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CLAUDIO R DA COSTA JR 1
1 CAPACIDADE ABSORTIVA: DO BENCHMARKING À TRANSFORMAÇÃO DOS PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS
CAPACIDADE ABSORTIVA: DO BENCHMARKING À
TRANSFORMAÇÃO DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Autor: Claudio Roberto da Costa Junior
Orientador: Prof. Dr. Carlos Ricardo Rossetto
RESUMO
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO – GESTÃO, INTERNACIONALIZAÇÃO E LOGÍSTICA
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2 CAPACIDADE ABSORTIVA: DO BENCHMARKING À TRANSFORMAÇÃO DOS PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS
RESUMO
Este estudo tem por objetivo compreender, a partir do benchmarking, a influência da
capacidade absortiva na transformação dos processos organizacionais numa empresa de
grande porte catarinense do setor de plástico. Como a produtividade das empresas
brasileiras está aquém, comparada com outros países desenvolvidos, demonstrando que
temos uma grande necessidade e oportunidade para melhorar os processos
organizacionais, um mecanismo muito utilizado pelas empresas para adquirir novos
conhecimentos e boas práticas é o benchmarking, que permite comparar a situação atual
e implementar ações para melhorar o desempenho. Mas se a empresa não estiver
preparada para absorver este conhecimento externo terá grande dificuldade para melhorar
seu desempenho e competitividade. Para compreender como ocorre o processo ponta a
ponta da capacidade absortiva, do benchmarking à transformação dos processos
organizacionais, foi utilizado o modelo proposto por Fong, Cheng e Ho (1998) para
identificar o benchmarking, e o modelo proposto por Zahra e George (2002) para
descrever o processo da capacidade absortiva e verificar se as melhorias foram
implementadas nos processos organizacionais. A metodologia de estudo utilizada foi a
abordagem qualitativa para responder ao problema e alcançar os objetivos da pesquisa,
com natureza exploratória-descritiva, usando a tipologia de estudo de caso único, visando
à interpretação e compreensão dos dados e relatos dos entrevistados. Os dados foram
coletados por análise documental e por meio de entrevista semiestruturada. As análises
foram desenvolvidas com a técnica de análise de conteúdo com apoio do software
Atlas/Ti e análise de categorias. Os resultados demonstraram que todas as áreas
entrevistadas utilizam o benchmarking para adquirir conhecimento externo relevante para
a melhoria dos processos, e utilizam o processo da capacidade absortiva para aplicação
nas melhorias e obtenção de vantagens competitivas, mas ficou evidente que todo este
processo acontece de forma ad-hoc em todas as áreas, dependendo do perfil e estilo de
liderança de cada gestor. APLICABILIDADE: com está análise foi possível identificar
algumas oportunidades de melhoria na utilização dos modelos, que podem alavancar
ainda mais a capacidade absortiva da empresa, como por exemplo, a aplicação de uma
metodologia padronizada do processo ponta a ponta – Do benchmarking à melhoria dos
processos organizacionais, melhorar o compartilhamento das informações com todos os
níveis da empresa, implantar uma ferramenta corporativa para armazenamento e gestão
do conhecimento, desenvolver uma política corporativa para proteger as informações
estratégicas e estruturar um canal corporativo para proposição de novas ideias, com
política de incentivo para os funcionários. REAPLICABILIDADE: esta pesquisa pode
ser reaplicada em outras empresas de diferentes portes e segmentos de mercado, pois
todos os temas considerados neste estudo são inerentes a qualquer negócio.
Palavras-chave: Benchmarking; Capacidade Absortiva; Processos Organizacionais;
Setor Plástico.
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3 CAPACIDADE ABSORTIVA: DO BENCHMARKING À TRANSFORMAÇÃO DOS PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS
OBJETIVO DA PESQUISA
Compreender, a partir do benchmarking, a influência da Capacidade Absortiva na
transformação dos processos organizacionais numa empresa de grande porte catarinense
do setor de plástico.
Objetivos específicos:
CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA
❖ Este estudo pretende contribuir para o desenvolvimento da compreensão teórica e
prática da capacidade absortiva, considerando como entrada para o conhecimento
externo as pesquisas de benchmarking, como antecedente, e a análise da aplicação
do conhecimento absorvido para transformação e melhoria dos processos
organizacionais.
❖ Para Jansen, Van Den Bosch, Volberda (2005) poucos estudos empíricos têm
abordado a capacidade absortiva sob a natureza multidimensional.
