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ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from which this microfiche was made was found to contain Borne imperfections that reduce full comprehension or some of the text despite the good technical quality of the microfiche itself. The failures may be: - missing or illegible pages/figures; - wrong pagination; - poor overall printing quality, etc... We normally refuse to microfiche such a document and request a replacement document (or page) from the national INIS Centre concerned. However, our experience shows that many months pass before such documents are replaced. Sometimes the Centre is not able to supply a better copy or, in some cases, the pages that were supposed to be missing correspond to a wrong pagination only. We feel that it is better to proceed with distributing the microfiche made of these documents than to withhold them till the imperfections are removed. If the removals are subsequently made then replacement microfiche can be issued. In line with this approach then, our specific practice for microfiching such documents is as follows: 1. A microfiche of an imperfect document will be marked with a special symbol (black circle) on the left of the title. This symbol will appear on all masters and copies of the document (1st fiche and trailer fiches) even if the imperfection is on one fiche of the report only. 2. If the incorrectnesses are not too general the reason will be specified on a sheet such as this, in the space below. 3. The microfiche will be considered as temporary, but sold at the normal price. Replacements, if they can be issued, will be available for purchase at the regular price. 4. A new document will be requested from the supplying Centre. ;>. If the Centre can supply the necessary pages/document a new master fiche will be made to permit production of any replacement microfiche that may be required. The original document from which this microfiche has been prepared has these imperfections: p^ ^missing pages/figMjes numbered: "*»' ^* ^ * g p a p s m g wrong pagination poor overall printing quality combinations of the above other INIS Clearinghouse A* A * J£* P.O. Box 100 A-1400, VIENNA AUSTRIA

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ATTENTION MICROFICHE USER,

The original document from which this microfiche was made was found to contain Borne imperfections that reduce full comprehension or some of the text despite the good technical quality of the microfiche itself. The failures may be:

- missing or illegible pages/figures; - wrong pagination; - poor overall printing quality, e tc . . .

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1. A microfiche of an imperfect document will be marked with a special symbol (black circle) on the left of the title. This symbol will appear on all masters and copies of the document (1st fiche and trailer fiches) even if the imperfection is on one fiche of the report only.

2. If the incorrectnesses are not too general the reason will be specified on a sheet such as this, in the space below.

3. The microfiche will be considered as temporary, but sold at the normal price. Replacements, if they can be issued, will be available for purchase at the regular price.

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DIRETOR JOHN MILNE ALBUQUERQUE FORMAM

SUPERINTENDÊNCIA GERAL DE ENGENHARIA MINERAL

SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA

PROJETO LAGOA REAL

ESTUDO PRELIMINAR DE LAVRA

ANOMALIA N9 03

A u t o r e s : SANDOVAL CARNEIRO DE ALMEIDA

ALDO FERREIRA LCPES FILHO

FIRMINO MORAES SANT'AMA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE LAVRA

AGOSTO/81

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RESUMO

O projeto Lagoa Real encontra-se em fase intensiva de pesquisa

pela SUPPM de suas diversas anomalias. A An-03 j í tem realizada uma ma­

lha de sondagens de vulto adequado para s e r v i r de base aos trabalhos de

traçagem de uma mina, 0 presente estudo se rá , necessariamente, seguido

pelos estudes de reservas e otimização da ASAV.PM, nos quais se apoiara

o projeto f in* l da lavra.

0 estudo apresentado aborda fatores técnico-econômicos, em ní­

vel preliminar, visando a produção de 500t de U^Og/ano nos corpos que

compõem a An-03, estabelecendo nétodos, quantidades, equipamentos e pes­

soal requerido, no estágio atual das informações existentes. Como resul

tado, foram obtidos um custo operacional de Cr$ 593,00/t de ROM extraído,

britado e transportado até a unidade industrial e uma estimativa dos in­

vestimentos totalizando Cr$ 1.279,10 x 10 , base junho/81. Esses valo­

res são compatTveis com níveis de empreendimentos semelhantes para lavra

de jazidas subverticais e para produção em "Corte e Enchimento", ao ritmo

de 1.500t/dia de minério. - - .-- - -r

i . '

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ÍNDICE PG.

I INTRODUÇÃO 01

II DESCRIÇÃO GERAL DA AREA 07

1 . Descrição Geográfica 07

. Localização 07

. Acesso 07

2. Geografia Física 09

3. Dados Geoeconõmicos 10

4. Geologia 12

. Geologia Regional 12

. Geologia Local 13

III RESERVAS EM URÂNIO 18

IV MINERAÇÃO 20

1 . Método de Lavra 20

1.1 Lavra Mixta 20

1.2 Lavra Subterrânea 30

1.3 0 Método de Lavra por "Corte e Enchimento" 33

2. De ter mi nação de taxa de produção 35

3. Trabalhos de Preparação para a Lavra 36

4. Lavra do Minério 41

5. Estimativa do Custo Operacional da Mina da An-03 47

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1 . Custos Diretos 47

2. Custos Indiretos 49

3. Custo Operacional Final 49

4. Preparação e Manuseio do Minério 50

CONCLUSÕES 53

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1

I - INTRODUÇÃO

Os trabalhos de pesquisa, que vêm sendo realizados na An-03 de

Lagoa Real pelo EBHO.PM, j ã se encontram em estagio muito avançado de »xe

cução. Compreendem sondagens, amostragens,análises, mapas, perfis e ava­

liação de reservas na base de teor limite de lOOppm. Estes dados são ex­

celentes como base para a traçagera, ou perfuração em subsolo dos poços,ga

lerias e chaminés que darão suporte adequado a lavra do minério.

As seções verticais transversais foram feitas segundo as linhas

de sondagem, espaçadas de 40 metros. As seções horizontais foram, igual­

mente, espaçadas de 40 metros segundo a vert ical , tendo sido desenhadas

as seções 1.000, 960, 920 e 880, como mostram as figuras 1 , 2 , 3 e 4.

0 espaçamento vertical de 40m, adotado pelo EBHO.PM, coincide com

o escolhido pelo DENL.EM para dividir a mina em fatias iguais para lavra,

cada fat ia servida por um sistema de galerias, cuja base e o "horizonte"

correspondente. A adoção deste espaçamento de 40 metros entre horizontes

e pratica muito usual na lavra de minas subverticais.

Nas seções distingue-se, ã primeira vista, um corpo predominante,

que ê o que fica mais a oeste, que é um filão-camada com mergulho 50°-60°W

e que será chamado Corpo-1. Limitando a faixa mineralizada para leste o-

corre um outro corpo menor e que será denominado de Corpo-2. Entre os

dois existem varias lentes menores, que somente serão bloqueadas durante

a lavra.

A An-03 tem 800 metros de extensão e foi sondada até 360 metros

de profundidade. 0 EBHO.PM, em sua avaliação do começo deste ano, calcu­

lou as seguintes reservas, em toneladas de U30g:

Teor médio Medidas Indicadas Inferidas Totais

1.450 ppm 4.250 2.960 3.000 10.210

Em reunião OENL.EM/ASAV.PM foi feito um programa de avaliação de

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2

reservas, incluindo UM estudo de otimização (Q-AT), para chegar as melho­

res condições de reserva/teor para a lavra.

