Biologia - Caderno Do Professor - Volume 1

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Biologia - Caderno do Professor - Volume 1

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  • 1a SRIE ENSINO MDIOCaderno do ProfessorVolume 1

    BIOLOGIACincias da Natureza

  • MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO

    CADERNO DO PROFESSOR

    BIOLOGIAENSINO MDIO

    1a SRIEVOLUME 1

    Nova edio

    2014-2017

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    SECRETARIA DA EDUCAO

    So Paulo

  • Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Afif Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretrio-Adjunto

    Joo Cardoso Palma Filho

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto da Educao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares

    Ana Leonor Sala Alonso

    Coordenadora de Oramento e Finanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

  • Senhoras e senhores docentes,

    A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-

    radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que

    permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula

    de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

    os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-

    dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao

    Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste pro-

    grama, seus maiores esforos ao intensicar aes de avaliao e monitoramento da utilizao dos

    diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Caderno nas aes de

    formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, rma seu dever com a busca por

    uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do

    material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

    Enm, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo faz Escola, apresenta orien-

    taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo 0cial do Estado de So

    Paulo, que pode ser utilizado como complemento .atriz Curricular. 0bservem que as atividades

    ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,

    dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade

    da sua escola e de seus alunos. 0 Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas

    aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam

    a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-

    o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a

    diversicao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.

    Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu

    trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar

    e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.

    Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.

    Bom trabalho!

    Herman VoorwaldSecretrio da Educao do Estado de So Paulo

  • Orientao sobre os contedos do Caderno 5

    Tema A interdependncia da vida Os seres vivos e suas interaes 7

    Situao de Aprendizagem 1 As plantas e os animais crescem 7

    Situao de Aprendizagem 2 Produtores, consumidores, decompositores 17

    Situao de Aprendizagem 3 Energia e matria passam pelos seres vivos 32

    Situao de Aprendizagem 4 As muitas voltas do carbono 43

    Situao de Aprendizagem Relaes ecolgicas entre espcies

    Situao de Aprendizagem Equilbrio dinmico das populaes

    Tema A interdependncia da vida A interveno humana e os desequilbrios ambientais 70

    Situao de Aprendizagem 7 Crescimento populacional e ambiente 7

    Situao de Aprendizagem 8 Cadeia alimentar, ciclo de carbono e os seres humanos 86

    Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso dos temas 95

    Quadro de contedos do Ensino Mdio 100

    SUMRIO

  • 5Biologia 1a srie Volume 1

    Caro(a) professor(a),

    Este Caderno, identicado como material

    de apoio ao Currculo 0cial, composto por

    uma srie de Situaes de Aprendizagem ela-

    boradas a partir de competncias e habilida-

    des especcas, que devem ser desenvolvidas

    ao longo de cada ano do Ensino Mdio, e tm

    como objetivo auxili-lo no desenvolvimento

    de suas aulas de Biologia.

    As Situaes de Aprendizagem apresen-

    tam-se organizadas de acordo com as seguin-

    tes temticas A interdependncia da vida 0s

    seres vivos e suas interaes e A interveno

    humana e os desequilbrios ambientais. A

    proposta apresentada nestas sequncias did-

    ticas revela uma metodologia que referencia

    o Currculo 0cial do Estado de So Paulo.

    Esse documento indica que a educao

    cientca no pode se resumir a informar ou

    transmitir conhecimento, mas deve: instigar a

    investigao cientca, a participao social,

    a reexo e a atuao dos estudantes na resolu-

    o de situaes-problema contextualizadas.

    ORIENTAO SOBRE OS CONTEDOS DO CADERNO

    De acordo com o Currculoa:

    (...) o objetivo principal da educao for-

    mar para a vida. 0s contedos de Biologia a

    serem estudados no Ensino Mdio devem tratar

    do mundo do aluno, deste mundo contempor-

    neo, em rpida transformao, em que o avano

    da cincia e da tecnologia promove conforto e

    benefcio, mas ao mesmo tempo mudanas na

    natureza, com desequilbrios e destruies mui-

    tas vezes irreversveis. esse mundo real e atual

    que deve ser compreendido na escola, por meio

    do conhecimento cientco e nele que o aluno

    deve participar e atuar.

    Estes Cadernos possibilitam, tambm, o

    uso de outros recursos didticos, tais como:

    visita a museus, pesquisa em ambientes virtuais

    de aprendizagem, consulta a peridicos, entre

    outros, e que dependem do professor para sua

    seleo e uso adequado. Espera-se, portanto,

    que o ensino e a aprendizagem enfoquem o

    conhecimento cientco, a integrao com o

    contexto social e ambiental e, ao mesmo

    tempo, estejam envolvidos com as tecnologias

    da atualidade.

    a S0 PA6-0 (Estado). Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo: Cincias da Natureza e suas tecnologias. Coordenao geral Maria Ins Fini et alii. 1 ed. atual. So Paulo: SE, 212. p. 33.

  • 60s Cadernos oferecem ainda um espao inti-

    tulado 0 que eu aprendi..., no qual o aluno ter

    a oportunidade de registrar o que foi trabalhado

    e que servir tanto para ajud-lo a organizar o

    conhecimento adquirido quanto para gerir auto-

    nomamente as suas competncias e habilidades.

    Assim, a proposta apresentada entende a ava-

    liao da aprendizagem como uma ao contnua

    e que deve ser considerada em todo o desenvolvi-

    mento das atividades.

    Por m, ressaltamos que a sua percepo da

    realidade, enquanto professor, fundamental

    para transpor as sequncias didticas contidas

    neste material, que podem e devem ser reade-

    quadas real necessidade de cada sala de aula,

    considerando o ritmo de aprendizagem de cada

    aluno e suas necessidades, bem como a uncia

    com a qual os contedos sero desenvolvidos.

    por esse motivo que consideramos que sua

    ao, professor, insubstituvel e imprescind-

    vel para a efetiva realizao do processo de

    ensino e aprendizagem.

    Bom trabalho, professor!

  • 7Biologia 1a srie Volume 1

    0 desenvolvimento dos seres vivos pressupe

    o consumo contnuo de compostos orgnicos,

    como protenas, aminocidos, acares, polis-

    sacardeos, lipdios, vitaminas, entre outros.

    Na natureza, h uma distino evidente

    entre organismos capazes de sintetizar tais

    compostos orgnicos a partir de compostos

    inorgnicos (gua, sais minerais, gases) e

    TEMA A INTERDEPENDNCIA DA VIDA: OS SERES VIVOS E SUAS INTERAES

    outros que obtm esses compostos se alimen-

    tando de outros seres vivos e os transfor-

    mando de acordo com suas necessidades.

    Diferenciar essas estratgias dos seres vivos

    permitir aos alunos compreender as cadeias

    e as teias alimentares, ou seja, relaes de

    interao e interdependncia entre os seres

    vivos e que constituem os diferentes ambien-

    tes e biomas do planeta.

    SI56A0 DE APRENDI;A(EM 1 AS P-AN5AS E 0S ANIMAIS CRESCEM

    A aprendizagem dos alunos neste volume

    depende, inicialmente, da construo do conceito

    de matria orgnica, a partir do qual os estudan-

    tes podero retomar e ampliar outros conceitos

    da Ecologia. Nossa inteno fazer os alunos

    reetirem sobre os materiais que conhecem, que

    esto sua volta e que tm origem na fotossn-

    tese. Utilizamos para isso atividades nas quais

    eles possam explorar e relacionar informaes

    contidas em grcos, tabelas e textos.

    Ao nal desta Situao de Aprendizagem,

    espera-se que os alunos tenham desenvolvido as

    habilidades elencadas no quadro a seguir.

    Contedos e temas: fotossntese.

    Competncias e habilidades: converter tabelas em grcos (e vice-versa) identicar tendncias em sries de dados temporais localizar informaes em livros didticos reconhecer o processo de fo-tossntese em vrios contextos identicar e explicar as condies e as substncias necessrias realizao da fotossntese associar a produo de matria orgnica pelos seres clorolados transformao de energia luminosa em energia qumica.

    Sugesto de estratgias: leitura e construo de tabelas e grcos.

    Sugesto de recursos: textos e grcos presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didticos de Biologia.

  • 8Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 1

    Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao

    No incio dos trabalhos, necessrio

    chamar a ateno dos alunos para os assun-

    tos que sero tratados neste volume. Com

    essa inteno, leia em voz alta o texto Pin-

    tinho come milho e rvore come terra e,

    depois, pea que os estudantes respondam

    pergunta seguinte por escrito em seus

    cadernos.

    verbo comer, referindo-se rvore. Utilize essa frase como

    um termmetro para avaliar o conhecimento que a turma

    possui sobre o modo de nutrio de animais e vegetais; em

    outras palavras, essa questo servir para investigar se os alu-

    nos sabem que as plantas fazem fotossntese e no tiram seu

    alimento da terra. Contudo, no corrija esse aspecto nesse

    momento; pea apenas que os alunos anotem suas respostas,

    assim como a data. Mais tarde, eles reanalisaro essa mesma

    questo.

    Etapa Construo de grcos e tabelas

    Explique aos alunos que neste volume eles

    estudaro como os materiais de que so feitos

    os seres vivos e a energia que utilizam uem de

    um organismo para o outro. importante que

    os alunos tenham bem claro o que se espera

    deles. Reforce que vrias habilidades geralmente

    associadas a Matemtica sero trabalhadas e

    que elas so extremamente importantes para a

    Biologia. A primeira delas a capacidade de ler

    e construir tabelas e grcos, bem como conver-

    ter cada um desses tipos de representao de

    dados em outro.

    1. A tabela a seguir (Quadro 1) representa o crescimento de uma planta. Cada linha

    horizontal da tabela contm a massa da

    planta em determinado dia do seu desen-

    volvimento. 0 dia zero representa o dia em

    que a semente foi plantada e comearam a

    ser feitas as pesagens.

    Pintinho come milho e rvore come terra

    As crianas prestam muita ateno ao mundo que as rodeia e frequentemente falam o que pensam a respeito. Imagine que voc escutou o seu primo de 7 anos dizer para a sua tia: A rvore igual a um pintinho, mame. 0s dois comem para crescer. A diferena que o pintinho come milho e a rvore come terra.

    1. Voc concorda com essa declarao do seu primo? Reelabore a frase que ele disse, cor-

    rigindo o que achar necessrio.

    Essa pergunta uma provocao, e a resposta , obviamente,

    pessoal. Diferentes alunos observaro diferentes aspectos

    da frase, mas se espera que o problema mais citado seja o

    Sugesto de avaliao: releitura de anotaes feitas durante as atividades anlise dos grcos constru dos durante a Situao de Aprendizagem aplicao dos conceitos aprendidos em outras situaes.

