Conclusão tics janaina da silva antunes

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1 Polo: Agudo – RS Professor Orientador: Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi 30 de Novembro de 2012 Contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção docente Some contributions of Information and Communication Technologies (ICT) for the teaching and learning process of a hydrocephalus child from a teacher’s point of view. Janaína da Silva Antunes Graduada em Pedagogia - Habilitação Educação Infantil - UNIFRA Pós Graduada em Psicopedagogia - UNIFRA Resumo Atualmente, o cotidiano do espaço pedagógico e a diversidade de relações existentes diariamente no ambiente escolar oferecem uma gama de questionamentos que suscitam temáticas de aprofundamento teórico, os quais levantam indagações e desafios que, aos poucos, devido a interesses em aprofundá-los, vão se descortinando. Percebe-se um grande avanço em diversas áreas da tecnologia, demonstrando que a cada dia cresce a acessibilidade desse recurso pelas pessoas, tornando-se um meio primordial e eficaz para a comunicação e informação e, assim, impulsionando a inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais nas escolas regulares. Este artigo versa nos resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia através da percepção docente, a fim de contribuir para o aprimoramento desse processo. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa realizada por meio de registros diários observados no Laboratório de Informática de uma Escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de Informática dessa escola. Após o desenvolvimento da pesquisa, observou-se que, tendo em vista o avançado crescimento das TIC cotidianamente e no âmbito escolar especialmente, o tema em estudo precisa ser aprofundado buscando um maior entendimento teórico e sucessivamente prático para que se garantam melhores condições de acesso aos alunos com necessidades educativas

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Polo: Agudo – RS

Professor Orientador : Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi

30 de Novembro de 2012

Contribuições das Tecnologias de Informação e Comun icação (TIC) no Processo de

Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefal ia a partir da percepção docente

Some contributions of Information and Communication Technologies (ICT) for the teaching and learning process of a hydrocephalus ch ild from a teacher’s point of view.

Janaína da Silva Antunes

Graduada em Pedagogia - Habilitação Educação Infant il - UNIFRA Pós Graduada em Psicopedagogia - UNIFRA

Resumo

Atualmente, o cotidiano do espaço pedagógico e a diversidade de relações existentes diariamente no ambiente escolar oferecem uma gama de questionamentos que suscitam temáticas de aprofundamento teórico, os quais levantam indagações e desafios que, aos poucos, devido a interesses em aprofundá-los, vão se descortinando. Percebe-se um grande avanço em diversas áreas da tecnologia, demonstrando que a cada dia cresce a acessibilidade desse recurso pelas pessoas, tornando-se um meio primordial e eficaz para a comunicação e informação e, assim, impulsionando a inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais nas escolas regulares. Este artigo versa nos resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia através da percepção docente, a fim de contribuir para o aprimoramento desse processo. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa realizada por meio de registros diários observados no Laboratório de Informática de uma Escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de Informática dessa escola. Após o desenvolvimento da pesquisa, observou-se que, tendo em vista o avançado crescimento das TIC cotidianamente e no âmbito escolar especialmente, o tema em estudo precisa ser aprofundado buscando um maior entendimento teórico e sucessivamente prático para que se garantam melhores condições de acesso aos alunos com necessidades educativas

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especiais em classes regulares e também, ressignificando a prática docente a partir de uma capacitação que contemple o uso e domínio das tecnologias. Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação; Ensino e aprendizagem; Inclusão. Abstract Currently, the daily pedagogical space and diversity of relationships in daily school environment, offer a range of questions that raise issues of theoretical development, which raises questions and challenges that slowly, due to interest in them will deepen unfolding. It is noticed a great improvement in many areas of technology, demonstrating that each day grows accessibility of this resource by people becoming a primary means for communication and effective information and, driving the inclusion of children with special educational needs in schools regular. This article focuses on the search results of theoretical support and subsidies of concerns that investigated the contribution that Information and Communication Technologies to add teaching-learning process of a child with hydrocephalus awareness through teaching, in order to contribute to the improvement of process. The study was conducted through a survey of observational nature through observations conducted at the Laboratory of Informatics of an Elementary School in Santa Maria / RS and through a questionnaire, which data collection was performed by the teacher responsible practice developed by the Laboratory of Informatics of the school. After the development of the research, it was observed that in view of the advanced growth of ICT in the school daily and especially the topic in depth study needs to be seeking a greater theoretical understanding and practical successively so that it is ensured with greater access conditions students with special needs in regular classes and also redefines the teaching practice from a training that addresses the use and mastery of technology. Key words: Information Technology and Communication, Teaching and learning Inclusion. 1. INTRODUÇÃO

Inúmeras são as questões relacionadas ao uso das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC) na educação. A escola aliada a esse processo

torna-se agente de inserção de muitas crianças portadoras de necessidades

educativas especiais ao mundo letrado e também digital.

