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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 29 de Março 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................. 3
Painel S.A.: Governo de SP passa a ouvir interessados em 20 concessões e PPPs .................................. 3
O desafio dos resíduos sólidos urbanos ............................................................................................ 4
O desafio dos resíduos sólidos urbanos ............................................................................................ 5
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 6
Água: da quantidade à qualidade .................................................................................................... 6
Meio Ambiente monitora as ações voltadas à proteção do solo ............................................................ 7
É baixo, mas existe risco de acidente em barragem ........................................................................... 8
MP pede 'desmontagem' de galpão logístico na APA Embu por lesar meio ambiente ............................... 9
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 11
Novo Mercado de Gás será lançado entre abril e maio ...................................................................... 11
Produção global de biometano em alta ........................................................................................... 12
Enel Distribuição aplica R$ 41 milhões em obras na Zona Sul de São Paulo ........................................ 13
Investir em piscinões não impedirá mortes por chuvas em SP, diz urbanista ....................................... 14
CPFL Energia tem lucro líquido recorde de R$ 2,17 bilhões em 2018 .................................................. 17
Conselho da Pré-Sal Petróleo nomeia José Eduardo Gerk como novo diretor-presidente ....................... 18
Ministro do Meio Ambiente questiona contribuição humana no aquecimento global .............................. 19
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 21
Painel ........................................................................................................................................ 21
Mônica Bergamo: 'Nenhuma rendição, nenhum recuo', diz equipe a Guedes em mensagem interna ....... 23
Rumo, da Cosan, vence leilão da Ferrovia Norte-Sul com lance agressivo de R$ 2,7 bi ......................... 25
ESTADÃO .................................................................................................................................. 27
Deputados de 11 partidos assinam projeto para criar CPI da Dersa na Alesp ....................................... 27
Descoberta de gás no Egito traz esperança de crescimento ............................................................... 28
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 29
Vale reduzirá vendas em 75 milhões de toneladas em 2019 .............................................................. 29
Eletrobras vai à Justiça por indenizações ........................................................................................ 31
CPFL vê tendência de retomada do crescimento do consumo ............................................................ 33
FS Bioenergia investe R$ 1 bi em usina de etanol de milho ............................................................... 34
Para José Eli da Veiga, é necessário alterar caminho para evitar desastre no meio ambiente ................. 35
Oferta de apólices contra enchentes ainda é limitada ....................................................................... 37
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Data: 29/03/2019
Veículo: Folha de S. Paulo
Painel S.A.: Governo de SP passa a
ouvir interessados em 20 concessões e PPPs
O governo de São Paulo vai começar a ouvir
interessados nas concessões e PPPs (parceria
público-privada) que pretende colocar na praça
durante a gestão Doria.
Dentre os cerca de 20 projetos em
desenvolvimento, 9 já estão abertos para
agendar reuniões com a equipe técnica do
governo.
Entre eles: presídios, aeroportos, despoluição
do rio Pinheiros, marginais, parques, o bloco
de zoológico e jardim botânico, além de
ginásio do Ibirapuera e áreas de descanso para
caminhoneiros.
Na espera A carteira original tinha 33 projetos,
mas os de menor chance de sucesso ficaram na
gaveta. Para possíveis investidores, o êxito do
leilão da ferrovia Norte-Sul nesta quinta (28),
mesmo após tantos questionamentos ao edital
durante o processo, sinalizam o apetite que
pode se repetir nos projetos paulistas.
Grito de guerra Quando venceu o leilão do
trecho central da Norte-Sul, o presidente da
Rumo, Julio Fontana Neto, não escondeu a
animação. Após bater o martelo, na sede da B3,
ele se juntou à sua equipe e, no meio do salão,
puxou um grito de guerra: “Foco no trem, que
o resultado vem!”
Sem impulso Sete em cada dez consumidores
ouvidos pela consultoria GfK no Brasil afirmam
que estão mais controlados ao escolher bens de
consumo. Foram consultados mil clientes.
Acabou... A confiança do consumidor
paulistano caiu 9,9% neste mês, na
comparação mensal, segundo a FecomercioSP.
A queda, a primeira em 2019, ocorre após sete
altas consecutivas no índice.
...a lua de mel A incerteza quanto ao rumo da
economia e ao avanço das negociações do
governo com o Congresso para a aprovação da
reforma da Previdência derrubaram o
indicador, segundo Guilherme Dietze,
economista da entidade.
Valor... A insatisfação dos funcionários com o
ambiente de trabalho custa caro às empresas,
conforme estudo da Fecap feito com 1.031
grandes companhias entre 2013 e 2018.
...humano A pesquisa relacionou avaliações de
empregados com o retorno médio sobre o
patrimônio líquido e com o Ebitda (lucro antes
de juros, impostos, depreciação e
amortização).
Lucratividade As piores empresas tiveram, na
média, quase a metade do retorno das
melhores (4,4% ante 8,5%). Na comparação
com o Ebitda, a diferença chega a 3,3 pontos
(11,7% contra 15%).
À prova de... A Usiminas concluiu, finalmente,
o processo de homologação no Exército de um
novo aço balístico, o Usiprot 500, chapa para
construção de veículos blindados.
...balas Segundo a empresa, o produto
brasileiro poderá substituir o importado que
vem sendo usado na fabricação de veículos
destinados às Forças Armadas. A Usiminas se
planejava para o desenvolvimento há cerca de
dez anos.
PROSA
“A questão da Previdência não é ideológica,
mas matemática. Se nada for feito, em 15 anos
o governo gastará 100% do orçamento com
aposentadorias. A construção do futuro do país
depende de os três poderes caminharem juntos
Paulo Skaf
presidente da Fiesp
com Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas, Paula
Soprana e Taís Hirata
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel
sa/2019/03/governo-de-sp-passa-a-ouvir-
interessados-em-20-concessoes-e-ppps.shtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Mogi News
Data: 29/03/2019
O desafio dos resíduos sólidos urbanos
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Alto Tietê
Data: 29/03/2019
O desafio dos resíduos sólidos urbanos
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Data: 29/03/2019
Veículo1: A Tribuna
Veículo2: O Repórter Regional
Veículo3: Revista TAE Tratamento de Água e
Efluentes
Água: da quantidade à qualidade
O encontro de líderes no Fórum Econômico
Mundial em Davos, em janeiro deste ano,
confirmou as crises hídricas como um dos cinco
maiores riscos globais da atualidade, posição
mantida neste ranking nos últimos oito anos.
Para os paulistas essa questão não é novidade
desde 2014, como aconteceu também para
brasilienses e mineiros em 2018, sem falar no
problema crônico do semiárido nordestino.
Embora as estatísticas mostrem que a
quantidade de água doce disponível no mundo
é muito pequena, sabemos que ela é suficiente.
A grande dificuldade está em levá-la até as
pessoas e aproveitá-la de forma correta. O
crescimento acelerado das grandes metrópoles,
as correntes migratórias e as variações
abruptas do clima são fatores que exigem
planejamento e grandes investimentos de
infraestrutura para garantir que a água chegue
àqueles que precisam e deixe de ser um flagelo
para os que têm as suas casas invadidas pelas
enchentes. A Grande São Paulo, uma enorme
ilha de calor localizada em uma área com
disponibilidade hídrica pequena em relação à
sua população, é um exemplo desse
desequilíbrio. As chuvas fortes e concentradas
causam prejuízos e, infelizmente,até mortes.
Enquanto isso, o Cantareira se recupera de
forma lenta e gradualda seca do ano passado.
Desde 2014, realizamos grandes obras de
segurança hídrica que nos garantem a
quantidade necessária de água para a
metrópole viver e crescer no seu ritmo
alucinante. A prova disso é que passamos pela
seca severa de 2018 sem sobressaltos ou
sacrifícios. Mas estamos engajados agora numa
nova etapa, que é a da qualidade, ou seja,
garantir não apenas a água suficiente, mas a
água com oferta constante, segura e nos mais
rigorosos padrões para todos, incluindo as
populações mais carentes, que vivem em áreas
irregulares ou distantes dos núcleos maiores.
Como diz a campanha da ONU: "Não Deixar
Ninguém Para Trás".
Água de qualidade começa no cuidado aos
corpos d'água e por isso estamos acelerando o
projeto Tietê e o Córrego Limpo, além de nos
juntarmos à Emae, DAEE e Cetesb no
programa capitaneado pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente que será
lançado para a recuperação do rio Pinheiros. É
um dos pontos que o governador João Doria
considera de fundamental importância para o
bem estar dos paulistanos. Precisamos investir
mais, trabalhar mais, planejar mais e cuidar
mais. No entanto, nada pode ser feito se não
houver o apoio de todos, passando pelas
prefeituras, empresas, ONGs, entidades da
sociedade civil e, o mais importante, de cada
cidadão. Só assim poderemos mais
rapidamente deixar de ver imagens como
aquela das milhares de garrafas pet aportando
em Salto após percorrerem o Tietê. Mostramos
que temos a capacidade e a inteligência para
gerar a infraestrutura que pede a oferta de
água em quantidade. Agora estamos dando o
próximo passo. A Sabesp é tão grande quanto
os desafios que tem pela frente, em um estado
que não para de crescer e que, de locomotiva
do Brasil, almeja, nessa nova fase, tornar-se
um player significativo no cenário mundial.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20172507&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=19938450&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20067679&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura Municipal de Lençóis
Paulista
Data: 28/03/2019
Meio Ambiente monitora as ações voltadas à proteção do solo
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
(SAMA) tem realizado visitas técnicas em
postos de combustíveis do município, visando
uma importante ação da diretiva do Uso do Solo
do Programa Município Verde Azul, voltada
para áreas que apresentem risco de
contaminação.
Durante as visitas são verificadas as condições
que permitem constatar as medidas de
proteção do solo, como por exemplo: licenças
de operação emitidas pela Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo), condições de armazenamento dos
combustíveis no subsolo, tratamento de
efluentes e resíduos sólidos gerados. Vale
destacar que não se trata de ações
fiscalizadoras, mas sim visitas técnicas para
atendimento à proposta, que garantem a
proteção ao meio ambiente e a população,
evitando assim contaminação do solo e dos
lençóis freáticos. Até o momento sete postos
foram visitados e se apresentam em
conformidade.
Outra ação refere ao acompanhamento por
meio de vistorias, dos resultados do serviço
implantado para a recomposição do maciço do
aterro em valas, a drenagem das águas pluviais
com objetivo de interromper a infiltração
direta, e o acúmulo das águas sobre o aterro
municipal, que resultam nas erosões, trincas,
deformações horizontais e verticais, causando
desmoronamento do solo e principalmente dos
resíduos depositados. O serviço foi viabilizado
por meio de convênio com o Fehidro (Fundo
Estadual de Recursos Hídricos).
O trabalho beneficia ainda o aterro pela limpeza
e compactação, nivelamento e recomposição de
62.700 m² da área do antigo aterro, instalação
de canaletas de concreto, plantio de grama que
favorece o crescimento da vegetação para
proteção do solo, colaborando assim para a
eliminação dos riscos mencionados. O trabalho
contempla ação da diretiva uso do solo do
Programa Município Verde e Azul, e a população
deve colaborar realizando a coleta seletiva em
casa, para diminuição de resíduos recicláveis no
aterro municipal.
Ambas as ações serão apresentadas em
relatórios para a diretiva uso do solo, já no
presente ciclo 2019, visando a continuidade da
ação nas próximas fases ou ciclos do Programa
Município Verde Azul.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20153461&e=577
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8
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: O Deda Questão (blog)
Data: 28/03/2019
É baixo, mas existe risco de acidente
em barragem
A Defesa Civil da Prefeitura de Alumínio
recebeu as respostas da CBA (Companhia
Brasileira de Alumínio) para as perguntas
enviadas pela prefeitura da cidade a respeito da
segurança da barragem da empresa,
considerada uma das maiores fabricantes de
alumínio do país.
E a resposta mais animadora do documento dá
conta que o risco de um desastre no local é
baixo, porém, ela é elaborada com dados de
2016, portanto de 3 anos atrás, quando foram
analisadas as características técnicas da
construção e as inspeções de sua extensão que
constatou que o alteamento, que é o aumento
gradual do paredão para que a barragem
receba mais resíduos, foi feito da forma
considerada a mais segura.