  • 9Biologia 1a srie Volume 1

    Tempo (dias)

    Massa (gramas)

    ,5

    2 ,5

    4 ,7

    6 1,

    8 3,

    1 5,

    12 7,

    14 9,

    16 1,

    18 11,

    2 11,

    Quadro 1 Mudana na massa de uma planta ao longo do tempo.

    a) Com base na tabela (Quadro 1), construa um grco que represente esses dados.

    0 eixo horizontal dever expressar o

    tempo, em dias, e o eixo vertical expres-

    sar a massa da planta, em gramas.

    b) Invente um ttulo para o seu grco. Anote-o na parte superior dele.

    2. Agora, voc far o exerccio ao contrrio: com base no grco a seguir (Figura 2),

    que representa o crescimento de um pinti-

    nho, construa uma tabela (Quadro 2).

    Mudana na massa de uma planta ao longo do tempo

    20 4 6 8 10 12 14 16 18 200,5

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    Mas

    sa (g

    )

    Tempo (dias)

    Figura 1.

    2 4 6 8 10 12 14 16 18 200100

    500

    1 000

    1 500

    2 000

    2 500

    Mas

    sa (g

    )Tempo (semanas)

    Figura 2.

    Mudana na massa de um pintinho ao longo do tempo

    Tempo (semanas) Massa (gramas)

    100

    2 100

    4 140

    6 200

    8 500

    1 1 000

    12 1 500

    14 1 750

    16 2 000

    18 2 250

    2 2 250

    Quadro 2 Mudana na massa de um pintinho ao longo do tempo.

    possvel que alguns estudantes no

    tenham familiaridade com esse procedimento

    nesse caso, esclarea os detalhes para a con-

    feco. Se necessrio, voc poder construir

  • 1

    esse primeiro grfico com os estudantes,

    auxiliando-os, mas explique que essa uma

    habilidade que eles devem desenvolver.

    Explique que cada linha da tabela representa

    um ponto a ser colocado no grco, e os pon-

    tos do grco podem ser convertidos em valo-

    res a serem colocados nas linhas da tabela.

    Caso a turma esteja familiarizada com a

    leitura e a construo de grficos e tabelas,

    conduza essa etapa rapidamente e passe dis-

    cusso sobre grficos e seu significado

    biolgico.

    A produo do grco deve ser analisada

    criticamente por voc e pelos prprios alunos.

    Voc pode pedir a eles que, em dupla, compa-

    rem os grcos e as tabelas que obtiveram.

    Eles podero verificar se h diferenas,

    buscando esclarecer por que elas surgiram.

    Chame a ateno para o cuidado com as esca-

    las, os nomes dos eixos e tambm para o capri-

    cho com o acabamento.

    Depois de discutir os aspectos formais do

    grco, estimule os alunos a pensar sobre o que

    signicam.

    3. ) semelhanas entre os grcos (Figuras 1 e 2)? Se sim, indique quais. Se no, justi-

    que o porqu.Os dois grcos tm um formato parecido, como o de uma

    letra S inclinada para a direita. Ambos representam o cres-

    cimento de um organismo, o que signica que sua massa

    aumentou ao longo do tempo. Alguns alunos podero

    notar que o padro de crescimento pode ser dividido em

    trs fases: crescimento inicial lento, crescimento rpido e

    estabilizao. A diferena entre os grcos est nas unida-

    des de tempo utilizadas e nos valores para a planta e para

    o pintinho.

    4. 0 que aconteceu com a massa dos organis-mos ao longo do tempo?

    Durante o perodo registrado no grco, a massa dos orga-

    nismos aumentou at atingir uma estabilidade em seu

    desenvolvimento.

    5. De onde os organismos retiram as substn-cias necessrias para aumentar sua massa?

    Os animais, como o pintinho, retiram as substncias do ali-

    mento que ingerem (por exemplo, milho), e as plantas, como

    o milho, as obtm pelo processo da fotossntese (em ltima

    anlise, do gs carbnico presente no ar, da gua e da luz).

    No necessrio que os alunos, neste momento, respondam

    a essa pergunta corretamente: o conceito de fotossntese ser

    trabalhado mais adiante. A ideia, portanto, faz-los reetir

    sobre o assunto.

    Etapa 3 Pesquisa no livro didtico

    Pea aos alunos que, utilizando seus livros

    didticos, procurem respostas para as pergun-

    tas a seguir. fundamental que a atividade seja

    realizada de maneira absolutamente individual,

    de modo que os alunos pratiquem a busca de

    informaes. 0bserve se eles utilizam o sum-

    rio do livro para acelerar as buscas, se so

    capazes de encontrar a informao que dese-

    jam no meio de outras informaes, se so

    capazes de inferir o contedo dos textos basea-

    dos nos ttulos de captulos e sees. 0s estu-

    dantes podem tambm se valer de um

    dicionrio para a pesquisa.

  • 11

    Biologia 1a srie Volume 1

    1. Por que a maioria das plantas tem folhas verdes? Em outras pala-

    vras, que substncia faz as folhas

    das plantas serem verdes?

    As plantas possuem clorola, um pigmento verde, em suas

    folhas.

    2. 0 que clorola?Clorola a designao de um grupo de pigmentos pre-

    sente nos cloroplastos das plantas, das algas e de algumas

    bactrias autotrcas. A clorola capaz de absorver a luz

    solar e canalizar sua energia para a produo de alimento.

    3. D trs exemplos de organismos que pos-suem clorola.

    Todas as plantas, com raras excees, possuem clorola. Exem-

    plos: jequitib, ip, samambaia.

    4. D dois exemplos de organismos que pos-suem clorola e no sejam plantas.

    Algas verdes, cianofceas, protistas (por exemplo, euglena).

    5. Para que uma planta utiliza a clorola?Para realizar a fotossntese e fabricar seu prprio alimento.

    6. 0 que fotossntese? a converso da energia solar em energia qumica, que ser

    usada pela planta como alimento. Os organismos que pos-

    suem clorola, na presena de luz, transformam o gs carb-

    nico do ar em glicose e, nesse processo, liberam gua e gs

    oxignio. Esse o signicado da palavra fotossntese: produ-

    o (de alimento) na presena (ou a partir) de luz.

    7. Considerando o que voc entendeu sobre fotossntese, responda: Que organismos

    no existiriam se no houvesse fotossn-

    tese? Por qu?

    Nenhum organismo, pois as plantas, algas e outros seres clo-

    rolados no existiriam, e os que se alimentam deles (todos os

    animais e fungos) tambm no.

    8. Qual das questes anteriores foi mais difcil de responder? Por qu?

    Essa questo procura chamar a ateno dos alunos para a

    sua capacidade de pesquisar e encontrar informaes. Com

    exceo da questo 7, todas as outras podero ser respon-

    didas com base no livro didtico. Cabe a voc, professor, a

    tarefa de avaliar quais so as diculdades dos estudantes em

    relao pesquisa. Busque observar quais questes foram

    mais difceis de serem respondidas e a razo disso. Por

    exemplo: os estudantes tm mais diculdades de encon-

    trar respostas para denies (questes 2 e 6) ou exemplos

    (questes 3 e 4)? Chame a ateno deles para o sumrio,

    para os ttulos dos captulos, para o signicado das palavras

    (por exemplo, um livro pode no ter um captulo chamado

    Plantas, mas pode ter um chamado Reino vegetal). Expli-

    que para os estudantes que o livro um instrumento de

    consulta, mas que nem sempre as informaes esto dis-

    postas da maneira de que necessitamos; necessrio habili-

    dade (que adquirida com a prtica) para encontrar aquilo

    de que precisamos.

    9. Faa um esquema que represente o processo de fotossntese. (aranta que as palavras

    gua, gs carbnico, alimento, gs

    oxignio e luz estejam representadas no

    seu esquema.

    Resposta pessoal. Observar, contudo, se os registros dos alunos

    correspondem ao esquema a seguir.

    Fotossntese

    , na presena de luz

    gua + gs carbnico = alimento + gs oxignio

  • 12

    Caso considere importante e dependendo

    do nvel de habilidade da turma, inclua outras

    perguntas na pesquisa. Algumas possibilida-

    des: O que cloroplasto? O que matria

    orgnica?

    Etapa 4 -eitura e anlise de grco

    Pea aos alunos que observem o gr-

    co Variao do teor de gs oxignio

    dissolvido na gua de um rio (Figura

    3). Se julgar necessrio, copie-o na lousa. Leia

    a legenda do grco, explique o que signicam

    os eixos e mencione as unidades utilizadas.

    Depois, instrua os alunos a responder s ques-

    tes a seguir.

    1. 0 grco Variao do teor de gs oxig-nio dissolvido na gua de um rio repre-

    senta quanto tempo, em dias?

    Trs dias.

    2. Descreva, com suas palavras, o que acon-tece com a quantidade de oxignio na gua

    ao longo de um dia.

    A quantidade de gs oxignio aumenta e depois diminui.

    Figura 3.

    Variao do teor de gs oxignio dissolvido na gua de um rio

    Teor

    de

    gs

    oxig

    nio

    (em

    mg/

    l)

    Tempo (em horas)

    78

    10

    12

    12 24 12 24 12 24

    1o dia 2o dia 3o dia

    0

    3. Descreva, com suas palavras, o que acon-tece com o gs oxignio da h s 6h do pri-

    meiro dia.

    O teor de gs oxignio mantm-se relativamente constante,

    em nveis baixos.

    4. Faa o mesmo para o perodo das 6h s 12h do primeiro dia.

    O teor de gs oxignio aumenta at atingir um pico s 12 h.

    5. Faa o mesmo para o perodo das 12h s 18h do primeiro dia.

    O teor de gs oxignio cai progressivamente.

    6. Lembrando que o grco representa fen-menos que ocorrem em um rio e pensando

    na fotossntese, que organismos voc diria

    que so responsveis pelo aumento de

    gs oxignio no perodo das 6h s 12h?

    +ustique.

    As algas e as plantas aquticas, que durante o dia fazem fotos-

    sntese e liberam gs oxignio.

    7. Por que o teor de oxignio cai aps as 18h? Que organismos podem ser responsveis

    por essa queda?

    Porque, quando no h luz, as algas e plantas aquticas param

    de fazer fotossntese. E essa queda ocorre tambm porque os

    outros organismos, como os peixes e as prprias algas, conti-

    nuam respirando e consumindo o gs oxignio da gua.

