CONCRETO PROTENDIDO

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CONCRETO PROTENDIDO

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  • 28Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 2-14 mostra as zonas de trao e compresso produzidas por cargas uniformes balanceadas aplicadas internamente.

    Comparando as figuras 2-12 e 2-14 vimos que foras para cima componentes da protenso produzem zonas de tenso opostas quelas produzidas pelas cargas externas, anulando ou reduzindo os efeitos da tenso produzida pelas mesmas e trazendo uma tenso resultante dentro dos limites permitidos pelas normas. Em casos de vos significantemente diferentes e/ou diferenas em magnitude de cargas, o engenheiro estrutural pode empregar um nmero de opes diferentes de projeto. Reduzindo a curvatura dos cabos (ou brao de alavanca) enquanto ainda se mantm a mesma quanti-dade de protenso ou mantendo a curvatura completa, mas reduzindo a fora de protenso, o engenheiro estrutural ainda consegue o mesmo balanceamento de cargas requerido. importante manter os cabos no perfil correto para atingirmos os critrios de projeto.

    2.6 BALANOSPeas em balano so crticas, pois seu projeto depende do seu comprimento, das cargas aplicadas e da influncia dos vos interiores adjacentes. Durante o estgio de projeto um equilbrio crtico conseguido entre a pea em balano e o vo engastado, conseqente-mente o perfil do cabo da pea em balano deve ser detalhadamente observado.

    Figura 2-15 Efeito do posicionamento do cabo no comportamento da pea em balano

    Captulo 2Protenso

    Figura 2-14 Zonas de trao e compresso produzidas por cargas uniformes balanceadas aplicadas internamente (Wbalanceadas)

    C = Zona de compresso T = Zona de trao

    Linha neutra inicialda pea de concreto

    Apoio

    Com 100 % da carga balanceadasem contra-flechasem flecha

    Centro efetivo das placas de ancoragemcolocados acima da linha neutra do con-creto (cabos com muita fora para cimana pea em balano)

    Placas de ancoragem colocadas abaixoda linha neutra (cabo com pouca forapara cima na pea em balano)

    O cabo nos apoios deve estar sempreposicionado acima da linha neutra e nocomo neste desenho

  • 29Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Fabricao

    3. FABRICAO

    3.1 FABRICAO DAS CORDOALHASOs procedimentos de fabricao de cabos no aderentes devem estar de acordo com as exi-gncias do Instituto da Ps-Trao americano (PTI) "Especificaes para Cabos Monocor-doalha No Aderentes", publicado em julho de 1993.

    O primeiro passo no processo de fabricao o cobrimento da cordoalha com graxa (Figura 3-1).

    A cordoalha de ao a mesma utilizada na protenso aderente. Depois de fabricada em com-primento de aproximadamente 11.000 metros, ela levada ao equipamento de engraxamento e extruso do plstico (Figura 3-2).

    Captulo 3

    Figura 3-1 Cordoalha coberta de graxa revestida com bainha plstica

    Figura 3-2 Rolo de cordoalha nua

    Bainha Graxa Cordoalha

  • 30Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    A cordoalha nua coberta com graxa inibidora de corroso e ento revestida com a bainha plstica (Figura 3-3). O processo comea passando a cordoalha por um aplicador de graxa que recobre a cordoalha uniformemente com a quantidade exata de graxa inibidora de cor-roso. A cordoalha coberta de graxa segue pela mquina extrusora que aplica e regula a espessura adequada de plstico derretido. Posteriormente a cordoalha passa por uma canaleta de gua para que seja resfriada antes de ser novamente enrolada.

    A bobina de 11t com a cordoalha revestida pela bainha plstica (Figura 3-4) ento transferi-da para a linha de corte onde cortada em bobinas menores, de at 3t, para despacho aos clientes (Figura 3-4A).

    3.2 FABRICAO DOS CABOSRecebidas as bobinas, a firma de protenso ou a prpria obra providencia o corte das cor-doalhas nos comprimentos do projeto. Em seguida recebem uma ancoragem pr-cravada em uma das extremidades formando cabos monocordoalhas. So ento etiquetados e iden-tificados para transporte.

    Fabricao Captulo 3

    Figura 3-3 Processo de extruso

    Figura 3-4A Bobina com 3t de cordoalhaplastificada pronta para despacho

    Figura 3-4 Bobina com 11tde cordoalha

  • 31Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Todo cuidado deve ser tomado para assegurar que as ancoragens passivas estejam fixadas de acordo com as diretrizes da firma de protenso. Os cabos cortados e enrolados so cin-tados juntos usando uma amarrao de ao com um material de proteo entre os cabos enrolados e a amarrao, pois, assim, a bainha plstica no ser danificada (Figura 3-5). Todos os cabos enrolados devem ser identificados com o nome da obra, nmero do pavi-mento, concretagem, etc. S ento os cabos enrolados so carregados em caminhes e remetidos para o canteiro de obras (Figura 3-6). Uma vez entregues, o armazenamento, o manuseio e a colocao dos cabos de responsabilidade da construtora e/ou do insta-lador.

