Cartilha Consumo Consciente - Crea-PR · economia: queremos ... ¹Números extraídos da cartilha...

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Cartilha de Consumo Consciente do Crea-PR

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Cartilha de Consumo

Consciente do Crea-PR

FICHA TÉCNICA

A Cartilha de Consumo Consciente do Crea-PR é uma publicação digital do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná.

Realização:Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do ParanáGestão da Qualidade do Crea-PRPrograma de Consumo Mais Consciente

Coordenação:Patrícia Moresco

Supervisão:Juliane Marafon

Colaboração e Revisão Técnica:Eng. Amb. Mariana Alice de Oliveira MaranhãoEng. Agr. Vânder Della Coletta MorenoEng. Eletric. e Eng. Seg. Trab. Leonardo Cesar Marçal MathiasEng. Quím. Milena Ferreira R. P. Coelho de Aguiar

Revisão de texto:Débora Irene Pereira

Ilustração:Página 5 - Designed by MacrovectorPágina 23 - Designed by Shahsoft1Capa / Página: 4, 8, 9, 13, 14 e 27 - Designed by Freepik

Design gráfico e diagramação:Jessica Kobrem

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

PORQUE PRECISAMOS FALAR DE CONSUMO CONSCIENTE 5

QUEM É CONSUMIDOR CONSCIENTE 7

CONSUMISMO INFANTIL 8

ÁGUA, QUESTÃO CENTRAL DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 12

O PACTO GLOBAL E OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 15

O PRINCÍPIO DOS 3R 20

RECOMENDAÇÕES DE CONSUMO RESPONSÁVEL 24

ANEXOS 31

REFÊRENCIAS 38

APRESENTAÇÃO

Consumo consciente: uma ação que vai além da empresa

Consumir de forma consciente vai muito além daquilo que estamos habituados a ver e ouvir por aí.

Já parou para pensar o que é necessário para que certo produto que você compra seja vendido a preço tão mais barato que os outros? A competição pelo mercado trouxe relações de trabalho inadequadas, busca por mão de obra barata e baixa remuneração pela matéria-prima.

A redução de custos de produção a qualquer preço trouxe impactos para o mundo em todas as escalas. E nós, como nos situamos nesse processo?

Muitas vezes pensamos que nosso papel é insignificante para contribuir para esse processo, e que nada que fizermos fará diferença. Realmente, se todos pensarem assim, continuaremos caminhando para a destruição das belezas que sobrevivem no nosso planeta, que pode chegar muito mais cedo do que imaginamos.

Agora, e se cada um focar no espaço ao seu redor e tentar melhorar apenas esse espaço? Por menor que seja a atuação, essa grande cadeia de ações do bem mudaria – e muito – a situação.

Pensando nisso, e com a intenção de contribuir para a consciência que pode gerar essa grande cadeia de melhorias, o Crea-PR lançou oficialmente no ano de 2016 seu programa de consumo consciente.

Essa é, de fato, uma ação que transcende as relações de consumo na empresa e seu impacto na economia: queremos compartilhar informações e exercitar hábitos que podem, aos poucos, gerar melhorias na vida dos funcionários e das pessoas com quem convivem, seja na empresa ou em casa.

E, de forma indireta, essas pequenas ações vão influenciar na nossa casa, no bairro, na cidade, no espaço que queremos para viver.

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PORQUE PRECISAMOS FALAR DE CONSUMO

As transformações pelas quais passa o nosso mundo têm afetado diretamente o ser humano. As coisas acontecem tão lentamente, que se torna difícil perceber as diferenças, mas se compararmos apenas duas gerações, tudo já fica mais claro. O conceito de saúde e qualidade de vida é o mesmo, mas os meios para conseguir isso mudaram, e muito. Somos bombardeados diariamente por apelos em níveis diferentes, que atropelam nossas relações de consumo: ter muita saúde para ser muito produtivo.

Com as mesmas vinte e quatro horas, precisamos hoje produzir muito mais em um dia do que há algumas décadas: moramos longe do trabalho, os filhos moram longe da escola, a escola fica longe do trabalho, as ruas estão lotadas de carros e gastamos muito tempo nos deslocando. Precisamos de algumas facilidades para que essa rotina seja possível, então precisamos contar com a indústria. Passamos no supermercado, lotamos nosso carrinho de produtos prontos para consumir. Enfrentamos filas para pagar, porque todos estão vivendo a mesma necessidade de comprar.

