Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de … · 2019-10-14 ·...
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
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MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS
Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre
Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO A
VIBRAÇÕES NA CONDUÇÃO DE
EMPILHADORES NA INDÚSTRIA CIN
Catarina Alexandra Teixeira Botelho
Orientador: Professora Doutora Maria Luísa Matos (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)
Orientador da empresa: Eng. José Calvão (Diretor da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança, CIN)
Eng. Helga Gomes( Departamento de Higiene e Segurança, CIN)
Arguente: Doutora Emília Rosa Quelhas Moreira da Costa (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)
Presidente do Júri: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto)
___________________________________ 2016
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
I
AGRADECIMENTOS
Um agradecimento especial à empresa CIN pela oportunidade de desenvolver esta dissertação e
pelo voto de confiança. Muito obrigada à Engenheira Helga Gomes pelo apoio, disponibilidade
prestada, e toda a simpatia e boa disposição. Obrigada também à Engenheira Ana Mendonça pela
ajuda prestado ao longo do estágio.
Um enorme agradecimento à Professora Doutora Maria Luísa Matos pela sua simpatia, pela
ajuda incansável, todo o apoio e disponibilidade, pela preocupação e orientação ao longo de todo
o trabalho.
Aos meus pais e irmã muito obrigada pela paciência e apoio ao longo deste ano.
Obrigada aos meus amigos por todo o apoio e amizade.
Um obrigada também a todos os trabalhadores que se disponibilizaram para participar neste
estudo.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
III
RESUMO
Algumas indústrias possuem como ferramentas de trabalho máquinas e equipamentos que são
fontes de exposição a vibrações para os seus trabalhadores. Em algumas, os níveis de exposição
registados são elevados, apresentando efeitos adversos para a saúde, sendo o efeito mais
significativo as lesões lombares. A exposição pode ser agravada por fatores individuais do
condutor, por fatores físicos (assento do empilhador, tipo de suspensão, tipo de pneus e tipo de
piso) e fatores intrínsecos ao trabalho/empresa.
O presente estudo tem como propósito realizar uma caracterização da exposição a vibrações de
corpo inteiro em condutores de empilhadores, tendo como caso de estudo a indústria CIN.
A caracterização da exposição, passa pela aplicação do Inquérito Nórdico, pela monitorização
das vibrações e avaliação das mesmas, através do parâmetro A(8), SEAT, Sed, fator R e
parâmetro de conforto. O parâmetro A(8) foi comparado com os limites legislados e com a
metodologia de avaliação da empresa. A monitorização teve por objetivo poder compreender os
valores obtidos, observando as tarefas desempenhadas, o piso percorrido, bem como o
comportamento adotado pelo condutor de modo a permitir propor estratégias de redução e
medidas corretivas para esses locais de trabalho.
O equipamento de medição utilizado foi o SVANTEK SV106, e dois acelerómetros, modelo
SVANTEK SV38.
Relativamente aos valores mais elevados registados no eixo dos z, correspondem na sua maioria
aos percursos percorridos no piso do tipo empedrado. O caso que suscitou maior preocupação é o
do setor do AMP, onde o trabalhador percorre grandes distâncias em piso do tipo empedrado, até
à zona de produção. O caso menos complexo é o do setor da Nováqua, e que pode ser justificado
pela precaução tomada pelo condutor devido à sua reduzida experiência. Apesar de apresentar
valores reduzidos, é aquele que apresenta ter o assento com menor capacidade de atenuação. De
salientar a presença de momentos em que os valores no eixo dos x são superiores aos valores no
eixo dos y e z, correspondendo estes momentos a pequenos movimentos de arrumação das
paletes, tanto nos armazéns como nos camiões.
Quanto aos assentos dos empilhadores, podemos afirmar segundo o parâmetro SEAT, que todos
atenuam as vibrações transmitidas, sendo que o assento com pior desempenho é o do setor da
Nováqua e o que possui melhor desempenho é o assento do novo empilhador do setor do AMP.
Os valores obtidos no parâmetro Sed indicam que todos os trabalhadores têm alta probabilidade
de efeitos negativos para a saúde. Quanto ao fator R, à exceção do condutor do setor da
Nováqua, todos apresentam alta probabilidade de efeitos negativos para a saúde. De salientar que
o parâmetro Sed tem em conta apenas a exposição diária a vibrações, e o fator R tem em conta os
anos de exposição do trabalhador. Relativamente à avaliação do conforto todos os casos são
classificados como “muito desconfortável”, à exceção do caso do condutor do setor do AMP
com o empilhador antigo, que é classificado como “extremamente desconfortável”.
A partir dos resultados obtidos para o A(8), foi possível concluir que em todos os casos os
valores são superiores ao VAE, e apenas no setor da Nováqua e do Armazém de Matérias-Primas
(AMP) da Megadur são inferiores ao VLE.
Palavras-chave: Vibrações de Corpo Inteiro, Empilhadores, Lesões Lombares, Inquérito
Nórdico.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
V
ABSTRACT
Some industries have as work tools, machines and equipment that are sources of exposure to
vibration for their workers. In some, the recorded exposure levels are high, with adverse health
effects, being the most significant effect, the back injuries. The exposure can be aggravated by
individual factors of the driver, by physical factors (seat of the forklift, suspension type, tire type
and floor type) and factors intrinsic to the job / company.
The present study aimed to perform a characterization of exposure to whole-body vibration in
forklift drivers, taking as a case study, the CIN industry.
The characterization of exposure, passes through the application of the Inquiry Nordic for
monitoring vibrations and evaluation them, through the parameter A(8), SEAT, Sed, R factor and
comfort parameter. The parameter A(8) was compared with the legal limits and with the
evaluation methodology of the company. The monitoring aimed to be able to understand the
values obtained by observing the tasks performed, the crossed floor as well as the behavior
adopted by the driver in order to allow to propose reduction strategies and corrective measures to
these workplaces.
The measuring equipment used was SVANTEK SV106, and two accelerometers, SVANTEK
SV38 model.
For higher values recorded in the z-axis, mostly correspond to the routes traveled in the gravelly
floor type. The case that has raised more concern is the AMP sector, where the employee travels
long distances in the gravelly type floor to the production area. The case less complex is the
Nováqua sector, and can be justified by the precaution taken by the driver due to their limited
experience. Despite having low values, it is the one who presents the seat with less attenuation
capacity. To emphasize the presence of moments when the values on the x axis are higher than
the values of y and z axis, these moments corresponding to small movements of the storage
pallets, both in stores and in trucks.
As for the seats of the forklift, we can state according to the SEAT parameter, that all attenuate
the transmitted vibration, and the seat with the worst performance is the forklift of the Nováqua
sector and the seat with the best performance is the seat of the new forklift of the AMP sector.
The values obtained in the Sed parameter indicates that all workers have a high probability of
negative health effects. As for the R factor, except for the driver of the Nováqua sector, all have
a high probability of adverse health effects. Note that the Sed parameter takes into account only
the daily vibration exposure, and the R factor takes into account the years of exposure of the
worker. Regarding the evaluation of comfort, all cases are classified as "very uncomfortable",
except for the case of the driver of the AMP sector with the old forklift, which is classified as
"extremely uncomfortable".
From the results obtained it was possible to concluded that in all cases the values are higher than
the Exposure Action Value (VAE), and only in the sector of Nováqua and Raw Materials
Warehouse (AMP) of Megadur are below the Exposure Limit Value (VLE).
Keywords: Whole-body Vibration, Forklift, Low-back Pain, Nórdic Questionnaire.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
VII
ÍNDICE
PARTE 1 ......................................................................................................................................... 1 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2 ESTADO DA ARTE ........................................................................................................... 5
2.1 Enquadramento e apresentação da empresa .................................................................... 5
2.1.1 Caracterização da indústria .................................................................................... 5
2.1.2 Caracterização da empresa .................................................................................... 5
2.1.3 Caracterização dos postos de trabalho ................................................................... 6
2.2 Enquadramento Legal e Normativo ................................................................................ 6
2.3 Conhecimento Científico ................................................................................................. 7
2.3.1 Efeitos na saúde ................................................................................................... 11
2.3.2 Condicionantes das vibrações .............................................................................. 11
2.3.3 Metodologias utilizadas na avaliação .................................................................. 13
2.3.4 Estratégias de redução e medidas corretivas ....................................................... 14
2.4. Conhecimento Técnico .............................................................................................. 15
2.4.1. Vibrações ocupacionais ....................................................................................... 15
2.4.2. Tipos de exposição .............................................................................................. 16
2.4.3. Efeitos da exposição às vibrações ....................................................................... 16
2.4.4. Medidas preventivas ............................................................................................ 17
3. OBJETIVOS, MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................... 19
3.1. Objetivos da Dissertação ........................................................................................... 19
3.2. Materiais e Métodos .................................................................................................. 19
3.2.1. Metodologias de caracterização do contexto da monitorização .......................... 19
3.2.2. Instrumentos de Análise ...................................................................................... 20
3.2.2.1. Inquérito Nórdico Musculo-esqulético .......................................................... 20
3.2.3. Metodologia de avaliação da exposição a vibrações ........................................... 21
3.2.3.1. Equipamento de medição ............................................................................... 21
3.2.3.2. Duração das medições ................................................................................... 22
3.2.3.3. Software para tratamento de dados ................................................................ 22
3.2.3.4. Avaliação da exposição pessoal diária às VCI .............................................. 22
3.2.4. Avaliação do parâmetro SEAT ............................................................................. 23
3.2.5. Avaliação do parâmetro Sed ................................................................................. 24
3.2.6. Avaliação do conforto ......................................................................................... 25
PARTE 2 ....................................................................................................................................... 27
4. RESULTADOS ................................................................................................................. 29
4.1. Resultados da aplicação do Inquérito Nórdico .......................................................... 29
4.1.1. Dados demográficos ............................................................................................ 29
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
VIII
4.1.2. Prevalência de lesões musculosqueléticas ........................................................... 31
4.2. Resultados da monitorização de vibrações ............................................................... 34
4.2.1. Caracterização dos trabalhadores e empilhadores ............................................... 34
4.2.2. Avaliação do parâmetro A(8) .............................................................................. 35
4.2.3. Análise do parâmetro SEAT................................................................................ 37
4.2.4. Análise do parâmetro Sed e fator R ...................................................................... 38
4.2.5. Avaliação do conforto ......................................................................................... 39
4.2.6. Análise da monitorização das vibrações ............................................................. 40
4.3. Medidas Preventivas e Propostas de Melhoria ......................................................... 49
5. Conclusões ........................................................................................................................ 51
6. Perspetivas futuras ............................................................................................................ 55
ANEXOS ................................................................................................................................... 59
ANEXO I - Folha de Campo – monitorização de vibrações .................................................. 61
ANEXO II – Inquérito Nórdico .............................................................................................. 63
ANEXO III – Gráficos referentes à monitorização das VCI.................................................. 65
a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo .................................................... 65
b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo ..................................................... 67
c) Embalagens ............................................................................................................... 69
d) Nováqua .................................................................................................................... 71
e) Resíduos .................................................................................................................... 74
f) Armazém de Matérias-primas: Megadur .................................................................. 76
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
IX
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1- Fluxograma representativo dos processos de fabrico da indústria em estudo. ............. 5
Figura 2.2 - Diagrama de seleção de artigos para a revisão da literatura. ....................................... 9
Figura 2.3 - Representação das diferentes frequências de ressonância sentidas no corpo humano.
....................................................................................................................................................... 15
Figura 2.4 - Direção dos eixos basicêntricos do corpo inteiro na posição sentado (Associação
Empresarial de Portugal, 2011). .................................................................................................... 16
Figura 2.5 - Medidas gerais perante alguns riscos na circulação de empilhadores. ...................... 18
Figura 3.1- Equipamento SVANTEK, modelo SV 106 e acelerómetro SVANTEK SV38 .......... 22
Figura 3.2- Percentagem de prevalência de 12 meses e 7 dias por região do corpo. .................... 32
Figura 3.3 - Classificação da intensidade da dor. .......................................................................... 32
Figura 3.4 - Percentagem de trabalhadores que evitaram realizar tarefas normais devido à
prevalência de lesões musculosqueléticas nas várias regiões do corpo. ....................................... 33
Figura 3.5 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).
....................................................................................................................................................... 41
Figura 3.6 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo
(medição no piso). ......................................................................................................................... 41
Figura 3.7 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no
assento). ......................................................................................................................................... 42
Figura 3.8 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo
(assento). ....................................................................................................................................... 42
Figura 3.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ........... 43
Figura 3.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 43
Figura 3.11 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo
(piso). ............................................................................................................................................. 43
Figura 3.12 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo
(assento). ....................................................................................................................................... 44
Figura 3.13- Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso) ....................................... 44
Figura 3.14 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 45
Figura 3.15 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso). ................... 45
Figura 3.16 - Excerto da monitorização 4 no setor Nováqua (medição no assento). .................... 46
Figura 3.17 - Excerto da monitorização 2 no setor Nováqua (medição no piso). ......................... 46
Figura 3.18 - Monitorização 1 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso). ....................... 47
Figura 3.19 - Monitorização 2 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso). ....................... 47
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
X
Figura 3.20- Monitorização 3 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso) ......................... 48
Figura 3.21 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso)................. 48
Figura 3.22 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso)................. 49
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina XI
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2.1 - Classificação da Atividade Económica em estudo .................................................... 5
Tabela 2.2 - Diplomas legais em matéria de SHT. .......................................................................... 6
Tabela 2.3 - Diplomas legais em matéria de vibrações de corpo inteiro. ....................................... 7
Tabela 2.4 - Diplomas legais aplicados à utilização de empilhadores. ........................................... 7
Tabela 2.5 - Grupos de Palavras-chaves por tema/área .................................................................. 8
Tabela 2.6 - Resumo do processo de seleção de artigos para a revisão da literatura .................... 10
Tabela 3.1 - Classificação dos níveis de riscos relativos à exposição a vibrações com base no
metodo de análise e avaliação da CIN. ......................................................................................... 23
Tabela 3.2 - Valores relativos à amplitude de vibração no que diz respeito ao conforto ............. 26
Tabela 3.3 - Percentagem de cada faixa etária dos trabalhadores. ................................................ 29
Tabela 3.4 - Percentagem de trabalhadores do género masculino e do género feminino. ............ 29
Tabela 3.5 - Valor de IMC máximo, mínimo e médio. ................................................................. 29
Tabela 3.6 - Tempo na atividade atual dos trabalhadores abrangidos com o inquérito Nórdico. . 29
Tabela 3.7 - Percentagem de trabalhadores que anteriormente possuíram atividades com
exposição a VCI. ........................................................................................................................... 30
Tabela 3.8 - Número de trabalhadores expostos a VCI por número de anos. ............................... 30
Tabela 3.9 - Percentagem de trabalhadores que praticam atividade física. ................................... 30
Tabela 3.10 - Percentagem de trabalhadores que possuem um hobbie que exija esforço físico. .. 30
Tabela 3.11- Percentagem de trabalhadores que consultou o médico de família nos últimos 12
meses. ............................................................................................................................................ 30
Tabela 3.12 - Percentagem de trabalhadores diagnosticados com pelo menos uma doença. ....... 31
Tabela 3.13 - Caracterização da tarefa (setor, tipo de carga, piso e frequência). .......................... 34
Tabela 3.14 - Caracterização dos trabalhadores (peso, altura, caracterização do tempo na tarefa e
da exposição às VCI). .................................................................................................................... 34
Tabela 3.15 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: matricula, marca, modelo e
nº de série. ..................................................................................................................................... 35
Tabela 3.16 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: tipo de alimentação e pneus
e capacidade de carga máxima. ..................................................................................................... 35
Tabela 3.17 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: ano de fabrico, ano ao
serviço e data da última manutenção. ............................................................................................ 35
Tabela 3.18 - Valores de aceleração para o eixo x, y e z, e aw. ..................................................... 36
Tabela 3.19 - Valores da exposição pessoal diária e comparação com os valores legais de VAE e
VLE. .............................................................................................................................................. 37
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
XII
Tabela 3.20 - Classificação do nível de risco segundo a metodologia da empresa. ..................... 37
Tabela 3.21 - Valores do parâmetro SEAT e respetiva classificação de isolamento do assento. . 38
Tabela 3.22 - Valores referentes ao parâmetro Sed e Sed médio. ................................................... 39
Tabela 3.23- Parâmetros N, n, idade, b, i e fator R para cada setor. ............................................. 39
Tabela 3.24 - Valores de av referentes à avaliação do conforto. ................................................... 40
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
XIII
ÍNDICE DE FIGURAS EM ANEXO
Figura 0.1- Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). ........... 65
Figura 0.2 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 65
Figura 0.3 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). .......... 65
Figura 0.4 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 66
Figura 0.5 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso). .......... 66
Figura 0.6 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento). ..... 66
Figura 0.7 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ............ 67
Figura 0.8 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ....... 67
Figura 0.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). ............ 67
Figura 0.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 68
Figura 0.11 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso). .......... 68
Figura 0.12 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento). ..... 68
Figura 0.13 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 69
Figura 0.14 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 69
Figura 0.15 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 69
Figura 0.16 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 70
Figura 0.17 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (piso). ..................................... 70
Figura 0.18 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (assento). ............................... 70
Figura 0.19 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 71
Figura 0.20 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 71
Figura 0.21 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 71
Figura 0.22 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 72
Figura 0.23 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 72
Figura 0.24 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 72
Figura 0.25 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (piso). ................................................ 73
Figura 0.26 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (assento). ........................................... 73
Figura 0.27 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 74
Figura 0.28 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (assento.) .................................... 74
Figura 0.29 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 74
Figura 0.30 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (assento). .................................... 75
Figura 0.31 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (piso). ......................................... 75
Figura 0.32 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (assento). .................................... 75
Figura 0.33 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 76
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
XIV
Figura 0.34 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 76
Figura 0.35 - Monitorização 2 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 76
Figura 0.36 - Monitorização2 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). .................................. 77
Figura 0.37 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 77
Figura 0.38 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 77
Figura 0.39 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso). ................................. 78
Figura 0.40 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (assento). ............................ 78
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
XV
SIGLAS E ABREVIATURA
AMP – Armazém de matérias-primas
EPI – Equipamento de Proteção Individual
ISO – International Organization for Standardization
I&D – Investigação e Desenvolvimento
mp – Matérias-primas
NP – Norma Portuguesa
SEAT – Seat Effective Amplitude Transmissibility
VAE – Valor de Ação de Exposição
VCI – Vibrações de Corpo Inteiro
VLE – Valor Limite de Exposição
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
PARTE 1
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 3
1 INTRODUÇÃO
A Segurança e Saúde no trabalho têm por objetivo a promoção e a manutenção do bem-estar
físico, mental e social dos trabalhadores de todos os setores de atividades. Esta temática remete
para a prevenção de efeitos adversos para a saúde decorrentes das suas condições de trabalho, e
para a proteção prévia destes trabalhadores perante os riscos resultantes de circunstâncias
nocivas à saúde. Existe assim um foco na adaptação do posto de trabalho ao homem, fornecendo
condições físicas e mentais adequadas. Para que estas medidas tenham sucesso é necessário a
participação quer dos trabalhadores, como dos empregadores nos programas de segurança e
saúde. Segundo o Regime Jurídico da Promoção da Saúde e Segurança no Trabalho, o
empregador tem como obrigações identificar, avaliar e reduzir os riscos associados à profissão
(Assembleia da República, 2014).
Numa indústria podemos ter presentes diferentes fatores de risco como os riscos físicos (ruído,
vibrações, iluminância), químicos, biológicos, mecânicos, elétricos, psicossociais e ergonómicos.
O desenvolvimento tecnológico permitiu a utilização de robots ou dispositivos mecânicos como
substituição total ou parcial da ação direta do trabalhador, por forma a eliminar condições de
elevada exigência para os trabalhadores. Porém, apesar desse avanço científico e tecnológico,
ainda se verificam situações de condições desfavoráveis ou perigosas para o operador na
realização de determinadas tarefas (Associação Empresarial de Portugal, 2011), tornando-se um
ambiente agressivo para o trabalhador.