    Para facilitar a identificao dos cabos e seus respectivos comprimentos, alguns projetistas estruturais j definem em seus projetos a marcao dos cabos com tinta spray por meio de uma combinao de trs cores. Assim o instalador pode identificar mais facilmente a dife-rena de comprimento entre os cabos.

    Fabricao Captulo 3

    Figura 3-5 Estoque de cabos cortados e enrolados, com ancoragens pr-blocadas, devidamente

    etiquetados. Amarrao com arame cabo a cabo. Para amarrao de conjuntos de cabos deve ser usada

    cinta protetora para no danificar a bainha plstica

    Figura 3-6 M condio do estoquena obra dos cabos cortados

  • 32Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4. DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA UMA OBRA DE PROTENSO

    4.1 GERALCertos documentos tm um papel importante no sucesso da construo de qualquer proje-to. A disponibilidade, preservao e controle desses documentos ir ajudar a prover uma montagem e protenso sem defeitos. Os documentos pertinentes so: desenhos da cabla-gem, romaneios, certificados de qualidade dos materiais, calibrao dos macacos e os registros da protenso. Este material deve ser mantido com a construtora ou seu designado. Cada um deles ser discutido a seguir:

    4.2 DESENHOS DE INSTALAO (CABLAGEM)A instalao de qualquer elemento da ps-trao deve somente ser iniciada de acordo com os desenhos para construo feitos pelo engenheiro estrutural. Os desenhos devem detalhar o nmero, tamanho, comprimento, marcao de cores, alongamento, perfil e localizao (ambos em planta e elevao) de todos os cabos, assim como o plano dos apoios para os cabos e para o ao de fretagem. de responsabilidade da construtora ou de seu designado mudar os desenhos depois de aprovados e marc-los para mostrar as revises ou substi-tuies em relao aos desenhos revisados e reprovados. Muita ateno para atualizar todas as alteraes. Desenhos substitutivos devem ser preservados pelas construtoras ou seudesignado.

    4.3 ROMANEIOSCada remessa de materiais de ps-trao entregue no canteiro de obras deve ser acompa-nhada por uma lista detalhada dos materiais (placas de ancoragem, cunhas, cadeiras para suporte dos cabos, cabos, macacos e etc.). A quantidade de materiais entregues deve ser conferida com a lista de remessa no momento em que os materiais so descarregados. Discrepncias devem ser relatadas pela construtora ou seu designado imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em tempo hbil pode resultar em exten-so do prazo de execuo da obra.

    4.4 CERTIFICADO DOS MATERIAISAs propriedades fsicas dos materiais de ps-trao so descritas por certificados de mate-riais fornecidos pelo fabricante da cordoalha e pela firma de protenso, quando requeridos nos documentos de contrato. Tais certificados podem acompanhar a remessa para o can-teiro de obras ou chegar pelo correio, para a construtora ou seu designado. Todos devem estar disponveis para consulta quando necessrio. Certificados das amostras de material do cabo so mostrados no Apndice 15.1.

    4.5 CALIBRAO DOS MACACOSCada conjunto de equipamentos de protenso (macaco e bomba) disponibilizado pela firma deve ser acompanhado por uma tabela de calibrao relatando a presso no manmetro para a fora aplicada no cabo. As tabelas de calibrao devem chegar com o equipamento e devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e inspetores sempre que as operaes de protenso so iniciadas. O manmetro da bomba deve estar regulado para mostrar a presso mxima de protenso. Exemplo da tabela de calibrao do macaco mostrado no Apndice 15.2.

    Documentos de Controle Captulo 4

  • 33Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4.6 TABELAS DE PROTENSOAs tabelas de protenso devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e inspe-tores do projeto sempre que a protenso iniciada. responsabilidade da construtora ou de seu designado remeter imediatamente aps a protenso ter sido completada, as tabelas para reviso e aprovao pelo engenheiro estrutural antes do corte das pontas dos cabos. Exemplo da tabela de protenso mostrado no Apndice 15.3.

    Documentos de Controle Captulo 4

  • 34Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    5. ENTREGA, RECEPO, MANUSEIO E ESTOCAGEM

    5.1 ENTREGA E ACEITAO1. Quando o ao cortado fora do local da obra, todos os cabos enrolados devem ser iden-

    tificados com o nome da obra, nmero do pavimento, nmero da concretagem, etc.

    2. Aps a entrega responsabilidade do comprador zelar pela integridade dos materiais e equipamentos para satisfazer as especificaes e documentos de contrato. O com-prador normalmente transfere a responsabilidade ao instalador.

    3. responsabilidade do instalador conferir o material entregue em relao lista de remessas no momento em que o mesmo descarregado. Discrepncias quanto ao mate-rial entregue devem ser relatadas pelo construtor ou seu designado imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em tempo hbil pode limitar os direitos do comprador de recorrer e resultar em extenso do prazo da obra.