❖ Todorova e Durisin (2007) sugerem a atenção dos pesquisadores para os
antecedentes da capacidade de absorção, tanto a sua importância relativa quanto
a exploração de novos antecedentes, para desenvolvimento em trabalhos futuros.
Esta consideração nos permite reforçar a importância de analisarmos o
benchmarking como sendo um destes antecedentes utilizados no modelo de Zahra
e George (2002).
- Identificar o processo de benchmarking organizacional;
- Descrever o processo de absorção do conhecimento a partir do benchmarking organizacional;
- Verificar as melhorias implementadas nos processos organizacionais, por meio da capacidade absortiva da organização.
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ORGANIZACIONAIS
❖ Apesar do enorme crescimento na literatura de capacidade absortiva, ainda existe
uma lacuna metodológica sobre uma certa ambiguidade na definição do construto
especificando seu domínio teórico e dimensionalização, e uma falta de validação
do construto na maioria dos estudos (CAMISÓN e FORÉS, 2009).
❖ Versiane et al (2010) corrobora afirmando que poucos estudos focam o tema da
capacidade absortiva exclusivamente em uma abordagem do modelo na íntegra,
reforçando que a validação dos construtos que foi feita na sua pesquisa se baseou
na metodologia quantitativa, e tem espaço para outros autores validarem
utilizando a metodologia qualitativa.
❖ Cruz (2011) também destaca o trabalho de Zahra e George (2002) que apontou
para a noção processual que constitui a Capacidade Absortiva, inspirando
teoricamente investigações de natureza qualitativa, tais como as de Jones (2006)
e Easterby-Smith et al. (2008). Tais autores defendem que a investigação sobre
ACAP deve progredir no sentido de se fazer compreender o processo de sua
constituição e desenvolvimento.
❖ Em termos práticos, este estudo pretende colaborar com os gestores para que
possam obter subsídios sobre a importância da visão estratégica, da preparação e
do desenvolvimento de competências da equipe para melhorar a capacidade
absortiva, a partir do antecedente do benchmarking, para melhoria dos processos
organizacionais. Além disso, também irá contribuir para que possam compreender
as etapas do modelo e sua importância para aumentar a eficiência e eficácia do
processo, analisando as oportunidades de melhoria e os riscos ao negócio.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para atender aos objetivos desta pesquisa, foram adotados os modelos teóricos
metodológicos de Fong, Cheng e Ho (1998) para análise do Benchmarking, e o modelo
de Zahra e George (2002) para análise da capacidade absortiva. Além dos dois modelos,
também foi estudo o tema de processos organizacionais.
Para o Benchmarking, seguindo a mesma base do modelo proposto pela Xerox,
Fong, Cheng e Ho (1998) desenvolveram um novo modelo para ser utilizado no
benchmarking, mas com uma abordagem mais moderna, focada na sistemática de
melhoria do desempenho, a fim de satisfazer as necessidades e os requisitos dos clientes.
Esta abordagem sistemática envolve as etapas de planejamento, análise, integração, ação
e maturidade. O esquema visual deste modelo é apresentado na Figura 3.
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Figura 3 – Modelo referência de processo de benchmarking
O processo da Figura 3 inicia com a identificação da empresa que será feito o
benchmarking, e a identificação das questões chaves que devem ser observadas, onde se
define o quê será estudado, e a partir daí segue o processo composto de dez passos, que
são agrupados em cinco fases.
Este foi o modelo de benchmarking utilizado como referência para esta pesquisa,
por utilizar a mesma base do modelo da Xerox, e por ter sido aperfeiçoado com este
enfoque da melhoria da performance, para atender as necessidades dos clientes, e da
preocupação com a institucionalização do novo conhecimento através da análise de
maturidade. Vários modelos podem ter um número diferente de fases de quatro etapas
para até 30, mas a base é a mesma (FONG, CHENG e HO, 1998).
Para análise da capacidade absortiva, a obra que trouxe maior impacto e
contribuições para o construto após Lane e Lubatkin (1998) foi feita por Zahra e George
(2002). Esses autores fizeram uma profunda reconceituação da construção da capacidade
absortiva, utilizando uma perspectiva de processos sobre a capacidade absortiva como
uma capacidade dinâmica pertencente para a criação e utilização de conhecimentos que
aumenta a capacidade da empresa para obter e manter uma vantagem competitiva.
Eles argumentam que a partilha de conhecimento interno eficaz e a integração são
parte crítica desta capacidade, o que sinaliza a importância dos recursos internos.
