Arranjo Produtivo Local no âmbito do...
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Outubro_2012
Arranjo Produtivo Local no
âmbito do SUS
1º Seminário Regional dos Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
Diversos autores* consideram como APLs os diversos tipos de
aglomerações produtivas, envolvendo diferentes segmentos de
atores:
Empresas produtoras, fornecedoras, prestadoras de serviços,
comercializadoras
Instituições públicas e privadas voltadas para formação de
recursos humanos, P&D, apoio e financiamento
que atuam de forma interdependente, promovendo intercâmbio
de conhecimento, desenvolvendo em conjunto habilidades e
competências, estimulando processos de inovação e atividades
produtivas, de forma sinérgica, e que estão localizados num
mesmo território
Arranjos produtivos locais (APLs)
*Cassiolato (1999), Lastres et al. (2000), Cassiolato e Szapiro (2003), Vargas (2002), entre outros.
Conceitualmente, território é um espaço definido e delimitado
por e a partir de relações jurídicas, políticas ou econômicas,
instituídas sempre por conformações explícitas ou implícitas de
poder. Assim, o território está sempre ligado à idéia de domínio
coletivo. A idéia de território não se reduz, porém, à sua
dimensão material ou concreta, ele é também um campo de
forças, uma teia ou rede de relações sociais que se projetam
em um determinado espaço (Brasil, 2003, p.13).
Arranjos produtivos locais (APLs)
A saúde, em suas dimensões social e econômica, é
base para objetos e ações que constituem o território (Silveira, 2009)
A produção articulada de bens e serviços na área da
saúde, considerada sua inserção no território, permite
o desenvolvimento de APLs e incorpora bem-estar
social e desenvolvimento econômico (Gadelha 2003; 2006; 2009;
2011)
Saúde
•Utiliza conhecimento
•Serviços e produtos
•Geradora de emprego e renda
•Consumo de massa
•Inovação, ciência, tecnologia
•Indutora do desenvolvimento econômico
Gadelha, 2011
Organizações/Empresas bem sucedidas
Estratégia competitiva
Inovação
Conhecimento
Desenvolvimento
Econômico e tecnológico
Produtividade Competitividade
Adaptação a mudanças contínuas
Inovação
• tudo que diferencia e cria valor a um negócio
• novos produtos e processos
• criação de um novo mercado
• exploração de uma nova fonte de suprimentos
• estabelecimento de novos métodos de organização.
Inovação
modelo linear
pesquisa básica pesquisa aplicada
desenvolvimento comercialização
•pesquisa básica: objetiva a ampliação do conhecimento genérico e/ou um melhor entendimento sobre o objeto investigado, sem que isto implique considerações sobre possíveis aplicações. Tem como referência a fronteira do conhecimento científico, gerando como “resultado” um fluxo de informações de caráter geral, que não se encontram vinculadas a uma inovação pontual identificável.
•pesquisa aplicada: visa o aprofundamento do conhecimento necessário à identificação dos meios através dos quais um objetivo específico, reconhecido a priori, pode ser atingido. Gera resultados mais concretos, podendo-se identificar, com relativa precisão, o grau de sucesso ou fracasso para o esforço realizado.
•desenvolvimento: compreende o uso sistemático dos conhecimentos gerados através de atividades de pesquisa de modo a viabilizar determinada produção, incluindo o desenvolvimento de métodos, o design do produto, a elaboração de protótipos e o aperfeiçoamento de processos. Visa obter um novo produto ou processo em condições mais próximas possíveis às observadas na esfera da produção.
Inovação
modelo sistêmico
incentivado pela ciência e pelas necessidades
envolve vários atores, como instituições, sociedade,
mercado
ciência, tecnologia, aprendizado, produção, políticas
e demanda
Inovação
Políticas Lineares Políticas Interativas
Estratégia dominante Política de Oferta de Tecnologia
Difusão Hierárquica do Conhecimento
Políticas centradas na interação
Enfoque de baixo para cima
Objetivos Favorecer P&D em Grandes Empresas
Difundir o conheci mento incorporado
em equipamentos
Fomentar o aprendizado em empresas e
organizações
Difundir o conhecimento pela rede de
empresas locais
Satisfazer as necessidades das empresas
Instrumentos Financiamento público pontual
Subvenções e incentivos
(particular mente fiscais)
Financiamento a redes
Formação de novas instituições dirigidas ao
aprendizado coletivo
Prestação de serviços tecnológicos de
maneira coletiva
Organização e Gestão Gestão centralizada
Administração pública de recursos
Financiamento a empresas
Gestão através de organizações
intermediárias
Fonte: Vargas, M. apud Cassiolato,1999
São aglomerações de empreendimentos de um mesmo ramo, localizados em um mesmo território, que mantêm algum nível de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com os demais atores locais - governo, pesquisa, ensino, instituições de crédito (PNPMF, 2009).
Arranjos produtivos locais (APLs)
Território
ESF
APL
família
PSF/UBS
Escola/IE
empresa
AUP/AF
APL = Arranjo Produtivo Local
ESF = Estratégia Saúde da Família
PSF/UBS = Programa Saúde da Família
AUP/AF = Agricultura Urbana e Periurbana/
Agricultura Familiar
APLs
Elaborado por Luna, H.; Torres, K.
Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos
Decreto nº 5.813
22 junho 2006
interministerial uso racional, segurança, eficácia, qualidade desenvolvimento socioeconômico e tecnológico fonte de inovação desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional, por meio de arranjos produtivos locais estratégia do complexo produtivo da saúde
Por que implantar ? Diretrizes da PNPMF Diretriz 17 - Estabelecer mecanismos de incentivo para a inserção das cadeias e dos arranjos produtivos de fitoterápicos no processo de fortalecimento da indústria farmacêutica nacional. Princípios do PNPMF Ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS; Uso sustentável da biodiversidade brasileira; Valorização e preservação do conhecimento tradicional das comunidades e povos tradicionais; Fortalecimento da agricultura familiar; Crescimento com geração de emprego e renda, redutor das desigualdades regionais; Desenvolvimento tecnológico e industrial; Inclusão social e redução das desigualdades sociais; Participação popular e controle social; Fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos.
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Contemplar as
várias formas de
utilizar a
biodiversidade
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Por que implantar ?
Parque industrial de fitoterápicos
Distribuição regional das 78 empresas detentoras de registro de medicamentos fitoterápicos na Anvisa
Fonte: Perfeito, João P. S., 2012
Por que implantar ?
Parque industrial de fitoterápicos
Porte das 78 empresas detentoras de registro de medicamentos fitoterápicos na Anvisa
Fonte: Perfeito, João P. S., 2012
Por que implantar ?
Por que implantar ?
Ação estratégica do Ministério da Saúde – Planejamento 2011-2015 Apoiar Arranjos produtivos locais (APLs) para a produção de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos e inseri-los no elenco dos medicamentos da AFB visando sua disponibilização à população e o desenvolvimento econômico e social local. Ação do Plano Pluri Anual - PPA 2012-2015 Ação 20K5 - Apoio ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS Meta: apoiar 5 APLs
Edital nº 1 da Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, de 26/4/2012
Seleção de propostas de Arranjos Produtivos
Locais no âmbito do SUS, conforme a Política e o
Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos.
O objetivo é apoiar a estruturação,
consolidação e o fortalecimento de Arranjos
Produtivos Locais no âmbito do PNPMF, com a
finalidade de fortalecer a assistência
farmacêutica e o complexo produtivo em
plantas medicinais e fitoterápicos nos
municípios e estados, contribuindo para ações
transformadoras no contexto da saúde,
ambiente e condições de vida da população.
SMS UF
1 Betim MG
2 Botucatu SP
3 Brejo da Madre de Deus PE
4 Diorama GO
5 Foz do Iguaçu PR
6 Itapeva SP
7 João Monlevade MG
8 Pato Bragado PR
9 Petrópolis RJ
10 Rio de Janeiro RJ
11 Santarém PA
12 Toledo PR
Além dos municípios
selecionados por Edital,
foram repassados recursos
para 2 Estados – RS e AL,
em virtude de articulações
anteriores
Custeio
Capital
Total
R$-
R$1.000.000,00
R$2.000.000,00
R$3.000.000,00
R$4.000.000,00
R$5.000.000,00
R$6.000.000,00
R$7.000.000,00
Municípios(Edital)
RSAL
Valores R$ repassados para Municípios e Estados
Elaboração própria
Elementos constitutivos dos APLs
Família/Comunidade Conhecimento Tradicional/Popular Horta familiar/comunitária
Unidades Básicas de Saúde - UBS Serviço / Atenção e Promoção de saúde
Farmácia Viva
Farmácia de manipulação Fitoterápicos industrializados financiados
Capacitação de profissionais Informação/comunicação usuários
Escola - Ensino Fundamental / Médio Institutos Federais de Educação Tecnológica – IFETs
saúde e ambiente
Instituições de Ensino Superior/de Pesquisa - IES/IP
Ensino
Extensão
Plataforma tecnológica
Agricultura Urbana e Periurbana -AUP
Capacitação de profissionais
Cultivo/manejo de plantas medicinais Beneficiamento de plantas medicinais Horta familiar/comunitária Cooperativa
Agricultura Familiar - AGF
Capacitação de profissionais
Cultivo/manejo de plantas medicinais Beneficiamento de plantas medicinais
Agricultura orgânica
Cooperativa
Empresa/Indústria
Insumos
Drogas vegetais
Fitoterápicos industrializados
Parcerias Público Privadas para produção de fitoterápicos
Condições necessárias para a existência de um APL Nº significativo de empreendimentos e demais atores sociais, que se relacionam na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos;
mão-de-obra local com potencial para ser capacitada e qualificada, nas diversas etapas da cadeia produtiva;
identidade local que pode favorecer cooperação;
existência de instituições locais públicas e privadas capazes de apoiar o sistema local; presença de representação capaz de mobilizar e coordenar a ação coletiva – uma “governança local”; existência e qualidade dos vínculos entre as empresas e demais atores; capacidade de gerar novas oportunidades para o desenvolvimento social e econômico e para a inovação. Fonte: Cassiolato, Lastres e Szapiro, 2000, p. 17.
Katia Torres Consultora técnica
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos DAF/SCTIE/MS