Nesse contexto de possíveis mudanças que ocorrem atualmente na

sociedade, exige-se fundamentalmente um profissional preparado e aberto aos

novos desafios propostos pelas descobertas e inovações tecnológicas, a partir de

uma proposta de ensino que venha suprir as necessidades dessa perspectiva e um

aluno que adquira conhecimento, habilidades e competências em diferentes modos,

e que em função dessas exigências adquira uma maior capacidade de aprender

agregada a conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva

comprometida com tal formação.

Na crença de que este pensamento deveria ser estabelecido como

comprometimento de todos enquanto cidadãos e profissionais da área da educação

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e no encontro de um entendimento sobre o tema em questão, o artigo versa nos

resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que

investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação

podem agregar ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com

hidrocefalia a partir de uma pesquisa realizada no Laboratório de Informática de uma

escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria / RS e através de um

questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela

prática desenvolvida nesse Laboratório a fim de contribuir para o embasamento

teórico desse estudo e à prática do educador.

Para tanto, acredita-se que não há como romper as relações estabelecidas

pela formação profissional para que se tenham repercussões positivas no cotidiano

escolar tornando-se agente transformador, uma vez que educador e educando,

caminham com os avanços que a sociedade impõe hoje em dia.

Por acreditar que as tecnologias apontam essa mudança significativa na

educação, acredita-se que o tema a ser descortinado tenha grande importância, uma

vez que envolve as Tecnologias de Comunicação e Informação, como agente de

ressignificação da prática docente e uma melhoria na promoção da prática inclusiva.

2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM BREV E RELATO

DESSE AVANÇO

O cotidiano aponta a diversidade como um dos grandes desafios emergentes

e promotores de igualdade e de oportunidades no meio social e educacional. Nesse

contexto é inevitável desconsiderar os fatores benéficos que as Tecnologias de

Informação e Comunicação acrescentam ao dia-a-dia e, essencialmente, ao âmbito

educacional com o intuito de desenvolver habilidades e competências acerca dos

sujeitos envolvidos.

Miranda (2001, p. 42) traz em seus relatos denominações de nomenclaturas

que se referem às investigações e teorias que estão destinadas às Tecnologias de

Informação e Comunicação, onde entre elas podemos citar os termos mais usados:

Tecnologias Aplicadas à Educação, Tecnologias Educativas, Novas Tecnologias da

Informação entre outras. Porém, esse estudo será referenciado em torno do termo

Tecnologias de Informação e Comunicação onde a ele aliam-se os propósitos no

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âmbito educacional como promotores de avanços no processo de ensino e

aprendizagem.

Nesse contexto, as Tecnologias de Informação e Comunicação, tornam-se

viés de investigação, buscando estabelecer uma relação ativa com a educação

através do entendimento e da proposta de novos desafios uma vez que Mesquita

(2001, p.32) traz em suas escritas que:

Uma sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao sistema educativo. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são um dos fatores mais salientes dessa mudança acelerada, a que este sistema educativo tem de ser capaz de responder rapidamente, antecipar e mesmo promover.

Numa sociedade em crescente transformação não há como não relevar as

influências que as Tecnologias de Informação e Comunicação exercem, sendo

instrumento de oportunidades, trazendo novos cenários para que se torne possível a

promoção dos diretos de igualdade, acessibilidade e respeito pela diversidade.

É nessa perspectiva que tais avanços na área das tecnologias têm

proporcionado a busca da igualdade e de oportunidades para todos, através de

estratégias que oportunizem o acesso às ferramentas de informação e comunicação,

como o uso do computador, ressignificando a prática pedagógica nas escolas.

Brandão (1994, p. 23) ressalta que enquanto um instrumento auxiliar, o

computador, busca auxiliar nas atividades de ensino buscando significado a

aprendizagem de conceitos já adquiridos pelos alunos e trazendo novas maneiras

de repensar o papel do educador no processo de ensino e aprendizagem que está

inserido, sendo também um agente mediador de transformações.

As Tecnologias de Informação e Comunicação trazem em seu contexto

ferramentas e recursos que complementam e impulsionam o processo de ensino e

aprendizagem sendo agente transformador, facilitador e estimulador de troca de

experiências tornando-se assim viável a comunicação entre pessoas de diversas

realidades exigindo um profissional qualificado e preparado para mediar essas

ferramentas e recursos, objetivando uma melhor qualidade no processo de ensino e

aprendizagem.

Segundo Moran (1995, p. 06) em relação a essa qualificação:

As tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade; o aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a

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informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos.

Quando falamos no uso de tecnologias no âmbito educacional faz-se

necessário contextualizarmos e caracterizarmos esse termo.

Conforme Brandão (1994, p.13) independente do tipo de tecnologia e com as

ferramentas e recursos disponíveis, pode-se ampliar os conhecimentos melhorando

a qualidade de vida ou bem estar dos envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem, para que assim possamos atender as necessidades acerca das

inúmeras demandas, como o caso dos alunos portadores de necessidades

educativas especiais tornando-os sujeitos receptivos e flexíveis aos desafios

impostos por tal prática.