    5.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM1. Durante o processo de descarga tenha cuidado para no danificar a bainha plstica.

    recomendado o uso de correia de nylon durante a descarga e manuseio dos materiais. A correia de nylon nunca deve estrangular no manuseio dos cabos de ao de protenso enrolados, sempre envolvendo o rolo com a correia e passando-a pelo centro do mesmo. Enganche cada ala da correia no equipamento de iamento. No use correntes ou gan-chos para descarregar os cabos, pois isso pode resultar em danos severos aos mesmos.

    2. O processo de descarga deve ser efetuado to prximo quanto possvel da rea de armazenamento para evitar manuseio excessivo dos materiais. Mltiplas movimentaes de estoque aumentam a possibilidade de danificar a bainha plstica e outros compo-nentes do sistema.

    3. Todos os cabos devem ser estocados em uma rea seca sobre um estrado para mant-los isolados do solo. Se forem usadas lonas plsticas para cobr-los, responsabilidade do instalador mant-los cobertos. Quando usadas lonas para proteo dos cabos, elas devem ser colocadas formando uma tenda para permitir a livre circulao do ar por entre os cabos enrolados para evitar a corroso em conseqncia da condensao que se forma embaixo da lona. Os cabos no devem ser expostos gua, sal ou outro tipo de elemento corrosivo. Quando o armazenamento por um longo prazo necessrio, os cabos devem ser protegidos da exposio luz do sol por longos perodos de tempo. O correto armazenamento do material no canteiro de obras fundamental para a integridade dos sistemas de ps-trao no aderente.

    4. As cunhas e as ancoragens devem ser estocadas em uma rea limpa e seca e identifi-cadas por pavimento e/ou seqncia de concretagem. Esses materiais somente devem ser usados na concretagem programada para elas. Caso as peas programadas para uma concretagem sejam usadas em outra concretagem, o instalador deve notificar a mudana com o propsito de rastreamento. Qualquer movimento de ancoragens e cunhas no can-teiro de obras deve ser feito com cuidado para preservar o rastreamento do lote.

    5. O macaco e o manmetro da bomba no podem ser separados. Ambos so calibrados como se fossem um s equipamento.

    Entrega, Recepo, Manuseio e Estocagem Captulo 5

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    6. Confira imediatamente os registros de calibrao do macaco, os quais podem ser enviados separadamente ou podem estar com o romaneio. Localize no manmetro da bomba e no macaco o nmero correspondente ao registro de calibrao. Macacos e manmetros das bombas devem ser calibrados antes de remetidos obra. Caso haja qualquer discrepncia, contate a firma de protenso para resoluo. No espere at o dia da protenso para iden-tificar um problema.

    7. Guarde o equipamento de protenso em um lugar seguro, limpo e seco e permita que o acesso aos equipamentos seja feito apenas por pessoal treinado e qualificado.

    8. Siga as regras da firma de protenso e instrues relativas ao cuidado, ao uso e manu-teno desses equipamentos. Os equipamentos de protenso no devem ser usados em qualquer outra operao que no a protenso dos cabos.

    Entrega, Recepo, Manuseio e Estocagem Captulo 5

  • 36Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6. MONTAGEM DO SISTEMA NA OBRA

    6.1 GERALA montagem dos cabos monocordoalha no aderentes crtica para a performance da estru-tura na qual eles esto incorporados. O uso de tais cabos proporciona muitas vantagens tanto no custo quanto no nvel de melhora da performance das estruturas de concreto, quan-do elas so propriamente projetadas e montadas. Esse captulo fornece informaes aos profissionais de campo envolvido no processo de montagem.

    6.2 COORDENAO DAS FUNES RELACIONADASEnquanto este captulo trata da instalao de cabos monocordoalha no aderentes, a mon-tagem propriamente dita requer cuidado coordenado de muitas funes independentes, abordadas em vrios captulos deste manual. Indiferentemente de quem assumiu a respon-sabilidade pela montagem (firma de protenso, construtora ou sub-contratada), impor-tante que as seguintes reas de responsabilidade sejam includas no controle das partes nomeadas:1. Conferncia e aceitao dos materiais entregues2. Manuseio e armazenamento no local3. Reviso de todos os documentos pertinentes antes da montagem e coordenao com

    outros empreiteiros4. Segurana relativa ao local5. Montagem dos cabos monocordoalha no aderentes, ancoragens e acessrios. Os insta-

    ladores so responsveis por todo o esquema de montagem6. Montagem de todo o ao de reforo7. Inspeo da montagem antes da concretagem (ver seo 6.7)8. Superviso das operaes de lanamento do concreto9. Protenso inclui preparao, protenso e corte da ponta dos cabos10. Guarda dos registros gerais inclui registro de etiquetas de remessas e entregas, dese-

    nhos de construo, desenhos e relatrios de como construda e manuteno de re-gistros de protenso. Quando um laboratrio de inspeo contratado para manter uma superviso e anotao da operao de protenso, a firma de protenso pode manter (se desejar) registros de protenso independentes com o propsito de auxiliar

    Se qualquer uma das responsabilidades acima estiver sendo compartilhada ou organizada por diferentes partes, a coordenao e garantia da qualidade podem ficar comprometidas. Devendo ser, em princpio, funo da Construtora.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Nota

    O item 7 deve ser executado pelo instalador antes de outras inspees (por arquitetos, engenheiros, inspetor, laboratrio independente, etc.), para assegurar que esteja em completa concordncia com os projetos e especificaes.

