Toracotomia trans-esternal e intercostal simples em caprinos
Broncoscopia, mediastinoscopia e toracotomia
-
Upload
egfmed -
Category
Health & Medicine
-
view
8.209 -
download
3
Transcript of Broncoscopia, mediastinoscopia e toracotomia
BRONCOSCOPIA,
MEDIASTINOSCOPIA E
TORACOTOMIA
Rogério Nei de Brito Costa
R2 de anestesiologia
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• A. Diagnóstico clínico e diagnóstico diferencial
– Hemoptise e tosse improdutiva + infiltrado persistente sugerem carcinoma
– Confirmação por citologia do escarro, broncoscopia e biópsia linfonodal
– Mediastinoscopia > diagnóstico de metástases > toracotomia
– Ca de pulmão representa 16% das neoplasias e 30% das mortes por neoplasia no mundo
– Classificação dos carcinoma broncogênicos: pequenas células, grandes células, células escamosas e adenocarcinomas
– Carcinomas de células não pequenas > ressecabilidade (estadio TNM)
– Carcinoma de pequenas células > quimio e radioterapia ( sobrevida de 3 a 8% em 5 anos)
– Podem ocorrer efeitos expansivos( Pancoast e sínd da veia cava superior) ou alteração do metabolismo ( sínd. De Cushing, carcinóide, hipercalcemia,hipocalemia, hiponatremia)
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
B. Avaliação e manejo pré-operatórios
• População tabagista com desenvolvimento de DPOC cursam com alterações nas provas de função pulmonar
• Atelectasia e hipoxemia pós-operatórias relacionadas aos fumantes
• Ortopnéia e dispnéia remetem a problema cardiopulmonar
• Pneumonia, insuficiência respiratória, fístula broncopleural, empiema e embolia pulmonar são as principais causas de morbi-mortalidade após ressecção pulmonar
• Avaliação da função respiratória através de mecânica respiratória (CVF, VEF1 VR/CPT) , reserva cardiopulmonar e função de parênquima pulmonar
• Fatores preditores (espirometria) de complicação pós-operatória:– CVF < 50% do valor previsto
– VEF1 < 50% da CVF ou 2L
– VVM < 50% do previsto
– Capacidade de difusão < 50% do previsto
– VR/CPT > 50%
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
C. Manejo intra-operatório
• Pré-medicação com midazolam
• Esfigmomanômetro em MSE e oximetria em MSD
• Monitorização adequada e atenção para cuidados com hipotermia
• Indução anestésica com agentes de curta duração e manutenção com agente inalatório ( evitar óxido nitroso)
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Broncoscopia– BFO flexível
• Pacientes sedados sob anestesia local ou sob anestesia geral (máscara laríngea ou intubação orotraqueal)
• Pode-se bloquear n. laríngeo sup. e/ou traquéia
• Sedação com midazolam ou remifentanil
– Broncoscópio rígido de ventilação• Anestesia geral venosa total com relaxamento muscular e uso de
alto fluxo de gás
– Broncoscópio rígido com efeito Venturi• Jato intermitente de O2 de alta pressão
• Uso de curare de rápida duração
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Mediastinoscopia– Realizada para diagnóstico de lesões mediastinais ou
estadiamento de neoplasia (linfonodos `+` contra-indicam ressecção pulmonar)
– Complicações raras associadas a lesão do nervosa (frênico ou laríngeo recorrente) ou traumatismo de estruturas adjacentes (pleura, traquéia, esôfago, veia cava superior, veia ázigo, a. inominada, a. pulmonar e aorta)
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Indicações de ventilação monopulmonar– Absolutas
• Bloqueio de inundação ou contaminação contralateral– Hemorragia vultosa
– Infecção – bronquiectasia e abscesso pulmonar
• Controle de distribuição da ventilação– Fístulas broncopleural ou cutânea broncopleural
– Cisto ou bolha pulmonar unilateral gigante
– Ruptura/trauma da árvore traqueobrônquica
– Cirurgia das grandes vias respiratórias condutoras
– Hipoxemia grave por doença pulmonar unilateral
– Lavagem broncopulmonar unilateral
• Facilitar exposição cirúrgica– Cirurgia vídeo-assistida e toracoscopia robótica