J l havia sido constatado, e os estudos do OENL.EN confirmaram,

que o teor limite de lOOppm inclui uma faixa bastante ampla de minério

com menos de 300ppm. £ muito provável que um teor limite nos níveis do

último citado, promova uma substancial diminuição das reservas de minério,

com uma igualmente substancial melhoria no teor. Com certeza a ASAV.PM

chegará a melhor solução. Em conseqOência deste fato, o presente estudo

enfocará,com preferência,o método de lavra e a traçagem ou preparação pa­

ra lavra, a quantificação apresentada servindo mais para indicar a escala

das operações.

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f-y* 3+.1 t>L^

I I - DESCRIÇÃO GERAL DA AREA

1 . Descrição Geográfica

. Localização

2

Latitude S

13°30' 13°30' K°15' 14°15'

A jazida está localizada dentro de um polígono regular com 4.540

fc»*" que engloba as diversas anomalias regionais, tendo as seguintes coor­

denadas:

Vertice Longitude W

A 42°30'

B 42°00

C 42°00

D 42°30

Em anexo apresenta-se a planta da ,~ , Figura 5, onde estão

localizadas as diversas anomalias regionais.

A anomalia 03 situa-se na folha Itanagé* SD-23-X-D-VI-IBGE, era es­

cala 1:100.000* região centro sul do estado da Bahia, no município de Cac­

t i t i , a 40 km a Nordeste da sede desta cidade. Abrange uma área de aproxi

madamente 0,16 km , em superfície, com distribuição alongada e direção prin

eipal Noroeste-Sudeste.

. Acesso

A cidade mais próxima e Caetite que dista, aproximadamente, 40 km,

por estrada de terra.

As ligações rodoviárias cem os principais polos econômicos são

as seguintes:

SALVADOR - 750 km pela rodovia BR 030, passando por 8 rumado, Vi to

ria Ò3 Conquista e Feira da Santana. Oestes, 600 km são em asfalto e 150

em estrada de terra batida.

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BELO HORIZONTE - 840 km pela rodovia BR 122 que interliga Guanam-bi, Urandi, Espinosa e Montes Claros, com um trecho de 420 km em asfalto e 420 km em estrada de terra batida.

De Belo Horizonte pode-se também chegar a Caetitê via Vitoria da Conquista num percurso de 1.150 km, sendo 1.000 km em asfalto e 150 km em estrada de terra batida.

Por \ . aérea pode-se alcançar Caetitê utilizando táxi aéreo, de£ cendo no campo de pouso local com prefixo SNCK. A pista éencascalhada com 1.200m de extensão por 150 de largura, possuindo ainda um Rádio-Farol SRF-0200, freqüência de 415 KHZ, fabricado pela TECNASA e instalado pela Nucle brãs.

Guanambi é a cidade mais próxima que dispõe de linha aérea comer­cial, com conexão diária para Salvador, Vitória da Conquista, Montes Cla­ros e Belo Horizonte. A Nordeste Linhas Aéreas, utilizando aeronaves tipo Bandeirante e Islander, e a companhia que opera na região.

Atualmente a pista de Guanambi está em fase de asfaltamento.

0 apoio logístico deverá ser todo montado junto a cidade de Caeti té, que possui as seguintes características municipais.

Area - 2.905 km2

Distritos - 5 População - Rural: 33.498 habitantes

Vilas e povoados: 2.836 habitantes.

2. Geografia Física

A região caracteriza-se por um clima anual variando de semi-úmido a semi-árido, com temperaturas médias de 25°C no verão, 18 C no inverno e 22°C anual, com período chuvoso de março a outubro apresentando índice plu viomêtrico médio neste período, de 900 mm.

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I f

A vegetação predominante é o tipo Caatinga. Nas regiões mais a]

tas observam-se cerrados e campos com um mínimo de vegetação sendo a maio

ria do tipo rasteiro.

0 relevo é ondulado colinoso com altitudes variando de 850 m a

1.000 m.

A área do projeto não possui água em grandes vazões. Os riachos

mais próximos são intermitentes nas épocas de verão.

0 rio São Pedro, rio do Peixe, rio São João e riacho Fundo são os

que apresentam maiores vazões e portanto mais interessantes ao projeto mí-

nero-industrial e se situam na faixa de 10 a 15 km da An 03. 0 riacho do

Espigão e riacho do Morro, afluentes do rio São Pedro, distantes entre 3 a

6 km da An 03, talvez possam atender ã demanda d*água de uma usina pi loto,

necessitando um naior detalhamento de suas características, vazões médias,

profundidades, capacidades de barraraento e t c , antes de serem cogitados no

projeto.

3. Dados Geoeconómicos

0 município desenvolve atividades agrícolas, pecuárias, mineração

de ametista e manganês e produção de carvão vegetal.

Exporta, principalmente, ametistas, aguardente de cana, manganês,

carvão vegetal, farinha de mandioca e gado, e importa a maioria dos gêner

ros alimentícios básicos.

. Na área operam os bancos do Brasil e BRA0ESC0.

. 0 serviço medico e razoável contando com um hospital e matemi^

dade e a 15- Diretoria Regional de Saúde - DIRES.

0 nível escolar mais elevado, passível de se atingir na região

é o 29 grau, através do Instituto de Educação Anísio Teixeira, com cursos

profissionalizantes em Agropecuária, Contabilidade, Enfermagem e Magisté­

r io .

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. A estação meteorológica de Caetité está equipada com os seguin­tes instru»entos registradoras e medidores:

registradores

Barógrafo, pluviôgrafo, termo-higrõgrafo, anemõgrafo,heliõgrafo e actinôgrafo.

medidores

Barõmetro, termômetro de máxima e mínima, termômetro úmido e se co, termômetro d'água, evaporímetro, tanque de evaporação, anemômetro, ba­teria de geotermômetro com 7 termômetros de profundidade e pluviômetro.

Os instrumentos são de marca FUTSS (Alemanha) e foram instala­dos a partir de 1972.

. A energia é proveniente da Usina Hidroelétrica de Correntina a 300 km de Caetité. A voltagem é de 220 e 380 V com 60 ciclos.

Os distritos de Lagoa Real e Maniaçu estão sendo integrados ao sistema de Caetité.

Está em estudos um projeto de incorporação da região ao siste­ma de energia proveniente de Sobradinho - CHESF - Cia. Hidroelétrica do São Francisco.

- - 3

. A água da cidade é tratada, e a vazão é de 150 m /h.

. 0 sistema de comunicação é bastante amplo contando com:

. telefone - DDD/DÜI;

. televisão - 2 canais (Aratu e Itapoan);

. radio - ondas médias, 1.510 KH ;

. rádio - FAROL NDB, 415 KH2 (Aeroporto);

. rádio de comunicação da estação meteorológica;

. correios e telégrafos.

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} 12

4. Geologia (Base - EBHO - SUPPM)

. Geologia Regional

Na região centro-sul da Bahia afloram rochas metamõVficas pré-cam

bri anas cobertas por sedinentos terei ãrios e quaternários.

Como rochas arqueanas destacam-se granitos, gnaisses, migmatitos

e plutonitos.

Trabalhos desenvolvidos por geólogos da NUCLEBRflS revelaram a e-

xistência de rochas metamórficas cataclasadas e metassomatizadas constitu­

indo uma faixa alongada de direção geral NE-SW, desde o sul de Caetitè" ate

a planície de Paramirim.

Como representantes do Proterozõico Inferior destacam-se os Com­

plexos Metamõrficos, constituídos por anfibolitos, quartzitos, formações

ferríferas, gonditos, mármores, micaxistos e paragnaisses.

