lamentar!

    Agradecimentos 225

    Fontes 227

    ndice 233

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  • 1Introduo

    Se voc como a maioria das pessoas que conhecemos, provavel-mente j viveu a experincia do restaurante ou algo parecido com ela. Acabaram de servir sua sopa. Na nsia de aproveit-la, contudo, voc deixou sua colher cair. Voc precisa de outra, mas o seu garom no est disponvel, ele voltou cozinha para verificar um pedido de outra mesa. O restaurante est muito cheio.

    Em um Bom Restaurante Voc chama o garom mais prximo que passa pela sua mesa e explica

    que precisa de outra colher. Esse garom diz que vai informar ao garom que est lhe servindo. Voc espera. Se tiver sorte, no demora muito para que seu garom reaparea.

    Em um Restaurante Melhor

    O garom que voc chamou diz pra j e imediatamente pega outra colher para voc, mesmo que ele no seja o responsvel por sua mesa.

    Em um Restaurante Excelente

    No instante em que sua colher tocou o cho, ela chamou a ateno de um ajudante do garom, de dois outros garons do seu setor e do matre dhtel. Enquanto estavam todos ocupados com suas prprias tarefas, uma colher cada para eles no era um problema do seu garom, era um problema do restaurante. O ajudante do garom chega instantaneamente sua mesa oferecendo uma nova colher antes mesmo que voc pegue a outra.

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  • INTRODUO2

    Tal coordenao uma proeza complicada para um restaurante peque-no, quase impossvel para uma organizao grande, multinacional. E ainda assim as empresas mais bem administradas do mundo proporcionam exata-mente essa experincia aos clientes, fornecedores e outros acionistas.

    O ingrediente secreto? Eles cooperam o pice do trabalho em equipe.Em um total de 30 anos, nossas carreiras focaram na construo de gru-

    pos de alta performance. Ns abraamos a Regra das 10 Mil Horas de nosso amigo Malcolm Gladwell (apresentada em seu best-seller Fora de Srie Outliers), registrando mais de 50 mil horas no estudo de fatores de separao que criam campees e dinastias. Os exaustivos testes, pesquisas e avaliaes nos ensinaram que as equipes verdadeiramente especiais possuem um de-nominador comum imutvel, independente da rea em que atuam: uma dis-posio para fazer o que for preciso para ajudar os outros a vencer. Como a maioria dos restaurantes que se destacam, as empresas mais bem adminis-tradas desenvolvem essa disposio em uma paixo fervorosa e eficaz.

    Na linguagem do basquete isso se chama Cooperar (expresso equivalen-te ao ingls Help the Helper), uma frase proferida pelo famoso tcnico Dean Smith. Ele utilizou essa estratgia para estabelecer um recorde de vitrias na NCAA National Collegiate Athletic Association (Associao Atltica Universitria Nacional) , ganhar por dez vezes os prmios de Tcnico do Ano, instruir grandes atletas como Michael Jordan e acumular uma expres-siva quantidade de ttulos de conferncia e campeonatos nacionais e mun-diais (inclusive uma medalha de ouro olmpica). Os lendrios tcnicos Phil Jackson, Mike Krzyzewski, Pat Summitt e Roy Williams adotaram a abor-dagem reunindo suas prprias sucesses histricas de vitrias, assim como fizeram as promessas mais talentosas do basquete. Vamos mostrar a voc como aplicar essa estratgia no seu negcio, do mesmo modo que aplicamos no nosso.

    Em 2006, o Portland Trail Blazers foi uma vergonha para o basquete. O time era conhecido nos Estados Unidos como Jail Blazers (Blazers da Cadeia) alguns de seus jogadores mais talentosos tinham problemas na justia, colegas de time brigavam no vestirio e havia uma linha de frente moldada por divergncias. O estdio Rose Garden Arena estava falindo. Os consumidores eram a ltima coisa na cabea da organizao. O time ter-minou a temporada no fundo do poo, com uma trgica campanha de 21 vitrias e 61 derrotas.