No tipo de indústria em foco são várias as fontes de vibrações originadas por equipamentos
diretamente ligados ao processo produtivo, por máquinas e ferramentas utilizadas nas oficinas de
manutenção e setor de apoio à produção. Relativamente às vibrações de corpo inteiro, a
principal fonte de transmissão são os empilhadores, os porta paletes (manuais e stackers) e as
misturadoras (Associação Empresarial de Portugal, 2011).
Em algumas indústrias/locais de trabalho verifica-se uma rotatividade de operações e operadores,
sendo que o tempo a operar com estes equipamentos é reduzido, registando-se,
consequentemente, valores de exposição reduzidos. Contudo, contrariamente, noutras empresas,
o tempo de operação com este tipo de equipamentos é elevado, podendo ocupar de forma
completa o turno diário. Nestas situações os níveis de exposição às vibrações são maiores
(Associação Empresarial de Portugal, 2011).
A exposição às vibrações de corpo inteiro apresenta consequentes efeitos, sendo os mais
significativos as lesões lombares e lesões na coluna vertebral (Associação Empresarial de
Portugal, 2011). Estes efeitos são agravados pela exposição excessiva, de longa duração e
elevada amplitude da vibração.
As condições de trabalho refletem-se na produtividade, sendo que na presença de boas condições
de trabalho, estamos mais predispostos para alcançar um determinado resultado, produzindo
mais, com menos esforço. Contudo, quando as condições não são favoráveis, é facilmente
atingido um nível de incómodo ou irritação, levando ao cansaço, falta de motivação,
desconcentração, e consequentemente à queda de produção. É possível afirmar que os agentes
físicos do ambiente de trabalho interferem diretamente no desempenho dos trabalhadores e na
produção (Associação Empresarial de Portugal, 2011).
Segundo os dados estatísticos da Direção Geral de Saúde, entre o ano de 2005 e 2008 os casos de
doenças profissionais provocadas por agentes físicos diminuiu. Contudo, analisando de forma
comparativa com os outros agentes, os agentes físicos são os que apresentam o maior número de
casos.
De acordo com o Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, as
empresas devem garantir a manutenção do sistema de modo a melhorar continuamente, e
adequadamente os objetivos da mesma devendo ter também presente no estudo, o controlo e a
eliminação dos riscos profissionais, seguindo normas de prevenção, promovendo um trabalho
seguro e saudável aos colaboradores.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
4 Introdução
De acordo como o artigo 15º da Lei nº3/2014 o empregador tem como obrigações” assegurar ao
trabalhador condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho” bem como
“zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de
segurança e de saúde para o trabalhador” (Assembleia da República, 2014). Deste modo, o
empregador deve realizar uma avaliação de riscos por forma a serem tomadas as medidas
necessárias à proteção da segurança e saúde dos trabalhadores.
Na empresa CIN MAIA foi realizada uma revisão da Análise e Avaliação de riscos por posto
de trabalho, por forma a integrar a revisão anual do Sistema de Gestão de Qualidade, Ambiente,
Higiene e Segurança, referente ao ano de 2015. De salientar que de uma forma geral os riscos
mais significativos nesta empresa são os riscos físicos (vibração e ruído), risco ergonómico e
risco químico. Com a revisão da avaliação dos riscos em todos os postos de trabalho foi
analisado quais os postos de trabalho que apresentavam uma maior necessidade de passar por um
estudo relativamente aos seus riscos associados. Assim, foi definida a necessidade de uma
análise mais profunda aos postos de trabalho que compreendiam a operação de condução de
empilhadores, sendo em consequência dessa atitude, feita a análise da exposição às vibrações
provenientes do veículo. Adjacente está o objetivo de perceber se existe a necessidade de intervir
e melhorar o posto de trabalho onde este risco está presente. O uso de empilhadores na empresa
abrange vários setores, sendo utilizados os empilhadores elétricos nas zonas de fabrico, no
interior do armazém de matérias-primas e no centro de distribuição. Os empilhadores a diesel,
utilizados no exterior, são utilizados para transporte de matérias-primas (m.p.), incluindo a
receção de m.p. e a expedição destas para a fábrica. O posto de trabalho que aparentemente
apresenta a necessidade de ter uma maior necessidade de análise, é no armazém de matérias-
primas, mais especificamente nos empilhadores a diesel utilizados no exterior, onde o piso é
irregular. Como existe um setor exclusivo para a receção e expedição de matérias-
primas/materiais, a distribuição das mesmas como apoio à produção tem de ser feita em longas
distâncias, com o empilhador, existindo a necessidade de percorrer o exterior. Se o tipo de
pavimento no exterior não for regular, irá agravar o risco de exposição às vibrações de corpo
inteiro devido à utilização deste veículo. A última análise a este agente físico neste posto de
trabalho foi realizada no ano de 2008, para o sistema de corpo inteiro, onde se obteve o valor de
0,95 m.s-2
, sendo classificado pelo método de avaliação da empresa como nível de risco
“Importante”. Segundo o Decreto-Lei nº46/2006, de 4 de fevereiro, este valor encontrava-se
acima do VAE (Valor de Ação de Exposição) e abaixo do VLE (Valor Limite de Exposição).
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 5
2 ESTADO DA ARTE
2.1 Enquadramento e apresentação da empresa
2.1.1 Caracterização da indústria
As atividades económicas podem ser classificadas com base no quadro comum de classificação
de atividades económicas a nível nacional, segundo o Decreto-Lei n.º381/2007, de 14 de
novembro, que estabelece a Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3
(Instituto Nacional de Estatísticas, 2007) .
Segundo a classificação enunciada, a atividade em estudo insere-se na secção “Indústria
transformadora”, e classifica-se como CAE 20301 – Fabricação de tintas (exceto impressão),
vernizes, mástiques e produtos similares. Na Tabela 2.1 podemos verificar a classificação
completa desde a secção até à subclasse da atividade em questão.
Tabela 2.1 - Classificação da Atividade Económica em estudo
Secção C Indústria transformadora
Divisão 20 Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, exceto
produtos farmacêuticos
Grupo 203 Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares; mástiques; tintas de impressão
Classe 2030
Subclasse 20301 Fabricação de tintas (exceto impressão), vernizes, mástiques e produtos similares
Esta subclasse 20301, compreende a fabricação de tintas (inclui fabrico de tintas para
automóveis e tintas em pó) e vernizes, esmaltes metálicos, mástiques e indutos; solventes e
diluentes orgânicos compostos; secantes preparados; betumes e compostos para calafetagem.
Os processos presentes numa indústria de fabricação de tintas podem resumir-se no fluxograma
que se segue.
Figura 2.1- Fluxograma representativo dos processos de fabrico da indústria em estudo.
2.1.2 Caracterização da empresa
A CIN (CIN-Corporação Industrial do Norte, S.A.) foi criada em 1926 e é a única empresa
portuguesa do setor pertencente ao CEPE (Conselho Europeu de Fabricantes de Tintas), sendo
membro integrante desde 1990 do Coatings Research Group Inc.
Matéria-Prima
Pesagem/dosagem
Dissolução e Homogeneização
Acabamento
Enchimento
Armazanagem de produtos acabados
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
6 Estado da Arte
A empresa-mãe do grupo CIN é a CIN-Corporação Industrial do Norte, S.A. que é
responsável pela produção e comercialização de tintas, vernizes e produtos afins. A CIN foca a
sua atividade em diferentes segmentos de mercado: Decorativos, Indústria, Anti-corrosão e
Acessórios. Atualmente o grupo CIN é constituído por oito empresas que comercializam as suas
tintas e vernizes e que estão distribuídas por vários países: Portugal, Espanha, França, Angola e
Moçambique. Em Portugal está sediada na Maia, tendo como segmentos de mercado a
construção civil, a indústria e a proteção anticorrosiva.
2.1.3 Caracterização dos postos de trabalho
Os postos de trabalho em estudo compreendem aqueles que realizam a operação de condução de
empilhadores, nomeadamente no transporte/expedição de matérias-primas para a fábrica,
descarga e transporte de embalagens vazias, o transporte de resíduos, o transporte de produto
acabado da zona de produção para zona de expedição e posterior carga de camiões.
O transporte de matérias-primas é inerente ao posto de trabalho no setor Armazém de Matérias-
Primas (AMP) e exige que os trabalhadores despendam cerca de 5 horas do seu turno com
operações de condução de empilhadores. Na Cin Maia a receção de m.p. é, por norma, realizada
de manhã, sendo que a separação de pedidos e respetiva expedição para a fábrica é feita
posteriormente. Neste setor existem dois empilhadores com alimentação a diesel e um com
alimentação elétrica, onde operam 4 trabalhadores. O AMP possui um armazém interior, um
armazém exterior, e uma zona intermédia, sendo esta última bastante utilizada pelos
trabalhadores para manter as m.p. em stand by após a descarga do camião, antes de fazer o
armazenamento nas estantes. Esta zona serve também para colocar as paletes com os lotes para
expedição para a fábrica. No AMP da Cin Megadur é apenas realizada a receção e
armazenamento de m.p. sólidas (sacaria e big-bags), não existindo o transporte até à zona fabril.
Na situação da Megadur os horários de realização das operações são inconstantes, devido às
incertezas na chegada de camiões.
A descarga e transporte de embalagens vazias são realizados com um único empilhador elétrico e
a operação é realizada por 2 trabalhadores, que alternam entre si durante algumas semanas. A
tarefa é realizada durante quase toda a manhã.
O transporte de resíduos é realizado durante vários períodos do dia, apenas por uma única
pessoa, com um empilhador a diesel, percorrendo toda a área fabril.
Relativamente ao transporte de produto acabado será avaliado um trabalhador no setor Nováqua
que realiza a tarefa de carregamento de camiões com produto acabado.
2.2 Enquadramento Legal e Normativo
Na Tabela 2.2 são apresentados os diplomas legais em matéria de segurança e higiene no
trabalho necessários a ter em conta num estudo de avaliação de riscos inserido numa indústria
química.
Tabela 2.2 - Diplomas legais em matéria de SHT.
Diploma Descrição
Diretiva 89/391/CE, de 12 de julho Aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde
dos trabalhadores no trabalho
Diretiva 2003/10/CE, de 6 de fevereiro de 2003
Prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria de exposição dos
trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos
Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no trabalho
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 7
Portaria 53/71, de 3 de fevereiro Regulamento Geral de Segurança e Higiene do trabalho nos Estabelecimentos
Industriais
Portaria 987/93 de 6 de outubro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de trabalho
Na Tabela 2.3 são descritos os diplomas legais relativos à avaliação das vibrações de corpo
inteiro. Na Tabela 2.4 são apresentados os diplomas aplicados aquando da utilização/condução
de empilhadores.
Tabela 2.3 - Diplomas legais em matéria de vibrações de corpo inteiro.
Diploma Descrição
Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro
Prescrições mínimas de proteção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso
de exposição aos riscos devidos a agentes físicos (vibrações).
NP ISO 2631-1:2007 Vibrações mecânicas e choque: Avaliação da exposição do corpo interior a
vibrações
Parte 1: Requisitos gerais
ISO 2631-5:2004 Mechanical vibration and shock – Evaluation of human exposure to whole-body
vibration. Part 5: Method for evaluation of vibration containing multiple shocks
EN ISO 8041:2005 Human response to vibration. Measuring instrumentation
Tabela 2.4 - Diplomas legais aplicados à utilização de empilhadores.
Empilhadores
Decreto-Lei nº 103/2008 Diretiva Máquinas
Portaria 1214-91 de 20 dezembro Movimentação e elevação mecânica de cargas
Dada a necessidade da avaliação do risco de exposição a vibrações no posto de trabalho em
análise, será necessário ter em conta a legislação direcionada para esta temática. Assim, torna-se
imprescindível ter presente o Decreto-Lei nº 46/2006, de 24 de fevereiro, que diz respeito às
Prescrições mínimas de proteção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição
aos riscos devidos a agentes físicos (vibrações). Este diploma define no nº 2 do artigo n.º 3, os
valores limite de exposição (VLE) e valores de ação da exposição (VAE) às vibrações
transmitidas pelo sistema corpo inteiro. Deste modo, temos como valores para VLE 1,15 m.s-2
e
como VAE 0,5 m.s-2
(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006).
Valor limite de exposição é “o valor limite da exposição pessoal diária, calculado num período
de referência de oito horas, expresso em metros por segundo quadrado, que não deve ser
ultrapassado.
Valor de ação de exposição é “o valor da exposição pessoal diária, calculado num período de
referência de oito horas, expresso em metros por segundo quadrado, que, uma vez ultrapassado,
implica a tomada de medidas preventivas adequadas.
2.3 Conhecimento Científico
A pesquisa bibliográfica foi realizada com base na metodologia de revisão sistemática
referenciada em PRISMA Statement1, através do SDI - Serviço de Documentação e Informação
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
8 Estado da Arte
da FEUP, através de uma pesquisa integrada na base de dados sob a forma de Meta Pesquisa. O
tipo de recurso utilizado foram as “Bases de Dados”, sendo que a pesquisa foi realizada
separadamente para cada base de dados. Foram selecionadas seis Bases de Dados para a
realização da pesquisa avançada, tendo em consideração as que são relevantes para o conteúdo
da pesquisa da dissertação: Compendex, Inspec, Medline (EBSCO), Science Direct, Scopus e
Web of Science. Foram selecionados três grupos de palavras-chaves correspondendo cada qual a
um conjunto de palavras do mesmo tema/área:
Tabela 2.5 - Grupos de Palavras-chaves por tema/área
Grupo I (Vibrações na condução de
empilhadores)
Grupo II (Questionário Nórdico e Sintomas
associados)
Grupo III (Armazenagem e Transporte na
Indústria)
Vibration
Forklift
Risk of vibration
Forklift drivers
Vibration evaluation
Vibration assessment
Vibration effect
Whole-body vibration
Arm-hand vibration
Damping
Shock absorber
Damper seat
Damper forklift
Nordic questionnaire
Musculoskeletal disorders
Low back pain
Backaches
Vascular disease
Neurological disease
Musculoskeletal disease
Vascular disorder
Neurological disorder
Neuromusculoskeletal
Musculoskeletal injurie
Musculoskeletal symptoms
Ergonomic analysis
Lumbar spine
Industry
Warehouse
Factory
Industrial case
Storage
A pesquisa foi feita através de “advanced search” na qual foram utilizados termos/operadores
booleanos (“and”/”or”), de modo a conectar as palavras dentro de um campo de texto e entre
campos de texto distintos.
Após a primeira pesquisa nas bases de dados com as palavras-chaves enunciadas e os termos
booleanos, foram registados o número de artigos encontrados. Posteriormente foram aplicados
critérios de exclusão para refinar a pesquisa e direcioná-la o mais possível para conteúdos
relevantes ao tema da dissertação e por forma a ter a informação mais atual possível. Assim
foram aplicados os seguintes critérios por ordem:
- Limitar apenas a “Journal Articles” ou “Article Reviews”;
- Refinar para: Ano de publicação superior a 2000, no caso de o número de artigos
encontrados na primeira pesquisa for elevado;
- Exclusão de artigos repetidos;
- Limitar apenas ao idioma Inglês;
- Refinar por palavras-chaves;
- Refinar por título;
- Refinar por conteúdo/resumo.
A refinação por palavra-chave, título ou resumo foi realizada de forma diferente para cada base
de dados. Na primeira fase da pesquisa foram encontrados 528 artigos, tendo sido no final
selecionados 9 artigos como relevantes para integrarem na revisão da literatura. Os critérios
aplicados e os artigos que foram sendo limitados podem ser consultados na Tabela 2.6. Apenas
nas bases de dados Inspec e Web of Science não foi aplicado o critério “Ano superior a 2000”
devido ao reduzido número de artigos encontrados na primeira fase de pesquisa.
Após obtidos apenas 9 artigos, e nem todos serem suficientemente específicos e com dados que
comprovem as conclusões realizadas, foi necessário efetuar uma análise da bibliografia desses 9
artigos. E após encontrados artigos com resultados que comprovem as conclusões retiradas,
foram analisadas também essas bibliografias. Desta forma foi possível encontrar artigos que se
enquadrem nos requisitos que permitem obter uma revisão da literatura com dados comprovados.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 9
Figura 2.2 - Diagrama de seleção de artigos para a revisão da literatura.
Artigos identificados através da pesquisa no SDI da FEUP
(n=465)
Artigos identificados através de pesquisa adicional
(n=63)
Artigos selecionados (n=528)
Artigos com publicação superior ao ano 2000
(n=233)
Artigos com idioma EN (n=211)
Artigos excluídos por ano (n=293)
Artigos excluídos por idioma
(n=22)
Artigos excluídos por repetição
(n=5)
Artigos não repetidos (n=206)
Artigos com interesse relativamente ao tema por
palavra-chave (n=94) Artigos excluídos por título (n=15)
Artigos com interesse relativo ao tema por resumo/conteúdo (n=31)
Artigos excluídos por palavra-chave
(n=112)
Artigos com interesse relativo ao tema por título
(n=79) Artigos excluídos por
resumo/conteúdo (n=49)
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 10
Tabela 2.6 - Resumo do processo de seleção de artigos para a revisão da literatura
Base de Dados Grupo I Grupo II Grupo III 1ª
pesquisa
Tipo de
documento
Ano
publicação
>2000
Limitação
ao Idioma
EN1
Após
Exclusão
repetidos
Refinar
pela KW
Refinar
por title
Refinar
por
abstract
Resultado
final
Compendex Kw, Title e
Abstract
Kw, Title e
Abstract All text 23 15 8 8 8 8 4
3
Inspec Kw, Title e
Abstract
Kw, title e
abstract All text 10 8
não
considerado 8 7 4 4
1
Medline(EBSCO) All text All text All text 77 74 36 36 36 33 4
0
Science Direct Kw, Title e
Abstract
Kw, Title e
Abstract All text 63 63 26 13 11 11 5
0
Scopus Kw, Title e
Abstract
Kw, Title e
Abstract All text 350 298 92 83 82 82 11
4
Web of Science Kw, Title e
Abstract
Kw, Title e
Abstract All text 5 5
não
considerado 5 5 5 2
1
1- Apenas incluídos artigos escritos no idioma inglês.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 11
2.3.1 Efeitos na saúde
Relativamente aos efeitos da exposição a vibrações, as principais consequências associadas são
as lesões musculosqueléticas ou neurológicas da coluna vertebral (Johanning, 2011). Os
sintomas mais severos são a dor crónica, disfunção neurológica e perturbações nos movimentos,
sendo o sintoma mais comum a dor lombar (Johanning, 2011). São sentidos outros efeitos em
menor percentagem, ou não tão percetíveis à primeira vista que são menos frequentes e menos
evidentes e se encontram relacionados com os órgãos intestinais e sistema vascular (Johanning,
2011). Deverão ser tidos em conta também os problemas no pescoço-ombros, distúrbios
digestivos, circulatórios e efeitos auditivos e reprodutivos (Johanning, 2011).
Massimo Bovenzi desenvolveu várias pesquisas sobre os efeitos provenientes da exposição às
VCI (Vibrações de Corpo Inteiro), comprovando a relação entre a condução profissional na
indústria e o aumento do risco de dores lombares (Bovenzi, 2010) (Bovenzi, 2006). Uma revisão
realizada por Lage Burström demonstra igualmente que a exposição às vibrações de corpo inteiro
aumenta o risco de desenvolvimento de dores lombares (Burstrom, Nilsson, & Wahlstrom,
2014).
Ghuman Kuljit Singh conclui na sua revisão, que se associa aos operadores de indústrias
desconforto e lesões músculo esqueléticas devido à duração excessiva das operações (Singh G.
K., 2012). A revisão demonstrou também a possível degeneração da coluna vertebral (Singh G.
K., 2012) Neste estudo observou-se que o distúrbio mais registado é a dor lombar.
