Aula 8 - Transmissão Colinérgica
-
Upload
rodolfo-rodrigues-zacarias -
Category
Documents
-
view
23 -
download
0
description
Transcript of Aula 8 - Transmissão Colinérgica
TRANSMISSÃO COLINÉRGICAAGENTES PARASSIPATICOMIMÉTICOS E PARASSIMPATICOLÍTICOSFARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
Profa. Ana Yára Serrano Gomes
SÍNTESE DA ACETILCOLINA
Colina acetiltransferase
H3CCO-CoA H3C-N+-CH2CH2OH
CH3
CH3
* acetilcolinesterase: região pré-sináptica, fenda sináptica (ligada a membrana basal)/ * gema do ovo, fígado, amendoim
DESCOBERTA DOS RECEPTORES COLINÉRGICOS
Glândulas supra-renais PA
Após a remoção da Adrenalina PA
Atribuída ao conteúdo de Colina Substância 100.000 vezes mais ativa:
Acetilcolina Em 1914: Dale
Ação muscarínica, abolida pela atropina Ação nicotínica
AMANITA MUSCARIA
ATROPA BELLADONA (SOLANACEAE)
NICOTINIANA TABACO
AGONISTAS DE RECEPTORES COLINÉRGICOS
ACETILCOLINA:
Maior afinidade por receptores muscarínicos PA, FC
Bloqueados pela atropina
Maiores concentrações, efeito em receptores nicotínicos PA – estimulação de gânglios simpáticos RPT, e a secreção de adrenalina
INTERAÇÕES ENTRE OS NERVOS SIMPÁTICOS E PARASSIMPÁTICOS
DIVISÃO DOS RECEPTORES NICOTÍNICOS
Muscular – Junção neuromuscular esquelética Ganglionar – transmissão de gânglios
simpáticos e parassimpáticos SNC – disseminados no cérebro
Receptores acoplados a canais iônicos ou Canais iônicos regulados por ligantes
16 membros diferentes
RECEPTORES NICOTÍNICOS Muscular
Agonista: ACh, CCh, suxametônio Antagonista: Tubocurarina, pancurônio, hexametônio, α-
conotoxina Ganglionar
Agonista: ACh, CCh, nicotina, epibatidina, dimetilfenilpiperazínio (DMPP)
Antagonista: Mecamilamina, trimetafan SNC
Agonista: ACh, CCh, epibatidina, DMPP Antagonista: Mecamilamina, metilaconitina, α-
conotoxina, α-bungarotoxina ( lib ACh)
POTENCIAL DE AÇÃO
Na+
K+
Ca2+
AÇÕES NICOTÍNICAS
Gânglios autônomos Simpáticos e parassimpáticos são estimulados
Músculo esquelético Intra-arterial – espasmo Intra-venosa – rápida hidrólise
DIVISÃO DOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS
Receptores metabotrópicos 5 subtipos M1 (neural e em células parietais, efeitos
excitatórios) M2 (cardíacos, efeitos inibitórios)
M3 (glândulares e músculo liso)
M4 e M5 (SNC)
Numeração ímpar: Gq/11 e PLC β
Numeração par: Gi e Adenilato ciclase
AÇÕES MUSCARÍNICAS
Coração Vasos sangüíneos Músculo liso Glândulas Olho
PILOCARPINA
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
Para todos os muscarínicos Agonistas: ACh, CCh, oxotremorina Antagonistas : Atropina, dicicloverina,
tolterodina, oxibutinina, ipratrópio, hioscina
Algumas toxinas da mamba verde (agonista de receptor muscarínico)
AGENTES COLINOMIMÉTICOS OU PARASSIMPATICOMIMÉTICOS OU DROGAS COLINÉRGICAS
Ésteres de colina Acetilcolina (Ach), metacolina, carbacol (CCh),
betanecol
Alcalóides Muscarina, pilocarpina, arecolina
PRINCIPAIS MECANISMOS DE BLOQUEIO FARMACOLÓGICO
Inibição da captação da colina
Inibição da liberação de ACh
Bloqueio dos receptores pós-sinápticos ou dos canais iônicos
Despolarização pós-sináptica persistente
EFEITOS DE FÁRMACOS SOBRE A TRANSMISSÃO COLINÉRGICA Fármacos que afetam os receptores muscarínicos
Agonistas muscarínicos Antagonistas muscarínicos
Fármacos que afetam os gânglios Estimulantes ganglionares Bloqueadores ganglionares
Fármacos que bloqueiam a transmissão neuromuscular Não-despolarizantes Depolarizantes Inibidores da síntese ou da liberação da ACh