Representam o Proterozõico Médio, na região de interesse, as ro­

chas do Super Grupo Espinhaço, notadamente metavulcânicas ácidas, f i l i t o s ,

metassiltitos, ardõsias, xistos, quartzitos e metaconglomerados.

0 Proterozõico Superior è* representado por metassiltitos, diamic-

t i tos, metarcõsios e metagrauvacas do Super Grupo São Francisco.

Toda a região apresenta coberturas arenosas detríticas terei árias

e quaternárias.

Segundo a classificação dos Domínios GeocronolÕgicos - Inda e Bar

bosa (1978) - a região faz parte do "Sistema de Dobramentos do Espinhaço",

constituindo "entidades tectõnicas ensiãticas no era ton do São Francisco,

com características inequívocas de um regime evolutivo de antigas paraplata

formas".

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Moutinho da Costa et a l i i (1976) postularam a existência de um

geoanti cl i nal ou de um Alto do Pa rami rim entre os cratons ou anted ises

do São Francisco e Lençóis e a conseqüente formação de duas fossas marg£

nais: a bacia Espinhaço Setentrional e a bacia Chapada Diamantina.

A zona do Espinhaço Setentrional é caracterizada por uma linea­

ridade regional muito forte, constituindo uma cordilheira intensamente do

brada, com indícios de metamorfismo crescente de norte para sul e dos

estratos superiores para os inferiores.

A faixa ocidental da Chapada Diamantina caracteriza-se pela pre

sença de movimentos verticais sinsedimentares mais atenuados com dobra-

mentos menos intensos do que os do Espinhaço Setentrional e uma boa con­

tinuidade e regularidade na geometria da sedimentação.

0 padrão estrutural nas rochas do ProterozÕico Infer ior e cara£

terizado principalmente por uma fase dominante N-S obliterando um siste­

ma deformativo anterior E-W.

Inda e Barbosa (1978) concluíram pela existência de pelo menos

três ciclos de deformação na região: deformações mesoproterozõicas, de­

formação regional trans amazônica e deformações regionais mais antigas,

estas posteriores a formação dos complexos vulcano-sedimentares.

Os grandes falhamentos são de direção geral NS, correspondendo

ã direção geral do Espinhaço. Os dobramentos são visíveis, em grande eis

cala, nos metassedimentos proterozõicos.

. Geologia Local

Aspectos Petrográficos

Na área de interesse predominam rochas metamõrfico-metassomãti-

cas, notadamente albit i tos, microclinitos, rochas de transição albita-mj_

croclina e albita-epidoto, epidositos, anfibolitos e bi o t i t i tos.

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I t

Os albititos são rochas constituídas por albita em porcentagem igual ou superior a 70%. Podem ser caracterizados em função da relati­va abundância de constituintes varietais, considerando-se, neste caso. uma porcentagem mínima de 5% para cada varietal. Ado tan -se este cri­tério, são caracterizados os piroxênio albititos, anfibõlio albititos, granada albititos, epidoto albititos, magnetita albititos, hetnatita al­bititos e carbonato albititos.

As variedades piroxênio-granada albitito, granada-pir>xênio al bit i to, granada-epidoto albitito, e t c , referem-se aos albititos nos quais ocorrem dois constituintes varietais, predominando, no caso, o primeiro sobre o segundo.

Os contatos entre os diversos tipos de albititos são, via de regra, transicíonais.

Os microclinitos são rochas constituídas por microclina em po£ centagem igual ou superior a 70%. Sua ocorrência ê bastante restrita na área.

As rochas de transição albita-microclina, como os albita-micro clina-quartzo metassomatitos e os microclina-albita-quartzo metassoma-titos, são largamente distribuídas nas áreas anômalas e constituem as "encaixantes" de albititos e microclinitos.

Tais rochas contêm, em proporções variáveis, microclina e albí. ta, sendo que nenhum desses constituintes perfaz 70% da rocha. Quartzo geralmente está presente nessas rochas em porcentagem entre 10% e 30%.

Embora de ocorrência restrita, merecem menção as rochas de

transição albita-epidoto, que representam estágios intermediários entre albititos e epidositos, sendo designadas como albita-epidoto metassoma-titos e epidoto-albita metas soma ti tos.

Ocorrem ainda na área, embora de modo restrito, epidositos, an

fibolitos e biotititos. Nessas rochas os máficos, constituintes essen-

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IS

ciais, representam p^rcentualmente mais de 605. Freqüentemente são encon

tradas porcentagens variáveis de albita e/ou microclina.

Os contatos entre a lb i t i tos, metassomatitos, microclinitos e epi

dositos são, via de regra, de caráter gradacional.

São freqüentes as inclusões de piroxênio, granada, f luo r i ta , an-

f ibõ l io , b iot i ta e opacos em cristais de alb i ta, microclina e quartzo.

A passagem gradacional de rochas predominantemente albTticas a

predominantemente microclTnicas é visível em escala de afloramento e ã

vista desarmada.

São freqüentemente observadas inclusões do piroxênio, epidoto,

calcita e anfibõlio em cristais de albita.

Em algumas amostras foi determinada a presença de oligoclãsio,

geralmente em cristais angulosos de núcleo mais calcico do que a borda.

São freqüentes as inclusões, entre outras, de quartzo, plagioclji

sio e b io t i t a , em cristais de microclina.

A porcentagem de quartzo nos albi t i tos ê geralmente infer ior a

5%, podendo atingir a 30% nas rochas de transição microclina-albita e nos

microclinitos.

Os constituintes varietais mais importantes são: piroxênio, gra­

nada, anfibõlio, epidoto, biot i ta e magnetita.

0 piroxênio é do tipo asgi r i na-cogita om cristais xenoblásticos,

alongados, geralmente com inclusões de quartzo, opacos, granada, epidoto,

calcita, t i tani ta e uraninita. Freqüentemente 5 observada a substituição

de piroxênio por anfibõlio, granada e mais raramente por b io t i ta c epido­

to.

A granada e tipicamente andradita, xenoblá&tica a idioblãstica.

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1ft

Geralmente é substituída por magnetita e epidoto e mais esporadicamente

por hematita.

A b io t i t a , as vezes cloritizada, é um dos minerais máficos mais

frequentes nos a ib i t i tos ordinários e nas rochas de transição.

Os minerais acessórios mais importantes são: apática, t i t an i ta ,

zirconita, f luor i ta , baríta, cal cita» p i r i ta e uraninita.

Aspectos Estruturais

Os albi t i tos apresentam-se sob a forma de numerosos corpos tabjj

lares, intercalados, alongados segundo a direção geral da foiiação, ori^

entados "grosso modo" subme r i diariamente.

Sua extensão varia desde alguns metros até quilômetros. A es­

pessura é variável entre centímetros até uma centena de metros. A con­

tinuidade dos albi t i tos foi constatada em 350 metros ao longo do mergu­

lho.

Os microclinitos constituem corpos alongados, posicionados para

lelamente aos a lb i t i tos.

Os albi t i tos e mi croclinitos têm como "encaixantes" rochas de

transição microclina-albita, também orientadas submeridianamente.

Os albit i tos se distribuem basicamente segundo dois alinhamen­

tos principais, em forma de arco, com "trend" variando de NE, na extreme

dade meridional, para NW, na extremidade setentrional da área de interest

se.