Nesse cenário, as Tecnologias de Informação e Comunicação, buscam

desenvolver de um modo geral, quando incorporadas à prática educativa, sujeitos

aptos à aceitações e a adaptação dessa realidade que busca constantemente uma

ressignificação do fazer pedagógico, onde além do seu papel, tornam-se agente de

transformação.

3. INCLUSÃO E HIDROCEFALIA: CONSIDERAÇÕES NECESSÁRI AS

Buscar entendimento e compreensão das diferenças existentes na sociedade

torna-se tema relevante que agrega valores aos conhecimentos já existentes

proporcionando um maior interesse sobre o assunto em questão ao mesmo tempo

em que, enquanto profissionais da área de educação podemos estar sensibilizados

e contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com necessidades educativas

especiais na sociedade e no âmbito escolar, promovendo melhoria nas condições de

acolhimento dessa demanda, respeitando as necessidades, capacidades e também

fragilidades, aliados a um contexto que possa constantemente instigar a reflexão

crítica do trabalho que está sendo desenvolvido.

Para melhor embasar esse artigo torna-se pertinente, inicialmente, fazer um

resgate histórico da evolução da educação especial, apresentando resumidamente

como as pessoas foram sendo vistas historicamente.

Genericamente falando, pode-se dizer que a pessoa com deficiência é a que

apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças

físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ ou adquiridos, de

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caráter permanente e que transportam dificuldades na sua interação com o meio ou

ambiente que as rodeia, físico e social.

Morato e Santos (2002, p. 27) apontam a hidrocefalia como sendo:

(... ) limitações substanciais no funcionamento atual. É caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média associado a limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas do comportamento adaptativo: comunicação, autonomia, atividades domésticas, socialização, autonomia na comunidade, responsabilidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Nesse entendimento, com o passar do tempo, a sociedade foi ressignificando

a maneira de encarar e lidar com as pessoas com deficiência.

Assim, o acentuado avanço na área da informática tem proporcionado

inúmeros benefícios ao cotidiano da sociedade essencialmente no que tange a

educação, pois, acredita-se que os indivíduos adquiram conhecimento, habilidades e

competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências e

integrados nesse processo adquiram uma maior capacidade de aprender agregada

a conhecimentos prévios já existentes.

Nesse contexto, o ambiente educacional ajusta-se na tentativa de suprir

necessidades e exigências individuais viabilizando a eficácia do processo de

inclusão, sendo assim, é necessário fazermos um breve histórico do processo de

educação inclusiva, uma vez que esse tema também subsidiará essa pesquisa.

Mesquita (2001) expõe em sua escrita que a educação especial,

historicamente teve seu início no século XVI, onde profissionais das áreas de

educação e médica, ao contrário dos princípios da época, apostaram em indivíduos

com necessidades especiais que até então eram segregados, oportunizando a

esses sujeitos condições que almejavam uma sociedade para todos.

No final do século XIX, o que até então estava sendo almejado sofreu um

declínio e, todos os esforços relacionados à Inclusão foram institucionalizados e os

indivíduos tratados em locais como asilos e manicômios. Somente no século XX,

práticas voltam a apostar em uma educação para todos, assim, investem em

propostas e métodos de ensino voltados ao viés da educação, onde há a inclusão de

crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais em salas de aula

de ensino regular.

Palhares (2002), afirma que a Declaração de Salamanca, foi de extrema

importância, pois a partir dela metas primordiais foram estabelecidas objetivando

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melhorias para o ensino através da discussão de teorias e práticas que

fundamentaram diretrizes e princípios, uniformizando o ensino de qualidade para

todos.

Estudar a Inclusão torna-se pertinente ao tema pesquisado, uma vez que a

Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 (BRASIL, 1996) dispõe que todos os alunos com

necessidades especiais devem ser atendidos, ou incluídos, nas classes regulares do

ensino comum.

Mantoan (2003) contempla em suas escritas que a inclusão escolar necessita

ser vista e entendida como uma realidade e assim incorporada ao contexto

educacional de forma que venha agregar conhecimentos, habilidades e

competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências adquira

uma maior capacidade de aprende, promovendo uma prática pedagógica

comprometida com a acessibilidade de crianças portadoras de necessidades

educativas especiais.

Assim, nesse contexto atual e de diversidade, a escola torna-se agente

promotor de igualdade de oportunidades educativas onde o todo, elemento de

heterogeneidade, abre um leque de possibilidades que podem e devem ser

trabalhadas na prática educativa.

Dentre as necessidades educativas especiais, a hidrocefalia, patologia de

inúmeras potencialidades e fragilidades torna-se instigante tema de estudos. Assim

é preciso contextualizá-la para que possamos entender suas características.

Para Zieguel (1985), a hidrocefalia é usada enquanto terminologia médica

desde a Antiguidade, onde ficou conhecida como uma deformação craniana aquosa,

daí o significado popularmente conhecido como “água na cabeça”, a qual

primeiramente não se sabia o local certo, ser era no cérebro ou no envoltório ósseo.

Esse líquido, por alguma causa, não circula com normalidade na massa encefálica,

assim passa a aumentar o tamanho da caixa craniana, trazendo limitações motoras

e cognitivas que devem ser estimuladas e trabalhadas ao longo da vida do sujeito.