Então, no pouco tempo que restou, consumimos apressados os produtos prontos que compramos. Acabamos mais tarde os afazeres diários, então dormimos mais tarde – mas precisamos acordar mais cedo, porque a agenda não nos permite atrasos! Para não ficarmos doentes, consumimos suplementos industrializados em cápsulas e, quando ficamos doentes, consumimos medicamentos. Em resumo, acabamos sustentando a vida de forma artificial.

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Por outro lado, para suprir toda essa necessidade, a cadeia produtiva precisa estar a todo vapor, criar novas soluções e apelos consumistas, muitas vezes a qualquer custo.

A exploração dos recursos disponíveis não envolve apenas o meio ambiente, como estamos habituados a ouvir: envolve também as relações de trabalho, dos animais, o uso de meios não naturais para forçar o desenvolvimento de plantas e animais para consumo, a preocupação com produção muitas vezes acima da preocupação com as consequências dessa produção. Para produzir de forma competitiva, os preços baixos muitas vezes indicam o desequilíbrio dessas relações.

Embalagens inovadoras e combinações químicas são desenvolvidas para garantir que o acesso aos produtos seja fácil e mais duradouro, que você possa levar embalado individualmente e conservar fora da geladeira. As frutas já não estragam com a mesma velocidade.

Por outro lado, a evolução força a obsolescência: seu celular novo estará rapidamente desatualizado! As propagandas nos mostram a cada dia soluções perfeitas para nossos problemas. Enquanto isso, a saúde das pessoas envolvidas no processo de produção do que consumimos não responde da mesma forma como há algumas décadas, porque elas estão também na primeira ponta que comentamos: a de pessoas que precisam produzir e não têm tempo ou condições para cuidar realmente da sua saúde.

Então, nesse ciclo, até as pessoas estão sendo substituídas mais rapidamente, criando um novo gargalo no processo.

É por isso que precisamos pensar em consumo consciente: precisamos aprender a consumir sem consumir nosso mundo, o que envolve muito mais do que simplesmente poupar ou proteger nossos recursos naturais.

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QUEM É O CONSUMIDOR CONSCIENTE

O consumidor consciente tem, acima de tudo, a consciência de que pequenas ações repetidas por muitas pessoas irão produzir grandes resultados. Assim, procura incentivar o maior número de pessoas para que, assim como ele, adotem atitudes responsáveis de consumo.

O consumidor consciente é um voluntário que:

Preocupa-se com as condições de produção do que consome, não apenas preço ou marca: relações de trabalho, questões ambientais relativas às plantas e aos animais, às matérias-primas, poluição, resíduos;

Sabe avaliar o consumo com relação ao que é realmente necessário e o que pode ser evitado;

Avalia o consumo pelo impacto ambiental daquilo que consome: se industrializado, é se usa excesso de embalagens, se agride o meio ambiente;

Dá preferência às empresas que se empenham na construção da sustentabilidade;

É um incentivador do consumo consciente nas suas relações diárias e cotidianas;

Busca equilibrar questões de satisfação pessoal com a sustentabilidade;

Sabe que qualquer ação que faça, por menor que seja, terá sim resultados positivos.

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CONSUMISMO INFANTIL

A maioria dos brasileiros, 60%, é contra “qualquer tipo” de publicidade para o público infantil (até 12 anos), mostrou pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pela ACT Aliança de Promoção da Saúde, organização que atua na promoção da saúde aqui no Brasil. Foram entrevistadas 2.573 pessoas em 160 municípios das cinco regiões do país, em agosto de 2016. A pesquisa revelou também que 62% dos entrevistados são contra publicidade de produtos à base de leite açucarado; 64% contra a de sucos industrializados; 67% contra a de salgadinhos e 72% contra a de refrigerantes.

Pensar no futuro de forma sustentável obrigatoriamente implica em pensar nos formadores do futuro e nas futuras gerações: as crianças. Educar para o consumo é uma das ações mais importantes para garantir que todo o investimento que realizamos hoje em consumo consciente para melhoria do planeta e das condições de vida seja duradouro.

As crianças de hoje estão totalmente expostas ao apelo de consumir, quando a aquisição de novos produtos passa a ser um fator de aceitação social. Há forte influência das crianças nas decisões de consumo das famílias, mas é preciso lembrar que nenhuma criança nasceu consumista! E então, como foi que isso aconteceu?

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Um dos principais fatores que despertam preocupação quanto ao consumismo infantil é a publicidade. O assunto se tornou tão grave que, em 2014, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conanda, estabeleceu como abusiva a publicidade que tem a intenção de persuadir uma criança a consumir qualquer produto ou serviço. Assim, por meio da Resolução 163/2014 - Conanda, foram proibidas todas as ações mercadológicas que estimulem o consumismo infantil ou violem a integridade, dignidade e os direitos e garantias das crianças brasileiras. Como ainda existem muitas ações dessa natureza sendo realizadas, em desobediência às determinações legais, institutos de proteção da criança disponibilizam inclusive canais para denúncias a esse respeito.