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
– Relativas• Facilitação da exposição cirúrgica- alta prioridade
– Aneurisma de aorta torácica– Pneumectomia– Lobectomia superior– Exposição do mediastino– Ressecção pulmonar através de esternotomia mediana
• Facilitação da exposição cirúrgica- baixa prioridade– Ressecção esofágica– Lobectomias média, inferior e ressecção segmentar– Procedimentos na coluna torácica
• Após CEC p/ remoção de êmbolos pulmonares unilaterais crônicos totalmente oclusivos
• Hipoxemia grave causada por doença pulmonar unilateral
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Contra-indicações ao uso de tubos de dupla-luz
– Anatomia de vias respiratórias superiores que impeçam a inserção segura do tubo
– Pacientes com lesões que possam impedir a passagem do tubo
– Desproporção entre os tamanhos do tubo e do paciente
– Pacientes graves já em uso de tubo de única luz e que não tolerem interrupção da ventilação
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Vantagens do uso de bloqueadores brônquicos– Facilitar a VMP em pctes com via respiratória difícil ou
contra-indicação ao uso de TDL
– Ser inserido através de TET de luz única já existente em situações de emergência
– Eliminar a troca de TET pós-operatória
• Desvantagens– Aspiração ineficiente e dificuldade de ventilar pulmão
distal ao balonete
– Necessidade de posicionamento broncoscópico
– Dificuldade de posicionamento em brônquio D.
– Obstrução traqueal se deslocamento proximal
– Risco de ser grampeado no coto brônquico
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• O fluxo sanguíneo médio do pulmão em posição superior corresponde a cerca de 40% do fluxo sanguíneo total, enquanto o pulmão em posição inferior é perfundido com outros 60%
• A ventilação preferencial do pulmão situado em nível superior, associada a maior perfusão do pulmão em nível mais baixo, resulta em aumento do desequilíbrio ventilação/perfusão
• A vasoconstricção pulmonar hipóxica (VPH) é um mecanismo que visa evitar o desequilíbrio ventilação/perfusão através do aumento da resistência vascular no parênquima hipóxico desviando sangue para o pulmão normóxico mais bem ventilado
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Não há diminuição da VPH durante ventilação monopulmonar e anestesia venosa total, porém anestésicos inalatórios causam inibição dose-dependente da VPH em concentrações mais elevadas que as empregadas clinicamente
• Agonistas e antagonistas beta, bloqueadores dos canais de cálcio, nitrovasodilatadores e teofilina podem influenciar os efeitos inalatórios sobre o shunt e a oxigenação arterial durante VMP
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Como melhorar ventilação durante VMP– Usar O2 a 100%
– Verificar posição do TDL com broncofibroscópio
– Ventilar manualmente p/ verificar volumes/pressões adequados
– Ajustar ventilação minuto p/ manter PaCO2 40 mmHg
– Insuflar O2 no pulmão não-ventilado (3 L/min)
– Reexpandir parcialmente pulmão não ventilado e, depois, interromper ventilação
– Usar CPAP isolada no pulmão não ventilado ou associada a PEEP no pulmão ventilado na tentativa de equilibrar shunt e ventilação
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
D. Manejo pós-operatório
• Complicações com risco de vida imediato
– Após lobectomia incluem colapso lobar, hemorragia vultosa, fístula broncopleural e torção pulmonar
– Em pneumectomia pode ocorrer herniação do coração, insuficiência cardíaca direita aguda, formação de shunt direita-esquerda através de forame oval persistente, lesão nervosa (frênico, vago ou laríngeo recorrente)
BRONCOSCOPIA, MEDIASTINOSCOPIA E TORACOTOMIA
• Opções para controle de dor pós-operatória
– Analgesia peridural e intratecal
– Bloqueio intercostal ou paravertebral
– Crioanalgesia
– Analgesia regional intrapleural
– Estimulação nervosa elétrica transcutânea
FIM