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    6.3 PROCEDIMENTOS GERAIS DE MONTAGEM1. recomendado que o encarregado no canteiro de obras para a montagem do sistema de

    ps-trao, tenha um mnimo de 5 (cinco) anos de experincia ou seja um instalador cer-tificado por rgo certificador de mo-de-obra especializada. Sempre que possvel, a mesma equipe deve montar e/ou protender a obra completa.

    2. melhor instalar o sistema de ps-trao antes dos conduites eltricos e sistemas hidru- licos, mas depois da montagem das frmas de borda, frmas de emendas e outros itens embutidos. O local e os perfis dos cabos de ps-trao tm preferncia em relao a ou-tros materiais que sero inseridos (incluindo ao de reforo) a menos que o remaneja-mento do cabo seja aprovado pelo engenheiro estrutural.

    3. O encarregado de montagem deve familiarizar-se com os desenhos de montagem da ps-trao e do ao de reforo antes de iniciar qualquer montagem.

    4. Geralmente os cabos so remetidos ao local da montagem enrolados e cintados. Esteja atento ao corte das cintas de amarrao, pois os cabos enrolados esto comprimidos e quando cortados podem se separar rapidamente.

    5. Os cabos amarrados individualmente so como uma mola enrolada e se desenrolaro quando as amarras forem cortadas.

    6. Desvios verticais da posio do cabo podem ser tolerados at +/- 5 mm em concreto com espessura at 200 mm; at +/- 10 mm em concreto com espessura entre 200 mm e 600 mm e at +/- 15 mm em concreto com espessura acima de 600 mm. A posio horizon-tal dos cabos no crucial. Entretanto, evite oscilaes excessivas (curvatura no inten-cional) nos cabos. Pontos altos e baixos so as posies mais crticas, porm, curvas suaves podem ser mantidas entre estas posies.

    7. Quando os cabos so projetados para uso em ambiente agressivo, exige-se que os cabos sejam impermeveis em todo o seu comprimento (sistema encapsulado). Consulte os desenhos de montagem da ps-trao com o mtodo de montagem prprio. Desde que o sistema esteja projetado para ser impermevel, responsabilidade do montador e do contratante geral assegurar a integridade do sistema.

    8. Quando h garantia de condies no canteiro de obras, ocasionalmente o engenheiro responsvel pode permitir a troca de uma extremidade ativa por passiva.

    6.4 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA LAJES COGUMELO ARMADAS EM UMA OU DUAS DIREES1. A frma de borda deve ser marcada mostrando o centro de cada cabo de acordo com os

    desenhos de montagem. A frma de borda tambm deve mostrar a medida da placa de ancoragem onde possveis conflitos possam ocorrer.

    2. Se ocorrer conflito e a placa de ancoragem no puder ser colocada conforme mostrado no desenho de montagem, consulte o engenheiro de projetos e a firma de protenso.

    3. Perfure e corte o orifcio na frma da extremidade onde as placas de ancoragem ativas sero colocadas, conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao aprova-dos. Isto pode ser executado por outros profissionais.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 38Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4. Normalmente aplica-se uma pequena quantidade de graxa inibidora de corroso na ponta da frma para nicho que encaixa na cavidade da placa de ancoragem. Coloque a frma para nicho na placa de ancoragem e ento coloque esse conjunto no orifcio cortado pre-gando ou amarrando a placa de ancoragem na frma de borda. Esse processo pode ser executado por outros profissionais, entretanto, a reviso da montagem durante a colo-cao de responsabilidade do instalador. Uma montagem imprpria pode ocasionar problemas durante a operao de protenso. No permita que a graxa inibidora de cor-roso cubra qualquer parte da frma para nicho que possa ficar em contato com o con-creto.O encaixe da frma para nicho na cavidade da placa de ancoragem deve ser perfeito. Rejeite qualquer frma para nicho que possa permitir a entrada de pasta de concreto na cavidade da placa de ancoragem.

    5. importante que a placa de ancoragem esteja presa apertada e perpendicularmente frma (Figura 6-1). Se tiver algum obstculo, movimente-o ligeiramente para que tudo possa se ajustar.

    Veja a seguir o projeto da protenso. As dimenses dos equipamentos de protenso so mostradas nos desenhos de montagem ou podem ser obtidas da firma de protenso. Se for observado que o tracionamento no pode ser efetuado, ser necessrio realocar a placa de ancoragem, conforme j discutido no item 2. Em lajes cogumelo armadas em uma ou duas direes, a localizao horizontal das placas de ancoragem e cabos no normalmente crtica e um pequeno movimento horizontal permitido. Entretanto, o posi-cionamento vertical dos cabos e a dimenso vertical da placa de ancoragem so crticos e devem ser mantidos dentro das tolerncias dadas na Seo 6.3, Item 6.