Outras entidades já estão se mobilizando para adotar medidas redutoras nesse sentido. Em março de 2016, a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) anunciou que as empresas que fazem parte da associação deixarão de direcionar publicidade de alguns dos seus produtos para o público infantil. Já a OMS (Organização Mundial da Saúde) colocou a redução da exposição de crianças ao marketing de alimentos não saudáveis e bebidas açucaradas como uma das recomendações para erradicar a obesidade.Educar para o consumo requer conscientizar as crianças sobre o impacto de suas ações no coletivo e nos valores necessários à sobrevivência da humanidade, como a solidariedade, respeito ao outro e ao bem comum. A ausência de ações nesse sentido se reflete em números alarmantes¹:

¹Números extraídos da cartilha “Consumismo Infantil: na contramão da sustentabilidade”, Publicação do Ministério do Meio Ambiente.

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1 em cada 3 crianças de 5 a 9 anos está acima do peso e o sobrepeso dobrou nos últimos 34 anos, segundo dados de pesquisa Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, produzidos pelo Ibope. A obesidade infantil já atinge 15% da população brasileira e está diretamente ligada ao consumo de alimentos industrializados.

Em relação ao consumo precoce de álcool, 62% dos adolescentes brasileiros afirmaram terem sido expostos, quase todos os dias, até mais de uma vez por dia, a publicidade de bebidas alcoólicas, de acordo com pesquisa da Unifesp de 2009.

Somente 38,3% das crianças entre 5 e 10 anos consomem frutas, legumes e verduras em sua dieta alimentar, de acordo com o Ministério da Saúde.

Segundo pesquisa da World Childhood Foundation, 65% das meninas exploradas sexualmente declaram usar o dinheiro conseguido para comprar celular, tênis ou roupas.

Segundo pesquisa da InterScience, de 2003, os fatores que mais influenciam o consumo de produtos infantis em geral são: 1º) Publicidade na TV; 2º) Personagem famoso; 3º) Embalagens

Acesso rápido ao consumo, independência e prestígio são os principais motivadores de delitos entre as crianças e adolescentes da Fundação Casa de São Paulo, de acordo com pesquisa realizada pela Instituição.

A idade na qual se inicia o consumo regular de bebidas alcoólicas no Brasil está entre 12 e 14 anos

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Além desses problemas, as crianças estão sujeitas a impactos psicológicos que podem afetar sua vida quando expostas à ansiedade e ao imediatismo do consumo desenfreado. A frustração de não ter algo que julgava indispensável e imediato gera transtornos que muitas vezes afetam a saúde familiar, enquanto que o atendimento a esse imediatismo também pode vir a gerar problemas futuros à criança.

Não menos importante, o sedentarismo, aumentado pelas horas que a criança passa em frente à TV, jogos e outros brinquedos prontos que não estimulam a criatividade, é outro ponto de preocupação. A falta de atividade pode interferir não apenas na saúde e sobrepeso, como na capacidade criativa da criança, pois não estimulam certas habilidades necessárias aos esportes ou à construção do próprio brinquedo, por exemplo.

As crianças devem estar em foco nas ações de consumo consciente, pois estão sujeitas a todas essas questões negativas que, inconscientemente, vão impactar no meio em que vivem e que deixarão para as futuras crianças. Assim, as ações em prol do consumo consciente não serão completas se não tiverem também o objetivo de educar para consumir.

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ÁGUA, QUESTÃO CENTRAL DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

A preocupação mundial com recursos hídricos avançou para um novo patamar neste ano. Segundo o relatório de 2016 da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, Água e Emprego, metade dos trabalhadores do mundo – 1,5 bilhão de pessoas – está empregada em indústrias dependentes de recursos hídricos e naturais: agricultura, silvicultura, pesca, energia, manufatura intensiva de recursos, reciclagem, construção e transporte.

Os recursos de água potável sofrem pressão cada vez mais agravada pelos efeitos das mudanças climáticas, e o relatório da ONU trouxe uma visão preocupante sobre as perspectivas para o ano de 2050.

Enquanto a taxa de extração de águas subterrâneas cresce a 1% ao ano no mundo desde 1980, a população global deverá crescer 33% (de 7 bilhões para 9 bilhões de pessoas) entre 2011 e 2050, junto com um aumento de 60% da demanda por alimentos. A expectativa é que, para cada grau de aquecimento global, aproximadamente 7% da população mundial enfrente uma diminuição de quase 20% dos recursos hídricos renováveis, segundo avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC).

