By J. Fraser MustardThe Founders’ Network

Founding ChairmanCouncil for Early Child Development

November 25, 2008

O desenvolvimento humano  precoce define a base para o posterior

desenvolvimento

Porto Alegre, RS, Brasil

5ª Convenção Internacional sobre o desenvolvimento infantil precoce

O desenvolvimento humano precoce estabelece trajetórias para o

desenvolvimento posterior da saúde (física e mental), o aprendizado e o

comportamento. Programas de desenvolvimento precoce são muito

mais do que os cuidados infantis e de educação.

08-157

A defasagem entre oportunidade e investimento

Idade0 3 10 70

97-044

“Maleabilidade” cerebral

Gastando na Saúde,

Educação e Bem-Estar

02-056

Políticas para fomentar o capital humano

“Nós não podemos nos dar ao luxo de adiar o investimento nas crianças até que eles se tornem adultos, nem podemos esperar até que eles entrem na escola – pois pode ser muito tarde para intervir”

Heckman, J., 2001(Nobel Prize Economics, 2000)

World Health Organization

Michael Marmot

As Desigualdades em Saúde e Desenvolvimento

Fechando a lacuna em uma geração

WHO, August 2008

Relatório WHO

A ciência da ECD mostra que o desenvolvimento cerebral é altamente sensível a influências externas na primeira infância, com início no útero, e efeitos ao longo da vida.

WHO, 2008

08-184

WHO – Comissão Marmot sobre Determinantes Sociais da Saúde

Chapter 5 – Eqüidade desde o início

Recommendation 5.1:WHO e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) criaram um mecanismo interinstitucional para garantir a coerência das políticas para o desenvolvimento infantil precoce, assim, entre agências, uma abordagem global para o desenvolvimento infantil precoce é posta em prática.

08-151

WHO, 2008

WHO – Comissão Marmot sobre Determinantes Sociais da Saúde

Capítulo 5 - Eqüidade desde o início

Recomendação 5.2: Governos constroem uma cobertura universal de um pacote abrangente de programas de desenvolvimento infantil de qualidade e serviços para crianças, mães e outros provedores, independentemente da capacidade de pagamento.

08-113

NEUROBIOLOGIA DESENVOLVIMENTAL

03-080

Saúde

Aprendizagem (alfabetização)

Comportamento

Desenvolvimento de experiências baseadas no cérebro nos primeiros anos de vida determinam caminhos biológicos e neurológicos que afetam toda a vida:

Por que nos preocupamos com cérebros?

Você é o seu cérebro.

MASSeu cerebro não é apenas produzido por seus genes.

Seu cerebro é esculpido por uma vida de experiências. A época mais importante no desenvolvimento do cérebro são os primeiros anos da vida

Kolb, U Lethbridge

08-039

O que é experiência?

Tudo o que você encontra no pré e pós-natal assim como na fase adulta…

Exemplos: sons, toque, visão, olfato, comida, pensamentos, drogas, ferimentos, doenças…

Kolb, U Lethbridge

08-026

As experiências tem os mesmos efeitos no desenvolvimento do cérebro nas diferentes

épocas da vida?

Não !

Existem diferenças qualitativas nos diferentes estágios da vida.

Há algo essencialmente diferente nas fases pré-natal, infância, adolescência e adulta.

Uma diferença é a expressão do gene.Kolb, U Lethbridge

Caminhos do Cérebro

“Altos níveis de circuitos cerebrais dependem da informação precisa e confiável dos níveis mais baixos para realizar suas funções.

Períodos sensiveis para o desenvolvimento dos níveis mais baixos de circuitos terminam cedo na vida.

Circuitos de alto nível continuam plásticos por um período mais longo.”

Knudsen 2004

07-123

0 1 4 8 12 16

IDADE

Desenvolvimento Cerebral Humano – Linguagem e Cognição

Caminhosdos sentidos

(visão, audição)

LinguagemFunçãoCognitiva Alta

3 6 9-3-6

Meses Anos

C. Nelson, in From Neurons to Neighborhoods, 2000.

Con

cepç

ão01-003

Desenvolvimento Infantil Precoce e Linguagem

Começa cedo – primeiros sete meses

Define capacidade para o dominio de múltiplos idiomas

Define a trajetória da alfabetização e da linguagem

04-200

Saúde, Comportamento e Percurso Límbico HPA

Alostase & Carga Alostática (Estresse)