    6. Esquematize e marque no assoalho das frmas o local das barras de apoio para os cabos, marque em cada local a altura da cadeira mostrada nos desenhos de montagem.

    7. Em lajes cogumelo armadas em duas direes, a no ser que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque toda a armadura inferior e amarre-a no sistema de apoio.

    8. A menos que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque todas as bar-ras de apoio inferior nas frmas. Barras auxiliares inferiores tambm devem ser colocadas nas frmas. No as amarre no sistema de apoio neste momento.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-1 Placa de ancoragem e frma para nicho sendo instalados perpendicularmente frma de borda

    Correto

    Prego

    Frma paranicho

    Frma demadeira Frma demadeira

    Frma demadeira

    Frma paranicho

    Frma paranicho

    Prego

    Prego

    Incorreto Incorreto

    Placa deancoragem ativa

    Placa deancoragem ativa Placa deancoragem ativa

  • 39Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    9. Selecione os cabos para locao pelo nmero marcado e/ou cdigo de cores, conforme mostrado nos desenhos de instalao.

    10. Nas lajes cogumelo armadas em duas direes de cabos em faixa, a menos que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque primeiro os cabos de dis-tribuio uniforme sobre cada pilar, conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao (mnimo de dois cabos). Desenrole os cabos em faixa seguidos dos cabos uniformes restantes. Estenda os cabos no local prprio iniciando pela extremidade pas-siva em direo extremidade ativa.Se o cabo no for tracionado em ambos os lados, ao desenrol-lo voc deve deixar uma ponta suficiente do lado de fora da frma de borda de cada extremidade ativa (300 mm, a menos que esteja especificado o contrrio). Se mais de 300 mm forem deixados em uma das extremidades, a outra extremidade pode ficar curta. Verifique nos desenhos de montagem da ps-trao a respeito destas dimenses.Se os cabos tiverem uma ancoragem ativa intermediria, eles devem ser estendidos at este local. O resto do cabo deve permanecer enrolado, amarrado e protegido at que tenha incio a preparao para a prxima concretagem.Nos casos onde a seo do meio concretada primeiro, como por exemplo em uma laje com trs sees, uma ponta do cabo deve ser montada na frma de borda da primeira ou da ltima seo, para assegurar que a ponta estar disponvel para tracionamento pela outra extremidade da seo.

    11. Depois que os cabos estiverem distribudos, remova a bainha do final do cabo na extre-midade ativa para permitir que a cordoalha seja colocada atravs da placa de ancoragem e da frma para nicho (Figura 6-2). Recolha a bainha at que no fique mais do que 25 mm de cordoalha exposta com graxa atrs da placa de ancoragem. Para ambientes agressivos, uma luva de conexo impermevel requerida entre a parte revestida com bainha plstica e a face da placa de ancoragem.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-2 Montagem do cabo na extremidade ativa

    Nota

    Em regies ou aplicaes onde uma proteo para a parte exposta da cordoalha na extremidade ativa indicada, o tubo deve comear a ser colocado a partir da anco-ragem at atingir a parte revestida da cordoalha.

    Bainha cortada atrs da placa de ancoragem(cuidado para assegurar que a bainha nopenetre na placa de ancoragem)

    Barra complementarj posicionada

    25 mm (mx.)

    Frma de madeira

  • 12. A menos que os desenhos dos projetos ou os desenhos de montagem da armadura de ps-trao detalhem o contrrio, as zonas de ancoragem dos cabos em faixa, para gru-pos de 6 (seis) ou mais cabos monocordoalhas com dimetro de 12,70 mm, com placas de ancoragem espaadas a cada 300 mm ou menos, devem ser reforadas de acordo com a Figura 6-3 ou com um detalhe similar usando estribos fechados.

    13. As frmas para nicho so projetadas para evitar que a pasta de concreto entre na cavi-dade da placa de ancoragem. No deve haver mais do que 25 mm de cordoalha no revestida exposta atrs da ancoragem na extremidade ativa (caso contrrio, pode resul-tar em alongamento insuficiente e outros problemas durante a protenso). Para evitar que cordoalha revestida fique excessivamente exposta, coloque um tubo plstico, uma luva de proteo ou um pedao da prpria bainha plstica retirada da ponta de tracionamen-to e insira apertadamente contra a face da placa de ancoragem (Figura 6-4). Fixe com um arame ou fita plstica.

    40Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-4 Montagem completa da extremidade ativa

    23 cm (mn.) 3/8 h

    15 cm (mn.)

    15 cm (mn.)

