Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
-
Upload
nelson-dos-santos-silva -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
1/31203
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a distribuição espaço-temporal da riqueza e abundância das espécies de microcrustáceos e rotiferosdo plâncton do lago Tupé, durante 12 meses. As coletas foram realizadasmensalmente, de março/2003 a fevereiro/2004, em doze estações de amostragem,compreendendo diferentes regiões do lago Tupé e rio Negro. Rotifera apresentoumaior riqueza de espécies e densidade populacional, seguido por Cladocera eCopepoda. A riqueza de espécies para cada grupo foi significativamente diferenteentre os meses estudados, mas não entre as estações amostradas. As maioresdensidades para os três grupos ocorreram no mês de dezembro/2003 e os valores
1,2 Laura Su-Ellen Fróes CALIXTOe-mail: [email protected]
1,2
André Ricardo GHIDINIe-mail: [email protected]
2
Eduardo Araújo SILVA
2 Edinaldo Nelson dos SANTOS-SILVA
e-mail: [email protected]
1 Curso de Biologia de Água Doce e Pesca Interior,Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, doutorado.
2 Laboratório de Plâncton, Coordenação de Biodiversidade – CBIO,
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA.
Distribuição espaço-temporal da riqueza eabundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rioNegro, Amazonas, Brasil
Meio FísicoDiversidade BiológicaCapítulo 12
BioTupé: Meio Físico, Diversidade Biológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro,Amazônia Central - Vol. 03.
Edinaldo Nelson SANTOS-SILVA, Veridiana Vizoni SCUDELLER,Mauro José CAVALCANTI, (Organizadores). Manaus, 2011.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
2/31204
mais baixos, no mês de julho/2003. Brachionus zahniseri gessneri , Bosminopsisdeitersi e Oithona amazonica foram as espécies dominantes em todo o período deestudo. Através do teste de Kruskal-Wallis foi possível concluir que há diferençassignificativas nas densidades populacionais (Rotifera, Cladocera e Copepoda)entre os principais períodos de variação do nível da água (enchente, cheia, vazante
e seca). Observando os resultados da Análise de Variância (ANOVA One-Way)para Rotifera e Cladocera, constatou-se não haver diferenças significativas nasdensidades totais destes organismos entre os diferentes locais de coleta, excetopara os copépodes (p
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
3/31205
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
O pulso de inundação é aprincipal força que influencia na dinâmicadas comunidades aquáticas dos lagose rios de planícies de inundação, sendoque os efeitos causados por esses são
principalmente hidrológicos (Junk etal ., 1989). A planície aluvial do rioAmazonas cobre uma extensa áreasujeita à inundação, que ocorre emeventos periodicos anuais que delimitadois periodos que são eventos bastantedistintos: um período de águas altas eoutro de águas baixas, e a intersecção
entre ambos, a enchente e a vazante (Junk& Howard-Willians, 1984; Bittencourt &Amadio 2007). As mudanças que ocorremno nível da água assumem grandeimportância, pois além de influenciar aforma, o tamanho e as características doslagos (por exemplo, o aporte de substâncias
orgânicas e de material particulado),também afetam a composição edistribuição das comunidades aquáticasque residem nesses ambientes (Brandorff& Andrade, 1978; Junk, 1999; Brandorffet al ., 1982; Carvalho, 1983). Entre os trabalhos na regiãoamazônica relacionados à composição edistribuição espaço-temporal da riquezae abundância do zooplâncton, pode-se citar: Brandorff (1978), Brandoff &Andrade (1978), Hardy (1980), Brandorffet al . (1982), Carvalho (1983), Hardy etal . (1984), Robertson & Hardy (1984),Hamilton et al . (1990), Bozelli, (1992),Waichman et al . (2002), Keppeller (2003)e Maia-Barbosa & Bozelli (2006). No entanto, a maioria dos estudosnão abrange lagos de água preta, onde
os padrões de abundância e distribuiçãodos organismos, bem como a sucessãodas espécies ao longo do período de 12meses de variação do nível da água aindanão são bem conhecidos. Isto evidencia a
importância de estudos que contemplemtodo este período, de maneira a propiciarmelhor entendimento dos ambientessujeitos ao pulso de inundação, além deapresentar subsídios para a conservação,manejo e uso sustentado dos recursosnaturais disponíveis nos ambientes deágua preta da Amazônia.
Materiais e Métodos
As amostras foram coletadasmensalmente, de março/2003 afevereiro/2004, em doze estações decoleta, compreendendo diferentesregiões do lago Tupé e rio Negro(Fig.1).
As amostras quantitativasforam coletadas na região limnética,através de arrastos verticais na colunad’água, utilizando-se uma rede deplâncton tipo Hensen (malha de 48 µme diâmetro da boca com 20 cm). Paraas amostras qualitativas foram feitosarrastos verticais e horizontais tambémna região limnética com uma redecônica (malha de 55 µm e diâmetro daboca com 30 cm). As amostras foramfixadas com formol, concentraçãofinal 6%. A profundidade da estaçãofoi medida com uma corda graduadapresa a um peso. Os rotíferos, cladóceros ecopépodes foram contados com oauxílio de microscópio estereoscópio eóptico comum. Quando a densidade de
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
4/31206
organismos (principalmente rotíferos)era alta, foram feitas subamostragens,
utilizando-se uma pipeta tipo Stempel.Para a contagem de rotíferos foi utilizadauma câmara de Sedgewick-Rafter.
A densidade foi expressacomo organismos/m3, utilizando afórmula proposta por Tonolli (1971) paradeterminar o volume filtrado no arrasto:Vf =π.r 2 .h
Onde: r = raio da boca da rede (r = 0,1m), h = altura da coluna d’água O volume de água filtrada foiutilizado, então, para determinar adensidade de indivíduos por m3 pelafórmula dada abaixo:Nº de indivíduos = n/Vf Onde: n = número de indivíduos
contados, Vf = volume filtrado Para saber a taxa de incrementode espécies novas nas coletas realizadas
no lago Tupé, no período de março/2003a fevereiro/2004, foi feita uma curvaespécie-área, segundo Brower & Zar(1984), simulando um incrementocumulativo no número de espécies, em
cada mês, considerando que o aumentono número de coletas condiciona oaumento do número de espécies. Para detectar diferenças nariqueza de espécies e na densidade totaldos rotíferos, cladóceros e copépodesforam realizadas Análises de VariânciaUnidirecional (ANOVA One-Way),
considerando a variação temporal (entreos meses) e espacial (entre as estações).O teste de Tukey (a posteriori) foi feitoquando detectou-se diferença significativa(p
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
5/31207
volta do sexto mês de coleta oudurante o período de enchente até aseca (Fig. 2). Desta forma, com um anode coleta foi possível ter uma amostrarepresentativa da espécies do lagoTupé. Para os rotíferos, nota-se umatendência à estabilização a partir do11 mês de coleta (Fig. 2) ou a partirdos meses de janeiro e fevereiro (anoseguinte), ficando evidente que paraeste grupo existe a necessidade de pelomenos um ano de coleta para que setenha uma amostra representativadas espécies do lago. Com relação aoscladóceros, houve uma estabilizaçãoda curva a partir do mês de outubroaté o mês de janeiro, ocorrendo oincremento de uma única espécie noúltimo mês (Fig. 2). Este incremento sedeveu a Disparalona sp., uma espécieprovavelmente não planctônica. Assim,ao que tudo indica, o número decoletas realizadas foi suficiente parase ter uma amostra representativa dos
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
0
10
20
30
40
50
60
Rotifera
Cladocera
Copepoda
cladóceros do lago Tupé com relaçãoaos objetivos propostos. A curva espécie-área, e suasderivantes, como por exemplo, a curvaperformance, são muito utilizadaspara se determinar a suficiência deamostragem (Dumont, 1994; Dumont& Segers, 1996). Segundo Cain(1938), a curva espécie-área é umaimportante ferramenta na descrição decomunidades e é usada como um guiana determinação de sua área mínima.