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Baseados nestas condições, identificaram as diferentes dimensões constituintes e
propuseram uma nova definição para a capacidade absortiva como sendo “um conjunto
de rotinas e processos organizacionais pelos quais as firmas adquirem, assimilam,
transformam e aplicam conhecimento para produzir uma capacidade organizacional
dinâmica”. (ZAHRA e GEORGE, 2002, p. 186).
Esta definição se afasta de pesquisas anteriores de duas maneiras. Em primeiro
lugar, ACAP é vista como uma capacidade dinâmica incorporada em rotinas e processos
de uma empresa, tornando-se possível analisar as ações e fluxos de conhecimento de uma
empresa e relacioná-los a variáveis para a criação e sustentabilidade de vantagem
competitiva. Em segundo lugar, esta definição sugere que as quatro capacidades que
compõem ACAP são combinadas e dependem uma das outras para produzir uma
capacidade dinâmica organizacional. Zahra e George (2002) formularam um modelo com
quatro dimensões que foram divididos em dois componentes, capacidade absortiva
potencial (PACAP) e capacidade absortiva realizada (RACAP). A capacidade potencial
compreende as dimensões de aquisição e assimilação do conhecimento. A capacidade
realizada consiste nas dimensões de transformação e aplicação do conhecimento. Além
dessas quatro dimensões, os fatores que influenciam a ACAP, foram denominados por
eles de antecedentes, moderadores e resultados da Capacidade Absortiva, entre eles a
inovação.
A figura 4 abaixo apresenta o Modelo de Capacidade Absortiva proposto por
Zahra e George (2002).
Figura 4 – Modelo de Capacidade Absortiva baseado em Zahra e George (2002:
192)
Fonte: Zahra e George (2002)
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Os processos organizacionais são um dos principais ativos de uma empresa, pois
representam à forma, o jeito, a cultura, o estilo e a estratégia de como cada operação é
realizada no dia a dia para manter o negócio funcionando. Podem ser entendidos
popularmente como “a forma pela qual as coisas são feitas na empresa” (LIPNACK e
STAMPS, 1997).
O termo "processo" é encontrado em muitas disciplinas. O pensamento sistêmico
(Checkland, 1981), a cibernética (Beer, 1966) e a dinâmica de sistemas (Senge, 1990) dão
um significado mais rico ao termo "processo". Os teóricos organizacionais também
falaram em termos de processos sociais e organizacionais (Monge, 1990). A cadeia de
valor de Porter (1985) enfatiza a vantagem competitiva de processos exclusivos. De
acordo com Hammer (1996), o pensamento em termos de processos de negócios fornece
uma nova estrutura analítica que ajuda a quebrar o molde do pensamento que é baseado
apenas em unidades funcionais (HUNG, 2006).
Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo.
Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa sem um processo
empresarial. Da mesma forma, não faz sentido existir um processo empresarial que não
ofereça um produto ou um serviço (GONÇALVES, 2000).
Conforme a ABPMP (Association of Business Process Management
ProfessionalsAssociacion, 2013), “processo é uma agregação de atividades e
comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais
resultados”.
A gestão dos processos organizacionais, também conhecida como gestão de
processos de negócios ou BPM (Business Process Management), engloba a gestão das
operações da empresa e o acompanhamento da sua performance, para que seja um fator
diferencial na estratégia do negócio. BPM é um conceito de gestão que combina
elementos de mudança de cultura, reengenharia de processos de negócio e melhoria
contínua do processo (FRIES, 1995).
BPM tem que ser regido pelas seguintes regras: atividades de mapeamento e
documentação, foco nos clientes, atividades de medição para avaliar o desempenho de
cada processo, uma abordagem de otimização contínua, inspiração pelas melhores
práticas para a uma competitividade superior, e uma abordagem para a mudança cultural
(PYON, WOO e PARK, 2011).
Entre os principais benefícios associados à gestão por processos, destaca-se o
aumento da eficiência e efetividade organizacionais, conceituando-se eficiência como
uma relação entre outputs e inputs (perspectiva interna da organização), e efetividade
como o grau em que a organização atende os requerimentos dos clientes (perspectiva do
cliente) (CERIBELI et al, 2013).
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MÉTODO DE PESQUISA
Esta pesquisa utilizou os seguintes elementos para o seu desenvolvimento:
• Abordagem qualitativa;
• Objetivo exploratório-descritivo;
• Tipologia de caso único;
• Unidade de análise: Empresa de grande porte catarinense referência no mercado
Brasileiro no segmento de Plástico, seleção por ser uma das líderes do segmento
e estar entre as 100 empresas mais inovadoras do Brasil.
• Pré-teste com um gestor de outra empresa.