07-105

LeDoux, 2002

As estradas baixas e altas para o estresse

Amygdala

Caminho do Estresse

Estrada

Estrada

Cortex Sensorial

TálamoSensorial

Amígdala

Alta

Baixa

Estímulo

Sensorial

05-128

EstímuloEmocional

PIT

Cortisol CortisolCRF

ACTH

Amígdala Hipocampo

CortexAdrenal

HipotálamoPVN

+ + - -

LeDoux, Synaptic Self

03-002

Caminho Límbico HPA - Estresse

Cortisol – Produção alta

Comportamento, depressão, diabetes, desnutrição, doença cardiovascular, memória e sistema imunológico, droga e o alcoolismoCortisol – Produção baixa

Síndrome de fadiga crônica, fibromialgia, sistema imunológico (perturbações auto-imunes) artrite reumatóide, alergias, asma

05-212

Percurso do Estresse e Estímulos Sensoriais

Toque no Período Precoce é Crítico

Ratos – Mães lambem os filhotes

Macacos – parceiros vs criação da mãe

Humanos - Apego

05-213

Epigeneticos

O processo pelo qual a expressão normal do gene é alterada pela experiência.

Genótipo vs Fenótipo

08-014

Regulação das Funções dos Genes

Epigeneticos

MicroRNAs

08-109

Chuang & Jones, Pediatric Research, 2007.

Ratos – Gene Metilação

0

0.4

0.8

1.2

Cit

osi

ne-

Met

ilaç

ão

EmbriãoDia 20

NascimentoDia 1

FilhoteDia 6

AdultoDia 90

DesmameDia 21

LambendoBaixo

LambendoAlto

Idade M. Szyf

05-059

S. Suomi

05-042

Macacos Rhesus Macaque–Gene transportador de Serotonina

Pouco carinho na infância

Alelo longo, sem problemas de comportamento

Alelo Curto, significativo comportamento problemático e dependência alcoolica

06-028

03-089

Gene transportador de SerotoninaExperiência Precoce na Vida - Depressão

Idade 26

Sem Abuso Abuso Moderado Abuso Severo

.30

.50

.70

A. Caspi, Science, 18 July 2003, Vol 301.

Risco de Depressão

LL

SS

SL

S = Alelo Curto

L = Alelo Longo

Infância Precoce

Experiência Precoce, Arquitetura Cerebral e Funções

Afeta expressão gênica e de vias neurais

Forma emoções, regulamenta temperamento e desenvolvimento social

Forma a percepção e capacidade cognitiva

Forma a saúde física e mental e de comportamento na vida adulta

Forma as atividades físicas (por exemplo, esqui, natação, etc)

Forma a linguagem e a capacidade de alfabetização

07-001

Desenvolvimento do Cérebro, Alfabetização e Saúde

08-186

Níveis de alfabetização da população total - E.U.A.

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4 5

Po

r cen

t ag

em

Nível NALS, p. 17, 2002

Prosa

Documento

Quantitativo

05-178

Os níveis de alfabetização, físico, mental ou outros problemas de saúde - E.U.A. (Quantitativo)

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5

Po

r cen

t ag

em

Nível NALS, p. 44, 2002

Problemas de saúde

Problemas Mentais ou Emocionais

Doenças longas

05-173

Porcentagem de Adultos na Pobreza, por Nível de Alfabetização - E.U.A. (Prosa)

0 10 20 30 40 50

5

4

3

2

1

Porcentagem

Nív

el

NALS, p. 61, 2002

05-170

Gradiente Socioeconômico para Adultos Documento de pontuação da alfabetização (16 to 65)

OECD, 2000

06-114

Índices

Educação dos pais (anos)

3 95 7 151311 19170

270

230

190

350

310

U.S.

Canada

Austrália

Suíça

Finlândia

Chile

Expectativa de vida e alfabetização

70

78

76

74

72

80

200 40 60 10080

Exp

ect

ativ

a d

e v

ida

ao

na

sce

r

Porcentagem nos níveis 1 e 2OECD

04-147

Estudo do Abecedario – Leitura

Idade 8 Idade 12 Idade 15 Idade 21

Idade no teste

0

1.2

0.8

0.4

Tamanho do efeito Séries primárias

Pré-escola Pré-escola &Séries primárias

04-153

Um Experimento “Natural” :Orfãos Romanos Adotados

Crianças adotadas após 8 meses de idade, aos 11 anos mostram um contraste com crianças adotadas mais cedo

1. Desenvolvimento anormal do cérebro (cérebro pequeno, baixa atividade metabólica, EEG anormal)

2. Problemas sociais e cognitivos(perda de QI)

3. Alta vulnerabilidade a problemas comportamentais (ADHD, agressão)

Kolb, U Lethbridge

08-031

Romania –Projeto BEIP

O resultado cognitivo das crianças que permaneceram nos orfanatos era nitidamente inferior ao de crianças externas ao orfanato e as crianças do orfanato retiradas e colocadas em acolhimento familiar.