A barragem segura a lama vermelha (material
contaminado que é formado pelos restos da
bauxita) depositada no local como sendo o
resíduo da produção do alumínio. O paredão
começou a ser erguido na década de 90 e,
atualmente, segura 20 milhões de metros
cúbicos de resíduos. Ou seja, 20 vezes mais do
que Brumadinho (MG), que se rompeu, e tinha
volume de um milhão de metros cúbicos de
rejeito de mineração e matou mais de 300
pessoas.
Plano de Segurança
A CBA, na resposta à prefeitura, garantiu que
tem o Plano de Segurança da barragem (que é
uma exigência da Cetesb, responsável pela
fiscalização) e informou que cerca de três mil
moradores estão na área abaixo da barragem,
ou seja, essas pessoas estão onde esses
resíduos industriais vão correr no caso de um
rompimento.
O plano traz informações sobre inspeções, além
de dados técnicos, como construção, operação
e manutenção, que vai do menor ao maior risco
de gravidade e pede sororro de prefeituras de
Alumínio, Sorocaba, Itu, Boituva, Iperó, Porto
Feliz e Mairinque. No plano de emergência
número 3, com situação de ruptura iminente ou
ocorrendo, uma das primeiras orientações é
acionar alerta de evacuação.
A CBA disse que está criando uma comissão
mista com representantes do poder público de
Alumínio, Sorocaba e Itu para acompanhar as
ações.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20140116&e=577
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9
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Verbo online Independência e
Imparcialidade (blog)
Data: 28/03/2019
MP pede 'desmontagem' de galpão logístico na APA Embu por lesar meio ambiente
Rômulo Ferreira
O Ministério Público apresentou na segunda-
feira (25) parecer técnico de que a obra do
empreendimento Embu II do Brasil, o galpão da
empresa Hines, no bairro do Itatuba, em Embu
das Artes, foi 'aprovada de forma ilegal,
irregular e ambientalmente lesiva, afrontando
especialmente a lei da APA [Área de Proteção
Ambiental] Embu Verde e a legislação de
proteção da mata atlântica'. Como
consequência do estudo, o MP pediu a completa
desmontagem das instalações.
Galpão da Hines, construído em 2012, no
Itatuba, área da APA Embu Verde; parecer do
MP que condena obra
O parecer sugere uma série de ações para a
obrigação de reversão total ou parcial dos
danos ambientais no local do galpão, entre elas
a própria remoção do empreendimento. 'Em
primeira etapa cabe a formulação e
implementação de projeto técnico e obrigação
da desmontagem do galpão e de construções
presentes (total ou parcialmente) por empresas
do ramo', diz o relatório emitido pelo Caex
(Centro de Apoio Operacional à Execução),
órgão técnico do MP.
Como passo adiante, o MP ingressará com uma
ação civil pública para execução do pleito, após
julgamento. O galpão deve ser alvo de processo
de remoção após denúncias da Sociedade
Ecológica Amigos de Embu, que há sete ano
trava batalha jurídica para provar que os
trâmites de licenciamento continham 'inúmeros
vícios' e que a localização do complexo dentro
da APA é absolutamente inadequada. O
inquérito civil 1735/2014 foi aberto após
atuação da Seae.
A instalação do galpão da Hines causa polêmica
desde meados de 2012, quando a área pública
de 4.598.156 hectares, equivalente e mais de
quatro campos de futebol, ganhou certidão
para uso de solo, emitida pela prefeitura -
governo Chico Brito (então PT) - para o então
projeto logístico. No local eram realizadas
ações socioambientais como horta comunitária,
para fortalecimento das comunidades por meio
educação, segurança alimentar e geração de
renda.
A gestão à época propagou que o galpão traria
muitos empregos e se impôs contra os
ambientalistas, que defendiam, através de leis
e dados concretos, que a obra era imprópria
para o local. 'O imenso tráfego de caminhões
gerado por esses galpões é incompatível com a
APA, o ramo da logística pode sim gerar
emprego e renda em Embu, desde que em
lugar adequado, como locais próximos e com
acesso direto a rodovia', diz o presidente da
Seae, Rodolfo Almeida.
Por estar em área de preservação, os projetos
devem passar primeiro pela análise e
aprovação do Conselho Gestor da APA Embu
Verde, conforme a lei municipal 108/2008. Mas,
segundo a Seae, nas 50 páginas de uma análise
minuciosa, o parecer aponta manobras para
aprovação do galpão logístico, como a
prefeitura emitir certidão de uso de solo, que
posteriormente foi usada pela Cetesb
(companhia ambiental estadual) para autorizar
a supressão de vegetação nativa.
A emissão da certidão resultou ainda na
aprovação pela Câmara Técnica de Projetos e
Obras da classificação de projeto não poluidor.
A característica de 'não poluidor', porém, foi
contestada no estudo, por ferir as
características naturais do local em que está
inserido, em contrariedade ao artigo 3º da
Política Nacional do Meio Ambiente - que define
como poluidor quem direta ou indiretamente
ameaça o bioma, a estética e as condições de
saneamento do ambiente.
Somente depois de todas as aprovações nas
demais esferas é que as atividades foram
apresentadas ao Conselho Gestor, diz a Seae.
Segundo Almeida, a promotora Juliana
Magalhães disse, na reunião com os
conselheiros municipais (públicos e da
sociedade), convocados por ela, 'que pretende
trabalhar para evitar situações extremas como
essa, congelando novas obras dentro da APA,
até corrigir esses processos de vícios no
processo de licenciamento'.
'Essa decisão é a confirmação de que nossa
jornada será vitoriosa, vamos prosseguir nossa
luta para que a devastação seja interrompida,
e que os demais empreendimentos que não
respeitaram o meio ambiente também paguem
por suas transgressões', diz Almeida, um dos
ativistas nas discussões acaloradas da revisão
do plano diretor que chegaram a ter duas
audiências públicas suspensas pela Justiça, em
10
Grupo de Comunicação e Marketing
2011. A reportagem não conseguiu contato
com a Hines.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20155268&e=577
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 29/03/2019
11
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Brasil Energia
Novo Mercado de Gás será lançado entre abril e maio
O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de
Minas e Energia, Marcio Felix, confirmou para o
período entre abril e maio o lançamento das
linhas gerais do programa Novo Mercado de
Gás, que o governo está estruturando para
promover a abertura do setor e baratear os
preços. O ministro Bento Albuquerque havia
dado como data inicial o mês de junho, mas o
próprio admitiu uma antecipação de alguns
meses com relação ao que foi divulgado
anteriormente.
No último dia 27/3, o ministro esteve em
audiência da Comissão de Minas e Energia
(CME) da Câmara dos Deputados e falou sobre
o novo programa, que guarda semelhanças
com o Gás para Crescer, do governo do ex-
presidente Michel Temer. Entre os resultados
esperados estão viabilizar o aproveitamento do
gás do pré-sal; elevar a competitividade e
reduzir o custo do gás; abrir o mercado a novos
agentes; atrair mais investimentos na cadeia
de exploração e produção; e ampliar a
integração com o setor elétrico.
Albuquerque voltou a afirmar que o gás ainda é
pouco aproveitado no Brasil, com participação
de 12,4% na matriz energética brasileira,
contra 52% na Argentina e 33% nos Estados
Unidos. A rede de transporte é outro fator de
desvantagem, com o país contando com pouco
mais de 9 mil quilômetros de rede contra 28,9
mil km da Argentina e 490,9 mil km, nos EUA.
https://www.abegas.org.br/arquivos/71711
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 29/03/2019
12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Brasil Energia
Produção global de biometano em alta
Com expansão registrada em vários países, por
conta de sua viabilidade econômica como
combustível renovável, há hoje no mundo
1.020 plantas de biometano, segundo estudo
de mercado da Associação Internacional de Gás
Natural (Cedigaz). Segundo o levantamento, as
unidades, algumas poucas delas em fase final
para entrar em operação, se concentram em 34
países.
Segundo a Cedigaz, o crescimento exponencial
do mercado global começou em 2010, quando
havia apenas 173 plantas. Em 2017, a
produção global atingiu 3 bilhões de m³, com
720 unidades (o número atual não foi
contabilizado, por nem todas as plantas
estarem em operação).
Embora a maior parte da produção esteja
centralizada na Europa, com 2 bilhões de m³ de
biometano registrados em 2017, há tendência
de globalização no gás natural renovável.
Nesse ponto, o destaque fica por conta dos
Estados Unidos, que expande o uso do
biometano para uso veicular, e os planos em
ação de China, Índia e Brasil, que criam
regulamentações e metas de uso do
combustível renovável. No caso brasileiro, bom
lembrar, o impulsionador é a Política Nacional
de Biocombustíveis, o Renovabio, que entrará
em vigor no fim deste ano.
https://www.abegas.org.br/arquivos/71703
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 29/03/2019
13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Canal Energia
Enel Distribuição aplica R$ 41 milhões em obras na Zona Sul de São Paulo
Empresa finalizou expansão das LDs do
Complexo Parque dos Lagos, com mais de 150
mil clientes da região sendo beneficiados.
Segunda etapa prevê inauguração de ETD e
mais linhas até 2022
A Enel Distribuição São Paulo anunciou que está
investindo cerca de R$ 41 milhões no Complexo
Parque dos Lagos, na região do bairro do
Grajaú, em São Paulo. A primeira fase do
projeto foi concluída em dezembro de 2018,
com a expansão das linhas de distribuição e
subterrânea. Também foram finalizadas a
Estação Compacta de Distribuição (ECD) e o
Ramal Aéreo (RAE) Parque dos Lagos.
O objetivo da iniciativa é dar maior
confiabilidade à rede e melhorar ainda mais a
qualidade do fornecimento na Zona Sul da
capital, atendendo ao crescimento da demanda
da região que hoje representa 150 mil clientes
para a distribuidora, que também terá maior
flexibilidade operativa para fazer manobras na
rede por meio de transferências de carga, o que
permite reduzir o número de clientes
impactados por ocorrências.
Para a segunda etapa, em 2022, está prevista
a inauguração da Estação Transformadora de
Distribuição (ETD), que vai aliviar a carga das
subestações Varginha e Rio Bonito. Um ramal
aéreo e novas LDs aéreas e subterrâneas
também serão concluídas.
http://canalenergia.com.br/noticias/53094268
/enel-distribuicao-aplica-r-41-milhoes-em-
obras-na-zona-sul-de-sao-paulo
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 29/03/2019
14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: UOL
Investir em piscinões não impedirá mortes por chuvas em SP, diz
urbanista
Wellington Ramalhoso
De acordo com a Defesa Civil, 31 pessoas
morreram este ano no estado de São Paulo em
decorrência de enxurradas e soterramentos. Só
na região metropolitana da capital, os
temporais dos dias 10 e 11 deste mês
provocaram 13 mortes.
Para a arquiteta e urbanista Luciana Travassos,
professora do Bacharelado em Planejamento
Territorial da UFABC (Universidade Federal do
ABC), não há perspectivas de melhora deste
quadro. "Num contexto de estado mínimo e de
destruição das estruturas estatais, é bastante
complicado. Estamos muito pessimistas."
A professora trabalhou na SPUrbanismo,
empresa de planejamento e desenvolvimento
urbano da Prefeitura de São Paulo, entre 2011
e 2014, nas gestões Gilberto Kassab (PSD) e
Fernando Haddad (PT).
Governo e prefeitura têm gastado menos da
metade dos orçamentos com obras de
drenagem nos últimos anos.
No dia 14, o governador João Doria (PSDB)
prometeu realizar obras como piscinões e
muros de arrimo. O prefeito Bruno Covas
(PSDB) quer que empresas possam construir
em cima dos piscinões (reservatórios para a
contenção de enchentes) e assumam a
manutenção dessas estruturas.
A cidade de São Paulo tem 25 piscinões. O
primeiro foi inaugurado em 1994, na gestão
Paulo Maluf (PP). A administração paulistana
empenhou R$ 119,3 milhões para a
manutenção dos equipamentos e outros
serviços de drenagem neste ano. Nos demais
municípios da região metropolitana, há ao
menos 24 piscinões - o governo estadual
apoiou parte das construções e planejava
investir R$ 45,1 milhões na limpeza deles ao
longo de 2019.