Os problemas com o fornecimento de água afetam todos os setores, em especial o agroalimentar e o energético, e consequentemente todas as pessoas envolvidas de forma direta ou indireta.

Segundo a ONU, no relatório divulgado ainda em 2015, até 2030 o planeta pode enfrentar déficit de água de 40%. E nós, como nos situamos nesse panorama?

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O cidadão tem papel relevante no controle de consumo de água: segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, quase 40% da água destinada à população das cidades é desperdiçada. Temos, sim, muita relevância nas ações que podem ser tomadas para alterar essas expectativas desfavoráveis.

No Brasil, quase 40% da

água destinada à população

das cidades é desperdiçada

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Confea no Conselho Mundial da Água

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia faz parte da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, uma organização internacional que reúne interessados no tema e tem como missão “promover a conscientização, construir compromissos políticos e provocar ações em temas críticos relacionados à água para facilitar a sua conservação, proteção, desenvolvimento, planejamento, gestão e uso eficiente, em todas as dimensões, com base na sustentabilidade ambiental, para o benefício de toda a vida na terra". A Seção Brasil reúne instituições brasileiras comprometidas com a preservação ambiental e com a gestão adequada dos recursos hídricos.

O Confea contribuirá para a formalização das proposições da Engenharia sobre o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias sustentáveis nas áreas de água, energia e saneamento, apresentando resultados da Conferência Internacional Água e Energia no 8º Fórum Mundial da Água, que em 2018 acontece em Brasília.

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Em agosto de 2009 o Crea-PR se tornou signatário do Pacto Global, assumindo o compromisso de relatar anualmente à ONU as ações praticadas e sua correlação com os Princípios do Pacto Global.

O Pacto Global é uma iniciativa voluntária que procura fornecer diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. Atualmente, há mais de 12 mil organizações signatárias articuladas por cerca de 150 redes ao redor do mundo.

Dentre os princípios do Pacto Global, temos em especial os princípios 7, 8 e 9 que tratam da responsabilidade da empresa quanto ao meio ambiente:

9Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis.

8Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e

7As empresas devem apoiar

uma abordagem preventiva

aos desafios ambientais;

O PACTO GLOBAL E OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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Princípios do Pacto Global

Criados em 2000, à época como Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, oito objetivos orientaram ações dos países membros da ONU até o ano de 2015. Essas ações conseguiram reduzir pela metade a extrema pobreza, alcançar a educação igualitária para meninas e meninos, e reduzir em 40% o número de novas infecções por HIV, dentre outras vitórias.

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Em 2015, 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova agenda de desenvolvimento sustentável e um acordo global sobre as mudanças climáticas, se comprometendo com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS são uma agenda para equilibrar a prosperidade humana com a proteção do planeta pelos próximos 15 anos.

Essa agenda – a agenda pós-2015 ou Agenda 2030 – reflete os novos desafios do desenvolvimento e estabelece 169 metas que estimularão a ação em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta.

Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares

Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável

Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

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Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos

Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas

Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos

Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos

Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos

Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação

Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles

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Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis

Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis

Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos

Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável

Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade

Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis

Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável

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O PRINCÍPIO DOS 3Rs

Reduzir, Reutilizar e Reciclar são os “3Rs” que representam um conjunto de atitudes relacionadas aos nossos hábitos de consumo que ajudam a poupar os recursos naturais, gerar menos resíduos e minimizar seu impacto sobre o meio ambiente, além de promover a geração de trabalho e renda. Os 3Rs também são objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010.

As três diretrizes devem seguir uma hierarquia, uma vez que a primeira diretriz – reduzir – é a mais simples, que não demanda tantos recursos e apresenta mais resultados.

Por ordem de hierarquia, as atitudes são:

REDUZIR REUTILIZAR RECICLAR

o consumo, em especial de produtos que tenham

menor durabilidade ou maior potencial de

geração de resíduos

os produtos possíveis, seja para o uso original ou aproveitando para outros possíveis fins

os materiais que possam retornar ao ciclo produtivo como matéria- prima para

outros materiais

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Todas as ações envolvidas com o princípio dos 3Rs dependem do comportamento dos indivíduos, pois reduzir e reutilizar apenas podem ter resultados com o engajamento de cada um. Por outro lado, reciclar deve ser visto como uma última alternativa. Além disso, nem sempre os resíduos gerados e não reutilizados são possíveis de serem reciclados, pois a correta separação e coleta também são requisitos para que o R de Reciclar seja eficaz.

