Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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      O mais simples dos defeitos pontuais é a

    lacuna Posição atômica na qual falta um átomo;

    Todo sólido cristalino contém lacunas;

    Aumento da entropia.

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    O número de lacunas em equilíbrio depende da

    temperatura

    N = nº total de sítios atômicos;

    Q = energia para formação de uma lacuna; T = temperatura em ºK; k = constante de Bolztman

    Número de lacunas aumenta exponencialmenteem função da temperatura.

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      Átomo que se encontra comprimido em um

    sítio intersticial

    Ocorrem em quantidade significativamentemenor que as lacunas

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      Presentes em todos metais – máximo de

    99,9999% de pureza

    Ligas – átomos de impurezasintencionalmente adicionados para conferircaracterísticas específicas

    Adição de átomos – solução sólida

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    Átomos do soluto são adicionados nosolvente sem formar uma nova estrutura

    Defeitos pontuais devido a presença deimpurezas Substitucional

    Intersticial

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    Fator do tamanho atômico Pequena diferença entre os tamanhos atômicos

    Estrutura Cristalina Ambos metais devem ter a mesma estrutura cristalina

    Eletronegatividade Quanto maior a diferença maior a probabilidade de

    formar um composto metálico Valência

    Maior tendência de dissolver outro de maior valência

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    Materiais metálicos com fator deempacotamento alto tem posições intersticiaispequenas

    Diâmetro atômico da impureza intersticial tem queser pequeno

    Quantidade inferior a 10%

    Átomos de impurezas geralmente são maioresque os vazios Induzem deformações

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    IMPUREZAS NAS CERÂMICAS

    CERÂMICAS DEFINIÇÃO:Cerâmicas são compostos entre elementos metálicos enão-metálicos: eles são muito frequentemente óxidos,nitretos e carbetos. A larga faixa de materiais que caemdentro desta classificação inclui cerâmicas que são

    compostas de minerais de argilas, cimento e vidro(CALLISTER, 2011);

    IMPUREZAS: Átomos de impureza podem formar soluções sólidas em

    materiais cerâmicos da mesma forma que em metais(CALLISTER, 2011);Essas soluções podem ser tanto substitucional quantointersticial (CALLISTER, 2011);

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    IMPUREZAS NAS CERÂMICAS

    Intersticial: o raio iônico da impureza deve ser relativamentepequeno em comparação com o ânion (CALLISTER, 2011);Substitucional: Este tipo de solução sólida em materiaiscerâmicos se dá quando há similaridade de carga entre oscátions e ânions da estrutura e as impurezas; ou seja, umaimpureza substitucional irá substituir um íon hospedeiro queseja mais semelhante a ela no aspecto elétrico (CALLISTER,2011)

    EXEMPLO: no cloreto de sódio, íons de impureza Ca2+ e O2- ,eles provavelmente substituiriam os íons Na+  e Cl-,respectivamente.

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    IMPUREZAS NAS CERÂMICAS

    Solubilidade sólida apreciável de impureza substitucional: otamanho e a carga iônica da impureza devem ser muitopróximos daqueles dos íons hospedeiros;

    Íon de impureza com carga diferente do hospedeiro: ocristal deve compensar para que a eletroneutralidade sejamantida. Um meio de realizar isto é pela formação dedefeitos de rede - vacâncias ou intersticiais de ambos ostipos de íons (CALLISTER, 2011)

    EXEMPLO DE IMPUREZAS EM CERÂMICAS: Pequenasadições de íons de cobalto, cromo, cobre, manganês e ferrocausam grandes mudanças de cor em vidros.

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    Figura 01  –  Apresentações das formas

    de impurezas.

    IMPUREZAS NAS CERÂMICAS

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    DEFEITO: É uma imperfeição ou um "erro" no arranjoperiódico regular dos átomos em um cristal.

    Podem envolver uma irregularidade:•na posição dos átomos;•no tipo de átomos.

    O tipo e o número de defeitos dependem do material,do meio ambiente, e das circunstâncias sob as quais ocristal é processado.

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    DEFEITOS NOS POLÍMEROS

    DEFINIÇÃO:Polímeros são macromoléculas formadas a partir de

    unidades estruturais menores (monômeros - que é umpequeno segmento de uma cadeia, que consiste emmoléculas de carbono e hidrogênio, entre outras.);São normalmente combinações de elementos orgânicos,

    como o Carbono, Hidrogênio além de outros materiais nãometálicos.