Na avaliação de Luciana, as respostas dadas
pelos governos do estado e da capital estão
longe de ser suficientes para minimizar os
estragos. Piscinões seriam apenas paliativos
em uma cidade como São Paulo, construída em
cima de cerca de 200 cursos de água. "A gente
precisa entender que o rio permanece, ele
continua existindo."
Veja as opiniões da especialista sobre entraves
no combate às enchentes em São Paulo.
UOL - É possível eliminar as inundações?
Luciana Travassos - Não é possível eliminar
porque elas são naturais do território. A gente
tem uma bacia com rios que tendem
naturalmente a inundar mesmo que a gente
faça uma série de obras de infraestrutura.
O que é possível fazer é minorar os efeitos das
inundações. As áreas inundáveis precisam ser
mapeadas, e a gente precisa, a curto, médio e
longo prazo, implantar usos que sejam
compatíveis com a subida das águas.
Nos casos mais recentes, houve falhas do poder
público?
O que se tem dito muito é o que os sistemas de
infraestrutura, especialmente os piscinões, não
estavam com uma boa manutenção. Então,
houve uma falha do poder público nessas
manutenções.
De qualquer forma, choveu bastante. Neste
caso, a falha do poder público é não ter
estruturado de forma consistente as Defesas
Civis ao longo dos anos, mesmo com a Política
Nacional de Proteção e Defesa Civil, de 2012,
que obriga o poder público a fazer isto. A
Defesa Civil é um agente muito importante para
diminuir mortes.
E tem outra responsabilidade que é não
destinar recursos para políticas habitacionais.
Os investimentos não têm sido suficientes.
Logo depois das chuvas e inundações no dia 11
de março, o governo anunciou investimentos
em piscinões e canalização, ou seja, em
infraestrutura de drenagem. Isto não é e nunca
será suficiente.
Os investimentos não podem ser unicamente
em infraestrutura de drenagem.
Ainda que se invista nisto, a gente deveria focar
no investimento da política habitacional com
priorização para áreas de risco de
escorregamento e inundação, no investimento
do mapeamento das áreas de inundação e na
VEÍCULO DIVERSOS
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realocação de usos que não são compatíveis
com as áreas de inundação.
Por que os piscinões não são a melhor solução?
Entendo os piscinões como a última solução que
a gente deveria pensar em termos de
drenagem. É difícil dizer que a gente nunca vai
precisar dos piscinões. É muito provável que a
gente precise. O problema é que toda a diretriz
de reserva de água do plano diretor de
macrodrenagem do Alto Tietê tem sido feita por
meio de piscinão.
O piscinão provoca uma fratura na cidade, é de
difícil manutenção, é área muito passível de
criação de animais como baratas, ratos e
mosquitos.
A gente poderia ter uma política de incentivo de
construção de piscininhas [reservatórios
construídos em imóveis particulares que
servem como sistemas de contenção] e outras
soluções em edificações. Tem várias formas de
fazer esse incentivo, como o desconto no IPTU.
Nas bacias que têm um risco muito alto, é
prioritário aplicar esse tipo de solução.
Piscinão no bairro Rudge Ramos em São
Bernardo do Campo Imagem: Arquivo pessoal
Como resolver a ocupação desordenada das
várzeas dos rios?
É preciso tratar primeiro as áreas que nunca
foram tratadas. O poder público precisa
priorizar as áreas vulneráveis do ponto de vista
social. Ou seja, olhar para as periferias, olhar
para os assentamentos precários em fundos de
vale e encostas e dotar de infraestrutura essa
parte da cidade que nunca teve um olhar
cuidadoso do poder público.
A gente precisa entender que o rio permanece,
ele continua existindo. Ali a gente precisa fazer
projetos integrados, com habitação, áreas
verdes, esgotamento sanitário e drenagem. É
nesses lugares que a gente precisa mudar o
paradigma dessa relação da cidade com seus
rios.
Planos de remoção definitiva são necessários?
As pessoas não moram no rio porque querem.
Moram lá porque não têm possibilidade de
morar em outro lugar. Nas áreas inundáveis, a
gente precisa fazer realocações definitivas e
implantar parques. É o que acredito como
melhor solução. Como fazer as realocações?
Em algumas áreas, é possível fazer na própria
bacia [hidrográfica].
A gente costuma ouvir que a cidade não tem
terra [disponível], está toda ocupada e não tem
como fazer realocação de moradores. Não dá
para dizer que a cidade está inteira construída
e que, portanto, nada pode mudar. A cidade
muda bastante por meio das políticas de uso do
solo e por meio do mercado.
A gente precisa democratizar e dar a essas
pessoas acesso aos espaços que já estão
ocupados. Tem uma coisa que se chama
coeficiente de aproveitamento, ou seja, quanto
se pode construir em determinados terrenos.
Em mudando isso na legislação,
automaticamente o mercado se apropria
dessas áreas e renova os tecidos urbanos. Além
disso, a gente também tem muito prédio vazio.
Como o planejamento urbano tem lidado com
as questões ambientais no país? As cidades
brasileiras estão preparadas para lidar com as
mudanças climáticas?
Não estão preparadas para lidar com as
mudanças climáticas e também não estavam
preparadas para lidar com a variabilidade
climática. As cidades brasileiras estão inseridas
em biomas e ecossistemas diferentes. Cada
cidade precisa entender sua relação com seca,
com chuva, com água, com rio, com arroio. As
cidades vão precisar reconstruir seus espaços
urbanos, mas tem muito espaço urbano que
não foi sequer construído, mas autoconstruído
pelas pessoas, foi loteado irregularmente.
A gente precisa tratar as áreas vulneráveis,
eliminar esses passivos que eram passivos da
urbanização antes mesmo das mudanças
climáticas se tornarem uma questão e entrarem
na agenda do planejamento urbano.
E o planejamento urbano vai tratar como isso?
Com reconstrução das áreas que onde
historicamente houve muito investimento ou
vai tratar olhando para as áreas mais
vulneráveis? Obviamente que num contexto de
muitos recursos a gente trataria as duas coisas,
mas não é o caso. Os recursos públicos são
muito limitados, restritos, e a gente precisa
pensar na priorização da sua utilização.
Num contexto de estado mínimo e de
destruição das estruturas estatais, é bastante
complicado. Estamos muito pessimistas.
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https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
noticias/2019/03/29/nada-leva-a-crer-que-
quadro-de-mortes-pela-chuva-va-melhorar-
diz-urbanista.htm
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Veículo: Canal Energia
CPFL Energia tem lucro líquido recorde de R$ 2,17 bilhões em 2018
Desempenho reflete o crescimento nos
principais segmentos de atuação da empresa,
com destaque para distribuição
A CPFL Energia obteve lucro líquido de R$ 2,17
bilhões em 2018. Segundo a companhia, o
resultado é o maior já registrado e representa
alta de 74,2% quando comparado com o
registrado em 2017. O desempenho reflete o
crescimento nos principais segmentos de
atuação da empresa, com destaque para o
negócio de distribuição.
A geração de caixa operacional do grupo,
representada pelo EBITDA, também foi
recorde, somando R$ 5,64 bilhões em 2018.
Impulsionado sobretudo pela expansão do
EBITDA das distribuidoras, o valor é 16%
superior ao registrado em 2017.
No ano passado, o volume de energia
distribuída para os clientes nas áreas de
concessão cresceu 2,5%, com a ampliação das
vendas para todos os mercados. O aumento do
volume foi impulsionado pela recuperação da
atividade das principais indústrias da área de
concessão da CPFL, ligadas a setores como
químico e petroquímico, automotivo e
metalurgia. Períodos de temperaturas mais
altas elevaram o consumo residencial e
comercial.
“Em um ano no qual registramos resultados
históricos, concentramos nossos esforços em
um robusto plano de investimentos e em
projetos que gerem valor para a empresa e
para nossos clientes, sempre com disciplina
financeira”, diz Gustavo Estrella, presidente da
CPFL Energia, em nota distribuída à imprensa.
No quarto trimestre do ano, o EBITDA da
empresa atingiu R$ 1,35 bilhão, redução de
0,9% na comparação com o mesmo período de
2017. O lucro líquido cresceu 34,7%, para R$
670 milhões. No último trimestre de 2018, os
investimentos da companhia totalizaram R$
693 milhões.
A empresa investiu R$ 2,07 bilhões em 2018. A
maior parte desse valor – cerca de R$ 1,77
bilhão – foi utilizada na melhoria das redes de
distribuição. Entre as principais iniciativas,
estão a ampliação da rede e da estrutura de
atendimento ao consumidor, manutenções,
modernização dos sistemas de suporte e
projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Em geração, a CPFL Energia investiu outros R$
237 milhões. O principal aporte ficou por conta
da entrega antecipada das obras da PCH Boa
Vista II. Localizado em Minas Gerais, o projeto
entrou em operação em novembro, com
capacidade instalada de 29,9 MW.
Para os próximos cinco anos, entre 2019 e
2023, a CPFL Energia prevê investimentos de
R$ 11,9 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões serão
feitos na área de distribuição. Os valores não
incluem eventuais aquisições de ativos e novos
projetos.
http://canalenergia.com.br/noticias/53094431
/cpfl-energia-tem-lucro-liquido-recorde-de-r-
217-bilhoes-em-2018
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Veículo: Reuters
Conselho da Pré-Sal Petróleo nomeia José Eduardo Gerk como novo diretor-
presidente
O Conselho de Administração da Pré-Sal
Petróleo (PPSA) nomeou nesta quinta-feira o
engenheiro mecânico José Eduardo Vinhaes
Gerk como novo diretor-presidente da
companhia, que assume o cargo em 1º de abril
para um mandato de dois anos, informou a
companhia em nota à imprensa.
Gerk também será um dos cinco membros do
colegiado da empresa, que representa o
governo nos contratos de partilha de produção,
sendo responsável pela comercialização de
petróleo e gás natural da União, além de atuar
nos acordos de individualização da produção.
Formado pelo Instituto Militar de Engenharia
(IME), com mestrado e doutorado em
engenharia mecânica pela COPPE/UFRJ e
especialização em Engenharia de Petróleo pela
Universidade Petrobras, Gerk tem 30 anos de
experiência na indústria de petróleo e gás.
O engenheiro iniciou sua carreira na Petrobras,
posteriormente atuou como consultor e gestor
de empresas e é professor titular do curso de
engenharia da Universidade Veiga de Almeida.
O executivo terá, entre outros desafios, o de
contribuir para dar sequência nos leilões de
áreas de exploração e produção em regime de
partilha de produção, em especial do leilão dos
excedentes da cessão onerosa, disse a PPSA.
José Eduardo Gerk substituiu Ibsen Flores
Lima, que presidiu a PPSA de novembro de
2016 a março de 2019.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1R92LB-OBRBS
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Veículo: Ciclo Vivo
Ministro do Meio Ambiente questiona contribuição humana no aquecimento
global
Aquecimento global, uso de agrotóxicos,
licenciamento ambiental, administração de
parques nacionais e o afastamento de 21
superintendentes do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e de Recursos Naturais (Ibama).
Esses foram alguns dos temas abordados pelos
senadores na audiência pública com o ministro
do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realizada na
última quarta-feira (27) pela Comissão de Meio
Ambiente (CMA). Questionado, Salles defendeu
as políticas que têm sido implementadas e
apresentou as medidas que considera
prioritárias para a sua pasta, especialmente
para o combate à poluição.
Em resposta aos senadores Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), Jean Paul Prates (PT-RN) e Márcio
Bittar (MDB-AC), o ministro se mostrou cético
quanto à ação do homem como principal causa
do aquecimento global. Ele disse não discordar
de que haja um aquecimento no planeta, o que
pode ser verificado pelo regime de chuvas e
pelo nível dos oceanos, mas questionou a
“parcela de contribuição humana” nas
mudanças climáticas. Ele disse, porém, que o
Brasil permanecerá no Acordo de Paris sobre o
Clima, promovido pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
Em relação à destituição de gestores do Ibama,
Salles respondeu que, em alguns casos, poderá
haver recondução ao cargo. Quanto ao trabalho
de organizações não governamentais voltadas
à preservação do meio ambiente, o ministro
afirmou que várias delas apresentam “bons
projetos”, mas questionou a transparência de
suas ações.
“Boas ideias [são] obscurecidas ou relativizadas
por prestação de contas e metas não
explicitadas, quer seja por incapacidade ou
desiderato próprio, que merece reparo”,
afirmou Salles.
