AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

download AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

of 6

Transcript of AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    1/6

    AVALIAO DISCURSIVA DE SOCIOLOGIA 2 COLEGIAL 2 TRIMESTRE

    Leia o texto a seguir. Ele servir de base para as questes 1 e 2.

    ndios: Dois projeos !"e!#!" err!s ind$%en!s e !&irr!" &on'(ios r)r!is

    Atualmente, a populao indgena no rasil soma !"#," mil $menos de 1% da populao&, de

    '() etnias, *om lnguas e *ostumes di+erentes, o que +a do rasil o pas *om a maior

    diversidade *ultural do mundo. -s dados so do enso 2(1(. /o entanto, os ndios ainda t0m

    +rgeis direitos aos seus territrios.

    Em 2(1, duas propostas que visam alterar o direito do uso da terra pelos ndios voltam ao

    debate no ongresso.

    Direo !o pono

    3ma delas 4 a 5E 21). 6e autoria do ex7deputado Almir 8, a propos! *)er r!ns'erir p!r!

    o Con%resso +!&ion!( ! ')n#,o de de"!r&!#,o d!s err!s- &o"pe.n&i! *)e /oje 0 d!

    Uni,o- re1is!r !s err!s j de"!r&!d!s e !ind! prop3e )"! ")d!n#! nos &ri0rios e

    pro&edi"enos p!r! ! de"!r&!#,o, que passariam a ser regulamentadas por lei, e no por

    de*reto *omo +un*iona atualmente.

    -s rgos responsveis pelas demar*aes so a 9unai $9undao /a*ional do :ndio&, que +aos estudos e delimita as reas; o ep?bli*a, que a @omologa. Atualmente, segundo a 9unai, existem #) reas

    indgenas em di+erentes +ases da demar*ao.

    odo esse pro*esso deveria ter sido *on*ludo at4 1""', uma ve que o artigo #B da

    onstituio de 1"!! dava *in*o anos para a 3nio +inaliar a demar*ao das terras

    indgenas.

    - 4L4 225, de autoria do deputado Comero 5ereira $5867

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    2/6

    5ara os indgenas, as duas propostas atendem a interesses e*onHmi*os $ameaando suas

    riqueas ambientais e minerais& e, se aprovadas, vo di+i*ultar a demar*ao da terra,

    essen*ial para que eles preservem seus *ostumes, tradies e sustentabilidade.

    A disp)! &ons!ne pe(! err!

    A maioria dos ndios brasileiros $)B,B%& vive em )() terras indgenas re*on@e*idas pelo

    governo $enso 2(1(&. Essas reas equivalem a 12,)% do territrio na*ional, sendo que maior

    parte +i*a na regio /orte 77 a mais populosa em indgenas $'2 mil&. = no 8udeste, !% dos

    "",1 mil ndios esto +ora das terras originrias, seguido do /ordeste $)%&.

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    3/6

    anto a 5roposta de Emenda *onstitu*ional $5E& 21) quanto o 5roGeto de Lei

    omplementar $5L5& 22B bene+i*iam primordialmente a ban*ada ruralista $representaos interesses do agroneg*ios&, os +aendeiros em geral, os empresrios, osgarimpeiros e tamb4m a 3nio, ou seGa, todos aqueles que t0m interesses e*onHmi*osnas terras indgenas. $1,(&

    2

    Ouando se trata dos *on+litos agrrios envolvendo ndios e +aendeiros, @ uma perspe*tiva*lara na *ons*i0n*ia so*ial de que os ndios so os invasores e no o *ontrrio. 5or qu0NApresente, pelo menos, uma expli*ao para a origem desses *on+litos. =2->?

    :ndios, apesar de terem o re*on@e*imento do direito da posse sobre seus territrios

    sagrados assegurados pela lei $*onstituio& e outros instrumentos normativos, naprti*a so os +aendeiros que det0m a propriedade legal apoiada nos aparatosGurdi*os do Estado de 6ireito. /esse *aso, so os ndios que representam umaameaa D ordem instituda, ou seGa, D propriedade privada *olaborando e en+atiando aideia na *ons*i0n*ia so*ial de muitos esteretipos ligados aos povos indgenas *omo,por exemplo, de so in*iviliados, preguiosos, atrasados, querem tudo de graa,vagabundo, no *ontribuem para o desenvolvimento e*onHmi*o do pas, violentos,entre outros. $1,(&

    A origem desses *on+litos remete ao passado @istri*o e D maneira *omo a estrutura

    +undiria se *onstituiu no pas. 6esde as polti*as asso*iadas Ds *apitanias@ereditrias, sesmarias, as polti*as de aldeamento *om intuito de integraona*ionalF, mar*@a para oeste no governo Pargas at4 pro*essos de grilagem naatualidade *on+iguram pro*essos em que os ndios, *omo nativos da terra e *ompro+unda relao espiritual *om a mesma, +ossem expulsos ou alo*ados em espaos,reservas pequenas ou sem o menor signi+i*ado simbli*o. om a ampliao da*ons*ientiao dos direitos pelos indgenas, o movimento polti*o de luta para

    retomada e re*onquista dos territrios sagrados intensi+i*a os *on+litos no *ampo. $1,(&