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    DEFEITOS NOS POLÍMEROS

    DEFEITOS:Os defeitos nos polímeros são diferentes dos metais, issodevido as macromoléculas, e à natureza do estadocristalino polimérico (BERTUCCIO et. al, 2012).Defeitos são detectados em lacunas, átomos intersticiais,

    átomos/íons de impureza e grupos átomos/íons comointersticiais na região cristalina (BERTUCCIO et. al, 2012).Podem ser também: defeitos nas cadeias, cadeiaspendentes ou soltas, assim como discordâncias(BERTUCCIO et. al, 2012).

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    DEFEITOS PLANOS OU INTERFACIAIS

    Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) enormalmente separam regiões dos materiais dediferentes estruturas cristalinas ou orientaçõescristalográficas.

    1.Superfície externa;2.Contorno de grão;3.Maclas ou Twins;

    4.Defeitos interfaciais diversos (empilhamento).

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    É um tipo de defeito pontual de umaestrutura de cristal;

    Envolve um par composto por uma lacunacatiônica e uma lacuna aniônica; É formado pela remoção de um cátion e de

    um ânion do interior do cristal, seguido pelacolocação de ambos os íons em umasuperfície externa;

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    Representações esquemáticas de lacunascatiônicas e aniônicas e de um cátion intersticial

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    É um tipo de defeito pontual de umaestrutura de cristal;

    Envolve um par composto por uma lacunacatiônica e uma cátion intersticial; É formado quando um cátion deixa seu lugar

    na estrutura, criando uma lacuna e ocupandoum espaço intersticial;

    Também pode ser chamado de par de Frenkelou desordem de Frenkel;

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    Diagrama esquemático mostrando defeitos deFrenkel e Schottky em sólidos iônicos

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    DEFEITO DE FRENKEL

    Sólidos iônicos com grande

    diferença de tamanhoentre cátions e ânions; Exemplos: ZnS, AgCl, AgBr,

    Agl;

    DEFEITO DE SCHOTTKY

    Compostos altamente

    iônicos; Compostos altamenteorganizados;

    Compostos onde existeuma pequena diferença de

    tamanho entre cátions eânions;

    Exemplos: NaCl, KCl, KBr,CsCl, AgCl.

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    DEFEITO DE FRENKEL

    Não afeta a densidade do

    sólidos pois envolveapenas a migração de íonsdentro do cristal, entãopreservam tanto o volumequanto a massa;

    DEFEITO DE SCHOTTKY

    O número total de íons em

    um cristal com esse defeitoé menor que o valor teóricode íons, então a densidadedeste sólido é menor que onormal;

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    1.DEFEITOS NA SUPERFÍCIE EXTERNA

    •Um dos contornos mais óbvios;•Na superfície os átomos não estão completamenteligados;•O estado de energia dos átomos na superfície é maior que

    no interior do cristal;•Os materiais tendem a minimizar está energia• A energia superficial é expressa em unidades de energiapor unidade de área (erg/cm2 ou J/m2).

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    2.CONTORNO DE GRÃO

    •Corresponde à região que separa dois ou mais cristaisde orientação diferente;•No interior de cada grão todos os átomos estãoarranjados segundo um único modelo e única orientação,

    caracterizada pela célula unitária.

    Fonte: Costa E.M. –  IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS –  Notas de aula - PUC-RS.

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    2.CONTORNO DE GRÃO

    •Há um empacotamento ATÔMICO menoseficiente;•Há uma energia mais elevada;•Favorece a nucleação de novas fases(segregação);•Favorece a difusão;•O contorno de grão ancora o movimento das

    discordâncias.

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    CONTORNO DE PEQUENO ÂNGULO

    •Ocorre quando a desorientação dos cristais épequena;•É formado pelo alinhamento de discordâncias

    Ângulo dedesalinhamento

    Ângulo de

    Contorno de grão de altoângulo

    Contorno de grão de baixoângulo

    Fonte: Ciência e Engenharia de Materiais:uma introdução  –  

    Callister, JR., William D., 1940.

