Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
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AMEBÍASE
Paulo Roberto
Epidemiologia
Cosmopolita;
Mais freqüente na Ásia, América Latina, África;
E. dispar é mais comum que a E. histolytica;
AMEBÍASE é a quarta causa mais freqüente de
morte por protozoários.
Amebas que parasitam o homem
Comensais
– Entamoeba coli
– Entamoeba dispar
– Entamoeba gingivalis
– Endolimax nana
– Iodamoeba butschlii
Amebas que parasitam o homem
Patogênica
– Complexo Entamoeba histolytica/dispar
Patogênicas facultativas ou vida livre
– Acanthamoeba sp
– Naegleria sp
Amebas que parasitam o homem
• Entamoeba coli – Cistos
• Esféricos
• Membrana cistica
• 15 a 20um
• 1 a 8 núcleos
• Corpos cromatóides finos
• Cariossomo excêntrico
Cistos
Amebas que parasitam o homem
Entamoeba coli
–Trofozoíto
–Formato irregular
–Mede 20 a 50 μm
–Citoplasma uniforme
– 1 núcleo
–Cariossomo grande e excêntrico
Endolimax nana
• Cistos – Ovóides,ou elípticos – Membrana cística – 8 a 10um – 4 núcleos – Cariossomo grande e irregular
• Trofozoítos
– 10 a 12um – 1 núcleo – Cariossomo grande e irregular
Iodamoeba butschlii
• Cistos – 10 a 15um
– 1 núcleo
– Cariossomo central e grande
– Vacúolo de glicogênio (proc. Desenv.)
• Trofozoítos – 10 a 15um
– Cariossomo central e grande
Complexo Entamoeba histolytica/ dispar
• Entamoeba histolytica – Cistos
• Esféricos
• 8 a 20 um
• 1 a 4 núcleos
• Cariossomo central
• Corpos cromatóides em forma de bastonete
• Reserva de glicogênio
Complexo Entamoeba histolytica/ dispar
• Trofozoítos não patogênico – 20 a 40 um
– Formato irregular
– 1 núcleo
– Cariossomo central
Complexo Entamoeba histolytica/dispar
Trofozoíto Patogênico
– Mede até 60 um
– Formato irregular
– 1 núcleo
– Cariossomo central
– Fagocita hemácias
Amebíase
• Entamoeba histolytica/dispar
– Importante problema de Saúde Pública
– Anualmente 100.000 óbitos
• Amebíase não invasiva
• Amebíase invasiva
Mecanismo de Transmissão
– Ingestão de cistos maduros
• Água contendo dejetos de fezes
• Alimentos crus
• Manipuladores de alimentos
• Pessoa - a - pessoa
• Vetor mecânico
Ciclo Biológico
• Ciclo biológico=> Monoxênico
– Ciclo não Patogênico=> ( forma não invasiva) • Cistos maduros
• Metacisto (divisão binária)
• Trofozoitos metacistos (comensais)
– Ciclo Patogênico=> (forma invasiva) • Trofozoíto
Ciclo Biológico
Ciclo Patogênico e não Patogênico
Patogênico
Não Patogênico
Cistos
8 trofozoítos
metacistos
Amebíase
Patogenia depende: – Hospedeiro
• Idade • Suscetibilidade • Resposta Imune • Estado Nutricional
– Parasito • Cepa • Proteases • Moléculas de Adesão
cistos
Formas Clínicas da Amebíase Intestinal
Formas Assintomáticas ( 80%)
Formas Sintomáticas
– Colite não disentérica
• 2 a 4 evacuações diarréicas ou não /dia
• Fezes moles ou pastosas
• Não há febre
• Desconforto abdominal
Formas Clínicas da Amebíase Intestinal
Forma Disentérica ( Disenteria amebiana
aguda)
• Diarréia com sangue ou muco,
• Cólicas,
• Febre,
• Tenesmo ( esforço para defecar),
• Perfuração Intestinal,
• Óbito.
Formas Clínicas da Amebíase Intestinal
Amebíase Extra
Intestinal
– Amebíase Hepática
Amebíase em outros
órgãos
– Pulmão
– Cérebro, baço
Diagnóstico Laboratorial • Fezes, soro, exsudato (escarro, vômito,
abcesso hepático)
• Fezes Liquidas - fixadores – SAF (acetato de sódio-ácido acético –formaldeído)
– APV (fixador álcool polivinílico)
• Fezes formadas ou pastosas – MIF (Merthiolate–Iodo–Formol) conservador
– Formol a 10%
– SAF
– Período negativo=> 10 dias
Diagnóstico Laboratorial
– Fezes Líquidas
• Método direto a fresco utilizando salina
–Método direto corado pelo azul de metileno
–Método de coloração pela Tionina
–Método de coloração pelo Triocrômio
–Hematoxilina Férrica
Cistos Trofozoítos
Diagnóstico Laboratorial
–Fezes Formadas ( Cistos)
• Faust e cols. (centrifugação)
• Hoffman Pons e Janer (filtração c/ gaze)
• Ritchie formol-éter (centrifugação)
• Direto
Cistos
Diagnóstico Laboratorial
Imunodiagnóstico (Amebíse Extra-Intestinal)
– Detecção anticorpos
Exames inespecíficos
–Hemograma (leucocitose)
Tratamento
Amebicidas que atuam na luz intestinal;
Amebicidas tissulares;
Amebicidas que atuam na luz intestinal
como nos tecidos.
Tratamento -Amebíase
Forma Intestinal Assintomática
• Teclosan
– 02 comprimidos de 500mg/dia por 7 dias.
• Etofamida
–02 comprimidos de 500mg/dia por 5 dias
Teclosan
Amebicida intestinal
Ação contra cistos e trofozoítos da E.
histolytica
Farmacocinética é desconhecida
Baixa toxicidade
Boa tolerância
Tratamento -Amebíase
• Forma Intestinal Assintomática
• Antibiótico
– Paramomicina -25-35mg, 3 x ao dia durante 7 dias
Tratamento -Amebíase
Forma Intestinal Invasiva
Antiparasitários e antibacterianos
–Metronidazol
• Adultos: 500 a 750 mg/dose 3X /dia => 10 dias
• Crianças: 20 a 40 mg/dia => 10 dias
–Tinidazol
• Adultos: 2 g/dia=> 2 a 5 dias
• Crianças: 50 mg/kh/dia =>10 dias
Tratamento-Amebíase
• Amebíase Extra –Intestinal
–Metronidazol
• Adultos: 500 a 750 mg/dose 3X /dia => 10 dias
• Crianças: 20 a 40 mg/dia => 10 dias
–Tinidazol
• Adultos: 2 g/dia=> 2 a 5 dias
• Crianças: 50 mg/kh/dia =>10 dias
Controle de Cura
Das formas intestinais deve ser feito por meio de pesquisa de cistos e/ou trofozoítos em amostras de fezes coletadas :
7, 14,21,28 dias após o término do tratamento