Os resultados obtidos nesteestudo demonstram que o número decoletas foi suficiente para estimar onúmero de espécies do lago Tupé, nocaso de rotíferos e copépodes. Contudo,com relação aos cladóceros, não sepode dizer o mesmo, uma vez quehouve um incremento no último mês
de coleta, sendo necessário um tempomais prolongado para se verificar aestabilização da curva. No entanto, seconfirmada, a espécie em questão não
Figura 2: Curva do coletor para Copepoda, Rotifera e Cladocera.
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
6/31208
se trata de uma espécie planctônica,ocorrendo de forma acidental nasamostras. Portanto, a curva ficariaestabilizada a partir do mês de outubroe, assim, o esforço de coleta seria
suficiente para estimar a diversidadede cladóceros do lago Tupé.
Composição e riqueza de espécies
Rotíferos Foram registrados 49 táxonsde rotíferos, sendo que Bdelloidea ,
por dificuldades taxonômicas, foiidentificada até o nível de ordem (Tab.1, em anexo). Nenhum táxon constituinovo registro para a Bacia Amazônica.Robertson & Hardy (1984) encontraramum máximo de 50 espécies de rotíferospara o rio Negro e Brandorff et al .(1982) registraram 145 táxons derotíferos no trecho inferior do rioNhamundá, contemplando uma grandediversidade de ambientes anexos aorio, o que justificaria a alta riqueza deespécies quando comparada com ostáxons identificados neste trabalho. Keppeler (2003) e Lansac-Tôhaet al . (2005) ressaltaram em seus estu-dos que a alta riqueza de espécies derotíferos em diversos tipos de ambien-tes pode estar relacionada ao fato deque estas espécies são oportunistas, e,portanto, possuem facilidade para co-lonizar novas áreas rapidamente. Assimcomo observado no estudo de Keppeler(2003), Brachionidae teve o maior nú-mero de representantes (11 spp.). Porém,os gêneros com maior número de espé-
cies foram Trichocerca e Lecane com 9 e8 representantes, respectivamente. A menor riqueza específicapara Rotifera foi registrada nos me-ses de abril (enchente), julho (pico dacheia) e novembro/2003 (seca) (16-17spp.), enquanto os maiores valores fo-ram registrados em junho/2003 (inícioda cheia) (33 spp.). Houve diferençana riqueza específica entre os diferen-tes meses de estudo (Fig. 3) e, atravésde uma Análise de Variância One-Wayverificou-se que esta diferença foi sig-nificativa (p
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
7/31209
meses com menor número de espéciesidentificadas, o que pode estar relacio-nado com a rápida capacidade de reco-lonização deste grupo de organismosface à alterações do meio ambiente
(Wetzel, 1983; Smith, 2001). Não foipossível detectar diferenças espaciaissignificativas (p>0,05) na riqueza deespécies de Rotifera no lago Tupé, paraisso utilizou-se Anova One-Way .
Cladóceros
Foram identificadas 25espécies de cladóceros, sendo a maioriafrequentemente registrada para aregião (Tab. 3). Até o momento apenasAlona cf. fasciculata e Pleuroxus cf.denticulatus ainda não possuíamregistro na bacia Amazônica. A distribuição de Alona cf.fasciculata e Pleuroxus cf. denticulatusainda não é totalmente conhecida.Isto porque estas espécies habitampreferencialmente a região litorâneados lagos e raízes de macrófitasaquáticas, locais não contemplados emestudos de composição da comunidadezooplanctônica (Whiteside et al ., 1978;Smirnov, 1992, 1996).
Bosminidae e Chydoridaetiveram maior número de representantes.A grande diversidade registrada paraBosminidae é um fato comumenteobservado nos ecossistemas tropicais(Robertson & Hardy, 1984; Paggi &José de Paggi, 1990; Lansac-Tôha etal ., 2004; Serafim-Júnior et al ., 2005).Em Chydoridae está incluído o maior
número de espécies dentre os cladóceros,abrangendo mais de 50% de todas asespécies atualmente conhecidas destegrupo (Robertson, 2004). Estudando as regiões
limnéticas e de floresta inundada aolongo dos rios Solimões-Amazonas, nostrechos entre as cidades Santo Antôniode Içá e Tefé (trecho “IC”), e Manaus eParintins (trecho “MA”) Vásquez (2004)encontrou um total de 45 espécies deCladocera distribuídas em oito famílias.A alta riqueza encontrada por este autor
deve-se ao fato do estudo ter abrangidotanto a região pelágica quanto afloresta inundada. Mas, ao analisarmossomente os dados da região limnética,observamos que a riqueza encontradano trecho “IC” foi de 32 espécies e“MA” foi de 20 espécies. Estudando olago Cristalino (água preta), tambémno baixo rio Negro, mas na margemdireita, Melo (1998) registrou 25espécies de cladóceros. Desta forma,os valores de riqueza encontradospor estes autores foram próximos aosencontrados neste estudo, quandoconsiderado apenas a comunidade decladóceros planctônicos. O maior número de espéciesdeste grupo foi registrado na enchente(março/2003, 16 spp.) e o menorvalor na seca/início da enchente(dezembro/2003 e janeiro/2004, 8spp.). Houve diferenças sazonal nariqueza de espécies de cladóceros nolago Tupé. Pelo teste de Kruskal-Wallisesta diferença foi significativa (p <0,05) (Fig. 4).
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
8/31210
Não foi observada diferençasignificativa (p >0,05) na riqueza decladóceros entre os locais de amostragem.Para testar isso utilizou-se ANOVA.Também não foi observado diferençassazonais significativas na composição deespécies (Tab. 2, em anexo).
Copépodes
Foram registradas 16 espéciesde copépodes, sendo 13 de calanóidese 3 espécies de ciclopóides, todasregistradas anteriormente em estudosna região amazônica (Tab. 3).
Brandorff (1978) comparouum lago de água branca com outro deágua preta na Amazônia e encontrou 5calanóides e 3 ciclopóides para o lagoCastanho (água branca) e 7 calanóidese 1 ciclopóide para o rio Tarumã-Mirim(água preta). Em uma compilação dosestudos realizados nos lagos e rios da
Amazônia, Robertson & Hardy (1984)verificaram que a comunidade de co-pépodes é normalmente composta de
1 a 4 calanóides e de 1 a 3 ciclopói-des. Por outro lado, Santos-Silva et al .(1989) estudando copépodes da represaCuruá-Una encontraram 6 espécies decalanóides e 3 de ciclopóides. Santos-
-Silva (1991) encontrou no lago Calado6 espécies de copépodes calanóides. No presente estudo 7 espéciese 6 morfotipos de calanóides foramencontrados, o que representa mais doque o encontrado nos estudos citadosanteriormente. Por outro lado, a faunazooplanctônica de águas pretas da
região amazônica não é suficientementeconhecida e esses morfotipos podemrealmente representar espécies novas. A menor riqueza de espéciesfoi observada na seca (novembro/2003,3 spp.), enquanto que em maio/2003(final da enchente) foram observadosos maiores valores. É interessanteressaltar que durante a enchente echeia, o número de espécies registradasfoi similar, assim como registrado paraos cladóceros, além da riqueza deespécies não ter variado grandementeentre as estações de coleta. Houve diferença significativa(p0,05) espacial deste atributo nolago Tupé. (Fig. 5). Por meio do testede Tukey para as médias da riquezafoi possível observar que: a médiados meses de enchente (março, abrile maio de 2002) é significativamentediferente da média dos meses de cheia(junho/02), vazante (julho a setembro
Calixto at al.