As estruturas predominantes são grandes falhas de direção NS,

paralelas ã direção geral do Espinhaço, visível somente em fotografias a£

reas e obliteradas pela cataclase, recristalização ou neomineralização.

Os processos construtivos de neomineralização ou recristaliZ3-

ç?o predominaram sobre os processos destrutivos de cataclase, cataclasi-

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17

tos. protomiTonitos, biastomilonitos e ultramilonitos são freqüentemente

encontrados.

As diaclases têm direções predominantes N20°-30°W, NS, N70°E e

EU. Os mergulhos variam desde 30° até 90°, ocorrendo localmente fratu­

ras subhorizontais.

A foliação de origem cata clãs t i ca e a estrutura planar mais im­

portante, sendo mais evidente nos albit i tos. A direção é variável, des­

de N40°E até N30°H, com mergulhos de 35° ate 90°.

0 mergulho é geralmente para W (NW ou SW), ã excessão dos dois

depósitos uraníferos situados n3 extremidade setentrional, nos quais fo­

ram medidos mergulhos para E, nos albititos situados na parte central da

area.

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13

I I I - RESERVAS EM URftlIO

Trabalhos recentemente desenvolvidos no EBHO.PM estabeleceram os

números expressos no quadro "Características Físicas das Anomalias do Pro­

j e t o Lagoa Real"» anexo.

As reservas em urânio total izam 7.150t medidas, l l . l l O t indicadas

e 30.000t infer idas, sendo que as anomalias de números 3, 6 e 7 possuem ma

iores detalhamentos de suas reservas.

Considera-se o conjunto formado pelas An n°s 03, 04, 05 e 06 ca­

paz de atender uma programação de produção de 500t de u\0g/ano, cabendo as

demais anomalias completar as 1.000 toneladas de U30g programadas

para Lagoa Real.

A tabela abaixo indica as quantidades d& reservas lavrave is , to­

mando-se 80% das indicadas e 50% das inferidas nas anomalias 0 3 , 04, 05 e

06 .

ANOMALIA

03

04

05

06

TOTAL

MEDIDA

( t )

4.250

-

-

1.200

5.450

INDICADA

(t)

2.368

-

824

1.424

4.616

INFERIDA

( t )

1.500

250

1.000

750

3.500

TOTAL

( t )

8.118

250

1.824

3.374

13.566

A disposição em que se encontra o minério e as espessuras e con-

tínuidades das lentes mineralizadas poderão implicar numa redução da to

nelacje.ji de ÜJOQ recuperável. Entretanto, a vida út i l da mina deverá ul ­

trapassar 10 anos de produção regular.

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CAXACTEfttSTlCAS ftSlCAS OAS A H O M A U A S DO

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Page 21: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

2t

IV - MINERAÇÃO

1. Método de Lavra

Os corpos mineral izados em urânio da An 03, ai bi ti dos conpeten

tes, mostram inclinações acentuadas da ordem de 70S, com afloramentos

alongados de direção geral NW-SE em extensão media de 0,8 km, espessura

variável de faixas centimêtricas até 12 m, atingindo profundidades co

nhecidas de até 350 m.

A princípio o método subterrâneo apresenta-se como melhor o£

çao para o desenvolvimento da lavra do jazimento.

No escopo do presente trabalho apresenta-se uma análise da com

patibilizaçao entre uma Lavra Mixta, Céu Aberto/Subterrânea ou somente

subterrânea, de forma que se tenha ao final a possibilidade de tonada

de decisão do método a adotar.

A seguir serão abordados os diversos tipos de lavra passíveis

de aplicação no jazimento, suas características, custos, comparações téc

nicas e opções assumidas.

1.7 Lavra Mixta

Aplica-se o método de Lavra Mixta quando os trabalhos de extra

ção do bem mineral comportam duas fases distintas de lavra, uma a céu

aberto e outra subterrânea.

Foi realizado pelo Escritório Reg onal de Belo Horizonte, um

estudo preliminar da aplicação do método de lavra a céu aberto para a

anomalia no 3, dentro dos limites de altura possível da cava. Estes tra

balhos são resumidos a seguir, partindo de três limites para o pit, de

terminados pelos níveis 990, 980 e 960m.

A tabela contendo os parâmetros envolvidos pela lavra a céu

aberto e seções verticais na L.B. 10 NU nos diferentes níveis, na es_

cala 1:1000, são apresentadas a seguir.

Page 22: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

NUCLEBftftS SUMM-ESCRlTtfRIO REGIONAL DE ULO HORIZONTE

PROJETO LAQCA REAL — RELAÇÍO CSTÍRIL / MINÉRIO tEÇÍO LÍ/IONW— ANOMALIA 03 (AABlCHA)

I K / . I.LOOO COTA OA CAVA*. MOm

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Page 23: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

Ut t f tS *

ftA.79

NUCLEBRÀS SUPPM-ESCRlTO'RIO REGIONAL 0£ BELO HORIZONTE

PROJETO LAOOA REAL RELAÇÃO ESTÉRIL / MiNÍRlO

SEÇÃO L8/I0NW — ANOMALIA 03 (RABICHA)

ESC. i:i.000 COTA OA CAVA'. 90Om

RA-ee

JS*!*8 RA.39

RA-19

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VOL. De soco VOL. oe MWIRIO VOL OÍ e«ré*«. rcioocu,o, r io* oe *t\.*<(3 V M ( »» | V£tm»> H « t > U.O.<M«l V . / » _ V.(m>)

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Page 24: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

NUCLEBRAS SVlMM-UCAtTdftlO RCQIONAL D£ 8CLO KOftttONTE

JROWETO UAOOA REAL — RELAÇÃO CSTÍRIL / MINÉRIO

t : ç£0 LB/WNW—ANOMALIA 03 (RABlCHA)

E S C ; 1:1000 C O T A OA CAVA: t t o m

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Page 25: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

PROJETO LAGOA REAL

RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO (R » ^ M )

• «

ANOMALIA 03 - RABICHA

COTA DA

CAVA (m)

990

980 .

960

VOL.OS SOLO VS (m3)

108.127

175.639

246.411

VOL. DE MINÉRIO VM (m3)

79.951

157.127

322.173

VOL.DE ESTÉRIL VE (m3)

675.800

1.497.721

3.458.392

PESO DE U3Og

P (kq)

272.095

556.990

1.176.767

TEOR

(ppm)

1.224

1.275

1.314

RELAÇÃO

VVM 8,5

9,5

10,7

OBSi 1 - Angulo do taluda individual a favor da foliaçãoi 57° (taluda final» 48,03°) 2 - Ângulo do taluda individual contra a foliação i 70° (taluda finals 58,45°) 3 - Angulo do taludcs no ioloi 45°

4 - 0 valor do w3 cie solo acha-se Incluído no valor do m de estéril.

Fonte: E8H0 - SUPPM

Page 26: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

2S

Aplicando-se aos volumes encontrados os custos referentes aos tra

balhos em execução na Hi na de Caldas - PC, referentes a junho/31, ob­

ter-se-ão custos da produção em cada caso.

Fora* considerados para o cálculo os seguintes fatores:

. densidade = 2,78 t / n 3

. recuperação total do minério (não sendo considerada as perdas

da lavra e/ou diluição do minério).