    QUESTO 03

    O (!&B (o& es n! r)!

    om um martelo em pun@o, uma Govem de rosto *oberto vestida de preto tenta destruir um@evrolet amaro $de 2(( mil reais& em uma *on*essionria na Avenida >ebouas, 8o 5aulo.-utros traGados da mesma +orma, paus e pedras nas mos, estil@aam a parede de vidro deuma ag0n*ia ban*ria. 3ma +aixa pede a sada do governador Jeraldo Al*Qmin R o A do nome

    tra o smbolo de anarquia. At4 *@egarem as bombas de e+eito moral e gs la*rimog0neo datropa de *@oque da 5

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    4/6

    la*Q lo* +oi o termo surgido de +orma *on+usa na imprensa na*ional. 8eriam Govensanarquistas anti*apitalistas e antiglobaliao, *uGo lema passa por destruir a propriedade degrandes *orporaes e en+rentar a pol*ia. /as *apas de Gornais e na bo*a dos Mn*orastelevisivos, eram a minoria baderneiraF em meio a protestos que *omearam pa*+i*os eordeirosF. 3ma abordagem simplista diante de um +enHmeno *omplexo. Al4m da ameaa Dpropriedade e Ds regras do *otidiano $*omo atrapal@ar o trMnsito e a visita o+i*ial do papa&, asatuaes expli*itaram a emerg0n*ia de uma +a*eta dos movimentos so*iais, de *un@oanarquista e autonomista, que vo do oberto G @avia ido Ds ruas *ontra a alta da tari+a, sem depredar nada. on@e*eu

    a tti*a e de*idiu pelas vias de +ato. /ossa so*iedade vive permeada por smbolos. 5arti*iparde um la*Q lo* 4 +aer uso deles para quebrar pre*on*eitos, no s do alvo ata*ado, mas daideia de vandalismoF, di. Estudar polti*a e quebrar ban*os *amin@am Guntos. /o se trata dedepredar pelo simples praer de quebrar ou pi*@ar *oisas, mas de ata*ar o smbolorepresentado ali. Ouando ata*amos uma ag0n*ia ban*ria, no somos ing0nuos de a*reditarque estamos aGudando a +alir um ban*o, mas tornando evidente a insanidade do *apitalismo.

    5ara Avelino, o la*Q lo* pode ser visto *omo a retomada de um tipo de ao prati*ada pelosanarquistas no s4*ulo TST, a propaganda pelo +ato, ali para suprir a insu+i*i0n*ia dapropaganda oral e es*rita quando a prti*a eleitoral gan@ava in+lu0n*ia. A rao desse retornoD ao direta adviria da paulatina perda da dignidade imposta pelo *apitalismo. - que expli*a aa*eitao dos la*Q lo*s entre Govens na redeK o +enHmeno daria vo a anseios di+usos dequebrar a ordem, longe das vias institu*ionais.

    6isponvel emK @ttpKUUVVV.*arta*apital.*om.brUrevistaUB#(Uo7bla*Q7blo*7esta7na7rua7B(!'.@tml. A*esso em2)U()U2(1. $adaptado&

    C na so*iedade atual uma *lara noo de ordem. Esta ordem 4 a mesma analisada ede+endida pelos positivistas. 6o ponto de vista positivista, que ordem 4 estaN - que o la*Qlo* representa para a so*iedade e o modelo de ordem vigenteN $',(&

    A viso de orde"de+endida pelos positivistas est !sso&i!d! ideo(o%i&!"eneD"!n)en#,o$s!de& dos paradigmas$re%r!s- &o"por!"enos- insi)i#3es&e*onHmi*os, polti*os e so*iais rela*ionadosD so&ied!de "odern!, ou seGa, *apitalista 7que +un*ionaria tal *omo um organismo queende /!r"oni!. $1,(&

    - la*Q lo* representaria, nessa

    perspe*tiva organi*ista, uma doen#!$ameaa& que de1e ser &o"9!id!, uma

    ve que se apresenta *omo um grupo *om *lara insatis+ao *om o sistema e*onHmi*oe polti*o e que utilia de aes diretas de 1io(.n&i! &onr! ! propried!de pri1!d! eos s$"9o(os do &!pi!(is"oinen!ndo-dessa +orma, ao demonstrar, na viso do

    movimento, a insanidade desses paradigmas e tentando a inrod)#,o de )" no1o"ode(o de orde": !n!r*)is!, anti*apitalista. $2,(&

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    5/6

    @UESTO >

    C leis to determinadas que expli*am o *omportamento @umano e a organiao so*ial tantoquanto @ para expli*ao da queda de uma pedraF. $Auguste omte&

    Esta *4lebre +rase de Auguste omte revela *laramente a in+lu0n*ia das *i0n*ias naturais nosprin*pios positivistas. 5or qu0N - que exatamente Auguste omte, que expressa tamb4m aviso de outros positivistas, est de+endendoN =2->?