    Se nesse ponto da Situao de Aprendizagem

    a turma j domina a leitura e a interpretao de

    grcos, o momento de explorar com mais

    cuidado as questes diretamente relacionadas

    com a fotossntese e suas consequncias biol-

    gicas. Se achar necessrio, acrescente outras

  • 13

    Biologia 1a srie Volume 1

    perguntas s enumeradas anteriormente, para

    enriquecer a discusso. Por exemplo: Que con-

    sequncias traria um perodo escuro prolongado

    QBSBFTTFSJP &QBSBVNBPSFTUB &QBSBVNBplantao? Essas so questes que merecem ser

    abordadas, pois permitem a extrapolao das

    discusses para horizontes mais amplos.

    Neste ponto, com o intuito de acompanhar

    e avaliar o aprendizado, os alunos podem res-

    ponder s questes a seguir.

    1. 0bserve o grco que voc construiu no incio da Situao

    de Aprendizagem. Releia a sua

    resposta para a questo 5: De onde os orga-

    nismos retiram as substncias necessrias

    para aumentar sua massa? Voc modicaria

    a sua resposta?

    2. Se sua resposta mudou, o que voc apren-deu que o fez mudar de opinio?

    3. Releia a sua resposta questo 1, no incio da Situao de Aprendizagem.Voc modi-

    caria a sua resposta?

    Cultura de rabanetes em atmosfera controlada de CO2 (gs carbnico)

    Lote 1 2 3

    Quantidade de CO2 no ambiente fechado ,3* 3

    Massa das sementes no momento em que foram colocadas para germinar (gramas) 2,5 2,5 2,5

    Massa das plantas 20 dias mais tarde (gramas) 5 7,3 59

    Quadro 3.

    * ,3 de C02 a quantidade normal desse gs na atmosfera.

    4. Voc acha adequado dizer que uma planta come terra? Explique por qu.

    O objetivo dessas questes duplo: por um lado, permite

    que voc avalie se os estudantes compreenderam o que a

    fotossntese e, por outro lado, dirige o olhar da turma para

    o prprio aprendizado, deixando claro que um caminho foi

    percorrido e que suas ideias esto se modicando. Espera-

    -se que os alunos sejam capazes de perceber eventuais

    erros em suas respostas e consigam explicar corretamente

    que a rvore no come terra, mas fabrica seu prprio ali-

    mento a partir do gs carbnico do ar, na presena de luz.

    Em relao a esta questo, vale a pena esclarecer aos alunos

    que o termo comer aplicado aos vegetais inadequado.

    A tabela (Quadro 3) a seguir mostra

    o resultado de um experimento em

    que trs lotes de sementes de raba-

    nete foram cultivados em ambientes ilumina-

    dos e fechados, recebendo exatamente as

    mesmas quantidades de gua e sais minerais

    e quantidades diferentes de gs carbnico

    (C02). Ao final de 2 dias chegou-se aos

    resultados apresentados na tabela. 0s valores

    em gramas (g) representam a massa seca das

    plantas, isto , elas foram pesadas depois que

    toda a gua que continham foi eliminada.

  • 14

    Aps apresentar a tabela (Quadro 3),

    desafie os alunos a resolver as questes a

    seguir.

    1. Compare a massa das plantas dos trs lotes depois de 2 dias. 0 que voc pode

    concluir?

    Que a massa de todas as plantas, em todos os lotes, aumen-

    tou. Contudo, o aumento foi maior nos lotes 1 e 3 em rela-

    o ao 2. O gs carbnico elemento importante na pro-

    duo de matria orgnica, fazendo as plantas de rabanete

    crescerem e aumentarem sua massa, pois em atmosfera

    rica dessa substncia a massa das plantas maior.

    2. Que substncia voc imagina que causou a diferena na massa nal das plantas?

    O gs carbnico, pois, quanto maior a quantidade dessa

    substncia na atmosfera, maior vai ser a massa das plantas.

    3. 0 que voc faria para aumentar a pro-duo de rabanetes se pudesse construir

    outro lote?

    O gs carbnico est em maior quantidade no lote 3. Pro-

    fessor, cabe esclarecer que a produo no aumentaria

    linear e indefinidamente com o acrscimo desse gs; che-

    garia um momento em que acrescentar mais gs carb-

    nico no faria diferena.

    4. Imagine que, em outro lote, as plan-tas esto sendo expostas luz articial,

    mesmo durante a noite. Voc acha que

    isso causar diferena na massa nal das

    plantas? +ustique sua resposta.

    possvel que a produo aumentasse em virtude do

    maior tempo para a realizao de fotossntese; entretanto,

    assim como em relao ao gs carbnico, existe um nvel

    a partir do qual o acrscimo do tempo de luz no faz mais

    diferena.

    Pesquise em um dicionrio a

    origem da palavra fotossn-

    tese, ou seja, quais palavras

    foram unidas para form-la e o que elas

    signicam. Pesquise tambm a origem da

    palavra fotograa. Anote essas infor-

    maes e explique: 0 que a fotograa e a

    fotossntese tm em comum?

    Fotossntese: foto (luz) + sntese (produto, unio, pro-

    duo, fabricao); significa, portanto, fabricao na

    presena de luz. Fotografia: foto (luz) + grafia (escrita,

    escrever); significa literalmente escrita com luz. Tanto

    a fotografia como a fotossntese dependem de luz para

    ocorrer.

    Um fazendeiro resolveu fazer

    alguns testes para descobrir como

    aumentar a produo de batata de

    sua plantao. Ele possui 4 estufas, mas

    resolveu utilizar apenas 4 para testar se o

    tempo que as plantas cam expostas luz

    causa alguma diferena na produo nal de

    batata. Para isso, ele ajustou o tempo de luz

    dentro das estufas conforme a tabela (Qua-

    dro 4) a seguir e manteve constantes todas as

    outras condies (quantidade de gua, de gs

    carbnico e de gs oxignio).

  • 15

    Biologia 1a srie Volume 1

    Produo de batata de acordo com o tempo de luz em cada estufa

    Nmero da estufa Tempo de luz (horas por dia) Produo de batata (kg)

    1 6 5

    2 8 8

    3 1 1

    4 12 12

    Quadro 4.

    Em seguida, ele resolveu fazer outro

    experimento, desta vez mantendo constantes

    o tempo de luz e a quantidade de gs carb-

    nico e de gua. 0 nico fator que variou foi

    a quantidade de gs oxignio em cada uma

    das estufas.

    Produo de batata de acordo com a quantidade de gs oxignio em cada estufa

    Nmero da estufa Quantidade de gs oxignio Produo de batata (kg)

    1 2 11

    2 4 97

    3 6 1

    4 8 12

    Quadro 5.

    1. Descreva, em duas frases, qual foi o resul-tado de cada teste.

    Quanto maior o tempo de luz, maior a produo de batatas.

    A quantidade de gs oxignio, por sua vez, no interfere sig-

    nicativamente da mesma maneira na produo de batata.

    2. Imagine que o fazendeiro quer melhorar a produo das outras 36 estufas. Que fator

    ele deve controlar: a quantidade de gs oxi-

    gnio ou o tempo de luz? +ustique com

    dados das tabelas.

    Ele deve controlar o tempo de exposio luz, pois esse fator

    est associado a um aumento na produo. A quantidade de

    gs oxignio, ao contrrio, no afetou signicativamente a

    produo de batata, pois todas as estufas produziram quanti-

    dades semelhantes.

    3. 0 fazendeiro quer aumentar a produo de batata, ou seja, aumentar a capacidade

    dessa planta de produzir alimento. Qual

    o nome do processo, executado pelas plan-

    tas, que ele quer aprimorar? Consulte o

  • 16

    esquema que voc elaborou anteriormente.

    Fotossntese.

    4. Considerando sua resposta anterior, por que o tempo de luz aumentou a produo

    de batata?

    Porque as plantas passaram mais tempo fazendo fotossntese

    e, portanto, produziram mais alimento, que cou reservado

    nas batatas.

    5. Por que o aumento da quantidade de gs oxignio no interferiu na produo?

    Porque o gs oxignio no necessrio para que ocorra a fotos-

    sntese; ele um produto desse processo.

    6. Seguindo o mesmo raciocnio desses dois experimentos, que outros fatores poderiam

    ser modicados nas estufas para aumentar a

    produo de batata?

    Quantidade de gua ou gs carbnico. Cabe ressaltar que

    uma maior presena desses fatores no faz com que a pro-

    duo cresa indenidamente. Conforme suas quantidades

    aumentam, chega-se a um ponto em que a produo atinge

    um mximo e se estabiliza.

    Fique de olho nos grcos que v

    por a. 0bserve os jornais, as revis-

    tas e os sites de notcias na internet,

    porque eles trazem grficos diariamente.

    Adquira o hbito de, todas as vezes em que

    vir um grfico, ler o ttulo, a legenda e os

    eixos. Isso vai levar apenas alguns segundos,

    mas ajudar a desenvolver uma habilidade

    muito importante. Comece treinando com o

    grco a seguir, que contm dados do Insti-

    tuto Brasileiro de (eografia e Estatstica

    (IB(E) embora ele no aborde o tema estu-

    dado, certamente voc conseguir entender o

    que aconteceu com a renda mdia dos brasi-

    leiros nos ltimos dez anos.

    Um desao: 0nde est o eixo y deste gr-

    co? 0 que ele representa? Qual a unidade

    utilizada?

    Em

    reai

    s

    1011 1003932 921 899

    831 831 869932 960

    1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Renda mdia dos brasileiros ocupados por ms

    Figura 4.

    Fonte: Instituto Brasileiro de (eograa e Estatstica (IB(E). Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios, 27. Disponvel em: http:XXX.ibge.gov.brhomeestatisticapopulacaotrabalhoerendimentopnad27sintesetab1@[email protected]. Acesso em: 17 maio 213.

    Renda mdia dos brasileiros ocupados por ms

  • 17

    Biologia 1a srie Volume 1

    SI5UA0 DE APRENDI;A(EM 2 PR0DU50RES, C0NSUMID0RES, DEC0MP0SI50RES

    0 objetivo desta Situao de Aprendizagem

    levar os alunos a reconhecerem a importncia

    da presena do Sol para a produo da matria

    orgnica pelos seres clorolados. fundamen-

    tal que eles identiquem os diferentes nveis

    trcos e o processo de decomposio, e veri-

    fiquem a importncia da atividade de cada

    organismo para o todo e no apenas a sua

    posio na cadeia alimentar.

    Ao nal desta Situao de Aprendizagem,

    espera-se que os alunos tenham desenvol-

    vido as habilidades destacadas no quadro a

    seguir.

    Contedos e temas: fotossntese cadeias e teias alimentares nveis trcos.

