Aula 04a

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    1. Diferencial de salrios compensatrio

    Antes de juntarmos tudo que aprendemos de oferta e demanda por trabalho, encontrando o equilbrio de mercado, precisamos falar mais sobre as condies de trabalho possveis.

    Veja, at agora no havia diferenas entre os diversos tipos de trabalho oferecidos em uma economia. Como todos os empregos eram iguais, a nica coisa que atraia o trabalhador era o salrio, tal como o modelo da aula 03.

    Entretanto, no mundo real, os trabalhos oferecidos so diferentes, alguns so sujeitos a mais riscos do que outros, alguns pagam mais do que outros e por a vai. 1HVWH FDVR D XWLOLGDGH GH QRVVRV WUDEDOKDGRUHV QmR GHSHQGHULD VRPHQWH GHaspectos financeiros, mas de aspectos no financeiros ligados ocupao oferecida.

    Assim, o nosso trabalhador ir ponderar se assume ou no um trabalho em funo GDVYDQWDJHQVHGHVYDQWDJHQVGRHPSUHJRToda a ideia do nosso modelo se EDVHLDQRIDWRGHTXHVHULDSRVVtYHOFRPSHQVDURWUDEDOKDGRUFRPJDQKRVfinanceiros por um ambientHGHWUDEDOKRGHVDJUDGiYHO

    No entendeu? Vamos comparar 2 empregos: minerador de carvo e atendente.

    Se os salrios destas duas funes fossem iguais, o que voc acha que aconteceria? bvio que quase todas as pessoas iriam preferir o trabalho de atendente, afinal esse trabalho bem mais seguro e possui um ambiente de trabalho bem mais agradvel do que a mina de carvo. Assim, todas as pessoas, ou quase todas, iriam ser atendentes, no restando ningum para trabalhar na mina de carvo.

    O nosso estudo de oferta e demanda da aula 00 nos diz o que iria acontecer com a oferta (O) e demanda (D) no mercado de trabalhadores de mina de carvo.

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    Mas, para que nossas concluses sejam vlidas, algumas hipteses adicionais (alm de estarmos trabalhando com indivduos comparveis) so necessrias:

    1) Os trabalhadores maximizam utilidade e no somente a renda.

    Neste caso nossos agentes em estudo no se preocupam s com o salrio,mas com as condies de trabalho.

    2) Trabalhador tem informao perfeita sobre as diferenas de condies de emprego e salrio entre os diferentes trabalhos na economia.

    Para que o trabalhador possa decidir entre os diferentes trabalhos, temos que supor que ele tenha informao sobre as diferenas entre os diversos trabalhos.

    3) O trabalhador tem perfeita mobilidade entre trabalhos.

    Ou seja, estamos desconsiderando a possibilidade de que o trabalhador precise ficar atrelado a um trabalho por motivos como distncia, contrato, etc.

    Toda essa discusso nos faz perceber que este DSC tem papel importante no nvel de trabalhadores e empresas, como em nvel social.

    O DSC importante para que as empresas com piores condies de trabalho consigam ter os trabalhadores necessrios e manter sua produo. Veja, por mais que uma mina de carvo trabalhe na melhoria de suas condies, essas nunca sero to boas quanto um escritrio bem equipado. Assim, caso no existisse essa diferena, as empresas no conseguiriam produzir este bem.

    Isso repercute em nvel social tambm, pois a sociedade precisa de muitos bens que so produzidos em condies ruins, portanto, o DSC seria um garantidor de que estes continuariam a ser produzidos.

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    aumento de salrios. Conforme o salrio aumenta, mais trabalhadores iro querer colocar sua mo de obra disposio das empresas, fazendo com que o mercado se movimente at o novo ponto de equilbrio!

    Qual o nico ponto em que no h estmulos para mudana, coeteris paribus? Exatamente, o ponto em que o salrio igual a R$ 30 e h 20 empregados contratados. Este o equilbrio da empresa e trabalhador ou equilbrio competitivo.