Fármacos que intensificam a transmissão colinérgica Inibidores da colisterase Estimulantes da liberação de ACh
AGONISTAS MUSCARÍNICOS
Parassimpaticomiméticos Maior potência em receptores muscarínicos Utilizados clinicamente:
Betanecol (resistente a AChE) Pilocarpina (agonista parcial)
Utilizados na farmacologia básica: Carbacol e metacolina
AGONISTAS MUSCARÍNICOS
EFEITOS DOS AGONISTAS MUSCARÍNICOS
Efeitos cardiovasculares Músculo liso Sudorese, lacrimejamento, salivação e secreção
brônquica Efeitos sobre o olho Efeitos centrais – atravessam a barreira
HE/demência Usos Clínicos
Glaucoma – pilocarpina Ajudar no esvaziamento da bexiga e estimular a motilidade
gastrintestinal - betanecol
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Parassimpaticolíticos Antagonistas competitivos Compostos de ocorrência natural
Atropina (Atropa belladona) Hioscina (Datura stramonium)
Lipossolúveis (intestino, conjuntiva e barreira HE)
Alguns outros Metonitrato de atropina Ipratrópio (inalação-brocodilatador) Ciclopentolato e tropicamida Pirenzepina Oxibutina e tolderodina
EFEITOS DOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Efeitos semelhantes e seletividade distinta Atropina:
Inibição das secreções Efeitos sobre a freqüência cardíaca Efeitos sobre o olho Efeitos sobre o trato gastrintestinal Efeitos sobre outros músculos lisos
Impede a broncoconstricção na anestesia Efeitos sobre o SNC
Efeitos tóxicos da atropina (irritabilidade, hiperatividade, hipertermia)
Fisostigmina – anticolinesterásico Hioscina – antiemético (cinetose) Rigidez no Parkinson
FÁRMACOS QUE AFETAM OS GÂNGLIOS
Estimulantes ganglionares – agonistas nicotínicos
Bloqueadores ganglionares Toxina botulínica e hemicolíneo Despolarização prolongada (Agonista) Antagonista (bloqueio da transmissão)
Trimetafan – antes de procedimentos anestésicos
FÁRMACOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
Clínico: Adjuvante da anestesia, ventilação artificial necessária
Pré-sináptico: inibe a síntese ou liberação da Ach Hemicolínio, - captação toxina botulínica – liberação
Pós-sináptico: Agentes bloqueadores não-despolarizantes Agentes bloqueadores despolarizantes –
agonistas de receptores colinérgicos
Curare: 1856 – Claude Bernard Tubocurarina Pancurônio, vecurônio, atracúrio Galamina Não são absorvidas pelo trato GI São rapidamente eliminadas Não atravessa a placenta
Mecanismo Efeito Via de administração
AGENTES BLOQUEADORES NÃO DESPOLARIZANTES
AGENTES BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES
1954 – Paton & Zaimis Decametônio Forte espasmo antes de causar bloqueio Despolarização persistente na região da placa
motora da fibra muscular Perda da excitabilidade – “bloqueio por
despolarização” Suxametônio e decametônio Receptores nicotínicos excitatórios – ativação persistente
por agonistas Inativação dos VOCs de Na+
COMPARAÇÃO ENTRE OS BLOQUEADORES
Bloqueio não despolarizante É reversível por agentes anticolinesterásicos
Bloqueio despolarizantes Produz fasciculações iniciais Dor muscular pós-operatória, freqüentemente Não é reversível por agentes anticolinesterásicos
AGENTES ANTICOLINESTERÁSICOS
Reversíveis Carbamatos
Fisostigmina, neostigmina, piridostigmina, edrofônio, rivastigmina, donepezil
Acridina Tacrina
Irreversíveis Organofosforados
Diflos (DFP), ecotiofato, parathion*, malathion*, diazinon*, tabun**, sarin**, soman**
Carbamatos Carbaril*, proporxur*