Armarinho 17/04/2011

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SALVADOR DOMINGO 17/4/2011 8 2 Museóloga assume a direção da Dimus A professora e museóloga Ma- ria Célia Moura Santos é a nova titular da Diretoria de Museus (Dimus) do Instituto do Patri- mônio Artístico e Cultural, vin- culada à Secretaria de Cultura do Estado. Ela assume o cargo no lugar de Daniel Rangel, que esteve à frente da Dimus desde outubro de 2008 e atualmente é assessor de projetos especiais no gabinete do secretário. Músicos já podem se inscrever em festival Estão abertas até 6 de maio as inscrições para os músicos in- teressados em participar do Festival de Campos do Jordão, que este ano selecionará 164 músicos para laboratório du- rante o evento. Instrumentistas devem ter até 30 anos para con- correr; cantores e composito- res, até 35. O regulamento po- de ser acessado em www.fes- tivalcamposdojordao.org. br. Especial lembra Clodovil Hernandes O Manhã Maior, da Rede TV!, 9h, com Daniela Albuquerque e Keila Lima, apresenta um pro- grama especial sobre Clodovil Hernandes. Dois anos após a morte do estilista, será criada a Fundação Isabel Hernandes, uma homenagem à sua mãe adotiva, que abrigará as Casas Clô – entidades que irão aten- der meninas carentes. Daniela Conti / AE O estilista morreu há dois anos e é homenageado na Rede TV! Perigosos pensamentos Danuza Leão Escritora e cronista Dizem que tudo precisa ser dito, conversado, falado. Mas será mesmo? Se decretarem que um dia no ano, um só, as pessoas vão poder dizer o que lhes pas- sar pela cabeça, o mundo ex- plode em meia hora. Será possível que duas pes- soas, por mais que se gostem, podem mesmo dizer o que às vezes pensam? Não, ninguém suportaria conhecer o verdadei- ro pensamento do outro, seja do amado, do amigo, do irmão. Com maior ou menor facili- dade, os impulsos podem ser contidos: a vontade de fumar, de se atirar da ponte, de dar um tiro no marido. Só não se consegue controlar os pensamentos. Imagine se o papa, na hora de uma daquelas cerimônias do Vaticano em que ele diz sempre a mesma coisa – que está preo- cupado com alguma crise em algum país do mundo –, se dis- trair e pensar em sua dor na coluna, e como seria melhor es- tar na cama com um pijama con- fortável, sem aquelas roupas engomadas, sem o sapato ver- melho de Armani. Nada demais, pois nem pecado é – acho. Mas será que a fé é suficiente para que ele não pense em coisas tão frívolas? E se Sua Santidade achar que pensar em conforto naquela hora é pecado, vai per- guntar a quem? Será que papa se confessa? Crianças Crianças, quando muito novi- nhas, falam tudo o que lhes pas- sa pela cabeça, o que às vezes provoca grande mal-estar. São capazes de dizer para a madrinha que ela é feia, e o pior é quando contam coisas que vi- ram, o que pode ser extrema- mente perigoso. Dois pés se tocando debaixo da mesa, uma passada de mão entre duas pessoas no corredor ou na cozinha. Elas percebem, e como não aprenderam ainda o que é censura, contam tudo o que viram ou ouviram – isso quando não acontece um su- tilíssimo pequeno suborno para que não diga nada. Dependendo da autoridade de quem suborna, ela até cum- pre o acordo, e começa aí seu longo e doloroso aprendizado sobre a vida. Mas criança é crian- ça, e se um adulto não consegue controlar seus pensamentos, ela não consegue controlar sua língua, e um dia conta tudo, e exatamente para quem não de- via; eis a encrenca armada. No final, todos se entendem e acaba sobrando para ela, que – vão dizer – inventou tudo, e ainda vai levar pela vida a dú- vida sobre se viu de verdade ou se imaginou. Terá visto mesmo ou é má e tem péssimos ins- tintos, como disseram? Terreno minado Mas de bobas as crianças não têm nada; quando fingem ter tido um pesadelo, entram no quarto dos pais à noite e veem os dois nus na cama, fazem as mais loucas fantasias sobre o que viram, mas não perguntam nem falam nada com ninguém, pois intuem que aquele é um terreno minado. Eu não disse que os