    Competncias e habilidades: identicar e descrever relaes alimentares entre seres vivos e represent--las em esquemas (cadeias e teias alimentares) reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos reconhecer o processo de decomposio e sua importncia para o ambiente identicar o signicado de alguns termos tcnicos da Ecologia reconhecer que os produtores de matria orgnica no so apenas as plantas, mas todos os organismos clorolados, assim como os con-sumidores no se restringem aos animais identicar as substncias necessrias tanto para a produo de matria orgnica nos produtores como nos consumidores associar a fotossntese aos produtores e matria produzida que sustenta a teia alimentar identicar nveis trcos em cadeias e teias alimentares representadas em esquemas ou descritas em textos reconhecer, nos esquemas que representam cadeias e teias alimentares, que o sentido das setas indica como se d a circulao dos materiais na natureza.

    Sugesto de estratgias: construo de esquemas leitura dirigida de textos comparao das relaes de espcies em diferentes ambientes.

    Sugesto de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didticos de Biologia.

    Sugesto de avaliao: resoluo de problemas anlise dos esquemas construdos durante a Situao de Aprendizagem aplicao dos conceitos aprendidos em outras situaes.

    Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 2

    Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao

    Desae os alunos a construir uma cadeia alimen-

    tar. Para isso, pea que observem as guras e leiam

    o nome dos organismos representados na ativi-

    dade Leitura e anlise de imagem presente no

    Caderno do Aluno. Todos eles podem ser encon-

    trados nas regies de cerrado do Brasil Central e

    at mesmo algumas reas do Estado de So Paulo.

  • 18

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    M

    illar

    d H

    . Sha

    rp/P

    hoto

    rese

    arch

    es/L

    atin

    stoc

    k

    Figura 1 Sapo.

    Figura 11 Urutu. Figura 13 Tamandu.

    Figura 16 Mofo em laranja.Figura 14 Borboleta.

    Figura 12 Rato-silvestre.

    T

    onZ (

    enr

    ico/

    Sam

    baP

    hoto

    H

    arol

    do P

    alo

    Jr/K

    ino

    P

    hoto

    s.co

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    upit

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    Jr/K

    ino

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    anie

    l Cym

    balis

    ta/P

    ulsa

    r Im

    agen

    s

    Figura 15 Bolor de po.

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    Figura 9 0na-parda.Figura 8 Carcar.

    H

    arol

    do P

    alo

    Jr/K

    ino

    Figura 5 Pequi. Figura 7 Buriti.Figura 6 Formiga-sava.

    Fab

    io C

    olom

    bini

    W

    agne

    r Sa

    ntos

    /Kin

    o

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

  • 19

    Biologia 1a srie Volume 1

    Divida a classe em grupos de at quatro

    alunos e pea que montem um esquema

    seguindo as regras da questo 1 a seguir.

    Depois, proponha as demais questes para que

    aprofundem seus conhecimentos sobre o tema.

    1. Represente por meio de um esquema as relaes alimentares que existem entre as

    espcies mostradas nas guras em outras

    palavras, monte um esquema que mostre

    quais desses organismos se alimentam de

    quais organismos.

    Esse esquema deve seguir algumas regras:

    1) deve ser feito com lpis, pois voc vai

    modific-lo ao longo da aula 2) todos os

    organismos devem estar representados

    3) deve apresentar setas, ligando os orga-

    nismos essas setas significam serve de

    alimento para.

    A imagem a seguir um exemplo entre as vrias possibi-

    lidades que os alunos podem realizar. O mais importante,

    neste ponto, que o esquema obedea s regras contidas

    no enunciado. Todos os seres devem estar associados aos

    decompositores.

    provvel que muitos alunos j estejam

    familiarizados com esse tipo de representao.

    Depois de inform-los sobre o nome tcnico

    dessa relao, sugira aos alunos que revisem

    sua produo de acordo com as indicaes da

    questo a seguir e busquem representar todas

    as relaes possveis, o que resultaria em um

    esquema com muitas setas como o seguinte.

    sapo

    carcar

    borboleta

    buriti

    rato-silvestre

    pequi

    formiga-sava

    decompositores

    tamanduona-parda

    urutu

    Figura 17.

  • 2

    2. Talvez voc j conhea esse tipo de esquema, que em Biologia se chama teia

    alimentar. Ele busca representar todas as

    relaes alimentares que existem entre as

    espcies de determinado ambiente. Fazer

    essa composio o seu objetivo portanto,

    conra novamente o seu esquema e asse-

    gure-se de que todas as relaes alimenta-

    res entre os organismos esto representa-

    das. 0bserve o trabalho dos seus colegas,

    pois possvel que eles tenham retratado

    alguma relao que voc no identicou.

    Por ltimo, invente um nome para o seu

    esquema e anote-o acima dele esse nome

    dever explicar que tipo de ambiente ele

    descreve e tambm quais so as relaes

    que ele representa.

    Resposta pessoal. Uma possibilidade seria Relaes alimen-

    tares entre animais e plantas do cerrado.

    3. Circule com uma caneta de cor diferente (de preferncia verde) as espcies da teia

    alimentar que fazem fotossntese. 0bserve

    atentamente as setas que ligam essas esp-

    cies s outras do esquema.

    Os alunos devero circular apenas o pequi e o buriti. Ques-

    tione os estudantes sobre o motivo de essas espcies no

    possurem setas chegando at elas e o que isso signica.

    Chame a ateno para o fato de, nesse esquema, todas as

    setas terem origem nessas duas espcies.

    Pea aos estudantes que montem outro tipo

    de esquema utilizando apenas uma linha do

    caderno a partir do enunciado a seguir:

    carcar

    sapo urutu

    borboleta

    buriti

    rato

    pequi

    formiga-sava

    decompositores

    tamanduona-parda

    Figura 18.

  • 21

    Biologia 1a srie Volume 1

    4. Construa esquemas que mostrem apenas uma parte da teia alimentar. Para isso, parta

    de uma das espcies que fazem fotossntese,

    mostrando uma sequncia de organismos

    que se alimentam um do outro at chegar aos

    decompositores. Construa o maior nmero

    possvel desses esquemas que conseguir.

    O esquema a seguir um exemplo entre vrias possibilidades

    que os alunos podem realizar, mas sempre iniciando de um

    organismo produtor.

    carcarsapoborboletaburiti ona-parda decompositores

    0s estudantes chegaro a diferentes cadeias

    vale a pena anotar trs ou quatro delas na

    lousa para uma anlise mais detalhada.

    Depois, pea aos alunos que discutam oral-

    mente as perguntas a seguir e registrem suas

    respostas.

    5. Esse outro tipo de esquema tambm importante em Biologia e se chama cadeia

    alimentar. 0bserve as cadeias que voc

    representou e responda:

    a) Existe alguma cadeia alimentar que no se inicie com uma planta? Por que

    isso acontece?

    No, pois as plantas so os seres que iniciam a produo de

    alimento em um ambiente, transformando a energia solar

    em alimento por meio da fotossntese.

    b) possvel uma cadeia alimentar se ini-ciar em um animal? Por qu?

    A resposta no, pois os animais no so capazes de pro-

    duzir alimento, como as plantas fazem na presena de luz,

    e tambm no so capazes de reciclar os nutrientes, como

    fazem os decompositores. Esses questionamentos so apenas

    provocaes iniciais para estimular os alunos a reetir sobre

    o papel de plantas e animais em um ambiente. Nas etapas

    subsequentes, os estudantes extrapolaro o que aprenderam

    nesses exemplos simples para outros ambientes e tomaro

    contato com os termos mais tcnicos da Ecologia.

    Etapa 2 Construindo outras cadeias e teias alimentares: extrapolaes para outros ambientes

    A partir da lista de organismos a seguir, os

    estudantes devero construir uma teia alimentar,

    como foi feito na etapa anterior. Porm, antes de

    iniciarem, proponha que explorem os signica-

    dos dos termos, conforme sugere o enunciado.

    1. Leia os nomes dos organismos a seguir. Caso exista alguma palavra que voc no conhea,

    procure o signicado dela em seu livro de

    Biologia, dicionrios ou em sites. Verique se

    outros colegas tm a mesma dvida e compar-

    tilhe com eles os resultados de sua pesquisa.

    f Algas microscpicas. f Plantas aquticas. f Crustceos microscpicos. f Caramujo. f Tartaruga. f (ara. f Peixe carnvoro. f Peixe herbvoro.

    Figura 19.

  • 22

    f Decompositores.As respostas vo depender das dvidas dos alunos e das infor-

    maes que eles encontrarem.

    Lembre-os de que todos os organismos

    devem ser representados e que as setas signi-

    cam serve de alimento para. Espera-se que,

    desta vez, os alunos executem esse procedimento

    muito mais rapidamente.

    2. Construa uma teia alimentar e as dife-rentes cadeias, representando os orga-

    nismos da questo 1 da mesma maneira

    como foi feito anteriormente. Lembre-

    -se das regras para a elaborao da teia

    alimentar.

    Professor, a seguir, exemplos de possveis

    respostas dos alunos.

    3. 0bserve os organismos que iniciam as cadeias alimentares. 0 que eles tm em comum?

    Todos so organismos capazes de produzir seu prprio ali-

    mento por meio da fotossntese. Todos possuem clorola e

    servem de alimento para outras espcies.

    4. 0bserve todos os outros organismos das cadeias. 0 que eles possuem em comum no

    que diz respeito alimentao?

    Todos precisam se alimentar de outros organismos; em

    outras palavras, nenhum deles produz seu prprio alimento.

    plantas aquticas

    peixe herbvoro

    peixe carnvoro gara

    decompositores

    algas microscpicas

    crustceosmicroscpicos

    caramujo

    peixeherbvoro

    tartaruga

    gara

    peixecarnvoro

    decompositores

    plantas aquticas

    plantas aquticas

    caramujo gara decompositores

    Figura 2.

    Figura 21.

    Figura 22.

  • 23

    Biologia 1a srie Volume 1

    5. Certas palavras servem para designar um grupo grande de elementos. Por exemplo,

    estudantes: pessoas que estudam mamferos:

    animais que mamam. Invente um nome que

    agrupe, sob o seu signicado, todos os orga-

    nismos que iniciam as cadeias alimentares.

    Espera-se que os alunos deem nomes que designem alguma

    caracterstica dos seres em questo; alimentadores, iniciado-

    res, fotossintetizantes, clorolados seriam respostas aceitveis.

    6. Proponha um nome que agrupe todos os outros organismos das cadeias, ou seja, os

    que no iniciam nenhuma cadeia.

    Comedores, alimentados, no clorolados seriam res-

    postas aceitveis.

    No necessrio que os alunos respondam

    de maneira precisa s questes 5 e 6, mas sim

    que percebam a utilidade de um termo que

    designe cada um desses grupos de organismos.