Agrotóxicos
Em resposta a indagação do senador
Alessandro Vieira (PPS-SE) sobre a liberação de
54 novos agrotóxicos, considerados tóxicos,
grande parte proibida em outros países, o
ministro criticou a demora no procedimento de
registro, aprovação e análise dos produtos.
“É esse sistema anacrônico que gera riscos para
a sociedade”, disse Ricardo Salles, que
defendeu uma maior relação entre a agenda
ambiental e a do agronegócio.
Amazônia
Com relação à Amazônia, Salles disse que o
governo pretende investir em um sistema de
monitoramento que pode usar satélites,
radares e drones, inclusive com tecnologia
internacional, para verificar desmatamento e
garimpo ilegais, entre outras irregularidades.
Quanto à liberação da licença ambiental, o
ministro disse que o processo será aprofundado
e detalhado nos sistemas considerados
relevantes, como as barragens, com utilização
racional do corpo técnico do Ibama e melhor
distribuição das equipes de trabalho e recursos
orçamentários.
Barragens
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES),
presidente da CMA, questionou o ministro sobre
as ações em relação ao rompimento das
barragens de rejeitos de mineração, a exemplo
de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Ele
cobrou a responsabilização criminal da pessoa
jurídica das mineradoras, prevista na
Constituição.
“Principalmente quando estabelece que a
responsabilidade por qualquer atividade lesiva
ao meio ambiente tem repercussão não só no
aspecto administrativo e civil, mas também no
aspecto criminal”, afirmou Contarato.
O senador Jaques Wagner (PT-BA) apontou que
a estrutura de fiscalização é precária e sugeriu
que as mineradoras sejam obrigadas a fazer
seguro das barragens.
“Porque quem vai fiscalizar é a própria
seguradora, que não fará seguro se o cidadão
não cumprir ipsis litteris, porque aí é dinheiro
brigando com dinheiro e não o setor público, às
vezes fragilizado, brigando com uma gigante da
mineração”, disse Jaques Wagner.
O ministro concordou e disse que, nesse caso,
a força regulatória não conseguiria se equiparar
ao setor produtivo.
“Nós estamos falando de barragem de
mineração, mais de 700 Brasil afora. O setor de
seguros tem interesse em fazer uma boa
auditoria, uma boa fiscalização porque ele
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próprio vai mensurar o risco, o custo. E se nós
fizermos a exigência do seguro como regra, ele
se encarregará de normatizar um problema de
disparidade de informações muito evidente”,
disse.
Parques Nacionais
O ministro defendeu as parcerias com o setor
privado na gestão dos parques nacionais
administrados pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para
estimular o ecoturismo.
“Um mecanismo que acaba reforçando a defesa
e conservação do meio ambiente, na medida
em que traz novos investimentos, novas
tecnologias, traz uma nova estratégia de
gestão para áreas dispersas em todo o território
nacional e com questões orçamentárias e de
administração que limitam a efetividade do
processo. A coparticipação é muito bem-vinda”,
afirmou.
Cidades
O ministro apontou como prioridades de sua
pasta uma agenda de qualidade ambiental
urbana com melhorias no saneamento, na
qualidade do ar e na gestão de resíduos. Salles
lembrou que 75% da população brasileira mora
nas cidades e em condições precárias de saúde
relacionadas à falta de saneamento.
O ministro prometeu investimentos em coleta e
tratamento eficiente de esgotos, junto com a
aplicação prática da legislação na gestão de
resíduos sólidos, a cargo dos municípios.
Poluição
Além disso, o ministério deve observar a
experiência internacional nas ações para
melhoria da qualidade do ar, a exemplo da
capital chinesa, Pequim, para reduzir a poluição
e os casos de doenças respiratórias.
A pasta também lançou um programa nacional
de combate ao lixo no mar para beneficiar a
saúde e o turismo nas cidades litorâneas, com
envolvimento do terceiro setor. E ainda está
prevista a recuperação das áreas urbanas
contaminadas, principalmente nas periferias,
além do incentivo ao aumento de áreas verdes,
especialmente próximo a mananciais.
https://ciclovivo.com.br/planeta/mudancas-
climaticas/ministro-questiona-aquecimento-
global/
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FOLHA DE S. PAULO Painel
Trégua é vista com ceticismo; líderes preveem
governo 'de soluços' e reforma magra
Um governo em apneia As primeiras 24 horas de
trégua entre o Planalto e o comandante da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram vistas com
ceticismo por líderes e dirigentes de partidos. A
aposta é a de que a gestão Jair Bolsonaro vai
funcionar “aos soluços”, intercalando episódios de
desconforto agudo com pequenas pausas para
respirar. Esta foi a avaliação repassada por
deputados e governadores a investidores e
empresários. Ninguém acredita em uma mudança
brusca e permanente de atitude do presidente.
Patchwork Em reuniões privadas, parlamentares
começam a trazer o mercado financeiro para o
plano terreno. Avisam que, hoje, a maior
probabilidade é a de o Congresso aprovar uma
reforma da Previdência magra e retalhada.
Vai tu mesmo A indicação do Delegado Marcelo
Freitas (PSL-MG) para a relatoria da proposta de
mudança nas regras de aposentadoria na CCJ da
Câmara evidenciou que os tropeços da articulação
política não foram superados. Paulo Abi-Ackel
(PSDB-MG) havia sido convidado para o posto,
mas sua sigla não deixou que assumisse a missão.
Passa mais tarde Para o governo e para
integrantes do PSL, os tucanos disseram que,
como há chances de Eduardo Cury (PSDB-SP)
assumir a relatoria da reforma na comissão
especial que vai debater o tema, seria demais dar
as duas missões a membros da sigla.
Franco-atirador Com a negativa do PSDB, a
relatoria ficou entre o Novo e o PSL. O presidente
do partido de Bolsonaro defendeu, então, que sua
sigla abraçasse a missão. A primeira opção, Bia
Kicis (PSL-DF), foi vetada por líderes de outras
legendas. Motivo: ela fez vários vídeos criticando
colegas de plenário.
Bom aluno Marcelo Freitas, deputado de primeiro
mandato, é descrito como discreto, mas de
“temperamento forte”. O currículo –ele atuava na
PF e tem mestrado sólido na área jurídica– pesou
a favor de sua escolha.
Palavra tem poder Em meio à polêmica sobre
comemorações do golpe de 1964, o deputado
Márcio Jerry (PC do B-MA) apresentou projeto que
criminaliza a apologia à ditadura ou a novas
rupturas institucionais. A proposta prevê punição
de multa ou detenção de três a seis meses.
Com reza brava É forte a expectativa do PT em
torno do julgamento do recurso de Lula contra a
condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP), no
STJ, previsto para terça (2).
Com reza brava 2 Os ministros devem se debruçar
principalmente sobre dois temas: a dosimetria da
pena e o crime de lavagem de dinheiro. Há tese
de que ele está atrelado ao de corrupção, o que
impediria dupla condenação. Aliados do ex-
presidente apostam em análise técnica que reduza
a punição imposta a ele.
Precedente Uma eventual absolvição de Lula pelo
crime de lavagem de dinheiro poderia ser
fundamentada em decisão do STF de 2014. Na
ocasião, a maioria dos ministros livrou o ex-
deputado João Paulo Cunha (PT-SP) desse delito
no julgamento do mensalão.
Gente nossa Os ministérios públicos do Trabalho,
Militar e do Distrito Federal e Territórios articulam
apresentar uma lista tríplice alternativa à da
Associação Nacional dos Procuradores da
República para o presidente escolher o sucessor
de Raquel Dodge.
Quem entra As outras categorias do Ministério
Público da União querem brigar para serem
consideradas e veem no não compromisso de
Bolsonaro com os nomes mais votados no MPF
uma chance de conseguir o espaço.
Atentai A explosão de caixa eletrônico em um
hotel de Brasília que fica a menos de 1 km do
Palácio da Alvorada –e que abriga alguns
ministros– acionou um alarme na cabeça do
governador Ibaneis Rocha.
Atentai 2 Ele, que já questionava a migração de
líderes do PCC para presídio do DF, ficou
profundamente incomodado com a aparição desse
tipo de crime, comum em SP, na capital federal.
TIROTEIO
A harmonia dos Poderes precisa ser restabelecida.
Quem se preocupa com o Brasil tem obrigação de
lutar por isso
Do deputado Fábio Faria (PSD-RN), sobre as
provocações trocadas pelo presidente Bolsonaro e
Rodrigo Maia, que comanda a Câmara
Data: 29/03/2019
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https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/03/29/t
regua-e-vista-com-ceticismo-lideres-preveem-
governo-de-solucos-e-reforma-magra/
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Mônica Bergamo: 'Nenhuma rendição, nenhum recuo', diz equipe a Guedes em
mensagem interna
O ministro Paulo Guedes, da Economia, deve ir à
Câmara dos Deputados na próxima semana com a
tropa de elite da pasta. Há um consenso de que o
ambiente será mais adverso que o do Senado.
ESCUDO
Guedes levará com ele o secretário da Previdência
e Trabalho, Rogerio Marinho, seus adjuntos, Bruno
Bianco e Leonardo Rolim, o assessor especial
Marcelo Siqueira e José Levi, da Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional. Entre outros.
TUDO CALMO
Um dos desafios do ministro, de acordo com
integrantes de sua esquipe, será se manter calmo
diante das provocações e passar incólume pela
pressão e eventuais cascas de banana.
ORGULHO
Durante a exposição de Guedes no Senado, o
núcleo duro de assessores do ministério enviava a
ele mensagens de incentivo pelo WhatsApp.
“Paulo, você foi brilhante. Você nos inspira e nos
dá muito orgulho de fazer parte de sua equipe”,
dizia uma das mensagens.
PASSO ADIANTE
O slogan do grupo também era repetido: “No
surrender, no retreat! [nenhuma rendição,
nenhum recuo]”, escreviam, em letras
maiúsculas, para o ministro.
VAI DAR
Na avaliação de um de seus mais próximos
assessores, ainda é possível consolidar, no
Congresso, uma aliança de centro direita em torno
do programa liberal proposto por Guedes. Apesar
dos ruídos.
MESMO BARCO
Nessa visão otimista, estaria havendo uma
acomodação natural, embora um tanto turbulenta,
já que Jair Bolsonaro foi eleito sem o centro —mas
precisa dele para governar.
PONTO
Assim como o Ministério da Economia, que
colocará dez economistas de plantão na Câmara
para esclarecer dúvidas dos deputados sobre a
Previdência, a liderança do PSOL fará o mesmo.
Mas com sinal invertido.
CONTRAPONTO
O partido está convocando economistas da
Unicamp contrários às propostas para conversar
com os parlamentares, às terças e quartas-feiras.
PÁGINAS COLORIDAS
A atriz Débora Nascimento, que atualmente está
no ar na novela “Verão 90”, da Globo, estampa a
capa da revista Glamour do mês de abril; a
publicação chega às bancas nesta sexta (29)
LINHA DIRETA
E governadores devem se reunir com o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já na próxima
terça. Diante de impasses com o governo, eles
querem tocar uma pauta própria de forma
independente no Congresso.
TORRE
“A situação é de Torre de Babel. O clima de
insegurança e de beligerância é muito grande”, diz
o governador Wellington Dias, do Piauí, que deve
ir ao encontro com Maia.
LEMBRANÇA
O cantor Chico Buarque, a atriz Maria Ribeiro, o
Nobel Adolfo Peres Esquivel e o ex-deputado Jean
Wyllys assinam uma carta em apoio à ação de
vítimas da ditadura militar no Brasil pedindo que
o STF proíba a comemoração, nos quartéis, do
golpe de 1964.
PASSADO
“Um governo constitucional não festeja golpe ou
tortura”, diz o documento, subscrito por cerca de
cem nomes. A carta repudia a ordem de Bolsonaro
para que quartéis do país relembrem a data.
HEY JUDE
A apresentadora Fernanda Gentil, o ator Fabio
Porchat, a também apresentadora Sarah Oliveira
e seu marido, o administrador Thiago Lopes,
foram ao show de Paul McCartney no Allianz
Parque, na quarta (27).
VAGA
Associações de pedestres e de ciclistas fizeram
uma nota de repúdio ao projeto da Prefeitura de
SP para privatizar as vagas de Zona Azul por 15
anos. A empresa vencedora da licitação deve ser
anunciada no próximo dia 9.
