BOLETIM MGSfiles.mecanicabasica.webnode.com.br/200000083-c8160… · Web view2010-01-18 · NLGI...
Transcript of BOLETIM MGSfiles.mecanicabasica.webnode.com.br/200000083-c8160… · Web view2010-01-18 · NLGI...
MGS Boletim nº 008/74 Folha 1 de
24
BOLETIM MGS
INSTRUÇÕES GERAIS
SOBRE
ROLAMENTOS
MGS Boletim nº 008/74 Folha 2 de
24
INSTRUÇÕES PARA ROLAMENTOS
MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS
INSTRUÇÕES GERAIS
É condição principal, para se obter resultado de funcionamento satisfatório, que se faça a montagem com o máximo asseio. Isto já deve ser tomado em consideração ao se escolher o local para o desempenho de tal serviço. As oficinas mecânicas, nas quais há o risco de que o ar ambiente contenha partículas metálicas, pó ou umidade, não são lugares indicados para montar rolamentos.
Devem conservar-se os rolamentos na sua embalagem original até o momento de serem montados. A graxa antiferruginosa com que estão protegidos os rolamentos, possui excelentes qualidades lubrificadoras e , via de regra, não deve ser removida para não se correr o risco inútil de se introduzirem impurezas no rolamento.
É evidente que os rolamento devem ser limpos antes da montagem, se estiver danificada a sua embalagem ou suspeitar-se que o rolamento possa ter-se contaminado durante o armazenamento. Para a lavagem dos rolamentos novos podem empregar-se os mesmos solventes aconselhados para os rolamentos que já estão em uso.
Para limpar os rolamentos emprega-se, de preferência, petróleo refinado (WHILE SPIRIT), petróleo de boa qualidade (WHATER WHILE), gasolina ou benzol. Estes últimos, devido a sua inflamabilidade, devem ser empregados com muita precaução.
Depois da lavagem, não convém que os rolamentos fiquem secos por muito tempo, devendo-se, em seguida, lubrifica-los com óleo ou graxa. Durante esta operação, faz-se o rolamento efetuar algumas rotações, para que o óleo ou graxa alcance todas as partes vitais e o rolamento fique bem protegido contra a oxidação. Deve-se observar esta norma, sobretudo quando se trata de rolamentos montados em máquinas que devem ficar paradas durante longo tempo.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 3 de
24 As outras partes do conjunto a montar, tais como caixas, eixos, etc, também deverão ser limpas e lubrificadas a óleo antes da montagem. Convém que os rolamentos de furo cilíndrico, de dimensões médias e grandes, que exigem ajuste forte no eixo, sejam aquecidos em banho de óleo, antes de serem montados na sua sede no eixo. Geralmente, é suficiente que o banho de óleo tenha uma temperatura de + 70 ºC até 80ºC. Em caso de necessidade, porém, pode-se aquecer os rolamentos até 120ºC. Os rolamentos pequenos podem ser montados a frio sobre o eixo. Para isto, emprega-se, usualmente, uma prensa, ou um martelo e uma ferramenta tubular que se apoia bem sobre toda a superfície lateral do anel interno. Se o anel externo deve ter ajuste forte na caixa, como por exemplo em cubos de rodas, emprega-se uma processo correspondente. Como norma, deve-se evitar que os esforços de montagem se transmitem aos elementos rolantes.
Nos rolamentos de furo cônico o ajuste não é determinado pela tolerância do eixo, mas sim pela extensão do avanço do rolamento sobre o assento cônico do eixo ou do avanço da bucha pelo anel interno a dentro.
Quando se montam rolamento de esferas com buchas de fixação, convém não apertar a porca da bucha a ponto de impedir a fácil rotação do anel externo. No caso de um rolamento autocompensador, o anel externo deve poder oscilar para os lados sem grande resistência.
Os rolamentos autocompensadores de rolos com furo cônico, os quais por sua grande capacidade de carga, são usados para suportar cargas elevadas, devem ser montados com ajuste forte. A folga inicial do rolamento e bem assim a necessária dilatação do anel interno, são tais que permitem medir a redução da folga durante a montagem. Em vez de medir a redução da folga, pode-se medir o deslocamento axial do anel interno sobre a bucha de fixação ou sobre a sede cônica no eixo, ou ainda, medir a extensão do avanço da bucha de desmontagem. Na maioria dos casos, a redução da folga necessária é de cerca de 0,05 à 0,06 por 100mm de furo. A tabela seguinte indica os valores da redução da folga e da correspondente extensão do avanço do anel interno na montagem de rolamentos autocompensadores de rolos com furo cônico.