    Etapa 3

    0s bilogos utilizam termos tc-

    nicos para se referir aos organis-

    mos que ocupam d i ferente s

    posies em uma cadeia alimentar. Existe,

    por exemplo, um termo para os que esto na

    base, ou seja, iniciam as cadeias outro

    termo para os que se alimentam diretamente

    desses que iniciam e assim por diante. Pro-

    cure, no seu livro de Biologia, o captulo que

    trata de cadeias e teias alimentares. Voc

    capaz de encontrar, no livro, esses termos

    tcnicos? Anote o que encontrar no espao

    a seguir.

    Produtores: organismos que produzem seu prprio alimento e

    iniciam cadeias alimentares.

    Consumidores: organismos que se alimentam de (ou conso-

    mem) outros. Os seres que se alimentam de outros consumido-

    res, dependendo de que nvel ocuparem na cadeia, podem ser

    chamados de consumidores primrios (ou de primeira ordem),

    consumidores secundrios (de segunda ordem), consumidores

    tercirios (de terceira ordem) e assim por diante.

    Para sistematizar toda essa nomenclatura,

    escreva um esquema como o seguinte na

    lousa, alinhando duas das cadeias alimenta-

    res construdas at agora (Etapas 1 e 2).

    Pea que os estudantes copiem o esquema

    no caderno, observando as semelhanas.

    Nveis trficos

    Produtores Consumidores

    Cadeia 1 pequiburiti rato-silvestre carcar

    Cadeia 2plantas

    aquticas e algas microscpicas

    crustceos microscpicos, peixe

    herbvoro ou caramujo

    peixe carnvoroou gara

    Consumidor primrio ou de primeira ordem

    Consumidor secundrio ou de segunda ordem

    Quadro 6.

  • 24

    A Biologia conhecida por ser uma dis-

    ciplina com muitos termos tcnicos. Esses

    termos faro mais sentido para os alunos se

    eles conhecerem a origem das palavras e

    seus signicados. Vamos tomar o exemplo

    das cadeias alimentares: esses diagramas

    esto relacionados ao fato de que os orga-

    nismos precisam de alimento, ou trofos, em grego, que deu origem a vrias palavras

    relacionadas a esse assunto. 0s produtores

    tambm so chamados de seres auttrofos

    (que produzem seu prprio al imento),

    enquanto os consumidores so chamados de

    hetertrofos (encontram o alimento no

    outro) cada um dos nveis de uma cadeia

    alimentar chamado de nvel trco (por

    exemplo, os produtores esto no primeiro

    nvel trco). Resta lembrar que os termos

    em si no so to importantes quanto os

    signicados dos processos implcitos nele: a

    fotossntese e o uxo de energia e matria

    nos seres vivos.

    Etapa 4 Decompositores

    Esta etapa constituda de uma leitura

    dirigida de dois textos, que visam a introdu-

    zir aos alunos a ideia de decomposio. Leia

    em voz alta o texto a seguir. Aps a pri-

    meira leitura, leia as perguntas que os alu-

    nos devero responder e, em seguida, releia

    o texto. Esse procedimento permitir que os

    estudantes saibam quais informaes deve-

    ro buscar enquanto ouvem e direcionar a

    ateno deles para os aspectos mais impor-

    tantes abordados no texto.

    Pesquisadores descobrem restos de mamute preservados no gelo

    Uma equipe de pesquisadores russos e franceses descobriu, em setembro de 23, restos de um mamute com mais de 18 mil anos. A expedio localizou a raridade no norte da Sibria, aps um caador russo encontrar e desenterrar as presas e o crnio do animal. 0s pesquisadores compraram a cabea e partiram para a Sibria em busca dos restos do mamute.

    0 que chamou a ateno dos pesquisadores foi o grau de preservao de partes do corpo, como a cabea e uma pata ainda coberta por pele e pelos. Estavam conservadas tambm as vsceras, como parte do estmago, intestino e, ainda, ossos contendo tutano. Com a chegada do inverno, que muito rigoroso nessa regio, os trabalhos de escavao foram interrompidos e retomados no vero (boreal) seguinte. Durante este perodo em que no puderam trabalhar, os pesquisadores caram tranquilos, pois sabiam que o clima preservaria a descoberta.

    Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o So Paulo faz escola.

    1. 0 que um mamute? Em que local foi encontrado o cadver do mamute?

    um animal j extinto, semelhante a um elefante (s que

    maior e mais peludo). Na Sibria, regio do nordeste da Rssia.

    2. Que parte do texto d pistas de como o clima desse local?

    Com a chegada do inverno, que muito rigoroso nessa

    regio, os trabalhos de escavao foram interrompidos.

  • 25

    Biologia 1a srie Volume 1

    3. Normalmente, o cadver de um animal como o mamute desapareceria em alguns

    anos. Por que, nesse caso, ele foi preser-

    vado por tanto tempo?

    Porque o nordeste da Sibria uma regio muito fria, que

    passa a maior parte do ano sob gelo e neve. Professor,

    comente com os alunos que, na realidade, o cadver do

    mamute estava completamente congelado sob uma camada

    espessa de gelo. Nessas condies, o cadver no apodrece

    nem se desfaz.

    1. 0 que so mmias?So cadveres humanos que permanecem preservados por

    longos perodos, intencionalmente ou no.

    2. 0nde foram encontradas essas mmias?No Egito, na margem oeste do Nilo.

    3. Com base no que voc sabe sobre o Egito, compare-o, quanto ao clima, quele em que

    foi encontrado o mamute do texto anterior.

    O Egito um pas de clima muito quente e seco (deserto), con-

    trastando com a Sibria, que um dos locais mais frios do planeta.

    4. Normalmente, as partes moles do cad-ver de um ser humano desaparecem aps

    alguns anos. Como possvel que a pele

    e at mesmo alguns rgos internos das

    mmias permaneam conservados por

    tanto tempo?

    Os egpcios antigos tinham o costume de embalsamar os

    corpos dos mortos, isto , trat-los com substncias que evi-

    tavam o apodrecimento. Alm disso, o clima seco ajudava

    na preservao.

    5. 0s responsveis pela conservao das mmias no museu prepararam uma sala

    especial para abrigar os cadveres. Com

    que tipo de organismos eles estavam preo-

    cupados? Por qu?

    Com parasitas e bactrias que atuam como decompositores.

    Exposio estreia com mmias rejuvenescidas

    0 museu egpcio, na cidade do Cairo, abre exposio com 11 mmias rejuvenescidas. Quatro delas so os corpos dos faras Ramss 3, Ramss 4, Ramss 5 e Ramss 9, todos pertencentes 2 dinastia (1183-17 a.C.).

    As mmias foram restauradas e rejuvenescidas para serem expostas pela primeira vez no centenrio do museu.

    Elas esto em uma sala com ar-condicionado e sob iluminao mais fraca, privilgio que no existe nos outros sales do museu. 0 ambiente desperta nos visitantes um respeito quase sagrado.

    As vitrines onde repousam as novas mmias tambm esto equipadas com um moderno sistema regulador de temperatura e umidade, para impedir o desenvolvimento de parasitas e bactrias.

    A sala foi desenhada com um cu abobadado, ao estilo das tumbas faranicas, onde as mmias permaneceram por milnios. Elas foram encontradas na margem oeste do Nilo, que a margem da morte. Na margem leste, a da vida, ficavam os templos e palcios do Antigo Egito.

    Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o So Paulo faz escola.

  • 26

    Professor, comente com os alunos que alguns insetos e fun-

    gos tambm se alimentam de restos dos corpos.

    6. 0 que aconteceria com o mamute ou com os cadveres humanos se, em vez de

    serem preservados pelas camadas de gelo

    ou mumificados, tivessem sido coloca-

    dos sobre o solo de um pasto no Brasil?

    Faa uma lista dos organismos que che-

    gariam at os cadveres e descreva o que

    sucederia.

    Resposta pessoal, para estimular a discusso. Possveis res-

    postas: os urubus chegam ao cadver e se alimentam

    dele; as formigas tambm; os cachorros alimentam-se

    de carne; e a chuva amolece os cadveres. Espera-se que

    os estudantes apontem a ao de alguns animais ou da gua

    reduzindo os restos a pedaos menores, ou transportando-

    -os para outros locais.

    De uma forma ou de outra, certifique-se

    de que os alunos notem a progressiva redu-

    o de tamanho e eventual desaparecimento

    dos cadveres nessa situa o. possvel que

    alguns estudantes mencionem a participa-

    o de bactrias e fungos se isso no acon-

    tecer, professor, necessrio que voc

    apresente aos alunos o importante papel

    que esses seres possuem na decomposio

    da matria orgnica. Embora os animais

    tenham participao nisso, so os fungos e

    as bactrias que efetivamente exercem a

    funo de decompositores na natureza, con-

    vertendo o material de que feito o corpo

    dos animais e plantas em substncias que

    podem ser novamente utilizadas pelas plan-

    tas, fechando um ciclo.

    A palavra-chave nessa etapa decomposi-

    o. Comente com os alunos que decompor

    o contrrio de compor, ou seja, desagregar,

    quebrar em pedaos menores. Explique-lhes

    que esse foi justamente o processo interrom-

    pido pelo frio da Sibria e pelo processo de

    mumicao, no Egito, o que permitiu a con-

    servao dos mamutes e das mmias. Esclarea

    que as plantas no podem utilizar diretamente

    a matria orgnica e que os fungos e as bact-

    rias so intermedirios fundamentais para

    manter o equilbrio de um ambiente.

    Cabe aqui uma sugesto para turmas ou

    alunos que estiverem mais avanados. Conduza

    uma discusso (ou investigao) sobre a relao

    existente entre os decompositores e as formas

    que utilizamos para conservar alimentos. Pea

    que os alunos pesquisem como seus avs e bisa-

    vs faziam para conservar o alimento e insti-

    gue-os a encontrar as relaes entre esses

    procedimentos e a interrupo do processo de

    decomposio por meio da eliminao de bac-

    trias e fungos. Algumas sugestes de mtodos

    a serem investigados pelos estudantes: utiliza-

    o de geladeira, salga, pasteurizao, confec-

    o de doces em compotas, preservao em

    vinagre ou leo, preservao em banha etc.

    Procure, no seu livro de Biologia, o

    termo utilizado para os organismos

    que ocupam o ltimo lugar em

    qualquer cadeia alimentar, ou seja, aqueles

    responsveis por desintegrar os cadveres. D

    tambm exemplos desses organismos.

    Decompositores. Exemplos: fungos e bactrias.

  • 27

    Biologia 1a srie Volume 1

    2. (Enem 1999) Um agricultor, que possui uma plantao de milho e uma criao

    de galinhas, passou a ter srios problemas

    com os cachorros-do-mato que atacavam

    sua criao. 0 agricultor, ajudado pelos

    vizinhos, exterminou os cachorros-do-

    -mato da regio. Passado pouco tempo,

    houve um grande aumento no nmero de

    pssaros e roedores, que passaram a atacar

    as lavouras. Nova campanha de extermnio

    e, logo depois da destruio dos pssaros e

    roedores, uma grande praga de gafanhotos

    destruiu totalmente a plantao de milho,

    e as galinhas caram sem alimento.