VAGO
Grupos como Cidadeapé e Ciclocidade alegam
falta de transparência da prefeitura. O vereador
Data: 29/03/2019
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Antonio Donato (PT) pediu suspensão no Tribunal
de Contas do Município.
VISTO
A prefeitura realizou apenas uma audiência
pública para debater o projeto. O encontro ocorreu
em novembro e durou 25 minutos. A
administração afirma que o edital foi divulgado no
Diário Oficial e em jornais e que a licitação foi
precedida de consulta pública, em novembro.
MULTICULTURAL
A cantora Mariana Aydar lançará neste ano o
projeto “Veia Nordestina”, que contempla três EPs
—que formarão um álbum— e quatro
minidocumentários. No dia 5 de abril sai o primeiro
EP, com três inéditas.
PORTAS ABERTAS
O artista Artur Lescher inaugurou a exposição
“Artur Lescher: Suspensão” na Pina Estação no
último sábado (23). A galerista Nara Roesler e o
também artista Guto Lacaz compareceram.
CURTO-CIRCUITO
Estreia na sexta (29) o espetáculo Distopia Brasil,
dirigido por Pedro Granato. Às 21h, no Centro
Cultural São Paulo.
A banda Holger faz show com músicas do disco
“Relações Premiadas”. Na sexta (29), às 21h30,
no Sesc Pompeia.
A artista Lais Myrrha passa a integrar o time da
SIM Galeria, em São Paulo.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/03/nenhuma-rendicao-nenhum-
recuo-diz-equipe-a-guedes-em-mensagem-
interna.shtml
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Data: 29/03/2019
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Rumo, da Cosan, vence leilão da Ferrovia Norte-Sul com lance agressivo de R$ 2,7
bi
Taís Hirata
A Rumo, empresa do grupo Cosan, venceu o leilão
do trecho central da Ferrovia Norte-Sul, realizado
nesta quinta-feira (28), com um lance agressivo
de R$ 2,719 bilhões.
O valor do pagamento, que será feito ao governo
federal, ficou 100,9% acima do mínimo exigido
pelo edital.
A Ferrovia Norte-Sul estava nas mãos da estatal
Valec, que há 33 anos não consegue concluir a
construção do empreendimento —ainda restam
por fazer 15% das obras do trecho central.
Com a assinatura do novo contrato, a previsão é
que a ferrovia esteja pronta em, no máximo, dois
anos. Serão investidos R$ 2,7 bilhões na via, ao
longo dos 30 anos da concessão.
Como já era esperado, a disputa teve apenas dois
participantes: além da Rumo, a VLI (formada por
Vale, Mitsui, FI-FGTS e Brookfield) apresentou
uma proposta, de R$ 2,1 bilhões (ágio de 52,6%).
O alto valor pago pela Rumo se justifica pela forte
expectativa de retorno no projeto, segundo o
presidente da companhia, Julio Fontana Neto.
“Achamos que esse é um bom negócio para nossa
empresa. Tem muita sinergia com nossa operação
hoje. A gente acredita que o Brasil vai mudar o
ritmo de crescimento. Temos toda a esperança de
que as cargas desse trecho vão alimentar o
portfólio dos nossos clientes”, afirmou.
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de
Freitas, afirmou que o resultado superou as
expectativas. “É um dia histórico de retomada do
setor ferroviário no Brasil.”
O leilão desta quinta quebrou um jejum de mais
de dez anos sem novas concessões ferroviárias no
país. O certame anterior foi realizado em 2007,
quando outro trecho da Norte-Sul —que liga Porto
Nacional (TO) a Açailândia (MA)— foi concedido à
Vale.
A intenção é que ao menos outras duas
concessões sejam levadas a leilão nos próximos
quatro anos: a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste
Leste) e a Ferrogrão (ligando Sinop, em MT, a
Miritituba, no PA).
“Ambas estão em estágio avançado. Passaram por
consulta pública, tiveram os planos de outorga
aprovados. Muito em breve o governo vai enviar
para o TCU [Tribunal de Contas da União]”,
afirmou.
Outro plano do governo que o ministro quer
destravar é a renovação antecipada de concessões
ferroviárias, em troca de investimentos adicionais.
Um dos projetos mais avançados nesse sentido é
justamente a renovação da Malha Paulista,
operada pela Rumo.
A aprovação da medida se tornou ainda mais
essencial para a empresa com a vitória no leilão,
já que a Malha Paulista fará ligação com o trecho
central da Norte-Sul e permitirá o escoamento dos
produtos pelo porto de Santos.
A medida, no entanto, é polêmica e deverá passar
por um debate intenso para conseguir o aval do
TCU.
O ministro também afirmou que pretende
defender mudanças regulatórias para alterar a
forma de contratação de novas ferrovias: em vez
de concessões, autorizações.
Na prática, o formato permitiria que o setor
privado propusesse projetos e bancasse as obras.
A concorrência só seria necessária no caso de mais
de um interessado.
No entanto, a discussão teria que passar pelo
Congresso e, como o tema é controverso,
analistas do setor veem pouca chance de a pauta
caminhar no curto prazo.
JUDICIALIZAÇÃO
A concorrência desta quinta ocorreu sob forte
ameaça de judicialização. Até o último momento,
a Ferrofrente (Frente Nacional pela Volta das
Data: 29/03/2019
26
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Ferrovias) fazia ao STF (Supremo Tribunal
Federal) um pedido de reconsideração de uma
decisão da corte, que já havia negado uma liminar
para suspender o certame.
A entidade já havia tentado parar o leilão por meio
de uma ação popular, que não teve resultados.
Nas últimas semanas, a concorrência também foi
alvo de questionamentos do MPF (Ministério
Público Federal) e do Ministério Público ligado do
TCU (Tribunal de Contas da União) --todos
contornados pelo Ministério de Infraestrutura.
A principal crítica era a de que o leilão estava
direcionado à Rumo e à VLI. As duas companhias
controlam as ferrovias que fazem conexão com o
trecho a ser leiloado, ao sul e ao norte,
respectivamente. Como o trecho leiloado nesta
sexta não tem acesso direto a nenhum terminal
portuário, o vencedor necessariamente depende
do direito de passagem pelos trilhos das duas
companhias.
Segundo críticos ao edital, o modelo de leilão não
garante esse acesso às ferrovias da VLI e da
Rumo, o que daria vantagem competitiva às duas
empresas.
Mesmo com a realização da concorrência, há
promessas de judicialização: o autor da ação
popular, José Manoel Gonçalves, presidente da
Ferrofrente, promete entrar com nova ação
pedindo a anulação do resultado do leilão. No
entanto, ele mesmo admite que a dificuldade é
maior uma vez que o certame aconteça.
A associação, formada por diversos profissionais
ligados ao setor, tem entre seus membros
Bernardo Figueiredo, ex-diretor da ANTT (Agência
Nacional de Transportes Terrestres) e ex-
presidente da EPL (Empresa de Planejamento e
Logística). Hoje, ele é consultor da empresa russa
RZD, que teria desistido de participar da licitação
devido à questão do direito de passagem.
Para o ministro de Infraestrutura —que fez um
agradecimento especial à Advocacia Geral da
União após o leilão—, não há qualquer risco de o
resultado ser questionado pela Justiça. "Eles
podem entrar [com ações] dez vezes e vão perder
dez vezes."
Em relação à ausência da russa RZD no certame,
Gomes disse ainda que o grupo nunca demonstrou
interesse de fato no projeto.
Nas últimas semanas, ele trabalhou com os
órgãos de controle para defender a modelagem e
mostrar que o direito de passagem estava
garantido.
Malha Paulista na mira do Cade
Também nesta quinta, o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) abriu
processo administrativo para investigar a Rumo
por suposta prática anticompetitiva na Malha
Paulista.
Segundo parecer da superintendência, haveria
“fortes indícios” de que a companhia teriam
deixado de cumprir, sem motivo razoável, um
contrato com uma concorrente —uma empresa
logística do setor de exportação de açúcar— que
dependia da passagem pela ferrovia.
A apuração do caso começou em dezembro de
2016, a partir de uma denúncia da companhia,
chamada Agrovia. A empresa afirmou que
dependia da utilização da Malha Paulista para sua
operação e que teve que fechar as portas devido
ao suposto comportamento anticoncorrencial da
Rumo.
A Rumo ainda apresentará sua defesa, e o caso
será julgado pelo tribunal do Cade.
Procurada, a Rumo afirmou que tem "plena
confiança na licitude de suas ações e refuta todas
as acusações feitas pela Agrovia, as quais já foram
rejeitadas pelo Cade em procedimento anterior".
"[A empresa] apresentará e comprovará seus
argumentos junto ao Cade no momento devido e
confia que este processo, que está apenas no
início, reconhecerá mais uma vez a plena licitude
de suas práticas comerciais", diz a nota enviada
pela empresa.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03
/rumo-do-grupo-cosan-vence-leilao-da-ferrovia-
norte-sul-por-r-27-bi.shtml
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Data: 29/03/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
Deputados de 11 partidos assinam
projeto para criar CPI da Dersa na Alesp
Parlamentares precisam aprovar em plenário a
criação da sexta comissão na Casa, já que os
pedidos de investigação da estatal ficaram fora
das cinco primeiras CPIs criadas nesta semana
Fabio Leite
SÃO PAULO - Mais de 30 deputados de 11 partidos
na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) já
assinaram um projeto de resolução para criar a
CPI da Dersa, que pretende investigar as
denúncias de corrupção dentro da estatal
rodoviária paulista nos sucessivos governos do
PSDB.
As assinaturas foram coletadas por deputados do
PT e do PSL, cujos pedidos de instalação de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito para
investigar a Dersa ficaram na segunda metade da
lista de 23 CPIs protocoladas no início da nova
legislatura. Pelo regimento interno, a Alesp deve
instalar cinco CPIs simultaneamente, seguindo a
ordem cronológica de protocolo.
Nesta quarta-feira, 27, o presidente Cauê Macris
(PSDB) criou as cinco primeiras comissões da
lista: CPI da Barragem Salto Grande, CPI do Pet
Shop, CPI da Furp, CPI das Universidades e CPI do
Táxi Aéreo. O regimento permite a instalação de
uma sexta CPI, mas para isso é preciso protocolar
um projeto de resolução com pelo menos 32
assinaturas e aprová-lo em plenário com pelo
menos 48 votos entre os 94 deputados estaduais.
Na tarde desta quinta-feira, parlamentares do PT
e do PSL já conseguiram mais de 30 assinaturas
para protocolar o pedido da CPI da Dersa. Entre
os apoiadores estão deputados do Avante, DEM,
Novo, PP, PR, PROS, PSOL, PCdoB e Rede, além
de petistas e integrantes da bancada do partido do
presidente Jair Bolsonaro.
O petista Paulo Fiorilo disse que o projeto deve ser
protocolado nesta sexta-feira, 29, e levado para
discussão no Colégio de Líderes da próxima
semana. "Como o PSDB protocolou 11 CPIs para
evitar a investigação da Dersa, vamos buscar a
instalação da sexta comissão para esclarecer a
corrupção que assola o Estado envolvendo
políticos tucanos", afirmou.
No dia 15 de março, data da posse dos novos
deputados, o líder do governo, Carlão Pignatari
(PSDB), colocou assessores da bancada na fila do
protocolo para garantir que as CPIs propostas pela
base do governo ficassem nos primeiros lugares.
Os funcionários passaram mais de 60 horas na fila
e protocolaram as 11 primeiras CPIs na manhã do
dia 18 de março, primeiro dia útil da nova
legislatura (2019-2023).
A CPI da Dersa, proposta pela deputada Beth
Sahão (PT), foi a primeira da oposição a ser
protocolada e ficou em apenas 12.º lugar na fila.
Pelo rito normal na Assembleia ela só seria
instalada em 2020, já que cada comissão tem
duração de 120 dias. A CPI proposta pelo líder do
PSL, Gil Diniz, com o mesmo objeto ficou em 22.º
na fila. As duas bancadas ameaçam obstruir todos
os projetos de interesse do governo João Doria
(PSDB) se a CPI da Dersa não for instalada.