• Entrevista com 5 pessoas que ocupam cargo de gestão na empresa.
• Coleta de dados para essa pesquisa optou-se pela entrevista semiestruturada.
• Para analisar os dados desta pesquisa optou-se pela técnica de análise de conteúdo.
• Utilização do software Atlas.TI.
Esquema Geral da Pesquisa
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Roteiro Metodológico
A seguir, apresenta-se o roteiro metodológico que direcionou as atividades que
foram desenvolvidas para a elaboração do instrumento de pesquisa.
Relação dos entrevistados
Entrevistado Área Tempo
de
empresa
Tempo de
trabalho
Subordinados Experiência
Internacional
Entrevistado 1 Suprimentos
14 anos 19 anos 19 Sim
Entrevistado 2 Tecnologia da
Informação
4 anos 30 anos 23 Não
Entrevistado 3 Marketing
4 anos 14 anos 6 Sim
Entrevistado 4 Recursos Humanos
7 anos 30 anos 14 Não
Entrevistado 5 Planejamento e
S&OP
2,5 anos 20 anos 22 Sim
Fonte: Elaborado pelo autor
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Categorias analisadas para o Benchmarking
Categorias analisadas para a Capacidade Absortiva
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ANÁLISE DOS RESULTADOS
1 - Benchmarking
O estudo teve por objetivo identificar como a empresa atua com o benchmarking,
se é algo institucional, se existe um processo formal definido na empresa, ou se é realizado
de forma ad hoc por cada área, em função do perfil e da estratégica de atuação de cada
gestor para alavancar a melhoria dos processos organizacionais. Como este conceito pode
ser aplicado por qualquer área de uma organização, foram entrevistados gestores de
algumas áreas para verificar o que de fato acontece na organização, identificando pontos
de sinergia, riscos e oportunidades de melhoria.
1.1 – Planejamento do Benchmarking
Esta etapa teve por objetivo identificar como ocorre o processo de planejamento
do benchmarking, verificando elementos quanto a existência de alguma diretriz
estratégica da empresa ou da área de negócio para utilização do benchmarking como uma
ferramenta estratégica para melhorar o desempenho dos processos, a existência de um
processo padrão para o desenvolvimento das atividades, identificação das melhores
práticas a serem observadas, que empresas devem ser analisadas e como os dados foram
coletados nas pesquisas.
Com base nos relatos dos entrevistados, ficou evidente que não existe nenhuma
política ou diretriz no planejamento estratégico da empresa, nem no plano estratégico das
áreas de negócio para que seja realizado o benchmarking com o objetivo de melhorar os
processos de forma sistemática. Todos relataram que utilizam o benchmarking nas suas
áreas, mas de forma eventual e/ou reativa, e depende da iniciativa de cada gestor, mas
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todos reconhecerem que é uma ferramenta muito importante para a melhoria dos
processos.
Apesar de não existir uma metodologia padronizada, foi possível identificar os
elementos preconizados pelos autores Fong, Cheng e Ho (1998) durante o planejamento
das pesquisas de benchmarking em todas as áreas entrevistadas, possibilitando a análise
de como esta etapa do processo ocorre.
1.2 – Análise dos dados
Outra categoria investigada foi a análise dos dados, para identificar como ocorre
esta etapa durante a pesquisa de benchmarking, após o planejamento, que também
engloba a coleta dos dados. Os entrevistados foram questionados para que relatassem
como foi feita a análise dos dados coletados, como identificaram e compararam com o
desempenho atual, analisando as diferenças de desempenho, para projetar o desempenho
desejado.
Os relatos apresentados demonstram sinergia com os elementos que constituem
está etapa do processo, cada área fazendo da sua forma, mas que em todas as situações
foi possível identificar os elementos da análise definidos por Fong, Cheng e Ho (1998),
que ressaltam que nesta etapa é importante identificar e analisar os dados coletados,
comparar com o desempenho atual, analisar as diferenças de desempenho e projetar o
desempenho desejado.
1.3 – Integração
Nesta etapa foi identificado como os dados analisados foram integrados na
empresa, e de que forma ocorreu o compartilhamento da proposta da mudança com os
demais stakeholders, objetivando aumentar o alinhamento organizacional e o
compromisso de todos envolvidos com o plano de avaliação e mudança.
Com base nos relatos foi possível identificar evidências que demonstraram como
foi realizada a integração dos dados analisados e a apresentação dos resultados para os
demais stakeholders. Em alguns exemplos, por se tratar de situações consideradas
estratégicas para a empresa naquele momento, as informações foram incialmente
compartilhadas somente nas equipes de trabalho e na diretoria, até a obtenção da
aprovação dos próximos passos para a implementação das ações.