Relativamente a outros sintomas, o desenvolvimento de hérnias como consequência da
exposição a vibrações de corpo inteiro na condução de veículos em indústrias foi observado por
Bovenzi, e por Diane E. Gregory e Jack P. Callaghan (Gregory & Callaghan, 2011). Alguns
estudos (Li, Lamis, & Wilson, 2016) demonstraram que as VCI tinham impacto na capacidade
sensorial e também na capacidade de conseguir manter uma postura lombar correta. Concluiu-se
que algumas das soluções para esta situação passava por: isolar o condutor da vibração; permitir
períodos de descanso; alterar a frequência das vibrações e a duração da exposição. Stephan
Milosavljevic (Mani, Milosavljevic, & Sullivan, 2010), conclui que a exposição a VCI do
operador na posição sentado está relacionada com a perda de equilíbrio em pé, depois de rever
que três estudos (2 em campo e um em laboratório) encontraram essa evidência, enquanto outros
dois estudos em laboratório não encontraram tal relação.
2.3.2 Condicionantes das vibrações
Numa situação de exposição a vibrações de corpo inteiro, estão presentes outros fatores que
podem tornar a exposição excessiva, ou agravar de alguma forma os efeitos adversos. Podemos
ter presente diversos tipos de fatores que condicionam a exposição: fatores individuais, fatores
físicos ou fatores intrínsecos ao trabalho e que são da responsabilidade da empresa.
O comportamento adotado pelo condutor é importante, como por exemplo a postura e a
velocidade na condução. Bovenzi realizou uma análise multivariada, e apesar de não conseguir
afirmar que fatores como a postura e as vibrações sejam fatores dependentes, comprovou que
ambos aumentam os efeitos a longo prazo (Bovenzi, 2002).
As características individuais como a idade e o índice de massa corporal (IMC) são fatores com
peso nos resultados da exposição, tendo já sido alvo de estudo por Bovenzi (Bovenzi, 2006).
Contudo, Ivo J.H. Tiemessen demonstrou que o IMC não influencia o risco de dor lombar em
condutores profissionais já expostos a VCI (Noorloos, Tersteeg, Tiemessen, Hulshof, & Frings-
Dresen, 2008).
Os condutores dos empilhadores são muitas vezes forçados a fletir o tronco para os lados para
conseguir ter uma melhor perceção do que se passa à sua frente, nomeadamente das cargas e dos
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
12 Estado da Arte
espaços, e também a fletir o tronco para trás para poder executar a marcha atrás, apesar de os
veículos possuírem espelhos de auxilio (Fritz & Schafer, 2011). O estudo realizado por
(Okunribido, Magnusson, & Pope, 2008) refere também a influência da postura sentada e a
movimentação manual de materiais, sugerindo que hipoteticamente a combinação destes fatores
é a causa dos efeitos visíveis. O estudo realizado por Martin Fritz refere que se o risco tem de ser
avaliado pela ISO 2631-1 a influência da inclinação do tronco deve ser considerada pela
multiplicação de um fator de correção nesta mesma avaliação da exposição (Fritz & Schafer,
2011).
Algumas condicionantes físicas que podem ter impacto na intensidade da exposição é o tipo de
assento, o tipo de suspensão do assento e o tipo de pneus.
Relativamente ao assento, quando comparado o fixo e o móvel, este último apresenta uma maior
atenuação quando estamos perante apenas vibrações horizontais. Nas outras situações o assento
móvel torna-se apenas vantajoso em situações de velocidade elevada (Wijaya, Jonsson, &
Johansson, 2003). Em geral, o banco móvel é caracterizado como mais confortável, sendo menos
desconfortável na região lombar (Wijaya, Jonsson, & Johansson, 2003). O encosto do assento é
um fator também já estudado. Um assento sem suporte nas costas pode diminuir a transmissão
das vibrações verticais. Uma experiência desenvolvida no estudo de (M-Pranesh, Rakheja, &
Demont, 2010) apresentou a comparação entre um assento com suporte e outro sem suporte,
comprovando que num assento sem encosto há uma menor magnitude quando comparado com o
assento com encosto. O efeito da presença do suporte apresenta valores mais reduzidos para a
zona inferior do tórax e região lombar. Neste estudo (M-Pranesh, Rakheja, & Demont, 2010) foi
também testada a posição e o apoio das mãos, sendo que o apoio resultou numa maior amplitude
e a posição teve um efeito reduzido. Conclui-se neste estudo (M-Pranesh, Rakheja, & Demont,
2010) que é mais influente na magnitude das vibrações a presença de um encosto de costas,
seguido pela própria magnitude induzida, e depois pelo suporte de mãos. Quanto à comparação
entre assentos com suspensão de ar e com suspensão mecânica é possível afirmar a presença de
valores mais baixos no eixo dos z aquando da utilização dos assentos com suspensão de ar
(Blood, Ploger, & Johnsson, 2010).
Na análise do comportamento dos assentos com suspensão mecânica, ficou demonstrado ser
dependente do peso do condutor, sendo que apresenta um melhor desempenho para trabalhadores
mais leves (Blood, Ploger, & Johnsson, 2010). No assento com suspensão de ar não se verifica
esta dependência (Blood, Ploger, & Johnsson, 2010). De referir que o assento com suspensão
pneumática é por regra mais caro que o que possui suspensão mecânica (Blood, Ploger, &
Johnsson, 2010), havendo contudo necessidade de ponderar os custos associadas às lesões que
daí possam surgir.
Quanto ao uso do cinto como medida de prevenção, este não está associada à diminuição do
risco de dor lombar, não devendo ser utlizado como uma medida de controlo (Lariviere, 2008).
Os pneus dos veículos influenciam a magnitude da vibração. Os pneus sólidos permitem um
conforto maior quando comparados com os pneumáticos devido ao amortecimento que
proporcionam (Verschoore, Pieters, & Pollet, 2003), contudo, torna-se mais importante a
influência do assento.
As horas de exposição diária, a intensidade da exposição, a condução excessiva durante muitos
anos (Bovenzi, 2002), os períodos de descanso (Johanning, 2011) são condicionantes
importantes, sendo estes da responsabilidade da empresa. Relativamente a própria exposição, o
nível de conforto diminui com o aumento da amplitude (Singh, Nigam, & Saran, 2016). A carga
física muitas vezes alternada com a condução (Bovenzi, 2006) são tarefas bastante pesadas para
a musculatura das costas.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 13
2.3.3 Metodologias utilizadas na avaliação
Por forma a avaliar, caracterizar e classificar a exposição às vibrações, podem ser utilizadas
diferentes metodologias.
Relativamente a metodologias gerais de classificação de risco temos como exemplo a técnica k-
nearest neighbor (Li, Lamis, & Wilson, 2016) que é um sistema de classificação utilizado devido
à simplicidade e eficiência. Esta técnica foi aplicada num estudo que tinha por objetivo prever as
perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho. Este sistema de classificação
possibilita a combinação de variáveis, independentes com condições individuais e de trabalho.
A avaliação da exposição a vibrações pode ser feita através de diversos parâmetros. Um estudo
longitudinal (Bovenzi, 2010) em condutores demonstrou que quando na avaliação das vibrações
é utilizada este tipo de análise, parâmetros como VDVsum (Sum Vibration Dose Value) e VDVmax
(Maximum Vibration Dose Value) são melhores que parâmetros como A(8) que tem em conta o
tempo. Bovenzi conclui que parâmetros de avaliação da exposição à vibração derivada da
duração da exposição como o VDV são melhores “preditores” dos resultados que parâmetros
como o A(8) (Bovenzi, 2010). Alguns estudos utilizam o parâmetro SEAT que classifica a
performance do assento e o parâmetro Sed que pretende avaliar a saúde na coluna vertebral.
Alguns estudos apresentam mais que uma variável como avaliação da exposição em estudo. Os
resultados obtidos pelos diferentes métodos podem ser comparáveis tal como (Verschoore,
Pieters, & Pollet, 2003) testou no seu estudo. Contudo os valores obtidos a partir de diferentes
métodos podem nem sempre ser comparáveis.
Muitos estudos (Johanning, 2011) focam-se na avaliação dos efeitos adversos por transmissão
das vibrações pelo eixo vertical, z, contudo começa a tornar-se importante ter em conta os efeitos
nos três eixos de transmissão, x, y e z, tendo em conta o seu total, ou seja, a sua soma.
Os limites estabelecidos pela ISO 2361-1 podem não ser suficientes para realizar uma avaliação,
visto que apenas tem em conta o valor da aceleração, não tendo em conta fatores individuais e de
trabalho como seja a duração e intensidade da exposição, condições climatéricas, postura
corporal ou tarefas adicionais que necessitam de elevação ou flexão. É sentida a necessidade de
ter em conta um histórico do trabalhador, das tarefas já desempenhadas anteriormente e
principalmente dos postos de trabalho com exposição a vibrações.
Para além da avaliação numérica da exposição podemos ter presente outro tipo de avaliação que
poderá ser vista também como uma caracterização da população exposta. Esta avaliação passa
pela utilização de um questionário. O autor (Bovenzi, 2010) adotou um questionário
desenvolvido com o VINET (European Project Vibration Injury Network), para a avaliação da
população, sendo que inclui 4 secções: informação pessoal, histórico ocupacional, histórico
médico e outros sintomas.
Também (Noorloos, Tersteeg, Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2008) avaliou as dores
lombares através do questionário VIBRISKS WBV Questionnaire, sendo este dividido em 5
secções e 42 questões. A secção 1 é relativa a características pessoais, a secção 2 consistia no
questionário VINET e uma pesquisa de satisfação. A secção 3 e 4 eram relativas a queixas e
lesões musculosqueléticas, sendo que a secção 3 sobre LBP (Low Back Pain) nos últimos 7 e 12
meses através do questionário nórdico, e a secção 4 sobre queixas físicas. GWBQ (The Generic
Work Behavior Questionnaire) foi um questionário desenvolvido para avaliar sintomas gerais,
não específicos, incluindo sintomas emocionais, cognitivos, comportamentais, fisiológicos
(Griffiths, Cox, Karanika, & Tomás, 2006). Este questionário permite obter respostas sobre a
exaustão e a tensão a partir de 12 outros sintomas. O WOAQ (The Work and Organisation
Assessment Questionnaire) é um questionário que não avalia a parte psicológica.
São também realizados ensaios em laboratório por forma a testar diferentes fatores que não
sejam passíveis de avaliar em campo por algum motivo, ou pelo facto de tornar mais fácil utilizar
algum aparelho de medição (Lariviere, 2008). Alguns testes podem utilizar um banco com
vibrações induzidas artificialmente, ou uma plataforma com perturbação súbita (Lariviere, 2008).
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
14 Estado da Arte
Alguns testes em laboratório permitem avaliar a resposta da reflexão do músculo, utilizando por
exemplo a eletromiografia de modo a avaliar se a fadiga foi fruto da exposição a vibrações ou
não (Lariviere, 2008).
2.3.4 Estratégias de redução e medidas corretivas
Por forma a reduzir a exposição às vibrações é possível intervir em diferentes frentes, como
sejam: diretamente na duração da exposição; nas condições de trabalho associadas; no
comportamento e atitude do condutor; no próprio veículo ou no piso de circulação.
As estratégias ligadas diretamente ao veículo recaem sobre a suspensão dos assentos e sobre o
tipo de pneus. A bibliografia indica que assentos com suspensão de ar e os pneus pneumáticos
são a melhor opção, ajudando na atenuação das vibrações. Estudos realizados por ( Motmans R.,
2012) comprovam a eficácia do assento com suspensão de ar na redução da vibração quando
comparada com a suspensão mecânica.
No que diz respeito à ergonomia do assento, testes realizados por (Makhsous, Hendrix,
Crowther, Nam, & Lin, 2005) entre um assento convencional e um assento sem encosto,
resultaram em que este último demonstrou melhores resultados devido ao menor contacto entre o
trabalhador e o assento e que permite menor transmissão das vibrações, obtendo-se valores mais
baixos no eixo dos z. Relativamente ao ajuste do assento do empilhador é uma condicionante um
pouco incerta, sendo que alguns estudos demonstram que o ajuste ampliou a vibração
(Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007). Nos assentos mais antigos, mesmo quando
ajustados corretamente, não é possível esperar uma atenuação (34). De notar que a performance
do assento deve ser obtida em campo, testando diferentes condições, e não apenas em testes de
laboratório (Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007).
Apesar das várias estratégias e medidas corretivas o ideal será combinar o uso entre elas. Um
estudo realizado por ( Motmans R., 2012)) concluiu que melhorar a superfície do piso foi a
medida mais eficaz, seguindo-se o parâmetro velocidade e por fim o assento. Como medidas
combinadas, concluiu que melhorar o piso e reduzir a velocidade seria a combinação perfeita,
contudo a velocidade interfere na gestão do trabalho. Assim a melhor hipótese será alterar a
superfície do piso e a suspensão do assento ( Motmans R., 2012). Dado que as características do
empilhador e o desempenho na condução têm ambos influência na exposição às vibrações, seria
importante ter em conta medidas de redução que atuassem em ambos os aspetos. Numa revisão
sistemática levada a cabo por Ivo J. Tiemessen, constituída por 37 estudos, revela que apenas um
estudo apresenta uma estratégica de intervenção para reduzir as VCI, enquanto todos os outros
apenas apresentam fatores que têm efeito sobre a exposição às vibrações. Estes efeitos são
divididos em duas categorias: “design” e “competências e comportamento”. A segunda categoria
é menos dispendiosa, contudo é menos promissora que a primeira. Ambas as categorias devem
ser aplicadas de forma combinada. Foi constatada que a redução da velocidade de condução
reduzia a magnitude das vibrações. A velocidade de condução e a suspensão do assento
demonstraram ser os fatores estudados com mais significância.
A política da empresa perante a realidade e a necessidade da mudança é bastante importante. Um
estudo realizado por (Hulshof, Verbeek, Braam, & van Dijk, 2006) demonstrou a influência
desta condicionante em relação às VCI, atitude e comportamento dos condutores de
empilhadores, e uma tendência para um maior conhecimento dos profissionais de SST
(Segurança e Saúde no Trabalho). As medidas físicas como a redução da velocidade e alteração
do piso não demonstraram redução dos valores de exposição.
Um estudo (Tiemessen, Hulshof, & Frings-Dresen, 2007) utilizou o modelo ASE (Attitude,
Social influence and Self efficacy) que tinha como objetivo alterar a atitude, influência social e
auto eficácia, não só dos condutores, como de todos os trabalhadores. Este programa estima que
medidas como a alteração dos assentos e do piso tem um custo superior quando comparadas a
medidas de atitude e comportamento. O programa baseia-se na mudança ou tentativa de
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 15
mudança do comportamento, tornando assim que o efeito do programa de intervenção seja
permanente.
2.4. Conhecimento Técnico
2.4.1. Vibrações ocupacionais
Podemos dizer que um corpo está em vibração quando este descreve um movimento oscilatório
em torno de um ponto fixo. As vibrações ocupacionais, ou seja, no âmbito da segurança e saúde
no trabalho, são designadas como uma forma de energia mecânica que se transmite ao corpo
humano através dos pés, das nádegas ou de todo o corpo, de acordo com o sistema de
coordenadas quando se encontra em contacto com uma superfície, máquina ou veículo em
vibração, existindo um movimento oscilatório ou vibratório de um corpo sólido relativamente a
uma posição de referência (RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal,
2014). A vibração é caracterizada por vários parâmetros quantitativos entre os quais a
frequência.
Define-se como frequência o número de vezes em que o ciclo completo do movimento se repete
durante o período de um segundo, sendo medido em ciclos por segundo ou Hertz (Associação
Empresarial de Portugal, 2011).
A vibração é medida em metros por segundo ao quadrado e representa a aceleração do
movimento vibratório, isto é, a rapidez com que a velocidade muda de valor (Associação
Empresarial de Portugal, 2011)
O modelo vibratório é caracterizado pelo deslocamento ao longo do tempo, com a troca de
energia potencial por cinética e vice-versa, resultando esta alternância num movimento
oscilatório, inerente aos corpos dotados de massa e elasticidade.
O corpo humano possui uma vibração natural, e quando um sistema indutor de vibrações
coincide com a frequência natural do sistema induzido, ocorre o efeito de ressonância, que
resulta na amplificação do movimento, pelo somatório da intensidade da energia indutora e
induzida, resultando no máximo de energia cinética e mecânica do sistema.
A energia vibratória é absorvida pelo corpo, como consequência da atenuação promovida pelos
tecidos e órgãos. O corpo humano possui diferentes frequências de ressonância como se pode ver
na Figura 2.3 (Associação Empresarial de Portugal, 2011).
Figura 2.3 - Representação das diferentes frequências de ressonância sentidas no corpo humano.
A resposta às vibrações será distinta consoante a posição do corpo (sentado, de pé ou deitado)
sendo igualmente importante o ponto de aplicação da força vibratória.
Relativamente às frequências, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas frequências, e as
massas grandes às baixas frequências (Associação Empresarial de Portugal, 2011).
Entende-se por vibrações transmitidas ao corpo inteiro as “vibrações mecânicas transmitidas
ao corpo inteiro que implicam riscos para a saúde e a segurança dos trabalhadores, em especial
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
16 Estado da Arte
lombalgias e traumatismos da coluna vertebral” (Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Social, 2006).
Este tipo de vibrações é de baixa frequência e alta amplitude, situando-se na faixa de 1 a 80 Hz,
mais especificamente 1 a 20 Hz (Associação Empresarial de Portugal, 2011).
Estas vibrações devem ser medidas segundo os três eixos de referência (x, y e z) do sistema de
coordenadas ortogonal, sendo que no caso da posição sentado deve ser de acordo com o sistema
definido na Figura 2.4.
Figura 2.4 - Direção dos eixos basicêntricos do corpo inteiro na posição sentado (Associação Empresarial de
Portugal, 2011).
A exposição às vibrações tem alguns fatores condicionantes, tais como a operação a realizar, o
tipo de pavimento, os tipos de veículos, o tipo de condução e velocidade adotada pelo condutor.
Assim, é necessário realizar a identificação de algumas características associadas às operações:
- Características da máquina utilizada (marca, modelo, idade, pressão dos pneus, regime de
funcionamento);
- Operações que o equipamento se encontra a efetuar;
- Natureza do pavimento;
- Estado de conservação, posição e características do assento;
- Tipo de vibração (contínua, intermitente, impacto) a sua direção predominante e origem;
- Número de vezes que realiza a operação ou ciclo de trabalho por dia;
- Duração média diária da operação ou ciclo de trabalho.
2.4.2. Tipos de exposição
A medição das vibrações pode ser distinta dependendo do tipo de exposição em causa, podendo
tratar-se de operações de longa ou curta duração, sendo que a primeira pode incluir operações
estacionárias ou contínuas. As operações estacionárias consistem numa condução sem grandes
variações de velocidade, onde as medições podem recair sobre uma parte ou uma operação
completa, podendo abranger curtas interrupções devidas a paragens por exigências do trabalho.
As operações contínuas não estacionárias consistem em operações em que os níveis de vibração
mudam com o tempo, podendo-se agrupar períodos de vibração substancialmente diferentes que
sejam estatisticamente estacionários. Relativamente às operações de curta duração as quais
apresentam diferentes amplitudes de vibração, devem ser efetuadas medições para cada uma das
operações e o resultado obtém-se a partir da combinação das mesmas.
2.4.3. Efeitos da exposição às vibrações
As vibrações são agentes físicos nocivos para a saúde, sendo resultantes da utilização de
máquinas, equipamentos ou ferramentas. As vibrações mecânicas têm efeitos sobre a saúde e
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 17
segurança dos trabalhadores, podendo resultar em perturbações musculosqueléticas, neurológicas
ou vasculares.
É possível enumerar os principais e mais danosos efeitos registados (Associação Empresarial de
Portugal, 2011):
- Perda do equilíbrio e lentidão de reflexos;
- Manifestação de alteração no sistema cardíaco, com aumento da frequência de ritmo
cardíaco;
- Efeitos psicológicos (exemplo: falta de concentração);
- Distúrbios visuais (exemplo: visão turva);
- Efeitos no Sistema gastrointestinal, com sintomas de enjoo, gastrites e ulcerações;
- Comprometimento, inclusive permanente, de determinados órgãos do corpo;
- Degeneração gradativa do tecido muscular e nervoso, especialmente os submetidos a
vibrações localizadas.