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    3.MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS

    •É um tipo especial de contorno de grão;•Os átomos de um lado do contorno são imagensespeculares dos átomos do outro lado do contorno;• A macla ocorre num plano definido e numa direçãoespecífica, dependendo da estrutura cristalina.

    Fonte: Costa E.M. –  IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS  –  Notas de aula - PUC-RS.

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    3.MACLAS OU CRISTAIS GÊMEOS

    O seu aparecimento está geralmente associadocom A PRESENÇA DE:•tensões térmicase mecânicas;•Impurezas;•Etc.

    Fonte: Costa E.M. –  IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS  –  

    Notas de aula - PUC-RS.

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    4.Defeitos interfaciais diversos (empilhamento).

    Corresponde a interrupção de uma seqüência regularde empacotamento de planos em uma rede cristalina.

     As falhas deempacotamento sãoencontradas em metaisCFC quando existe umainterrupção na

    sequencia deempilhamento ABABAB.

    Fonte: Costa E.M. –  IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS  –  

    Notas de aula - PUC-RS.

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    É um defeito linear ou unidimensionalem torno do qual alguns átomos estãodesalinhado. (Callister, 2011)

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    É uma porção extra de um plano de átomos, ou semi plano, cuja aresta termina no interior do cristal.(Callister, 2011).

    Representação esquemática de um defeitolinear do tipo discordância em aresta. 

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    A discordância em aresta está centralizada em

    torno de uma linha definida ao longo da

    extremidade do semi plano adicional de átomos,conhecida como a linha da discordância.

    A discordância em aresta pode ser representada

    pelo símbolo ( ), que também indica a posiçãoda linha da discordância. Também pode ser

    formada por semi plano adicional de átomos que

    esteja incluído na fração inferior do cristal, sendo,

    neste caso representada pelo símbolo ( ).

    Dpto de Ciência dos Materiais e Metalurgia –  PUC Rio –  Disponível: http://www.dcmm.puc-

    rio.br/cursos/cemat_mv/Aula9.pdf

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    Considerada como a consequência da tensão decisalhamento que aplicada para produzir a

    distorção. (Callister, William D,.1940).

    Representação esquemática de um defeito

    linear do tipo discordância em espiral.

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    A distorção atômica associada com umadiscordância em espiral também é linear ao longo da

    linha da discordância e está associada com a

    trajetória helicoidal que é traçada em torno da sua

    linha pelos planos atômicos;

    O símbolo é usado para designar este tipo de

    discordância;

    Na discordância em espiral, a linha da discordância,

    a direção do cisalhamento e o vetor de Burgers são

    paralelosDpto de Ciência dos Materiais e Metalurgia –  PUC Rio –  Disponível: http://www.dcmm.puc-rio.br/cursos/cemat_mv/Aula9.pdf

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    Formação de discordância por cisalhamento: a linha da

    discordância D se expande pelo cristal até que o

    deslizamento se complete. 

    Dpto de Ciência dos Materiais e Metalurgia –  PUC Rio –  Disponível: http://www.dcmm.puc-rio.br/cursos/cemat_mv/Aula9.pdf

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     As discordâncias encontradas nos materiais

    cristalinos provavelmente não saem puramente

    arestas ou puramente espiral, mas exibirão

    componentes de ambos os tipos, denominadasmistas. (Callister, William D,.1940).

    Discordância mista (caráter simultâneo de aresta

    e espiral). 

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    Efeito de deformação da rede cristalina

    provocada por discordância mista. 

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     A magnitude e a direção da distorção da redeassociada a uma discordância são expressadasem termos de um vetor de Burgers. (Callister, 2011).

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    Para materiais metálicos, o vetor de Burgers iráapontar para uma direção cristalograficamentecompacta e terá uma magnitude igual aoespaçamento interatômico;

    Determinação dovetor de Burgers

    em cristalperfeito (a) e emcristal na presençade discordância(b). 

    Dpto de Ciência dos Materiais e Metalurgia –  PUC Rio –  Disponível: http://www.dcmm.puc-

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     Na discordância em aresta, a linha dadiscordância e o vetor de Burgers são

     perpendiculares.

    Dpto de Ciência dos Materiais e Metalurgia –  PUC Rio –  Disponível: http://www.dcmm.puc-

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    O tamanho do grão d

    e metais policristalinos é importante, já que a superfície dos contornosentre os grãos tem um efeito importante em muitas propriedades dosmetais, especialmente na resistência mecânica.