    Neste ponto, precisamos discutir um ponto importante: a mobilidade, informao perfeita e racionalidade dos trabalhadores, ou seja, os pressupostos da teoria neoclssica de mercado de trabalho. Ns j falamos que a escola neoclssica a responsvel pela teoria de mercado de trabalho que estamos estudando. Mas, toda essa teoria se baseia em algumas hipteses:

    1) Os trabalhadores so racionais no sentido de que sempre estaro dispostos a maximizar sua utilidade;

    2) Os trabalhadores tm informao perfeita ou seja, eles conhecem o mercado de trabalho com a palma da mo e sabem se um emprego remunera mais ou fornece melhores condies de trabalho que outro;

    3) Os empregados tm perfeita mobilidade entre empresas no h contratos impeditivos, distncia, ou qualquer outro fator que influencie em suas decises alm de salrio (ns j vimos que isso no verdade pela teoria do diferencial de salrio compensatrio, mas, por hora, assumiremos que as condies de trabalho em todas as empresas so iguais).

    Essas hipteses garantem o funcionamento de mercado que nossa teoria est prevendo.

    Este equilbrio de mercado competitivo tido pela teoria como eficiente, pois maximiza os ganhos de troca.

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    Assim, como ns sabemos da aula 02 que, mantidos os outros fatores de produo constantes (algo semelhante ao curto prazo), a empresa ir contratar at o ponto em que: ?

    Neste ponto h uma maximizao do excedente do produtor, que, no equilbrio de mercado sem interferncias, dado pela rea A, acima descrita. Existe correspondncia entre este conceito e o conceito de lucro, mas no vamos adentrar nisso para sua prova.

    Entenderam o que o excedente do produtor? a diferena entre o que ele est JDQKDQGRFRPDSURGXomRGHXPDGHWHUPLQDGDTXDQWLGDGHGHEHQVILQDLVHRTXHHOHHVWiSDJDQGRSDUDSURGX]L-las.

    Olhe no grfico. No ponto H, a empresa estaria disposta a pagar R$ 40 pela 10 unidade de trabalho, mas s est pagando o salrio de mercado, que de R$ 20. Portanto, h um excedente de produo neste ponto, que dado pelo trapzio marcado pela linha vermelha. Este excedente ocorrer para todas as contrataes cujo custo (leia-se, salrio de mercado) seja inferior ao valor de seu produto marginal. Assim, at o equilbrio, onde o custo igual ao ganho, ser gerado um excedente dado pelo tringulo A, que representa a soma dos ganhos obtidos com cada unidade produzida.

    E o trabalhador?

    Ns sabemos da aula 03, que o trabalhador ir ofertar trabalho at o ponto em que:

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    Ou seja, devido ao fato de as empresas serem pequenas demais com relao ao tamanho do mercado de trabalho, elas no teriam capacidade de influenciar o salrio de mercado, podendo contratar a mo de obra que desejassem ao salrio (w*).

    Vocs esto entendendo que esta curva de oferta agregada de mo de obra em um mercado competitivo de fatores o somatrio de todas as ofertas de trabalhadores individuais? As curvas de ofertas de trabalhadores so daquele jeito que mostramos na aula 03, positivamente inclinadas. Mas, neste caso, h infinitos trabalhadores ofertando mo de obra para infinitas empresas, de forma que o formato deste PHUFDGRFRPRXPWRGRJDQKHDIRUPDGHXPPHUFDGmR

    O mesmo vale para a demanda de mercado pelo produto final de uma empresa em mercado competitivo, que seria o somatrio de todas as demandas dos consumidores considerados individualmente.

    E como seria uma empresa que no se comportasse dessa forma?

    3. Mercados No Competitivos

    At agora falamos do equilbrio de mercado competitivo, mas muitas coisas podem perturbar o equilbrio e impedir a eficincia. Vrios casos sero discutidos ao longo do curso, mas, agora iremos tratar dos casos do Monoplio e do Monopsnio.