Adote essas atitudes!

REDUZIR

Adquira produtos mais duráveis e menos descartáveis

Procure produtos que tenham menos embalagens

Compre apenas o suficiente para o consumo

Repense as necessidades pessoais

Rejeite sacos plásticos sempre que possível

Aproveite tudo que puder dos alimentos, inclusive talos, cascas e folhas

Coloque no prato só o que for realmente comer

Reforme e conserte objetos ao invés de substituí-los

Imprima somente o necessário

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REUTILIZAR

Utilize frente e verso do papel para escrever

Reaproveite vidros de produtos como geleias, requeijão...

Utilize cartuchos de impressora recarregáveis

Doe restos de materiais ao invés de descartar, para oficinas de arte, por exemplo

Reutilize sacos plásticos dos alimentos e caixas

Reaproveite envelopes

Doe as roupas e materiais que não são mais necessários

Identifique quais as instituições perto de você que costumam recolher materiais para

reutilização

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RECICLAR

Vantagens da reciclagem:

Diminui a exploração de recursos naturais

Reduz o consumo de energia

Diminui a poluição do solo, da água e do ar

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários

Diminui os custos da produção

Diminui o desperdício e os gastos com limpeza urbana

Potencializa o fortalecimento de organizações comunitárias

Gera trabalho e renda pela comercialização dos recicláveis

Veja nos anexos desta

Cartilha a tabela de

orientação para descarte e reciclagem!

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Recomendações de Consumo Responsável

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Recomendações de Consumo Responsável

Descarte corretamente

Sabemos que, infelizmente, nem todos os municípios do Paraná possuem estabelecido um processo para coleta de resíduos de forma segregada, com a finalidade da reciclagem. Porém, mesmo nesses casos, o descarte correto pode evitar problemas ambientais e sociais, inclusive riscos à saúde e à vida das pessoas e dos animais.

Alguns resíduos são considerados perigosos e estes, em especial, devem ter atenção redobrada no descarte. Catadores, por exemplo, são constantemente atingidos por objetos perfurocortantes descartados incorretamente ou indevidamente no lixo domiciliar. Lixo eletrônico, pilhas, baterias, medicamento, óleo de cozinha, também são itens cujo descarte gera preocupação.

Além das questões ambientais e de segurança, um dos motivos básicos para o descarte correto é que, para que o “R” de “Reciclar” (ver O Princípio dos 3Rs) possa acontecer com sucesso, o processo de separação e descarte de resíduos e itens obsoletos deve estar adequado.

A MATÉRIA RECICLADA EVITA OU SE DECOMPÕE

Papel (1000 kg) O corte de 20 árvores Em alguns (ou muitos) meses

Plástico (1000 kg) A extração do dobro de petróleo Em algumas centenas de anos

Alumínio (1000 kg) A extração de 5 toneladas de bauxita Entre 100 e 500 anos

Vidro (1000 kg) A extração de 1300 kg de areia 4ooo anos

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E com relação às embalagens, lavar ou não lavar embalagens antes de descartar? Depende! O assunto divide opiniões. O processo de reciclagem faz a lavagem do material, então pequenos restos não interferem nesse ponto. Porém deve haver o bom senso: nada de excesso de alimentos nas embalagens, nem de desperdício de água para lavá-las!

Dicas úteis para descarte

Tirar o excesso de restos de alimentos com o guardanapo de papel usado antes de descartar as embalagens;

Colocar um mínimo de água nas embalagens de leite ou iogurte, chacoalhar um pouco e despejar o conteúdo nos vasos de plantas;

Durante a lavagem da louça, lavar as embalagens com a água do enxágue;

Cuidar para não molhar os papéis que estão na lixeira junto com os demais resíduos.

O lixo que cai no chão sempre vai para os rios e mares! Além de sujar as ruas, esse lixo acaba nas galerias de águas e termina em rios, lagos e mares, obstrui bueiros e potencializa inundações. Pedaços desse lixo são confundidos com comida por aves e peixes, que morrem por asfixia ou inanição, além de afetar seus ovos por causa dos resíduos tóxicos.

A atividade pesqueira também é atingida quando o lixo vai acabar nos rios e mares: ela gera 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos, dos quais 1 milhão são pescadores.

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Pilhas e baterias são um perigo! Quando passam por deformações, deixam vazar o líquido tóxico de seus interiores. Esse líquido não é biodegradável e se acumula na natureza, contaminando o solo e lençóis freáticos, prejudicando a agricultura e a hidrografia.

