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Supositórios, Óvulos e Velas

Disciplina de Farmacotécnica

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Definição

“Supositórios são corpos sólidos de vários pesos eformas, adaptados para introdução no reto, navagina ou no orifício uretral do corpo humano. Emgeral, fundem-se, amolecem ou dissolvem-se à

temperatura corporal. Um supositório pode agir comoum protetor ou paliativo dos tecidos locais ou comoexcipiente de agentes terapêuticos de ação sistêmicaou localizada.” (USP 23)

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Definição

“São preparações farmacêuticas sólidas, de dose únicaque podem conter um ou mais princípios ativos.Devem fundir à temperatura do organismo ou

dispersar em meio aquoso. O formato e aconsistência dos supositórios devem ser adequadospara a administração.” Formulário Nacional

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Definição

Origem do nome: Supositório deriva do latim supponere (colocar sob)

sub (sob) ponere (colocar)a serem colocados “sob” o corpo

Denominação de acordo com a administração:

Supositórios – administrados no reto Óvulos – administrados na vagina Velas – administradas na uretra

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Supositórios, Óvulos e Velas

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Definição

Descrição: Forma e tamanho dos supositórios, óvulos e velas – tais que

possam ser facilmente inseridos no orifício corporal desejado,sem causar distensão, e devem ser retidos pelo período

apropriado de tempo. Em geral:

Supositórios – cerca de 32 mmcilíndricos

uma ou ambas as extremidades afiladasforma projétilpeso varia com a base utilizada:* adultos: ~ 2 g (manteiga de cacau)

* pediátrico: ½ do tamanho do supositório adulto

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Definição

Óvulos – globulares, ovóides ou cônicospeso varia com a base utilizada:manteiga de cacau: ~ 5 gpeso varia muito

Óvulos também são chamados de pessários .

Velas uretrais – mais finasforma de lápis

Masculinas: diâmetro – 3 a 6 mmcomprimento - ~ 140 mm

peso varia com a base utilizada:manteiga de cacau: ~ 4 g

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Definição

Velas uretrais – Femininas: ~ 1/2 do tamanho da masculinacomprimento - ~ 70 mm

peso varia com a base utilizada:manteiga de cacau: ~ 2 g

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Usos

Supositórios, óvulos e velas são usados quando é necessárioum efeito local no reto, na vagina ou na uretra – ação local.

Supositórios e óvulos também podem ser usados comoveículos de fármacos de uso sistêmico – ação sistêmica.

Manipulação de supositórios – em geral realizada em últimocaso Formas farmacêuticas de preparação difícil

Absorção das substâncias ativas não é muito previsível. Devem ser manipulados quando produtos industrializados não

estiverem disponíveis – principalmente supositórios quecontenham fármacos destinados a exercer efeito sistêmico.

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Usos

Ação local:

Depois de inseridos (supositório, óvulo ou vela) – a baseamolece e se dissolve, distribuindo os fármacos que são

transportados para os tecidos da região.

Os fármacos destinam-se à retenção no interior dacavidade para efeito medicinal localizado.

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Usos

Ação local: Emprego freqüente:

Supositórios: Aliviar constipação ou dor, irritação, coceira e

inflamação associadas a hemorróidas ou outrascondições anorretais.

Supositórios anti-hemorróidas: em geral contêmvários componentes – emolientes, calmantes,protetores, anestésicos locais, vasoconstrictores,adstringentes, analgésicos.

Laxativos Glicerina – laxação por meio de irritação local das

mucosas.

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Usos Ação local:

Emprego freqüente: Óvulos:

Contraceptivos nonoxinol-9

Anti-sépticos na higiene feminina Agentes específicos no combate a patógenos

invasores Tricomonicidas para combater a vaginite por

Trichomonas vaginalis, Candida albicans  e outrosmicrorganismos.

Velas: Antibacterianos Anestésicos locais para exames da uretra.