    3.1 Monoplio

    -2TXHpXPPRQRSyOLRSURIHVVRU"

    0RQRSyOLR p R FDVR GH XP ~QLFR YHQGHGRU GH XP EHP 2X VHMD Vy Ki XPDempresa que fornece um determinado bem final, a empresa monopolista. J ouviram falar dos processos anti-monoplio que so feitos contra a Microsoft? (QWmR D LGHLD p TXH D 0LFURVRIW IRUQHFH XP EHP ~QLFR TXH QmR Sode ser diretamente substitudo por outros, gerando um monoplio.

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    reduzir o preo de seu produto se quiser aumentar a sua participao no mercado. Neste caso, fcil ver que a Receita Marginal decrescente!

    E como a Receita Marginal? Ela no o acrscimo de receita decorrente da venda de uma unidade adicional de produto? Ento, no caso do mercado competitivo, ela : O que isso est te dizendo? Est te falando que, quando uma empresa competitiva produz uma unidade adicional, ela poder obter o preo de mercado (p*) com sua venda, independentemente da quantidade j produzida.

    E o monopolista? Neste caso: Ou seja, a receita marginal ser funo da quantidade produzida. Isso porque, quanto mais o monopolista produzir, menor o preo que ele poder obter por cada unidade produzida.

    E como podemos calcular a RMg?

    Simples! Pela derivada da funo que expressa a Receita Total! Isso meio que bvio, pois ns vimos que a receita marginal a variao na receita total decorrente da produo de uma unidade adicional de um bem final. Ento a derivada da Receita Total com relao quantidade produzida o quanto variar a receita total quando a quantidade produzida variar em uma unidade. Veja que os conceitos so iguais!

    $UHFHLWDWRWDOSRGHVHUREWLGDSHODH[SUHVVmRSUHoRYH]HVTXDQWLGDGH$PERVVmRvariveis no monoplio, ento voc pode escolher em termos de qual voc ir expressar a receita total. Vamos trabalhar com a receita total () em funo das quantidades produzidas, o que gera: ? ?

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    O que lucro? Lucro igual a receitas menos custos. Ns j vimos como a funo receita total de uma empresa competitiva e de um monopolista, ento, se conhecermos sua funo Custo Total, que nos mostra como o custo varia com a quantidade produzida, teremos a funo lucro.

    Vamos supor que estamos no curto prazo, sendo que o nico fator de produo que pode variar o trabalho!

    Como seria a funo Custo Total de uma empresa competitiva? Seria uma funo TXH PRVWUDULD R TXDQWR D HPSUHVD JDVWD SDUD SURGX]LU 1R FDVR GD HPSUHVDcompetitiva, que se defronta com um mercado competitivo de fatores de produo, seu custo total (CT) seria: ? Veja, o custo total ser funo da quantidade de trabalho que a empresa contrata () multiplicada pelo salrio de mercado (), que fixo.

    Esta expresso est nos dizendo algo importante: no importa quanto trabalho a empresa contrate, o salrio de mercado ser constante e dado por . Essa a caracterstica de uma empresa competitiva no mercado de fatores, pequena demais com relao ao tamanho do mercado para influenciar o salrio de mercado, ou seja, trata-se de uma tomadora de salrios.

    exatamente o mesmo caso da empresa tomadora de preos, conforme j discutimos, s que no mercado de fatores. O que ocorre uma falta de poder de mercado para influir no preo que ela ir pagar por uma unidade adicional de trabalho, assim, no importa quanto trabalho ela contrate, a sua demanda ser pequena demais com relao ao tamanho de mercado para alterar o salrio de equilbrio.

    Assim, a funo lucro (), que uma empresa competitiva visa maximizar dada por: ? ?

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    O que ocorre se, em um determinado ponto de produo, a receita marginal for maior do que o custo marginal? Neste caso, a produo de uma unidade adicional ir gerar mais receita do que custos, pois a receita marginal decorrente desta unidade produzida ser maior do que seu respectivo custo marginal. Portanto, vale a pena aumentar a produo e ter este lucro adicional decorrente da produo desta unidade adicional.

    E se em um determinado ponto de produo, a receita marginal for inferior ao custo marginal? Neste caso, a produo de uma unidade adicional ir gerar mais custos do que receitas. Portanto, vale a pena reduzir a produo e diminuir os prejuzos que esta produo em excesso est gerando.