Figura 4: Riqueza de cladóceros entre os
principais períodos de variação do nível da
água no lago Tupé.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
9/31211
de 2002) e seca (outubro a dezembrode 2002) (Tab. 5) De maneira geral, durante operíodo de enchente e cheia foramregistrados os maiores númerosde espécies para todos os gruposzooplanctônicos, enquanto a menorriqueza específica de Cladocera e
Copepoda foi detectada durante a seca. Vale a pena ressaltar que,
não encontrar diferença significativana riqueza de rotíferos, cladócerose copépodes entre as estações decoleta não significa que a composiçãoespecífica seja similar entre todos oslocais (ver Tabs. 1, 2 e 3 em anexo). Paracitar apenas alguns exemplos, entre osrotíferos, Colloteca sp. foi encontradosomente nas estações EI6 e EC11,Lepadella cristata somente ocorreu naestação EI4 e Lecane curvicornis naET7 (Tab. 1). No caso dos cladóceros,Alona cf. incredibilis ocorreu somentenas estações ET1 e EI3, Alona cf.fasciculata na ET5 e EN12, enquantoque Disparalona acutirostris esteve
presente nas estações EI8 e EC11(Tab. 2). Com relação aos copépodes,Rhacodiaptomus besti foi registradosomente na estação EI4, Notodiaptomusinflatus ocorreu apenas na estação
EC11, Notodiaptomus sp1 na ET5 e eNotodiaptomus sp2 na EC11 (Tab. 3).Diversos fatores podem ser apontadoscomo razão para esses organismosnão ocorrerem nas demais regiões,tais como o hábito alimentar de cadaespécie, disponibilidade de alimento,presença de predadores, variação nascaracterísticas físico-químicas da água,luminosidade, entre outros (Pinel-Alloul, 1995; Pinel-Alloul et al ., 1988).
Distribuição espaço-temporal daspopulações
Rotíferos
Analisando a comunidadezooplanctônica foi possível constatarque Rotifera foi o grupo que registroumaior abundância total, seguidode Cladocera e Copepoda. A menordensidade total de Rotifera foiobservada durante a cheia (junho e
julho/2003, aprox. 2.500 ind/m3) e o picopopulacional na seca (dezembro/2003,aprox. 5.000.000 ind/m3) (Fig. 6).
Os resultados obtidos paraRotifera pelo teste não-paramétrico deKruskal-Wallis, neste estudo, ratificamas observações feitas em estudosanteriores (Brandorff & Andrade,1978; Hardy, 1980; Carvalho, 1983;Robertson &Hardy, 1984), de que no
Figura 5: Riqueza de copépodes nos meses demarço/2003 a fevereiro/2004, no lago Tupé.
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
10/31212
Figura 7: Densidades de rotíferos (ind./m3) entreos períodos, coletados nas diferentes estaçõesde amostragem do lago Tupé.
período de seca ocorre os maiores
valores de densidade de organismos. Foipossível observar que houve diferençassignificativas (p0,05 e F= 0,939). Brachionidae apresentoua maior contribuição relativa (Fig.8). O pico populacional registrado
no mês de dezembro/2003 refere-se principalmente a Brachionuszahniseri var. gessneri , quando houveuma dominância desta espécie, quetambém foi a que apresentou a maior
abundância relativa ao longo de todoo estudo (51,87%). A segunda espéciemais abundante foi Keratella americana(20,16%), seguida de Polyarthravulgaris (7,16%) e Trichocerca similis(6,15%). Robertson & Hardy (1984)também registraram Brachionuszahniseri gessneri , B. zahniseri reductus,Keratella americana e Polyarthravulgaris como as espécies dominantesentre os rotíferos limnéticos.Segundo este estudo, as espécies deBrachionus são bem representadas nosecossistemas aquáticos da Amazônia.
Calixto at al.
Figura 6: Densidade total de Rotifera (logN,
organismos/m3), no lago Tupé, de março/2003 afevereiro/2004.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
M ar
A b r
M ai
J un
J ul
A g o
S e t
O u t
N ov
D ez
J an
F ev
D e n s i d a d e ( l o g N
o r g / m 3 )
Figura 8: Abundância relativa por famílias deRotifera coletados no lago Tupé, de março/2003a fevereiro/2004, nas diferentes estações decoleta. OBS: Outros (legenda) se refere àsfamílias com contribuição relativa inferior a 3%.
78%
9%
9%4% Brachionidae
TrichocercidaeSynchaetidaeOutros
Da mesma forma, Brandorff et al . (1982)encontraram para o rio Nhamundá as
espécies de Brachionidae predominandonas amostras analisadas. A ocorrênciadestas espécies foi reportada também
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
11/31213
em diversos estudos, tanto emambientes naturais como em ambientesimpactados, com ampla distribuiçãoem todo o Brasil (Hardy, 1980; Paggi& José de Paggi, 1990; Bozelli, 1992;
Bonecker et al ., 1994; Lansac-Tôha etal ., 2004; Serafim-Júnior et al ., 2005). As espécies de Rotifera commaior abundância e frequência deocorrência distribuíram-se de maneirasimilar ao padrão geral descrito nafigura 6, com exceção de Polyarthravulgaris , que não foi registrada em
novembro/2003, e apresentou um picopopulacional no mês subsequente. Entreas espécies menos abundantes, algumaexceções foram detectadas, comoFilinia terminalis , cujas densidadesaumentaram gradativamente ao longodo período de estudo e Pleosoma sp.que foi registrada apenas entre os
meses de junho a agosto/2003, e entredezembro/2003 e fevereiro/2004. Asdemais espécies ou não apresentaramvariação entre os meses amostrados, ouforam registradas esporadicamente emalgumas amostras, sempre apresentandobaixas densidades populacionais.
Cladóceros A menor densidade total deCladocera foi registrada na cheia (junho e
julho/2003, aprox. 8.000 ind/m3) e a maiorna seca (dezembro/2003, aprox. 2.000.000ind/m3) (Fig. 9). As densidades entre osmeses de abril e agosto/2003 forambastante constantes. O pico populacional
registrado no mês de dezembro/2003refere-se principalmente a Bosminopsisdeitersi (aprox. 1.400.000 ind/m3).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
M ar
A b r
M ai
J un
J ul
A g o
S e t
O u t
N ov
D ez
J an
F ev
D e n s i d a d e ( L o g N o r g / m 3 )
Figura 9: Densidade total de cladóceros (logN,organismos/m3), no lago Tupé, durante os mesesde março/2003 e fevereiro/2004.
Figura 10: Variações nas densidades decladóceros (ind./m3) nos principais períodos decoletas nas diferentes estações de amostragemdo lago Tupé.
Foi possível constatar atravésdo resultado do teste de Kruskal-
Wallis que há diferenças significativas(p0,05 e F= 0,767). Bosminidae foi responsávelpela maior contribuição relativa decladóceros (Fig. 11), sendo Bosminopsisdeitersi a espécie dominante. A
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
12/31214
88%
3%
8% 1%
Bosminidae
Daphiinidae
Moinidae
Outros
Figura 11: Abundância relativa por famíliasde cladóceros coletados no lago Tupé, de
março/2003 a fevereiro/2004, nas diferentesestações de coleta. OBS: Outros (legenda) serefere às famílias com contribuição relativainferior a 3%.
dominância de B. deitersi foi registradatambém por Hardy (1980) que constatouabundâncias relativas próximas a90% para esta espécie nos lagosde água preta, Cristalino e Tarumã-
Mirim. A dominância desta espécietambém foi reportada por Robertson& Hardy (1984) como bastantecomum em ecossistemas amazônicos.A persistência ao longo de todo oestudo e seu máximo populacionaldurante a seca pode estar relacionadacom a estabilidade das características
hidrológicas do lago, que nesteperíodo não é influenciado pelo RioNegro. Além disto, observa-se maiorquantidade de material em suspensão,o que favorece o desenvolvimentodesta espécie, caracterizada por umaalta adaptabilidade a modificaçõesambientais (Paggi & José de Paggi,1990; Aprile & Darwich, 2005; Darwichet al ., 2005). O padrão representado nafigura 7 descreve a distribuiçãotemporal das espécies com maiorabundância relativa, como B. deitersi(67,31%), Bosmina sp. (11,31%), Moinaminuta (7,78%) e Ceriodaphnia cornuta(3,32%). Diaphanosoma polyspina , noentanto, apresentou padrão diferente,com maiores densidades populacionaisnos meses de março (aprox. 6.400ind/m3) e dezembro/2003 (aprox.3.400 ind/m3), enquanto nos demaismeses, as densidades foram menores(aprox. 200-700 ind/m3). Bosminopsisnegrensis apresentou registros apenasnos meses de junho a setembro/2003,assim como Moina rostrata .