Em condições de serviço severo, empregamos rolamentos com folga maior que o normal e então devemos manter-nos dentro da metade superior da redução da folga, assim como do deslocamento axial.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 4 de
24
DIÂMETRO DO FURO “d” (mm)
REDUÇÃO DA FOLGA (mm)
DESLOCAMENTO AXIAL (mm) MÍNIMA FOLGA RESIDUAL EM
ROL. COM :Cap. 1:12 Cap. 1:30
MAIS DE
ATÉ E INCL. MÍN MÁX MÍN MÁX MÍN MÁX FOLGA
NORMALFOLGA
G3
24 30 0,015 0,020 0,30 0,35 0,015 0,020
30 40 0,020 0,025 0,35 0,40 0,015 0,025
40 50 0,025 0,030 0,40 0,45 0,020 0,030
50 65 0,030 0,040 0,45 0,60 0,025 0,035
65 80 0,040 0,050 0,60 0,75 0,025 0,040
80 100 0,045 0,060 0,70 0,90 1,75 2,25 0,035 0,050
100 120 0,050 0,070 0,75 1,10 1,90 2,75 0,050 0,065
120 140 0,065 0,090 1,10 1,40 2,75 3,50 0,055 0,080
140 160 0,075 0,100 1,20 1,60 3,00 4,00 0,055 0,090
160 180 0,080 0,110 1,30 1,70 3,25 4,25 0,060 0,100
180 200 0,090 0,130 1,40 2,00 3,50 5,00 0,070 0,100
200 225 0,100 0,140 1,50 2,20 4,00 5,50 0,080 0,120
225 250 0,110 0,150 1,60 2,40 4,25 6,00 ,0,090 0,130
250 280 0,120 0,170 1,70 2,70 4,75 6,75 0,100 0,140
280 315 0,130 0,190 1,90 3,00 5,00 7,50 0,110 0,150
315 355 0,150 0,210 2,00 3,30 6,00 8,25 0,120 0,170
355 400 0,170 0,230 2,40 3,60 6,50 9,00 0,130 0,190
400 450 0,200 0,260 3,10 4,00 7,75 10,00 0,130 0,200
450 500 0,210 0,280 3,30 4,40 8,25 11,00 0,160 0,230
MGS Boletim nº 008/74 Folha 5 de
24
Um deslocamento mais forte que o indicado na tabela não é necessário e deverá ser evitado, riscos que se expõem à resistência do aro inferior.
Para medir a folga dos rolamentos autocompensadores de rolos com furo cônico, emprega-se, habitualmente, um calibre de espessura com lâminas a partir de 0,03mm.
Terminada a montagem, faz-se um ensaio de marcha. Auscuta-se o funcionamento dos rolamentos aplicando-se o ouvido ao cabo de uma chave de fenda, ou de uma ferramenta semelhante, cujo outro extremo se apoia contra a caixa. Um som sibilante indica uma lubrificação defeituosa, enquanto uma rotação ruidosa e irregular é, provavelmente, devida à presença de matérias estranhas no interior do rolamento. Durante o ensaio, deve-se observar o aumento de temperatura, sobretudo quando o rolamento gira a velocidades elevadas. Observando a temperatura que alcançam os rolamentos, pode-se julgar se a montagem está corretamente executada e se o lubrificante é apropriado em qualidade e quantidade.
O sistema mais adequado para desmontar um rolamento, é ditado pela execução da montagem. Um rolamento com furo cilíndrico, cujo anel interno tenha ajuste forte sobre o eixo, desmonta-se mais comodamente com uma ferramenta de desmontagem, a qual deve-se aplicar de modo a evitar que o esforço necessário para a desmontagem se transmita através dos corpos rolantes.
Para desmontar um rolamento com bucha de fixação, afrouxa-se, primeiramente a porca da bucha. Em seguida, afrouxa-se o anel interno mediante golpes aplicados num tubo apoiado contra a extremidade pequena da bucha da fixação. Pode-se, igualmente, aplicar a ferramenta contra a face lateral do anel interno pela extremidade mais grossa da bucha de desmontagem, desmonta-se o rolamento com o auxilio de uma porca que se atarraxa à parte rosqueada da bucha. Essa porca de desmontagem apoia-se, então, contra a superfície lateral do anel interno e, se o aperto é suficiente, a porca fará sair a bucha de desmontagem.