    Qual o nico ponto em que no d para melhorar de situao? isso a, quando a receita marginal for igual ao custo marginal. Neste ponto, no haver como gerar mais ganhos para a empresa, pois ela estar obtendo o maior lucro possvel.

    Essa condio para a empresa competitiva, sem fazer qualquer considerao sobre o mercado de fatores, fica assim: Ou seja, a empresa competitiva tem de ter o seu custo marginal igual ao preo de mercado.

    E o monopolista? ? Entenderam? A condio de igualdade entre custo marginal e receita marginal vale sempre e para qualquer mercado! uma simples questo de racionalidade econmica. Esta relao ir definir qual a quantidade (ou preo, a depender como voc ir arrumar a equao) que maximiza o lucro da empresa.

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    Esta condio de igualdade entre receita marginal e custo marginal serve, LQFOXVLYHSDUDH[SOLFDUQRVVRPDQWUDTXHGHWHUPLQDDGHPDQGDGHWUDEDOKRpela empresa competitiva e pelo monoplio.

    Veja, qual o custo marginal de contratao de um trabalhador adicional? Ora, esse dado por: Pense um pouco. Se o produto marginal de um trabalhador de 10 unidades de produto final e o seu salrio de R$ 20, o custo marginal de produo de uma unidade adicional de produto ser de R$ 2 (20 dividido por 10).

    E qual a receita marginal decorrente da contratao de um trabalhador adicional? Se for uma empresa competitiva, ser o preo de mercado, enquanto que se for o monoplio ser a receita marginal relativa produo que ele decidiu produzir.

    Assim, no caso da empresa competitiva: E no caso do monoplio: ? Viram? O nosso dogma de escolha maximizadora serve para derivar, inclusive, a quantidade tima de trabalhadores que ser demandada pela empresa.

    Ou seja, guarde essa relao, pois ela explica a maior parte das escolhas na economia.

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    3.2 Monopsnio

    Ns no falamos do monoplio, nico produtor? Agora vamos falar do monopsnio, nico comprador de um bem em um mercado. Neste caso, iremos pressupor que a empresa monopsonista no mercado de trabalho e vende seus produtos em um mercado competitivo. Qual a mudana com relao nossa anlise de mercado competitivo anterior?

    O monopsonista no pode FRPSUDUTXDQWRWUDEDOKRTXLVHUDRVDOiULRGHPHUFDGRPor que? Pelo fato de ele ser o nico comprador, o mesmo s conseguir atrair mais mo de obra com maiores salrios.

    Imagine um nico hospital em uma cidade pequena. Qual a nica forma de este estabelecimento conseguir atrair mais enfermeiros para trabalhar? Logo de cara alguns enfermeiros iro querer, mas eles no sero o suficiente. H alguns que podem atuar na rea, mas esto tranquilos em casa, ou esto visando uma nova carreira como AFT, ou outras possibilidades. Como fazer estas pessoas mudarem de ideia?

    Exatamente: pagando mais! Quando voc o nico comprador, voc influencia o preo de mercado e, no caso do mercado de trabalho, ele ser um fixador de salrios! A depender de sua demanda, o salrio de mercado ser diferente. Assim, a curva de oferta de trabalho de mercado com a qual este mercado se defronta :

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    4. Rendimentos de Escala

    Pessoal, j que estamos falando de monoplio, acho importante tratarmos do assunto Rendimentos de Escala. Isso uma coisa que pode gerar monoplios!

    Olha, ns falamos da lei dos rendimentos marginais decrescentes, que implica uma produtividade decrescente dos fatores de produo acrescidos no processo, mantido tudo mais constante. Mas, essa a palavra chave, tudo mais constante.

    E se voc alterar a quantidade dos insumos utilizados todos ao mesmo tempo? Ou seja, o que ocorre se voc dobrar a quantidade a quantidade de capital e trabalho usados no processo ao mesmo tempo?