1.4 – Ação
Esta etapa do processo foi investigada para identificar como as ações de
benchmarking são priorizadas, aprovadas e implementadas na empresa. Para identificar
os elementos, os entrevistados foram questionados para que relatassem como ocorreu este
processo após a integração das informações. Para não perder a linha de raciocínio dos
entrevistados, utilizou-se como exemplo o mesmo caso de benchmarking que foi
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apresentado por todos deste o início da pesquisa, de forma que fosse possível fazer a
rastreabilidade das informações.
Com base nos relatos foi possível identificar evidências que demonstraram que as
áreas desenvolveram planos de ação e cronogramas, identificando as atividades e
responsáveis por cada ação, para que o investimento da equipe desde o planejamento do
benchmarking fosse colocado em prática e gerado resultados para a empresa. A única
exceção foi a área de recursos humanos que acabou não elaborando um plano de ação na
pesquisa que fizeram, deixando por conta do especialista da área e responsável pelo
processo acompanhar as ações distribuídas com os demais líderes responsáveis.
Para Bogan (1996), o benchmarking que não resultar em melhorias para a
organização vale pouco; desperdiça tempo, trabalho e recursos da organização.
1.5 – Maturidade
A maturidade é a última etapa do processo que foi investigada, e têm por objetivo
identificar como acontece a avaliação periódica das novas práticas após a implantação,
para verificar se estão integradas aos processos, fazer os ajustes, quando necessários, para
garantir que o novo patamar foi conquistado e institucionalizado na empresa. Para
identificar os elementos, os entrevistados foram questionados como que é realizada a
avaliação após a implantação das novas práticas, se é feita uma avaliação de maturidade
periodicamente e que resultados já foram obtidos.
Com base nos relatos foi possível identificar evidências que demonstraram que as
áreas desenvolveram processos de monitoramento para avaliar o novo desempenho após
as melhorias implantadas, para que os novos processos sejam institucionalizados na
empresa, evitando que voltem para o patamar anterior. Apenas duas áreas, marketing e
recursos humanos relataram que não tem este processo de avaliação de maturidade
instituído para validar a efetividade das ações implantadas, para ver se as mudanças foram
institucionalizadas nos processos.
A organização deve induzir um novo processo de avaliação comparativa depois
que o antigo foi concluído. A verdadeira liderança resulta de uma preocupação contínua
para a compreensão das necessidades dos clientes, identificando processos através dos
quais os produtos e serviços são oferecidos e desenvolvendo atividades de melhoria que
incluem melhoria incremental do desempenho e reestruturação radical do trabalho
(FONG, CHENG e HO, 1998).
1.6 – Análise resumida do Benchmarking com base nos relatos
Com base nas informações coletadas e identificadas em cada etapa do processo de
benchmarking, percebe-se algumas oportunidades de melhoria do processo que podem
ser implantadas pela empresa para melhorar sua performance.
✓ Não existe nenhuma política ou diretriz estratégica para realização do
benchmarking. Depende de cada gestor.
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✓ Apesar de não existir uma metodologia padronizada na empresa para o
benchmarking, todos demonstraram boas práticas de planejamento.
✓ Todos reconhecem a importância do benchmarking como ferramenta estratégica
para melhorar o desempenho dos processos.
✓ Existe a intenção de aumentar a periodicidade das pesquisas de benchmarking nas
áreas.
✓ Necessidade de aprimorar o processo de maturidade para acompanhamento e
institucionalização das melhorias.
2 – Capacidade Absortiva
Para a investigação do processo ponta a ponta – Do benchmarking à transformação
dos processos, onde o principal construto a ser estudado é o processo de absorção do
conhecimento externo adquirido do benchmarking e sua aplicação nos processos
organizacionais, utilizou-se o arcabouço teórico da Capacidade Absortiva seguindo o
modelo proposto pelos autores Zahra e George (2002).
Este modelo serviu para a interpretação e descrição do processo analisado, e
verificação das melhorias implementadas nos processos organizacionais por meio da
capacidade absortiva da organização. Também foi utilizado para responder à pergunta e
objetivos da pesquisa, com base nos relatos dos entrevistados.
Como este tema possui muitas dimensões de análise, foi desenvolvido uma figura
que resume as evidências encontradas nos relatos dos entrevistados, apresentada a seguir.