Holopedium amazonicum não foi observado nos meses de junhoe novembro/2003, e seu registro foi
esporádico nos demais meses, comexceção de um pico de indivíduos nomês de janeiro/2004 (aprox. 9.200 ind/m3). A ocorrência de H. amazonicum
já foi registrada desde pequenaspopulações até como dominante de umsistema, especialmente os lagos de águapreta, uma vez que estes organismos
habitam águas com baixa dureza, pH econdutividade (Robertson & Hardy, 1984;Rowe, 2000). Um fator a ser consideradotambém é sua distribuição vertical, umavez que suas maiores populações foramregistradas por Previatelli et al . (2005)e Ghidini (2007) dentro da faixa dos 3metros de profundidade.
As demais espécies, comoos representantes de Chydoridae ,Macrothricidae, Ilyocryptidae
Calixto at al.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
13/31215
Figura 13: Densidades de copépodes (ind./m3) nosprincipais períodos de coleta nas diferentes estaçõesde amostragem do lago Tupé.
Figura 12: Densidade total de copépodes (logN,organismos/m3), no lago Tupé, de março/2003 afevereiro/2004
0
2
4
6
8
10
12
14
16
M ar
A b r
M ai
J un
J ul
A g o
S e t
O u t
N ov
D ez
J an
F ev
D e n s i d a d e ( l o g N
o r g / m 3 )
tiveram apenas registros esporádicosnas amostras, fato associadoprincipalmente pelos representantesdestas famílias habitarem, geralmente,a região litorânea, bancos de
macrófitas, ou viverem associados aosedimento (Smirnov, 1992, 1996).
Copépodes
Assim como registrado paraos cladóceros , as menores densidadestotais de copépodes adultos ocorreram
durante a cheia, mais precisamente nomês de julho/2003 (aprox. 1.500 ind/m3), seguido de progressivo aumentoaté o registro de seus valores mais altosem dezembro/2004 (aprox. 620.000ind/m3) (Fig. 12). O pico no númerode indivíduos registrado neste mêsrefere-se, principalmente a Oithonaamazonica . A dominância desta espécietambém foi observada por Robertson &Hardy (1984), Brandorff et al . (1982) eBozelli (2000).
Assim, como encontrado paraos demais grupos zooplanctônicos,verificamos pelo teste de Kruskal-Wallis
que há diferença significativa (p
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
14/31216
Os valores de densidadepopulacional e contribuição relativados Cyclopoida foram mais altos quepara os representantes da ordemCalanoida (Fig. 14). Oithona amazonic a,
por exemplo, apresentou valores dedensidade até 10 vezes superioresàs densidades registradas para osCalanoida, neste estudo principalmenterepresentado por Aspinus acicularis .
calanóides quando comparados aosciclopóides. De acordo com Lazzaro(1987), os copépodes calanóidesapresentam maior poder de escape queos ciclopóides, pelo fato destes últimos
apresentarem movimentos saltatórioserráticos, ao passo que o movimento doscalanóides é deslizante. Apesar destaobservação ter sido feita em relação àpresença de predadores planctívoros, aideia de que estes organismos evitamtanto predadores bem como os aparatosde coleta, já vem sendo discutida a
bastante tempo. Segundo Lowe (1935,apud Fleminger & Clutter,1972),existem evidências morfológicas dapresença de um sistema nervoso emCalanus , um calanóide, envolvido nosuprimento dos músculos que sãousados nos movimentos de escape.Além disto, os copépodes são capazes
de perceber estímulos vibracionaisno ambiente aquático através dapressão causada pela rede de coletaao ser introduzida na coluna d’água e,assim, evitar sua captura (Fleminger &Clutter, 1972). Por estas questões nãoterem sido contempladas neste estudo,acreditamos que em estudos futuros asmesmas poderão ser elucidadas.
Com relação a distribuiçãoespacial deste grupo, ao analisarmosos resultados da ANOVA, verificamosdiferença significativa na densidade decopépodes entre as estações de coleta(p
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
15/31217
a média da estação EI8 (igarapé TerraPreta) é significativamente diferentedas médias das estações ET9 e ET1 eigual à média das demais estações deamostragem (Tab. 6).
A heterogeneidade espacialdas abundâncias destes organismos
ainda não pode ser completamenteentendida, porém sabe-se que acomunidade zooplanctônica possuiadaptabilidades diferenciadas quantoao tipo de ambiente em que vivem. De uma forma geral, foipossível observar que todos osgrupos registraram um máximo de
densidade na seca (dezembro/2003),representado principalmente por umaou duas espécies que dominaram nesteperíodo. Isto denota claramente que asmodificações no ambiente durante esteperíodo, especialmente o aumento naestabilidade do sistema favoreceramo desenvolvimento de Brachionuszahniseri gessneri, Bosminopsis deitersie Oithona amazonica , que foramdominantes.
A redução na abundânciaregistrada durante a cheia pode estarrelacionada com as modificações napaisagem do lago, proporcionadaspelo aumento no volume de água e na
disponibilidade de habitats. SegundoLansac-Tôha et al . (1997), no período deáguas altas os ambientes apresentamcaracterísticas mais próximas asdos rios (potâmicas) e o alagamentodas margens promove o aumentodo número de habitats, bem como aincorporação de ambientes isolados
durante a fase de águas baixas. Carvalho (1983) cita que éesperado que as maiores densidadespopulacionais da comunidadezooplanctônica em lagos sejamregistradas durante a seca, quandoé observada uma maior quantidadede material em suspensão e,
consequentemente, maior oferta dealimento promovida pelo aumentoda contribuição dos igarapés no lago.O registro de maiores densidadespopulacionais na seca em planícies deinundação também foi observado porFrutos (1993); Espíndola et al . (1996);Serafim-Júnior (1997) e Lansac-Toha etal . (2004). José de Paggi & Paggi (2007)relataram que a conectividade do lagocom o rio é um importante fator deinfluência na flutuação dos atributosda comunidade zooplanctônica. A variação sazonal decorrenteda subida e descida do nível das águasnos rios de planícies de inundaçãofavorece periódicas modificaçõesna composição e abundância dascomunidades residentes. Assim como
E T 1
E I 2
E I 3
E I 4
E T 5
E I 6
E T 7
E I 8
E T 9
E T 1 0
E C 1 1
E N 1 2
2
3
4
5
6
7
8
9
10
l o g
N D e n
s i d a
d e
( o r g
/ m 3 )
Figura 15: Densidades de copépodes (ind/m3) nasdiferentes estações de coleta no lago Tupé, demarço/2003 a fevereiro/2004.
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
16/31218
observado nos estudos realizadospor Robertson & Hardy (1984) eSantos-Silva (1991), nos quais foramidentificadas maiores densidades decopépodes no período de seca, aqui
também verificamos que os maioresvalores de densidade de indivíduosocorreram nessa época. As menoresdensidades, por sua vez, foramobservadas no período de águas altas.As possíveis explicações para esse fatoseria que na época de seca os corposd’água tornam-se pouco profundos e
os ventos fazem com que ocorra a re-suspensão dos nutrientes contidos nosedimento, disponibilizando-os para ofitoplâncton (Rai & Hill, 1981b, 1982;Fisher, 1979). Dessa forma, ocorreria umaumento da produtividade primária e,consequentemente, o enriquecimentode todo o sistema.
É importante ressaltar aindaque, em ambientes com águas húmicas(como os lagos de água preta), ozooplâncton pode crescer ou se reproduzirindependentemente da produçãoprimária, que geralmente é reduzida(Daniel et al ., 2005). Um outro fator seria adiminuição na predação por peixesplanctófagos e larvas de Diptera, comopor exemplo, larvas de Chaoborus .Apesar de não termos avaliado nesteestudo a influência da predaçãosobre a comunidade de copépodes,Santos-Silva (1991) verificou que nolago Calado as maiores densidades delarvas de Chaoborus sp. coincidiramcom as menores abundâncias decalanóides adultos.
Previattelli et al . (2005)realizaram um estudo envolvendo apredação do zooplâncton pelo peixeplanctívoro Hypophtalmus sp. (mapará)no lago Tupé e constataram a presença
do peixe apenas nos meses de julho,agosto e dezembro/2003. Nos meses de
junho e julho/2003, a maior parte doconteúdo estomacal destes organismosera composta por cladóceros, enquantoem dezembro/2003 foi composto porciclopóides, porém o primeiro grupoparece ser o mais predado (vide Previattelli
& Santos-Silva neste volume).Além disto, Darwich et al .