Para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro são registadas patologias na região
lombar e lesões na coluna vertebral (Associação Empresarial de Portugal, 2011). As vibrações de
longa duração e elevada amplitude sobre o corpo têm vindo a ser relacionadas com o aumento do
risco de saúde da coluna dorsal e do sistema nervoso dos segmentos afetados, devido ao
comportamento biodinâmico da coluna, isto é, deslocamento horizontal e torção dos segmentos
da coluna vertebral. Este pode contribuir para processos degenerativos nos segmentos lombares,
bem como agravar distúrbios patológicos endógenos da coluna vertebral. São também
conhecidos efeitos sobre o sistema digestivo, o sistema genital/urinário e os órgãos reprodutores
femininos. De notar que os efeitos na saúde demoram a processar, sendo importante que as
medidas da exposição sejam representativas de todo o período de exposição (Instituto Português
da Qualidade, 2007)
As consequências das vibrações no corpo humano dependem essencialmente do ponto de
aplicação no corpo, da frequência e aceleração das oscilações, da duração da ação e da
frequência própria e ressonância (Associação Empresarial de Portugal, 2011). No caso das VCI,
na condução de veículos, a exposição e consequentes efeitos depende também da condução
adotada pelo trabalhador.
2.4.4. Medidas preventivas
Os riscos associados à exposição dos trabalhadores a vibrações mecânicas devem ser eliminados
ou reduzidos. No caso de o VAE (Valor de Ação de Exposição) ser ultrapassado devem ser
aplicadas medidas técnicas e organizacionais de modo a reduzir ao mínimo a exposição
(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006). As medidas técnicas têm por objetivo
diminuir a intensidade de vibração transmitida ao corpo humano, atuando na origem da vibração
ou na sua transmissão até ao corpo (Associação Empresarial de Portugal, 2011). As medidas
organizacionais têm por objetivo a diminuição do tempo diário de exposição às vibrações,
inserindo pausas no trabalho e rotação dos postos de trabalho. De uma forma geral podem ser
aplicadas medidas técnicas e organizacionais, tais como:
- Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações mecânicas;
- Escolha de equipamentos de trabalho adequados, ergonomicamente bem concebidos e que
produzam o mínimo de vibrações possível;
- Instalação de equipamento auxiliar que reduza o risco de lesões provocadas pelas vibrações,
nomeadamente assentos ou punhos que reduzam as vibrações transmitidas ao corpo inteiro
ou ao sistema mão-braço, respetivamente;
- Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de trabalho e das
instalações nestes existentes;
- Conceção, disposição e organização dos locais e postos de trabalho;
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
18 Estado da Arte
- Informação e formação adequada dos trabalhadores para a utilização correta e segura do
equipamento com o objetivo de reduzir ao mínimo a sua exposição a vibrações mecânicas;
- Limitação da duração e da intensidade da exposição;
- Horários de trabalho adequados, incluindo períodos de descanso apropriados;
- Fornecimento aos trabalhadores expostos de vestuário apropriado para a proteção do frio e
da humidade;
- Utilização de EPI’s (luvas, cinturões e botas).
De uma forma resumida e simples, as medidas possíveis de aplicar ao caso concreto em estudo
são (Associação Empresarial de Portugal, 2011):
- Manter o empilhador em bom estado de conservação;
- Verificar periodicamente a pressão dos pneus;
- Manter o pavimento em bom estado de conservação;
- Promover a rotatividade dos trabalhadores.
Para além destas medidas deve estar presente a vigilância da saúde através de exames médicos e
deve existir formação e informação acerca da exposição às vibrações e respetivas medidas de
proteção.
No caso de o VLE (Valor Limite de Exposição) ser ultrapassado o empregador deve agir por
forma a:
- Tomar medidas imediatas que reduzam a exposição de modo a não exceder os VLE;
- Identificar as causas da ultrapassagem do valor limite;
- Corrigir as medidas de proteção e prevenção de modo a evitar a ocorrência de situações
idênticas.
De uma forma mais clara e mais prática de perceber a forma de atuar, temos presente na tabela
2.6 algumas medidas a tomar perante cada risco.
Figura 2.5 - Medidas gerais perante alguns riscos na circulação de empilhadores.
Circulação de
empilhadores nas áreas de
trabalho e circulação de
pessoas
Atropelamento Separar/delimitar as áreas de trabalho e de
circulação.
Queda de materiais
Utilizar equipamento correto para
armazenagem dos materiais.
Verificar periodicamente as condições de
segurança dos empilhadores;
Ministrar formação aos manobradores.
Capotamento do empilhador
Promover formação para a condução segura do
empilhador;
Proibir a condução do empilhador por
trabalhadores não habilitados;
Estabelecer uma velocidade máxima permitida.
Exposição a vibrações
Manter o empilhador em bom estado de
conservação;
Verificar periodicamente a pressão dos pneus;
Manter o pavimento em bom estado de
conservação;
Promover a rotatividade dos trabalhadores.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 19
3. OBJETIVOS, MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Objetivos da Dissertação
O objetivo proposto nesta dissertação é avaliar a exposição às vibrações nas operações de
condução de empilhadores. São alvo de análise os postos de trabalho com as tarefas de transporte
de matérias-primas, de embalagens, de produto acabado e de resíduos, com o auxílio dos
empilhadores.
Como objetivos específicos definiram-se:
- Aplicação do Inquérito Nórdico aos postos de trabalho em estudo; 44
- Monitorização da exposição às vibrações de corpo inteiro e posterior análise de acordo com a
legislação, segundo o cálculo do parâmetro A(8) e comparação do valor obtido com o VAE e
o VLE;
- Avaliação do parâmetro SEAT e Sed;
- Avaliação do conforto.
3.2. Materiais e Métodos
O presente estudo compreenderá a avaliação do risco de exposição às vibrações nos postos de
trabalho com a presença da condução de empilhadores.
O estudo inicia-se com o preenchimento do inquérito Nórdico com o intuito de comparar as
respostas obtidas com os valores obtidos na monitorização, de modo a comprovar a existência de
concordância entre ambos.
A avaliação compreende a monitorização das vibrações de corpo inteiro nos diferentes
trabalhadores e empilhadores que realizam as tarefas, sendo que os valores obtidos serão alvo de
avaliação segundo a legislação.
A análise compreenderá também a avaliação do posto de trabalho com base no parâmetro SEAT,
no parâmetro Sed e ainda a avaliação do conforto. O parâmetro SEAT, Seat Effective Amplitude
Transmissibility permite avaliar o comportamento dinâmico do assento, estudando a
transmissibilidade da vibração. O parâmetro Sed corresponde à dose equivalente de compressão
na coluna.
Durante a monitorização serão tidas em conta as características relativas ao trabalhador, ao local,
ao empilhador, à tarefa em si e à condução adotada. Estas características serão o suporte na
compreensão dos resultados obtidos na monitorização. Podem, por exemplo, permitir concluir
sobre a postura adotada na condução, levando a concluir se agrava ou não a exposição às
vibrações.
Deste modo, de acordo com as exigências em cada etapa, são descritos nos pontos seguintes, os
diferentes materiais ou métodos utilizados como suporte. Assim estão incluídas as metodologias
adotadas na caracterização do contexto, o inquérito Nórdico a aplicar, a metodologia de
avaliação da exposição às vibrações de VCI bem como o procedimento para obter o parâmetro
SEAT e Sed.
3.2.1. Metodologias de caracterização do contexto da monitorização
A exposição a vibrações do sistema corpo inteiro depende de algumas características associadas
à operação e pode depender também das características do operador. Assim, previamente à
realização da monitorização das vibrações, é necessário ter em conta algumas características
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
20 Objetivos Materiais e Métodos
relativas aos trabalhadores, à exposição, ao veículo, ao assento do veículo e ao pavimento
(Associação Empresarial de Portugal, 2011) (Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social,
2006).
Quanto às características dos trabalhadores é necessário ter em conta:
Género;
Idade;
Peso;
Altura;
Histórico profissional;
Histórico na empresa;
Experiência na tarefa.
Para determinar o “perfil de exposição” é necessário tomar conhecimento dos seguintes pontos:
Duração média diária de operação;
Tempo de exposição às vibrações;
Tempo no posto de trabalho atual.
Para caracterizar o veículo em avaliação é necessário ter em conta:
Marca;
Modelo;
Nº de série;
Tipo de alimentação;
Ano de fabrico;
Ano ao serviço da empresa;
Data da última manutenção;
Estado de conservação do veículo;
Estado de conservação do assento;
Tipo de pneu;
Tipo de suspensão do assento.
Durante a monitorização é fundamental registar as operações realizadas, as paragens, se
transporta carga ou não, o local de medição, postura e velocidade adotadas na condução e tipo de
pavimento.
Os resultados obtidos dependem dessas características de modo que toda esta informação
registada irá permitir compreender e auxiliar na interpretação dos valores obtidos.
Todas as características necessárias a ter em conta, relativamente ao trabalhador, ao perfil de
exposição, ao veículo em análise e à tarefa fazem parte da “Folha de Campo – Monitorização de
Vibrações”, criada para esta finalidade e presente no Anexo I.
3.2.2. Instrumentos de Análise
3.2.2.1. INQUÉRITO NÓRDICO MUSCULO-ESQULÉTICO
O Nordic Musculoskeletal Questionnaire, desenvolvido pelo autor I. Kuorinka, em 1987, sobre a
prevalência de lesões musculosqueléticas, foi criado com o intuito de analisar os sintomas
musculosqueléticos na ergonomia ocupacional. O autor desenvolveu três versões distintas do
questionário, sendo uma geral abrangendo todas as áreas anatómicas, e outras duas, uma
especifica para a região lombar e a outra direcionada para o pescoço e ombros.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 21
No presente estudo é utilizada uma versão adaptada deste inquérito, tendo sido utilizado o
inquérito geral, que compreende todas as áreas anatómicas.
O questionário apresenta uma primeira parte com algumas questões fechadas de carácter
demográfico (género, idade, peso, altura), ocupacional (tempo na atividade atual, atividades
anteriores, média de horas semanais trabalhadas) e sobre o estilo de vida (atividade física ou
hobbies). A segunda parte é constituída por questões, que avaliam problemas de prevalência de
dor, fadiga e desconforto nas diferentes regiões anatómicas, sentidas nos últimos 12 meses e nos
últimos 7 dias, sendo estas variáveis dicotómicas com respostas sim (esquerdo, direito ou ambos)
ou não. O instrumento em uso permite avaliar a severidade da dor, fadiga ou desconforto numa
escala de 1 a 4, sendo 1 considerado “dor leve”, 2 “dor moderada”, 3 “dor intensa” e 4 “dor
insuportável”.
3.2.3. Metodologia de avaliação da exposição a vibrações
Segundo o descrito no n. º 2 do Anexo II do Decreto-Lei nº46/2006, de 24 de fevereiro: “A
vibração que é transmitida ao corpo deve ser medida entre o corpo e a superfície de apoio. O
transdutor de vibração deve ser triaxial na interface entre o corpo e a fonte da vibração”
(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2006).
A norma NP ISO 2361-01:2007 considera três áreas principais para pessoas sentadas: a
superfície de suporte do assento, as costas do assento e a superfície de assentamento dos pés
(Instituto Português da Qualidade, 2007). As medições na superfície de suporte do assento
deverão ser feitas por baixo das tuberosidades isquiais. As medições nas costas do assento
deverão ser feitas na área principal de apoio do corpo. As medições nos pés deverão ser feitas na
superfície onde estes assentam mais vezes.
Segundo a mesma norma, “A vibração que é transmitida ao corpo deve ser medida na superfície
entre o corpo e essa superfície”.
3.2.3.1. EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO
O sistema de medição de vibração deve cumprir as especificações definidas na norma EN ISO
804:2005: Human response to vibration - Measuring instrumentation. Para um ensaio sobre o
sistema de corpo inteiro é necessário um analisador de vibrações, um termómetro, cronómetro,
acelerómetro triaxial corpo inteiro e fita adesiva adequada para fixação do acelerómetro. No
presente estudo não foi utilizado o termómetro. Por forma a conseguir coincidir as horas das
observações realizadas com as horas de monitorização da exposição foi utilizado um relógio. O
sistema de medição, o calibrador, o termómetro e o cronómetro, devem estar calibrados por uma
entidade competente. (RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, 2014)
O sistema de medição de vibrações utilizado neste estudo é calibrado pelo Instituto de Soldadura
e Qualidade.
Na mesma linha de atuação, deve ainda ser cumprido o presente no nº3 e 4 do art. n.º4 do
Decreto-Lei nº46/2006:
“Os sistemas de medição dos níveis de vibrações mecânicas a que os trabalhadores se
encontram expostos devem ser apropriados, cumprir os requisitos de normalização em vigor e
ser calibrados anualmente”
“A avaliação e a medição dos níveis de vibrações mecânicas devem ser programadas e
efetuadas a intervalos regulares e apropriados, tendo em conta a amplitude e a duração das
vibrações a que o trabalhador se encontra exposto, sendo os dados delas resultantes
conservados para posterior consulta”
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
22 Objetivos Materiais e Métodos
O presente estudo compreende a avaliação da exposição às vibrações com a utilização do
equipamento SVANTEK, modelo SV 106. O acelerómetro utilizado foi o modelo SVANTEK
SV38. Estes equipamentos são representados na Figura 3.1.
Figura 3.1- Equipamento SVANTEK, modelo SV 106 e acelerómetro SVANTEK SV38
3.2.3.2. DURAÇÃO DAS MEDIÇÕES
Relativamente à duração da medição, é referido no n.º 2 do Anexo II do Decreto-Lei nº46/2006,
de 24 de fevereiro, que esta “deve ser suficiente para garantir uma razoável exatidão estatística
e assegurar que a vibração medida é representativa da exposição avaliada”. A duração da
exposição deve ser mencionada junto com a avaliação.
No caso de a exposição completa consistir em vários períodos de diferentes características, pode
ser realizada uma análise separada de cada um deles (Instituto Português da Qualidade, 2007)
Perante o objetivo de caracterização das VCI do presente estudo, verifica-se a necessidade de
realizar monitorizações, isto é, medições de longa duração em cada posto de trabalho. Estas
medições terão uma duração representativa da tarefa em avaliação desempenhada no posto de
trabalho, sendo que por norma serão de 1 a 2 horas, por forma a obter valores representativos das
grandezas em avaliação. Para realizar a avaliação da exposição às VCI é necessário o cálculo de
diferentes parâmetros (A(8), SEAT, Sed), tornando-se fundamental realizar pelo menos três
medições, para possibilitar uma boa rastreabilidade dos dados recolhidos.
3.2.3.3. SOFTWARE PARA TRATAMENTO DE DADOS
O software utilizado para o tratamento dos dados recolhidos na monitorização da exposição às
vibrações de corpo inteiro foi o SVANPC++, versão 2.28 da SVANTEK.
3.2.3.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO PESSOAL DIÁRIA ÀS VCI
Numa situação de posição sentada, a exposição às VCI pode ser avaliada com base na
aceleração, através do parâmetro r.m.s. (Root Mean Square) obtida na interface entre o corpo e o
assento.
A avaliação das vibrações será realizada com base no cálculo da exposição pessoal diária, para
um período de oito horas, expressa como aceleração contínua equivalente.
𝐴(8) = 𝑘𝑎𝑤√𝑇
𝑇0
Onde:
𝑎𝑤 é a aceleração eficaz ponderada, em metros por segundo quadrado;
T é a duração diária total da exposição às vibrações;
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 23
𝑇0 é a duração de referência de oito horas (28 800 segundos);
k é o fator multiplicativo.
A aceleração eficaz ponderada é determinada separadamente para cada um dos três eixos do
sistema de coordenadas. A amplitude, ponderada em frequência, determina-se de acordo com a
expressão:
𝑎𝑤 = √∑ 𝑎𝑤𝑗
2 𝑡𝑗𝑁𝑗=1
𝑇
Onde:
𝑎𝑤𝑗, é a amplitude da aceleração na medição j
t, é a duração da dita medição
T, é a duração total das medições, ou seja, a soma dos t.
As ponderações em frequência devem ser aplicadas a pessoas sentadas com os fatores
multiplicativos de Wd, k=1,4 para o eixo x e y, e Wk, k=1 para o eixo z, onde “Wd” é a
ponderação em frequência característica para vibrações transmitidas aos eixos x e y e “Wk” é a
ponderação em frequência característica para vibrações transmitidas ao eixo dos z.
A avaliação da vibração deve ser feita em relação à aceleração, ponderada em frequência, mais
elevada, determinada segundo os três eixos, de acordo com a expressão (Ministério do Trabalho
e da Solidariedade Social, 2006):
𝑎𝑤 = 𝑚𝑎𝑥⌊1,4𝑎𝑤𝑥1,4𝑎𝑤𝑦, 𝑎𝑤𝑧⌋
Após o cálculo dos valores de exposição dos trabalhadores às vibrações, estes são analisados:
- Por comparação com os valores definidos para VLE e VAE pela legislação para verificação do
cumprimento legal;
-Segundo o método de análise e avaliação da empresa que engloba uma classificação do nível de
risco apresentadas na Tabela 3.1;
-Por comparação com os valores definidos na NP ISO 2631, baseado num critério de conforto do
posto de trabalho;
Tabela 3.1 - Classificação dos níveis de riscos relativos à exposição a vibrações com base no metodo de análise e
avaliação da CIN.
Intervalo de valor registado Classificação do Nível de Risco
VI < 0,35 Trivial
0,35≤ VI <0,5 Aceitável
0,50 ≤ VI <0,65 Moderado
0,65 ≤ VI <1,15 Importante
VI ≥ 1,15 Inaceitável
3.2.4. Avaliação do parâmetro SEAT
O parâmetro SEAT é um dos métodos utilizados para a determinação da transmissibilidade das
vibrações através do assento, avaliando assim o isolamento do banco à transmissão das vibrações
ao trabalhador. O parâmetro SEAT é obtido pela expressão:
𝑆𝐸𝐴𝑇 =𝑎𝑤𝑧 𝑎𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑎𝑤𝑧 𝑝𝑖𝑠𝑜× 100
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
24 Objetivos Materiais e Métodos
Um SEAT de 100% identifica uma situação em que não existe um agravamento ou desconforto
devido ao assento em análise, ou seja, não se verifica o amortecimento nem ampliação da
vibração. Um SEAT inferior a 100% indica que existe isolamento por parte do assento, enquanto
um SEAT superior a 100% revela que o assento agrava a transmissão da vibração.
3.2.5. Avaliação do parâmetro Sed
O parâmetro Sed é uma forma de avaliação dos efeitos na saúde de pessoas expostas a VCI
durante muito tempo. Esta avaliação é feita de acordo com a ISO 2361:5 (ISO 2361-5, 2004)
sendo esta direcionada para a exposição humana a múltiplos impactos mecânicos medidos no
assento quando a pessoa está sentada. Tem como aplicação o estudo dos efeitos na coluna
lombar.
Na avaliação deste parâmetro assume-se que o trabalhador em avaliação está sentado mantendo
uma postura reta, e não se levantando voluntariamente durante a exposição. Esta avaliação em
questão pode ser dada pelo fator R. O cálculo deste fator tem em consideração o avanço da idade
e a diminuição da força, com o tempo de exposição, calculando-se através da seguinte expressão:
𝑅 = [∑ (𝑆𝑒𝑑𝑁1/6
𝑆𝑢𝑖 − 𝑐)
6𝑛
𝑖=1
]
1/6
Onde,
Sed é a compressão estática equivalente na coluna;
N é o número de dias de exposição por ano;
i é o contador de anos;
n é o número de anos de exposição;
C é uma constante que representa a tensão estática em função da força gravitacional e, para
posturas de condutores assume um valor de 0,25 MPa.