O objetivo é investigar o histórico de suspeitas de
corrupção na Dersa, responsável pelas grandes
obras viárias do Estado, como o Rodoanel. O ex-
diretor de engenharia da estatal Paulo Vieira de
Souza, que está preso em Curitiba, foi condenado
a mais de 145 anos de prisão pela Lava Jato por
desvios nas obras do Trecho Sul do Rodoanel e da
Jacu-Pêssego.
O ex-presidente da estatal Laurence Casagrande e
outros ex-diretores também chegaram a ser
presos no ano passado e foram denunciados pelo
Ministério Público Federal por supostos desvios
nas obras do Trecho Norte do Rodoanel, que estão
parcialmente paralisadas e mais de três anos
atrasadas.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dep
utados-de-11-partidos-assinam-projeto-para-
criar-cpi-da-dersa-na-alesp,70002771706
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Data: 29/03/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
Descoberta de gás no Egito traz esperança de crescimento
Clifford Krauss e Declan Walsh, The New York
Times
CAIRO - O presidente Abdel Fattah el-Sisi gosta de
anunciar seus planos para a modernização do
Egito, como a nova capital administrativa,
atualmente em construção, perto do Cairo. Mas a
maioria dos egípcios enxerga o governo dele como
uma época de inflação descontrolada, colapso da
moeda e cortes nos subsídios que tornaram
combustível, eletricidade e água mais caros.
Agora há esperança surgindo no litoral sob a forma
de uma imensa descoberta de gás natural, que
tem o potencial de sustentar a economia do Egito,
criar uma aliança comercial com Israel e dar vida
nova à influência regional do país.
A iniciativa do Egito para explorar o gás faz parte
de uma guinada nas questões ligadas à energia e
à geopolítica. Avanços no transporte do gás
liquefeito o transformaram num combustível
global, fortalecendo a posição de países que não
estavam entre os principais exportadores de
energia. A enxurrada de novas reservas de gás
representou más notícias para os exportadores
tradicionais, e especial a Rússia, que teve de
cortar os preços para manter as vendas para a
Europa. Faz tempo que muitos países europeus
tentam reduzir sua dependência em relação à
Rússia. Eles estão ansiosos para contratar novos
fornecedores, mesmo que isso signifique fazer
negócios com países autocráticos como Egito e
Catar.
Em 2015, o Egito descobriu uma reserva
conhecida como Zohr, transformada em um dos
maiores campos de exploração do gás natural no
Oriente Médio. O Egito produz agora um volume
recorde de gás por dia - alta de mais de 30%
desde 2016 - o que faz do país um dos maiores
produtores do Norte da África e do Oriente Médio.
Em janeiro, pela primeira vez em muitos anos, o
Egito exportou mais gás do que importou. As
exportações ainda estão muito aquém do
potencial, e os egípcios ainda não sentiram os
benefícios dessa exploração, mas o governo
espera um período de prosperidade impulsionado
pelas exportações.
As gigantes do setor energético têm vindo ao Egito
em parte porque, em 2015, o governo aumentou
em mais de 33% o preço pago às empresas
estrangeiras pelo gás. Este ano, as empresas
estrangeiras de petróleo estão investindo no país
uma soma estimada em US$ 10 bilhões.
O Egito dispõe dos dois únicos terminais de
exportação de gás em larga escala de todo o
Mediterrâneo oriental. Os terminais ficaram
praticamente parados desde 2014. A Royal Dutch
Shell e a gigante italiana Eni, responsável pela
exploração do campo de Zohr, esperam que as
estruturas estejam totalmente operacionais ainda
este ano. Também esperam usá-las para
reexportara o gás produzido por países vizinhos
que não têm terminais.
Laços econômicos
A prosperidade trazida pelo gás também pode
ajudar o Egito do ponto de vista geopolítico,
permitindo que el-Sisi fortaleça os laços
econômicos com Israel e Jordânia e convertendo o
país num parceiro indispensável para a Europa.
Mas, nas ruas do Cairo, há poucos sinais do lucro
obtido com as novas reservas de gás, e o governo
não se mostrou capaz de reduzir o alto
desemprego nem frear a deterioração dos serviços
públicos.
Recentemente, Mohamed Ramadan levou seu táxi
a uma oficina financiada pelo governo para
converter o veículo da gasolina para o gás natural
comprimido. De acordo com seu cálculo, ele
pouparia 50% nas despesas com combustível. Mas
ele teme que a inflação acabe com a maior parte
do que conseguir poupar. “Não faz muita
diferença, porque todo o resto está encarecendo",
disse.
Até os executivos do setor energético alertam que
o Egito pode desperdiçar a riqueza trazida pela
exploração do gás se o país não cortar os subsídios
à eletricidade e ao gás para controlar o consumo
de energia doméstico.
A descoberta de reservas de gás é uma “dádiva
considerável", disse Ahmed Heikal, diretor da
Qalaa Holdings, empresa que investe no setor
energético. “Mas, quando recebemos um presente
de Deus, é preciso usá-lo com sabedoria.”
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,descoberta-de-gas-no-egito-traz-esperanca-
de-crescimento,70002765889
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Data: 29/03/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO
Vale reduzirá vendas em 75 milhões de toneladas em 2019
Por Francisco Góes e Rafael Rosas
A Vale sinalizou ontem ao mercado quais vão ser
os impactos de Brumadinho sobre o negócio de
minério de ferro em 2019. O cenário base
considera uma redução de 75 milhões de
toneladas nas vendas do produto da empresa
neste ano. Há ainda uma estimativa mais otimista,
que prevê redução de 50 milhões de toneladas. A
previsão original da mineradora era vender 382
milhões de toneladas da commodity neste ano - a
partir de uma produção de 400 milhões de
toneladas - volume que agora deverá ficar entre
307 milhões e 332 milhões. O volume final de
vendas - se será o piso ou o teto dessa banda -
vai depender da velocidade com que a Vale
consiga colocar novamente em operação a mina
de Brucutu, em Minas Gerais.
A avaliação de bancos de investimento, depois do
anúncio feito ontem pela Vale em teleconferências
com analistas, é de que a redução dos volumes de
venda em 2019 tende a provocar déficit na relação
entre oferta e demanda no mercado internacional
de minério de ferro, fazendo com que os preços
alcancem patamares de US$ 100 por tonelada
(ontem a commodity caiu 0,5% no porto de
Qingdao, na China, a US$ 84,68). Na quarta-feira,
a Vale já havia atualizado números mostrando que
o impacto acumulado de Brumadinho até agora é
de 93 milhões de toneladas anuais.
"A possibilidade de retomada de produção não é
prioridade da companhia; a prioridade é a
segurança das operações, das pessoas e das
comunidades", disse aos analistas o diretor-
executivo de finanças da Vale, Luciano Siani Pires.
Ele conduziu duas teleconferências (uma em
português e uma em inglês) sem a participação de
outros executivos da companhia nas quais o tema
foi exclusivamente Brumadinho e suas
repercussões.
Siani adiantou que a Vale vai fazer uma provisão
de R$ 5 bilhões no balanço do primeiro trimestre
do ano referente à desativação de dez barragens
a montante, medida que a empresa anunciou em
janeiro, dias depois da tragédia. "É uma despesa
e será provisionada no 1º trimestre", afirmou. No
aspecto financeiro, ele reconheceu que depois de
Brumadinho o custo de captação da empresa
aumentou, o que é medido pelos spreads do
bonds, bem como subiu o custo de captação da
Vale com os bancos. Ele informou que a
mineradora captou US$ 1,9 bilhão em linhas de
crédito comercial para fazer frente aos bloqueios
que a companhia vem enfrentando.
Até agora a Vale já teve bloqueados R$ 16,55
bilhões por decisões judiciais. "Acreditamos que o
volume de recursos bloqueados é grande o
suficiente, e estamos trabalhando para unificar a
jurisdição de todas as causas [judiciais] para ter
segregação de valores justos", disse Siani na
apresentação.
Como consequência dessa situação financeira
menos favorável pós-Brumadinho, a dívida bruta
da Vale está em elevação. No fim de 2018, a dívida
bruta da empresa era de US$ 15,4 bilhões e a
dívida líquida, de US$ 9,6 bilhões. A relação entre
dívida líquida e lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização (Ebitda) era de 0,6
vez. Siani afirmou que não houve impactos
contábeis de Brumadinho no balanço de 2018,
uma vez que o desastre foi considerado como
"impactos subsequentes". Os efeitos serão
sentidos nos balanços trimestrais ao longo de
2019.
Ele reconheceu que depois de Brumadinho mudou
a percepção sobre barragens a montante por parte
da indústria de mineração e também pelos órgãos
reguladores. "É natural que toda a indústria mude
sua percepção de segurança", disse. Afirmou que
a Agência Nacional de Mineração (ANM) passou a
requerer fator de segurança de 1.3 para situação
não drenada para barragens a montante.
"Empresas de engenharia usam metodologias
mais conservadoras e, como resultado, os fatores
de segurança [são] recalculados e eles [os
auditores] têm de ultrapassar uma barreira mais
alta estabelecida pela ANM. Essa é a razão pela
qual tanto na Vale quanto em outras empresas as
barragens que antes tinham declaração de
estabilidade podem não vir a receber declarações
de estabilidade no dia 31 de março", disse Siani.
A portaria nº 70.389/17, da ANM, estabeleceu que
todas as empresas têm que apresentar declaração
de estabilidade de suas barragens em duas datas
por ano: em 31 de março e em 30 de setembro.
Data: 29/03/2019
30
Grupo de Comunicação e Marketing
"O objetivo da Vale é assegurar a segurança das
estruturas e fazer com que se superem os novos
padrões da indústria", disse Siani.
Ele falou ainda das minas paralisadas, que
respondem pelas 93 milhões de toneladas
retiradas do mercado. Siani disse acreditar na
retomada da operação de Brucutu, que tem
capacidade de 30 milhões de toneladas por ano.
Já Timbopeba (13 milhões de toneladas) deverá
demorar mais tempo para voltar. No caso de
Alegria (10 milhões de toneladas), as estruturas
ainda estão sendo avaliadas. Vargem Grande e
Fábrica, por sua vez, também estão paralisadas
(40 milhões de toneladas anuais), sendo que a
ANM entrou com auto de interdição e há barragens
em nível 2 de alerta. Os dois complexos, Vargem
Grande e Fábrica, são importantes para o
abastecimento das siderúrgicas no mercado
interno.
https://www.valor.com.br/empresas/6187799/va
le-reduzira-vendas-em-75-milhoes-de-toneladas-
em-2019
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Data: 29/03/2019
31
Grupo de Comunicação e Marketing
Eletrobras vai à Justiça por indenizações
Por Rodrigo Polito
A Eletrobras entrará na Justiça para buscar o
recebimento de uma quantia bilionária relativa à
remuneração da indenização por investimentos
feitos e não amortizados em ativos antigos de
transmissão. Esses ativos tiveram a concessão
renovada pela Medida Provisória (MP) 579, de
2012. A empresa responde por 13% do total de
R$ 9 bilhões relativo a juros que incidiram sobre o
valor da indenização, cobrado dos consumidores
mas que foi questionado judicialmente por
grandes indústrias.
"Temos sim uma pendência, algo como 13% dessa
receita que não foi objeto de deliberação. É um
processo judicial conduzido pela Abrate
[Associação Brasileira das Empresas de
Transmissão de Energia Elétrica] e nós tomamos
a decisão neste ano de ir um pouquinho além. A
companhia vai constituir advogados para tentar de
alguma forma agilizar alguma decisão sobre este
tema. Somos o maior afetado com essa perda",
disse ontem Wilson Ferreira, presidente.
O caso remete à desastrada decisão do governo
federal em 2012 de renovar antecipadamente e de
maneira onerosa as concessões de transmissão,
para obter uma redução de 20% nas tarifas de
energia. Durante o processo, não foram
reconhecidos investimentos feitos e não
amortizados nessas linhas. Em 2016, o governo
aprovou a forma de pagamento de indenização
sobre esses valores, via tarifa de energia de todos
os consumidores do país, em um valor de R$ 60
bilhões
A Associação Brasileira dos Grandes
Consumidores de Energia e Consumidores Livre
(Abrace), que reúne pesos pesados da indústria
brasileira, como Vale e Gerdau, então, questionou
o pagamento na Justiça. Até o momento, a Justiça
isentou os consumidores de pagar o valor
referente aos juros incluídos pela Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) nas indenizações, algo
da ordem de R$ 9 bilhões.