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Usos Ação sistêmica:

Supositórios retais e vaginais também podem ser usadoscomo veículos de fármacos de uso sistêmico. As mucosas do reto e da vagina permitem a absorção de

muitos fármacos solúveis que podem gerar efeitos

sistêmicos. Supositórios retais oferecem uma alternativa para a

liberação sistêmica de fármacos em pacientesimpossibilitados de tomar medicamentos pela via oral.Ex.: pacientes inconscientes, que apresentam quadro devômitos ou ataque epilético, com obstruções no tratogastrintestinal superior.

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Usos Ação sistêmica:

Alguns fármacos ineficazes pela via oral podem seradministrados com sucesso pela via retal ou vaginal.Ex.: fármacos extensivamente metabolizados (devido aoefeito de primeira passagem), fármacos que são

destruídos no estômago ou intestino.

A manipulação de supositórios é, geralmente, realizadaem último caso

Absorção das substâncias ativas é relativamenteimprevisível.

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Usos

Ação sistêmica:

Fatores que influenciam a absorção de fármacosdos supositórios:

Fatores fisiológicos

Fatores físico-químicos do fármaco e da base dossupositórios

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UsosFatores fisiológicos:

Conteúdo do cólon maior absorção se o reto estiver vazio. diarréia, obstrução do cólon devido a expansão tumoral e

desidratação do tecido – podem influenciar a velocidade e ograu de absorção do fármaco no reto.

Via circulatória Fármacos absorvidos via retal evitam a circulação via porta na

sua primeira passagem pela circulação geral (o fármaco fica

livre do metabolismo de primeira passagem – a droga entraem vasos que a levam direto à veia cava inferior) – permite aadministração de fármacos que seriam destruídos no fígado.

A absorção retal costuma ser irregular e incompleta. A circulação linfática também ajuda na absorção de fármacos

administrados por via retal.

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UsosFatores fisiológicos:

pH e falta de capacidade tamponante dos líquidosretais.

pH dos líquidos retais – essencialmente neutros – 7-8 Não têm capacidade tamponante efetiva – em geral, a

forma do fármaco não sofre alterações químicas nomeio retal.

Para ação sistêmica do fármaco – escolher a forma deincorporação – forma ionizada ou não-ionizada – paramaximizar a biodisponibilidade.

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UsosFatores físico-químicos:

Lipossolubilidade e hidrossolubilidade Coeficiente de partição óleo-água do fármaco – importante na

seleção da base do supositório e na previsão da liberação dofármaco pela base.

Tamanho da partícula Influencia na velocidade de dissolução e na disponibilidade para

absorção

quanto menor o tamanho da partícula - maior sua velocidadede dissolução

Natureza da base Base deve ser capaz de se fundir, amolecer ou dissolver para

liberar os fármacos para absorção. Se a base interagir com o fármaco, inibindo sua liberação, a

absorção será prejudicada ou impedida.

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UsosFatores físico-químicos:

Natureza da base Base irritante para o reto – pode iniciar uma resposta do cólon,

provocando movimentos intestinais e anulando a possibilidade de

completa liberação e absorção do fármaco. Ausência de interações químicas e físicas entre o fármaco e a

base do supositório devem ser garantidas.

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Bases – desempenham importante papel naliberação do fármaco e, portanto, na suadisponibilidade para absorção (efeito sistêmico oulocalizado).

Requisitos: Permanecer sólida à temperatura ambiente

Fundir, amolecer ou dissolver prontamente àtemperatura corporal. Liberar o fármaco para absorção

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Propriedades ideais das bases de supositórios: Química e fisicamente estáveis sob condições normais de

uso e armazenamento.

Não reativas e compatíveis com uma ampla variedade de

fármacos e excipientes. Livres de odores desagradáveis

Aspecto esteticamente atraente

Não tóxicas, não sensibilizantes e não irritantes para os

tecidos sensíveis. Capacidade de contração apropriada para facilitar a

remoção dos moldes após resfriamento.

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Propriedades ideais das bases de supositórios: Capacidade de fundir ou derreter no local de administração

para liberar o fármaco.

Não deve se ligar aos fármacos

Capacidade de se misturar ou absorver pequenasquantidades de água.

Viscosidade baixa para fluir quando fundido e alta paramanter partículas sólidas incorporadas.

Capacidade de umectação e emulsificação para que seestenda, disperse e libere substâncias ativas no local deadministração.