𝑆𝑢𝑖 é a tensão de compressão lombar de uma pessoa com idade de (b+i) anos e é dada pela
expressão:
𝑆𝑢𝑖=6,75-0,066 (b+i)
Onde,
b é a idade na qual a exposição começa, em anos.
Como resultado da aplicação do cálculo
- Se o R for inferior a 0,8 a probabilidade de efeitos negativos na saúde é baixa;
- Se o R for superior a 1,2 a probabilidade de efeitos negativos é alta.
A dose de aceleração (𝐷𝑘 ) é calculada segundo a expressão que se segue, tendo em conta o
máximo dos picos para cada eixo x, y e z, sendo o resultado obtido em metros por segundo
quadrados.
𝐷𝑘 = [∑ 𝐴𝑖𝑘6
𝑖
]
16⁄
Onde,
𝐴𝑖𝑘 é o pico da aceleração;
K corresponde a x, y ou z conforme o eixo de medição.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 25
Por forma a calcular a dose relativa a um turno laboral, ou seja, referente a oito horas de
trabalho, é necessário calcular a dose diária média (𝐷𝑘𝑑) em metros por segundo quadrado,
através da expressão:
𝐷𝑘𝑑 = 𝐷𝑘 [𝑡𝑑
𝑡𝑚𝑗]
16⁄
Onde:
𝑡𝑑 é a duração de exposição diária;
𝑡𝑚 é o período durante o qual a dose de aceleração foi medida.
No caso de a exposição diária a vibrações ser composta por dois ou mais períodos (n) que
apresentem magnitudes distintas, a dose de aceleração é calculada através da expressão que se
segue, em metros por segundo quadrados.
𝐷𝑘𝑑 = [∑ 𝐷𝑘𝑗6
𝑡𝑑𝑗
𝑡𝑚𝑗
𝑛
𝑗=1
]
16⁄
Onde,
𝑡𝑑𝑗 é a duração da exposição diária para a condição j;
𝑡𝑚𝑗 é o periodo durante o qual a dose de aceleração foi medida.
É possível estabelecer uma relação linear entre a tensão de compressão devida aos choques e a
resposta do pico de aceleração na coluna vertebral. Esta mesma relação traduz-se na compressão
estática equivalente diária na coluna (Sed) através da expressão em baixo descrita, em MPa.
𝑆𝑒𝑑 = [ ∑ (𝑚𝑘𝐷𝑘𝑑)6
𝑘=𝑥,𝑦 𝑒 𝑧
]
16⁄
Onde,
𝐷𝑘𝑑 é a dose de aceleração diária;𝑚𝑘 assume valores recomendados: mx = 0,015 MPa (m.s-2
), my
= 0,035 MPa (m.s-2
) e mz = 0,032 MPa (m.s-2
).
Se o valor Sed for inferior a 0,5MPa a probabilidade de efeitos negativos na saúde é baixa, se for
superior a 0,8 MPa a probabilidade é alta.
3.2.6. Avaliação do conforto
As ponderações em frequência utilizadas para a previsão dos efeitos da vibração no conforto,
segundo a NP 2631-01, são Wc, Wd, We, Wj e Wk. As ponderações devem ser aplicadas com os
fatores multiplicativos:
Eixo x (vibração da superfície do assento): Wd, k=1
Eixo y (vibração da superfície do assento): Wd, k=1
Eixo z (vibração da superfície do assento): Wk, k=1
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26 Objetivos Materiais e Métodos
Para cada ponto de medição o valor total da vibração no ponto deve ser calculado através da raiz
da soma dos quadrados:
𝑎𝑣 = (𝑘𝑥2𝑎𝑤𝑥
2 + 𝑘𝑦2𝑎𝑤𝑦
2 + 𝑘𝑧2𝑎𝑤𝑧
2 )1
2⁄
Os valores aceitáveis de amplitudes de vibração relativos ao conforto dependem de muitos
fatores que variam caso a caso, como consequência, não são definidos limites pela NP ISO 2631-
01. Assim, os valores apresentados na Tabela 3.2, pretendem dar indicações aproximadas de
reações prováveis a variadas amplitudes em transportes públicos.
Tabela 3.2 - Valores relativos à amplitude de vibração no que diz respeito ao conforto
Condição Avaliação do conforto
Inferior a 0,315 m.s-2 Não é desconfortável.
Entre 0,34 m.s-2 a 0,63 m.s-2 Um pouco desconfortável.
Entre 0,5 m.s-2 a 1 m.s-2 Razoavelmente desconfortável.
Entre 1,25 m.s-2 a 2,5 m.s-2 Muito desconfortável.
Superior a 2 m.s-2 Extremamente desconfortável.
Pela NP ISO 2631-01, é salientado que as reações relativas às amplitudes dependem da
suscetibilidade dos passageiros, da duração da viagem, do tipo de atividade durante a viagem. No
caso em estudo é possível adaptar estes fatores para a suscetibilidade do trabalhador, a duração
da tarefa com recurso ao empilhador, da postura adotada pelo condutor.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
PARTE 2
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 29
4. RESULTADOS
4.1. Resultados da aplicação do Inquérito Nórdico
4.1.1. Dados demográficos
Na aplicação do inquérito Nórdico adaptado foram contemplados 14 (n) trabalhadores que na sua
atividade atual têm a necessidade de utilizar o empilhador. A amostra de trabalhadores que
participou na aplicação do inquérito nórdico é 92,9% do sexo masculino, sendo que apenas um
inquirido é do sexo feminino, tal como é possível analisar na
Tabela 4.2. Quanto ao parâmetro idade, o maior número de trabalhadores situa-se entre a faixa
etária dos [46-50] anos, sendo de seguida as faixas etárias com mais trabalhadores as dos [31-
35], [51-55] e [61-65]. A idade mínima registada foi de 22 anos e a idade máxima 64 anos,
conforme a Tabela 4.1. O IMC calculado com base na altura e peso dos trabalhadores apresenta
uma média de 24,2, conforme se apresenta na
Tabela 4.3.
Tabela 4.1 - Percentagem de cada faixa etária dos
trabalhadores.
Idade n %
[18-20] 0 0
[21-25] 1 7,1
[26-30] 1 7,1
[31-35] 2 14,3
[36-40] 1 7,1
[41-45] 1 7,1
[46-50] 3 21,4
[51-55] 2 14,3
[56-60] 1 7,1
[61-65] 2 14,3
Idade
Mínimo 22
Máximo 64
Média 42
Tabela 4.2 - Percentagem de trabalhadores do género
masculino e do género feminino.
Género n %
Masculino 13 92,9
Feminino 1 7,1
Tabela 4.3 - Valor de IMC máximo, mínimo e médio.
IMC Valor
Máximo 21,1
Mínimo 30,7
Médio 24,2
A maior parte dos trabalhadores que utilizam o empilhador para realizar a sua tarefa encontram-
se há mais de 4 anos na atividade atual, tal como permite concluir a Tabela 4.4. A Tabela 4.5 é
relativa aos trabalhadores que estiveram expostos a VCI em atividades anteriores, isto é, outro
posto de trabalho, ou outro emprego, tendo sido obtida uma percentagem de 21,4%. Quanto aos
anos totais de exposição às VCI, a estatística é apresentada na tabela 4.7. Observa-se que cerca
de 35,7% dos trabalhadores encontram-se expostos às VCI há pelo menos 2 anos.
Tabela 4.4 - Tempo na atividade atual dos trabalhadores abrangidos com o inquérito Nórdico.
Tempo na atividade atual [anos] N %
[1 ou menos] 1 7,1
[2-3] 1 7,1
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
30 Resultados
[4-5] 4 28,6
[6-10] 4 28,6
[11-15] 0 0,0
[16 ou mais] 3 21,4
Tabela 4.5 - Percentagem de trabalhadores que anteriormente possuíram atividades com exposição a VCI.
Atividades anteriores relacionados
com exposição a VCI n %
Sim 3 21,4
Não 11 78,6
Tabela 4.6 - Número de trabalhadores expostos a VCI por número de anos.
Anos de exposição às VCI n %
[0-1] 0 0
[2-5] 5 35,7
[6-10] 4 28,6
[10-20] 1 7,1
>20 4 28,6
O facto de o trabalhador praticar alguma atividade física ou possuir algum hobbie que exija
esforço físico, torna-se fundamental para incluir no estudo, por forma a tentar encontrar alguma
relação com a prevalência de sintomas musculosqueléticos. Os resultados obtidos estão presentes
na Tabela 4.7 e na Tabela 4.8. Curiosamente, a percentagem de trabalhadores que praticam
atividade física e que possuem um hobbie com esforço físico são iguais, sendo que 78,6% não
pratica qualquer atividade física e a mesma percentagem não possui nenhum hobbie que obrigue
a um esforço físico.
Tabela 4.7 - Percentagem de trabalhadores que praticam atividade física.
Pratica atividade física n %
Sim 3 21,4%
Não 11 78,6%
Tabela 4.8 - Percentagem de trabalhadores que possuem um hobbie que exija esforço físico.
Possui hobbie que exija esforço físico n %
Sim 3 21,4%
Não 11 78,6%
Na recolha de dados demográficos foi incluída a questão relacionada com a consulta do médico
de família nos últimos 12 meses bem como a consulta do médico do trabalho. Tal como indica a
Tabela 4.9, a consulta do médico do trabalho apresentou 100% de presença, sendo que este
aspeto tem cumprimento periódico, dado ser um serviço prestado aos trabalhadores pela própria
empresa. Relativamente à consulta do médico de família, observa-se uma percentagem de 64,3%
dos trabalhadores que tiveram este tipo de consulta nos últimos 12 meses.
Tabela 4.9- Percentagem de trabalhadores que consultou o médico de família nos últimos 12 meses.
Consultou o médico de família nos últimos
12 meses n %
Sim 9 64,3%
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 31
Não 5 35,7%
Quanto ao aspeto de padecer de alguma doença, os resultados obtidos são apresentados na
Tabela 4.10, sendo observado em 57% dos trabalhadores o facto de apresentarem pelo menos
uma doença no seu diagnóstico. A doença que apresenta uma maior percentagem é a hipertensão,
seguida da hérnia discal e tendinite.
Tabela 4.10 - Percentagem de trabalhadores diagnosticados com pelo menos uma doença.
Sofre alguma doença n %
Sim 8 57,1%
Não 6 42,9%
Tipo de doença n %
Hérnia 3 21,4
Hipertensão 4 28,6
Tendinite 2 14,3
Gastrite 1 7,1
Varizes 1 7,1
4.1.2. Prevalência de lesões musculosqueléticas
No Inquérito Nórdico aplicado foram incluídas questões direcionadas a diferentes regiões do
corpo humano, relativas à prevalência de lesões musculosqueléticas nos últimos 12 meses, bem
como nos últimos 7 dias. É apresentado no gráfico da Figura 4.1 a percentagem de trabalhadores
que responderam sentir dor, fadiga ou desconforto nas diferentes regiões do corpo nos últimos 12
meses e nos últimos 7 dias. Analisando o gráfico podemos verificar que a maior percentagem de
prevalência nos últimos 12 meses recai sobre a região lombar (85,7%), seguida da região
torácica (71,4%) e ombros (71,4%). Com uma percentagem também elevada apresenta-se a
região do pescoço com 57,1 %. Quanto aos últimos 7 dias as regiões que apresentam uma maior
prevalência de dor, fadiga ou desconforto são os ombros (57,10 %), a região lombar (57,10), o
pescoço (50%) e a região torácica (42,9%).
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
32 Resultados
Figura 4.1- Percentagem de prevalência de 12 meses e 7 dias por região do corpo.
A intensidade do estado de dor, fadiga ou desconforto sentida nos últimos 12 meses foi
classificada segundo uma escala de intensidade enunciada no capítulo 3.2.2.1. No gráfico da
Figura 4.2 é possível verificar que este apresenta uma grande percentagem de trabalhadores que
sentiram perturbações na região torácica e região lombar com uma intensidade de dor
insuportável, de 50% e 64,3% respetivamente. Mais de 20% dos trabalhadores classifica a
intensidade da dor sentida nos ombros, pescoço, tornozelos e pés, nos últimos 12 meses, como
moderada.
Figura 4.2 - Classificação da intensidade da dor.
No gráfico da Figura 4.3 é apresentada a percentagem de trabalhadores que teve a necessidade de
evitar realizar algum trabalho doméstico ou atividade externa devido à prevalência de
perturbações nas diferentes regiões do corpo. Podemos verificar que a região lombar, região
57,1
50
71,4
57,1
21,4
7,1
50
21,4
71,4
42,9
85,7
57,1
28,6
7,1
42,9
28,6
42,9
35,7
14,3
7,1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Prevalência 12meses
Prevalência 7 dias
Pes
coço
Om
bro
sC
oto
vel
os
Pu
nh
os/
Mão
sR
egiã
oto
ráci
caR
egiã
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arA
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s/C
oxa
sJo
elh
os
Torn
oze
los/
Pés
Reg
ião
per
na
infe
rio
r
Percentagem de trablhadores (%)
0 10 20 30 40 50 60 70
Pescoço
Ombros
Cotovelos
Punhos/Mãos
Região torácica
Região Lombar
Ancas/Coxas
Joelhos
Tornozelos/Pés
Região perna inferior
Percentagem de trabalhadores (%)
Re
gião
do
co
rop
o
Leve
Moderada
Intensa
Insuportável
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 33
torácica, pescoço e joelho, são as zonas do corpo que mais influenciam o desempenho normal de
tarefas externas ao trabalho.
Figura 4.3 - Percentagem de trabalhadores que evitaram realizar tarefas normais devido à prevalência de lesões
musculosqueléticas nas várias regiões do corpo.
0 10 20 30 40 50 60
Pescoço
Cotovelos
Região torácica
Ancas/Coxas
Tornozelos/Pés
Percentagem de trabalhadores (%)
Re
gião
do
co
rpo
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
34 Resultados
4.2. Resultados da monitorização de vibrações
4.2.1. Caracterização dos trabalhadores e empilhadores
Os trabalhadores incluídos no estudo da monitorização das vibrações foram caracterizados
segundo o setor em que operam, o tipo de carga que transportam com o auxílio do empilhador,
bem como do tipo de piso no qual efetuam o seu percurso e a respetiva frequência. Para este
estudo de monitorização de vibrações foram 5 (cinco) os trabalhadores avaliados, e de modo a
manter o seu anonimato passam a partir de agora a ser denominados de A a E.
Na Tabela 4.11 é apresentada esta mesma caracterização para os cinco setores incluídos no
estudo, os quais correspondem a cada trabalhador avaliado. De notar que foram selecionados
trabalhadores de diferentes setores, para a realização de uma possível comparação entre eles.
Devido aos diferentes tipos de tarefas correspondentes a cada setor, a carga transportada por cada
trabalhador difere, bem com o piso por onde circulam, sendo que em algumas tarefas é
necessária a circulação constante em empedrado, enquanto outras raramente circulam fora do
piso liso e asfaltado.
Tabela 4.11 - Caracterização da tarefa (setor, tipo de carga, piso e frequência).
Trabalhador Setor Carga Piso e frequência
Nº horas diárias
de operação/
exposição às VCI
A Resíduos Carga vazia (Bidões, barricas) ou
Carga com resíduos Empedrado (sempre) 5
B Embalagens Embalagens vazias (latas e cartão) Empedrado e Liso 4
C Armazém de
Matérias-primas
Matérias-primas
(sacaria, big-bags, bidões,
barricas)
Empedrado e Liso
(minoritariamente) 4
D Nováqua Produto acabado (latas)
Empedrado
(minoritariamente) e Liso
(sempre)
4
E
Armazém de
Matérias-primas
(Megadur)
Matérias-primas (sacaria e big-
bags) Empedrado e Liso 4
Foi executado um outro tipo de caracterização dos trabalhadores acerca do seu peso e altura, o
tempo na empresa e o tempo no posto de trabalho atual, sendo esta apresentada na Tabela 4.12. É
também incluída na caracterização o tempo de experiência na tarefa atual e o tempo de exposição
às vibrações de corpo inteiro (b).
As características de cada empilhador alvo de estudo são apresentadas na Tabela 4.13, na
Tabela 4.14 e na
Tabela 4.15 sendo que apenas o do setor das embalagens é alimentado eletricamente, e todos eles
apresentam pneus do tipo maciço. Quanto ao ano de fabrico apresentam aproximadamente a
mesma idade, sendo que apenas o do setor do armazém das matérias-primas foi fabricado este
ano.
Tabela 4.12 - Caracterização dos trabalhadores (peso, altura, caracterização do tempo na tarefa e da exposição às
VCI).
Trabalhador Peso
(Kg)
Altura
(m)
Tempo na
empresa (anos)
Tempo no Posto
de Trabalho
(anos)
Experiência na
tarefa (anos)
n
(anos)
N
(dias)
i
(anos)
b
(anos)
A 68 1,65 23 23 23 23 245 23 39
B 94 1,75 4 4 4 4 123 4 18
C 65 1,72 33 4 4 3,5 245 3,5 50,5
D 73 1,62 10 0 2 2 245 2 34
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 35
E 72 1,72 28 10 28 28 245 28 26
Tabela 4.13 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: matricula, marca, modelo e nº de série.
Setor Matricula Marca Modelo Nº de série
Resíduos EP-577-D Linde H25D H2X392Z00465
Megadur EP-561-D Linde H20D H2X392W02803
Embalagens EP-602-E Linde E16P H2X386A0379
AMP (antigo) EP-581-D Linde H20D H2X392Z00465
AMP (novo) EP-637-E Linde H20D H2X392G00307
Nováqua EP-608-D Linde H20D H2X392B0272
Tabela 4.14 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: tipo de alimentação e pneus e capacidade de
carga máxima.
Setor Alimentação Tipo de pneus Capacidade carga máxima (kg)
Resíduos Diesel Maciços 2500
Megadur Diesel Maciços 2000
Embalagens Elétrico Maciços 1600
AMP (antigo) Diesel Maciços 2000
AMP (novo) Diesel Maciços 2000
Nováqua Diesel Maciços 2000
Tabela 4.15 - Caracterização dos empilhadores utilizados no estudo: ano de fabrico, ano ao serviço e data da última
manutenção.
Setor Ano de fabrico Ano ao serviço da empresa Data última manutenção
Resíduos 2009 2009 18/01/2016
Megadur 2008 2008 30/03/2016
Embalagens 2010 2010 31/03/2016
AMP (antigo) 2009 2009 07/06/2016
AMP (novo) 2016 2016 20/05/2016
Nováqua 2011 2011 31/03/2016
4.2.2. Avaliação do parâmetro A(8)
Para a avaliação da exposição dos trabalhadores às vibrações de corpo inteiro provenientes da
condução de empilhadores e cálculo do parâmetro A(8), foi necessário medir os valores das
vibrações segundo os três eixos x, y e z, no assento do empilhador. Os valores de aceleração,
para os três eixos, obtidos no assento e no piso do empilhador, são apresentados na Tabela 4.16.
A última coluna da tabela diz respeito ao aw, isto é, ao valor mais elevado registado nos três
eixos.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
36 Resultados
Tabela 4.16 - Valores de aceleração para o eixo x, y e z, e aw.