    Isso define que tipo de rendimento de escala uma tecnologia tem. Veja, se voc multiplicar a TXDQWLGDGHGHLQVXPRVHPXPSURFHVVRSURGXWLYRSRUXPQ~PHUR[qualquer (tal como 2, 3, 4, etc), podem acontecer 3 (trs) coisas com o total de produto final da empresa:

    1) O produto final pode aumentar mais do que x. Este o caso de rendimentos crescentes de escala. Por exemplo, se voc dobrar a quantidade de ambos os insumos utilizados, a produo ir mais do que dobrar se a tecnologia tiver rendimentos crescentes de escala. Analiticamente: ? ? ? ? Sendo o valor de sua produo. Isso algo que pode gerar um monoplio! Se uma empresa tem uma tecnologia desta e as outra no, ela pode acabar expulsando as demais do mercado.

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    Exerccio 1

    (AFT/MTE ESAF/2003) Suponha que a utilidade de um indivduo possa ser representada por U = R*Hlazer, onde R a renda e Hlazer as horas de lazer. Alm disso, sabemos que esse indivduo divide as horas totais de seu dia entre horas de trabalho e horas de lazer (Htrabalho + Hlazer = 24) e que sua renda est determinada pela taxa nominal de remunerao por horas trabalhadas (W) vezes o nmero de horas trabalhadas (R = W*Htrabalho). Assim, a curva de oferta de mo-de-obra desse indivduo poder ser expressa por:

    a) Htrabalho = 12 W b) Htrabalho = 24 W c) Htrabalho = 24 d) Htrabalho = 12 e) Htrabalho = 12 + W

    Resoluo

    Gente, para encontrarmos a curva de oferta de trabalho, precisamos maximizar a funo de utilidade em funo das horas a serem despendidas e da renda a ser obtida no trabalho. Quando voc vir alguma coisa assim, primeira coisa que voc vai pensar em substituir as variveis relevantes da oferta de trabalho na funo de utilidade do trabalhador. Mesma coisa vale para a demanda por trabalho.

    Lembre-se que os trabalhadores visam a maximizao da utilidade e as empresas a maximizao do lucro. A banca vai te dar algumas informaes. Avalie qual delas tem relao com o que est sendo pedido na questo e substitua os valores.

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    Vamos l:

    ? Ns sabemos que:

    1) ?, portanto ?

    2) ?

    Agora substitua estes dois valores na funo utilidade: ? ? ? ? Multiplicando cruzado temos: ? ? ? ? ? ? ? ? ? Veja, ns queremos encontrar o valor de horas de trabalho que maximiza a utilidade. Como fazemos isso? Derive em funo das horas trabalhadas e iguale a zero. Para facilitar o entendimento, chame as horas de trabalho de x: ? ? ? ? ?

    Derivando em funo de x e igualando o resultado a zero: ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Esta a resposta. Alternativa (d).

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    Exerccio 2

    (AFT/MTE ESAF/2003) Uma determinada empresa monopolista para uma nova patente de produtos farmacuticos. Se a demanda por esses produtos for P = 25 2Q, e a funo de produo a curto prazo for Q = 4L (Q representa a quantidade produzida ou vendida e L a quantidade de mo-de-obra), a demanda de trabalho dessa empresa poder ser expressa pela seguinte equao (W representa o salrio nominal): a) W = 100 4L b) W = 100 64L c) W = 25 4L d) W = 25 8L e) W = 100 8L

    Resoluo

    Gente, vamos nos basear na relao que mostrei a vocs: Assim, para o caso do monopolista: Ento precisamos encontrar os valores para o produto marginal do trabalho e para a receita marginal.

    O produto marginal do trabalho fcil, bastando derivar a funo de produo com relao quantidade de mo de obra (L): ?

    Assim:

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    Agora a receita marginal ser encontrada por meio da curva de demanda dada no enunciado: ? ? ? Multiplicando esta funo pela quantidade produzida, encontraremos a funo receita total em funo da quantidade: ? ? ? ? ? ? Derivando com relao quantidade produzida encontramos a receita marginal: ? ? ? Agora, vamos substituir a quantidade produzida pela funo de produo nesta expresso da receita marginal, com vistas a deixar tudo em funo da quantidade de trabalho demandada: ? ? ? ? ? Agora basta substituir na nossa expresso original: ? ? ? Isolando o salrio nominal temos: Alternativa (b).