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Classificação das bases para supositórios, óvulos evelas. Bases gordurosas ou oleosas:

São as bases empregadas com maior freqüência. Ex.: manteiga de cacau (gordura obtida da semente de

Theobroma cacao / triglicerídeo: combinação de glicerinacom ácidos graxos, principalmente o oleopalmitoestearinae oleodiestearina)

ácidos graxos hidrogenados de óleos vegetais (óleo dedendê e óleo de semente de algodão)

Produtos de base gordurosa contendo compostos deglicerina com ácidos graxos de elevado peso molecular,como ácidos palmítico e esteárico. Ex.: monoestearato de

glicerila, monopalmitato de glicerila.

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Classificação das bases para supositórios, óvulos evelas. Bases hidrossolúveis e bases miscíveis com

água: Principais membros deste grupo são:

1. Bases de gelatina glicerinada – mais usadas napreparação de óvulos (ação local prolongada édesejada)

Preparo:gelatina granulada 20%glicerina 70%solução ou suspensão do fármaco 10 %

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

Base de gelatina glicerinada para velas:

Preparo:

gelatina granulada 60%glicerina 20%

solução ou suspensão do fármaco 20%

Velas de gelatina glicerinada são inseridas muito maisfacilmente na uretra que as preparadas com manteiga de cacau

(muito frágeis).

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Bases para supositórios, óvulos e velas.

2. Bases de polietilenoglicóis Polietilenoglicóis – são polímeros de óxido de etileno eágua, preparados em vários comprimentos de cadeia,pesos moleculares e estados físicos. Faixas de pesos moleculares mais usadas: 200, 400, 600,

1000, 1500, 1540, 3350, 4000, 6000 e 8000 (peso molecularmédio de cada polímero). Polietilenoglicóis com pesos moleculares médios de

200, 400 e 600 – são líquidos límpidos e incolores. Polietilenoglicóis com pesos moleculares médios acima

de 1000 – são sólidos brancos, semelhantes à cera,cuja dureza aumenta com a elevação do pesomolecular.

OBS.: Preparações de polietilenoglicol não se fundem à temperaturacorporal – dissolvem-se lentamente nos líquidos corporais.

PEG 1000

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Bases para supositórios, óvulos e velas.3. Bases Mistas

Misturas de materiais oleosos e hidrossolúveis ou miscíveisem água. Podem ser misturas químicas ou físicas.

Alguns são emulsões pré-preparadas, geralmente do tipo

água/óleo, ou substâncias capazes de se dispersar emmeio aquoso.ex.: estearato de polioxila 40 (tensoativo empregado emvárias bases comerciais para supositórios) – é uma misturade ésteres de monoestearato e diestearato de polioxietileno

dióis e glicóis livres, com comprimento médio de 40unidades de oxietileno.

É possível preparar misturas de muitas bases graxas (ex.manteiga de cacau) com emulsificantes capazes de formaremulsões de água em óleo – chamadas bases “hidrofílicas”

para supositórios.

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A seleção da base depende:

do efeito desejado (sistêmico ou localizado) da via de administração (retal, vaginal ou uretral) do conforto do paciente da compatibilidade e da estabilidade dos componentes da

formulação

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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1. Conforto do paciente Bases lipofílicas proporcionam mais conforto

aos pacientes que as bases de polietilenoglicol.

Bases lipofílicas são suaves e não-irritantes para ostecidos. Bases de PEG

podem produzir uma sensação de picada ou ardência. podem causar reflexo de defecação. Para minimizar

este efeito: acrescentar 10% de água na base de PEG eumedecer o supositório com água antes do uso.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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2. Compatibilidade e estabilidade Bases lipofílicas são menos reativas que as bases de

polietilenoglicol, portanto, apresentam menos problemasde estabilidade e de compatibilidade com fármacos. Problema de compatibilidade das bases lipofílicas: formação

de misturas eutéticas com fármacos e outros componentes – abaixamento do ponto de fusão.Ex.: cloral hidratado com manteiga de cacau.