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2.1 – Processos Organizacionais
Está foi a última etapa do processo da capacidade absortiva analisada. No modelo
de Zahra e George (2002), o principal objetivo desta etapa é gerar vantagem competitiva
sustentável para a empresa, que para este estudo está focado em verificar especificamente
como as melhorias adquiridas pelas pesquisas de benchmarking por cada área foram
aplicadas nos processos organizacionais da empresa.
O objetivo aqui foi verificar se as melhorias foram implementadas nos processos
organizacionais pelas áreas entrevistadas, para saber o quanto da capacidade absortiva de
cada área foi efetiva na aplicação do novo conhecimento, gerando resultados para a
empresa.
Com base nos relatos dos entrevistados para esta última etapa do processo, foi
possível verificar o atendimento do objetivo específico, sendo evidente os resultados
obtidos pela empresa com a absorção do conhecimento externos que adquiriram através
das pesquisas de benchmarking.
Em todas as áreas entrevistadas foram ressaltados benefícios, na área de
suprimentos o gestor citou ganhos de velocidade e produtividade nos processos do novo
portal de compras e de importação, trazendo resultados significativos para o negócio,
conseguindo fazer mais atividades com a mesma equipe.
O segundo gestor, da área de TI, ressaltou o ganho que tiveram com a contratação
do novo fornecedor, que foi mais assertiva após terem feito o benchmarking, neste caso
fica difícil estimar quanto poderia ter custado para a empresa ter contratado o fornecedor
errado, mas o sentimento de todos é que se tivessem optado por outra decisão,
provavelmente o serviço que seria prestado pelo fornecedor seria mais caro, pois a
produtividade era mais baixa e teriam que pagar mais para fazer o mesmo serviço.
Para o gestor de RH, a absorção do conhecimento com o benchmarking que foi
feito, ajudou a atingir uma meta do planejamento estratégico da empresa, que em outros
anos se demonstrava muito difícil de atingir, demonstrado o ganho de melhor preparação
de todos os funcionários para os novos desafios, e aumentando a capacidade absortiva da
empresa.
Os ganhos mais evidentes com base nos relatos com a aplicação efetiva nos
processos após o benchmarking foi apresentado pelo gestor de planejamento, que
comentou que a empresa conseguiu reduzir 9 (nove) profissionais na execução de um
processo, que se fizermos uma conta estimada de um custo médio de R$ 5.000,00 (cinco
mil) por mês por profissional para a empresa, considerando o salário, benefícios e
encargos trabalhistas, só nesta situação, a empresa obteve um ganho superior a R$
540.000,00 (quinhentos e quarenta mil) por ano. Este valor não foi comentado pelo
entrevistado, é uma conta estimada feita pelo pesquisador considerando um salário médio
de mercado para profissionais que trabalham em função similar. Além deste benefício, o
gestor também comentou ganhos significativos com a redução de insumos, tempo de
setup de equipamentos e redução de riscos, que provavelmente representam valores ainda
mais expressivos que os ganhos que tiveram com a redução da equipe neste processo.
Todos entrevistados entendem que pelo fato de não ter uma metodologia
padronizada para este tipo de projeto de melhoria de processos, muitas vezes fica difícil
mensurar os resultados, todos têm a percepção dos ganhos, mas muitas vezes tem
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dificuldade em conseguir quantificar estes benefícios que podem levar a empresa para
outro patamar de competitividade.
Neste caso, surge mais uma oportunidade relacionada com a implantação de um
escritório de processos ou função correlata, que tenha por atribuição e responsabilidade
acompanhar a performance dos principais processos da empresa para gerar uma vantagem
competitiva sustentável.
Ficou evidente que o objeto estudado é factível e plenamente aplicável, podendo
trazer ganhos efetivos e significativos para a empresa que aplicar estes conceitos em sua
plenitude. Somente os benefícios que conseguimos estimar em um dos relatos, já
demonstram o potencial de retorno que a empresa pode obter.
Estes resultados obtidos ajudam a responder um dos objetivos específicos desta
pesquisa, onde foi possível verificar as melhorias implementadas nos processos
organizacionais, por meio da capacidade absortiva.
Cabe ressaltar que os entrevistados não puderam abrir os valores obtidos nas
outras situações por questões de confidencialidade
2.2 – Análise e interpretação da Capacidade Absortiva
Com base nas informações coletadas e identificadas em cada etapa do processo da
capacidade absortiva, percebe-se algumas oportunidades de melhoria do processo que
podem ser implantadas pela empresa para melhorar sua performance.