Veja nos anexos desta cartilha:

O tempo de decomposição dos resíduos na natureza

Como descartar cada tipo de resíduo

Como acondicionar o lixo para coleta seletiva

ON

OFF

Você sabia que as lâmpadas fluorescentes possuem mercúrio, um metal tóxico pesado? Portanto, muito cuidado com lâmpadas quebradas. A primeira coisa a se fazer em caso de quebra é retirar do local crianças e animais. Jamais toque o material, e use luvas para recolher os resíduos.

O site eCycle disponibiliza uma relação de postos de reciclagem e doação mais próximos de você, para cada tipo de resíduo: http://www.ecycle.com.br/

O descarte de medicamentos é algo muito sério. Veja nos anexos a orientação para descartá-los corretamente!

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Água

Nos banheiros instalar aeradores é uma ótima opção para reduzir o uso da água

Não jogue lixo no vaso sanitário

Tente reduzir em pelo menos um minuto o tempo médio do banho

Tome banhos de 5 minutos: com esse tempo, você gasta aproximadamente 40 litros de água, quantidade considerada adequada para garantir a higiene

Limpe periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro, para aumentar a vida útil da resistência e economizar água e luz

Reutilize água nas lavagens de roupa

Não lave calçadas com a mangueira aberta

Materias de Expediente

Quando possível, use papel reciclado

Configure a impressora para imprimir frente e verso

Use as folhas de rascunho para fazer blocos de anotações e abandone o post-it

Imprima sem papel: quando for imprimir apenas para guardar um documento, imprima em PDF – há vários softwares que funcionam como uma impressora gerando arquivos impressos em PDF

Ao utilizar envelopes para encaminhar documentos, evite escrever no envelope! Assim você ou outra pessoa poderá reutilizá-lo

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Alimentos

Evite o desperdício de alimentos, porque a cadeia produtiva dos alimentos exige mais água do que você imagina! Utilizamos 70% da água disponível no mundo para produzir comida

Descarte restos no local correto

Abandone copos ou pratos descartáveis para consumir alimentos ou bebidas, utilize louças ou utensílios que possam ser reutilizados

Prefira e estimule o consumo de alimentos naturais ao invés de industrializados, em especial junto às crianças

No caso de industrializados, prefira balas, biscoitos ou outros alimentos que não sejam embalados individualmente

Muitos alimentos podem ser congelados, inclusive frutas, verduras e legumes, que podem ser usados para sopas e vitaminas

Nas lojas e supermercados

Adote sacolas retornáveis e recuse as sacolas plásticas sempre que possível

Ao comprar um produto, verifique se há a opção de refil – o impacto é menor no custo do produto e no custo ambiental

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CARTILHA DE CONSUMO CONSCIENTE CREA-PR

Doe ou Reutilize

Antes de descartar, verifique a possibilidade de consertar! Reutilizar é um dos “R” mais importantes no consumo consciente

Faça uma lista dos itens que tem em casa e não usa há algum tempo: roupas, utensílios, equipamentos e até livros e revistas. Eles podem ser vendidos ou doados para serem utilizados por alguém!

Incentive uma criança a construir o próprio brinquedo a partir de embalagens reutilizadas

Prefira pilhas recarregáveis ao invés de trocar as pilhas todas as vezes!

Quando possível, evite andar de carro! Utilizar um veículo 1.0 a gasolina por 200 km por mês resulta em 0,4 toneladas de CO2 por ano: precisa plantar três árvores para compensar!

Fique de olho na cor da chama do gás do seu fogão: tonalidades amareladas, que sujam o fundo da panela, são sinal de queimadores sujos ou desregulados, o que aumenta o consumo de gás.

É possível limpar a casa toda com soluções naturais que substituem produtos químicos de forma eficiente, como vinagre, suco de limão e bicarbonato de sódio.

Como no Brasil o chiclete ainda não é reciclado, em geral a recomendação é que seja descartado no lixo orgânico ou domiciliar. Lembre-se que, estando na natureza, ainda existe o risco de serem engolidos por aves e outros animais que poderão sofrer asfixia!