Bases de PEG – destinam-se à dissolução - não fundem

durante o armazenamento. Bases lipofílicas são mais sensíveis às variações de

temperatura – fundem-se à temperatura corporal – devemser armazenados à temperatura controlada ou em

refrigerador.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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3. Vias de administração Bases lipofílicas são preferidas na formulação de

supositórios retais – porque os tecidos no reto sãosensíveis aos efeitos irritantes das bases de PEG(causam reflexo de defecação).

Bases de PEG são preferidas na formulação de óvulos evelas – vagina e uretra não possuem o músculo esfíncterpara prevenir o escape do supositório – portanto,materiais oleosos não são desejáveis.

Bases macias e elásticas (gelatina glicerinada): são aceitáveis para administração vaginal Não são suficientemente consistentes para uso retal ou

uretral.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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4. Efeitos sistêmicos

Absorção sistêmica de fármacos dos supositórios – emgeral, é imprevisível – devido ao ambiente pobre paraabsorção no reto e na vagina e à natureza físico-químicada base somada às propriedades das substâncias ativas.

Quantidade de fluido aquoso do reto e da vagina é variável,mas pequena, afetando a liberação do fármaco a partir dabase. Este fator também influencia a ação local, mas causamaior impacto na absorção sistêmica. As bases de PEG devem dissolver-se para liberar o fármaco –

o efeito sistêmico depende da quantidade de fluido presente navagina ou no reto. IMPORTANTE: umedecimento do supositório antes da

inserção. A camada de água em contato com o supositórioajuda a acelerar a dissolução.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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As bases lipofílicas fundem-se ao invés de dissolverem-se,porém, o fármaco incorporado deve distribuir-se no meio aquosoantes da absorção – também requer uma quantidade de água nosítio de administração.

Bases lipofílicas liberam fármacos hidrofóbicos inadequadamente. Muitas moléculas orgânicas são hidrofóbicas quando na forma não-

ionizada – esse fator deve ser considerado na escolha do fármaco eda base. Liberação do fármaco a partir de uma base de supositório

lipofílica para o meio aquoso – depende do coeficiente departição água/base do fármaco

Do ponto de vista da BIODISPONIBILIDADE – quando possívelusar formas ionizadas de fármacos solúveis em água com baseslipofílicas – fármacos na forma ionizada apresentam coeficientesde partição água/base elevados.

Ex.: é preferível usar o fosfato ou sulfato de codeína à codeína-base paraabsorção sistêmica, quando uma base lipofílica é empregada.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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Se uma mistura apropriada de polímeros é formulada – supositórios de PEG

dissolvem-se nas cavidades do corpo e liberam substâncias ativas, tantohidrofílicas como hidrofóbicas.Se há secreção aquosa suficiente na cavidade do corpo – o uso dessasbases fornece uma liberação de fármacos hidrofóbicos mais confiável doque as bases lipofílicas.

Supositórios preparados com bases que contêm um agentedispersante (dióxido de silicone ou bentonita) ou um tensoativo –proporcionam maior espalhamento das substâncias ativas sobreo tecido-alvo ou a superfície de absorção.

A liberação do fármaco a partir da base é imprevisível – éimportante verificar a efetividade do sistema de liberação,monitorando os resultados terapêuticos com frequência. Administração de supositórios manipulados que contêm fármacos

de estreita faixa terapêutica deve ser realizado com muita cautela.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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5. Ação local

Quando a ação local é desejada – a escolha da base não é tãocrítica – porque quase todas as bases permitem o contato dassubstâncias ativas com o tecido afetado.

Supositórios preparados com bases que contêm um agentedispersante ou um tensoativo – proporcionam maiorespalhamento das substâncias ativas sobre o tecido-alvo.

Para um efeito emoliente local – preferível o uso de uma baselipofílica.

Seleção da base para supositórios, óvulose velas.

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Seleção do método de preparo

Supositórios podem ser preparados por rolamentomanual ou por fusão. Supositórios obtidos por rolamento manual:

 Vantagens:

Não requerem cálculos especiais Não requerem equipamentos especiais – uma espátula pode ser

usada para esse propósito.  A manteiga de cacau é a base utilizada no preparo de supositórios

por este método.

Desvantagens: O preparo requer experiência e técnica Os supositórios obtidos por rolamento manual não apresentam

boa aparência, mesmo se bem preparados.