Acredita-se que essa pesquisa venha auxiliar de maneira positiva ao processo

de ensino e aprendizagem permitindo que esse aluno desenvolva suas habilidades e

competências e que através do uso de ferramentas advindas das Tecnologias de

Comunicação e Informação o seu processo de ensino e aprendizagem possa estar

contemplando o processo de inclusão no contexto da escola regular. Mantoan (2000,

p. 02) comenta:

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Para se tornar inclusivas, acessíveis a todos os seus alunos, as escolas precisam se organizar como sistemas abertos, em função das trocas entre seus elementos e com aqueles que lhe são extremos. Os professores precisam dotar as salas de aula e os demais espaços pedagógicos de recursos variados, propiciando atividades flexíveis, abragentes em seus objetivos e conteúdos, nas quais os alunos se encaixam, segundo seus interesses, inclinações e habilidades.

Nessa forma de pensar, enquanto profissionais da área da educação,

passamos a acreditar numa escola inclusiva onde possa ser constantemente

repensada a prática educativa também, através das ferramentas das Tecnologias de

Informação e Comunicação, contemplando a criança através de sua especificidade,

onde a escola passa a ter o seu verdadeiro sentido, de estar a serviço de todos e

para todos.

4. CONTRIBUIÇÕES DAS TIC PARA O PROCESSO DE ENSINO

APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM HIDROCEFALIA

A evolução e expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação

agregam mudanças repercutidas na Sociedade e desse modo impondo desafios e

estratégias a serem trabalhadas com a heterogeneidade, que gradativamente irão

ressignificar a prática docente, partindo de um espaço que além de regular, torna-se

promotor de uma prática considerada inclusiva, como Mantoan (2000, p.58) expõe:

(...) em uma palavra, precisamos somar competências, produzir tecnologia, aplicá-la à educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem definidos e a partir de princípios que recusam toda e qualquer forma de exclusão social e toda e qualquer atitude que discrimine e segregue as pessoas, mesmo em se tratando das situações cruciais de apoio às suas necessidades.

Partindo dessa concepção, compreende-se a necessidade de uma maior

adaptação das práticas sociais, tendo em vista que gradativamente as Tecnologias

de Informação e Comunicação buscam um lugar de ascensão e de valia contribuindo

enquanto recurso educacional, essencialmente a alunos com necessidades

educativas especiais, torna-se uma ferramenta de contribuição e instrumento

colaborativo na prática educacional e social, promovendo uma escola para todos.

Dentre as inúmeras possibilidades oferecidas pelas TIC, enquanto promotora

de inclusão, podemos ressaltar a interação de crianças portadoras de necessidades

educativas nesse caso os portadores de hidrocefalia.

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Essas crianças apresentam limitações próprias da deficiência que fragilizam

os aspectos motores, auditivos, visual e cognitivo e nesse cenário as Tecnologias de

Informação e Comunicação agregam valores satisfatórios a sua realidade bem como

o possível desenvolvimento de competências e habilidades a esses sujeitos,

minimizando os impactos trazidos por essa patologia.

Acredita-se que a evolução da tecnologia, tanto na área clínica quanto no

âmbito escolar possa oportunizar técnicas e recursos tecnológicos que possam estar

intervindo junto a esses sujeitos desenvolvendo potencialidades e agindo como

promotor de melhorias nos possíveis déficits advindos desse contexto,

desenvolvendo com sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros

atributos que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos

alunos, estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem.

Mantoan (2000), elucida algumas vantagens relacionadas ao uso das

tecnologias para crianças com necessidades educativas especiais, ao qual

referencia a flexibilização de outros recursos que possam estar sendo somados ao

desenvolvimento dessas crianças, possibilitando a superação das dificuldades dos

que têm.

Inúmeras são as contribuições que as Tecnologias de Informação e

Comunicação trazem a prática pedagógica sendo de importância para o processo de

ensino e aprendizagem possibilitando a integração de diferentes saberes. Nessa

perspectiva, Mantoan (2003) relembra a convicção de que a escola deve preparar

para o futuro e se, por parte das crianças houver a valorização, o convívio e o

entendimento de estar com o diferente no contexto educacional, teremos adultos

que serão receptivos a valorização de políticas de inclusão.

5. METODOLOGIA

Partindo do entendimento de que as Tecnologias de Informação e

Comunicação agregam relevante importância ao processo de ensino e

aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais e, que além

desse âmbito o comprometimento com esses sujeitos é também de relevância social

uma vez que se almeja uma perspectiva ao qual o aluno adquira conhecimento,

habilidades e competências em diferentes modos, e que em função desse

desenvolvimento adquira uma maior capacidade de aprender agregada a

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conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva

comprometida com tal formação.

Deste modo o referido artigo advém da problemática em torno da seguinte

questão: Quais as contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação

(TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a

partir da percepção docente?