    Analisando o caso acima, podemos perce-

    ber que houve desequilbrio na teia ali-

    mentar representada por:

    1. Imagine que algum da sua casa esqueceu um prato de

    comida com arroz, feijo,

    frango e salada sobre a pia. provvel

    que, dependendo da poca do ano, no dia

    seguinte, esse prato esteja cheio de formi-

    gas. Quais outros organismos, que nor-

    malmente fazem parte de um ambiente

    urbano, como a sua casa, podem usar essa

    comida como alimento? Em seu caderno,

    represente uma teia alimentar envolvendo

    essa comida e todos os organismos e ele-

    mentos que voc acredita fazerem parte

    dessa teia.

    Resposta pessoal, que depende dos organismos que os

    alunos escolherem para representar. Mas eles podem

    acrescentar, alm desses insetos, as bactrias e os fungos

    decompositores.

    a) milho gafanhotos pssaro ga linha roedores cachorro-do-mato

    c) galinha milhogafanhotoroedorespssaro

    cachorro-do-mato

    b) milho gafanhotogalinharoedores

    pssaro

    cachorro-do-mato

    d) cachorro-do-mato

    roedorespssarogafanhotogalinha

    milho

    e) galinha milho gafanhotos pssaro roedores cachorro-do-mato

  • 28

    Uma alternativa interessante de avaliao

    a anlise dos esquemas de cadeia alimentar

    que os alunos produziram durante esta

    Situa o de Aprendizagem. possvel, por

    meio deles, verificar se os estudantes

    compreen deram o papel dos produtores

    (devem gurar nos esquemas sempre como

    fonte de setas), dos decompositores (sem-

    pre recebendo setas) e se foram capazes de

    perceber que existem vrias possibilidades de

    relaes alimentares (reveladas pela comple-

    xidade e o nmero de setas).

    Caso voc possa realizar este experimento, ele poder esclarecer alguns aspectos da ao dos decompositores e ajudar a descobrir qual o melhor mtodo de conservao dos alimentos. Antes de inici-lo, porm, converse com seus pais ou responsveis, pois

    a execuo desta atividade depende da autorizao deles.

    Com este experimento, voc poder descobrir qual mtodo o mais eficiente para conter a ao de decompositores: a geladeira, o congelador ou a conserva em acar.

    Materiais f 4 potes pequenos de plstico com tampa (como o de margarina, por exemplo) f 4 pedaos pequenos de banana (ou de algum outro alimento, como quatro colheres pequenas

    de arroz cozido ou de qualquer resto de comida). importante que sejam quatro pores aproximadamente iguais do mesmo alimento

    f 1 colher (de sopa) de acar f 1 geladeira com congelador.

    ProcedimentoTrs dos quatro potes serviro para testar os efeitos de diferentes mtodos de conservao de

    alimentos, e com um deles faremos uma comparao chamaremos este ltimo de controle.

    Cuide para que a quantidade de alimento seja igual em cada pote.

    Em seguida, adicione uma colher de acar em um dos potes, para cobrir todo o alimento. 0 pote com o acar dever ser bem fechado, para evitar o contato com formigas e outros animais.

    Coloque um dos potes no congelador e outro na geladeira. 0 pote com acar, bem como o pote-controle, devero permanecer temperatura ambiente, de preferncia no mesmo local.

    Logo depois de organizar o experimento,

    escreva o que voc imagina que acontecer em

    cada pote aps duas semanas.

    Registre em seu caderno, com o mximo de

    detalhes possvel, as alteraes que voc espera

    que ocorram em relao s mudanas de cor,

    de cheiro, de textura, se vai aparecer algum

    organismo vivo e de que tipo. Chamaremos as

    mudanas que voc espera que aconteam de

    hipteses. Anote todas essas ideias na coluna

    correspondente do quadro a seguir:

  • 29

    Biologia 1a srie Volume 1

    Resultados do experimento sobre conservao dos alimentos

    Potes Hipteses Aps uma semana Aps duas semanas

    Congelador

    Geladeira

    Acar

    Controle

    Quadro 7.

    Depois de uma semana, abra cada um dos

    potes. Verique o estado dos alimentos quanto

    aos seguintes aspectos: Houve mudana de

    cor? De cheiro? De tamanho? Como foram as

    alteraes em relao ao aspecto inicial do

    alimento? Com o maior detalhamento possvel,

    responda s perguntas em seu caderno, nos

    espaos correspondentes a cada pote.

    Depois, feche os potes, retorne cada um

    para o seu respectivo lugar e analise-os nova-

    mente uma semana depois. No total, o experi-

    mento ter duas semanas de durao.

    Na tabela (Quadro 7), os alunos devero anotar, com o

    mximo de detalhes possvel, o que esperam que acontea

    em cada pote, indicando isso na coluna Hipteses. Ao

    longo do experimento, eles vo preencher, tambm com

    riqueza de detalhes, as outras colunas. Caso o espao no

    seja suciente, devero construir uma tabela semelhante em

    seus cadernos.

    Aps duas semanas, quando a tabela estiver

    preenchida, pense nos seus resultados e res-

    ponda s questes a seguir:

    1. As suas hipteses foram conrmadas? Explique detalhadamente em que pontos

    elas foram conrmadas e em que pontos

    elas foram contrariadas.

    Essa resposta depende dos resultados do experimento e das

    hipteses que os alunos levantaram. O importante que haja

    coerncia entre a resposta dada, os resultados observados e

    as hipteses levantadas.

    2. Qual dos mtodos conservou melhor o alimento? Justique sua resposta com os

    dados de seu experimento.

    Na verdade, o congelador deve ser apontado como o mtodo

    mais ecaz, mas isso depender do alimento utilizado e do

    cuidado com que os alunos prepararam o pote com acar.

    3. Por que voc acha que esse mtodo mais eciente?

    Resposta pessoal, mas se espera que no seja difcil de explicar

    que o mtodo protegeu o alimento de bactrias e fungos.

    4. Para voc, qual foi a maior surpresa desse experimento?

    Resposta pessoal.

  • 3

    Figura 24 Pitangueira.Figura 23 Anta.

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    H

    arol

    do P

    alo

    Jr/K

    ino

    5. Qual dos potes sofreu maior ao de decompositores?

    O pote-controle.

    Figura 25 Caninana.

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    Figura 26 Besouro.

    Figura 27 (oiabeira. Figura 28 Tucano.

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    Fab

    io C

    olom

    bini

    Analise as espcies da Mata Atlntica

    nas fotos a seguir.

  • 31

    Biologia 1a srie Volume 1

    Figura 29 Quati. Figura 3 (afanhoto.

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    R

    -P/K

    ino

    Figura 32 Fungos orelhas-de-pau.Figura 31 Rato-silvestre.

    H

    arol

    do P

    alo

    Jr/K

    ino

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    1. Construa uma teia alimentar que inclua todas essas espcies.

    2. Considerando a teia alimentar que voc construiu, imagine que a populao de

    quatis foi extinta por causa da caa ile-

    gal. Quais populaes de organismos voc

    esperaria que aumentassem por causa

    disso? Justique o porqu.

    Provavelmente, as populaes de insetos (besouro e gafa-

    nhoto) aumentariam, porque o quati se alimenta desses ani-

    mais e tambm de frutos.

    3. Quem so os decompositores da sua teia alimentar?

    Os fungos orelhas-de-pau.

    Orelha-de-pau

    Pitangueira

    Rato Tucano Gafanhoto Besouro

    Anta Quati

    Caninana

    Goiabeira

    Figura 33.

  • 32

    SITUA0 DE APRENDI;A(EM 3 ENER(IA E MATRIA PASSAM PEL0S SERES VIV0S

    Aps reconhecer como os seres vivos

    obtm compostos orgnicos, os alunos pode-

    ro compreender como a energia presente

    nesses compostos f lui pela natureza pelos

    diferentes nveis trficos. Eles devem, por

    exemplo, estabelecer uma relao entre o mon-

    tante de energia disponvel nos produtores e

    aquele efet ivamente incorporado nos

    consumidores.

    Nesta Situao de Aprendizagem, os alunos

    vo trabalhar com o conceito de uxo de ener-

    gia e podero compreender como a energia

    acumulada em determinado nvel trfico

    transferida a outro. Da mesma forma, eles

    podero perceber que ao longo desse fluxo

    apenas uma parcela dessa energia aprovei-

    tada pelo nvel trfico seguinte, pois outra

    parte perdida na forma de calor.

    Ao final desta Situao de Aprendiza-

    gem, espera-se que os alunos tenham desen-

    volvido as habilidades destacadas no quadro

    a seguir.

    Contedo e temas: uxo de energia e matria nos seres vivos ciclo do carbono.

    Competncias e habilidades: extrair informaes de diferentes tipos de esquemas reconhecer a continuidade do uxo de matria e energia na natureza reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos descrever como ocorre a circulao de energia ao longo das cadeias alimentares, identicando as perdas de energia que ocorrem de um nvel trco para outro.

    Sugesto de estratgias: interpretao dirigida de diferentes esquemas resoluo de problemas.

    Sugesto de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno.

    Sugesto de avaliao: resoluo de problemas anlise dos esquemas construdos durante a atividade aplicao dos conceitos aprendidos em outras Situaes de Aprendizagem.

    Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 3

    Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao

    Conversando sobre o calor

    1. Voc sabe qual a temperatura do nosso corpo quando estamos saudveis? Se medir-

    mos a temperatura agora e daqui a duas

    horas, haver grande diferena?

    A mdia da temperatura do nosso corpo de 37 oC. No

    haver grande diferena entre as medidas.

  • 33

    Biologia 1a srie Volume 1

    C

    onex

    o E

    dito

    rial

    capim 1 000 g (18 kJ)

    800 g (14 4 kJ)

    70 g (1 26 kJ)

    matria no utilizada: 130 g

    (2 34 kJ)

    matria no assimilada

    (fezes e urina): 320 g (5 76 kJ)

    matria no assimilada: 28 g (54 kJ)

    matria retida pela vaca: 80 g (1 44 kJ)

    matria retida pelo gafanhoto: 7 g (126 kJ)

    Figura 34 Esquema do rendimento da produo de matria pelos vegetais. As massas so expressas em grama de matria seca por m2 por ano. 0s nmeros em vermelho correspondem aos valores energticos dessa matria seca em quilojoules (kJ). 0 quilojoule uma medida de quantidade de energia, assim como a caloria (cal).