A desmontagem de rolamentos de grandes dimensões pode, algumas vezes, ser complicada e ocasionar perdas de tempo. Neste caso, deve-se empregar ferramentas ou dispositivos especiais para tais fins.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 6 de
24
MONTAGEM DE ROLAMENTOS
LIMPEZA – PONTO PRINCIPAL
Os corpos rolantes e as pistas de um rolamento têm uma superfície mito lisa, que é o resultado de uma série de operações mecânicas. Estas superfície pode, entretanto, ser facilmente destruída por poeira e outras impurezas.
Convém, por isso, deixar o rolamento na embreagem original até o momento de ser montado.
ESCOLHA O AJUSTE CERTO PARA O EIXO E A CAIXA
Quando é o eixo que gira, deve o anel interno ficar bem fixo.
Quando, ao contrário, é a caixa que gira, ficando parado o eixo, terá o anel externo que ser bem fixado.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 7 de
24
USINAGEM DE SEDE DO ROLAMENTO NO EIXO
Na usinagem do eixo nunca se deve usar o rolamento como instrumento de medição, pois disto poderá resultar ajuste defeituoso e risco de entrarem farpas e outras impurezas no rolamento. Um micrômetro ou um calibre em forma de ferradura são os instrumentos de medição adequados.
Observe o estado da superfície. Se a superfície é rugosa, o ajuste depois da montagem do rolamento ficará mais folgado do que o desejado.
Preste atenção aos defeitos de forma (irregularidade, ovalização, conicidade)
Um anel interno encaixado num assento oval fica oval.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 8 de
24
ALOJAMENTO INCORRETO ALOJAMENTO CORRETO
Com um anel externo num alojamento irregular, a capacidade de carga pode diminuir consideravelmente.
COMO SE MONTA O ROLAMENTO NO EIXO
O pedaço de cano que recebe as marteladas deve ser colocado contra o anel interno.
Torna-se mais fácil a colocação do rolamento se este for previamente aquecido em banho de óleo.
O ressalto do eixo não deverá ser alto demais, pois isto dificultará a desmontagem do rolamento. As vezes convém fazer rasgos no ressalto para facilitar a desmontagem do rolamento.
Se o anel interno for forçado sobre a manga de eixo por meio de marteladas aplicadas no anel externo, poderá o rolamento sofrer dano devido a impressões que se verificam nas pistas
MGS Boletim nº 008/74 Folha 9 de
24
MONTAGEM COM BUCHA DE FIXAÇÃO
a) Rolamentos de Esferas
O deslocamento de uma bucha de fixação sobre um eixo é facilitado alargando-se ligeiramente a fenda com o auxilio de uma chave de parafusos.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 10
de 24 Ao mesmo tempo que se aperta a porca da bucha, move-se o anel externo para todos os lados, até se poder sentir quando a folga diminui. Quando a folga parece ter diminuído até cerca da metade (isto se refere somente a rolamentos autocompensadores de esferas; para rolamentos de rolos valem outras regras), aperta-se a porca até que um de seus entalhes coincida com o dente mais próximo da arruela, tendo-se o cuidado de não ultrapassá-lo e de fixar a porca nessa posição. O anel externo deve continuar móvel em todas as direções.
b) Rolamentos de Rolos
Meça a folga interna antes e depois da montagem, segundo as instruções do catálogo geral de rolamentos.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 11
de 24
MONTAGEM DO ROLAMENTO NA CAIXA
Se é o anel externo que deve girar, é preciso que via de regra, fique bem seguro na sua sede na caixa. Portanto, é necessário que o referido anel seja introduzido à força, a qual deve ser dirigida contra o anel externo.
DESMONTAGEM
Nunca se deve usar talhadeira na desmontagem de rolamentos.
Apoia-se o anel interno numa base firme e solta-se o eixo por meio de marteladas. O anel interno deve estar bem apoiado.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 12
de 24
Essa ferramenta pode causar o desprendimento de lascas no anel interno, estragando, assim, o rolamento, além de poder produzir impressões no eixo, que impediriam a boa fixação do anel interno.
LUBRIFICAÇÃO
Na lubrificação a graxa, deve a caixa ser enchida só até os 2 /3 desde q eu não haja outras prescrições a observar. Uma quantidade demasiada de graxa pode causar o aquecimento do rolamento. Para rolamentos use-se graxa de boa qualidade (consulte-se o catálogo geral de rolamentos).