(2005) observaram no lago Tupé quena época de seca ocorrem maioresconcentrações de oxigênio dissolvido,em oposição aos períodos de cheia, oque pode estar ligado ao sucesso dosrotíferos, copépodes e cladóceros no
mês de dezembro/2003 (seca), queapresentaram uma densidade bastanteexpressiva. Desta forma, nota-seque existe grande relação entre acomposição e distribuição espaço-temporal do zooplâncton com o nívelda água nos ecossistemas da baciaamazônica (Brandorff & Andrade,1978; Carvalho, 1983).
Se observarmos a profundidademédia do lago Tupé e rio Negro aolongo do período estudado descrita porAprile & Darwich (2005), nota-se quehouve um aumento progressivo no nívelde água do lago registrado a partir de
janeiro/2003 até seu máximo em junho- julho/2003, seguido de uma rápidaredução no nível da água entre agostoe outubro/2003 (Fig.15). Pelas razões
Calixto at al.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
17/31219
acima citadas, acreditamos que istopode estar relacionado com a variaçãonas densidades e riqueza específica dosgrupos zooplanctônicos estudados. Um fato interessante quedemonstra como a flutuação do nível
do rio principal interfere na dinâmica dacomunidade zooplanctônica de um lago érelatado por Brandorff & Andrade (1978).Estes autores observaram que a entrada deágua do rio Amazonas no lago Jacaretingapromoveu a redução e desaparecimentoda comunidade zooplanctônica nolago. Tal fato não foi constatado nolago Tupé, onde mesmo ocorrendo umdeclínio populacional a diferença não foiextrema e houve um aumento na riquezade espécies. No entanto, é importanteconsiderar que o lago Jacaretinga é umlago de água branca e que existe umaquantidade muito elevada de sedimentosem suspensão na água que entra no lago,o que não acontece no lago Tupé, uma vezque a quantidade de material carreadopelo rio Negro é bastante reduzida.
Figura 15: Nível da água no rio Negro (medidono Porto de Manaus) e do lago Tupé (medidona Estação Central – ET10), entre os meses deoutubro/02 e março/04. (Extraído de Aprile &
Darwich, 2005).
Referências bibliográficas
APRILE, F.M. & DARWICH, A.J. 2005.Modelos geomorfológicos para o lagoTupé. In: Santos-Silva, E.N.; Aprile, F.M.;Scudeller, V.V. & Melo, S. (eds). Biotupé:meio físico, diversidade biológica e sócio-cultural do baixo Rio Negro, AmazôniaCentral. Manaus: INPA, pp. 3-18.
BONECKER, C.C.; LANSAC-TÔHA, F.A. &SATUB, A. 1994. Qualitative study ofrotifers in different environments ofthe High Paraná River floodplain (MS),Brazil. Revista UNIMAR, 16: 1-16.
BOZELLI, R.L. 1992. Composition of thezooplankton community of Batata andMussurá Lakes and of the TrombetasRiver, State of Pará, Brasil. Amazoniana,12: 239-261.
BOZELLI, R.L. 2000. Zooplâncton. In:Bozelli, R.L.; Esteves, F.A.; Roland,F. (eds.). Lago Batata: impacto erecuperação de um ecossistemaamazônico. Rio de Janeiro: IB-UFRJ/SBL, pp. 123-138.
BRANDORFF, G.O. 1978. Preliminarycomparison of the crustacean planktonof a white water and a black waterlake in Central Amazon. Verh. Internat.
Verein. Limnol., 20: 1198-1202.
BRANDORFF, G.O. & ANDRADE, E.R.
1978. The relationship between thewater level of the Amazon River andthe fate of the zooplankton populationin lago Jacaretinga. A várzea lake in
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
18/31220
the Central Amazon. Stud. On Neotrop.Fauna & Environm., 13: 63-70.
BRANDORFF, G-O; KOSTE, W. &SMIRNOV, N.N. 1982. The composition
and structure of Rotiferan andCrustacean communities of the LowerRio Nhamundá, Amazonas, Brazil.Studies of Neotropical Fauna andEnvironment, 17: 69-121.
BROWER, J.E. & ZAR, J.H, 1984. Fieldand laboratory methods for general
ecology. 2a Ed. Dubuque: VM. C. BrownPublishers, 226p.
CAIN, S.A. 1938. The species-area curve.American Midland Natural, 9:573-581. CARVALHO, M. L. 1983. Efeitos daflutuação do nível da água sobre
a densidade e composição dozooplâncton em um lago de várzea daAmazônia, Brasil. Acta Amazonica, 13(5-6): 715-724.
DANIEL, C.; GUTSEIT, K.; ANÉSIO, A.M.& GRANELI, W. 2005. Microbial foodwebs in the dark: independence of lakeplankton from recent algal production.Aquatic Microbial Ecology, 38: 113-123.
DARWICH, A.J.; APRILE, F.M. &ROBERTSON, B.A. 2005. Variáveislimnológicas: contribuição aoestudo espaço-temporal de águaspretas amazônicas. In: Santos-Silva,E.N.; Aprile, F.M.; Scudeller, V.V. &Melo, S. (eds). Biotupé: meio físico,
diversidade biológica e sócio-culturaldo baixo Rio Negro, Amazônia Central.Manaus:INPA, pp. 19-34.
DUMONT, H.J. 1994. On the diversity
of the Cladocera in the tropics.Hydrobiologia, 272: 27-38.
DUMONT, H.J. & SEGERS, H. 1996.Estimating lacustrine zooplanktonspecies richness and complementarity.Hydrobiologia, 341: 125-132.
ESPÍNDOLA, E.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T. & MORENO, I.H. 1996.Efeitos da dinâmica hidrobiológicado sistema Pantanal matogrossensesobre a estrutura da comunidadezooplanctônica da lagoa Albuquerque.Acta. Limnol. Brasil., 8: 37-57.
ESTEVES, F.A. 1998. Fundamentosde limnologia. 2 ed. Rio de Janeiro:Interciência, 601p.
FISHER, T.R. 1979. Plankton and primaryproduction in aquatic systems of theCentral Amazon Basin. Comp. Biochem.Physiol., 62A: 31-38.
FLEMINGER, A. & CLUTTER, R.L.1972. Avoidance of Towed Netsby Zooplankton. Limnology andOceanography, Vol. 10, No. 1 (Jan.,1965), pp. 96-104.
FRUTOS, S.M. 1993. Zooplanctonen cuerpos de agua isleños del bajoParaná. Amb. Subtrop., 3: 87-121.
Calixto at al.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
19/31221
GHIDINI, A.R. (2007) Distribuiçãovertical nictemeral de Cladocera(Crustacea: Branchiopoda) no lagoTupé, Rio Negro, Amazonas, Brasil.Dissertação (Mestrado), Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia/ Universidade Federal do Amazonas.67p.
HAMILTON, S.K.; SIPPEL, S.J.; LEWIS,W.M. jr. & SAUNDERS, J.F.III. 1990.Zooplankton abundance and evidencefor its reduction by macrophyte mats
in two Orinoco floodplain lakes. Journalof Plankton Research, 12 (2): 345-363.
HARDY, E.R. 1980. Composição dozooplâncton em cinco lagos daAmazônia Central. Acta Amazonica, 10(3): 577- 609.
HARDY, E.R. & DUNCAN, A. 1994. Foodconcentration and temperature effectson life cycle characteristics of tropicalCladocera (Daphnia gessneri Herbst,Diaphanosoma sarsi Richard, Moinareticulata (Daday)): 1. Developtmenttime. Acta Amazonica, 25(1/2): 119-134.
HARDY, E.R.; ROBERTSON, B. & KOSTE, W.1984. About the relationship betweenthe zooplankton and fluctuating waterlevel of Lago Camaleão; a CentralAmazonian várzea lake. Amazoniana, 9(1): 43-52.