Ainda sobre os planos para este ano, a Eletrobras
pretende lançar em abril o novo modelo de venda
de ativos, incluindo fatias minoritárias em 47
sociedades de propósito específico (SPEs) de
transmissão e geração de energia renovável.
Ferreira espera levantar algo em torno de R$ 1,5
bilhão com a venda desses ativos.
Segundo ele, se a empresa for bem sucedida
nesses desinvestimentos, ela trará para abaixo de
3 vezes o nível de endividamento medido pela
dívida líquida/Ebitda, atualmente em 3,1 vez.
Com relação à privatização das distribuidoras, a
Eletrobras concluiu neste mês a transferência do
controle da Ceal (AL), para a Equatorial Energia, e
pretende finalizar em abril a transferência do
controle da Amazonas Energia para o consórcio
Oliveira/Atem. A venda das duas empresas vai
permitir uma reversão de um patrimônio líquido
negativo de R$ 5 bilhões para a Eletrobras,
segundo Ferreira.
Em teleconferência com analistas seguida por uma
coletiva de imprensa para comentar os resultados
do ano passado, o presidente da Eletrobras
demonstrou otimismo com a aprovação pelo
Congresso do projeto de lei de capitalização da
companhia, cujo modelo ainda precisa ser
definido. Ele disse haver perspectiva no governo
de fazer a operação ainda em 2018.
"Está havendo um processo de consciência de que
nós precisamos fazer mudanças. Há um conjunto
importante de mudanças e reformas que tem que
ser encaminhado pelo Congresso", afirmou
Ferreira. "A capitalização é uma operação simples.
Se ela estiver disponível, o governo ainda trabalha
com a perspectiva de conseguir se esforçar e fazer
ainda neste ano".
Sobre o resultado da Eletrobras no ano passado,
lucro líquido de R$ 13,348 bilhões, o maior
registrado pela empresa pelo menos desde a
adoção do Plano Real, em 1994, e revertendo
prejuízo de R$ 1,726 bilhão de 2017, o
desempenho foi obtido principalmente por efeitos
contábeis.
Os destaques foram as reversões do "impairment"
(reconhecimento de perdas no valor de
recuperação de ativos) e dos contratos onerosos
de Angra 3, no total de R$ 7,243 bilhões; do
patrimônio líquido negativo de R$ 2,967 bilhões
referente à venda das distribuidoras Cepisa (PI),
Ceron (RO), Boa Vista Energia (RR) e Eletroacre
(AC); e da provisão de R$ 739 milhões relativa a
Data: 29/03/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
reclassificação de risco de contingência das
distribuidoras já transferidas.
De acordo com Ferreira, as reversões de
"impairment" relativas à Angra 3 foram possíveis
devido às mudanças no valor de referência de
energia da usina, de R$ 254 por megawatt-hora
(MWh) para R$ 480/MWh, e no prazo para o início
de operação da termonuclear, de janeiro de 2025
para janeiro de 2026, aprovadas pelo Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo
ele, os ajustes contábeis feitos em Angra 3 foram
"conservadores", por incluírem um prêmio de
risco, já que o modelo de retomada da construção
da usina ainda não foi definido.
No campo operacional, a estatal reduziu em 11%
os custos de Pessoal, Material, Serviços e Outros
(PMSO) em 2018, para R$ 9,108 bilhões, no ano
passado. Apenas na parte de pessoal, a empresa
obteve redução de 18%, totalizando R$ 5,385
bilhões.
Ferreira explicou que continuará buscando a
redução do número de funcionários do grupo,
atualmente de 14.275 pessoas para cerca de 12
mil. Hoje termina o prazo de adesão para um
programa de demissão consensual (PDC). Até o
momento, porém, pouco mais de 300 funcionários
se inscreveram no processo, cuja meta era de
2.187 pessoas. Segundo ele, diante do número de
adesões inferior à meta, "vamos ter que fazer ao
longo do ano mais programas [de demissão
consensual]".
Apesar do momento favorável e do resultado
positivo em 2018, a Eletrobras decidiu reter parte
dos dividendos relativos ao lucro e distribuir R$
1,25 bilhão. Segundo Ferreira, a decisão se deve
ao fato de que a empresa não terá disponibilidade
de caixa suficiente, principalmente porque
assumiu cerca de R$ 19 bilhões de dívidas das
distribuidoras privatizadas. Com isso, a dívida
líquida da Eletrobras fechou 2019 com R$ 26
bilhões.
https://www.valor.com.br/empresas/6187797/el
etrobras-vai-justica-por-indenizacoes
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Data: 29/03/2019
33
Grupo de Comunicação e Marketing
CPFL vê tendência de retomada do
crescimento do consumo
Por Camila Maia
Depois de registrar um crescimento de 2,5% na
energia distribuída em 2018, a CPFL Energia vê
espaço para continuidade da recuperação do
mercado de distribuição, disse Gustavo Estrella,
presidente da companhia, em entrevista ao Valor.
"Temos visto um importante crescimento de
mercado acima de 2% ao ano, um sinal de
recuperação importante da demanda. Não é [uma
recuperação] acelerada, mas é importante e
consistente", disse Estrella.
Em 2018, as vendas totais de energia subiram
2,5%, para 67.213 GWh. No mercado cativo, na
qual a companhia é a única fornecedora de
energia, houve alta de 0,5%, para 45.589 GWh.
No mercado livre, na qual a companhia é
remunerada pelo uso do fio, a alta foi mais
expressiva, de 7%, para 21.624 GWh.
"Conseguimos combinar crescimento de demanda
com melhoria de indicadores operacionais, o que
é importante", disse Estrella.
A companhia informou ontem que teve lucro
líquido de R$ 670 milhões no quarto trimestre do
ano passado, aumento de 34,7% em relação ao
resultado obtido no mesmo intervalo de 2017.
Segundo Estrella, parte do crescimento do lucro se
deu devido à redução da taxa de juros. Como 75%
da dívida da companhia é indexada ao CDI, a
redução das taxas de juros ajudou nos resultados
do ano passado. Outro fator que ajudou foi o
reconhecimento de créditos fiscais, principalmente
na CPFL Renováveis, que ajudaram a abater as
despesas com imposto de renda.
"Eu diria que foi um resultado mais ou menos
recorrente em dezembro", disse Estrella, se
referindo ao reconhecimento de créditos fiscais. O
executivo explicou que a companhia sempre faz
isso, mas no ano passado os créditos reconhecidos
foram maiores por causa de uma reestruturação
societária realizada na CPFL Renováveis e na RGE.
"É um efeito recorrente que foi maior em 2018",
disse Estrella.
Com foco na contínua melhora operacional - e,
consequentemente, aumento da sua rentabilidade
-, a CPFL Energia prevê investimentos relevantes
para o setor de distribuição nos próximos anos. A
empresa prevê realizar investimentos da ordem de
R$ 11,93 bilhões entre 2019 e 2023, sendo R$
10,1 bilhões em distribuição. O orçamento até
2023 conta ainda com R$ 1,03 bilhão que será
destinado à geração e R$ 642 milhões ao setor de
transmissão de energia.
O montante já inclui os ativos de transmissão
arrematados nos últimos leilões, que envolvem
investimentos da ordem de R$ 800 milhões, assim
como os dois projetos de geração contratados em
leilão no ano passado, uma pequena central
hidrelétrica (PCH) e um complexo eólico, que
somam outros R$ 600 milhões.
Outros investimentos, em projetos novos ou
aquisições, não são previstos nesse orçamento.
"Claro, o processo é contínuo, continuamos
olhando oportunidades em transmissão e
renováveis", disse Estrella. Ele lembrou que há
dois leilões de geração e um de transmissão
previstos para este ano, para o qual há grande
expectativa no mercado. A companhia também
não descarta aquisições em distribuição. "Ativos
próximos de nossas áreas de concessão são onde
conseguimos ser mais competitivos", afirmou.
https://www.valor.com.br/empresas/6187783/cp
fl-ve-tendencia-de-retomada-do-crescimento-do-
consumo
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Data: 29/03/2019
34
Grupo de Comunicação e Marketing
FS Bioenergia investe R$ 1 bi em usina
de etanol de milho
Por Camila Souza Ramos | De São Paulo
A FS Bioenergia - joint venture entre o americano
Summit Agricultural Group, do bilionário Bruce
Rastetter, e a mato-grossense Tapajós
Participações - pode se tornar uma das três
maiores produtoras de etanol do Brasil utilizando
o milho como matéria-prima. Trata-se de um feito
que, até poucos anos, seria impensável em um
país que é conhecido pelo etanol de cana-de-
açúcar.
Com o objetivo de ampliar a produção de etanol,
a FS Bioenergia investirá R$ 1 bilhão para erguer
sua terceira usina. A unidade, em Nova Mutum
(MT), começará a ser construída em maio, afirmou
ao Valor o CEO da FS Bioenergia, Rafael Abud.
O investimento ocorre após a conclusão da
duplicação da usina de Lucas do Rio Verde (MT) -
a primeira da companhia. A FS Bioenergia ainda
está construindo sua segunda usina, em Sorriso
(MT), e já adquiriu terrenos nas áreas industriais
de outros dois municípios de Mato Grosso - Campo
Novo do Parecis e Primavera do Leste - para
erguer mais duas usinas nos próximos anos,
afirmou o executivo.
A usina de Nova Mutum seguirá o padrão "ideal"
que a companhia encontrou para produzir etanol
no Centro-Oeste: uma capacidade de processar
1,3 milhão de toneladas de milho por ano para
fabricar 530 milhões de litros de etanol. A unidade
ainda terá capacidade para produzir até 340 mil
toneladas de farelo de milho - os Distillers Dried
Grains (DDG), subproduto do processamento - e
até 17 mil toneladas de óleo de milho ao ano.
O forte e rápido avanço da FS Bioenergia em Mato
Grosso tem como base a aposta em uma
disparada da demanda por etanol no país, tanto
pelo otimismo com o comportamento da economia
como pelo cenário prometido pelo programa
RenovaBio, que remunerará as usinas
proporcionalmente à sua capacidade de mitigação
de emissões ante a gasolina. "Estamos olhando no
longo prazo um movimento estrutural importante
a favor do biocombustível com o RenovaBio",
afirmou Abud, que também é gerente geral da
Summit Agricultural no Brasil - os americanos
detêm 75% da FS Bionergia.
"Estamos convictos de que toda a oferta adicional
de etanol, que deve ser de até 14 bilhões de litros
em dez anos, virá do etanol de milho",
argumentou Abud, apostando na maior
competitividade do grão ante a cana, a matéria-
prima tradicional para a produção de
biocombustível no país.
Abud ressalvou que o tamanho das próximas
usinas e o momento dos investimentos também
dependerão do desempenho da economia. O plano
é construir no máximo duas usinas
concomitantemente. Por isso, as obras de uma
quarta planta só devem começar quando a
unidade de Sorriso terminar, o que está previsto
para fevereiro de 2020.
A perspectiva, diz, é repetir os modelos em
construção. Isso significa que, se concluir as cinco
usinas, todas com o mesmo tamanho, chegará em
2023 com uma capacidade de produzir 2,6 bilhões
de litros de etanol ao ano, tornando-se uma das
três maiores empresas em capacidade de
produção de etanol do país.
Como nas duas obras anteriores, o aporte em
Nova Mutum será financiado "em boa parte" com
o próprio caixa e em parte com novos
empréstimos, disse Abud. Aportes diretos dos
sócios não estão previstos e só ocorrerão "se
necessário", ressaltou.
O primeiro balanço da FS Bioenergia de um
exercício fiscal inteiro (encerrado em 31 de março)
deverá ter receita de R$ 700 milhões. No novo
exercício, o resultado deve incorporar a produção
da usina de Lucas do Rio Verde já duplicada e
operando "a plena capacidade", afirmou Abud, que
também está otimista com a demanda por etanol
das regiões Norte e Nordeste.
https://www.valor.com.br/agro/6187761/fs-
bioenergia-investe-r-1-bi-em-usina-de-etanol-de-
milho
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Data: 29/03/2019
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Para José Eli da Veiga, é necessário
alterar caminho para evitar desastre no meio ambiente
Por Diego Viana | Para o Valor, de São Paulo
A falta do sentido de urgência é um grande
obstáculo à atuação contra a mudança climática,
diz o economista José Eli da Veiga, professor
sênior do Instituto de Energia e Ambiente da
Universidade de São Paulo (IEE-USP). Mas há
sinais de que as sociedades estão começando a
pressionar por mudanças de atitude. As greves de
estudantes na Inglaterra e na Austrália, o discurso
da jovem Greta Thunberg em Davos e as
repercussões da proposta de Green New Deal nos
EUA colocam a adaptação à transformação do
clima no centro da pauta.