Sendo assim, com o intuito de embasar essa investigação, optou-se por uma

metodologia de abordagem qualitativa onde, primeiramente realizou-se uma

pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2002, p.44) “é desenvolvida com material já

elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos”; com base em

literaturas pertinentes ao tema em questão.

Posteriormente desenvolveu-se uma pesquisa de campo, que teve como

objetivo coletar dados sobre um determinado meio, procurando entender com maior

profundidade o tema em estudo, apresentando flexibilidade, podendo assim

favorecer a reformulação dos objetivos no decorrer da pesquisa, a partir de um

contato direto com a situação de estudo. Segundo Gil (2002, p.53), “este tipo de

pesquisa, possibilita ao pesquisador uma maior participação, tornando também

maior a probabilidade dos sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis”.

A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de observações realizadas no

Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da cidade de

Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada

junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de

informática dessa escola.

Quanto ao tratamento dos dados coletados foram tomados alguns cuidados,

seguindo princípios éticos, sendo essas questões relevantes para desenvolver esse

estudo, visando não correr o risco de invalidar a pesquisa, como o consentimento

dos indivíduos (APÊNDICE A), de estarem cientes de que se trata de uma pesquisa

científica, assegurando o sigilo e o anonimato aos sujeitos.

A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semi-aberto

(APÊNDICE B), oportunizando ao respondente, escolher sua resposta ou

acrescentar alternativa a partir do seu ponto de vista e discorrer de questões quando

instigado.

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O questionário semiaberto continha dez questões que oportunizaram o

respondente expressar seu entendimento, possibilitando conhecer a sua percepção

frente ao tema em estudo.

O método de análise adotado para interpretação dos resultados foi à análise

de conteúdo, que Triviños (apud BARDIN, 1987, p.160) caracteriza como:

Um meio para estudar as “comunicações” entre os homens, colocando ênfase no conteúdo “das mensagens”. Isto é limita o âmbito do método, privilegiando, mas não excluem outros meios de comunicação, as formas de linguagem escrita e oral. Verdadeiramente, a intenção é usar o método de analise de conteúdo nas mensagens escritas, porque podemos voltar todas as vezes que desejarmos.

Pode-se dizer que, por meio da análise de conteúdo, é possível organizar e refletir

sobre os dados contidos nas comunicações, constituindo-se numa importante ferramenta

para pesquisas de um modo geral.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente faz-se necessário contextualizar o âmbito pesquisado a fim de

darmos subsídios para o desenrolar desse referencial. As observações foram

realizadas no Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da

cidade de Santa Maria / RS no período de 10 de Setembro a 23 de Outubro de 2012,

nas terças – feiras no horário das 14h às 14h e 45 min e através de um questionário,

cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática

desenvolvida nesse Laboratório, o qual é licenciada em Pedagogia, atuante em

classe regular durante 23 anos, pós graduada em Gestão Escolar, sendo que há 02

anos está responsável pelo Laboratório de Informática da Instituição.

Já as observações realizadas tiveram como foco uma turma de 3º ano do

ensino fundamental, constituída de 28 alunos sendo que nesse número 01 aluno é

portador de necessidades educativas especiais, sendo ela a hidrocefalia.

Acredita-se que essas informações sejam relevantes e contribuam para o

embasamento desse estudo, pois, nas atividades observadas no Laboratório de

Informática e pela dinâmica apresentada foi possível verificar que a escola torna-se

um espaço de acesso ao conhecimento e um dos lugares que vai proporcionar

condições aos portadores de necessidades educativas especiais para que os torne

agentes transformadores, conferindo-os oportunidades para uma melhor adaptação

à Sociedade (MANTOAN, 2003).

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Assim, o ambiente observado, busca diariamente estabelecer ações para que

a escola possa ser um espaço onde todos tenham os mesmos direitos e deveres,

tratando a questão que envolve a diversidade como um viés capaz de garantir a

todos os envolvidos nesse contexto papel ativo e determinante.

Nesse cenário, visualizou-se que constantemente a prática pedagógica deve

ser revista, uma vez que o processo de inclusão propõe essa dinâmica à medida que

são propostas mudanças de paradigmas, onde se parte de um modelo único de

educação para uma proposta onde a ressignificação torna-se constante aliada do

educador para efetivar a política de educação.

Assim, o docente precisa criar condições para construir conhecimentos sobre

as técnicas computacionais, entendendo e dominando essa área para que possa

integrar a sua prática pedagógica, superando barreiras que vão de ordem

administrativas à pedagógicas, voltando-se aos interesses de cada aluno e suas

particularidades (VALENTE, 1991).

É pertinente salientar que frente ao desafio proposto pela inclusão, as

observações e os dados coletados pela entrevistada, entende-se que a formação

continuada e a qualificação relacionada ao tema fazem-se necessárias,

principalmente quando falamos em Tecnologias da Informação e Comunicação, indo

além do domínio e manuseio da máquina e sim, através de conhecimentos teóricos

e práticos e da ressignificação diária do fazer pedagógico, unindo competências que

desenvolvam antes de qualquer ato as capacidades e habilidades do educador no

seu próprio fazer docente.