JOSÉ DE PAGGI, S. & PAGGI, J.C. 2007.ooplankton. In: Iriondo, M.; Paggi,
J.C. & Parma, J.M. The Middle Paraná:limnology of a subtropical wetland.Berlin Heidelberg, Springer-Verlag: pp.229-249.
JUNK, W.J. & HOWARD-WILLIAMS, C.1984. Ecology of aquatic macrophytesin Amazônia. 269. In: H. Sioli (ed). TheAmazon: Limnology and landscapeecology of a might tropical river and itsbasin (Monoggraphiae Biologicae; 56).Dorbrecht: Dr. W. Junk, pp. 270-293.
JUNK, W.J.; BAYLEY, P.B. & SPARKS, R.E.1989. The flood pulse concept in river-floodplain systems. In: Dodge, D.P. (ed)Proceedings of the International LargeRiver Symposium. Canadian SpecialPublishing on Fisheries and AquaticSciences, 106: 110-127.
JUNK, W.J. 1999. The pulse conceptof large rivers: learning from thetropics. Large Rivers vol. 11, nº3. Arch.Hydrobiol. Suppl., 115/3: 261- 280.
KEPPELER, E.C. 2003. Comparative studyof the zooplankton composition of twolacustrine ecosystems in SouthwesternAmazonia. Acta Scientarium. BiologicalSciences, 25 (2): 467-477.
LAMPERT, W. 1989. Essay Review: Theadaptative significance of diel verticalmigration of zooplankton. FunctionalEcology, 3: 21-27.
LANSAC-TÔHA, F.A.; BONECKER, C.C; VELHO, L.F.M. & LIMA, A.D. 1997.
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
20/31222
Composição, distribuição e abundânciada comunidade zooplanctônica. In:
VANZZOLER, A.E.DEM.; AGOSTINHO,A.A.; HAHN, N.S. (eds.). A planície deinundação do Alto Rio Paraná: aspectos
físicos, biológicos e socioeconômicos.Editora UEM: Maringá. pp. 118-153.
LANSAC-TÔHA, F.A.; BONECKER, C.C.& Velho, L.F.M. 2004. Composition,species richness and abundance of thezooplankton community. In: THOMAZ,S.M.; AGOSTINHO, A.A. & HAHN, N.S.
(eds). The upper Paraná River and itsfloodplain: physical aspects, ecologyand conservation. Blackhuys Publishers,Leiden. pp. 145-190.
ANSAC-TÔHA, F.A.; BONECKER, C.C.& VELHO, L.F.M. 2005. Estrutura dacomunidade zooplanctônica em
reservatórios. In: RODRIGUES, L.; THOMAZ,S.M.; AGOSTINHO, A.A.; GOMES, L.C.(eds.). Biocenoses no reservatório: padrõesespaciais e temporais. São Carlos: RiMa,pp. 115-127.
LAZARRO, X. 1987. A review ofplanktivorous fishes: Their evolution,feeding behaviours, selectivities, andimpacts. Hydrobiologia, 146: 97-167.
LIMA, A.F.; LANSAC-TÔHA, F.A.& BONECKER, C.C. 1996. Themicrocrustacean fauna of a floodplainlake and a tributary of the High RiverParaná, in Mato Grosso do Sul, Brasil.Stud. Neotrop. Fauna Environ., 31: 112-116.
LIMA, A.F. LANSAC-TÔHA, F.A., VELHO,L.F.M. & BINI, L.M. 1998. Spatial andtemporal variation of microcrustaceanabundance (Cladocera and Copepoda)in Upper River Paraná floodplain (MS-
Brazil): the effect of limnologicalfactors. Stud. Neotrop. Fauna Environ.,33: 87-99.
MAIA-BARBOSA, P.M. & BOZELLI,R.L. 2006. Community structure andtemporal dynamics of cladocerans inan Amazonian lake (lake Batata, PA,
Brazil) impacted by bauxite tailings.Acta. Limnol. Bras., 18 (1): 67-75.
MARNEFFE, Y., DESCY, J.P. & THOME,J.P. 1996. The Zooplankton of the louterriver Meuse, Belgum: seasonal changesand impact of industrial and municipaldischarges. Hydrobiologia, 319: 1-13,
1996.
MATSUMURA-TUNDISI, T.; ROCHA, O.& TUNDISI, J.G. 1987. Carbon uptake byDiaptomus corderoi and Thermocyclopsminutus feeding on different sizefractions of phytoplankton from lake DomHelvécio. In: SAIJO, Y & TUNDISI, J.G. (eds).Limnological studies in Rio Doce Valleylakes and Pantanal wetlands, Brazil. 2ndreport. Water Res.Inst., Nagoya UniversityPubli., Japan. pp. 103-111.
MELÃO, M.G.G. 1999. A produtividadesecundária do zooplâncton: métodos,implicações e um estudo na LagoaDourada. In: Henry, R. (ed) Ecologiade reservatórios: estrutura, função e
Calixto at al.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
21/31223
aspectos sociais. Fapesp: Funbio, pp.151-183.
MELO, N.F.A.C. de 1998; Estrutura decomunidades de cladocera (Crustacea)
em dois lagos da Amazônia Central(Amazonas, Brasil). Dissertação demestrado, INPA/UFAM. Manaus. 89 p.
PAGGI, J.C. & JOSÉ DE PAGGI, S. 1990.Zooplâncton de ambientes lóticos elênticos do Rio Paraná médio. ActaLimnol. Brasil., 3: 685-719.
PINEL-ALLOUL, B.; DOWNING, J.A.;PÉRUSSE, M. & CODIN-BLUMER,G. 1988. Spatial heterogeneity infreshwater zooplankton: variation withbody size, depth, and scale. Ecology, 69(5): 1393-1400.
PINEL-ALLOUL, B. 1995. Spatialheterogeneity as a multiscalecharacteristic of zooplanktoncommunity. Hydrobiologia, 300/301:17-42.
PREVIATELLI, D.; SANTOS-SILVA, E.N. &DARWICH, A.J. 2005. Distribuição verticaldo zooplâncton e sua relação com asvariáveis ambientais. In: SANTOS-SILVA,E.N.; APRILE, F.M.; SCUDELLER, V.V. &MELO, S. (eds). Biotupé: meio físico,diversidade biológica e sócio-cultural dobaixo Rio Negro, Amazonas, Brasil. INPA,pp. 109-121.
RAI, H.; HILL, G. 1981. Observations onheterotrophic activity in Lago January,
a ria/Várzea of the Central Amazon. Verh. Internat. Limnol., 21: 683- 688.
RAI, H.; HILL, G. 1982. On the nature ofthe ecological cycle of Lago January,
a Central Amazon ria/Várzea lake.Tropical Ecol., 23: 1-50.
ROBERTSON, B.A. & HARDY, E.R. 1984.Zooplankton of Amazonia lakes andrivers. In: Sioli, H. (ed) The Amazon.Springer-Verlag, Dodrecht, pp. 337-352.
ROBERTSON, B.A. 2004. Riqueza deespécies de Cladocera (Crustacea) emlagoas da planície de inundação do altorio Paraná: amostragem e estimativas.Tese de doutorado. UniversidadeEstadual de Maringá, Maringá, Paraná.40p.
ROWE, C.L. 2000. Global distribution,phylogeny and taxonomy of thefreshwater zooplankton genusHolopedium. Master Thesis. Universityof Guelph. 323p.
SAMPAIO, E.V. ROCHA, O.,MATSUMURA-TUNDISI, T. & TUNDISI,J.G. 2002. Composition and abundanceof zooplankton in the limnetic zone ofseven reservoirs of the ParanapanemaRiver, Brazil. Braz. J. Biol., 62(3): 525-545.
SANTOS-SILVA, E.N; ROBERTSON, B.A.,REID, J.L. W. & HARDY, E.R. 1989. Atlasde Copépodes Planctônicos, Calanoidae Cyclopoida (Crustacea), da Amazônia
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
22/31224
Brasileira. I. Represa de Curuá-Una,Pará. Rev. Bras. Zool., 6(4): 725- 758.
SANTOS-SILVA, E.N. 1991. Composição,abundância e reprodução de Calanoida
(Copepoda) do Lago Calado, AmazôniaCentral. Dissertação de Mestrado.INPA/FUA, Manaus, AM. 143p.