Setor Data de medição Local de medição ax (m.s-2) ay (m.s-2) az (m.s-2) aw (m.s-2)
Resíduos
20/05/2016 Assento 1,67 1,99 1,70 1,99
Piso 1,46 1,32 2,32 2,32
25/05/2016 Assento 2,06 2,39 2,77 2,77
Piso 1,58 1,57 3,79 3,79
27/05/2016 Assento 2,16 2,07 1,90 2,16
Piso 1,90 1,36 2,67 2,67
Embalagens
02/06/2016 Assento 1,57 1,47 1,36 1,57
Piso 1,34 0,91 2,08 2,08
03/06/2016 Assento 1,55 1,50 1,36 1,55
Piso 1,10 1,07 1,27 1,27
08/06/2016 Assento 1,39 1,31 1,10 1,39
Piso 1,09 1,03 1,62 1,62
AMP - empilhador
antigo
02/06/2016 Assento 2,79 4,42 4,85 4,85
Piso 1,98 2,91 8,37 8,37
03/06/2016 Assento 2,41 3,80 4,12 4,12
Piso 1,83 2,49 6,81 6,81
08/06/2016 Assento 2,64 4,00 4,29 4,29
Piso 1,91 2,77 7,44 7,44
AMP - empilhador
novo
20/06/2016 Assento 2,02 3,30 2,19 3,30
Piso 1,44 2,20 5,09 5,09
21/06/2016 Assento 2,18 3,52 2,66 3,52
Piso 1,57 2,34 5,58 5,58
11/07/2016 Assento 2,13 3,54 2,58 3,54
Piso 1,82 2,15 6,29 6,29
AMP - Megadur
24/05/2016 Assento 1,94 1,65 1,07 1,94
Piso 1,68 1,02 1,34 1,68
28/06/2016 Assento 1,88 1,77 1,26 1,88
Piso 1,62 2,04 1,85 2,04
12/07/2016 Assento 0,44 0,36 0,26 0,44
Piso 0,39 0,24 0,32 0,39
Nováqua
20/06/2016 Assento 1,34 1,16 0,73 1,34
Piso 1,28 0,74 0,85 1,28
21/06/2016 Assento 1,08 1,14 1,12 1,14
Piso 0,95 0,75 1,24 1,24
22/06/2016 Assento 1,01 0,98 0,91 1,01
Piso 0,91 0,63 1,02 1,02
22/06/2016 Assento 1,43 1,39 1,09 1,43
Piso 1,29 0,91 1,19 1,29
Para o cálculo do parâmetro A(8) é utilizado o valor máximo registado nos três eixos, tal como
enunciado no capítulo 3.2.3.4. A determinação do A(8) foi realizada para cada dia de medição,
bem como para o total da tarefa, ou seja, executando a média das três medições, obtendo-se
assim um A(8) médio. Os valores obtidos são apresentados na Tabela 4.17.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 37
Tabela 4.17 - Valores da exposição pessoal diária e comparação com os valores legais de VAE e VLE.
Setor Data de medição aw (m.s-2) A(8) A(8) médio VAE VLE
Resíduos
20/05/2016 1,99 1,57
1,82 Superior Superior 25/05/2016 2,77 2,19
27/05/2016 2,16 1,71
Embalagens
02/06/2016 1,57 1,11
1,06 Superior Inferior 03/06/2016 1,55 1,10
08/06/2016 1,39 0,98
AMP, empilhador antigo
02/06/2016 4,85 3,43
3,13 Superior Superior 03/06/2016 4,12 2,91
08/06/2016 4,29 3,03
Nováqua
20/06/2016 1,34 0,95
0,87 Superior Inferior 21/06/2016 1,14 0,81
22/06/2016 1,01 0,71
22/06/2016 1,43 1,01
AMP, Megadur
24/05/2016 1,94 1,37
1,00 Superior Inferior 28/06/2016 1,88 1,33
12/07/2016 0,44 0,31
AMP, empilhador novo
13/06/2016 3.30 2,33
2,22 Superior Superior 21/06/2016 3,52 2,49
11/07/2016 2,58 1,82
Segundo a empresa, a classificação do nível de risco perante os valores obtidos na monitorização
realizada é a que se apresenta na Tabela 4.18.
Tabela 4.18 - Classificação do nível de risco segundo a metodologia da empresa.
Setor A(8) médio Nível de risco
Resíduos 1,82 Inaceitável
Embalagens 1,06 Importante
AMP, empilhador antigo 3,13 Inaceitável
Nováqua 0,87 Importante
AMP, Megadur 1,00 Importante
AMP, empilhador novo 2,22 Inaceitável
4.2.3. Análise do parâmetro SEAT
Para a avaliação do efeito de amortecimento dos assentos dos empilhadores recorreu-se ao
cálculo do parâmetro SEAT. Dado que este parâmetro relaciona a vibração transmitida ao piso
do empilhador e aquela que é transmitida ao condutor através do assento, houve necessidade de
medir nestes dois pontos do empilhador, nomeadamente piso e assento em simultâneo. Para o
cálculo do parâmetro SEAT é apenas necessário o valor das vibrações transmitidas
verticalmente, isto é, pelo eixo dos z.
Na Tabela 4.19 são apresentados os valores de az para cada monitorização, tanto para o assento
como para o piso, e os respetivos valores do parâmetro SEAT
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
38 Resultados
Tabela 4.19 - Valores do parâmetro SEAT e respetiva classificação de isolamento do assento.
Setor Data de medição Local da medição az (m.s-2) SEAT (%) SEAT médio
(%) Classificação
Resíduos
20/05/2016 Assento 1,70
73
72 Com
isolamento
Piso 2,32
25/05/2016 Assento 2,77
73 Piso 3,79
27/05/2016 Assento 1,90
71 Piso 2,67
Embalagens
02/06/2016 Assento 1,36
65
80 Com
isolamento
Piso 2,08
03/06/2016 Assento 1,36
107 Piso 1,27
08/06/2016 Assento 1,10
68 Piso 1,62
AMP -
empilhador
antigo
02/06/2016 Assento 4,85
58
59 Com
isolamento
Piso 8,37
03/06/2016 Assento 4,12
60 Piso 6,81
08/06/2016 Assento 4,29
58 Piso 7,44
AMP -
empilhador
novo
20/06/2016 Assento 2,19
43
44 Com
isolamento
Piso 5,09
21/06/2016 Assento 2,66
48 Piso 5,58
11/07/2016 Assento 2,58
41 Piso 6,29
Nováqua
20/06/2016 Assento 0,73
86
90 Com
isolamento
Piso 0,85
21/06/2016 Assento 1,12
90 Piso 1,24
22/06/2016 Assento 0,91
90 Piso 1,02
22/06/2016 Assento 1,09
92 Piso 1,19
AMP -
Megadur
24/05/2016 Assento 1,07
80
87 Com
isolamento
Piso 1,34
28/06/2016 Assento 1,26
68 Piso 1,85
12/07/2016 Assento 0,26
112 Piso 0,32
4.2.4. Análise do parâmetro Sed e fator R
Os valores da compressão estática equivalente diária na coluna foram obtidos através do
acelerómetro colocado no assento do empilhador. Para o cálculo do parâmetro Sed e do fator R
foi necessário ter em conta o número de horas diárias de exposição às vibrações de cada
trabalhador, bem como os anos de exposição às VCI. Estes valores estão presentes nas Tabela
4.11 e Tabela 4.12, do subcapítulo 4.2.1.
Na Tabela 4.20 é apresentado os valores para o Sed, bem como os valores para o fator R.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 39
Tabela 4.20 - Valores referentes ao parâmetro Sed e Sed médio.
Setor Data de
medição Sed Sed médio
Resíduos
20/05/2016 3.3
6,0 25/05/2016 9,5
27/05/2016 5,3
Embalagens
02/06/2016 6,8
5,0 03/06/2016 4,8
08/06/2016 4,3
AMP - empilhador antigo
02/06/2016 6,4
6,0 03/06/2016 5,7
08/06/2016 6,0
Nováqua
20/06/2016 2,6
2,6 21/06/2016 3,6
22/06/2016 2,6
22/06/2016 1,88
AMP - empilhador novo
13/06/2016 3,5
4,2 21/06/2016 5,1
11/07/2016 6,5
AMP - Megadur
24/05/2016 5,6
3,1 28/06/2016 3,8
12/07/2016 0,03
O parâmetro Sed é um parâmetro mais realista quando comparado com o SEAT, apesar de apenas
transmitir o que se passa no eixo dos z, não refletindo todas as vibrações que são transmitidas ao
corpo.
O parâmetro Sed é uma variável dependente da exposição diária. Por forma a perceber o impacto
que a exposição teve na saúde dos trabalhadores foi calculado o fator R. Este fator tem em conta
todos os anos de exposição. Na Tabela 4.21 são presentes os valores da idade, de b (idade do
inicio de exposição), i (contador de anos) e n (anos de exposição). O parâmetro N foi
considerado 365 dias menos os 22 dias úteis de férias e menos os fins de semana, obtendo-se 293
dias de exposição por ano. Existe apenas uma exceção no setor das embalagens em que os
trabalhadores alternam a tarefa que inclui a condução de empilhador com outra tarefa sem
condução, sendo que o período de alternância é cerca de 2 semanas. Assim, foram atribuídos
119,5 dias de exposição ao setor das embalagens.
Tabela 4.21- Parâmetros N, n, idade, b, i e fator R para cada setor. Setor N n idade b i R
Resíduos 239 23 62 39 23 9,8
Embalagens 119,5 4 22 18 4 2,8
Nováqua 239 2 36 34 2 0,1
Megadur 239 28 54 26 28 4,6
AMP antigo 239 3,5 54 50,5 3,5 6,0
AMP novo 239 3,5 54 50,5 3,5 5,1
4.2.5. Avaliação do conforto
Os valores referentes à avaliação do conforto são apresentados na Tabela 4.22, acompanhada da
respetiva avaliação qualitativa. Através de uma análise a cada dia de medição, é possível afirmar
que em alguns empilhadores o nível de conforto é classificado como sendo muito desconfortável
sendo na maioria dos casos extremamente desconfortável. Relativamente à média da avaliação
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
40 Resultados
por tarefa, é obtido um nível de “muito desconforto”. De salientar que a avaliação é dada como
“extremamente desconfortável” para valores de av superiores a 2 m.s-2
, e que os valores obtidos
para o caso do empilhador antigo no AMP foram muito superiores.
Tabela 4.22 - Valores de av referentes à avaliação do conforto.
Setor Data de
medição av (m.s-2) Avaliação do conforto
av media
(m.s-2) Avaliação do conforto
Resíduos
20/05/2016 2,51 Extremamente desconfortável
2,75 Muito desconfortável 25/05/2016 3,57 Extremamente desconfortável
27/05/2016 2,16 Extremamente desconfortável
Embalagens
02/06/2016 2,05 Extremamente desconfortável
1,95 Muito desconfortável 03/06/2016 2,05 Extremamente desconfortável
08/06/2016 1,75 Muito desconfortável
AMP - empilhador
antigo
02/06/2016 6,13 Extremamente desconfortável
4,61 Extremamente
desconfortável 03/06/2016 5,22 Extremamente desconfortável
08/06/2016 5,49 Extremamente desconfortável
Nováqua
20/06/2016 1,46 Muito desconfortável
1,55 Muito desconfortável 21/06/2016 1,58 Muito desconfortável
22/06/2016 1,36 Muito desconfortável
22/06/2016 1,80 Muito desconfortável
AMP - empilhador
novo
13/06/2016 3,53 Muito desconfortável
3,81 Muito desconfortável 21/06/2016 3,98 Muito desconfortável
11/07/2016 3,92 Muito desconfortável
AMP - Megadur
24/05/2016 2,11 Muito desconfortável
1,61 Muito desconfortável 28/06/2016 2,24 Muito desconfortável
12/07/2016 0,49 Um pouco desconfortável
4.2.6. Análise da monitorização das vibrações
a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo
No setor Armazém de Matérias-Primas (AMP) foram realizadas três monitorizações de vibrações
de corpo inteiro (VCI) em cada um dos empilhadores: antigo e novo, por forma a comparar a
mais-valia da existência de um veículo novo na caracterização da exposição dos condutores.
A tarefa selecionada para análise foi a expedição de matérias-primas para a fábrica, em que o
trabalhador percorre uma grande distância sobre piso empedrado. Na maioria das vezes, as
deslocações de ida à fábrica são feitas com transporte de carga, e deslocações de volta da fábrica
até ao armazém são efetuadas sem carga. Assim, é importante salientar que aquando da
realização de um percurso com carga é adotada uma velocidade moderada para precaução de
quedas, e que por outro lado, quando se realiza um percurso sem carga, a velocidade que se
verifica é mais elevada. Os gráficos representativos de cada monitorização são apresentados no
Anexo III a).
Na Figura 4.4 é possível observar a primeira monitorização de VCI na realização da expedição
de m.p. para a fábrica, com a colocação do acelerómetro no piso. Verifica-se uma diferença entre
os valores registados no eixo dos z, e os valores registados nos eixos x e y, sendo que no eixo
dos z estão presentes valores mais elevados de vibração, e para o eixo x e y apresentam-se
valores mais reduzidos.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 41
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 4.4 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).
No gráfico da Figura 4.5, é possível observar um excerto da monitorização realizada no setor
AMP com a colocação do acelerómetro no piso.
Figura 4.5 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no piso).
Na Figura 4.6 é possível observar a monitorização das VCI na realização da expedição de m.p.
para a fábrica, com a colocação do acelerómetro no assento. Na interface assento-trabalhador a
diferença entre os valores no eixo dos z e os eixos x e y, não é tão acentuada, devido à atenuação
da vibração transmitida verticalmente (eixo z).
Logger r esults, aggregation degree = 4
12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time
12:03:24
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
25.000 25.000
30.000 30.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.011 m/s^2 0.011 m/s^2 0.037 m/s^2
Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 16 :24
12:10:00 12:12:00 12:14:00 12:16:00 12:18:00 12:20:00 12:22:00 12:24:00 Time
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
25.000 25.000
30.000 30.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 12:25:48 - 0.772 m/s^2 1.941 m/s^2 13.490 m/s^2
Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -
Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
42 Resultados
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 4.6 – Monitorização 1 das VCI no setor do AMP no empilhador antigo (medição no assento).
Dada a medição em simultâneo no piso e no assento do empilhador, para o mesmo período de
horas da monitorização, pela análise dos dados recolhidos com o acelerómetro colocado no
assento, são também visíveis os valores mais baixos correspondentes às idas à fábrica (laranja), e
os picos mais elevados correspondentes às voltas da fábrica para o armazém (azul). No gráfico
da
Figura 4.7 é possível observar a diminuição dos valores no eixo dos z, sendo que o eixo dos x
continua a apresentar os valores mais baixos. Contudo, observa-se valores mais elevados no eixo
dos y no assento em comparação com o piso.
Figura 4.7 - Excerto da monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).
b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo
A partir dos valores obtidos com o acelerómetro colocado no piso do empilhador, é evidente a
maior amplitude de valores no eixo dos z, observando-se a atenuação das vibrações transmitidas
verticalmente, nos valores obtidos com o acelerómetro colocado no assento do empilhador. Estes
valores são possíveis de analisar no gráfico da
Figura 4.8. É também possível observar, tal como no caso do empilhador antigo, os percursos de
ida “AMP-Fábrica” e volta “Fábrica-AMP”, através da diferente amplitude dos picos presentes
no gráfico da Figura 4.10. O percurso AMP-fábrica apresenta valores mais baixos, devido ao
Logger r esults, aggregation degree = 4
12:05:00 12:10:00 12:15:00 12:20:00 12:25:00 12:30:00 12:35:00 12:40:00 12:45:00 12:50:00 Time
12:03:24
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
14.000 14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 12:03:24 - 0.012 m/s^2 0.011 m/s^2 0.122 m/s^2
Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 16 :12
12:10:00 12:12:00 12:14:00 12:16:00 12:18:00 12:20:00 12:22:00 12:24:00 Time
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
14.000 14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 12:25:24 - 2.667 m/s^2 0.864 m/s^2 1.260 m/s^2
Overload (Ch5) 02/06/2016 12:33:32 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch6) 02/06/2016 12:06:25 00:00:19.000 - - -
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 43
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
transporte de carga, que consequentemente implica velocidade reduzida. O percurso Fábrica-
AMP é representado pelos picos de maior amplitude, pois devido à ausência de carga é adotada
uma velocidade maior. Esta diferença de valores correspondentes às idas e voltas é visível nos 3
eixos. Apesar da atenuação das vibrações transmitidas na direção z, verifica-se pelo gráfico da
Figura 4.9 e em mais pormenor no gráfico da
Figura 4.11, que os valores transmitidos pelo eixo dos y sofrem uma ampliação, sendo maior o
seu registo no assento do que no piso.
Figura 4.8 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).
Figura 4.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).
Figura 4.10 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 4
14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time
14:04:06
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.012 m/s^2 0.010 m/s^2 0.024 m/s^2
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 4
14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time
14:04:06
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.061 m/s^2
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 22 :24
14:16:00 14:18:00 14:20:00 14:22:00 14:24:00 14:26:00 14:28:00 14:30:00 14:32:00 14:34:00 14:36:00 Time
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:37:34 - 1.131 m/s^2 0.501 m/s^2 0.437 m/s^2
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
44 Resultados
Figura 4.11 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).
c) Embalagens
As monitorizações ao empilhador deste setor demonstraram padrões de valores muito
semelhantes entre si, levando à concordância de resultados. Assim foi selecionado um exemplo
para apresentar os resultados obtidos. No gráfico da Figura 4.12 e da
Figura 4.13 podemos observar a monitorização realizada no piso e no assento, respetivamente. É
possível afirmar à primeira vista que a aceleração sofreu uma atenuação até à zona do assento,
devido à gama de valores apresentados em cada gráfico.
Figura 4.12- Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso)
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 20 :46
14:18:00 14:20:00 14:22:00 14:24:00 14:26:00 14:28:00 14:30:00 14:32:00 14:34:00 14:36:00 Time
14:16:12
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:17:02 - 1.522 m/s^2 1.905 m/s^2 1.007 m/s^2
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 8
08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time
08:39:04
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.024 m/s^2
Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -
Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -
Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 45
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 4.13 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento).
Por forma a analisar com mais pormenor é apresentado um excerto no gráfico da Figura 4.14.
Desde o início da tarefa, às 8h44, até às 9h05 realizou a sua tarefa em piso liso. Observa-se em
alguns momentos que os valores no eixo dos x são superiores aos outros dois eixos. Este facto
representa as manobras com pequenos movimentos das paletes no camião, ou mesmo no
armazém.
Sempre que existe uma descarga desde o camião até ao armazém Nováqua, verifica-se uma
elevação momentânea da aceleração no eixo dos z. Estes valores superiores, ao que tudo indica,
correspondem à passagem do empilhador sobre a grelha que se encontra à entrada do armazém.
Das 9h00 até as 9h19 percorreu o empedrado, verificando-se valores no eixo dos z superiores
aos valores registados no eixo dos x e y.
Figura 4.14 - Excerto da monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso).
d) Nováqua
É possível observar no gráfico da Figura 4.15 valores mais elevados no eixo dos z correspondem
aos momentos em que o trabalhador entra no setor da Nováqua, ou seja, quando não transporta
nenhuma carga. Na saída do setor existe uma grelha no chão que quebra um pouco o percurso de
piso liso entre o interior do setor e o exterior onde se encontra o camião. Quando o trabalhador
sai da Nováqua, este transporta carga no empilhador, sendo que tem um cuidado acrescido
quanto à estabilidade da carga, reduzindo a velocidade e abrandando na zona da grelha.
Logger r esults, aggregation degree = 8
08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time
08:39:04
0.000 0.000
1.000 1.000
2.000 2.000
3.000 3.000
4.000 4.000
5.000 5.000
6.000 6.000
7.000 7.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.012 m/s^2 0.015 m/s^2 0.056 m/s^2
Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -
Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -
Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 4 , Inter val = 51 :28
08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 Time
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
14.000 14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 03/06/2016 09:33:52 - 1.095 m/s^2 1.784 m/s^2 3.404 m/s^2
Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -
Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -
Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
46 Resultados
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
O momento inicial do transporte da carga no armazém e o próprio carregamento para o camião
são representados por valores mais baixos.
Figura 4.15 - Excerto da monitorização 4 no setor Nováqua (medição no assento).
No gráfico da Figura 4.16 é possível analisar uma parte específica da sua tarefa. Verifica-se que
nos momentos em que o trabalhador executa a tarefa relativa a arrumar paletes, ou manobras
com as paletes no camião, a aceleração é maior no eixo dos x. São exemplo deste fenómeno o
período das 8h27 até as 8h29, e das 8h35 as 8h37.