Em um apanhado do questionário respondido pela educadora regente desse

Laboratório foi possível observar que embora o uso das Tecnologias de Informação

e Comunicação seja contemplado no Projeto Pedagógico da escola, a educadora

utiliza os recursos das TIC através de projetos, facilitando a sua interface com outras

áreas de saberes de forma lúdica e criativa. Também no questionário, foi possível

observar que há uma preocupação no uso desse Laboratório em desenvolver

habilidades e competências aos seus alunos respeitando o ritmo próprio de cada

um, tornando-se agente facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

As respostas da educadora apontam que a mesma sente-se despreparada

para a efetivação da prática pedagógica uma vez que relata que os cursos que

realizou trazem somente informações básicas que acabam por ser insuficientes,

pois, ajudaram apenas no domínio técnico dos comandos do computador.

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No que tange o âmbito da inclusão, a mesma refere-se na questão 7, do

Apêndice B, que:

Entendo que o processo de inclusão é um grande desafio pessoal e em minha prática, porém traz obstáculos que devo trabalhar todos os dias, uma vez que o aluno incluso em minha turma apresenta uma necessidade especial que quase não há teoria para me auxiliar.

Assim é visível que o fenômeno de inclusão existe, porém é necessário que

além de qualificação contínua, a formação inicial também é necessária e requer

grande base para a atuação nessa área de avanços tecnológicos e de comunicação

aliadas as competências e habilidades que resultam na prática inclusiva.

A partir do observado e das questões respondidas pela educadora, em

relação as possíveis contribuições que as Tecnologias de Educação e Informação

podem estar trazendo ao processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso é

viável pontuar; que tendo em vista o engajamento das TIC com uma educação de

qualidade, agrega-se valores a prática pedagógica quando as aulas no Laboratório

de Informática possam estar sendo elaboradas sob um olhar lúdico, prazeroso e

reflexivo, trazendo um leque de possibilidades que podem desafiar experiências e

aprendizagens de uma maneira espontânea e positiva, onde o educador torna-se

mediador desse processo. Nesse sentido a entrevistada descreve, quando responde

a questão 8, do Apêndice B que:

Vejo que ele se sente bem a vontade no laboratório, realiza as atividades que proponho, um pouco devagar, mas faz, brinca e conversa com os coleguinhas. O computador acaba sendo um meio fácil que ajuda no aprendizado no laboratório e em outras situações que poderão surgir até mesmo na sala de aula.

Dentre as habilidades e competências desenvolvidas pela turma, que

possibilitam o processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso, portador de

hidrocefalia, instigados pela prática pedagógica observada, salienta-se o avanço,

dentro de seu ritmo próprio, obedecendo suas fragilidades e promovendo maiores

potencialidades como por exemplo ao manusear o mouse o que traz benefícios ao

seu desenvolvimento motor, ao gosto por querer desenvolver atividades com a

interação com jogos, a percepção de letras, números e códigos desenvolvendo suas

habilidades para a escrita e leitura, o uso de mídias para assistir um filme, escutar

uma música, realizar desenhos, navegar na internet, demonstrando acima de tudo,

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embora lentamente, um pensamento estruturado dentro da cultura digital e do fazer

pedagógico e contribuindo de forma favorável a socialização e a inclusão.

Para Valente (1991, p. 13), os recursos que as tecnologias oferecem tornam-

se facilitadores e promotores de mudanças que vão desde o contexto escolar até as

relações estabelecidas pelo dia-a-dia, pois, conforme vão sendo descobertas essas

tecnologias, vão sendo descobertas, também, maneiras de utilizá-las,

proporcionando a troca de experiências e novos saberes.

Nas respostas trazidas pela educadora evidencia-se que há uma busca

constante pelo desenvolvimento de potencialidades relacionadas ao processo de

ensino e aprendizagem do aluno incluso, porém a mesma acredita que o muito que

faz ainda é pouco, tendo em vista a dimensão que o processo de inclusão requer.

Quando indagada a responder sobre as possibilidades das Tecnologias de

Informação e Comunicação estarem contribuindo para o processo de ensino e

aprendizagem de seu aluno com hidrocefalia, refere que as atividades, conteúdos e

ações que busca realizar, desenvolvem potencialidades que contribuem mais para o

desenvolvimento motor do que cognitivo de seu aluno e que necessitaria de

motivação e capacitação constante para assim atingir os pressupostos que a

inclusão e a prática pedagógica propõem. Isso fica evidente quando coloca, na

questão 9 do Apêndice B que:

(...) faço o que posso, vejo que é pouco, aliás, muito pouco. Falta um preparo maior e um investimento apropriado nessa área como uma infraestrutura melhorada e uma melhor remuneração. Eu cumpro com o que a escola pede, mas a maneira como estou fazendo penso que pode ser melhorada, pois hoje acabo privilegiando somente o lado motor desse aluno.

Finalizando, acredita-se serem favoráveis e desafiantes as contribuições das

Tecnologias de Informação e Comunicação, quanto ao processo de ensino e

aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir de uma ressignificação do

fazer pedagógico e da capacitação contínua dos profissionais engajados nessa

causa, comprometidos com uma educação de qualidade e mediadores do processo

de construção do conhecimento, oferecendo possibilidades de interação e

comunicação a todos os seus educandos.