Em "O Antropoceno e a Ciência do Sistema Terra"
(Editora 34, 152 págs., R$ 43), Veiga analisa os
desafios científicos impostos pela crise do clima,
da definição geológica do Antropoceno até a
"ciência do Sistema Terra", passando pelo
"pensamento complexo" proposto por Edgar
Morin. O economista explora os desafios de
síntese entre as ciências da natureza e as
humanidades, chegando à perspectiva de
transformação profunda do pensamento
econômico.
Entre as posições de extremo pessimismo e
extremo otimismo de muitos cientistas, Veiga
sugere adotar o princípio do filósofo Jean-Pierre
Dupuy: o "catastrofismo esclarecido", que
consiste em considerar que o caminho atual leva
ao desastre, mesmo sem certeza, e agir para
evitá-lo.
Valor: O senhor escreve "quantos alertas ainda
terão de vir do planeta até que sejam ouvidos" e
pergunta se dará tempo de ouvir. O sentido de
urgência está faltando?
José Eli da Veiga: Essa é a questão. Não temos
noção de quão iminente é o perigo. Não só no
aquecimento global, que é lento para nossos
padrões. Um de seus efeitos principais é a subida
do nível do mar. Mas, na vida útil de uma pessoa,
o mar sobe só alguns centímetros. Quando alguém
pensa nisso, se não considerar as gerações
futuras, pode calcular: na minha vida, vai mudar
pouco, então não me importo. Outro efeito é o
aumento da frequência de calamidades naturais.
Os cientistas avisaram que ia acontecer e as
seguradoras demoraram a levar a sério. Hoje,
monitoram de perto.
Valor: Isso gera uma mobilização eficaz?
Veiga: Quando converso com empresas, tanto no
CEBDS [Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável] quanto no WWF
[World Wide Fund for Nature], que têm os
empresários mais empenhados em fazer algo,
mesmo eles não têm sentido de urgência. Parece
que criamos o hábito de pensar que é normal.
Quem estuda o assunto conclui que é urgente. Mas
houve uma convenção do clima em 1992, depois
o Protocolo de Kyoto, aquela porcaria, e só em
2015 se conseguiu um começo de conversa.
Valor: A precificação do carbono é eficaz?
Veiga: Como princípio geral, está bem assentado
que as emissões de carbono têm de ser
precificadas. Mas como? O que tem crescido é a
precificação via taxas. No Canadá, há taxas de
carbono e, ao mesmo tempo, o imposto de renda
das empresas é aliviado, para deixar o custo
neutro. Uma taxa de carbono interessante que
surgiu recentemente é a do Chile. No Brasil, as
empresas mais avançadas na sustentabilidade não
querem discutir fiscalidade. Mas quando vier a
pauta da reforma tributária, o ideal seria
aproveitar a oportunidade para taxar o carbono e
aliviar o imposto de renda.
Valor: Há uma ironia no modo como alguns
cientistas consideram o Antropoceno: a época
causada pelo "anthropos", da qual ele mesmo
pode estar excluído.
Veiga: De um lado, tem pessoas que consideram
o colapso inevitável. Nos EUA, isso está criando
um comportamento social, com gente que estoca
comida. No polo oposto existem aqueles que veem
uma oportunidade para mudar radicalmente o
comportamento humano. É o caso do
Breakthrough Institute, de Ted Nordhaus e outros.
Eles trabalham com a ideia da desmaterialização
da economia. Todos temos uma ciclotimia,
momentos de otimismo e de pessimismo, mas não
tem só essas duas posições. Predomina entre os
cientistas algo intermediário. Se entendermos
quais são as chamadas "fronteiras planetárias",
Data: 29/03/2019
36
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talvez possamos geri-las. Um exemplo está nas
grandes convenções do clima e da biodiversidade.
O caso do ozônio foi muito mais exitoso, por
razões que, infelizmente, não são levadas em
consideração.
Valor: Que razões?
Veiga: Só os países que de fato produziam CFC, e
eram poucos, passaram anos discutindo um
acordo que levaria ao controle dessa substância.
Demorou para chegarem a um acordo, mas
quando chegaram era flexível e eficaz. E como não
agregou todo mundo, não incorporou o conflito
Norte-Sul. Nas convenções do clima e da
biodiversidade, em que se quis que todos
assinassem ao mesmo tempo, as discrepâncias
entre países ricos e pobres são gritantes.
Valor: Até que ponto personagens como Trump
são uma ameaça aos acordos do clima?
Veiga: Mesmo que, com Trump, os EUA não
cumpram sua parte, tem os demais países. Aliás,
embora Trump tenha ameaçado sair do acordo,
não pôde. E em todas as reuniões, os EUA estão
presentes com uma delegação enorme. Trump não
está fazendo nada que favoreça o cumprimento da
meta americana, mas são tantas as prefeituras e
Estados engajados que, ainda assim, é capaz que
cumpram.
Valor: Quando pensamos "o que vai ser
necessário para se adaptar?", é se adaptar a quê?
Um grau, dois graus, mais ainda? São situações
diferentes.
Veiga: Há uma incógnita na questão do metano.
Se o "permafrost" [pergelissolo, solo encontrado
na região do Ártico] for rompido, a quantidade de
metano que vai emitir é tremenda. E o metano é
muitas vezes pior que o dióxido de carbono.
Estamos lidando com a incerteza. Não somos
capazes nem de medir o risco. Para Dupuy, que
estudou principalmente a questão nuclear, temos
que agir como se o cenário fosse de catástrofe,
para termos essa precaução. É o que ele chama
de "catastrofismo esclarecido".
Valor: Assumindo essa postura, o grau de
mudança nos modos de vida não é algo que está
além do nosso horizonte de pensamento?
Veiga: Estou convencido de que sim, e por isso
acho que ideias como o decrescimento são
ilusórias. Enxergo o processo como evolucionário,
avançando por resolução de contradições. Mas nos
modos de vida predomina a inércia: não se
transformam padrões de produção e consumo em
pouco tempo ou porque alguém deseja. O grau de
pressões que tem que ocorrer na sociedade é
muito grande. Mas quando olho para trás, vejo
que as coisas já mudaram e estão mudando.
Valor: Alguns autores que o senhor discute
sugerem que a noção de crescimento está
ultrapassada. O que entra em seu lugar?
Veiga: Há um movimento forte de decrescimento,
mas é um pouco ingênuo, como se crescer ou não
fosse uma decisão subjetiva da sociedade.
Trabalham com a ideia de que, quando o colapso
estiver próximo, vai ser preciso tomar decisões
drásticas e, então, entra em ação o
decrescimento. Mas há outras ideias, como no
livro de Tim Jackson "Prosperidade Sem
Crescimento", mostrando que sociedades muito
avançadas não precisam se concentrar no
problema da pobreza, mas sim na desigualdade.
Kate Raworth defende que se abandone o PIB,
passando a medir a economia de outra forma. A
obsessão pelo PIB, que só mede transações de
mercado, leva à ênfase no crescimento.
https://www.valor.com.br/cultura/6186947/para-
jose-eli-da-veiga-e-necessario-alterar-caminho-
para-evitar-desastre-no-meio-ambiente
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Data: 29/03/2019
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Oferta de apólices contra enchentes
ainda é limitada
Por Adriana Carvalho | Para o Valor, de São Paulo
Mudanças climáticas, redução de espaços verdes,
falta de planejamento urbano: a soma de todos
esses fatores tem provocado cada vez mais
episódios de enchentes e causado com maior
frequência danos a residências, empresas e
automóveis, especialmente em grandes cidades
como São Paulo e Rio de Janeiro.
Um levantamento da Sompo Seguros mostra que,
no ano passado, 65% dos sinistros em veículos em
situações relacionadas a fenômenos climáticos
indenizados aconteceram por causa de enchentes
ou alagamentos. Outros 27% ocorreram por causa
de chuvas de granizo e 5% por danos sofridos em
decorrência de vendavais. Os 3% restantes estão
ligados a causas diversas.
"Esses fenômenos estão se tornando mais comuns
e com isso os clientes procuram mais essa
cobertura", diz Andreia Paterniani, diretora de
Sinistros da Sompo Seguros. Segundo ela, vem
diminuindo a proporção de clientes que contratam
apenas a proteção básica, que cobre furto e roubo.
"Em 2018 só 10% dos clientes se limitaram à
cobertura básica. A maioria optou pela chamada
cobertura compreensiva, que inclui danos
relacionados a fenômenos climáticos. Não faz
muito tempo, essa porcentagem chegava a 30%",
diz ela.
Embora já esteja bastante difundida nos seguros
de automóveis, a cobertura de danos contra
enchentes para residências e empresas não é
oferecida por todas as seguradoras. "Até uns dez
anos atrás, o seguro residencial ou empresarial
contra danos provocados pela água era mais
comum. Mas desde a quebra do monopólio do
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e a
liberação de tarifas isso mudou. As seguradoras
baixaram muito o preço e, com isso, deixaram de
incluir coberturas como a de enchentes", diz o
advogado especializado em seguros Antonio
Penteado Mendonça. Ele acrescenta que as
seguradoras alegam não contar mais com essa
proteção por parte das resseguradoras. "As
resseguradoras negam isso. O fato é que hoje é
muito difícil contratar essa cobertura", diz ele.
Além da questão tarifária, segundo o advogado,
ao contrário de outros países, como os Estados
Unidos, onde a população tem cultura maior de
contratar seguros para casa, no Brasil a massa
segurada ainda é pequena. "A maior parte dos
americanos tem seguro mesmo que não more
numa área de risco. Aqui quem procura o seguro
contra enchentes para residência ou empresa é
aquele que tem quase certeza de que terá um
sinistro", explica Mendonça.
Diretor da plataforma É Seguro Corretora, Adriano
Oliveira confirma o aumento da procura de
seguros com proteção contra enchentes porém
ressalta que muitos clientes só vão em busca do
produto depois de ter sofrido um sinistro dessa
natureza. "É como colocar cadeado na porta
depois do assalto. Os clientes precisam se
conscientizar da importância dessa cobertura e
saber que ela, em geral, precisa ser contratada
separadamente, porque não consta das apólices
básicas", diz Oliveira.
A terminologia usada pelas seguradoras nos
contratos também merece atenção, segundo o
advogado Antonio Mendonça. "É preciso observar
se o contrato usa termos específicos como
alagamento ou inundação, pois aos olhos da lei,
são coisas diferentes", diz ele. Inundação se refere
ao transbordamento de águas de um canal de
drenagem, como córregos e rios. Já alagamentos
são acúmulos de água nas ruas por problemas de
drenagem. "O melhor é contratar apólices que
usem termos mais abrangentes como "enchente"
ou "danos causados pela água". Caso contrário, a
pessoa pode fazer um seguro achando que está
coberta para uma determinada situação quanto
não está", explica o especialista.
A Sompo oferece cobertura de enchentes para
residências e informa que em 2018 houve um
crescimento de 11% na contratação desse tipo de
seguro. "A cobertura vale para todo país, mas
fazemos uma avaliação de risco da região e da
finalidade do imóvel para determinar o preço", diz
Paterninani. A Porto Seguro não oferece a
cobertura contra enchentes nos seguros
residencial e empresarial, apenas para
automóveis. "As nossas análises apontam que as
mudanças climáticas devem elevar o nível de
chuvas este ano e podem aumentar entre 30% e
35% a ocorrência de sinistros por enchentes e
alagamentos no segmento de automóveis", diz
Jaime Soares, diretor do Porto Seguro Auto,
acrescentando que a maior parte de seus clientes
Data: 29/03/2019
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já contrata a cobertura compreensiva que abrange
danos provocados pela água.
https://www.valor.com.br/financas/6187463/ofer
ta-de-apolices-contra-enchentes-ainda-e-limitada
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