SEKINO, T. & YOSHIOKA, T. 1995.The relationship between nutritionalconditions and diel vertical migrationof Daphnia galeata. Jap.J. Limnol., 56:
145-150.
SERAFIM-JÚNIOR, M. 1997.Heterogeneidade espacial e temporal dacomunidade zooplanctonica do sistemario Ivinhema-Lagoa dos Patos, planíciede inundação do alto rio Paraná (MS).Dissertação de Mestrado. Universidade
Estadual de Maringá: 33p.
SERAFIM-JÚNIOR, M.; GHIDINI, A.R.;PERBICHE-NEVES, G. & BRITO, L. de.2005. Comunidade Zooplanctônica.In: Andreoli, C.V. & Carneiro, C.Gestão integrada de mananciaisde abastecimento eutrofizados.Sanepar,Curitiba, PR. pp. 409-434.
SMIRNOV, N.N. 1992. Cladocera:The Macrothricidae of the world.In: Dumont. H.J.F. (ed) Guides to theIdentification of Microinvertebrates ofthe Continental Waters of the World.Amsterdam: SPB Academic Publishing,143p.
SMIRNOV, N.N. 1996. Cladocera: theChydorinae and Sayciinae (Chydoridae)of the World. In: Dumont. H.J.F. (ed.).Guides to the Identification of theMicroinvertebrates of the Continental
Waters of the World. SPB AcademicPublishing, Amsterdam, 197p.
SMITH, D.G. 2001. Pennak’s Freshwaterinvertebrates of the United States:Porifera to Crustacea. 4ª Ed. New York:John Wiley & Sons, Inc, 638 p.
STERZA, J.M.; SUZUKI, M.S. & TAOUIL,A. 2002. Resposta do zooplâncton àadição de nutrientes inorgânicos (N eP) em mesocosmos na lagoa do Açu,Campos dos Goytacazes/São João daBarra, RJ. Acta Limnol. Bras., 14 (2):87-94.
TONOLLI, V. 1971. Zooplankton. In:Edmondson, W.T.; Winberg, G.G.(eds.). A mannual on methods for theassessment of secondary produtivityin freshwater. IBP Handbook Nº 17.Blackwell Scientific PublicationsOxford, pp. 1- 6.
VÁSQUEZ, E.R. 2004; Composição,distribuição e densidade das populaçõesde cladóceros (Crustacea:Branchiopoda)em lagos de várzea dos rios Solimões-Amazonas, Brasil. Dissertação demestrado, INPA/UFAM. Manaus. 52 pp.WAICHMAN, A.V.; GARCÍA-DÁVILA,
Calixto at al.
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
23/31225
C.R.; HARDY, E.R. & ROBERTSON, B.A.2002. Composição do zooplânctonem diferentes ambientes do lagoCamaleão, na ilha da Marchantaria,Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, 32
(2): 339-347.
WETZEL, R.G. 1983. Limnology. 2a Ed.Philadelphia: CBS College Publishing,767p.
WHITESIDE, M.C.; WILLIANS, J.B. &WHITE, P. 1978. Seasonal abundance
and pattern of Chydorid Cladocera inmud and vegetative habitats. Ecology,59 (6): 1177-1188.
ZARET, T.M. & SUFFERN, J.S. 1976. Vertical migration in zooplankton as apredator avoidance mechanism. Limnol.Oceanogr., 21: 804-813.
Distribuição espaço-temporal de riqueza e agundância do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
24/31226
T á x o n s
A . R .
F .
E T 1
E I 2
E I 3
E I 4
E T 5
E I 6
E T 7
E I 8
E T 9
E T 1 0
E C 1 1
E N 1 2
F a m í l i a A s p l a n c h n i d a e
A s p l a n c h n
a s i e b o l d i ( L e y d i g ,
1 8 5 4 )
0 , 1
6
1 8 , 7
5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
F a m í l i a B r a c h i o n i d a e
A n u r a e o p s i s s p 1
0 , 0
3
6 , 9
4
X
X
X
X
X
A n u r a e o p s i s s p 2
1 , 6
0
1 4 , 5
8
X
X
X
X
A n u r a e o p s i s s p 3
0 , 5
2
9 , 7
2
X
X
X
X
B r a c h i o n u
s b i d e n t a t a b i d e n t a t a A n d e r s o
n ,
1 8 8 9
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
B r a c h i o n u
s z a h n i s e r i v a r . g
e s s n e r i ( H a u e
r , 1
9 5 6 )
5 1 , 8
7
8 2 , 6
4
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B r a c h i o n u
s z a h n i s e r i f . r e d u c t u s ( H a u e r , 1
9 5 6 )
3 , 8
5
4 6 , 5
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
K e r a t e l l a s
p .
0 , 5
1
9 , 7
2
X
X
X
X
K e r a t e l l a a
m e r i c a n a C a r l i n ,
1 9 4 3
2 0 , 1
6
8 7 , 5
0
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
K e r a t e l l a c
o c h l e a r i s G o s s e ,
1 8 5 1
0 , 1
2
6 , 9
4
X
X
X
X
X
F a m í l i a C o l l o t h e c i d a e
C o l l o t e c a s p .
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
F a m í l i a C o l u r e l l i d a e
L e p a d e l l a c r i s t a t a ( R o u s s e l e t , 1
8 9 3 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
F a m í l i a E u c h l a n i d a e
D i p l e u c h a n i s p r o p a t u l a p r o t u l a ( G o s s e , 1
8 8 6 )
0 , 0
1
5 , 5
6
X
X
X
F a m í l i a F l o s c u l a r i i d a e
C o n o c h i l u s c o e n o b a s i s ( S k o r i k o v , 1
9 1 4 )
0 , 6
6
1 7 , 3
6
X
X
X
X
X
X
T a b e l a 1 : A b u n d â n c i a r e l a t i v a ,
f r e q u ê n c i a d e o c o r r ê n c i a n a s a m o s t r a s
e c o m p o s i ç ã o e n t r e a s e s t a ç õ
e s c o l e t a d a s d e R o t i f e r a , n o l a
g o T u p é , e n t r e o s
m e s e s d e m a r ç o / 2 0 0 3 e f e v e r e i r o / 2 0 0 4 .
C o n t i n u a
Calixto at al.
F a m í l i a A s p l a n c h n i d a
A s p l a n c h n
a s i e b o l d i ( L e y d i g ,
1 8 5 4
0 , 1
6
1 8 , 7
5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
F a m í l i a C o l l o t h e c i d a e
C o l l o t e c a s p .
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
F a m í l i a E u c h l a n i d a
D i p l e u c h a n i s p r o p a t u l a p r o t u l ( G o s s e , 1
8 8 6
0 , 0
1
5 , 5
6
X
X
X
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
25/31227
Distribuição espaço-temporal do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
C o n o c h i l u s u n i c o r n i s R o u s s e l e t , 1
8 9 2
0 , 0
6
2 0 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
F i l i n i a l o n g i s e t a ( E h r e n b e r g ,
1 8 3 4 )
0 , 0
1
4 , 8
6
X
X
X
X
X
X
F i l i n i a o p o
l i e n s i s ( Z a c h a r i a s , 1
8 9 1 )
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
F i l i n i a p e j l e r i H u t c h i n s o n ,
1 9 6 4
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
F i l i n i a s a l t
a t o r ( G o s s e ,
1 8 8 6 )
0 , 0
1
3 , 4
7
X
X
X
X
F i l i n i a t e r m
i n a l i s ( P l a t e ,
1 8 8 6 )
0 , 8
7
3 5 , 4
2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
H e x a r t r a s
p .
< 0 , 0
1
2 , 7
8
X
X
X
X
F a m í l i a G a s t r o p o d i d a e
A s c o m o r p h a o v a l i s ( B e r g e n d a h l , 1
8 9 2 )
0 , 2
4
3 6 , 1
1
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
A s c o m o r p h a s a l t a n s ( B a r t s h ,
1 8 7 0 )
0 , 1
7
1 4 , 5
8
X
X
X
X
X
X
X
F a m í l i a L e c a n i d a e
L e c a n e c u r v i c o r n i s ( M u r r a y , 1
9 1 3 ª
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
L e c a n e k u t i k o v a ( K o s t e ,
1 9 7 2 )
< 0 , 0
1
2 , 0
8
X
X
L e c a n e l u n
a ( O .