    No mesmo ano, o Tampa Bay Devil Rays foi um fiasco no beisebol. Uma franquia em expanso em 1998, eles nunca ganharam uma temporada, ter-minando 11 jogos abaixo de 50% de aproveitamento na melhor das hip-teses e na ltima colocao em todos os anos, exceto por um. Os morado-res de So Petersburgo pareciam no ter nenhum interesse em comprar os ingressos; o pblico era o mais baixo do campeonato, no alcanando nem

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  • INTRODUO 3

    mesmo a metade de qualquer outro time da MLB Major League Baseball (mesmo aqueles que tambm estavam em posies inferiores). Os Rays con-cluram a temporada alcanando a marca de 101 derrotas.

    Durante a baixa temporada da NBA (National Basketball Association), Kevin Pritchard KP carinhosamente apelidado de culture kid (garo-to culto) pela cidade de Portland, tomou as rdeas para lidar com as nego-ciaes e o desenvolvimento de jogadores dos Blazers. Concomitantemente, durante as frias da MLB, John Eliot o doutor ento professor da Rice University (agora de Stanford), a quem os alunos chamam de modificador de vidas, foi contratado pelos Rays para um cargo criado recentemente: Di-retor de Psicologia da Performance.

    Em menos de trs anos, o Trail Blazers subiu para uma mdia de 70% de vitrias, chegando s eliminatrias, e os assessores chamaram aquela orga-nizao de um modelo de excelncia operacional que outros ramos de neg-cios deveriam copiar; o Tampa Bay Rays tirou o Devil (demnio) do nome, lotou o estdio Tropicana Field todas as noites com fs barulhentos e venceu a American League.

    Para explicar as transformaes, os especialistas so rpidos em apon-tar a analtica do capital humano o uso moderno e fascinante de dados empricos de desempenho e da econometria para conduzir a avaliao, a aquisio e o gerenciamento da equipe.

    As linhas de frente dos esportes profissionais eram amplamente desguar-necidas desse tipo de abordagem cientfica liderana at meados dos anos 90, quando Sandy Alderson, um veterano da Marinha no Vietn com graduao em Direito nas faculdades de Dartmouth e Harvard, comeou inovando como o Gerente-Geral do time de beisebol Oakland Athletics. Com o time obtendo uma dvida considervel quando os proprietrios Steve Schott e Ken Hofmann assumiram a equipe, Alderson foi incumbido de cortar salrios ao ponto de terem a folha de pagamento mais barata do beisebol, no sendo mais capazes de pagar a lista robusta (literalmente) com Mark McGwire e Jos Canseco, que levou o Oakland vitria da World Series, srie final da MLB, em 1989. Sandy um competidor com firmeza de princpios. Ser chutado para o fim da fila? Aceitar a derrota? No so opes. Armado pela unio da disciplina militar com o brilhantismo da Ivy League, Sandy sempre encontrar uma forma de lutar. E se ele no puder venc-lo em seu territrio, ele ir faz-lo lutar no dele.

    Chega a sabermetria*, o novo campo de batalha dos executivos do beisebol, trazida proeminncia pelo aprendiz de Alderson, Billy Beane, transformada em moda corporativa pelo autor Michael Lewis no livro Moneyball e, agora, um filme sensual com Brad Pitt. O salto dos As, apelido do Oakland Athletics, de mais de meia dcada de derrotas para uma porcentagem anual de vitrias que os levavam liderana da diviso, duas temporadas com mais de 100 vit-

    * N.E.: Do ingls sabermetrics, anlise estatstica do beisebol.