    (SESPA CESPE/2004) A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econmicos e, por essa razo, constitui um slido fundamento anlise dos agregados econmicos. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.

    Exerccio 3

    No equilbrio, a firma que opera em um mercado competitivo maximiza seus lucros quando fixa o preo de seu produto em um valor igual receita marginal.

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    Resoluo

    Perfeito. Ns j vimos que, no caso da empresa competitiva, ela ter sua receita marginal igual ao preo de mercado. Lembrem-VH GR PHUFDGmR $ HPSUHVD ppequena, no tendo influncia no preo de mercado. Item correto.

    Exerccio 4

    Se a necessidade de melhor equipar os hospitais pblicos, em termos tecnolgicos, levar expanso do emprego de pessoal qualificado (mdicos e tcnicos), ento, na funo de produo desses servios hospitalares, o trabalho especializado e os equipamentos so considerados bens complementares.

    Resoluo

    isso mesmo! Se, o equipamento novo e moderno de hospitais demanda pessoal mais qualificado para oper-los significa que um fator de produo depende de outro para ter efeitos em termos de quantidade produzida final, no caso, servios mdicos. Esse o caso de bens que tem de ser consumidos juntos, a saber, complementares. Correta.

    Exerccio 5

    As isoquantas, que mostram as diferentes combinaes fatoriais que asseguram lucros idnticos, no podem se cruzar.

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    Resoluo

    Voc pegou a pegadinha? Realmente as isoquantas no podem cruzar, de acordo com as propriedades que estudamos na aula 02, mas elas no mostram combinaes que geram mesmo lucro, mas combinaes que geram a mesma quantidade de produo. Alternativa errada.

    (FUNCAP/PA CESPE/2004) A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econmicos e, por essa razo, constitui um slido fundamento anlise dos agregados econmicos. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.

    Exerccio 6

    Durante as crises do petrleo na dcada de 70 do sculo XX, a elevao dos preos, orquestrada pelo cartel da OPEP, estimulou a produo de substitutos para esse mineral, contribuindo, assim, para expandir a elasticidade-preo da demanda desse produto.

    Resoluo

    Alternativa correta. Lembrem-se das caractersticas da elasticidade. Se um determinado bem tem muitos substitutos prximos, sua elasticidade-preo da demanda ser maior, pois o consumidor ter mais opes para trocar seu consumo por outro no caso de um aumento de preo.

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    (Economia da Sade CESPE/2008) Analise as alternativas.

    Exerccio 7

    Nos mercados competitivos, quando o preo de mercado for superior ao custo unitrio de produo, ento as firmas que atuam nesses mercados elevaro seus nveis de produo, no intuito de maximizarem seus lucros.

    Resoluo

    Alternativa errada. No mercado competitivo, a empresa ir aumentar a quantidade produzida quando o preo de mercado for superior ao custo marginal de produo, e no o custo unitrio. Cuidado com a pegadinha!

    Exerccio 8

    O fato de as academias de ginstica geralmente cobrarem preos mais baixos para os horrios em que h baixa freqncia de usurios explica-se porque a demanda, nesses horrios, mais inelstica.

    Resoluo

    Alternativa errada. As academias fazem isso porque a demanda nesses horrios mais elstica. Assim, uma reduo de preo ter impacto significativo na demanda pelos seus servios.

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    Exerccio 9

    A descoberta de que ingerir peixes de gua fria, como truta, atum ou salmo, no mnimo uma vez por semana, contribui para a preveno de doenas coronrias e ataques cardacos eleva a demanda desse tipo de peixes, deslocando, assim, a curva de demanda de mercado desses pescados para cima e para a direita.

    Resoluo

    Alternativa correta. Este evento faz com que, para um dado preo, as pessoas queiram consumir mais desse produto, deslocando a curva de demanda para fora (leia-se para cima e para a direita). Isso pode ser visto no estudo que fizemos na aula 00.