MGS Boletim nº 008/74 Folha 13
de 24 Na lubrificação a óleo o nível desde ficar um pouco abaixo do centro do rolo inferior.
GRAXAS PARA A LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS
Há um grande número de graxas disponíveis no mercado, que são adequadas para a lubrificação de rolamentos. A maioria delas consiste de óleo mineral engrossado com sabão metálico. Para condições de trabalho especiais, há outros tipos de graxas como, por exemplo, lubrificantes engrossados com outros agentes ao invés de sabão metálico, ou graxas contendo diésteres sintéticos ou óleos de silicon.
De uma graxa para rolamentos requer-se não somente que ela os lubrifique, a fim de evitar o desgaste ocasionado pelo atrito entre as várias partes dos rolamentos, mas também que proteja o rolamento contra o meio ambiente, a fim de evitar a ação de agentes danosos como, por exemplo, água, gases e partículas estranhas que causariam desgaste no rolamento.
Preliminarmente há o agente engrossante, o qual confere à graxa o seu caráter peculiar. Há uma considerável diferença entre as características dos diferentes tipos de graxas, as quais são influenciadas de várias maneiras, por diversos fatores, sob diferentes condições de trabalho. Por conseguinte, é importante selecionar a graxa adequada para as condições existentes de trabalho.
No limitado espaço deste boletim, é impossível fazer uma descrição completa das características das diferentes graxas. As recomendações gerais fornecidas abaixo, para facilitar a sua seleção, são baseadas em testes feitos nas máquinas SKF para teste de graxas e também em experiências práticas, em cooperação com as companhias de óleos.
PODER LUBRIFICANTE
MGS Boletim nº 008/74 Folha 14
de 24 Geralmente pode-se afirmar que todas as graxas constantes da tabela oferecem uma boa lubrificação, se forem observadas as recomendações concernentes aos limites de utilização. Temos que assinalar que as graxas de cálcio não têm tanta resistência à oxidação quanto às graxas à base de lítio e por isto estas últimas permitem maiores intervalos de relubrificação.
As graxas de silicon não têm poder lubrificante tão elevado quanto as graxas de óleo mineral. Entretanto, têm uma boa resistência à temperatura e por essa razão são usadas em rolamentos que trabalham a altas temperaturas, se a velocidade for baixa e a carga for moderada.
INTERVALOS DE TEMPERATURA
Os intervalos de temperatura indicados na tabela, significam temperatura constante de operação. Em alguns casos temperatura mais alta de curta duração pode ser permitida. O limite superior para a temperatura está em regra, consideravelmente abaixo do ponto de gota. Par as graxas de cálcio, a temperatura máxima permitida é baixa, porque a água com a qual são estabilizadas pode facilmente evaporar advindo uma decomposição de graxa.
Ultimamente, entretanto, algumas companhias de óleo começaram a produzir um novo tipo de graxa de cálcio denominada graxa complexo de cálcio, a qual não é estabilizada com água e, consequentemente pode ser usada a temperaturas mais altas. (Vide também sob o titulo “Estabilidade Mecânica”).
O limite mais baixo de temperatura tem sido determinado, medindo-se o torque de atrito num rolamento 6309 com carga radial de 20 Kg e lubrificado com 20grm. De graxa. Ele significa a temperatura na qual o torque de atrito alcança 20 Kgm.
O efeito de frenagem do lubrificante nos corpos rolantes à temperatura extremamente baixo, é de certa importância. É importante, especialmente se a carga no rolamento for baixo, selecionar graxas para as quais o limite inferior de temperatura seja ligeiramente abaixo da temperatura de trabalho.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 15
de 24 Alta temperatura destroi a graxa. Por conseguinte, se a temperatura de trabalho está próxima ao limite superior, intervalos de relubrificação mais curtos do que o normal devem ser usados.
PENETRAÇÃO
A penetração é a medida da consistência da graxa. Na tabela, a consistência é indicada de conformidade com a escala NLGI (National Lubrificating Grease Institute ). Em regra, o grau 2 de consistência (penetração 265-295, conforme ASTM) é adequada para rolamentos. Graxas com grau de consistência 3 (penetração 220-250, conforme ASTM), são ligeiramente mais duras, sendo usadas, onde, por exemplo, para rolamentos vibrando fortemente, onde uma graxa mole seria sacudida dentro do rolamento e submetida a um trabalho demasiadamente severo.