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  • INTRODUO4

    rias e uma sequncia de participaes nas eliminatrias de 2000 a 2006 tudo isso estando entre as trs folhas de pagamento mais baixas dentre os trinta times da liga gerou um movimento no esporte para, como os comentaristas gostam de dizer, ativar o modo geek. O perfil dos gerentes gerais, desde a MLB at a NFL (National Football League) e a NBA, comeou a mudar. In-meros olheiros com instinto nato, estilo bola pra frente, que passaram uma vida inteira para alcanar o topo, foram substitudos por meninos de 28 anos que eram to geis fazendo planilhas quanto Ozzie Smith ao fazer saltos mor-tais de costas na posio de interbases. Alavancar as estatsticas para descobrir e desenvolver qualidades subestimadas tornou-se o nome do jogo.

    Portanto no nenhuma surpresa que os jornalistas, quando relatam as conquistas em Portland e Tampa, falem sobre nmeros. Ambos eram times de mercado reduzido com limitaes significativas em suas folhas de pagamento. Ambos empregavam gnios como o famoso graduado do Massachusetts Insti-tute of Technology MIT que causou prejuzo a Las Vegas, Jeff Ma*. Am-bos mapearam a curva de sucesso de Oakland, sem a fora das estrelas Alex Rodriguez/Kobe Bryant. Ento eles devem ser exemplos prticos de Moneyball no trabalho. Mas no so.

    H um bom motivo para que o nome de Jeff Ma surja nessa discusso. Ele sabe mais de matemtica do que a maioria dos defensores atuais da saberme-tria. E ele um grande amigo nosso. A analtica com certeza desempenhou um papel na criao das listas de jogadores do Trail Blazers e dos Rays; ns temos tendncia de adotar precocemente uma ideia. Acreditamos no estabelecimento de estratgias cientificamente testadas para a liderana. Temos orgulho da pr-tica baseada em evidncias e do trabalho incansvel para permanecermos na vanguarda das tecnologias emergentes (inclusive, atualmente, expandindo os limites da captura dinmica de movimento, do biofeedback e da fisiometria). Como ns mesmos somos ex-atletas, tambm compartilhamos uma hlice do DNA de Billy Beane, o que parece ter permitido que reconhecssemos rapida-mente os mritos dos esforos pioneiros de Alderson e de Beane.

    Assim como fez Theo Epstein, o mentor por trs do fim da Maldio do Bambino de Boston; R. C. Buford, o gerente-geral que obteve a sequncia distinta de ttulos da NBA para o San Antonio Spurs; e Bob Kraft, o pro-prietrio da franquia dos Patriots da NFL, que constantemente dispensava jogadores de nvel de Pro Bowl (o jogo das estrelas da NFL) e os primeiros do draft da liga, e ainda assim estava a caminho de obter trs trofus Vince Lombardi em quatro anos. Existem duas falhas centrais na presuno lgica de que o conhecimento estatstico gera campees ou reviravoltas:

    * Jeff Ma o matemtico-transformado-em-empreendedor cuja histria foi a inspirao para o livro Quebrando a Banca e para o filme de mesmo ttulo, com Kevin Spacey.

    Refere-se ao perodo de 86 anos em que o Boston Red Sox ficou sem ttulos. Acreditava-se que a m fase devia-se venda do jogador base Ruth ao seu maior rival, o New York Yankees

    Processo de seleo de jogadores universitrios nas ligas profissionais dos EUA.

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  • INTRODUO 5

    1. Em 2006, quando comeamos a fazer mudanas organizacionais, o Sox, o Spurs e vrios outros oponentes da liga inclusive times de grande mercado que podiam usar seus bolsos cheios para gastar alm da conta na rea da sabermetria assim como gastavam alm da conta na aquisio de talentos j haviam implementado equipes e estrat-gias de anlise de desempenho. A vantagem competitiva do primeiro a agir j no existia. Um dos economistas esportivos mais respeitados, Andrew Zimbalist, no The Wall Street Journal (23 de setembro de 2011), concorda: A ideia de que um time de mercado reduzido pode re-petir o que os As fizeram tola. Qualquer ideia de que possvel obter algum tipo de equilbrio por causa da sabermetria bastante ilusria.