    2. Agora, imagine que fervemos um bule de gua, medimos sua temperatura e, depois, o

    deixamos sobre uma mesa. Ao vericar a tem-

    peratura da gua duas horas depois, haver

    grande diferena entre as duas medidas?

    Nesse caso haver uma grande diferena, pois em duas horas

    a gua vai esfriar.

    3. Por que essas duas situaes (a do corpo e a do bule) so diferentes quanto con-

    servao da temperatura? Pense em uma

    explicao para esses resultados.

    Resposta pessoal, mas o aluno pode dizer que o corpo

    humano capaz de manter a temperatura, enquanto a gua

    necessita de uma fonte externa de energia.

    4. Elabore um esquema que mostre de onde vem e para onde vai o calor da gua do bule

    e outro esquema que mostre o que aconte-

    ceu no corpo humano. Tente traar a ori-

    gem e o caminho desse calor o mximo para

    trs que puder.

    Resposta pessoal, mas se espera que os alunos retratem a

    conservao de temperatura no corpo e a perda de calor,

    sem reposio, no bule com gua quente. Alguns alunos

    podero argumentar que a energia (calor) do corpo vem

    dos alimentos.

    0s esquemas e os comentrios dessas ativida-

    des sero retomados posteriormente.

    Etapa 2 Extrao de informao de esquemas

    Pea aos alunos que observem a

    Figura 34. Depois, um ou mais

    voluntrios faro uma leitura

    cuidadosa dos dados que ela mostra.

  • 34

    Ajude os alunos a interpretar as informaes

    da Figura 34, em que vemos os valores numricos

    referentes massa dos organismos, que aparece

    expressa em gramas (g) de matria seca (aquela

    que teve toda a gua retirada antes da pesagem).

    0s valores em vermelho indicam os valores ener-

    gticos (em quilojoulesa) que correspondem aos

    valores em gramas de matria orgnica.

    Aps a anlise da Figura 34, os alunos com-

    pletaro a tabela (Quadro 8) a seguir e respon-

    dero s questes propostas.

    a Um quilojoule (kJ) igual a cerca de ,24 quilocaloria (kcal).

    1. Quantos gramas de capim a vaca ingeriu?800 gramas.

    2. Quantos gramas de fezes e urina a vaca eliminou?

    320 gramas.

    3. Voc diria que a vaca assimila toda a massa de capim que ela come? Que parte do

    esquema indica isso?

    No. Parte da massa de capim que a vaca come eliminada na

    forma de fezes e urina, como mostra o item matria no assi-

    milada no esquema apresentado.

    4. Que quantidade de energia, contida no capim, ingerida pelo gafanhoto?

    1 260 kJ.

    Massa seca (g) Energia (kJ)

    Planta que passa para a vaca 800 14 400

    Matria retida no corpo da vaca 80 1 440

    Matria no assimilada pela vaca 320 5 760

    Planta que passa para o gafanhoto 70 1 260

    Matria retida no corpo do gafanhoto 7 126

    Matria no assimilada pelo gafanhoto 28 504

    Quadro 8.

    5. Que quantidade de energia eliminada pelo gafanhoto na forma de urina e fezes?

    504 kJ.

    6. Voc diria que o gafanhoto assimila toda a energia contida no capim? Que parte do

    esquema indica isso?

    No. Parte da energia proveniente do capim eliminada pelo

    gafanhoto na forma de fezes e urina. Dentro do esquema isso

    mostrado no item matria no assimilada.

    7. Calcule que porcentagem da energia que est no produtor (capim) se transforma em ener-

    gia na vaca. Dica: para fazer esse clculo,

    use a quantidade de energia assimilada pela

    vaca em uma regra de trs, considerando que

    1 correspondem a 14 4 kJ.

  • 35

    Biologia 1a srie Volume 1

    10%. Considerando que 100% do que a vaca come corres-

    pondem a 14 400 kJ de energia, e o que fica no seu corpo so

    apenas 1 440 kJ, a resposta vem do clculo: (1 440 kJ . 100%) /

    14 400 kJ = 10%.

    Em seguida, os alunos devero observar a

    Figura 35 a seguir, que tambm est no

    Caderno do Aluno. Esclarea que esse esquema

    mostra uma etapa do anterior (apenas a pas-

    sagem de energia do capim para a vaca,

    incluindo tambm informaes sobre a perda

    de energia (em porcentagem) que acontece

    quando a vaca se alimenta de capim.

    8. 0 que signica a matria no assimilada do esquema?

    Trata-se da parte do capim que ingerida e eliminada como

    fezes ou urina.

    9. Como a vaca consegue energia para se locomover? Em outras palavras, como os

    animais conseguem energia?

    A energia que a vaca usa para se locomover e a que todos

    os animais utilizam vem do alimento; neste caso, do capim.

    10. Observe que grande parte da energia da vaca perdida durante a respirao.

    Talvez perdida no seja uma boa pala-

    vra... Para onde vai essa parte da energia?

    Essa energia utilizada no metabolismo da vaca: utili-

    zada para a locomoo, para a manuteno da tempera-

    tura constante do corpo etc.

    11. Voc reetiu sobre o fato de que nossa temperatura corprea se mantm cons-

    tante ao longo do tempo. Considerando

    que isso verdade tambm para a vaca, de

    onde vem a energia utilizada para manter

    o corpo quente?

    Do alimento.

    Por ltimo, os estudantes devero analisar

    outro esquema, que uma ampliao do apre-

    sentado na Figura 34: o gafanhoto, que se

    alimenta de plantas, serve de alimento para um

    rato-silvestre, que por sua vez pode ser ingerido

    por uma serpente. Esse esquema consta do

    Caderno do Aluno, mas tambm poder ser

    copiado na lousa para facilitar a visualizao.

    Ele tem a forma de uma pirmide, em que cada

    degrau representa a massa total dos organis-

    mos de determinada espcie. Esse esquema,

    representado na Figura 36, tambm chamado

    de pirmide de biomassa.

    Figura 35.

    60%

    50%

    10%

    40%

    Matriaorgnicaingerida

    pela vaca

    Matria absorvida pelo sistema digestivo da vaca

    Matria no assimilada(fezes e urina)

    Perdas na respirao

    Matria retida no corpo da vaca100%

    A transformao da energia ingerida na forma de alimento por uma vaca

  • 36

    12. O que acontece com a massa total de organismos medida que subimos de

    nvel trfico?

    A biomassa dos organismos cai de acordo com o

    aumento do nvel trfico.

    13. Quantas vezes a massa total (biomassa) de ratos-silvestres menor que a de

    gafanhotos?

    Dez vezes menor (basta dividir um pelo outro).

    14. Quantas vezes a massa total (biomassa)

    de serpentes menor que a de ratos-

    -silvestres?

    Dez vezes menor.

    15. Por que a massa total de organismos no se mantm constante medida que os

    nveis trcos aumentam? Dica: lembre-se

    dos ltimos dois esquemas representados.

    Porque grande parte da matria (aproximadamente 9/10

    ou 90%) perdida na forma de fezes, urina, ou conver-

    tida em energia para o metabolismo dos seres ao longo da

    cadeia alimentar.

    Fot

    os:

    Ton

    y (

    enr

    ico/

    Sam

    baP

    hoto

    Har

    oldo

    Pal

    o Jr

    /Kin

    o e

    F

    abio

    Col

    ombi

    ni

    Ilus

    tra

    o:

    Lie

    Kob

    ayas

    hi

    Figura 36 Pirmide de biomassa em um campo de pastagem.

  • 37

    Biologia 1a srie Volume 1

    Etapa 3 Resoluo de problemas

    1. A tabela (Quadro 9) a seguir mostra um exemplo de transferncia de energia ao longo de uma cadeia alimentar.

    Transferncia de energia ao longo de uma cadeia alimentar

    Nveis trcosQuantidade de energia (kcal/m2/ano)

    Total assimilado pelos organismos

    Quantidade disponvel para os nveis trcos seguintes Diferena

    Produtores 21 11 1

    Consumidores primrios 9 4 8 4 2

    Consumidores secundrios 3 5 1 5 2

    Consumidores tercirios 5 1 4

    Quadro 9.

    Com base nos dados da tabela (Quadro 9),

    assinale a alternativa correta.

    a) A quantidade de energia existente em um nvel trco menor do que aquela

    que ser transferida para o nvel trco

    seguinte.

    b) A perda de energia, ao passar de um nvel trco para outro, na verdade

    muito reduzida, ao contrrio da que

    est exemplicada.

    c) Considerando-se cada transferncia de energia de um nvel trco para outro,

    podemos armar que, quanto mais pr-

    ximos os organismos estiverem do m

    da cadeia alimentar, maior ser a energia

    disponvel.

    d) A coluna Diferena indica a quanti-dade de energia gasta em cada nvel tr-

    co e utilizada para a manuteno da

    vida dos seus organismos.

    e) A transferncia de energia na cadeia alimentar unidirecional, tendo incio

    pela ao dos decompositores.

    Professor, talvez a questo 2 requeira algu-mas explicaes acerca da unidade de medida utilizada (kcal/m2/ano). Ela informa a quanti-dade de energia produzida (ou transferida) em determinada rea, em determinado tempo.

  • 38

    2. Com base na tabela da questo anterior (Quadro 9), construa uma pirmide de

    energia. A escala a ser utilizada na sua pir-

    mide a seguinte: cada 1 quilocalorias

    por metro quadrado por ano (kcal/m2/ano)

    devero ser representadas por uma barra

    de 1 cm de comprimento a nica exceo

    a barra correspondente aos produtores,

    que no precisa estar em escala, pois ser

    muito maior que as outras. Dicas: voc

    deve usar apenas a coluna Total assimi-

    lado pelos organismos e sua pirmide

    dever ser semelhante, quanto ao formato,

    estudada Pirmide de biomassa em um

    campo de pastagem.

    importante averiguar o comprimento de cada barra, que

    dever estar de acordo com as instrues do problema.

    3. (Fuvest25) Uma lagarta de mariposa absorve apenas metade das substn-

    cias orgnicas que ingere, sendo a outra

    metade eliminada na forma de fezes.

    Cerca de 2/3 do material absorvido uti-

    lizado como combustvel na respirao

    celular, enquanto o 1/3 restante conver-

    tido em matria orgnica da lagarta.

    Considerando que uma lagarta tenha inge-

    rido uma quantidade de folhas com matria

    orgnica equivalente a 6 calorias, quan-

    to dessa energia estar disponvel para um

    predador da lagarta?

    a) 1 calorias.

    b) 2 calorias.

    c) 3 calorias.

    d) 4 calorias.

    e) 6 calorias.

    4. Com base nos dados da questo anterior, imagine que um sabi se alimentou da

    lagarta. Construa uma pirmide que repre-

    sente a energia assimilada por esses dois

    organismos durante a alimentao. No

    necessrio representar o produtor na pir-

    mide, e a escala a ser utilizada ser a de 1

    calorias = barra de 1 cm de comprimento.