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CARTILHA DE CONSUMO CONSCIENTE CREA-PR

Anexos

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CARTILHA DE CONSUMO CONSCIENTE CREA-PR

Tempo de decomposição dos produtos na natureza

Produto TempoJornal 2 a 6 semanas

Embalagens de papel 1 a 4 mesesCascas de frutas

Guardanapos de papelPapel 3 meses a vários anosPano 6 a 12 meses

Papel plastificado 1 a 5 anosPalito de fósforoPontas de cigarro

Nylon 3 a 30 anosChiclete 5 anos

Madeira pintada 13 anosSacos plásticos 30 a 40 anos

Couro Até 50 anosEmbalagens longa vida 100 anos

Latas de alumínioPilhas e baterias

Tampinhas de garrafaCopos de plástico 200 a 450 anos

Garrafas de plástico Mais de 500 anosFralda descartável 600 anos

BorrachaPneusVidro

3 meses

2 anos

100 a 500 anos

Tempo indeterminado

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CARTILHA DE CONSUMO CONSCIENTE CREA-PR

Cartuchos de impressoraA forma mais simples e gratuita de descartar os cartuchos vazios é conhecer a política de reciclagem da empresa fabricante, pois algumas marcas oferecem até mesmo coleta agendada.

Como descartar corretamente alguns produtos críticos

ChicletesNo Brasil ainda não existe reciclagem para chicletes, e a orientação é que o descarte aconteça no lixo orgânico ou domiciliar.

Eletrônicos e eletrodomésticosEsses metais pesados contêm cádmio, chumbo e níquel e são altamente tóxicos. Além desses, outros materiais, como plástico, vidro e borracha, que também compõem esses aparelhos, demoram muito tempo para se decompor no meio ambiente, além da presença do CFC, um gás tóxico usado no processo de refrigeração que destrói a camada de ozônio. Para descartá-los, entre em contato com o fabricante e se informe como retornar o produto para ele.

Esmaltes velhos ou vencidosAparentemente inofensivos, os esmaltes possuem componentes tóxicos ao meio ambiente que podem contaminar a água e o solo, prejudicando o ecossistema e até mesmo a nossa saúde. Caso o fabricante do produto não ofereça a coleta, a recomendação é limpar os vidrinhos para separá-los da tampa de plástico e descartá-los em seus respectivos lixos. Se o líquido ainda estiver mole, despeje-o totalmente numa folha de jornal (nunca ralo abaixo) e deixe a química evaporar. No caso de estar duro, misture acetona e mexa até dissolver todo o produto.

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Fraldas descartáveisAs fraldas descartáveis são recicláveis, mas ainda não existe no Brasil um sistema de reaproveitamento. Por isso, a única alternativa é descarta-las no lixo comum.

IsoporMuitos não sabem, mas o isopor é sim reciclável. Transformado, ele pode até parecer madeira! Muitas cooperativas já trabalham com esse material, que pode durar 150 anos na natureza. Separe com o lixo reciclável.

Lâmpadas fluorescentesA lâmpada fluorescente possui em seu interior mercúrio, um metal tóxico. Quando a lâmpada queima, esse metal fica protegido apenas pelo vidro, que passa a ter resíduos tóxicos capazes de contaminar o solo e a água. Procure colocar as lâmpadas em caixas fechadas e separadas do lixo comum e procure um posto de coleta específico.

Lâmpadas incandescentesInfelizmente, não existem programas de reciclagem para as lâmpadas incandescentes, pois elas possuem metal misturado ao vidro, o que inviabiliza o processo. Se a sua única opção for descartar no lixo comum, certifique-se de que a embalagem não vai rasgar, o que pode ferir os trabalhadores responsáveis pela coleta.

Lâmpadas LEDLâmpadas LED não possuem materiais tóxicos, porém atualmente não existe ainda tecnologia para lidar com o LED ao final de sua vida útil. Por enquanto, apenas encontre um posto de coleta para que sejam armazenadas corretamente.

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MaquiagemDescartar cosméticos como pó, blush, gloss, rímel, batons, é mais fácil que o caso dos esmaltes, pois esses produtos são considerados orgânicos, ou seja, não agridem a natureza e podem ser depositados no lixo comum. O mesmo vale para aqueles à base de cera, como lápis para olhos.O problema são as embalagens das makes, essas sim prejudiciais ao meio ambiente. Elas devem ser limpas adequadamente e suas partes separadas conforme o material que é composto. Vidro, metal, plástico esses são os materiais mais comuns encontrados em recipientes desse tipo que precisam ser destinados às respectivas coletas.

MedicamentosEsse tipo de produto contém substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água quando jogado nos aterros sanitários. Além disso, descartar no lixo comum pode levar ao uso indevido por outra pessoa. O descarte dos medicamentos vencidos deve ser feito, de preferência, com a própria embalagem e levados em Centros de Atendimento Públicos de Saúde ou farmácias.