✓ Participação frequente por todas as áreas em eventos nacionais e internacionais;
✓ Os relatos demonstraram que os gatilhos para o benchmarking foram disparados
internamente;
✓ O compartilhamento das informações depende de cada gestor, e normalmente fica
restrito ao time de liderança;
✓ Várias ferramentas para troca de informações, sendo o e-mail ainda muito
utilizado, inclusive para discussões, podendo perder informações e qualidade;
✓ A prática do job rotation é utilizada em algumas áreas, mas ainda não evidenciado
um plano estratégico para isto;
✓ Políticas para incentivo a geração de ideias existem, mas são desconhecidas pela
maioria dos gestores;
✓ O processo de aplicação do conhecimento ainda não está sendo utilizado em sua
plenitude pelas áreas;
✓ Proteção das informações em projetos estratégicos com a realização de acordos
de confidencialidade com a equipe e fornecedores (NDA);
✓ O compartilhamento com outras unidades da organização ainda depende de cada
gestor;
✓ Poucas evidências de compartilhamento com unidades internacionais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve por objetivo compreender, a partir do benchmarking, a
influência da capacidade absortiva na transformação dos processos organizacionais, em
áreas distintas de uma empresa de grande porte catarinense do setor de plástico, para saber
se é um processo desenvolvido por apenas um departamento ou se é algo instituído em
mais áreas da empresa.
Como a empresa que foi pesquisada é uma das líderes do seu segmento no
mercado nacional, reconhecida também como uma das empresas mais inovadoras e
internacionalizadas no Brasil, uma das preocupações iniciais era saber se empresas desta
magnitude também estão abertas e preocupadas em buscar novos conhecimentos e
experiências em outras empresas para melhorar sua performance, ou pelo fato de já ter
conquistado um patamar de liderança, poderiam achar que a sua principal referência de
boas práticas é ela mesma.
Com o modelo definido de pesquisa do benchmarking, os gestores de algumas
áreas foram entrevistados, e buscou-se evidências que demonstrassem que utilizam o
benchmarking para a melhoria dos processos nas suas áreas.
Todos os entrevistados apresentaram evidências da utilização do benchmarking
para melhoria dos processos, que permitiu identificar como ocorre este processo na
empresa. Ficou evidente que não existe um processo ou metodologia de benchmarking
padronizada na empresa, cada área faz com base na experiência da sua equipe, mas todos
reconheceram a oportunidade da empresa desenvolver um processo de benchmarking
padronizado, que facilitaria o uso desta técnica por todas as áreas.
Também foi possível identificar alguns gaps do processo de benchmarking em
algumas áreas entrevistadas, principalmente na etapa final de maturidade, que é onde as
áreas acompanham as mudanças e melhorias que foram implementadas para que se
perpetuem na empresa, e não voltem a situação anterior do processo, o que acaba sendo
um grande risco ao negócio, tanto que foi comentado por todos a preocupação com a
gestão das mudanças organizacionais.
Após a aquisição do conhecimento externo através das pesquisas de benchmarking
realizadas pelas áreas, o desafio foi compreender como ocorre o processo da capacidade
absortiva deste novo conhecimento na empresa, para verificar se todos conseguiam passar
por todas as etapas do processo da ACAP, até gerar uma melhoria nos processos
organizacionais.
Para responder os objetivos específicos “descrever o processo de absorção do
conhecimento a partir do benchmarking organizacional” e “verificar a efetividade do
processo da capacidade absortiva na transformação dos processos organizacionais”, a
partir das categorias desenvolvidas conforme o modelo de Zahra e George (2002),
identificou-se evidências para cada uma das etapas do modelo em todas as áreas
entrevistadas, que proporcionaram atender os objetivos definidos.
A medida que as questões eram apresentadas para análise de como o
conhecimento externo era absorvido em cada etapa da ACAP, ficou claro para todos os
entrevistados, que apesar de terem elementos que evidenciavam a passagem e tratamento
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das informações por cada uma das dimensões, o processo era realizado de forma ad-hoc
por todas as áreas, muito baseado na experiência e perfil de cada gestor. Todos
reconheceram como oportunidade o desenvolvimento de um processo padrão para
melhorar a capacidade absortiva da empresa.
Com o desenvolvimento de um processo padrão para a absorção do conhecimento,
resolveria alguns pontos de melhoria que foram identificados em cada uma das
dimensões, que demonstraram certa fragilidade e risco da informação se perder antes de
chegar a sua fase final, o que traria um prejuízo financeiro e frustração para os
funcionários, pelo fato de terem realizado um esforço para aquisição do conhecimento
que acabou não se efetivando.