    Espaamentos entre ancoragens: 30 cm ou menos

    Duas barras horizontais de 12,50 mm prolongadas no mnimo 15 cm de cada lado do grupo de placas de ancoragem

    Grampos confeccionados com barras de 10 mm.A quantidade total igual ao nmero de placasde ancoragem mais uma

    Tracione um mnimo de dois cabos, perpendiculares aos cabos em faixa, situados logo atrs das ancoragens, tanto ativas quanto passivas, antes de iniciar a protenso dos cabos em faixa

    40 cm

    Nota:

    Frma para nicho

    Frma demadeira

    Barras complementaresno mostradas paramelhor visualizao

    1 (25 mm max.)

    Corte o plstico aqui

    Figura 6-3 Placas de ancoragem em uma laje, com reforos na zona de ancoragem, para grupos de cabos monocordoalhas no aderentes

    CP190RB com dimetro de 12,70 mm

  • 41Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    14. Os cabos agora esto prontos para serem amarrados no seu respectivo lugar. Os cabos em faixa devem ser amarrados entre si formando grupos de acordo com os desenhos de montagem. No mais do que 5 (cinco) cabos com dimetro de 12,70 mm nem mais do que 4 (quatro) cabos com dimetro de 15,20 mm devem ser cintados em grupos. Amarre o grupo de cabos no cruzamento com o sistema de apoio trabalhando fora da ancora-gem passiva. Esteja atento ao amarrar os cabos para no apertar demais com o arame e cortar a bainha plstica. Certifique-se de que os cabos estejam planos e paralelos (no remontando um sobre o outro). Mantenha os grupos na posio indicada nos desenhos de montagem da ps-trao e to retos quanto possvel. Curvas (oscilaes) nos cabos podem criar atrito maior do que o normal, o que poder se refletir em cabos com alon-gamento baixo.

    15. Os cabos devem ser suavemente deslocados na direo das placas de ancoragem (Figura 6-5). Amarre o grupo de cabos no sistema de apoio conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao. Verifique a colocao perpendicular dos cabos dentro das placas de ancoragem vertical e horizontalmente. Se isto no for feito correta-mente o resultado poder ser uma ruptura da cordoalha, um estouro do concreto, umafalha na cravao das cunhas, alongamento baixo, perda excessiva na cravao ou ou-tros problemas na protenso.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-5 Cabos deslocados para as ancoragens

    Nota

    Reforo na zona das placas de ancoragem e cadeiras de apoio no mostrados para deixar o desenho mais claro.

    * Fora de escala400 mm (mn.) 12*

    *

  • 16. O detalhamento dos cabos desviados em torno de aberturas de tamanho pequeno e mdio deve estar de acordo com a Figura 6-6. O espaamento mnimo de 150 mm deve ser mantido ao redor de toda abertura. Curvas agudas e transies devem ser evi-tadas.

    Para grandes aberturas sempre desejvel reforar a parte superior e inferior da laje. Utilize - perto das aberturas - barras diagonais para controlar as fissuras iniciadas nos cantos das mesmas. Em alguns casos, reforos estruturais adicionais podem ser neces-srios ao redor do permetro da abertura para distribuir cargas aplicadas na abertura da laje. Tais reforos devem ser detalhados nos desenhos dos projetos e nos desenhos de montagem da armadura de reforo.

    17. Apie todos os cabos conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao. A amarrao do cabo no sistema de apoio no pode causar deformaes visveis (cortes) da bainha. Os cabos devem ser adequadamente apoiados para evitar qualquer movi-mento durante o lanamento do concreto. O cabo, as barras de apoio e as cadeiras (se usadas) devem ser amarradas juntas, como uma unidade.

    18. Em alguns casos, os grupos cintados de cabos so amarrados com firmeza antes que os cabos individuais sejam alocados conforme desenho.

    19. As ancoragens passivas devem ser fixadas em suas posies usando uma cadeira de apoio e reforo na zona da placa de ancoragem (Figura 6-7). No pregue a placa de anco-ragem na frma.

    42Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    *

    *

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-6 Desvio dos cabos ao redor de uma abertura

    Figura 6-7 Montagem da ancoragem passiva

    6 (150 mm) mn.

    12*

    *Abertura

    * Fora de escala

    * Fora de escalaConforme especificao

    do sistema de protenso Bainhaplstica

    Frma demadeira Cobrimento conforme

    especificado pela norma ou projeto

    600 mmmn.

    3 (75 mm)mn.

    Barras de 12,50 mm no topo e na base

    Cobrimento de 25 mm mn. ou conforme especificado pelo engenheiro ou norma

  • 43Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    20. Inspecione a colocao do cabo e repare qualquer bainha danificada conforme requeri-do pelas especificaes.