. Valor cambial do dólar em junho/81 = Cr$ 90,00

. Valor do custo de remoção de minério igual ao custo de remoção

do es té r i l , independente da operação de controle de qualidade

do minério que deverá onerá-lo.

. distancia de transporte para o depósito de estéril e entre a mi.

na-usina da ordem de 500 m.

Page 27: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

26

Caso a) Lavra a céu aberto até o nível 990 m.

3 Volume a remover de solo - 108.167 m

3 Volume a remover de estéril = 567.633 m

3 Volume a remover de minério = 79.951 m

Relação estéril/minério = 8,5

Custo da remoção do solo:

108.167 m3 (CrS 60,7/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500m) = Cr$ 6.788.993,60

Custo da remoção de estéril:

567.633 m3 (Cr$ 329,41/m3 f Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500m) =

Cr$ 188.155.581,04

Custo da remoção do minério:

79.951 m3 (Cr$ 329,41/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a urna distância entre 201 e 500m) =

Cr$ 26.501.677,80

Custo total a céu aberto at» o nível 990 m =

Cr$ 221.446.252,44

Custo operacional a céu aberto até o nível 990 m =

CrS 2.769,77/m3 = Cr$ 996,32/t

US$ 11,07/t de R0H

Page 28: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

27

Caso b) Lavra a céu aberto até o nível 980 m.

3 Volume a remover de solo = 175.639 m

3 Volume a remover de estéril =1.322.082 m

3 Volume a remover de minério = 157.127 m

Relação estéril/minério = 9,5

Custo de remoção de solo:

175.639 m3 (Cr$ 60,7/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distancia entre 201 e 500m) =

Cr$ 11.023.806,20

Custo da remoção de estér i l :

1.322.082 m3 (Cr$ 329,41/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distancia entre 201 e 500 m) =

Cr$ 438.235.808,87

Custo da remoção de minério:

157.127 m3 (Cr.$ 329,41/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500 m) =

Cr$ 52.083.515,20

Custo total a céu aberto até o nível 980 m =

Cr$ 501.343.130,27

Custo operacional do minério a céu aberto até o nível 980m =

CrS 3.190,69/m3 = CrS 1.147,73/t

US$ 12,75/t de ROM

Page 29: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

Caso c) Lavra a céu aberto até o nível 960 m.

Volume a remover de solo

Volume a remover de es té r i l

Volume a remover de minério

Relação estér i l /mine r i o

Custo da remoção de solo:

246.411 m3 (Cr$ 60,7/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500 m) =

Cr$ 15.465.740,00

Custo da remoção de e s t é r i l :

3.211.981 m3 (Cr$ 329,41/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500 m)

Cr$ 1.064.688.190,00

Custo da remoção de minério:

322.173 m3 (Cr$ 329,41/m3 + Cr$ 2,064/m3

transportado a uma distância entre 201 e 500 m)

Cr$ 106.791.973,00

Custo tota l a céu aberto até o nível 960 m =

Cr$ 1.186.945.903,00

Custo operacional de minério a céu aberto até o nível 960 m

Cr$ 3.684,19/m3 = Cr$ 1.325,25

US$ 14,73/t de ROM

= 246.411 m3

= 3.211.981 m3

= 322.173 m3

10,7

Page 30: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

29

TABEIA RESUMO

NlVEL DE

EXAUSTÃO DA CAVA

(rn)

990

980

960

CUSTO DA

PRODUÇÃO - US$/t

DE ROH

11,07

12,75

14,73

RELAÇÃO

DE

MINERAÇÃO

8,5

9,5

10,7

Os cálculos acima foram efetuados tendo por base os custos de

mineração da Mina de Caldas, relativos a materiais de 1 - , 2- e 3- catego­

rias. Estes custos podem ser considerados como conservadores e portanto

satisfatórios para este estudo de lavra, de caráter preliminar.

Por esse motivo não fica descartada a possibilidade da parte mais

superficial da jazida ser lavra a céu aberto, muito embora nesse estudo dj;

fina-se um método subterrâneo para aplicação total na mesma, devido a se

ter considerável prolongamento da mineralização em profundidade.

Page 31: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

1 *

1.2 Lavra Subterrânea

Para o estabelecimento de um método eficaz, compatível com o ní­

vel de precisão do presente estudo, foram analisados os métodos consagra­

dos de mineração subterrânea, suas possíveis aplicabilidades, vantagens

e desvantagens, em relação ao depósito de Lagoa Real.

Os métodos clássicos referidos são:

CUT AND FILL

SUBLEVEL STOPPING

SUBLEVEL CAVIfíG

OPEN STOPPING

SHRINKAGE

Estes métodos são comumente utilizados em corpos mineralizados f i

lonianos com mergulho acentuado, espessura variada e rocha competente.

Pode-se comparar as características de cada um deles, como mos­

tra o quadro n° 1 , que faci l i ta a eleição do método a ser aplicado na ano_

malia n9 03, bastando para isso, recorrer as particularidades dessa ocor­

rência mineral no tocante as suas características morfolÕgicas, geológi­

cas e econômicas. Ressaltando porem, que no caso particular de lavra de

urânio, alguns fatores são decisivos para essa escolha, entre eles a d i ­

luição e a disponibilidade para um bom sistema de ventilação, aliada a

traçagem exigida pelo método de lavra a ser executado.

Com o auxílio do quadro eletivo, pode-se chegar as seguintes con

cl usões:

. por ser composta de filões estreitos, a lavra da An n9 03 des_

carta a possibilidade de aplicação do método por "Open Stopp­

ing", visto sua utilização restringir-se a filões potentes;

. a rocha encaixante em Lagoa Real é bastante competente, ser­

vindo de impecílio ãs técnicas de lavra exigidas pelo método

Page 32: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

3 1

por "Sublevel Caving". Esse método também apresenta uma alta

diluição no minério produzido, não podendo ser recomendado para minas subterrâneas de urânio;

. o método subterrâneo "Sublevel Stopping" oferece restrições quan

do a irregularidade no contato minério/estéril. Sabe-se que

esse contato ê irregular, pois a An n? 03 é composta por um cor)

junto de corpos/lentes, havendo irregularidades nas aberturas e

fechamentos dos mesmos, nos níveis estudados. Esse método tam­

bém apresenta unia diluição média a baixa, podendo em alguns ca­

sos ser inconveniente nas minerações de urânio.

Resta examinar os métodos "Cut and F i l l " e "ShrinKage". A única diferença entre ambos é a probabilidade do "Shrinkage" vir a ser inconveni^

ente quando o contato minério/estéril é irregular. Pois na aplicação des­

se método, todo o minério dasmontado permanece "in situ" até se atingir o

final do painel, e durante toda a operação só se recupera o empolamento,

para que possa permitir o avanço do desmonte.

Esse fato implica também no fator "tempo" do empreendimento, ou

seja, a preparação exige que a mina comece a operar muitos anos antes da

usina, porque todo o minério desmontado permanece no seu interior até a

exaustão dos painéis de lavra. E só a partir daí é que a produção (em es­

cala industrial) f luirá normalmente pelos acessos e chutes abertos no

nível inferior da traçagem. Com isso, pode-se perfeitamente abandonar es­

se método de lavra.