Figura 4.16 - Excerto da monitorização 2 no setor Nováqua (medição no piso).
e) Resíduos
Na primeira monitorização a tarefa apenas incluía o transporte de carga vazia, enquanto que na
segunda e terceira monitorização o transporte incluía carga com resíduos. Na primeira
monitorização os valores mais baixos registados, de acordo com a observação feita aquando da
medição, correspondem aos momentos em que o trabalhador desce uma rampa para carregar
carga vazia. Os valores mais elevados que se verificam através da análise do gráfico da Figura
4.17, correspondem aos momentos em que o trabalhador coloca a carga no camião.
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 20 :20
10:06:00 10:08:00 10:10:00 10:12:00 10:14:00 10:16:00 10:18:00 10:20:00 10:22:00 10:24:00 Time
10:20:46
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 22/06/2016 10:20:46 - 3.076 m/s^2 1.229 m/s^2 0.685 m/s^2
Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, Inter val = 13 :54
08:26:00 08:27:00 08:28:00 08:29:00 08:30:00 08:31:00 08:32:00 08:33:00 08:34:00 08:35:00 08:36:00 08:37:00 08:38:00 08:39:00Time
08:25:57
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 08:25:57 - 0.302 m/s^2 0.082 m/s^2 0.750 m/s^2
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 47
Figura 4.17 - Monitorização 1 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso).
Na segunda medição, o percurso incluiu idas ao parque de resíduos e à Nave Central, sendo que
o acesso ao parque de resíduos é feito através de uma rampa. Nas idas ao parque de resíduos
foram registados valores mais elevados, ou seja, sempre que o trabalhador entra ou sai do parque
de resíduos a aceleração é maior. Os resultados obtidos são apresentados no gráfico da
Figura 4.18. Este facto pode dever-se à presença da rampa a qual também não apresenta um piso
completamente liso. Observa-se que a partir das 9h15 o trabalhador teve a necessidade de se
deslocar desde a área de armazenamento de resíduos até à nave central, percorrendo o piso
empedrado e adotando uma velocidade moderada. Apesar da velocidade moderada os valores
registados no eixo dos z foram elevados.
Figura 4.18 - Monitorização 2 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso).
A terceira monitorização consistia na mesma tarefa que a segunda monitorização, contudo
apenas uma vez se deslocou à fábrica. Podem observar no gráfico da Figura 4.19 valores
repentinos mais elevados no eixo dos z.
Logger r esults, aggregation degree = 6
08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time
08:28:34
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.023 m/s^2 0.025 m/s^2 0.038 m/s^2
Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 5
08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time
08:30:37
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.036 m/s^2
Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
48 Resultados
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 4.19- Monitorização 3 das VCI no setor dos resíduos (medição no piso)
No global das monitorizações perante a medição das vibrações no assento e no piso em
simultâneo, verifica-se a redução da aceleração no eixo dos z, ou seja, um amortecimento das
vibrações por parte do assento do empilhador.
f) Armazém de Matérias-primas: Megadur
Em todas as monitorizações no armazém de matérias-primas da Megadur focaram-se na
mesma tarefa de carga e descarga de camiões, com períodos de arrumação das paletes no
armazém. Foi selecionada a última monitorização como exemplo. É possível observar excertos
dos resultados obtidos no gráfico da Figura 4.20 e da
Figura 4.21. Desde a hora de início até quase às 14h40 o condutor executou manobras
com as paletes, organizando-as no armazém. Nesta situação os valores no eixo dos x são
superiores aos valores nos outros eixos, tal como se verificou já em situações anteriores noutros
setores. A partir das 14h50 o condutor inicia a tarefa de carregar paletes para o camião.
Figura 4.20 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
Os valores elevados no eixo dos z correspondem às entradas e saídas do armazém. Verificam-se
também valores de aceleração elevados no eixo dos x, sendo que em cada carga realizada o
Logger r esults, aggregation degree = 5
11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time
10:56:23
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.010 m/s^2 0.011 m/s^2 0.027 m/s^2
Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 5
14:20:00 14:30:00 14:40:00 14:50:00 15:00:00 15:10:00 15:20:00 15:30:00 Time
14:19:17
0.000 0.000
0.500 0.500
1.000 1.000
1.500 1.500
2.000 2.000
2.500 2.500
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 12/07/2016 14:19:17 - 0.001 m/s^2 0.002 m/s^2 0.005 m/s^2
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 49
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
condutor tinha de “ajeitar” a carga, podendo estes corresponderem a este facto, tal como já
verificado noutros casos.
Figura 4.21 - Excerto da monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
4.3. Medidas Preventivas e Propostas de Melhoria
Algumas propostas de melhoria possíveis de serem implementadas podem ser enumeradas:
- Alterações físicas que se focam no empilhador ou no piso;
- Alterações não físicas que recaem sobre o comportamento do trabalhador ou sobre a forma de
trabalho estabelecida pela empresa.
Uma das melhorias possíveis seria adotar um horário de trabalho alternado, como o que vigora
no setor das embalagens, ou seja, definir, por exemplo, uma semana de trabalho com tarefas que
incluam o uso do empilhador, e outra semana de trabalho com tarefas que não incluam o uso do
empilhador. Assim, atribuído um período de descanso à tarefa com empilhador, seriam
diminuídas as horas de exposição às VCI por ano, tornando-se menos penoso para o trabalhador.
Uma outra alternativa seria ter um camião destinado à entrega de matérias-primas à fábrica, ou
seja, realizar a separação das matérias-primas e carregá-la para um camião CIN na zona do
AMP, e este faria o percurso até à Nave Central, onde o empilhador faria a descarga das m.p. e a
sua distribuição pelos diferentes setores. Desta forma, o trabalhador deixava de fazer o percurso
pelo empedrado desde o AMP até à fábrica inúmeras vezes, e apenas faria uma viagem.
Contudo, esta alternativa tem uma desvantagem, pois o camião teria de ocupar a faixa de
passagem para camiões durante um período de tempo de 1 a 2 horas. Esta alternativa é
semelhante ao que acontece no AMP da Megadur, em que o camião faz o transporte do armazém
até à fábrica, devido a uma obrigação legal, sendo que este percorre uma distância de poucos
metros.
Uma alternativa física seria a construção de um corredor desde o AMP até à fábrica, apenas com
cerca de 1 metro de largura, com o piso regular. Esta faixa percorreria uma zona central das
faixas de rodagem de modo a diminuir o seu dano pela passagem dos camiões.
Uma medida que deve ser implementada independentemente de todas as outras, é a limitação da
velocidade de circulação do empilhador. Apesar de este conseguir alcançar os 30km/h, e existir
um limite de 20 km/h dentro da CIN, deverá ser estabelecido um limite próprio para os
Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 38 :51
14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 15:25:00 Time
0.000 0.000
0.500 0.500
1.000 1.000
1.500 1.500
2.000 2.000
2.500 2.500
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 12/07/2016 15:28:28 - 0.0010 m/s^2 0.002 m/s^2 0.0010 m/s^2
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
50 Resultados
empilhadores, quer estes transportem carga ou não, por exemplo se fosse viável implementar um
limitador no próprio veículo.
.
Apesar das medidas sugeridas, e se for justificável, era vantajoso a aplicação de assentos com
suspensão de ar. Segundo Motmans R., quanto maior a velocidade, maior impacto terá o tipo de
suspensão na redução da vibração transmitida ao corpo, sendo a aplicação da suspensão de ar a
mais eficaz na redução da vibração ( Motmans R., 2012). Outra medida física seria a substituição
dos pneus maciços por pneus de ar (Verschoore, Pieters, & Pollet, 2003).
Deve ser incluído nas ações de formação/sensibilização o tema sobre a postura e o
comportamento na condução de empilhadores, incluindo a questão da velocidade adequada, e a
postura correta do tronco durante a condução, bem como a necessidade de evitar a torção do
tronco ou do pescoço.
Motmans R. comprova que para uma velocidade reduzida, e o mesmo tipo de piso, mas
suspensões distintas (ar e mecânica) os valores de vibração obtidos são iguais. Contudo, para
uma velocidade elevada, o mesmo tipo de piso, e suspensões distintas (ar e mecânica), os valores
obtidos são diferentes, comprovando assim a influência que a velocidade tem sobre os valores de
vibração. ( Motmans R., 2012)
Outra medida preventiva passa por fixar melhor as grelhas que estão colocadas no chão à saída
de cada setor, e reconstruir todos os pisos que se encontram danificados e que servem de acesso
ao empilhador.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 51
5. CONCLUSÕES
Através da análise dos resultados obtidos pelo inquérito nórdico é obtida uma maior percentagem
de prevalência de lesão musculosquelética para a região torácica e para a região lombar.
Relativamente à classificação da dor, a região lombar é classificada como dor insuportável por
60% dos trabalhadores e a região torácica é classificada também como dor insuportável por 50%
dos trabalhadores. Cerca de 36% dos trabalhadores inquiridos apresentam 2 a 5 anos de
exposição a vibrações e cerca de 29% apresentam uma exposição de 6 a 10 anos, sendo que os
restantes 29% têm mais de 20 anos de exposição a vibrações.
O facto de aproximadamente 70% dos trabalhadores não praticar nenhuma atividade física, nem
possuir nenhum hobbie com exigência de esforço físico, pode indicar que os sintomas de dor
registados, são fruto, na sua maioria, da exposição às vibrações no local de trabalho.
A partir de uma comparação dos valores obtidos nos três eixos, conclui-se que no ensaio
realizado no empilhador do setor das embalagens foram detetados valores mais elevados no eixo
dos z aquando da medição no piso do empilhador, e valores mais elevados no eixo dos x
aquando da medição no assento. Ou seja, tendo em conta que as medições nos dois locais do
empilhador foram realizadas em simultâneo, apesar do valor mais elevados que se sente no piso
do empilhador ser no eixo dos z, aquela que é mais sentida no condutor é a transmitida pelo eixo
dos x. Nas monitorizações realizadas nos outros empilhadores, os valores mais elevados
registam-se no eixo dos z, tanto nas medições efetuadas no piso como no assento. Esta diferença
pode justificar-se pelo facto de no setor das embalagens, a carga transportada pelo empilhador
ser mais leve, pois apenas transporta embalagens vazias. Uma diferença a ter em conta entre este
empilhador do setor das embalagens e os restantes é que o empilhador é elétrico, ao contrário de
todos os outros que são a diesel. Os valores da exposição a vibrações no setor do AMP com o
empilhador novo (ano 2016) são inferiores aos registados no empilhador antigo, tanto no piso
como no assento, contudo são ainda bastante elevados. No empilhador do setor Nováqua não se
verifica um padrão de valor máximo por eixo, tanto na medição obtida no piso como no assento.
Quanto ao parâmetro A(8), na tarefa desenvolvida no setor dos Resíduos verifica-se que os
valores obtidos para cada dia de medição são superiores ao VAE e ao VLE, tendo-se calculado o
valor médio que também é superior aos limites legais.
Quanto ao setor das Embalagens, a monitorização permitiu obter valores mais baixos
relativamente à tarefa anterior, no entanto para os três dias de medição os valores são superiores
ao VAE e inferiores VLE. O valor médio de A(8), representativo da tarefa em geral, é superior
ao VAE e inferior ao VLE.
A tarefa realizada no setor do Armazém das Matérias-primas com o empilhador antigo, apresenta
valores mais elevados, em que a aceleração eficaz ponderada regista valores na ordem dos 4 m.s-
2. Os valores da exposição diária são superiores aos limites legais, e a média da exposição é
consequentemente também superior, com um valor médio de A(8) de 3,13 m.s-2
.
No setor da Nováqua, responsável pelo carregamento de produto acabado para os camiões, os
valores apresentaram-se mais baixos, sendo que para os três dias de monitorização os valores são
inferiores ao VLE, contudo são ainda superiores ao VAE. O valor médio representativo da tarefa
é 0,87 m.s-2
sendo também inferior ao VLE mas superior ao VAE.
O posto de trabalho que apresenta um A(8) mais elevado é o AMP, quando avaliado o
empilhador antigo (A(8) = 3,13 m.s-2
). O caso do AMP com o empilhador novo apresenta
também um A(8) elevado. De salientar que quando comparada a tarefa no setor dos Resíduos e a
tarefa no setor do AMP, apesar de ambos percorreram o empedrado, obteve-se valores mais
baixos na tarefa do setor dos Resíduos. Este facto pode justificar-se pelas viagens mais curtas,
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
52 Conclusões
pelo facto de existirem mais paragens, bem como devido à menor velocidade atingida. Todos os
setores, à exceção do AMP, apresentam valores de A(8) inferiores a 2 m.s-2 , sendo o mais baixo
correspondente ao setor Nováqua.
Segundo a metodologia de classificação de risco da empresa, o setor dos Resíduos e o AMP
foram classificados com “risco inaceitável”, sendo que o setor Nováqua, Embalagens e o AMP
da Megadur, apresentam a classificação de risco como “importante”.
O parâmetro SEAT permite-nos concluir sobre o isolamento de cada assento. Observa-se que
todos apresentam capacidade de isolamento, embora alguns assentos apresentem melhor
desempenho quando comparados entre si. O assento do empilhador novo que pertence ao setor
do AMP é aquele que apresenta um melhor desempenho, ou seja, um melhor isolamento das
vibrações. Contudo, a seguir com melhor atenuação destaca-se o assento do empilhador antigo
do setor AMP O assento do empilhador da Nováqua é aquele que apresenta o pior desempenho,
isto é, o que permite menor isolamento das vibrações, facto curioso pois o empilhador da
Nováqua no que se refere a valores referentes à exposição do condutor apresenta os mais baixos
de todos os casos de exposição analisados.
Apesar dos valores do parâmetro SEAT serem inferiores a 100%, em contraste os valores de
A(8) são maioritariamente superiores aos limites legais, significando que existe isolamento por
parte do assento, contudo este não é suficiente. Este facto leva a querer que a caracterização das
vibrações não é suficiente apenas com a avaliação do parâmetro SEAT. Este parâmetro não
demonstra ser um bom preditor da exposição Apesar de no empilhador do setor Nováqua os
valores da exposição diária serem inferiores ao VLE, os valores relativos ao parâmetro SEAT
são muito próximo de 100%, podendo indicar que existe isolamento por parte do assento, mas
que este não é um bom isolamento. De notar também que o valor máximo dos três eixos não
apresenta nenhum padrão para o eixo dos z, e que o A(8) depende deste valor máximo, podemos
dizer que o SEAT e o A(8) não são possíveis de se comparar lado a lado, mas poderão
complementar uma análise dos posto de trabalho.
Através das monitorizações realizadas é possível observar que nas situações em que os valores
das acelerações de az são os mais elevados, são as situações em que o SEAT é mais baixo, ou
seja, há uma maior atenuação, como é o caso do empilhador antigo do setor do AMP. No caso do
registo de valores mais baixos no eixo do z, o SEAT é mais elevado, ou seja, há uma menor
atenuação das vibrações. Mais uma vez se coloca a hipótese de que o SEAT não permite uma
avaliação eficaz da exposição, pois o assento pode-se encontrar em perfeitas condições para
atenuar a vibração mas esta não ser suficiente perante as grandes amplitudes registadas. O SEAT
permite apenas avaliar o desempenho do assento enquanto proteção para o trabalhador, mas não
permite concluir sobre a exposição do trabalhador.
O Sed permite avaliar a probabilidade de efeitos negativos na saúde, através de valores diários de
exposição. A partir dos resultados obtidos é possível concluir que todos os condutores
apresentam alta probabilidade de desenvolver problemas de saúde. De salientar que, no caso do
setor das Embalagens, comparando o parâmetro Sed com o fator R, apesar de apresentar um valor
de Sed aproximado ao registado no setor dos Resíduos e ao AMP (empilhador antigo), o fator R é
mais baixo, justificando-se talvez pela alternância desta tarefa com outra sem empilhador por
parte do trabalhador avaliado. Este facto leva-nos a crer que diariamente esta alternância pode
não demonstrar vantagens evidentes, contudo ao longo dos anos será benéfico. Eckard Johanning
afirma que os períodos de descanso são condicionantes importantes na exposição (Johanning,
2011). Assim, visto que a produtividade da empresa não pode diminuir e por forma a não
abrandar o ritmo de trabalho, a opção mais correta seria a alternância/rotatividade de tarefas,
podendo assim ter períodos de descanso da tarefa com exposição a vibrações.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 53
Através da análise é possível verificar que para todos os casos existe uma elevada probabilidade
de desenvolverem efeitos negativos para a saúde. Os casos mais preocupantes correspondem ao
condutor do empilhador do setor dos Resíduos e o do setor AMP (empilhador antigo), pelo facto
de apresentarem os valores mais elevadores do parâmetro Sed.
O fator R permite também avaliar a probabilidade de efeitos negativos para a saúde, contudo este
parâmetro tem também em contra os anos de exposição a vibrações.
Os resultados obtidos para o fator R permitem concluir a provável existência de efeitos negativos
para a saúde em todos os trabalhadores, tendo sido obtidos valores muito superiores ao limite 1,2
a partir do qual é considerado “alta probabilidade de efeitos negativos para a saúde”. Existe a
exceção do trabalhador do setor da Nováqua, que apresenta baixa probabilidade, podendo esta
situação dever-se ao facto de os valores de exposição serem os mais baixos, e o condutor ser o
que apresenta menos anos de exposição a vibrações e menos experiência na condução de
empilhadores. Os valores mais elevados relativos a este fator recaí no condutor do setor dos
Resíduos, seguido do condutor do AMP com o empilhador antigo. O empilhador do setor dos
Resíduos é aquele que apresenta um fator R mais elevado. Curiosamente o condutor da Megadur,
com mais anos de exposição, apresenta um fator R inferior ao condutor do setor dos Resíduos,
que tem menos anos de exposição mas começou a exposição mais tarde que o condutor da
Megadur. Este facto pode revelar que o parâmetro b, idade do início de exposição, pode ter um
impacto maior que o parâmetro n, anos de exposição.
O parâmetro Sed é um parâmetro mais realista quando comparado com o SEAT, visto que este
apenas nos ajuda a perceber o que se passa no eixo dos z, não permitindo refletir sobre todas as
vibrações que são transmitidas ao corpo, ou seja, no eixo dos x e y, ao contrário do Sed, em cujo
cálculo intervêm todos os eixos.
Quanto à avaliação do conforto, a situação relativa ao setor AMP com o empilhador antigo
apresenta ser “extremamente desconfortável”, sendo que todos os outros casos foram avaliados
como “muito desconfortável”.
No caso de estudo do AMP com o empilhador antigo verificam-se valores mais elevados de z em
comparação com o eixo x e y. Os valores mais baixos, correspondem ao percurso do empilhador
transportando carga desde o armazém até à fábrica, em que os valores mais altos correspondem
ao percurso da volta, isto é, da fábrica até ao armazém, que é feita já sem carga, e onde a
velocidade adotada é mais elevada. A discrepância entre os valores nos três eixos não é tão
acentuada no assento devido à atenuação da aceleração no eixo dos z. Curiosamente observa-se
valores mais elevados no eixo dos y no assento em comparação com o piso.
No caso do AMP com empilhador novo observa-se valores de z mais elevados aquando da
comparação dos valores nos três eixos. É possível verificar a atenuação da aceleração no eixo
dos z dado que os valores medidos no assento são inferiores aos medidos no piso do empilhador.
É também possível observar neste caso o percurso de ida e volta, tal como no caso do
empilhador antigo, sendo as idas representadas por valores mais baixos e a volta por valores
mais elevados, sendo este facto visível nos três eixos. Observa-se novamente que os valores nos
eixos dos y sofrem uma amplificação quando medidos no assento.
No setor das Embalagens verifica-se momentos em que o valor do eixo do x é superior aos
outros eixos, correspondendo estes momentos às pequenas manobras com as paletes. Quando o
trabalhador percorreu o empedrado os valores no eixo do z foram sempre superiores ao eixo dos
x e y.