Almeja-se um profissional crítico e que tenha o seu respaldo diário, na

pesquisa, na ação e na reflexão como fatores relevantes de crescimento pessoal e

também voltado ao desenvolvimento de possibilidades para o educando na

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15

construção do conhecimento, preparando-o para conviver numa sociedade que a

cada dia torna-se mais equiparada pela tecnologia. Assim, as palavras de Coscarelli

(2006, p. 25), tornam-se pertinente quando diz que o “valor da tecnologia não está

nela em si mesma, mas depende do uso que dela fazemos”.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como profissionais da área da educação, é intrínseco e essencial preocupar-

se constantemente em buscar um maior entendimento, compreensão e reflexão das

diferenças existentes na sociedade, agregando valores aos conhecimentos e

conceitos já adquiridos, contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com

necessidades educativas especiais, auxiliando na promoção e melhoria das

condições de acolhimento dessa demanda.

Assim considerando o avançado crescimento das Tecnologias de Informação

e Comunicação no cotidiano e também no âmbito escolar enfatizo a importância da

utilização dos recursos e ferramentas aliados ao fazer pedagógico como

complemento ao processo de ensino e aprendizagem, possibilitando a aquisição de

novos conceitos e ressignificações por parte do aluno e do educador, por um viés

onde a escola torna-se parceira essencial ao processo de democratização e

promotora de ações reflexivas e cidadãs, uma vez que a diversidade e

heterogeneidade são desafios considerados emergentes e, a inclusão torna-se real

e pertinente agregada a essas tecnologias.

Entende-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação trazem um

leque de novos horizontes e possibilidades de interação entre as pessoas.

Assim, acredita-se ter contribuído na ampliação dos conhecimentos acerca do

uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em âmbito escolar com o intuito

de aprofundar diálogos e questões que tangem as tecnologias indo de encontro a

novos horizontes que desencadeiam os processos de ensino e aprendizagem

desenvolvendo em sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros atributos

que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos alunos,

estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem e oportunizando ao

educador um leque flexível de possibilidades e estratégias que fomentem a prática

pedagógica.

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16

Sabe-se que essa pesquisa é de relevância, bem como o investimento à

capacitação e qualificação dos educadores, uma vez que enquanto profissionais

voltados e comprometidos com a promoção de ações reflexivas e cidadãs deve-se

contemplar a diversidade e a heterogeneidade, considerando-os desafios

emergentes de nosso cotidiano e, assim tornando a inclusão de portadores de

necessidades educativas especiais, real e pertinente agregada à importância dos

recursos que as Tecnologias de Comunicação e Informação dispõem a serviço da

educação.

REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , Lei nº. 9394/96. Brasília: Câmara dos Deputados; 1996. BRANDÃO, E.J.R. Informática e Educação: uma difícil aliança . Passo Fundo: UPF, 1994. COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa . 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Texto publicado em Espaço: Informativo técnico - cientifico do INES , nº. 13 (janeiro-junho 2000), Rio de Janeiro: INES, 2000. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? São Paulo: Moderna; 2003. MARINS, S.C. e PALHARES, M.S. Escola inclusiva. São Carlos: EDUFCAR, 2002. MESQUITA, H. (2001). Educação especial em Portugal no último quarto do Século XX. Dissertação de Doutoramento, Universidad de Salamanca, Faculdad de Educación, Salamanca. MIRANDA, J.R.; CARMO, A.A. Metas e estratégias de ações poítico-pedagógicas voltadas para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais nas aulas de educação física do sistema regular de ensino . Revista da SOBAMA, Rio Claro, v.6, n.1, p.47-49, dez. 2001. MORAN, José Manuel. Internet no ensino. Comunicação e Educação. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Page 17: Conclusão tics   janaina da silva  antunes

17

MORATO, P., & SANTOS, S. Comportamento Adaptativo. Coleção Educação Especial. Porto: Porto Editora, 2002. TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais : a pesquisa qualitativa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987. UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Nece ssidades Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. VALENTE, José Armando (org). Liberando a mente: computadores na educação especial . Campinas: UNICAMP, 1991. ZIEGUEL, E.E. Enfermagem obstétrica. 8, ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1985.

Nome do autor: Janaína da Silva Antunes – [email protected]

Nome do orientador : Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi –

[email protected]

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18

APÊNDICES APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARE CIDO Pelo presente termo de consentimento, declaro que fui informado (a) de forma

clara, das justificativas, dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa INTITULADA

“Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de

Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção

docente”.

Objetivos da pesquisa: Geral: Investigar as possíveis contribuições das

Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino aprendizagem de

uma criança com hidrocefalia. Objetivos Específicos: Identificar as possíveis

potencialidades de aprendizagem de uma criança com hidrocefalia; Verificar as

ferramentas e recursos das TIC adotadas na prática educativa inclusiva a fim de

contribuir para esse processo acerca da visão do educador.