    2. A analtica fornece informaes post hoc, avaliando dados de de-sempenho e procurando padres retrospectivamente. Isso til, at certo ponto, para a tomada de decises na rea do capital humano. Compilar dados de talentos no papel, no entanto, no liderana. Fa-zer com que aquele talento vena, so outros quinhentos. Por exemplo: o beisebol de Boston em 2011. Apesar do acesso exclusivo a Bill James, o pai da sabermetria, apesar de ter, provavelmente o time mais saber-mtrico dos campos de beisebol (sendo chamado de o melhor de todos os tempos, em comparao com o time de 1927 dos Yankees), apesar de uma vantagem de nove jogos faltando menos de um ms para entrar na temporada regular, apesar de a maioria dos seus jogos restantes ser contra os times mais fracos e de uma probabilidade de 99,6% de ganhar pelo menos o Wild Card* , o Red Sox fracassou.

    Sentimos muito por frustrar todos os maiorais do Clculo; a relao inver-sa da folha de pagamento at a ficha tcnica no a histria real. As conquistas dos Rays e dos Blazers recuperao de uma situao degenerativa em um perodo relativamente curto no foram resultado de descobertas de novos dados ou de uma percepo habilidosa de qualidades subestimadas. No fize-mos nada nos departamentos de economia ou de matemtica que nossos com-petidores diretos no estivessem fazendo. Na verdade, ns conscientemente ramos os piores de vez em quando, violando de propsito algumas regras do Moneyball aqui e ali. Quando KP estava no San Antonio Spurs, por exem-plo, a equipe executiva do time realizou um aparente movimento de retrocesso ao pagar milhes pelo ala Bruce Bowen, considerado muito abaixo da mdia.

    Teoricamente, nunca pagariam a ele dois ou trs milhes. Mas ele conseguia parar Kobe Bryant. Bowen demonstrava entusiasmo um raro entusiasmo em limitar-se a realizar tarefas altrustas, mesmo que houvesse uma grande pos-sibilidade de fracasso. Ele realizava satisfeito o trabalho mais difcil nas quadras.

    * Refere-se a duas equipes, em cada uma das duas c conferncias, que se classificam para as eliminatrias apesar de no terem vencido suas divises.

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  • INTRODUO6

    Jogadores como Bowen deviam estar forando Bill James e companhia a ir alm de avaliaes individuais. Jogadores como Bowen transformam ti-mes bons em times excelentes porque tm devoo por cooperar, devoo por colocar seus colegas de time antes deles mesmos, uma devoo que ainda no mensurada pela sabermetria.

    Infelizmente, o Santo Graal moderno da analtica calcular a carga re-lativa do sucesso do grupo atribuvel a uma determinada pessoa. James pu-blicou o livro Win Shares em 2002, inteiramente dedicado a esse assunto. Quase 100 pginas so dedicadas apenas elaborao de uma frmula au-tossuficiente como a primeira medida a permitir a comparao funcional do valor de atletas ao longo das eras. Com isso, James prope um sistema para evocar perguntas do tipo Quem valia mais, Babe Ruth, Hank Aaron... ou Barry Bonds?.

    As respostas de James materializam-se na forma de Aes Ofensivas de Vitrias, AOV.

    Michael Jordan liderou na NBA em AOV por oito temporadas seguidas (sem contar seu hiato para tomar um cafezinho na MiLB Minor League Baseball). Sua mdia com o Bulls era de 11,2 AOV por ano. Em 2008, LeBron James liderou em AOV com 13,7. Juwan Howard tinha -0,3. Voc leu corre-tamente: as AOV de Howard eram um nmero negativo. Estatisticamente, o desempenho dele fazia o prprio time perder. KP o contratou imediatamente quando ele se tornou dono do prprio passe!