ESTABILIDADE MECÂNICA
Uma graxa tem boa estabilidade se quando submetida à batidas, a alteração de sua consistência for pequena. Então, ela tem a habilidade de permanecer mais ou menos inalterada nos lados dos rolamento em rotação e assim oferece uma boa proteção.
Entretanto, há muito poucas graxas que têm boa estabilidade mecânica. A maioria das graxas de lítio tendem a se tornar moles se submetidas a forte batimento, por exemplo, se a velocidade for alta e a caixa estiver com mais graxa do que seria recomendável. Portanto, o espaço livre na caixa do rolamento para este tipo de graxa deve ser normalmente preenchido até o máximo de 1 /3 ; ao contrario de 1 /2 para outros tipos comuns de graxas. Durante os últimos anos entretanto, foi criado um novo tipo de graxa de lítio com uma estabilidade muito boa. Também o novo tipo de graxa à base de cálcio, chamada graxa de complexo de cálcio, tem uma boa estabilidade e tolera excesso de lubrificação. Algumas graxas destes tipos estão mencionadas na tabela.
HABILIDADE PREVENTIVA CONTRA FERRUGEM
Para “rolamentos molhados”, ou seja, rolamentos nos quais considerável quantidade de água pode penetrar, recomendamos preliminarmente graxas de cálcio com aditivo de sabão de chumbo. Essas graxas aderem fortemente à superfície dos metais e assim a água está impedida de entrar em contato com o rolamento.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 16
de 24 Para “rolamentos úmidos”, ou seja, rolamentos nos quais somente penetra uma pequena quantidade de água, como por exemplo, umidade proveniente de condensação em consequência de mudanças de temperatura, recomendamos graxa de lítio com aditivo preventivo contra a ferrugem. A maioria dos aditivos contra a ferrugem consiste de nitrito de sódio o qual é solúvel em água. Ultimamente, porém, também aditivos de prevenção contra ferrugem insolúvel na água têm sido desenvolvidos.
MIXIBILIDADE
Mistura de graxas deve ser evitada. Em geral, o poder lubrificante não fica deteriorado devido à mistura, mas frequentemente a consistência da mistura torna-se tão leve que o lubrificante escorrerá para fora da caixa. Por isso, a graxa velha deve ser removida tanto quanto possível, antes de uma relubrificação com a nova graxa.
OBSERVAÇÕES
As indicações na coluna de observações da tabela, têm o seguinte significado:
A1- A graxa é adequada para alta velocidade, e pode geralmente ser usada até o limite de velocidade indicado no catálogo geral de rolamentos.
A2- A graxa deve ser usada com um certo cuidado à alta velocidade, devido, entre outras coisas, ao risco de vazamento.
A3- A graxa não é adequada para alta velocidade.
B1- Um pico de temperatura de 150ºC de curta duração pode ser permitido.
B2- Um pico de temperatura de 120ºC de curta duração pode ser permitido
C1- A graxa oferece uma boa proteção contra ferrugem para “rolamentos molhados”.
C2- A graxa oferece uma boa proteção contra ferrugem para “rolamentos úmidos”.
D- A graxa contém aditivo EP (extrema Pressão) e é por isso, adequada a rolamentos submetidos a altas cargas.
LUBRIFICANTES INDICADOS
1. GRAXAS CONTENDO ÓLEO MINERAL E SABÃO METÁLICO
MGS Boletim nº 008/74 Folha 17
de 24 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Ipiflex MR 2 Na 2 -35 +80 A1
Ipiflex MR 3 Na 3 -35 +80 A1
Isafflex nº 2 Li 2 -30 +110 A1, B2, C2
Isaflex nº 3 Li 3 -30 +110 A1, B2, C2
ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO S/A.
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Estan 2 Ca 2 -25 +50 A3
Ladez 2 Ca + Pb 2 -20 +55 A3, C1, D
Andok 8 Na 2 -30 +110 A1, B2
Fibrax 280 Na 2 -30 +110 A2, B2
Andox M-275 Na + Ca 2 -30 +80 A2, B2, C2
Beacon 2 M Li 2 -30 +110 A1, B2, C2
MOBIL DO BRASIL LTDA.