Nelson et al. 2007. Science, v. 318

08-010

PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO

PRECOCE

Sucesso por dez desenvolvimentos infantis precoces

Comece cedo (gravidez)

Intervenha sempre

Intervenha efetivamente

Integre com as escolas primárias

06-001

Ludwig and Sawhill, Brookings Institution

Desenvolvimento Infantil Precoce e Programas de

PaternalidadeDisaponível desde a gravidez até a entrada na pré-escola

Prover suporte para os pais

Aprender a ser pai fazendo e sendo

Prover cuidados para os não pais

Ligado a clínicas – da gravidez a infância

04-230

Medidasde Resultados

03-116

03-085

Instrumento de Desenvolvimento Precoce(EDI)

Saúde física, atividade e bem-estar

Habilidades de comunicação e conhecimento geral

Conhecimento social e competência

Saúde emocional e maturidade

Linguagem e desenvolvimento cognitivo

Canadá – EDICrianças de 5-6 anos

Adapted from NLSCY/UEY 1999-2000; EDI 1999-2000

07-026

% Vulnerável

Q1 Q2 Q3 Q4SES - Income

30

20

10

0

Renda

Vancouver EDILeitura

# do EDI % Falhando % Não

Passando Vulnerabilidades 4ª Série 4ª Série

0 13.6 17.81 26.7 33.92-3 29.5 43.14-5 48.4 68.3

Hertzman, HELP, 2006

06-149

Vancouver EDINumeracia

# das % Falhando % Não Passando Vulnerabilidades 4ª Série 4ª Série

0 7.5 12.31 11.8 22.22-3 18.7 33.84-5 27.5 55.6

Hertzman, HELP, 2006

06-148

Diminuição da % das crianças vulneráveis como resultado da melhora do ECD na Austrália

Ano 2003 2006

Floreat 47.22% 14.3%

Wembley 47.11% 11.8%

AEDI

07-204

América Latina

08-187

Pré-natalNasc. Infância

Idade 5-62 Sem. Infância

Programa “Educa a Tu Hijo” (69%)

Programas “Circulos Infantiles” (15,5%) Pré-escolas (15%)

Programas ECD em Cuba

Educação não formal

Educação formal

Idade 5

Idade 5

Oferecido a crianças de mães operárias

Oferecido as crianças e as suas famílias

07-197

Terceira Série – Escores de Línguas

UNESCO, 1998

100 250 300 350 400150 200

Colômbia _ _ _ _ _ _

Brasil _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Chile _ _ _ _ _ _ _ _ _

Cuba _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

México _ _ _ _ _ _ _

05-066

Proficiência na Leitura – PISAIdade 15

Level Level -1 and 1 4 and 5

Finlândia 5.7 48.1

Canadá 9.6 38.0

USA 19.4 30.1

México 52.0 4.8

Brasil 50.0 8.2Learning for Tomorrow’s World, OECD, 2004

06-017

Escores de Matemática, Idades 5-14(Alto SES)

NZ Council for Educational Research

Idade do estudante

Esc

ore

de m

ate

mát

ica

padr

oni

zado

median s

-2

0

2

5 6 8 10 12 14

Escores de Matemática, Idades 5-14(Baixo SES)

NZ Council for Educational Research

08-090

Idade do estudante

Esc

ore

de m

atem

átic

a pa

dron

izad

o

medians

-4

-2

0

2

5 6 8 10 12 14

Terceira Série – Escore de Leitura

% 3ª Série Nível de PerformancePaís -1 I II III IV

Brasil 6.29 25.25 39.84 21.54 7.07

Colombia 4.94 23.61 41.78 21.16 8.52

Cuba 0.56 6.48 21.09 27.61 44.27

México 3.65 19.64 37.09 27.52 12.09

Nuevo Leon 1.70 12.71 34.82 32.40 18.38UNESCO, 2008

08-101

Sexta Série – Escore de Leitura

UNESCO, 2008

08-142

<1 1 2 3 4

Brasil 0.57 14.83 34.65 27.47 22.46

Equador 4.47 33.69 39.48 16.63 5.37

México 0.23 12.23 33.40 29.75 24.39

Nuevo Leon 0.21 9.12 29.99 32.37 28.83

Cuba 0.3 5.26 19.57 24.20 50.68

Colômbia 0.39 13.17 38.25 30.40 17.80

Quanto do desempenho acadêmico cubano está

relacionado com a qualidade dos seus programas de

desenvolvimento humano precoce que se iniciam com

a gravidez?

08-188

CENDI – Monterrey, México

Uma adaptação do programa de desenvolvimento infantil Cubano

08-168

EDI Crianças Vulneráveis

Pontuação na base de 10% de qualquer uma das cinco avaliações.