F . M
u l l e r , 1
7 7 6 )
0 , 0
2
1 1 , 8
1
X
X
X
X
X
L e c a n e m e
l i n i ( T h o m a s s o n ,
1 9 5 3 )
1 , 3
2
3 8 , 8
9
X
X
X
X
X
X
X
X
L e c a n e m o
n o s t y l a ( D a d a y , 1
8 9 7 )
< 0 , 0
1
2 , 7
8
X
X
X
L e c a n e p r o
i e c t a H a u e r , 1
9 5 6
0 , 0
2
1 , 3
9
X
X
L e c a n e r e m
a n e i H a u e r , 1
9 6 4
< 0 , 0
1
7 , 6
4
X
X
X
X
X
L e c a n e r u d
e s c u i H a u e r , 1
9 6 5 ª
< 0 , 0
1
4 , 1
7
X
X
X
X
X
F a m í l i a P r o a l i d a e
P r o a l e s s p
0 , 1
0
7 , 6
4
X
X
C o n t i n u a
C o n t i n u a ç ã o
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
26/31228
F a m í l i a S
y n c h a e t i d a e
P l o e s o m a
s p .
0 , 1
2
2 9 , 8
6
X
X
X
X
X
X
X
P o l y a r t h r a
v u l g a r i s C a r l i n ,
1 9 4 3
7 , 1
6
7 9 , 1
7
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
S y n c h a e t h a s p .
1 , 4
3
4 0 , 9
7
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
F a m í l i a T e s t u d i n e l l i d a e
T e s t u d i n e l l a m u c r o n a t a ( G o s s e ,
1 8 8 6 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T e s t u d i n e l l a p a t i n a v a r . d e n d r a d i n a ( B e a
u c h a m p ,
1 9 5 5 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T e s t u d i n e l l a p a t i n a p a t i n a ( H e r m a n n , 1 7
8 3 )
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
F a m í l i a T r i c h o c e r c i d a e
T r i c h o c e r c
a s p .
0 , 2
6
1 3 , 8
9
X
X
X
X
T r i c h o c e r c
a b i c r i s t a t a G o s s e ,
1 8 8 6
0 , 0
1
0 , 6
9
X
T r i c h o c e r c
a c y l i n d r i c a c h a t t o n i ( B e a u c h a m p ,
1 9 0 7 )
0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
T r i c h o c e r c
a c y l i n d r i c a c y l i n d r i c a ( I m h o f ,
1 8 9 1 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T r i c h o c e r c
a i n e r m i s ( L i n d e r , 1
9 0 4 )
0 , 3
7
1 8 , 0
6
X
X
X
X
X
X
X
T r i c h o c e r c
a p u s i l a ( L a u t e r b o r n ,
1 8 9 8 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T r i c h o c e r c
a s i m i l i s ( W i e r z e j s k i , 1
8 9 3 )
6 , 1
5
5 4 , 1
7
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
T r i c h o c e r c
a s i m i l i s g r a n d i s ( H a u e r , 1
9 6 5
)
0 , 5
9
4 4 , 4
4
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
T r i c h o c e r c
a c a p u c i n a ( W i e r z e j s k i &
Z a c h a r i a s ,
1 8 9 3 )
1 , 5
3
5 6 , 2
5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
F a m í l i a T r i c h o c i d a e
M a c r o c h a
e t u s s p .
0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
X
O r d e m B
d e l l o i d e a
N C
2 0 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
C o n t i n u a ç ã o
Calixto at al.
F a m í l i a T e s t u d i n e l l i d a e
T e s t u d i n e l l a m u c r o n a t ( G o s s e ,
1 8 8 6
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T e s t u d i n e l l a p a t i n a v a r . d e n d r a d i n
( B e a
u c h a m p ,
1 9 5 5
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
T e s t u d i n e l l a p a t i n a p a t i n (
H e r m a n n , 1 7
8 3
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
F a m í l i a T r i c h o c i d a e
M a c r o c h a
e t u s s p .
0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
X
-
8/17/2019 Calixto Et Al 2011 Distribuicao Espaco Temporal Zooplancton Lago Tupe
27/31229
Distribuição espaço-temporal do zooplâncton no lago Tupé, baixo rio Negro, Amazonas, Brasil
T á x o n s
A . R .
F .
E T 1
E I 2
E I 3
E I 4
E T 5
E I 6
E T 7
E I 8
E T 9
E T 1 0
E C 1 1
E N 1 2
F a m í l i a B
o s m i n i d a e
B o s m i n a l o n g i r o s t r i s ( O . F .
M u l l e r , 1
7 8 5 )
8 , 1
9
4 5 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n a h
a g m a n n i S t i n g e l i n ,
1 9 0 4
0 , 2
6
3 3 , 3
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n a t
u b i c e n B r e h m ,
1 9 5 3
0 , 7
2
4 5 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n a s p .
1 1 , 3
1
6 3 , 8
9
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n o p
s i s b r a n d o r f f i R e y &
V a s q u e z ,
1 9 8 9
< 0 , 0
1
5 , 5
6
X
X
X
X
B o s m i n o p
s i s d e i t e r s i R i c h a r d ,
1 8 9 5
6 7 , 3
1
9 7 , 2
2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n o p
s i s n e g r e n s i s B r a n d o r f f , 1
9 7 6
< 0 , 0
1
4 , 8
6
X
X
F a m í l i a C
h y d o r i d a e
A l o n e l l a d
a d a y i B i r g e ,
1 9 1 0
< 0 , 0
1
6 , 9
4
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
A l o n a c f . i n c r e d i b i l i s S m i r n o v , 1
8 9 4
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
X
A l o n a c f . f a s c i c u l a t a D a d a y , 1
9 0 5
< 0 , 0
1
2 , 0
8
X
X
C h y d o r u s c f . e
u r y n o t u s S a r s ,
1 9 0 1
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
D i s p a r a l o n a a c u t i r o s t r i s ( B i r g e ,
1 8 7 9 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
X
K u r z i a l a t i s s i m a ( K u r z ,
1 8 7 4 )
< 0 , 0
1
1 , 3
9
X
X
P l e u r o x u s
c f . d e n t i c u l a t u s B i r g e ,
1 8 7 7
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
F a m í l i a D
a p h i i n i d a e
C e r i o d a p h
n i a c o r n u t a S a r s ,
1 8 8 6
3 , 3
2
7 7 , 7
8
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
C e r i o d a p h
n i a r e t i c u l a t a ( J u r i n e ,
1 8 2 0 )
< 0 , 0
1
0 , 6
9
X
C o n t i n u a
T a b e l a 2 : A b u n d â n c i a r e l a t i v a ,
f r e q u ê n c
i a d e o c o r r ê n c i a n a s a m o s t r a s
e c o m p o s i ç ã o e n t r e a s e s t a ç õ
e s c o l e t a d a s d e C l a d o c e r a , n o
l a g o T u p é , e n t r e o s
m e s e s d e m a r ç o / 2 0 0 3 e f e v e r e i r o / 2 0 0 4 .
F a m í l i a B
o s m i n i d a e
B o s m i n a l o n g i r o s t r i ( O . F .
M u l l e r , 1
7 8 5
8 , 1
9
4 5 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n a h
a g m a n n i S t i n g e l i n ,
1 9 0 4
0 , 2
6
3 3 , 3
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n a t
u b i c e n B r e h m ,
1 9 5 3
0 , 7
2
4 5 , 8
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n
s p .
1 1 , 3
1
6 3 , 8
9
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
B o s m i n o p
s i s b r a n d o r f f i R e y
V a s q u e z ,
1 9 8 9
< 0 , 0
1
5 , 5
6
X
X
X
X
B o s m i n o p
s i s d e i t e r s R i c h a r d ,
1 8 9 5
6 7 , 3
1
9 7 , 2
X
X
X
X
X
X
X
X