    21. Coloque toda a armadura de reforo superior e amarre no sistema de suporte.

    6.5 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA VIGAS E LAJES

    1. O sistema de apoio para uma armao de viga deve ser pr-montado e colocado dentro da frma. Os estribos devem ser abertos na parte superior para permitir a colo-cao do cabo. O Comentary do ACI 318 Building Code inclui a seguinte discusso e recomendao concernente ao estribo em vigas retangulares:

    ...o uso de alguma tela de reforo em todas as partes esbeltas de concreto protendido ps-tracionadas (nervuras, lajes nervuradas, vigas e vigas T) para combater foras de trao em malhas resultantes de desvio local do posicionamento projetado para o cabo e prover um meio de se manter os cabos no perfil projetado durante a construo. Se apoios suficientes no forem providenciados, desvios locais no perfil parablico do cabo definido no projeto podem ocorrer durante o lanamento do concreto. Quando os cabos em alguns casos so tracionados, as curvaturas pretendidas tendem a se retificar. Este processo pode impor uma grande tenso de trao em malhas e severas fissuras podem se desenvolver se nenhuma tela de reforo for colocada. Curvatura dos cabos no pre-vistas e a resultante das tenses de trao em malhas podem ser minimizados amar-rando-se os cabos com firmeza nos estribos que esto rigidamente presos no lugar por outros elementos da gaiola de armao. O espao mximo de estribos usados com este propsito no deve exceder a 1,2 m.

    Aloque e amarre as barras de apoio no local mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao para os estribos.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • Esteja certo de que as barras de apoio esto firmes e dentro das tolerncias verticais dadas na Seo 6.3, item 6 ou nos documentos de contrato. Para facilitar a colocao, as barras de apoio podem ser amarradas na gaiola de armao antes de abaix-la para dentro da frma (Figura 6-8). Os cabos devem ser cintados em grupos, de maneira que permitam o lana-mento e adensamento do concreto.

    44Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 6-8 Apoio dos cabos na viga

    Figura 6-9 Perfil do cabo na viga

    Espaamento mnimo recomendado de 40 mm

    Barras de apoios

    Barras de 12,50 mm (mn.)

    Perfil do cabo Figura 6-8

    Apoio

    Curvaturareversa

    Curvaturareversa

    Pontobaixo

    Perfil do caboespecificado noprojeto

    Perfil do caboespecificado noprojeto

    NotaAteno especial requerida se o montador das frmas colocar contra-flechas nas mesmas.A colocao dos cabos crtica em pontos baixos. As barras de apoio dos cabos seromostradas (a cada metro) na posio +/- central da viga ou laje nos desenhos de instalao.Mas barras adicionais podem ser requeridas para evitar que problemas de curvatura reversado cabo (Figura 6-9) ocorram. Curvaturas reversas de cabos podem causar estilhaamentodo concreto durante a operao de protenso.

  • 45Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    2. Os principais cabos da laje so colocados depois que os cabos da viga so montados. Nos casos onde so utilizados cabos para combater a retrao, tome como referncia os desenhos de montagem para determinar a altura em que os mesmos ficaro posiciona-dos em relao aos cabos da laje. A altura dos cabos para combate da retrao ir deter-minar se os mesmos sero colocados antes ou depois da colocao dos cabos da laje.

    3. Para projetos de vigas e lajes nos quais os cabos no aderentes so usados como armadura de reforo e combate retrao, os detalhes recomendados para apoio dos cabos da laje so mostrados na Figura 6-10. Em todos os casos, a maioria dos cabos da laje perpendiculares s vigas devem ser apoiados em cadeiras sobre as frmas, conforme mostrado na Figura 6-10.

    4. Coloque o reforo da zona de ancoragens da viga de acordo com a distribuio de anco-ragens mostrada nos desenhos de montagem.

    A distribuio das ancoragens em uma viga pode conflitar com os vergalhes dos pilares e a armao de vigas. Consulte o engenheiro de projeto e a firma de protenso antes de modificar as posies das ancoragens.

    O ao de reforo da zona de ancoragem crtico, para evitar os estouros/rompimentos do concreto durante o tracionamento. O ao de fretagem detalhado nos desenhos de mon-tagem da ps-trao.

    5.Siga os procedimentos gerais dos itens 10 a 21 da Seo 6.4.

    Figura 6-10 Detalhes do uso de cabos no aderentes comoarmadura de reforo e de combate retrao

    Cabos para combater retrao

    Cabos para combater retrao

    Barras / cabos apoiados em cadeirinhas sobre as frmas da laje prximas de uma viga tpica

    Cabo para combater retrao

    Apoio contnuo para laje

    Cabo para amarrao da laje

    Cadeirinhas com altura especificada

    Detalhe 1

    Detalhe 2

    Cabo para amarrao da laje

  • 46Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.6 MONTAGEM DE ANCORAGENS PASSIVAS NO CAMPOA colocao das ancoragens passivas nos cabos (pr-blocagem) normalmente efetuada na empresa de protenso ou fornecedora dos cabos cortados.

    O corte dos cabos a partir das bobinas e a montagem das ancoragens passivas em uma das pontas de cada cabo, podem tambm ser feitos na prpria obra. Essa operao possvel quando a obra possui espao suficiente para: estoque e manuseio das bobinas; mesa/estra-do com comprimento suficiente para estender os cabos; estoque e manuseio dos cabos cor-tados. Alm disso, os envolvidos nessas operaes devem estar aptos para tal e orientados por encarregado experiente nesse tipo de servio. Deve ser feito o registro dos cabos cor-tados para permitir a rastreabilidade.