Objetos que têm mercúrioQuando uma lâmpada ou termômetro contendo mercúrio é quebrado, a primeira atitude é isolar a área, fechar portas e janelas e usar um equipamento mínimo: máscara cirúrgica descartável e luva reforçada para que não haja o risco de contato. Como o mercúrio aparece no estado líquido em temperatura ambiente, o ideal é recolher o metal com uma seringa sem agulha e colocá-lo em um recipiente plástico contendo água; a água reduz a possibilidade da evaporação. A área afetada pelo objeto tem de ser descontaminada com uma mistura de água sanitária e água. Após a limpeza, devem-se abrir novamente portas e janelas para ventilar o ambiente. O recipiente com o mercúrio tem de ser bem vedado com fita adesiva e entregue a um dos locais que fazem o descarte correto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda depositar o material nos pontos que recebem pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, já que as empresas que fazem o recolhimento são especializadas em separar e reciclar metais tóxicos.

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Óleo de cozinhaSe descartado na pia, o óleo pode cair em rios e córregos, impedir a entrada de oxigênio e luz na água, ocasionando a morte de peixes e plantas. A solução é coletá-lo em uma garrafa e, quando estiver cheia, direcioná-la aos postos de coleta autorizados ou produzir sabão caseiro.

Pilhas e bateriasIndependentemente do tipo ou do tamanho, elas possuem os metais cádmio, chumbo e mercúrio. Para descartá-las, envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos. Se preferir, devolva-os à loja em que você comprou ou outros estabelecimentos.

PneusPneus velhos devem ser descartados em oficinas ou borracharias.

RadiografiasMuita gente não sabe que as chapas de raio-x, como são conhecidas, não podem ser descartadas no lixo, pois possuem materiais tóxicos, como a amônia, cromo e metanol, que podem contaminar o solo e a água. Para saber onde descartar radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, procure o hospital ou posto de saúde mais próximo de sua casa.

Vidros quebrados ou objetos cortantesDescartar o vidro ou objeto cortante dentro de caixas de leite ou de garrafas pet – nesse caso, recorte a parte superior da garrafa e use-a ao contrário, com a boca para baixo, como tampa. Se não possuir nenhum tipo de embalagem para colocar o lixo cortante, embrulhe-o em muito jornal e separe do lixo comum.

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Vidros recicláveisEmbalagens de bebidas, de alimentos, de medicamentos e de cosméticos. Como descartar: pode ser inteiro ou quebrado, se o vidro estiver inteiro deve-se lavá-lo. Se não houver coletor específico para vidros é importante envolvê-lo em jornal ou plástico bolha, colocá-lo em uma caixa de papelão e identificar com caneta do lado de fora da caixa “CUIDADO VIDRO”, pois alguém pode se ferir na coleta.

O que pode ser jogado em cada lixeira

RECICLÁVEIS

Plásticos, papéis, vidros e metais recicláveis, embalagens vazias

NO ESCRITÓRIO

Pastas AZCaixas plásticasBanners de lona plásticaCD/DVDEspiral de encadernação

Papel higiênicoGuardanaposPanos de limpeza usadosPapel enceradoFita adesivaAerosolMaterial plastificadoBucha de pia Esponja de açoPapel de faxElástico

NÃO RECICLÁVEISRECICLÁVEIS ORGÂNICOS

Restos de alimentos e de frutasSachês de cháFiltro de caféGalhos e folhasChicletes

LâmpadasReatores de lumináriasPilhas e baterias

PERIGOSOORGÂNICOS

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REFERÊNCIAS

Consumismo Infantil: na contramão da sustentabilidadePublicação do Ministério do Meio Ambiente – MMA

Consumo Consciente – Recomendações para o seu dia-a-diaPublicação da Universidade Salvador – Unifacs

Instituto Nacional de Educação AmbientalSite: http://ineam.com.br/

Lei Federal 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Mudança nos Padrões de Produção e Consumo – Série de Publicações Temáticas do Crea-PR – Caderno nº 3 (2009).

ONU BR – Nações Unidas do Brasilhttps://nacoesunidas.org

Pacto Globalhttp://www.pactoglobal.org.br/

Portal Atitudes Sustentáveishttp://www.atitudessustentaveis.com.br/

Portal Criança e Consumohttp://www.criancaeconsumo.org.br/

Portal do Fórum Mundial da Águahttp://www.worldwaterforum8.org/

Portal eCycle – Sua pegada mais levehttp://www.ecycle.com.br/

Portal Pensamento Verdehttp://www.pensamentoverde.com.br/

Portal Planeta Sustentável – Editora Abrilhttp://planetasustentavel.abril.com.br/

Resolução Conanda 163/2014 - Dispõe sobre a abusividade do direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança e ao adolescente.

Saco é um saco! Cartilha para consumidoresPublicação do Ministério do Meio Ambiente – MMA

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