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Mobilgrease AA3 Ca 3 -25 +55 A3
Mobilgrease MP Li 1 – 2 -25 +110 A1 ,B2, C2
Mobilplex 47 Ca-Complexo 1 - 2 -25 +120 A1, B1,D
SHELL DO BRASIL S/A.
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Rhodina Grease 2
Ca + Pb 2 -20 +55 A3, C1, D
MGS Boletim nº 008/74 Folha 18
de 24 Bearing Grease 2 Na 2 -30 +80 A3
Bearing Grease 3 Na 3 -30 +80 A3
Retinax A Li + Pb 2 -30 +110 A1, D
Alvania EP Grease Li + Pb 2 -30 +110 A1, D
Alvania Grease 2 Li 2 -30 +110 A1, B2, C2
Alvania Grease 3 Li 3 -30 +110 A1,B2,C2
TEXACO DO BRASIL S/A.
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Cup Grease 2 Ca 2 -25 +50 A3
Grease EP 2 Ca + Pb 2 -25 +50 A3, C1,D
Regal Starfak 2 Na + Ca 2 -30 +110 A1,B
Marfak2 HD Na 2 -20 +90 A2
Mardfk3 HD Na 3 -20 +90 A2
Marfak
Multipurpose 2
Li 2 -30 +110 A1, C2
Multfak EP 2 Li + Pb 2 -20 +80 A1, D
2. GRAXA CONTENDO ÓLEO DE SILICON E SABÃO METÁLICODOW CORNIG DO BRASIL
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
Silicon Grease DC 44 Medium
Li 2 -40 +165 A3
3. GRAXA ENGROSSADA COM OUTROS AGENTES AO INVÉS DE SABÃOMOBIL DO BRASIL LTDA.
ÓLEOS E GRAXAS
SABÃO METÁLICO
GRAU DE CONSISTÊNCIA
CONF. NLGI
INTERVALOS DE TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
MGS Boletim nº 008/74 Folha 19
de 24 Mobiltemp nº 1 1 – 2 -20 +150 A2
Shell Brasil S/A. 2 -20 +150 A2
Darina 2 2 -20 +150 A2
MGS Boletim nº 008/74 Folha 20
de 24 O período de tempo durante o qual um rolamento lubrificado com graxa pode trabalhar sem relubrificação, depende da velocidade de rotação, do tipo e do tamanho de rolamento e também de outros fatores. Em casos comuns, como, por exemplo, de rolamentos montados em máquinas estacionárias que trabalham a temperaturas e cargas normais e que são lubrificados com graxa apropriada para rolamentos, pode-se estabelecer os intervalos de relubrificação segundo o diagrama da página anterior. As abcissas representam os diâmetros de furo dos rolamentos (d) em mm e as ordenadas o número de rotações por minuto (n). As curvas (tf) indicam os intervalos de relubrificação em horas de trabalho. Os diagramas foram elaborados para três diferentes grupos de rolamentos de rolos, todos da série de diâmetro 3. Para rolamentos com altura de seção menor, os intervalos de relubrificação podem ser um pouco mais longos. Os rolamentos da série de diâmetro 4, cuja capacidade de carga é inteiramente utilizada, devem ser lubrificados com mais frequência. Para os rolamentos de rolos cônicos, lubrificados com graxa, pode-se em geral, adotar o mesmo intervalo de relubrificação que para os autocompensadores de rolos.
Do diagrama central depreende-se que um rolamento de rolos cilíndricos da série de diâmetro 3, com furo de 100 mm e velocidade de 100rpm, deve ser lubrificado depois de 2400 horas de trabalho, isto é, uma vez ao ano com um regime de trabalho de 8 horas diárias. A 1500 rpm, o intervalo de relubrificação se reduz à metade e à 3000 rpm será de 200 horas somente. Os intervalos de relubrificação são mais longos para os rolamentos de esferas do que para os rolos.
Observando-se estas normas, o rolamento estará lubrificado satisfatoriamente. Entretanto, os diagramas são elaborados com boa margem especialmente para rolamentos de esferas e de rolos cilíndricos. Se forem usadas graxas modernas de boa qualidade, os intervalos de relubrificação podem, pois, ser prolongados sem risco, como por exemplo, quando for necessário lubrificar uma grande quantidade de rolamentos segundo o mesmo esquema.