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Seleção do método de preparo

Supositórios obtidos por fusão:  Vantagens:

Esta técnica não requer uma técnica manual demanipulação bem-desenvolvida.

Os supositórios preparados por fusão apresentam boa

aparência. Desvantagens:

Moldes especiais são requeridos Deve-se ter cautela na incorporação de fármacos sensíveis

ao calor. São exigidos cálculos de densidade, calibração do molde

ou procedimentos de dupla fusão na obtenção de dosesexatas.

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1. Supositórios obtidos por rolamento manual

O método é limitado a supositórios preparados com manteigade cacau – é a única base que pode ser moldada sem o usode aquecimento.

Técnica:

1. Verificar a dose da substância ativa.2. Determinar o peso final por supositório.

Os pesos usuais por unidade são: Adulto retal: 2 g Vaginal: 2-5 g

Pediátrico retal: 1 g

Uretral masculino: 4 g Uretral feminino: 2 g

Métodos de preparo de supositórios.

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Técnica:

3. Calcular a quantidade necessária de cada componente. Quantidade de fármaco: multiplicar a dose pelo número de

unidades. Multiplicar o peso final pelo número de unidades. Quantidade de base: subtrair o peso do fármaco do peso total dos

supositórios.

4. Reduzir a manteiga de cacau a pequenos pedaços, senecessário.

5. Pesar os componentes6. Triturar o fármaco em um gral de vidro.

7. Adicionar uma pequena porção de manteiga de cacau e triturar(pressionando para liquefazer – agente de levigação)

8. Adicionar o resto da manteiga de cacau por diluiçãogeométrica.

Métodos de preparo de supositórios.

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Técnica:

9. Remover a massa do gral e colocar o material em uma folhade papel de filtro limpo.Usando luvas descartáveis, misturar amassa no papel até que fique flexível (mas não pegajosa oumacia).

10. Moldar a massa enrolando o papel entre as mãos até aobtenção de uma forma cilíndrica.

11. Colocar a massa em uma pedra de pomada e, com umaespátula larga, enrolar a massa até a formação de um cilindroliso. Usar uma régua para determinar o comprimento dos

supositórios, para serem cortados em pedaços iguais.Dimensões aproximadas:

Supositórios retais e vaginais para adultos: 2,54 a 3,81 cm decomprimento e 0,95 cm de diâmetro

Métodos de preparo de supositórios.

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Técnica:

Dimensões aproximadas: Supositórios retais e vaginais para adultos: 2,54 a 3,81 cmde comprimento e 0,95 cm de diâmetro.

Supositórios uretrais masculinos: 10,15 cm de comprimentoe 0,48 cm de diâmetro.

Supositórios uretrais femininos: 5,08 a 7,62 cm decomprimento e 0,48 cm de diâmetro.

12. Usar a espátula para manter a extremidade da massacilíndrica reta, ao enrolar.

13. Cortar a massa com uma lâmina em pedaços de igualcomprimento.

14. Moldar os supositórios para facilitar a aplicação – formar umaponta em uma das extremidades.

15. Pesar os supositórios e, se necessário, ajustar o peso.16. Acondicionar os supositórios individualmente em folha de

papel laminado.ou sacos plásticos.

Métodos de preparo de supositórios.

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2. Supositórios obtidos pelo método da fusão

Moldes Existe uma grande variedade no mercado. Podem ser:

Descartáveis Reutilizáveis – obtenção de doses unitárias mais exatas e

uniformes. Metal Acrílico

Lubrificação dos moldes Moldes descartáveis: não exigem lubrificação – só serão

removidos no momento da administração. Moldes de metal: exigem lubrificação prévia.

Apenas uma fina camada de lubrificante – qualquer

excesso deve ser removido.

Métodos de preparo de supositórios.

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Embalagens

Moldes descartáveis – provêm o material deacondicionamento para os supositórios –dispensam outra embalagem.

Supositórios preparados em moldes não-descartáveis – devem ser acondicionadosindividualmente em folhas de papel laminado oucolocados em pequenos sacos plásticos depolietileno. A folha de papel laminado deve ter ~ 7,5 x 7,5 cm Podem ser usados sacos de polietileno com fecho do

tipo zipper-lock .