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    Questes Propostas

    Exerccio 1

    (AFT/MTE ESAF/2003) Suponha que a utilidade de um indivduo possa ser representada por U = R*Hlazer, onde R a renda e Hlazer as horas de lazer. Alm disso, sabemos que esse indivduo divide as horas totais de seu dia entre horas de trabalho e horas de lazer (Htrabalho + Hlazer = 24) e que sua renda est determinada pela taxa nominal de remunerao por horas trabalhadas (W) vezes o nmero de horas trabalhadas (R = W*Htrabalho). Assim, a curva de oferta de mo-de-obra desse indivduo poder ser expressa por:

    a) Htrabalho = 12 W b) Htrabalho = 24 W c) Htrabalho = 24 d) Htrabalho = 12 e) Htrabalho = 12 + W

    Exerccio 2

    (AFT/MTE ESAF/2003) Uma determinada empresa monopolista para uma nova patente de produtos farmacuticos. Se a demanda por esses produtos for P = 25 2Q, e a funo de produo a curto prazo for Q = 4L (Q representa a quantidade produzida ou vendida e L a quantidade de mo-de-obra), a demanda de trabalho dessa empresa poder ser expressa pela seguinte equao (W representa o salrio nominal): a) W = 100 4L b) W = 100 64L c) W = 25 4L d) W = 25 8L e) W = 100 8L

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    (SESPA CESPE/2004) A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econmicos e, por essa razo, constitui um slido fundamento anlise dos agregados econmicos. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.

    Exerccio 3

    No equilbrio, a firma que opera em um mercado competitivo maximiza seus lucros quando fixa o preo de seu produto em um valor igual receita marginal.

    Exerccio 4

    Se a necessidade de melhor equipar os hospitais pblicos, em termos tecnolgicos, levar expanso do emprego de pessoal qualificado (mdicos e tcnicos), ento, na funo de produo desses servios hospitalares, o trabalho especializado e os equipamentos so considerados bens complementares.

    Exerccio 5

    As isoquantas, que mostram as diferentes combinaes fatoriais que asseguram lucros idnticos, no podem se cruzar.

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    (FUNCAP/PA CESPE/2004) A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econmicos e, por essa razo, constitui um slido fundamento anlise dos agregados econmicos. Acerca desse assunto, julgue os itens seguintes.

    Exerccio 6

    Durante as crises do petrleo na dcada de 70 do sculo XX, a elevao dos preos, orquestrada pelo cartel da OPEP, estimulou a produo de substitutos para esse mineral, contribuindo, assim, para expandir a elasticidade-preo da demanda desse produto.

    (Economia da Sade CESPE/2008) Analise as alternativas.

    Exerccio 7

    Nos mercados competitivos, quando o preo de mercado for superior ao custo unitrio de produo, ento as firmas que atuam nesses mercados elevaro seus nveis de produo, no intuito de maximizarem seus lucros.

    Exerccio 8

    O fato de as academias de ginstica geralmente cobrarem preos mais baixos para os horrios em que h baixa freqncia de usurios explica-se porque a demanda, nesses horrios, mais inelstica.

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    Exerccio 9

    A descoberta de que ingerir peixes de gua fria, como truta, atum ou salmo, no mnimo uma vez por semana, contribui para a preveno de doenas coronrias e ataques cardacos eleva a demanda desse tipo de peixes, deslocando, assim, a curva de demanda de mercado desses pescados para cima e para a direita.

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    1 d 2 b 3 V 4 V 5 F 6 V 7 F 8 F 9 V

    isso a! Foi uma aula muito difcil! Leia duas vezes! Na prxima aula darei mais questes para vocs, pois j peguei muito pesado com vocs na teoria e dei poucas questes. No se preocupe, a resoluo das questes do ltimo concurso sero dadas nas aulas 06 e 07, pois, diferentemente de alguns comentrios das questes TXH HX YL SRU Dt YRFrV SUHFLVDP GRV FRQKHFLPHQWRV GRV WySLFRV GHVHPSUHJRVDOiULR-HILFLrQFLDHVLQGLFDWRVSDUDUHVROYr-las.

    Um abrao e mandem dvidas

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