Por outro lado em casos especiais por exemplo, quando o rolamento trabalha em ambiente sujo ou úmido, alta temperatura, etc.. Pode ser necessário usar períodos de relubrificação mais curto. Nestes casos convém consultar o fabricante. A quantidade de graxa, em gramas, necessária para semelhante relubrificação, é apropriadamente igual a 0,005 x D x B, sendo D o diâmetro externo do rolamento e B sua largura, ambos em mm.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 21
de 24
ÓLEO PARA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS
R”= Segundo Redwood nº 1
Eº= Graus Engler
S”= Segundos Universal (Saybolt,SSU)
cSt= Centistokes, mm2 s-1
O gráfico foi elaborado para índice de viscosidade de 85, que representa um valor médio de variação de viscosidade do óleo lubrificante com a temperatura.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 22
de 24
GRÁFICO PARA SELEÇÃO DE ÓLEO PARA ROLAMENTOS
Iniciando na parte direita do gráfico, para velocidade e o diâmetro do furo do rolamento, selecione a viscosidade para o óleo à temperatura de trabalho. O ponto de cruzamento da linha horizontal que representa esta viscosidade de óleo, com a linha vertical representando a temperatura de trabalho (que é conhecida ou de ser estimada), indica o óleo a ser selecionado. Se o ponto de cruzamento repousa entre dois óleos, o mais espesso deve ser escolhido.
EXEMPLOS:
- Furo do rolamento d= 60mm, velocidade n= 5000rpm (viscosidade à temperatura de trabalho = 6,8 cSt), com temperatura de trabalho = 65ºC.
Selecione óleos S 14.
- Furo de rolamento d= 340 mm, n = 500 rpm (viscosidade à temperatura de trabalho = 13,2 cSt), com temperatura de trabalho = 80ºC.
- Selecione óleo S38.
O uso de óleo adequado e de boa qualidade para lubrificação de rolamentos é essencialmente importante. A seleção de uma viscosidade adequada, pode ser efetuada facilmente com o auxilio do gráfico. A legenda fornece as instruções requeridas e alguns exemplos.
Uma regra simples de ser lembrada é que para condições normais de trabalho, é adequado um óleo com uma viscosidade de 12 – 22 cSt a 50ºC. Devem ser usados óleos com um índice * de viscosidade alto ou médio, sendo o mínimo 85 e 50 respectivamente e que contenham aditivos contra corrosão e oxidação.
Para rolamentos que operam a velocidades muito elevadas, deve-se selecionar um óleo fino, pois este tem um efeito benéfico na temperatura do rolamento. Por outro lado, à velocidades muito baixas, como no caso de rolamentos axiais autocompensadores de rolos aplicados em guindastes, é vantajoso usar-se um óleo bastante espesso (viscosidade mínima 400cSt a 50ºC). Rolamentos em redutores a velocidades moderadas, podem ser lubrificados com óleo da engrenagem, uma vez que os rolamentos estejam efetivamente protegidos contra partículas de desgaste procedentes das engrenagens. O óleo da engrenagem não deve conter cloro ou aditivos de enxofre, uma vez que estes podem se decompor e causar corrosão nos rolamentos. No caso de não serem preenchidas uma ou outra das condições acima mencionadas, é preferível que os rolamentos sejam lubrificados separadamente, com graxa, e que sejam usados vedadores apropriados, a fim de impedir que a graxa seja misturada com o óleo e escape para fora do rolamento.
MGS Boletim nº 008/74 Folha 23
de 24 * O índice de viscosidade é um número empírico, que indica a mudança de viscosidade sob a influência de mudanças de temperatura. Um índice baixo de viscosidade, significa uma mudança de viscosidade relativamente grande com a temperatura e vice-versa.
ÓLEOS PARA LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS
Na primeira coluna da tabela, o prefixo S significa óleo lubrificante, o número da orientação sobre a viscosidade do óleo em cestistokes (cSt) a 50ºC, as letras H e M indicam um índice de viscosidade alto (mín 85) ou médio (mín 50) e as letras x e r indicam respectivamente aditivos contra oxidação e ferrugem.
FORNECEDORCÓDIGO
S 8 H x r S 8 M x r S 14 H x r S 14 H x r
CASTROL DO BRASIL S/A. - Hyspin 40* - Hyspin 55*
CIA. ATLANTIC DE PETRÓLEO
Atlantic Spindle Oil M* - - Atlantic Industial
Light Oil
CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO
IPIRANGAIpifus 35* - Ipifus 41* -
ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO S/A.