Métodos de preparo de supositórios.

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Bases de supositório para o método de fusão.

Os quatro tipos de bases de supositórios podem serutilizados para o preparo de supositórios pelo métododa fusão.

Bases lipofílicas Não devem ser fundidas em forno de microondas –

é recomendada a fusão em banho-maria comtemperatura controlada.

Reduzir a pequenos pedaços quando necessário Em béquer, aquecer em BM até ficar fluida –

cuidado para não sobreaquecer.

Métodos de preparo de supositórios.

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Bases de polietilenoglicol e gelatina glicerinada. Podem ser aquecidas em forno de microondas ou chapaaquecedora - cuidado para não sobreaquecer.

Misturas pré-formuladas de PEG (Polybase) e

componentes típicos das bases de PEG – fundem entre37oC e 63oC, mas podem ser aquecidos até 100oC semrisco de decomposição.

Métodos de preparo de supositórios.

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Técnicas de preparo.

Método da calibração prévia do molde de supositório. Método da dupla fusão. Determinação e uso do fator de densidade e

deslocamento.

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da calibração prévia do molde de supositório Procedimento:

Para calibração do molde, fundir a base e verter em cincocavidades do molde.

Após resfriamento, remover os supositórios e pesá-los

individualmente. Calcular o peso médio dos supositórios. Ex.: 1,95 g Calcular a quantidade de fármaco contida na preparação,

considerando a preparação de 2 supositórios extras.

Ex. de prescrição:acetaminofen 150 mgmanteiga de cacau qs 6 supositórios.

8 (6 supositórios + 2 extras) x 150 mg (dose unitária) = 1,2 g

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da calibração prévia do molde de supositório Procedimento:

Calcular o peso final da base para oito supositórios:8 x 1,95 g (peso médio do supositório) = 15,6 g

Calcular a quantidade de manteiga de cacau necessária(hipoteticamente considerando que fármaco e base têm amesma densidade):

15,6 g (8 supositórios) – 1,2 g (fármaco) = 14,4 g de manteiga de cacau. Reduzir uma quantidade em excesso da substância ativa a um pó

fino. Reduzir a base a pedaços menores (se estiver em barra) Pesar a quantidade calculada da substância ativa e da base (1,2 g

de acetaminofen e 14,4 g de manteiga de cacau)

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da calibração prévia do molde de supositório Procedimento:

Preparar o molde, verificar se está limpo e aplicar umlubrificante, se necessário.

Em um béquer, fundir uma pequena porção da base embanho-maria, com cuidado para não sobreaquecer.

Adicionar o fármaco pulverizado á base cremosa e misturarbem por agitação.

Adicionar o restante da base em porções, sob agitação,com cuidado para não haver sobreaquecimento.

Agitar até obter uma mistura uniforme.

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da calibração prévia do molde de supositório Procedimento:

Verter a mistura em 6 ou 7 cavidades do molde desupositórios.

Preencher as cavidades com um ligeiro excesso Deixar os supositórios solidificarem à temperatura

ambiente. Depois, colocar o molde no refrigerador por 30minutos.

Remover o excesso do topo do molde com o auxílio de umaespátula.

Acondicionar e embalar adequadamente.

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da dupla fusão Procedimento:

Calcular a quantidade de base necessária. Considerar umexcesso devido às perdas do processo.

Calcular a quantidade de fármaco necessária para a prescrição. Reduzir uma quantidade em excesso da substância ativa a um pó

fino. Pesar a quantidade calculada da substância ativa. Preparar o molde, verificar se está limpo e aplicar um lubrificante,

se necessário. Fundir a base. Colocar o fármaco pesado em um béquer e adicionar cerca de um

terço da base fundida.

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da dupla fusão Procedimento:

Colocar um pouco da mistura no fundo de cada uma dascavidades do molde.

OBS.: é importante a transferência completa, pois essamistura contém a substância ativa.

Completar as cavidades com a base fundida. Preencher ascavidades com um ligeiro excesso.

Deixar os supositórios solidificarem à temperatura ambientee, então, colocar o molde no refrigerador.