    Pelos primeiros cinco anos da carreira de Howard, ele era um destaque numrico. Estava entre os lderes da diviso em pontos por jogo (PPJ) e em taxa de eficincia do jogador (TEJ). Suas aes de vitrias eram altas, 7,0. Ento ele passou por um declnio contnuo, pulando de cidade em cidade, vestindo sete uniformes diferentes em oito anos. Os gerentes gerais realiza-ram peripcias com os tetos salariais para lidar com a remunerao anual de $9,68 milhes que ele coletou durante aquele perodo. Abrangendo as duas temporadas antes de sua chegada ao Blazers, alm de suas aes de vitrias negativas, ele obteve 2,6 em PPJ e 7,5 em TEJ, classificando-se entre os dez ltimos de todos os jogadores da NBA que tinham um tempo mdio de jogo na liga ou mais. Ser que Kevin estava louco?

    Michael Jordan diz sobre Juwan: O melhor trabalho tico e o melhor carter do jogo.

    Steve Fisher, tcnico de Juwan em sua poca de faculdade na University of Michigan, diz: Ele o Rochedo de Gibraltar.

    No entanto, qualificamos os sentimentos de MJ e de Fisher acrescentan-do que no acreditamos na ideia de que um cara s pode ser um lder de vestirio. Ele deve fazer isso tambm em campo na quadra de basquete, no campo de negociao, no escritrio para ganhar respeito. Talvez isso faa nossa avaliao do RIJ (retorno de investimento em um jogador) potencial de Howard ser muito estranha.

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  • INTRODUO 7

    WINSTON CHURCHILL

    A verdadeira genialidade reside na capacidade de avaliao de informaes incertas e confl itantes.

    Pelo menos o que esperamos, at voc ler este livro.Os Blazers possuam uma lista de jovens talentos como Brandon Roy,

    LaMarcus Aldridge e Greg Oden. E Juwan ainda tinha gs. O tipo certo de gs. Seus princpios de liderana so maravilhosos dentro das quadras, fora das quadras e entre as quadras. O que as estatsticas no falam o quan-to ele capaz de realizar sob presso, seja qual for a motivao do jogador. As estatsticas no calculam o valor futuro daquilo que os outros colegas de time aprendem sobre a forma como um jogador lida com o fracasso ou com um desempenho abaixo da mdia.

    Pegue o RIJ do Tampa para Josh Hamilton. Eliot estava maluco quando conduziu por tanto tempo um processo que cederia o prmio de Jogador Mais Valioso para outro time?

    Em 1999, o ento Devil Rays selecionou Josh como o nmero um de todo o draft amador. Sete anos depois ele estava fora do beisebol, nunca conse-guiu sair da MiLB, viciado em crack e em lcool, com um registro de leses indicando que seu corpo poderia no estar apto a aguentar o rigor de uma temporada longa, banido indefi nidamente pelo Comissrio do Beisebol. Ao deix-lo no Rule 5 draft , quando foi para o Cincinnati Reds, antes da tem-porada de 2007, o que os Rays ganharam pelos milhes que desembolsaram? Nada de proveitoso.

    A no ser que voc leve Evan Longoria em considerao. Durante a tem-porada da Liga de Instruo dos Rays em 2006, Longoria era um jovem inex-periente a terceira escolha geral daquele ano, escapando do trmino de sua graduao na California State University, Long Beach, para embolsar trs milhes de dlares em bnus de contrato, adquirindo idade sufi ciente para beber ao mesmo tempo em que chegou ao beisebol profi ssional. Adquiriu o hbito de sair at tarde da noite, chegar de ressaca nos treinos, todos os si-nais de um desastre. Exceto que na Instruo estava Hamilton, embarcando em seu famoso retorno, salvador de sua vida. Por iniciativa completamente prpria, ele levou Evan para debaixo de sua asa. Eles comearam a fazer trei-nos extras, e em seguida fi cavam no vestirio do time, depois que todos os jogadores j tinham ido embora, conversavam sobre tudo, desde dinheiro at drogas e relacionamentos. Josh comeou a levar Evan com ele para a igreja.

    A transformao pela qual Longoria passou em matria de profi ssiona-lismo e de concentrao mudou-o completamente.

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