Spinesso 34* - Spinesso 38* -
MOBIL OIL DO BRASIL IND. &
COMÉRCIO LTDA.- Mobil Velocite Oil
Nº6 MobilVelocite Oil C -
SHELL DO BRASIL S/A. Telus Oil 15* - - Telus Oil 21*
TEXACO DO BRASIL S/A.
Capela Oil AA Vaxfree - Spinex Oil 100* -
* Contém aditivo anti-espumante.
FORNECEDORCÓDIGO
S 20 H x r S 20 M x r S 28 H x r S 38 H x r
CASTROL DO BRASIL S/A. Hyspin 70* - Hyspin 80* Hyspin 100*
CIA. ATLANTIC DE PETRÓLEO Atlantic Ideal Oil C - Atlantic Ideal Oil D -
CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO
IPIRANGAIpitur 44* - Ipitur 47* Ipitur 53*
ESSO BRASILEIRA DE
Teresso 43* Esstic 42* Teresso 47* Teresso 52*
MGS Boletim nº 008/74 Folha 24
de 24 PETRÓLEO S/A.
MOBIL OIL DO BRASIL IND. &
COMÉRCIO LTDA.
Mobil D.T.E. Oil Light * - Mobil D.T.E. –Oil
Medium*Mobil D.T.E. Oil Heavy Medium*
SHELL DO BRASIL S/A. Tellus Oil 27* - Turbo Oil 29* Tellus Oil 33*
TEXACO DO BRASIL S/A. Regal Oil A (R&O)* - Regal Oil B (R&D)* Regal Oil PC
(R&D)*
* Contém aditivo anti-espumante.
FORNECEDORCÓDIGO
S 38 M x r S 50 H x r S 50 M x r S 68 H x r
CASTROL DO BRASIL S/A. - Hypsin 140* - Hypin 175*
CIA. ATLANTIC DE PETRÓLEO Atlantic Ideal Oil F - Atlantic Ideal Oil H -
CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO
IPIRANGA- Ipitur 61* - Ipitur 69*
ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO S/A.
Esstic 50* Teresso 56* Esstic 55* Teresso65*
MOBIL OIL DO BRASIL IND. &
COMÉRCIO LTDA.- Mobil D.T.E. Oil
Heavy* - Mobil D.T.E. Oil Extra Heavy*
SHELL DO BRASIL S/A. - Tellus Oil 41* - Telllus Oil 69*
TEXACO DO BRASIL S/A. - Regal Oil PE
(R&D)* - Regal Oil F (R&D)*
* Contém aditivo anti-espumante.
FORNECEDORCÓDIGO
S 68 M x r S 105 H x r S 170 H x r S 170 H
CASTROL DO BRASIL S/A. Ilo 317* Ilo 417* Ilo 717* Perfecto CC
CIA. ATLANTIC DE PETRÓLEO Atlantic Ideal Oil H Atlantic Eureka Oil
PAtlantic Eureka Oil
Q -
CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO
IPIRANGA- Iptur 77* Ipitur 121* -
ESSO Esstic 65* Teresso 85* Teresso 120* -
MGS Boletim nº 008/74 Folha 25
de 24 BRASILEIRA DE PETRÓLEO S/A.
MOBIL OIL DO BRASIL IND. &
COMÉRCIO LTDA.- Mobil D.T.E Oil BB* Mobil D.T.E Oil AA -
SHELL DO BRASIL S/A. - Tellus Oil 72* - Talpa Oil 60
TEXACO DO BRASIL S/A. - Regal Oil G (R&O)* Regal Oil H (R&D)* -
* Contém aditivo anti-espumante.
FORNECEDORCÓDIGO
S 260 H S 260 M S 450 H S 450 M
CASTROL DO BRASIL S/A. - - Cresta SHS -
CIA. ATLANTIC DE PETRÓLEO - Atlantic Eureka Oil
RAtlantic Eclipse Oil
W* -
CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO
IPIRANGAIpicil 145 - - Ipicil 205
ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO S/A.
- - - -
MOBIL OIL DO BRASIL IND. &
COMÉRCIO LTDA.
Mobil D.T.E Oil HH **
Mobil Super Cyl. Oil 600W
Mobil Super Cyl. Oil Extra Hecla
Mineral-
SHELL DO BRASIL S/A. Nassa Oil 79 - Nassa Oil 87 -
TEXACO DO BRASIL S/A. Regal Oil K - 650 T Mineral Cyl. Oil
* Contém aditivo anti-espumante.