Remover com cuidado os excessos do topo,Obs.: este material retirado é a base fundida, não contém

o fármaco.

Métodos de preparo de supositórios.

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Método da dupla fusão Procedimento:

Remover os supositórios das cavidades do molde. Colocar os supositórios em um béquer limpo e levar à fusão

novamente. Agitar para obter uma mistura homogênea. Verter a mistura nas cavidades do molde e repetir os

procedimentos de resfriamento e remoção do excesso.

Acondicionar e embalar adequadamente.

Métodos de preparo de supositórios.

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Determinação e uso do fator de densidade e deslocamento.

A densidade dos fármacos e da base não são sempre asmesmas, portanto não ocupam o mesmo volume.

Para calcular a quantidade de base necessária – é preciso

saber qual o volume de base a que corresponde o volumede fármaco utilizado.

É preciso conhecer os FATORES DE DENSIDADE.

Métodos de preparo de supositórios.

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Fatores de densidade para supositórios preparados com manteiga de cacau:

Métodos de preparo de supositórios.

1,2pentobarbital

1,6glicerina

1,3cloridrato de difenidramina1,3cloral hidratado

1,1aspirina

1,1aminofilina

1,3ácido salicílico

2,0ácido gálico

1,5ácido benzóico

FatorFármaco

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Determinação e uso do fator de densidade edeslocamento. Portanto, para a prescrição abaixo:

Prescrição:

fármaco x 150 mgmanteiga de cacau qs 6 supositórios.Obs.: sempre fazer 2 em excesso.

Peso médio do comprimido = 1,95 g

Peso final: 15,6 g8 x 1,95 = 15,6 g (peso de 8 comprimidos)Quantidade de fármaco: 1,2 g8 (6 supositórios + 2 extras) x 150 mg (dose unitária) = 1,2 g

Métodos de preparo de supositórios.

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Determinação e uso do fator de densidade e

deslocamento.

Fator de densidade do fármaco: 1,3

Isto significa que:1,3 g do fármaco deslocam 1 g de manteiga de cacau(ocupam o mesmo volume)

1,3 g de fármaco ______ 1 g de manteiga de cacau

1,2 g de fármaco ______ xx = (1,2 x 1 ) / 1,3x = 0,92 g de manteiga de cacau ocupam o

mesmo volume que 1,2 g de fármaco.

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Determinação e uso do fator de densidade edeslocamento. Portanto, para calcular a quantidade de base necessária:

Quantidade de base = (peso final dos 8 comprimidos) –(peso de manteiga de cacau que corresponde, emvolume, a 1,2 g de fármaco)

15,6 g - 0,92 g = 14,68 g de manteiga de cacau.

Formulação para 8 supositórios:fármaco x 1,2 gmanteiga de cacau 14,68 g

Métodos de preparo de supositórios.

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Determinação e uso do fator de densidade e

deslocamento. Determinação do fator de densidade:

O fator de densidade pode ser calculado pelo peso médio dossupositórios preparados com e sem a adição do fármaco –método da dupla fusão.

Ex.:peso médio do supositório preparado com a base = 2,78 gpeso médio do supositório base + fármaco = 2,75 gConsiderando que houve adição de 150 mg de fármaco:

2,75 – 0,15 g = 2,60 g (corresponde à massa de base).

Calcular a quantidade de base que foi deslocada por 0,15 g defármaco:

2,78 – 2,60 = 0,18 g de base deslocada por 0,15 g de fármaco

Métodos de preparo de supositórios.

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Determinação e uso do fator de densidade edeslocamento. Determinar o fator de densidade:

0,15 g de fármaco ______ 0,18 g de basex ______ 1 g de base

x = ( 0,15 g x 1 g ) / 0,18

x = 0,83 g deste fármaco desloca 1 g desta base.

Métodos de preparo de supositórios.

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Supositórios, Óvulos e Velas

Referências bibliográficas

Aulton, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas.2a edição, Artmed Editora, Porto Alegre, 677 p., 2005.

Formulário Nacional - RDC 222/2005. Thompson, J.E. A Practical Guide to Contemporary

Pharmacy Practice, Lippincott Williams & Wilkins; 2ed., 2003.