A coleta de dados será por meio de questionário semi-aberto, oportunizando

ao respondente, escolher sua resposta ou acrescentar alternativa a partir do seu

ponto de vista. Segundo Gil (2002), o questionário é um instrumento que se constrói

a partir de perguntas sem a presença do entrevistador.

A pesquisa observará também a sua adequação no que diz respeito aos

princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder

a incertezas, prevalecendo sempre às probabilidades dos benefícios esperados

sobre os riscos previsíveis, tanto individuais como coletivos.

A necessidade da presente pesquisa justifica-se por entender que, ao fazer

uma escolha profissional o sujeito precisa gostar conhecer e ter afinidade com a

área que pretende atuar. Assim escolha da profissão deve ser tratada com

seriedade, responsabilidade e maturidade. Portanto, segundo Imbernóm (2006, p.

24), “a profissão é um conceito que, no campo das ações, alude a um modo

particular de exercê-la. Não é um termo cujos limites de aplicação encontram-se

definidos. Ele comporta as mais variadas ocupações”.

Neste termo considerando-me livre e esclarecido (a), consinto em participar

da pesquisa proposta, resguardando à autora do projeto a propriedade intelectual.

A especializanda do Curso de Pós Graduação em Tecnologias de Informação

e Comunicação, responsável por este estudo, é Janaína da Silva Antunes e, está

Page 19: Conclusão tics   janaina da silva  antunes

19

sendo desenvolvida sob a orientação da Professora Drª. Reinilda de Fátima

Berguenmayer Minuzzi, que poderão ser contatadas sempre que necessário pelos

telefones: 055- 3217-1734 e 055- 8401-8963.

Data: ____/____/2012.

Nome do responsável: _________________________________________________

Testemunhas:________________________________________________________

Assinatura :__________________________________________________________

Nome da pesquisadora :________________________________________________

Telefone para contato__________________________________________________

Assinatura___________________________________________________________

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20

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO

Prezado (a) Participante: Por meio desta, solicito sua colaboração para a aplicação do presente questionário

que embasará o artigo final para obtenção do título de especialista em Tecnologias

da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação da Universidade Federal de

Santa Maria referente ao desenvolvimento da pesquisa que tem como titulo

“Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de

Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção

docente”.

As informações deste questionário serão confidenciais e, serão divulgadas apenas

em eventos ou publicações cientificas, não havendo identificação dos voluntários,

sendo assegurado o sigilo sobre sua participação.

Sem mais, desde já agradeço por sua participação para o aprendizado pessoal e

aprofundamento do tema em questão.

Janaína da Silva Antunes

Especializanda em Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação

Matricula Institucional 201170398

Universidade Federal de Santa Maria

Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi

Professora Doutora e Orientadora da Pesquisa

Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação

Santa Maria, setembro de 2012.

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Dados do Entrevistado (a)

Formação: Tempo de atuação:

Possui formação/ capacitação na área das TIC:

Dados da Escola Identificação da Escola:

Dados da Turma Identificação da Turma:

Turno de funcionamento:

Nº. de alunos na turma:

Dados do Laboratório de Informática

Dias e turnos de funcionamento do Laboratório: Nº. de computadores no Laboratório:

1-Existe algum responsável pelo planejamento/ desenvolvimento de projetos e

ações que contemplem a área de Tecnologias de Comunicação e Informação em

sua escola?

( ) Sim

( ) Não

2- A utilização das TIC está contemplada no plano de ações diárias de sua turma,

respeitando as individualidades e o ritmo próprio de aprendizagem de cada criança,

em particular, os alunos com necessidades educativas especiais?

( ) Sim

( ) Não

( ) Em Parte

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3- Você sente-se preparado para o trabalho com a diversidade e inclusão de

crianças com necessidades educativas especiais em classe regular?

( ) Sim

( ) Não

( ) Em Parte

4- Você consegue desenvolver um trabalho em conjunto com o professor

responsável pela turma, focado no desenvolvimento das potencialidades e

particularidades dos alunos com necessidades educativas especiais?

( ) Sim

( ) Não

( Em Parte

5- Em sua opinião, você acredita que sua prática colabora para o desenvolvimento

de seus alunos em especial das crianças com necessidades educativas especiais,

oportunizando situações em que todos tenham acesso as Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC)?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Em sua opinião, você faz uso dos recursos e ferramentas que as Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC) disponibilizam embasando sua prática e

contribuindo para o avanço do processo de ensino e aprendizagem dos alunos, em

especial das crianças com necessidades educativas especiais?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Em quais aspectos, em sua opinião, você acredita que esteja colaborando para a

aprendizagem das crianças com necessidades educativas especiais?

___________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________

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8- Como você avalia a aprendizagem de seus alunos nas atividades desenvolvidas

no Laboratório de Informática? De que maneira?

______________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

9- Em sua opinião, você sente-se preparado para o trabalho com a inclusão de

crianças com necessidades educativas especiais?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10 – Você, em sua opinião busca formação e capacitação voltadas à área das

Tecnologias de Informação e Comunicação, de que forma?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________