Na Nováqua foram registados valores mais baixos. Neste caso, verifica-se em alguns momentos
valores de x mais elevados que os valores de y e z, correspondendo a manobras com as paletes.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
54 Conclusões
Quanto ao setor dos Resíduos verificam-se valores mais elevados no eixo dos z, correspondendo
ao percurso no empedrado. Também é possível constatar valores mais elevados quando o
trabalhador entra no parque de Resíduos, devido à presença de uma rampa com piso irregular.
Apreciando os resultados obtidos de uma forma geral, relativamente ao setor do AMP os valores
podem justificar-se devido ao percurso que realizam desde o armazém até à zona de produção da
fábrica, visto tratar-se de um piso empedrado. Os valores registados no setor da Nováqua podem
justificar-se pela inexperiência do condutor e a sua postura cautelosa na condução do
empilhador. Nesta tarefa o trabalhador tinha a necessidade de percorrer o empedrado pelo menos
uma vez, sendo que foi observado que o fez a uma velocidade muito reduzida. O setor dos
Resíduos é também um posto de trabalho sobre o qual terá que recair especial atenção, visto que
o trabalhador durante praticamente todo o seu tempo de trabalho, executa tarefas com o
empilhador sobre piso empedrado. Estas tarefas, têm a vantagem de os percursos serem mais
pequenos ou de poucas deslocações de grande distância.
De entre os fatores que condicionam a exposição dos condutores às vibrações, o piso empedrado
é aquele que tem maior influência, possuindo também o parâmetro velocidade uma grande
importância. Este é um fator que depende do condutor, apesar de existir um limite estabelecido.
Um outro fator que se relevou importante foi a presença da grelha que existe à entrada dos
armazéns, que se torna numa espécie de obstáculo. Esta grelha encontra-se meia solta em todos
os locais onde está colocada, o que provoca uma perturbação no conforto do condutor aquando
da passagem sobre ela.
De entre as propostas de melhoria, existe a consciência de quais as que implicam um custo para a
sua execução, como sejam, por exemplo as medidas físicas, tais como a alteração dos pneus ou
do piso e aquelas que não apresentam um custo associado que são, por exemplo, a moderação da
velocidade e a alternância de tarefas. De notar que a implementação de um comboio logístico e
de um corredor entre o AMP e a fabrica começou a ser estudado pela empresa. O comboio
logístico irá diminuir as viagens entre os setores, e consequentemente as horas de exposição às
vibrações.
Um ponto a ter em conta é a especial atenção àqueles que, de alguma forma, apresentam
sintomas ou problemas que conjugados com a condução de empilhadores se tornem agravados.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 55
6. PERSPETIVAS FUTURAS
Como perspetivas futuras é proposta a realização da avaliação de exposição a vibrações também
no empilhador elétrico do AMP da CIN, no empilhador elétrico da Megadur e no empilhador
elétrico do Centro de Distribuição, por forma a verificar se estes casos cumprem os limites
legais, mesmo que percorrendo apenas o piso liso, bem como para ter presente mais casos para
comparação. É ainda sugerida a avaliação de diferentes trabalhadores na condução do mesmo
empilhador desempenhando a mesma tarefa.
Neste estudo poderia também ser incluídos testes, testando diferentes conjugações de
circunstâncias, como por exemplo, simular uma viagem entre a fábrica e o AMP, sem carga, e a
uma velocidade reduzida, ou testar diferentes posturas na condução.
Como complemento de cálculo é sugerida a determinação do tempo máximo de exposição às
vibrações de corpo inteiro, em cada tarefa, segundo as condições que cada uma exige, por forma
a cumprir os limites legais.
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 57
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Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 59
ANEXOS
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 61
ANEXO I - Folha de Campo – monitorização de vibrações
CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Nome da empresa
CAE
Responsável
CARACTERIZAÇÃO DO OPERADOR
Trabalhador
Género
Peso
Altura
Categoria Profissional
Tempo na empresa
Tempo no Posto de Trabalho atual
Experiência na tarefa
Tempo de exposição a vibrações (anos)
Tempo médio diário da operação (h)
CARACTERIZAÇÃO DO VEÍCULO
Marca
Modelo
Nº de Série
Matrícula
Tipo de alimentação/combustível
Ano de fabrico
Ano ao serviço da empresa
Data da última manutenção
Estado de conservação veículo
Estado de conservação (assento)
Pressão dos pneus
Potência
CARACTERÍSTICAS DA MONITORIZAÇÃO DA MEDIÇÃO E DA TAREFA
Data
Equipamento de medição
Marca
Modelo
Programa
Localização do equipamento
Postura na condução
Peso da carga
Conteúdo da carga
Velocidade do veículo
Cronometragem (local, elevações, tipo de carga,
paragens e/ou período de descanso)
Hora Operação
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
62 Anexos
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 63
ANEXO II – Inquérito Nórdico
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
64 Anexos
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 65
ANEXO III – Gráficos referentes à monitorização das VCI
a) Armazém de Matérias-primas: empilhador antigo
Figura 0.1- Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).
Figura 0.2 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).
Figura 0.3 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).
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eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
66 Anexos
Figura 0.4 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).
Figura 0.5 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (piso).
Figura 0.6 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador antigo (assento).
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10.000 10.000
15.000 15.000
m
s2
Accele
ration
Accele
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m
s2
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Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 08/06/2016 14:04:42 - 0.610 m/s^2 0.630 m/s^2 0.817 m/s^2
Overload (Ch3) 08/06/2016 15:22:11 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch6) 08/06/2016 14:04:36 00:00:23.000 - - -
Overload (Ch5) 08/06/2016 14:04:36 00:00:04.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 67
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
b) Armazém de Matérias-Primas: empilhador novo
Figura 0.7 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).
Figura 0.8 - Monitorização 1 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).
Figura 0.9 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 3
13:15:00 13:20:00 13:25:00 13:30:00 13:35:00 13:40:00 13:45:00 13:50:00 13:55:00 Time
13:14:59
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15.000 15.000
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m
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Accele
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Accele
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Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 13/06/2016 13:14:59 - 0.015 m/s^2 0.051 m/s^2 0.096 m/s^2
Overload (Ch6) 13/06/2016 13:35:48 00:00:02.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 3
13:15:00 13:20:00 13:25:00 13:30:00 13:35:00 13:40:00 13:45:00 13:50:00 13:55:00 Time
13:14:59
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Accele
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Accele
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Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 13/06/2016 13:14:59 - 0.145 m/s^2 0.204 m/s^2 0.833 m/s^2
Overload (Ch6) 13/06/2016 13:35:48 00:00:02.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 4
14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time
14:04:06
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ration
Accele
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Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.012 m/s^2 0.010 m/s^2 0.024 m/s^2
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
68 Anexos
Figura 0.10 - Monitorização 2 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).
Figura 0.11 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (piso).
Figura 0.12 - Monitorização 3 das VCI no setor do AMP com o empilhador novo (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 4
14:05:00 14:10:00 14:15:00 14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 Time
14:04:06
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12.000 12.000
m
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ration
Accele
ration
m
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Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 14:04:06 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.061 m/s^2
Overload (Ch5) 21/06/2016 14:37:52 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 21/06/2016 14:14:20 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 21/06/2016 14:10:47 00:00:07.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 4
15:15:00 15:20:00 15:25:00 15:30:00 15:35:00 15:40:00 15:45:00 15:50:00 15:55:00 16:00:00 Time
15:14:38
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25.000
m
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Accele
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m
s2
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Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 11/07/2016 15:14:38 - 0.015 m/s^2 0.019 m/s^2 0.045 m/s^2
Overload (Ch4) 11/07/2016 16:04:58 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch3) 11/07/2016 15:21:36 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 11/07/2016 15:20:11 00:00:09.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 4
15:15:00 15:20:00 15:25:00 15:30:00 15:35:00 15:40:00 15:45:00 15:50:00 15:55:00 16:00:00 Time
15:14:38
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2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
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10.000 10.000
12.000 12.000
14.000 14.000
m
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Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 11/07/2016 15:14:38 - 0.170 m/s^2 0.141 m/s^2 1.003 m/s^2
Overload (Ch6) 11/07/2016 15:20:11 00:00:09.000 - - -
Overload (Ch4) 11/07/2016 16:04:58 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch3) 11/07/2016 15:21:36 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 69
c) Embalagens
Figura 0.13 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (piso).
Figura 0.14 - Monitorização 1 das VCI no setor das Embalagens (assento).
Figura 0.15 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 7
08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 10:20:00 Time
08:39:39
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2.000 2.000
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12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 08:39:39 - 0.013 m/s^2 0.017 m/s^2 0.034 m/s^2
Overload (Ch3) 02/06/2016 09:11:26 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch6) 02/06/2016 09:56:16 00:00:07.000 - - -
Overload (Ch5) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 7
08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 10:20:00 Time
08:39:39
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 02/06/2016 08:39:39 - 0.105 m/s^2 0.085 m/s^2 0.699 m/s^2
Overload (Ch6) 02/06/2016 09:56:16 00:00:07.000 - - -
Overload (Ch4) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch3) 02/06/2016 09:11:26 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch5) 02/06/2016 09:56:16 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 8
08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time
08:39:04
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14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.024 m/s^2
Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -
Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -
Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
70 Anexos
Figura 0.16 - Monitorização 2 das VCI no setor das Embalagens (assento).
Figura 0.17 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (piso).
Figura 0.18 - Monitorização 3 das VCI no setor das Embalagens (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 8
08:45:00 09:00:00 09:15:00 09:30:00 09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00Time
08:39:04
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7.000 7.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 03/06/2016 08:39:04 - 0.012 m/s^2 0.015 m/s^2 0.056 m/s^2
Overload (Ch3) 03/06/2016 09:32:46 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch5) 03/06/2016 08:50:32 00:00:15.000 - - -
Overload (Ch4) 03/06/2016 08:50:32 00:00:10.000 - - -
Overload (Ch6) 03/06/2016 08:44:39 00:00:14.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 6
09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 Time
08:52:48
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14.000 14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 08/06/2016 08:52:48 - 0.029 m/s^2 0.027 m/s^2 0.024 m/s^2
Overload (Ch6) 08/06/2016 09:10:43 00:00:03.000 - - -
Overload (Ch4) 08/06/2016 09:10:43 00:00:02.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 6
09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 10:00:00 10:10:00 Time
08:52:48
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4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 08/06/2016 08:52:48 - 0.459 m/s^2 0.433 m/s^2 0.191 m/s^2
Overload (Ch4) 08/06/2016 09:10:43 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch6) 08/06/2016 09:10:43 00:00:03.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 71
d) Nováqua
Figura 0.19 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (piso).
Figura 0.20 - Monitorização 1 das VCI no setor Nováqua (assento).
Figura 0.21 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 5
08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 Time
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m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
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Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 20/06/2016 08:21:43 - 0.013 m/s^2 0.011 m/s^2 0.024 m/s^2Logger r esults, aggregation degree = 5
08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 Time
08:21:43
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1.000 1.000
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5.000 5.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 20/06/2016 08:21:43 - 0.011 m/s^2 0.014 m/s^2 0.064 m/s^2Logger r esults, aggregation degree = 3
08:15:00 08:20:00 08:25:00 08:30:00 08:35:00 08:40:00 08:45:00 Time
08:11:53
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2.000 2.000
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10.000 10.000
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m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 08:11:53 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.023 m/s^2
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
72 Anexos
Figura 0.22 - Monitorização 2 das VCI no setor Nováqua (assento).
Figura 0.23 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (piso).
Figura 0.24 - Monitorização 3 das VCI no setor Nováqua (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 3
08:15:00 08:20:00 08:25:00 08:30:00 08:35:00 08:40:00 08:45:00 Time
08:11:53
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10.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 21/06/2016 08:11:53 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.043 m/s^2
Logger r esults, aggregation degree = 6
08:20:00 08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 Time
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m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 22/06/2016 08:16:48 - 3.475 m/s^2 3.495 m/s^2 1.895 m/s^2
Overload (Ch4) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch5) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch6) 22/06/2016 08:16:42 00:00:06.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 6
08:20:00 08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 Time
08:16:48
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 22/06/2016 08:16:48 - 0.773 m/s^2 0.790 m/s^2 0.430 m/s^2
Overload (Ch5) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -
Overload (Ch6) 22/06/2016 08:16:42 00:00:06.000 - - -
Overload (Ch4) 22/06/2016 08:16:42 00:00:04.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 73
Figura 0.25 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (piso).
Figura 0.26 - Monitorização 4 das VCI no setor Nováqua (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 4
09:50:00 09:55:00 10:00:00 10:05:00 10:10:00 10:15:00 10:20:00 10:25:00 10:30:00 10:35:00 Time
09:49:58
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10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 22/06/2016 09:49:58 - 0.011 m/s^2 0.013 m/s^2 0.026 m/s^2
Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 4
09:50:00 09:55:00 10:00:00 10:05:00 10:10:00 10:15:00 10:20:00 10:25:00 10:30:00 10:35:00 Time
09:49:58
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 22/06/2016 09:49:58 - 0.011 m/s^2 0.012 m/s^2 0.078 m/s^2
Overload (Ch6) 22/06/2016 10:24:05 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
74 Anexos
e) Resíduos
Figura 0.27 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (piso).
Figura 0.28 - Monitorização 1 das VCI no setor dos Resíduos (assento.)
Figura 0.29 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 6
08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time
08:28:34
0.000 0.000
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15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.023 m/s^2 0.025 m/s^2 0.038 m/s^2
Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 6
08:30:00 08:40:00 08:50:00 09:00:00 09:10:00 09:20:00 09:30:00 09:40:00 09:50:00 Time
08:28:34
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 20/05/2016 08:28:34 - 0.109 m/s^2 0.101 m/s^2 0.539 m/s^2
Overload (Ch1) 20/05/2016 09:00:07 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch6) 20/05/2016 09:30:31 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch2) 20/05/2016 09:00:07 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 5
08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time
08:30:37
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
20.000 20.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.036 m/s^2
Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 75
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 0.30 - Monitorização 2 das VCI no setor dos Resíduos (assento).
Figura 0.31 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (piso).
Figura 0.32 - Monitorização 3 das VCI no setor dos Resíduos (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 5
08:35:00 08:40:00 08:45:00 08:50:00 08:55:00 09:00:00 09:05:00 09:10:00 09:15:00 09:20:00 09:25:00 09:30:00 09:35:00 Time
08:30:37
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 25/05/2016 08:30:37 - 0.062 m/s^2 0.117 m/s^2 0.415 m/s^2
Overload (Ch1) 25/05/2016 09:13:59 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch2) 25/05/2016 09:32:07 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch3) 25/05/2016 09:32:07 00:00:03.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 5
11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time
10:56:23
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.010 m/s^2 0.011 m/s^2 0.027 m/s^2
Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 5
11:00:00 11:10:00 11:20:00 11:30:00 11:40:00 11:50:00 12:00:00 Time
10:56:23
0.000 0.000
1.000 1.000
2.000 2.000
3.000 3.000
4.000 4.000
5.000 5.000
6.000 6.000
7.000 7.000
8.000 8.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 27/05/2016 10:56:23 - 0.017 m/s^2 0.023 m/s^2 0.108 m/s^2
Overload (Ch3) 27/05/2016 11:31:35 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
76 Anexos
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
f) Armazém de Matérias-primas: Megadur
Figura 0.33 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).
Figura 0.34 - Monitorização 1 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
Figura 0.35 - Monitorização 2 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 33 :11
14:44:00 14:48:00 14:52:00 14:56:00 15:00:00 15:04:00 15:08:00 15:12:00 Time
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 24/05/2016 15:15:47 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.035 m/s^2
Overload (Ch3) 24/05/2016 14:47:37 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch4) 24/05/2016 14:47:30 00:00:01.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 3 , Inter val = 33 :35
14:44:00 14:48:00 14:52:00 14:56:00 15:00:00 15:04:00 15:08:00 15:12:00 Time
0.000 0.000
5.000 5.000
10.000 10.000
15.000 15.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 24/05/2016 15:15:47 - 0.009 m/s^2 0.013 m/s^2 0.024 m/s^2
Inside blocks 24/05/2016 14:42:12 00:00:06.000 0.011 m/s^2 0.012 m/s^2 0.024 m/s^2
Outside blocks 24/05/2016 14:34:00 00:41:41.000 1.873 m/s^2 1.351 m/s^2 3.228 m/s^2
Overload (Ch3) 24/05/2016 14:47:37 00:00:02.000 - - -
Overload (Ch4) 24/05/2016 14:47:30 00:00:01.000 - - -Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 19 :11
15:20:00 15:22:00 15:24:00 15:26:00 15:28:00 15:30:00 15:32:00 15:34:00 15:36:00 Time
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 24/05/2016 15:38:03 - 0.011 m/s^2 0.015 m/s^2 0.038 m/s^2
Overload (Ch1) 24/05/2016 15:32:17 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch5) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
Botelho, Catarina 77
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 0.36 - Monitorização2 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
Figura 0.37 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).
Figura 0.38 - Monitorização 3 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
Logger r esults, aggregation degree = 2 , Inter val = 18 :29
15:20:00 15:22:00 15:24:00 15:26:00 15:28:00 15:30:00 15:32:00 15:34:00 15:36:00 Time
15:21:20
0.000 0.000
1.000 1.000
2.000 2.000
3.000 3.000
4.000 4.000
5.000 5.000
6.000 6.000
7.000 7.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 24/05/2016 15:21:20 - 1.156 m/s^2 0.422 m/s^2 0.810 m/s^2
Overload (Ch5) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch4) 24/05/2016 15:24:28 00:00:01.000 - - -
Overload (Ch1) 24/05/2016 15:32:17 00:00:01.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 9
09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00 10:45:00 11:00:00 11:15:00 11:30:00 11:45:00 Time
09:40:35
0.000 0.000
1.000 1.000
2.000 2.000
3.000 3.000
4.000 4.000
5.000 5.000
6.000 6.000
7.000 7.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 28/06/2016 09:40:35 - 0.013 m/s^2 0.013 m/s^2 0.098 m/s^2
Overload (Ch6) 28/06/2016 10:38:05 00:00:02.000 - - -
Logger r esults, aggregation degree = 9
09:45:00 10:00:00 10:15:00 10:30:00 10:45:00 11:00:00 11:15:00 11:30:00 11:45:00 Time
09:40:35
0.000 0.000
2.000 2.000
4.000 4.000
6.000 6.000
8.000 8.000
10.000 10.000
12.000 12.000
14.000 14.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 28/06/2016 09:40:35 - 0.022 m/s^2 0.024 m/s^2 0.027 m/s^2
Overload (Ch6) 28/06/2016 10:38:05 00:00:02.000 - - -
Caracterização da Exposição a Vibrações na Condução de Empilhadores na Indústria CIN
78 Anexos
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
eixo dos x eixo dos y eixo dos z
Figura 0.39 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (piso).
Figura 0.40 - Monitorização 4 das VCI no setor AMP na Megadur (assento).
Logger r esults, aggregation degree = 4 , Inter val = 01 :03 :16
14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 15:25:00Time
0.000 0.000
0.500 0.500
1.000 1.000
1.500 1.500
2.000 2.000
2.500 2.500
3.000 3.000
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch4, P1 (Wd, Lin) Ch5, P1 (Wd, Lin) Ch6, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 12/07/2016 15:28:28 - 0.002 m/s^2 0.002 m/s^2 0.001 m/s^2
Logger r esults, aggregation degree = 5 , Inter val = 01 :09 :16
14:20:00 14:25:00 14:30:00 14:35:00 14:40:00 14:45:00 14:50:00 14:55:00 15:00:00 15:05:00 15:10:00 15:15:00 15:20:00 Time
14:28:07
0.000 0.000
0.200 0.200
0.400 0.400
0.600 0.600
0.800 0.800
1.000 1.000
1.200 1.200
1.400 1.400
1.600 1.600
m
s2
Accele
ration
Accele
ration
m
s2
Start Duration aw aw aw
Info - - Ch1, P1 (Wd, Lin) Ch2, P1 (Wd, Lin) Ch3, P1 (Wk, Lin)
Main cursor 12/07/2016 14:28:07 - 0.557 m/s^2 0.219 m/s^2 0.205 m/s^2