Para citar alguns exemplos de outras oportunidades de melhoria do processo da
ACAP que foram percebidas com base nos relatos, podemos afirmar que não existe uma
ferramenta ou método padrão para armazenar as informações que foram coletadas no
benchmarking para que possam ser compartilhadas de forma mais fácil e segura para
outras pessoas, com isto, existe o risco de se perder este conhecimento para ser utilizado
em consultas futuras.
Outra situação diz respeito ao compartilhamento das informações, que ainda é
muito restrito ao nível de alta gestão da empresa, e o método de compartilhar as
informações também depende do estilo de cada gestor.
O mecanismo do job rotation pode ser melhor explorado de forma planejada,
percebe-se que acontece na empresa, mas de forma reativa na maioria das situações.
A criação do ambiente para proporcionar a geração de novas ideias também é
muito dependente do estilo de cada gestor, não existe ferramenta padrão para registrar as
ideias, e isto pode fazer com que as informações se percam e desestimule a criatividade e
o senso de colaboração dos profissionais.
A dimensão da aplicação demonstrou ser uma das mais carentes, e por sua vez
tem mais oportunidades de melhoria. Nem todas as áreas acompanham até o final para
verificar se os resultados planejados foram conquistados, o que permitiria fazer os ajustes
necessários e ajudar na divulgação das conquistas para aumentar a satisfação de todos.
Apesar da empresa ter uma política de remuneração variável para incentivar os
funcionários que trouxeram inovações para os negócios, todas as demais áreas, com
exceção da área de recursos humanos, desconhecem a existência desta ferramenta.
Outro exemplo de melhoria pode acontecer na etapa dos regimes de
apropriabilidade, principalmente no que tange ao armazenamento e guarda das
informações estratégicas para a empresa, que foram adquiridas e aplicadas com base nos
novos conhecimentos.
Todas as áreas apresentaram evidências da conquista de bons resultados com a
aplicação dos novos conhecimentos para melhoria dos processos organizacionais, mas
nem todas as áreas conseguiram tangibilizar o quanto o foi este ganho, e este é um fator
que gera referência para engajar todos os stakeholders nos novos projetos, principalmente
a diretoria que atua como patrocinador. A área que tem está preocupação de demonstrar
o ganho real dos benefícios leva vantagem na priorização dos investimentos, e eleva a
moral da equipe perante toda a empresa.
Com base nas informações coletadas pode-se dizer que os objetivos propostos
foram atendidos, proporcionando a reflexão sobre o processo da capacidade absortiva a
partir do benchmarking até a transformação dos processos organizacionais.
CLAUDIO R DA COSTA JR 19
19 CAPACIDADE ABSORTIVA: DO BENCHMARKING À TRANSFORMAÇÃO DOS PROCESSOS
ORGANIZACIONAIS
LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Em relação às limitações do presente estudo, tem-se o fato de utilizar uma única
empresa para analisar o modelo proposto, e não considerar aspectos quantitativos que
poderiam contribuir para analisar mais áreas e dados, proporcionando novos resultados e
nova visão para o entendimento do processo.
Utilizar um estudo multi casos poderia proporcionar mais dados comparativos
para compreender o processo da capacidade absortiva a partir do benchmarking entre
empresas.
Outro ponto que sugere maior cautela na interpretação das informações coletadas
diz respeito à pessoalidade das respostas, pois estão baseadas na percepção de cada gestor
de área, trazendo assim espaço para a subjetividade. Como o tempo para as entrevistas
foi restrito, as respostas estão sujeitas a fatores como o tamanho do questionário e o tempo
para responder todas as questões, que pode gerar resultados diversos em outras situações
e momentos.
Como sugestão para novas pesquisas recomenda-se a aplicação de estudo multi
casos. Outra sugestão é fazer um estudo quantitativo sobre este tema, envolvendo mais
áreas e empresas para identificação da maturidade das empresas em relação aos temas
apresentados.
Pode-se desenvolver este estudo também utilizando outros modelos propostos
pelos demais autores da capacidade absortiva, como o modelo de Lane, Koka y Pathak
(2006), ou o modelo de Todorova e Durisin (2007), que propõe mudanças e desenvolvem
um novo modelo apoiado nos estudos de Cohen e Levinthal (1990) e de Zahra e George
(2002).
Outro ponto de sugestão para novas pesquisas diz respeito ao desenvolvimento de
um modelo de avaliação de maturidade da capacidade absortiva, para que se possa medir
o estágio e o nível de desenvolvimento de cada organização para absorção do
conhecimento.
Cabe ainda como sugestão para novos pesquisadores, a associação do conceito de
mudanças organizacionais com os temas aqui estudados.