0 item "produtividade (homem/turno) apresentado no referido qua­

dro, foi preparado a partir de dados de minas no exterior, onde a minera­

ção subterrânea atinge elevados índices de produção e, conseqüentemente,

na relação de produtividade. No Brasil , onde a mineração subterrânea ain­

da i pouco desenvolvida, comparando-a com a céu aberto, esse índice de pro

dutividade não pode ser considerado no julgamento dos métodos de lavra pa­

ra a An n9 03. Visto também o valor da mão-de-obra local d i fer i r totalmein

te do considerado nos outros países.

Page 33: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

QUADRO N9 1

~^ - - ^K | TCCí»*j i£ l.<V.'.C;\

CRITtP.IOS ^ ^ " ^ ^ ^ ^ ^

A- Ca»act«rTsticas e confi juruí ik-s do r.erpo r.-.in^ralizado

Filão - es t re i to - potente

fergulho - suave - ctoderado - íngreme

COEtpL»têncii do n incr io

- f r i âve l - noderoco - cc".petente

Competência da encai-xante

- f r i âve l - moderada - canpetcnte

Contato R in í r io /es tê r i l

- regular - i r regular

Combustão expontânea

- in f lu i - não i n f l u i

Restrições de superf í ­c ie e subsuperfície

- restr inge - não res t r i n

ge

B- Fatores econcaiicos

Ketal contido

- a l t o - r.5dio - baixo

Produtividade (homem/ turno)

- a l ta - nsdia - baixa

D i l u í d o

- a l ta - nédia - b j ixa

Cut y.ii 1 i l l

X X

0 „ X(4S°) X

X X X

X X X

X X

X

X

X 0 0

0 0 X

0 (X) X

StíL'lv.vol

Sto|;i»irg

X X

0 X(45°) X

0 (X) X

0 0 X

' X 0

X

X

X X 0

X X 0

0 X X

Sul)K-*'el

Caving

X X

0 n

X(4!>°) X

0 X X

X X 0

X (X)

X

X

X X 0

(X) X 0

X 0 0

Open

Stopping

0 X

X X X

0 (X) X

0 (X) X

(X)

X

X

X X X

X X 0

0 X X

Shritikaji»

X X

0 n X(«°) X

(X) X X

0 X X

(X)

X

X

X 0 0

0 0 X

0 X X

Convenção: "X" - quando o método atende as características do deposito.

"0" - na hipótese contrária.

Page 34: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

33

Elege-se, pois, o método por Corte e Enchimento (Cut and F i l l )

como o de melhores condições para a lavra da An n? 03, pois a sua concep­

ção e operação não trará grandes sofisticações, nem exigira equipamentos

mais requintados e mão-de-obra altamente especializada nas operações de

lavra.

1.3 0 Método de Lavra por "Corte e Enchimento"

Quando se escolhe o método de lavra subterrâneo por "Corte e En­

chimento" é usual se inic iar a aplicação do mesmo pelo nível considerado

mais inferior de extração, seguindo-se a explotação de maneira ascendente,

por sobre o enchimento, através de uma série de cortes ou arranques na h£

rizontal do corpo mineralizado, visando uma maior recuperação do minério.

A operação de enchimento e seqüencial, podendo ser realizada h i -

draulicarnente ou por meio de material estéri l sico.

No tocante a Lagoa Real pode-se u t i l i zar o próprio re je i to da

usina para enchimento em subsolo, o que representa uma econemicidade ao

projeto, eliminando a acumulação em barragem de parte desse material e

seus custos inerentes. Esse reje i to, em princípio, não traria quaisquer

problemas adicionais de contaminação ou de acréscimo da taxa de aeraçãona

mina, dado o seu teor abaixo de lOOppm de U^Og.

Também poder-se-á ut i l izar material de superfície ou o próprioe£

tér í l da mina (nos estreitamentos da lente mineralizada) como enchimento.

Aparecem como vantagens desse método:

. bom controle da diluição (abaixo de 10$);

. o mergulho do corpo mineralizado não fornece problemas na la ­

vra, desde que não infer ior a 50°;

. alta relação de extração;

Page 35: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

3*

. adapta-se ã extração de minério <te media e alta competência con

finado em rochas encaixantes fracas;

. a lavra pode ser bastante mecanizada.

Algumas desvantagens quanto ao método:

. relativa baixa produtividade;

. durante o período de enchimento do nível não se pode produzir no

local;

. operação de enchimento encarece o item "custo de lavra" (embora

reduza, consideravelmente, os custos de acumulação de re je i tos) .

Page 36: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

ss

2. Determinação da Taxa de Produção

Para se determinar a produção do minério necessário para o abas_

teciaento da usina, de modo a permitir o ritmo de 500 t de U,0g/ano, fo

ram considerados os seguintes fatores:

. 300 dias de trabalho por ano na mina.

. 852 de recuperação no processamento químico.

. 90S de recuperação na lavra.

0 teor médio considerado i de 1.450 ppm e pelas características

apresentadas pela anomalia nQ 3, espera-se que as flutuações no teor e a

diluição estabelecida no contato minério-estéril não venham a afetar subs_

tâncialmente a produção e a operação de controle de qualidade durante o

período de lavra.

Nesse trabalho considera-se como de 10% a influência da dilui^

ção no método de lavra escolhido, resultando num teor médio de 1.300ppm.

Considerando uma recuperação de 85% na usina, será necessária

uma alimentação de minério de:

1.500 t/dia ou 450.000 t/ano

Essa produção será atingida em 3 turnos de operação de 6 ho

ras, com um quanto turno, dedicado a manutenção e reparações de ordem ge

ral.

Page 37: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

16

3. Trabalhos de Preparação para a Lavra

Será abordada nesse capítulo a preparação necessária para se atijn

gir o corpo mineralizado e para fornecer condições para os trabalhos de ex­

tração, transporte, ventilação e drenagea das frentes de lavra.

Os trabalhos de prospecção e pesquisa, até o presente desenvolvi^

dos,limitam na cota 880 m as interpretações provenientes dos furos de sonda

gens executados na anomalia n° 03. Esse nível também será aqui fixado como

o limite cm profundidade dos trabalhos mineiros nessa fase, embora saiba-se

de antemão do prolcngan-ento da mineralização abaixo dessa cota.

0 prosseguimento da lavra não apresentará nenhuma dificuldade adi

cional ao esquema proposto, desde que os trabalhos de desenvolvimento sejam

mantidos bem i frente da lavra atual.

A descrição das operações envolvidas na lavra da jazida obedece a

seqüência cronológica dos eventos e pode ser melhor compreendida com o auxí

l io das plantas baixas nos níveis 880, 920 e 960 m e do per f i l vertical na

posição mediana do corpo, apresentadas em anexo, Figuras 2, 3 , 4 e 6.

. Acessos ao Minério - Traçagera Primária

Serão os seguintes os trabalhos a desenvolver:

Poço de extração - servindo, tanfcem, para ventilação, trânsito de

pessoal e materiais e esgotamento de ãgu3s. Será vert ical , localizado fo­

ra do corpo, numa posição equidistante dos extremos da jaz ida, do lado les_

te .

A seção do poço, compatível com o nível da produção e serviços ^ 2

auxiliares, devera ser da ordem de 20 m , com profundidade em torno de 120

m, na primeira fase da lavra. Este e um ponto a ser examinado com maior cau

tela, pois é provável que seja mais econômico desenvolver o poço de uma só vez,

até a profundidade pesquisada pela SUPPM, ou seja até 310 metros, devido

aos problemas que podem ocorrer com seu aprofundamento com os primeiros 120 metros em operação de extração.