    1. (Fuvest21) A tabela a seguir mostra medidas, em massa seca

    por metro quadrado (g/m2), dos

    componentes de diversos nveis trcos em

    dado ecossistema.

    Nveis trficos Massa seca (g/m2)

    Produtores 89

    Consumidores primrios 37

    Consumidores secundrios 11

    Consumidores tercirios 1,5

    Quadro 1.

    a) Por que se usa a massa seca por unidade de rea (g/m2), e no a massa fresca, para

    comparar os organismos encontrados

    nos diversos nveis trcos?

    Sabi

    Lagarta

    Figura 37.

  • 39

    Biologia 1a srie Volume 1

    Porque a quantidade de gua nos organismos de diferentes

    nveis trcos muito varivel e, por isso, a massa seca pode

    reetir melhor a quantidade de matria orgnica presente

    em cada um dos nveis.

    b) Explique por que a massa seca diminui progressivamente em cada nvel trco.

    Ela diminui porque a quantidade de matria orgnica

    obtida em cada nvel consumida por ele e apenas o que

    sobra poder ser incorporado e car disponvel para o nvel

    seguinte.

    c) Nesse ecossistema, identique os nveis trcos ocupados por cobras, gafanho-

    tos, musgos e sapos.

    Musgos: produtores; gafanhotos: consumidores primrios; sapos:

    consumidores secundrios; cobras: consumidores tercirios.

    2. (Fuvest27) A ilustrao mostra a pro-dutividade lquida de um ecossistema, isto

    , o total de energia expressa em quilocalo-

    rias por m2/ano, aps a respirao celular

    de seus componentes.

    a) Considerando-se que na fotossntese a energia no produzida, mas transfor-

    mada, correto manter o nome de pro-

    dutores para os organismos que esto

    na base da pirmide? Justique.

    Sim, correto porque os organismos que esto na base

    da pirmide produzem matria orgnica a partir de subs-

    tncias inorgnicas presentes no ambiente, utilizando a

    energia luminosa, ainda que no sejam produtores de

    energia.

    b) De que nvel(eis) da pirmide os decom-positores obtm energia? Justique.

    De todos os nveis trficos, j que os decompositores so

    capazes de utilizar os restos orgnicos de quaisquer orga-

    nismos pertencentes aos diferentes nveis.

    Consumidores tercirios (6 kcal/m2/ano)

    Consumidores secundrios (67 kcal/m2/ano)

    Consumidores primrios (1 478 kcal/m2/ano)

    Produtores (8 833 kcal/m2/ano)

    LUZ SOLAR

    Figura 38.

    O krill e a vida marinha na Antrtica

    Krill uma palavra de origem norueguesa que significa peixe que acabou de nascer e se refere a um grupo de crustceos muito parecidos com o camaro. Esses animais aparecem em grande quan-tidade nos mares da Antrtica, extremo sul do planeta, e podem atingir at 7 centmetros de compri-

  • 4

    1. Monte uma teia alimentar com todos os animais citados no texto.

    O esquema dever conter: krill, pequenas algas (toplnc-

    ton), pequenos animais (zooplncton), lulas, peixes, focas,

    pinguins, outras aves, baleias. Alguns alunos podero repre-

    sentar o ser humano na cadeia, por causa da meno

    pesca, e os decompositores, que foram abordados anterior-

    mente. Um exemplo de possvel resposta vem a seguir.

    2. Represente uma cadeia alimentar que con-tenha krill, toplncton e baleia-azul.

    Fitoplncton krill baleia-azul.

    3. As baleias-azuis so animais muito grandes e tm grande apetite. Prximo da Antrtica,

    ela pode comer, em um s dia, 2,5 milhes de

    krills. De quantos milhes de krills precisaria

    uma dzia de baleias-azuis para se alimentar

    durante uma semana?

    12 baleias-azuis . 7 dias . 2,5 milhes por dia = 210 milhes

    de krills.

    4. Reveja o esquema da transformao da energia e as pirmides de biomassa que voc

    construiu anteriormente nesta Situao de

    Aprendizagem. Depois, construa a pirmide

    de biomassa referente cadeia alimentar que

    voc esquematizou na questo 2. Para isso,

    considere que existam cerca de 15 mil tone-

    ladas de toplncton e que a cada nvel tr-

    co se perca 9 da massa, como informa o

    texto (outra maneira de pensar nisso imagi-

    fitoplncton

    baleias

    peixes

    lulas

    focas pinguins outras aves

    krill zooplncton

    mento. O krill alimenta-se de pequenas algas (fitoplncton) e animais (zooplncton). A excessiva pesca do krill coloca em risco toda a vida marinha da Antrtica, pois ele serve de alimento para muitas espcies. Dessa forma, o krill muito importante para a maior parte das cadeias alimentares, servindo de alimento para lulas, peixes, focas, pinguins e outras aves. Quando o krill se desloca, todos os ani-mais vo atrs dele: os que comem krill e os que comem quem come krill.

    Esses crustceos so especialmente importantes para as baleias. Sabe-se que, a cada nvel trfico de uma cadeia alimentar, perde-se cerca de 9 da energia presente no nvel anterior, como conse-quncia de atividades do corpo, como o aquecimento, a movimentao e a eliminao de fezes, entre outras. Assim, as enormes massas corporais das baleias, e das suas populaes, s so possveis porque elas se alimentam diretamente de algumas espcies de krill, que so consumidores primrios. Uma baleia-azul, que o maior animal existente no planeta, consome entre 2 e 3 toneladas de ali-mento por dia. Elas no poderiam existir caso se alimentassem da mesma quantidade de animais de nveis trficos mais elevados. Se elas se alimentassem de focas, que so consumidores secund-rios, rapidamente o nmero de focas diminuiria e, consequentemente, o nmero de baleias.

    Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o So Paulo faz escola.

    Figura 39.

  • 41

    Biologia 1a srie Volume 1

    de krill e 1 500 toneladas de baleias-azuis.

    5. Considerando os mesmos valores do item anterior e que uma baleia-azul pesa em

    mdia 15 toneladas, responda: Quantas

    baleias-azuis, no mximo, podem existir

    em uma rea onde haja 15 mil toneladas

    de toplncton?

    No mximo 10 baleias-azuis, pois a cada nvel trco perde-

    -se 90% da massa. Portanto, a massa de baleias-azuis deve

    ser 10% da de krills, que por sua vez 10% da de toplnc-

    tons. Como h 150 mil toneladas de toplncton, deve

    haver 15 mil toneladas de krill e 1 500 toneladas de baleias-

    -azuis. Como cada baleia-azul pesa cerca de 150 toneladas,

    essa massa corresponde a apenas 10 baleias-azuis.

    6. Copie o trecho do texto que explica por que cerca de 9 da energia perdida de

    um nvel trco para outro.

    Sabe-se que, a cada nvel trco de uma cadeia alimentar,

    perde-se cerca de 90% da energia presente no nvel anterior,

    como consequncia de atividades do corpo, como o aqueci-

    mento, a movimentao e a eliminao de fezes, entre outras.

    Reforce com os alunos a importncia dos

    esquemas que viram nesta Situao de Apren-

    dizagem, discutindo as ideias a seguir.

    nar que apenas 1 estar presente no pr-

    ximo nvel trco). A escala a ser utilizada

    na sua pirmide a seguinte: cada 1

    toneladas devero ser representadas por uma

    barra de 1 cm de comprimento.

    A pirmide construda dever ser semelhante, em termos

    do formato, pirmide de biomassa vista anteriormente.

    importante averiguar o comprimento de cada barra, que

    deve estar de acordo com as instrues do problema. Como

    a barra que representa a biomassa das baleias proporcio-

    nalmente muito pequena, no se espera a preciso indicada

    (0,15 centmetro); o importante que os alunos percebam

    que essa barra bem menor que as outras. A imagem a

    seguir est fora de escala, mas representa esquematicamente

    como dever car a gura depois de construda.

    Figura 4.

    O enunciado informa que, quando se passa de um nvel

    trco a outro, perde-se 90% da massa, ou seja, apenas 10%

    da massa do nvel anterior passa para o seguinte. Seguindo

    esse raciocnio, a massa de baleias-azuis deve ser 10% da de

    krill, que por sua vez 10% da de toplncton. Como h 150

    mil toneladas de toplncton, deve haver 15 mil toneladas

    Fitoplncton (15 cm)

    Baleia-azul (0,15 cm)

    Krill (1,5 cm)

    Fique atento!Nesta Situao de Aprendizagem, voc pde observar esquemas que so tpicos da Biologia,

    como as cadeias alimentares e as pirmides de biomassa. Todas as outras disciplinas e reas do conhecimento, como a Fsica, a Histria e a Matemtica, possuem tambm os seus esquemas espe-cficos (lembre-se, por exemplo, das linhas do tempo nas aulas de Histria ou dos diagramas de conjuntos nas aulas de Matemtica). s vezes, esses esquemas usam um mesmo smbolo para repre-sentar coisas muito diferentes, como as setas, por exemplo: elas aparecem em vrios esquemas e, mesmo dentro de uma mesma rea, podem ter significados distintos.

    Observe as figuras a seguir. Na figura que mostra os sapos, as setas querem dizer mudana de estgio ou dessa fase, muda para a seguinte na cadeia alimentar, as setas querem dizer serve de

  • 42

    Esquemas em que as setas tm signicados diferentes.

    L

    ie K

    obay

    ashi

    Iva

    nia Sa

    ntan

    na/K

    ino

    Figura 41.

    alimento para; na linha do tempo, elas indicam a direo em que o tempo passa, ou seja, de que lado esto os fatos mais antigos e de que lado esto os mais recentes. E, em uma placa de trnsito, podem significar algo totalmente diferente.

    Esteja atento aos diferentes significados que os vrios esquemas trazem e faa, mentalmente, perguntas simples como esta: O que quer dizer a seta neste esquema?. Sempre que tiver dvida, procure perguntar a uma pessoa que j esteja familiarizada com o esquema, como os seus profes-sores. Isso sem dvida ajuda a entender melhor o seu livro didtico, os jornais, as revistas e muitas outras coisas que voc ver fora da escola.

    1 500 1 822 1 888

    Descobrimento Independncia Abolio da do Brasil do Brasil escravatura

  • 43

    Biologia 1a srie Volume 1

    Contedos e temas: uxo de energia e matria nos seres vivos; ciclo do carbono.

    Competncias e habilidades: resumir informaes em esquemas; redigir textos a partir de esquemas; reconhecer a continuidade do uxo de matria e energia na natureza; reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos.

    Sugesto de estratgias: interpretao dirigida de