    5ara os positivistas, mundo +si*o e mundo so*ial no eram distintos e, por isso, na

    *ompreenso dos +enHmenos se deveria adotar uma mesma postura *ienti+i*istaK usoda rao e da impar*ialidade *omo +orma de observao e des*rio $empirismo& dasleis que regem o universo e a so*iedade. $1,(&

    6essa +orma, os positivistas esto de+endendo que, tal *omo na naturea os

    *omportamentos +si*os se expli*am por leis naturais, imutveis e universais, naorganiao so*ial seria da mesma maneira. Assim, tal *omo seria possvel prever osa*onte*imentos +si*os, essa possibilidade tamb4m existiria no meio so*ial, o quepermitiria ao so*ilogo no apenas *ompreender os +enHmenos so*iais *omo ante*ipar,prevenir situaes que pudessem *olo*ar em ris*o a @armonia da so*iedade. $1,(&

    @UESTO >8

    A Europa do s4*ulo TST experimentava um a*elerado pro*esso de industrialiao quedeterminou o +im do monoplio britMni*o neste ramo de atividade e*onHmi*a. 6essa maneira, a

    *on*orr0n*ia entre os pases industrialiados levou a in*essante bus*a por novos mer*ados*onsumidores e a obteno de mat4ria7prima barata. 5elo atendimento de tais demandas, aspot0n*ias industriais a*reditavam ser possvel ampliar suas respe*tivas e*onomias.

    A *onsolidao deste quadro levou D promoo do imperialismo, prti*a que resultou na*onquista e explorao de vrios territrios a+ri*anos e asiti*os. Apesar das impa*tantesne*essidades e*onHmi*as que expli*am a realiao desse +ato @istri*o, no podemos deixarde levar em *onta a ideologia *onstruda por de trs do imperialismo. 6e +ato, vriosintele*tuais e religiosos partil@aram de teses e opinies que tamb4m Gusti+i*aram a entradaeuropeia em domnios a+ro7asiti*os.

    /a prti*a, o dis*urso imperialista a*abou legitimando uma s4rie de atro*idades e inGustias*ontra as populaes dos territrios dominados. A+inal de *ontas, se esta misso *iviliadorativesse sido *olo*ada em ao, esses dois *ontinentes no abar*ariam atualmente gravesproblemas de naturea e*onHmi*a e so*ial. Assim, observamos que a misso *iviliatriaa*abou ressaltando a di+erena entre os povos e abrindo espao para essa indis*riminadaexplorao do outro.

    6isponvel emK @ttpKUUVVV.brasiles*ola.*omU@istoriagUa7ideologia7imperialista.@tm. A*esso em 2)U()U2(1. $adaptado&.

    Explique *omo os prin*pios do positivismo aGudaram a Gusti+i*ar o imperialismo no s4*ulo TST.$',(&

    - imperialismo do s4*ulo TST +oi Gusti+i*ado por uma s4rie de teses e ideologias, no*ampo so*iolgi*o, o positivismo o+ere*eu possvel legitimidade ao pro*esso atrav4s

  • 7/25/2019 AVDC_2COL_2TRI_2014_GAB

    6/6

    das ideias de evolu*ionismo R *orrente amparada na *on*epo de que as so*iedadestenderiam inevitavelmente D evoluo linear seletiva passando sempre de estgiosin+eriores para superiores, o que resultaria naturalmente em *ertas desigualdades entreas naes pelo +ato de umas se adaptarem mel@or do que outras; $1,(&

    /essa viso evolu*ionista, baseada na seleo natural, os pases europeus

    industrialiados +oram interpretados *omo representantes do estgio mximo dedesenvolvimento $estgio positivo& em relao a muitos outros pases em *ondio detransio para ordem *apitalista $estgio meta+si*o& ou ainda se apresentando *omo+sseis vivos mar*ados pelo +eti*@ismo e misti*ismo $estgio teolgi*o&, *omo no *asodos pases da W+ri*a, Wsia, -*eania e Am4ri*a que ainda no tin@am sido *oloniados;$1,(&

    Essa viso euro*0ntri*a e etno*0ntri*a +avore*eu o dis*urso assumido pelos pases

    envolvidos na *orrida imperialista de que se tratava do +ardo do @omem bran*oF amisso *iviliatria de dirimir o atraso de muitas so*iedades Gulgadas teolgi*as

    *olaborando, assim, *om o progresso. /o entanto, na prti*a, de +ato, gerou +ortepro*esso de a*ulturao para o +avore*imento de *ertos interesses *apitalistas dasnaes ditas *iviliadasF. $1,(&