    Em temperaturas baixas (inferiores a cerca de metade da temperaturaabsoluta de fusão), a região do contorno provoca um aumento daresistência mecânica dos metais, porque sob tensão dificulta omovimento das discordâncias.

    Em temperaturas elevadas pode ocorrer o escorregamento ao longodos contornos e estes se tornam regiões vulneráveis nos metaispolicristalinos.

    DETERMINAÇÃO DO TAMANDO DO GRÃO

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    O tamanho do grmétodo de interseção:

    Uma série de segmentos de linhas retos (todos com o mesmocomprimento) são desenhados sobre uma microfotografia.

    O comprimento da linha é dividido pelo número médio de

    interseções de grãos por linha.

    O diâmetro médio do grão é tomado como sendo esseresultado dividido pela ampliação da fotomicrografia.

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    Na tabela abaixo, indicam-se os números de tamanho de grão, assim como onúmero de grãos por pol², numa ampliação de 100X, e o número de grãos pormm², com uma ampliação de 1X.

    Em geral, um material pode ser classificado como grosseiro quando n < 3, degrão médio, 4 < n < 6; de grão refinado, 7 < n < 9, e com grão ultrafino, n > 10

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Na figura abaixo, mostram-se exemplos do tamanho de grão deamostras de chapa de aço de baixo teor de carbono:

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Exercício

    Fez-se a determinação do tamanho de grão ASTM, em uma fotomicrografia de ummetal com uma ampliação de 100X. Se existirem 64 grãos por polegada quadrada,qual é o número ASTM de tamanho de grão do metal?

    N = número de grãos por polegada quadrada em 100X

    n = número de tamanho de grão ASTM

    64 grãos/pol² = 2n-1

    log 64 = (n  –  1)(log 2) 

    1,806 = (n  –  1)(0,301)

    n = 7 

    N = 2n-1

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Exercício

    Se existem 60 grãos por polegada quadrada, em uma fotomicrografia de um metalobtida com uma ampliação de 200X, qual é o número ASTM de tamanho de grão dometal?

    Se com uma ampliação de 200X existem 60 grãos por polegada quadrada,com uma ampliação de 100X, teremos:

    log 240 = (n  –  1)(log 2) 

    2,380 = (n  –  1)(0,301)n = 8,91 

    A razão entre as ampliações tem de ser elevada ao quadrado, porqueestamos interessados no número de grãos por polegada quadrada.

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Para uma liga que contém dois átomos hipotéticosidentificados como 1 e 2, a concentração do átomo1 em %p é dada por:

    Onde: C1→ Concentração do átomo 1 m1 + m2→massa dos elementos 1 e 2

    m1→massa dos elementos 1 e 2

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    A base para os cálculos é o número de molsde um elemento em relação ao número total

    de mols de todos os elementos de uma liga, édado por:

    Onde: m1’→massa (em gramas)

    A1 → peso atômico

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    A Concentração para o elemento 1 em termosda porcentagem atômica em uma liga

    contendo os átomos dos elementos 1 e 2, édefinida por:

    Onde: nm1→ número de mols

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Para converter a % em peso em % atômica,em elementos hipotéticos 1 e 2, as

    expressões de conversões são:

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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      Uma vez que estamos considerando apenas

    dois elemementos, os cálculos envolvendo asequações anteriores podem ser simplificadosquando se observa que:

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    As concentrações em termos dessa baseserão representadas com a utilização ode“duas linhas” (isto é C”1 e C

    ”2), e as equações

    relevantes são as seguintes:

    Onde: massa específica (ρ) → g/cm³

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    A massa específica e o peso atômico de umaliga binária tendo sido dada a composição em

    termos ou da % em peso ou da % atômica:

    Onde: massa específica→ (ρméd

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    A massa específica e o peso atômico de umaliga binária tendo sido dada a composição emtermos ou da % em peso ou da % atômica:

    Onde: Peso atômico→ (Améd

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Determine a composição, em porcentagematômica, de uma liga com 97%p alumínio e

    3%p cobre. Solução:

    ▪ Se representarmos as respectivas composições emporcentagem em peso como Cal= 97 e Ccu= 3, a

    substituição nas Equações:100

    1221

    21

    '1 

     AC  AC 

     AC C    100

    2'21'1

    1'1

     AC  AC 

     AC C 

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    aC 

    mol  g mol  g 

    mol  g C 

     AC  AC  AC C 

     Al 

     Al 

     Al CuCu Al 

    Cu Al  Al 

    %7,98

    100)/98,26)(3()/55,63)(97(

    )/55,63)(97(

    100

    '

    '

    '

    aC 

    mol  g mol  g 

    mol  g C 

     AC  AC 

     AC C 

     Al 

     Al 

    Cu Al  Al Cu

     Al CuCu

    %30,1

    100)/55,63)(97()/98,26)(3(

    )/98,26)(3(

    100

    '

    '

    '

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    A Microscopia óptica, também denominada“microscopia  de luz”,  consiste em uma técnica deobservação de objetos e sistemas com ampliaçõesde algumas dezenas até milhares de vezes dasdimensões físicas, tipicamente 10X a 1500X.

    O microscópio óptico mais simples consiste de duaslentes montadas em uma estrutura, com umsuporte para anteparo do material a ser observado.

    O equipamento conta ainda com um sistema deiluminação, filtros, colimadores, e outras partes, nosentido de otimizar a qualidade da imagem obtida.

  • 8/19/2019 Capitulo 3 - Lacunas e Impurezas Nos Solidos

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    Existem diversas variações de modelos,com imagem por luz refletida(materiais opacos), luz transmitida

    (materiais translúcidos), imagem porfluorescência, dentre outras.

    A ampliação final de um microscópio

    óptico será o resultado do produtoobtido pela ampliação da lente ocularpela objetiva, situando-se na faixa de~40X a ~1000X.

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    A microscopia óptica utiliza aspropriedades ondulatórias da radiaçãoeletromagnética, principalmente na

    faixa de energia da luz visível. Alguns fenômenos de interação da

    radiação com a matéria são

    importantes, tais como:  Absorção;  Refração;  Difração.

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    Na microscopia óptica, para materiaisopacos à luz visível, apenas suasuperfície é submetida à observação,sendo necessário o uso no modo dereflexão.

    Para que se possa fazer uma análiseestrutural no material, é preciso realizaro processo de preparação das amostraspreviamente. As etapas do processo depreparação são formadas pelaseparação da amostra, embutimento,lixamento, polimento e ataque

    uímico.

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    SOUZA, V.C.G; SAMPAIO H.S.; e TAVARES, M.M.L - 2002

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    • Utiliza feixes de elétrons ao invés deradiação luminosa (microscópioóptico);

    • Existem três tipos: – De transmissão (MET): usado para a

    observação de cortes ultrafinos;

     – De varredura (ou MEV): capaz de produzirimagens de alta ampliação para aobservação de superfícies;

     – De varredura por sonda (MVS): paravisualização de átomos.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012.

    FONTE: CONTEUDO, 2014.

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    • A imagem é formada por um feixe deelétrons que passa através da amostra;

    • Os contrastes na imagem são obtidos pelas

    diferenças na disperção ou difração do feixeproduzidas entre os vários elementos damicroestrutura ou defeitos;

    • A amostra deve ser preparada na forma deuma folha muito fina, o que assegura a transmissão através da amostra de uma fraçãoaprecíavel do feixe incidente.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 201

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    O feixe transmitido éprojetado sobre uma telafluorescente ou um filme

    fotográfico; Ampliações de até

    1.000.000 de vezes; Empregada no estudo das

    discordâncias.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012.FONTE: CONTEUDO, 2014.

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    • É uma versão mais recente;• A superfície da amostra a ser examinada é

    varrida com um feixe de elétrons e o feixe deelétrons refletido (retroespalhado) é coletado e,então exibido na mesma taxa de varredura emum tubo de raios catódicos (semelhante a telade uma TV);

    • A superfície da amostra pode ou não estar polida

    e ter sido atacada quimicamente, porém deveser condutora de eletricidade; um revestimentometálico superficial muito fino deve ser aplicadosobre materiais não condutores;

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012.

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    FONTE: DEDAVID et. al , 2007.

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    FONTE: DEDAVID et. al , 2007.

    Microscopia Eletrônica de

    Varredura (MEV)

    FONTE: CONTEUDO, 2014.

    E d t d MEV

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    FONTE: DEDAVID et. al , 2007.