    Outra situao onde a colocao das cunhas no campo poder ocorrer em juntas inter-medirias de construo. A razo disto ser especificado nos desenhos de montagem primeiramente eliminar a demora do tracionamento dos cabos em juntas de construo. Isto permite que o empreiteiro faa sua prxima concretagem independentemente da primeira concretagem ter sido protendida e desde que o tracionamento seja externo laje.

    Os procedimentos para as duas condies so similares. Primeiro tire de 300 a 400 mm de capa plstica exatamente do lado de trs da placa de ancoragem, para deixar suficiente com-primento para as garras do macaco. Coloque a placa de ancoragem no local desejado e assente as cunhas manualmente com uma ferramenta de assentamento manual.

    A firma de protenso normalmente fornece uma pea especial para apoio da placa de anco-ragem passiva. Nunca instale uma placa de ancoragem passiva na posio sem a pea especial para apoio da ancoragem ou outro procedimento recomendado e usado pela firma de protenso, j que este procedimento poder fissurar ou destruir o nariz do macaco, alm de ocasionar ferimentos no operrio.

    A seguir, encoste a pea de fixao da ancoragem passiva instalada no macaco, no lado deapoio ao concreto, da placa de ancoragem. Posicione o macaco sobre a cordoalha e acione-oat a fora mxima. Revise os desenhos de montagem para determinar qual a fora do macaco que est especificada (ela normalmente de 147 kN para a cordoalha de 12,70 mm ou 1860 MPa).

    sempre necessrio tracionar essas placas de ancoragens com a fora mxima do maca-co. Falhas no processo podem levar ao escorregamento da cordoalha quando a mesma estiver sendo tracionada na outra extremidade, aps o concreto ter adquirido a resistncia necessria.

    Nota

    Durante a colocao das ancoragens passivas no campo, a presso manomtrica subir rapidamente. Use um registro extra na bomba, se necessrio.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 47Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.7 INSPEO GERAL APS A MONTAGEM ANTES DO LANAMENTO DO CONCRETOA inspeo do sistema de ps-trao muito importante. Esta inspeo deve ser efetuada por engenheiro de projeto, por seu representante, por um laboratrio habilitado, por monta-dor certificado ou pela construtora. A seguinte lista de conferncia deve ser usada pelo inspetor ou pelo laboratrio. 1. Esto disponveis os registros e certificados de ensaios do ao de protenso e outros

    componentes conforme requerido pelos documentos de contrato?2. As placas de ancoragem esto aparentemente uniformes e livres de deformaes e

    vazios?3. As cunhas da ancoragem passivas esto uniformes e adequadamente assentadas na

    placa de ancoragem?4. O cobrimento de graxa est uniformemente aplicado e de textura consistente (Confira

    se h rachaduras ou encaroamentos na bainha plstica)?5. A bainha plstica de espessura suficiente e uniforme?6. A extremidade ativa, onde a bainha e a graxa so removidas deixando a cordoalha

    exposta, est livre de corroso (exceto oxidao superficial)?7. Foi tirado um comprimento excessivo de bainha na extremidade ativa?8. As placas de ancoragem da extremidade ativa esto seguramente afastadas da frma

    com apropriada frma para nicho? As pontas das frmas para nicho tm uma pequena quantidade de graxa aplicada nela antes de ser encaixada na cavidade da placa de anco-ragem?

    9. O ao de fretagem est colocado na regio onde se encontram as placas de ancoragem conforme requerido nos desenhos de montagem?

    10. As cadeiras ou sistemas de apoio esto de acordo com os desenhos de montagem?11. A colocao do ao convencional foi revisada?12. A bainha est danificada? Se estiver, j foi reparada (todos os rasgos na bainha da

    cordoalha aplicada em ambientes agressivos devem ser reparados com no mnimo duas camadas de fita prova de umidade)?

    13. Os cabos nos pontos altos e baixos esto nas cotas corretas (veja seo 6.3 item 6 sobre tolerncias de colocao)?

    14. O perfil dos cabos est suave e corretamente posicionado (parablico, circular ou retil-neo sem curvas reversas localizadas) entre os pontos de referncia?

    15. Os cabos esto com oscilaes horizontais excessivas?16. Os cabos esto retos verticalmente e horizontalmente atrs das placas de ancoragem de

    acordo com a distncia especificada?17. O nmero de cabos (incluindo cabos adicionais) est de acordo com os desenhos de

    montagem?18. Os cabos esto todos montados?19. H obstrues ao livre movimento do macaco nos cantos e prximo a estruturas

    adjacentes?20. O mtodo de lanamento do concreto foi revisto no que tange ao seu efeito sobre a esta-

    bilidade do cabo durante a concretagem?

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 48Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.8 EXEMPLOS DE DETALHES TPICOS DE MONTAGEM1. Layout dos cabos2. Exemplos de detalhes tpicos de montagem

    6.8.1 LAYOUT DOS CABOS (Exemplo)

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Distribuio dos cabos em planta