Page 38: ATTENTION MICROFICHE USER, The original document from ...

NUCLEBRA'S I W M C t M HUCLCAKtf M A t U C l * * * ft.».'

SUPERINTENOÊNCIA QERAL OE ENGENHARIA MINERAL

•UttftlMTCNOtMClA OC i H t l H K A * ^

H « U « A •

PROJETO LAGOA ACAL PERFIL SEGUNDO O EiXO 00 POÇO OE

EXTRAÇÃO AN-03

EffllglO

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st

Galerias Mestras - as dimensões e disposição dessas galerias, es_

sencialnente, são determinadas a partir de:

• geometria do corpo a lavrar;

- condições geotécnicas das fomações a atravessar;

- ventilação requerida;

- mininiização do transporte;

- facilidade de drenagem das águas.

Em Lagoa Real, muitos desses fatores ainda estão por ser defini­

dos, durante os trabalhos mineiros de complement ação da pesquisa. Porém,

uma seção de 3 x 3 m apresenta-se como opção favorável a ventilação e cir ­

culação de pessoal e materiais.

A partir do poço de extração serão abertas 3 galerias mestras em

direção ao corpo mineralizado, nos níveis de trabalho 960, 920 e 880m, res

pectivãmente.

As extensões necessárias para cada galeria são 30, 65 e 105m, pa_

ra que encontrem as galerias principais de cada andar.

Galerias Principais - essas irão percorrer longitudinalmente to­

da a extensão do corpo mineralizado, nos 3 níveis principais de trabalho.

Se destinam a todo o escoamento do minério dos painéis, trânsito de pesso­

al e material e sistema de ventilação e drenagem. Totalizam 714, 708 e

705 m, por andar no sentido descendente dos níveis de operação.

Galerias Secundárias - servirão de ligação entre as principais e

os painéis a lavrar. Essas galerias atravessarão as lentes mineralizadas

frontalmente, delimitando os painéis e trazendo subsídios ã pesquisa mine­

r a l , quando do início da traçagem da ossatura da mina. Por andar, terão,

comprimentos de 1.563 no nível 960 m, 1.507 no 920 m e 1.234 no 880 m. Por

elas escoará toda a produção de minério dos painéis de )avrat quando ainda

no seu nível.

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3 9

Chaminés ás serviço - serão 10 chaminés de serviço dentro dos

principais corpos que compõem a anomalia n° 0 3 . Terão, em média, uma pro

fundidade de 40 metros entre horizontes con desenvolvimento to ta l de 180

netros cada a par t i r do horizonte 880 até a superf íc ie , acompanhando a in

clinação do corpo mineralizado. Serão responsáveis pelo detalhamento das

reservas dos diversos painéis e pela exaustão do ar que percorrerá as

frentes de trabalho, cuja entrada e pelo poço de extração. Por elas se

a t ing i rá as frentes de lavra , tendo como principal f inal idade o de acesso

imediato de todo o pessoal, peças e sobressai entes e material de enchi men

to necessários aos trabalhos de arranque.

QUADRO RESUMO

DESIGNAÇÃO

Poço de Extração

Chaminés de serviço

Total

Galerias mestras

Galerias principais

Galerias secundárias

Total

C0M>RIMEffr0

120 m

1.800 m

1.920 m

200 m

2.127 m

4.324 m

6.651 m

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t o

. Investimento na traçagem

Os investimentos serão efetuados escalonadamente em duas etapas:

- Uma primeira fase referente aos trabalhos de desenvolvimento pa_

ra delimitação do nível de produção 880 m.

Nessa etapa será construído:

- o poço de extração - Cr$ 24,00 x 10

- as chaminés de serviços - Cr$ 180,00 x 10

- traçagem do nível 880 - Cr$ 206,40 x IO6

Sub-total - Cr$ 410,40 x IO6

Esses trabalhos seriam realizados anteriormente a entrada em ope

ração da unidade industrial.

- Uma outra fase, defasada em dois anos dessa primeira, prepara­

ria os níveis 920 e 950, para a entrada em operação no decorrer dos traba­

lhos de explotaçâo, a ser realizada durante a programação normal dos traba

lhos de produção da mina.

Essa segunda fase engloba:

- traçagem do nível 920 - Cr': ^28,00 x IO6

- traçagem do nível 960 - Cr$ 230,70 x 10

Sub-total - Cr$ 458,70 x IO6

0 total de Investimentos na traçagem atinge Cr$ 869,10 x 10 .

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H I

4. Lavra do Mine ri o

Na descrição das operações relativas a lavra da jazida foram am

siderados os seguintes aspectos, visando obter o dimensionamento dos equi­

pamentos de operação:

. painéis com dimensão de 120 de comprimento x 60 de extensão ejrç

tre horizontes e 5,4 m de largura no corpo 1 e 2,45 m de largura no corpo

2.

. densidade de 2,78t/m3.

. 50% de empolamento.

- - 3 0 ritmo de produção diário - 1.500t, equivalente a 540m , passa

a envolver o ciclo completo das operações de perfuração, detonação, carga 3

e transporte de minério para um volume real (empolado) de 810m /d ia .

Para melhor conduzir os trabalhos subterrâneos em corte e enchi­

mento adota-se 3 painéis em desmonte e 3 em enchimento. As Figu.as n°s 7,8

e 9 mostram o detalhe da operação.

- 3 Cada painel sera responsável por 180m da produção de minério "in

2 - -

s i tu", o que significa 60m de area de perfuração, corn altura de 3 m. Ne­

cessita-se pois de um jumbo de perfuração com um martelo apenas para satis_

fazer a metragem necessária em cada painel.

0 carregamento do minério será feito por uma carregadeira fron-3

tal de Im de caçamba, o suficiente para manusear o material desmontado do 3

painel, ou seja 270 m de minério por painel/dia.

Todo o minério 5 despejado nos chutes de descarga e, por gravidai

de, atingirá o horizonte de transporte para o poço de extração. Nesse an­

dar, prevê-se o uso de locomotivas e vagonetas, que serão enchidas direta­

mente pelas bicas colocadas no final de cada chute de descarga.

A distância entre o minério desmontado e a chaminé i rá crescer a

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H5

cada avanço da frente de trabalho. Kesmo assim, a carregadeira fará a l im

peza da frente sozinha, visto o comprimento máximo do painel ser in fe r io r

a 120 m, distância situada dentro dos limites econômicos das unidades LHO

(Load, haul, dump).

Como no caso de operação de perfuração, dimensiona-se, também,

uma LHD para cada painel. Neste caso porque não é possível o transporte ejn

tre dois painéis, quando intercalados por um em fase de enchimento.

0 minério percorrerá galerias secundárias, primária e a mestrado

horizonte de produção considerado, e será recolhido num si lo próximo ao po_

ço de extração de onde é conduzido para o skip.

0 poço e o skip terão capacidade suficiente para um transptrte 3

vertical de 60 m /h de minério, quando o poço t iver atingido uma profundi­dade f ina l .

Junto aos castelos de drenagem deverão localizar-se os sistemas

de coleta de água e de bombeamento. As águas da mina deverão convergir p£

ra a base do poço de extração em cada horizonte e daí, bombeadas para a sju

perfície pelo mesmo.