    Esquema de componentes do MEV

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    • Ampliações variam de 10 a 50.000 vezes;• São também possíveis profundidades de campo

    muito grandes;• Permitem análises qualitativas e semi-

    quantitativas da composição elementar emáreas muito localizadas da superfície.

    • O MEV é um aparelho que pode fornecerrapidamente informações sobre a morfologia e

    identificação de elementos químicos de umaamostra sólida. Sua utilização é comum embiologia, odontologia, farmácia, engenharia,química, metalurgia, física, medicina e geologia.FONTE: DEDAVID et. al , 2007.

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    • Existem diversas variedades;• Difere dos opticos e eletrônicos pelo fato de que

    nem a luz nem a elétrons são usados para formaruma imagem;

    • O microscópio gera um mapa topográfico, umuma escala atômica, que é uma representaçãodos detalhes e das características da superfícieda amostra que está sendo examinada.

    • Emprega uma sonda minuscula de extremidademuito fina que é colocada muito próxima(distância em nanometros) da superfície daamostra.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012.

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    • Durante a varredura , a sonda sofre deflexõesperpendiculares a esse plano, em resposta ainterrações eletrônicas ou de outra natureza,entre a sonda e a superfície da amostra;

    • Os movimentos da sonda no plano da superfíciee para fora do plano são controlados porcomponentes cerâmicos piezelétricos;

    • Adicionalmente, esses movimentos da sonda

    são monitorados eletronicamente e transferidose armazenados em um computador, o que geraentao a imagem tridimensional da superfpície.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012.

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    • Análise na escala nanométrica;• Ampliações de até 109 vezes;• São geradas imagens

    tridimensionais ampliadas;• Alguns MVS podem ser

    operados em diversosambientes: vácuo, ar, líquidos;

    • Permitem o exame dasuperfície dos materiais nosníveis atômicos e molecular;

    • Alavancou a entrada na era dosnanomateriais.

    FONTE: CALLISTER e RETHWISCH, 2012

    FONTE: CONTEUDO, 2014.

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    • CALLISTER, William D.; RETHWISCH, David G. Ciência eengenharia de materiais: uma introdução. 8. ed. Rio de Janeiro,RJ: LTC, 2012. xxi, 817 p.

    • DEDAVID, Berenice Anina; GOMES, Carmem Isse; MACHADO

    Giovanna. Microscopia Eletrônica De Varredura - Aplicações EPreparação De Amostras: Materiais Poliméricos, Metálicos ESemicondutores. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grandedo Sul. EDIPUCRS. Porto Alegre, 2007.

    • CONTEÚDO aberto. In: Wikipédia: a enciclopédia livre.

    Microscópio eletrônico. Disponível em:. Acesso em: 01 de maio de2014

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    REFERÊCIAS

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    estrutura>. Acesso em março de 2014.JEDYN, Felipe. Materiais Não Metálicos. Aula01: Revisão de Estrutura Atômica e LigaçãoInteratômica e Introdução aos MateriaisCerâmicos. Curitiba. Disponível em:

    . Acesso em março de2014.

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    Referências

    Shackelford, James F. Introdução à ciência dos materiais paraengenheiros / James F. Schackelford; tradução Daniel Vieira; revisãotécnica Nilson C. Cruz. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.Smith, Willian F.; Hashemi, Javad. Fundamentos de Engenharia eCiência dos Materiais. Porto Alegre; AMGH Editora, 2012.

    Ciência dos Materiais Multimídia.http://www.cienciadosmateriais.org  

    http://www.cienciadosmateriais.org/http://www.cienciadosmateriais.org/

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    http://projetocienciando.blogspot.com.br/2012/12/microscopia-optica-aplicada-ao-estudo.html 

    http://www.biomaterial.com.br/capitulo7part01.

    pdf   http://www.angelfire.com/crazy3/qfl2308/1_mult

    ipart_xF8FF_6_Microscopia_otica.pdf   SOUZA, V.C.G; SAMPAIO H.S.; e TAVARES, M.M.L. - Estudo por

    microscopia óptica e lupa das características mineralógicas emicroestruturais do clínquer aplicado ao processo de moagem e qualidade do

    cimento - Rev. Esc. Minas vol.55 no.2 Ouro Preto - MG - 2002.

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