Blanchot Athenaeum

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  • 8/18/2019 Blanchot Athenaeum

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    O romantismo acaba mal porque é aquilo que só pode acabar mal, aquiloque só pode começar.

    O romantismo é ausência de obras, “afrmação sem duração”, “liberdadesem realização”. az brilhar a poesia, em ez de como obra, como puraconsciência no instante.

    “! menos que, precisamente, uma das tare as do romantismo tenha sidointroduzir um modo absolutamente no o de realização e mesmo uma

    erdadeira con ersão da escrita" o poder, para a obra, de ser tudo, mas semconte#do ou com conte#dos quase indi erentes e, assim, de afrmar a um sótempo o absoluto e o ra$ment%rio, uma totalidade, mas numa orma que,sendo todas as ormas, isto é, não sendo, no limite, nenhuma, não realiza otodo, mas o si$nifca suspendendo&o, ou até mesmo quebrando&o”. p. '().

    “*o mesmo modo, Don Quixote é o li ro rom+ntico por e celência, namedida em que o romance se re-ete nele e nele se olta sem cessar contra

    si próprio, numa mobilidade %$il, ant%stica, ir nica e radiante, a daconsciência em que a plenitude se d% como azia e apreende o azio comoinfnito e cesso do caos”. p. '(/.

    0iteratura" “o con1unto de ormas de e pressão, isto é, também de orças dedissolução”

    “*ecerto que, antes dos rom+nticos, não altaram os mani estos liter%rios,mas trata&se dessa ez de um acontecimento bem di erente. *e um lado, aarte e a literatura não tem mais nada a azer a não ser mani estar&se, isto é,indicar&se, de acordo com o modo obscuro que lhes é próprio" mani estar&se,anunciar&se, numa pala ra, comunicar&se, eis o ato ines$ot% el que constituie institui o ser da literatura” p. '(2.

    “as principais quest3es do romantismo em al$uns ra$mentos de 4o alis"“que escre er é azer obra de ala, mas que essa obra, mas que essa obra énão obrar5 que alar poeticamente é tornar poss6 el uma ala não transiti a,que não tem por tare a dizer as coisas 7desaparecer naquilo que elasi$nifca, mas sim 7se8 dizer dei ando 7se8 dizer sem no entanto azer de siprópria o no o ob1eto dessa lin$ua$em sem ob1eto 9...:” p. '(;.

    4o alis descobrir% que a #nica orma de realizar o romance seria dei ando&oinacabado e que a #nica orma de acab%&lo seria in entando uma arte no a"

    a do ra$mento 7p. '''8.O ra$mento aparece como substituto da comunicação dialo$ada, ser indopara tornar a comunicação absoluta e apontando para a possibilidade deescre er em comum" uma ala plural.

    “4a erdade, e em particular em scre er ra$mentariamente é então simplesmente acolher sua própriadesordem, echar&se sobre seu próprio eu num isolamento satis eito e assimrecusar a abertura que representa a e i$ência ra$ment%ria, a qual não

    e clui mas sim ultrapassa a totalidade”. p. '''&''?.

  • 8/18/2019 Blanchot Athenaeum

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    “4ão dei a porém de ser erdade que, começando a tornar mani esta a siprópria $raças @ declaração rom+ntica, a literatura ir% da6 em diante le ardentro de si essa questão A a descontinuidade ou a di erença como orma A,questão e tare a que o romantismo alemão, e em particular o do

    Athenaeum não só pressentiu como 1% claramente prop s, antes de remetê&

    la a 4ietzsche e, para além de 4ietzsche, ao uturo”. p. ''?.