08-129

CENDI – Monterrey(baseado no programa Cubano)

# das Crianças % Vulnerável

CENDI 341 18.2

Cuidado Informal 789 38.0

08-138

CENDI (Monterrey) vs Cuidado Informal

Meios de domínio

I II III IV V No.

CENDI 9.33 9.45 8.25 8.19 9.33 341

Cuidado Informal 8.39 8.62 7.70 7.95 8.40 792

08-139

CENDI (Monterrey) vs Mostra Normativa Canadense

Meios de domínio I II III IV V No.

CENDI 9.31 9.45 8.25 8.16 9.29 341

Canadá 8.79 8.29 8.05 8.36 7.73 116,824

08-140

EDI – Canadá e CENDI - Monterrey, México

% Baixo em % Baixo em Um Domínio Dois Domínios

CENDI 18.5% 3.8%(Monterrey)

MostraCanadense 25.9% 12.9%

08-046

Programa do Equador (2005) Nuestros Ninos

Teste Controle ETH (Cuba) Pré-escola# de Crianças 80,000 6,000Idade 1-6 yrs 5-6 yrs

Motora pesada 21.1 22.3 * 22.2 *

Motora fina 19.3 20.6 * 20.7 *

Linguagem 18.7 20.0 * 20.1 *

Social 20.5 21.6 * 21.6 *

* Significativamente diferente do Controle

08-136

Brasil – Rio Grande do Sul(60.000 crianças)

Teste Crianças % no padrão de desenvolvimento Início 2 anos

Cognitivo 377 37 78

Linguagem 387 71 79

Motora 386 50 80

Social 416 69 86

Primeira Infância Melhor

08-137

Estudo Canadense da América Latina

Estudo 1

EDICuba, Idade 5-6CENDI e não CENDI – MonterreyBrazil, PIM e não PIMCanadá, Idade Age 5-6

08-144

Estudo Canadense da América Latina

Estudo 2

EDI – Segue a performance EscolarCubaCENDI e não CENDIBrazil, PIM e não PIMEstudo EDI do Canadá

08-145

Estudo Canadense da América Latina

Estudo 3

Comparações do País Programas ECD e programas

não ECD (Brasil, Monterrey)Canadá –Programas ECD Caóticos

08-146

Desenvolvimento Humano Precoce (Universal)

ComponentesPré-natal (Cuba clínicas)Post-natal (Cuba clínicas)Programas de desenvolvimento precoce

- Licença maternidade- Não cuidado pelos pais

MetaEquidade no desenvolvimento humano

precoce (da gravidez até a idade 6)

08-189

CONSIDERAÇÕESSOCIOECONÔMICAS

USAEducação Pública Universal – Século 20

Continuidade do progresso em qualidade até 25 anos atrás.

Uniformizado por 25 anos.

Problemas econômicos e sociais.

Iniquidade de renda – Catherine SnowSusan Van HemelBenjamin Friedman

08-185

Argumento do Heckma

A formação das habilidades no ciclo da vida é dinâmica na natureza. Habilidade gera habilidade.

Muitos dos principais problemas econômicos e sociais podem ser atribuídos aos baixos níveis de habilidade e capacidade na população.

Intervenções precoces têm mais elevados retornos posteriores do que outras intervenções.

06-048

02-056

Políticas para Fomentar o Capital Humano

“Nós não podemos nos dar ao luxo de adiar o investimento nas crianças até que eles se tornem adultos, nem podemos esperar até que eles entrem na escola – pois pode ser muito tarde para intervir”

Heckman, J., 2001(Nobel Prize Economics, 2000)

01-050

The Economist, pg 16, July 18, 1998

O princípio da gratuitidade do ensino para as crianças em idade escolar já está tão entrincheirada em todo omundo,que não seria nada incongruente em prorrogá-la ainda mais para baixo

a faixa etária…

01-039

www.founders.net

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References

Mustard, J.F. Early child development and experience-based brain development: the scientific underpinnings of the importance of early child development. Washington: The Brookings Institution. 2006. Available at: www.founders.net

McCain, M.N., J.F. Mustard and S. Shanker. Early Years Study 2: Putting Science into Action. Toronto: Council for Early Child Development. 2007. www.councilecd.ca

Mustard, J.F. Investing in the Early Years: Closing the gap between what we know and what we do. Adelaide: State of South Australia. 2008. www.thinkers.sa.gov.au

Mustard, J.F. Literacy: Passport to Prosperity. Council of Ministers of Education, Canada. Pan-Canadian Interactive Literacy Forum. 2008. http://literacy.cmec.ca/