A ventilação vira a processar-se através das chaminés de serviço,

delimitadoras dos painéis de lavra e pelo poço de extração. Será fe i ta

por exaustão nas chaminés e atingirá níveis, para uma descontaminação com­

patível da ordem de 50 toneladas de ar para uma tonelada de minério extraí

do, enquanto não se pode dsterminar a aeração necessária nas frentes de

trabalho. A mesma se dará a part ir dos trabalhos subterrâneos de traçagem,

quando se conhecerá os níveis de WL (Working Level) atingidos nas galerias

em minério.

As pequenas lentes de minério que existem n& anomalia n9 03 e

que serão bloqueadas pelos trabalhos de lavra poderão ser recuperadas, des_

de que haja economia da de. Nesse caso, todo o equipamento será em menor

escala, não havendo, entretanto, aumento signif icativo no investimento.

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tfc

Investimentos com equipamentos

0 conjunto de equipamentos que atenda a lavra dos painéis acha-

se apresentado na tabela abaixo:

EQUIPAMENTOS

Perfuratrizes (jumbos)

Carregadeira LHD

Locomotivas

Vagonetas

Exaustor

Bombas para drenagem

Instalações de apoio

Materiais e acessórios

Total

N9 DE UNIDADES

3

3

5

50

3

-

-

-

-

CUSTO (CR$) (IO3)

50.000

50.000

45.000

5.000

15.000

10.000

60.000

25.000

260.000

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S7

5. Estimativa de Custo Operacional na Mina - An 03

. Custos Diretos

Compreenderão as despesas com o quadro de pessoal diretamente en­

volvido com as operações na iavra da An 03 e os gastos de suprimentos ine­

rentes a mesma.

TABELA DE ".AO-DE-OBRA

CLASSIFICAÇÃO

Supervisão

Nível superior

Supervisão

Nível técnico

Serviços auxiliares

Operação

Manutenção preventiva

Manutenção corretiva

Traçagem

Efetivo geral

NOMERO

5

6

20

89

27

22

16

185

CUSTO ANUAL ( I O 3 Cr$)

12.600

4.320

7.200

26.280

7.800

7.200

4.800

70.200

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«••

O pessoal previsto para o item "traçagem" s ign i f ica o necessário

para os serviços de abertura do painel a desmontar, quando se real iza o-

bras i n i c i a i s , em pequena escala, antes da entrada em operação dos equipa­

mentos maiores.

Essa equipe também rea l i za os pequenos serviços de limpeza, cons_

trução dos chutes e controle da operação de enchimento.

Incidência direta da mão-de-obra - Cr$ 156,00/t de ROM.

TABELA DE SUPRIMENTOS

CLASSIFICAÇÃO

Sobressalentes e peças

Lubrificantes

Explosivos

Energia E lé t r ica

TOTAL

CUSTO ANUAL ( I O 3 Cr$)

40.000

12.000

32.400

25.000

109.400

Incidência na tonelagem de minério: Cr$ 243,12 / t de ROM.

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19

. Custos Indiretos

No cálculo de custos indiretos foram considerados:

. fator de encargos sociais - 802 (area industrial)

. taxa de ínsalubridade - 40% (pessoal de fundo somente)

. adicional de hora. noturna- 10% (sobre manutenção preventiva)

Acrescentando essas incidências obter-se-á um valor de Cr$

72.492.000,00/ano, significando um acréscimo no custo da produção de Cr$

161,10 K de ROM.

. Custo Operacional Final

0 custo operacional do minério da An 03 de Lagoa Real será a so

ma dcs custos anteriormente obtidos para o minério ROM.

Cr$ 560,22/t

Com relação a este custo, cabem as seguintes observações:

. Não foram consideradas possíveis operações no estéril, durani

re o desenrolar do ataque ao painel. 0 estreitamento das leji

tes poderá implicar numa operação desse tipo.

. 0 custo do controle geológico acha-se, de modo preliminar, im

butido no item "serviços auxiliares", não se tendo, até o pre

sente, a sistemática rigorosa do controle do desmonte do mine

rio.

. Não foram considerados alguns custos adicionais como o de se

gurança e higiene do trabalho, vigilância, apoio em geral, ad

ministrativos indiretos, que, todavia, não importam em valo­

res significativos para o nível deste estudo.

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so

. Preparação e Manuseio de Minério

Após o desmonte e transporte»no interior da mina e através do

poço vertical (skip), todo o minério é recolhido num silo, próximo as

instalações do poço em superfície.

A partir daí, o minério será britado e conduzido,por meio de

correias transportadoras,para o parque indutrial (usina).

A localização dessa unidade industrial deverá atender as posi

ções relativas da An 03 e An 09 (ou 13),que juntas suprirão a produção

de 1.000 t de U308/ano estabelecida.

Essa distância relativa é de 7 km,a ser vencida por correias

transportadoras.

0 investimento estimado para essa etapa é de Cr$ 150,00 x IO6.

0 custo anual da produção da preparação e manuseio ê estimado

em 102 do valor total de investimento, significando uma incidência de

Cr$ 33,4/t de minério produzida.

SETOR

MINA

PREPARAÇÃO E

MANUESI0

TOTAL

INVESTIfCNTOS - 106Cr$

Cr$ 1.129,10

Cr$ 150,00

Cr$ 1.279,10

CUSTOS

Cr$ 560,22/t

Cr$ 33,40/t

Cr$ 593,62/t

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Si

De posse das estimativas de investimentos na traçagem, da aquisi

ção de equipamentos e do custo de produção, pode-se tentar distribuir esses

valores ao longo dos ònos, como mostra a tõbela a seguir. Essa distribuição

foi feito apenas para a anomalia n9 03, com produção de 500t de U30R/ano.

Para o con? 1 emento das l.OOOt de UjOg/ano do projeto, deverá ser computado

os montantes necessários ao funcionamento de outra mina (anomalia) em para­

lelo e, portanto, a duplicação dos valores aqui estimados.

106Cr$

ANOS

8?

83

84

85

66

87

88

89

90

91

92

93

94

95

INVESTIKENTOS

TRAÇAGEM

100

100

150

210

-

-

120

160

180

-

-

«•

-

-

E Q U I P A K L N T O S

_

70

90

100

-

-

-

-

-

. -

-

-

CUSTO

OPERACIONAL

,

-

-

-

286

286

286

286

286

286

285

286

286

286

TOTAL

100

170

240

310

286

286

406

446

466

286

285

286

286

286

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52

E aqui considerada uma vida útil de 10 anos para os equipamentos dimensionados. A partir de 1995 deverá ser feita a troca dos mesmos» em se considerando 20 anos de empreendimento.

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S3

CONCLUSÕES

O elevado potencial em urânio, não so da anomalia n? 03 aqui es­

tudada, como do conjunto de anomalias que compõem o projeto Lagoa Real e

as condições verif icadas de ocorrência da rocha mineralizada, que devem

permit i r a aplicação de um métode convencional de lavra para cada una des­

sas anomalias, conduzem à indicação que essas anomalias apresentam, empriri

cTpio, «.ondições favoráveis para lavra a custos razoáveis.

A hipótese de se u t i l i z a r um sistema modular para a lavra das

diferentes anomalias deverá ser analisada. A An-03, por exemplo, poderá

ser programada para alimentar uma usina com capacidade de produção equiva­

lente a 500t de U30g/ano. Assim, ã medida que a pesquisa mineral for con­

cluindo os trabalhos de cada anomalia, novas unidades mineiras serão inco£

poradas ao regime produtivo.