pensa- mentos são incontroláveis? A ideia era escrever uma crônica com princípio, meio e fim, mas é só a gente se distrair e eles vêm vindo sem rumo, sem freio, e da lembrança de ir à farmácia com- prar vitamina C passa-se para remédios e para os genéricos, que têm as mesmas proprieda- des, custam mais barato, mas nenhum médico receita, para Brasília, a política, os escânda- los, o Imposto de Renda que vem voraz, o contador que vai pedir um milhão de papéis im- possíveis de serem encontra- dos, os novos portais, a reali- dade virtual, o futuro desconhe- cido, todas as coisas que não conseguimos compreender. O jeito seria ter uma disciplina mental que impedisse nossos péssimos e inevitáveis pensa- mentos, mas será que alguém consegue? E será que alguém quer perder esse que talvez seja nosso único direito? CURTAS “ESTOU AQUI PELO BUSINESS E PARA PRESERVAR O NOSSO DNA” Quando David Azulay morreu, há dois anos, deixou sem co- mando a marca de beach wear Blue Man e também uma única filha, Sharon Azulay, 17 anos, que não estava preparada para assumir a empresa. Assim, quem ficou no comando da casa foi o Daniel Abulafia, especia- lista em finanças corporativas. Porém a marca começou a sofrer mudanças conceituais que não agradaram nem ao seu público, nem à herdeira. Sharon não gos- tou de ver a Blue Man perder principalmente o seu colorido que a fez famosa e resolveu to- mar as rédeas. Aos 19 anos, tem nas mãos o destino de uma em- presa de mais de 40. Para falar sobre o desafio, Sharon Azulay concedeu entrevista à coluna. Por que você resolveu assumir a direção da Blue Man agora? É mais fácil dizer porque não assumi antes. Eu não me sen- tia preparada para entrar. Es- tava de luto. Mas com o pas- sar do tempo fiquei com me- do que a marca perdesse o DNA. Você sentiu que a marca estava se descaracterizando? Percebi que as pessoas não estavam rendendo tanto. Não estavam motivadas. As coleções não tinham mais a cara da Blue Man. As lojas estavam sem incentivo e o cliente não se identificava mais. Conseguia ver clara- mente um antes e um depois. E eu não queria isso. Essa mudança se refletiu em uma queda de faturamento? Não, porque temos uma clientela muito fiel. Eles com- pravam, mas sentiam falta do colorido, que é característica da marca. Você já tinha alguma ligação direta com a marca quando seu pai era vivo? Meu pai nunca me preparou. Eu queria fazer psicologia e achava a fábrica uma coisa chata. Não sou uma pessoa de moda. Não sou, nem que- ro ser estilista. Estou aqui pe- lo business e para preservar o nosso DNA. E tem fluido super bem. Cheguei pedindo ajuda e hoje conheço a fábrica de cabo a rabo. O que aprendeu com seu pai? Ele me criou para a vida. Nun- ca me escondeu nada da vida, do caráter do ser humano. Ajudou muito a me preparar para me relacionar com pes- soas, a ter jogo de cintura. Arquivo pessoal ANIMAIS À SOLTA A Di Sampaio (Rua Almirante Carlos Paraguassu, 2, Pituba) lançou ,na semana passada, a coleção Animal Urbano, cheia de estampas de bichos. Apesar de estar voltada para o inverno, a marca deu prioridade aos tecidos leves ARMARINHO PEDRO FERNANDES Fábio Sande desiste do concurso dos Novos Talentos do Barra Esta semana o estilista Fábio Sande surpreendeu ao anunciar que desistiu da segunda etapa do concurso dos Novos Talentos do Barra Fashion Mall, que acontece em 26 de abril. É a primeira vez na história do con- curso, que já tem 11 edições, que um inscrito abandona a competição. Sande participou do concurso, em 2001, mas não ganhou. Na nota divulgada à impren- sa, intitulada "Fábio Sande diz não ao Barra Fashion Mall", o estilista contou que está voltado para outras atividades. “Estou cheio de novos projetos no ga- tilho e participar do Barra Fashion não se encaixa nos meus planos”. Um deles é sua nova coleção, que será apresen- tada em maio. À coluna, disse ter se inscrito no concurso apenas para come- morar os 10 anos de carreira, que completou no ano passado, mas não quis ser julgado. “Não acho justo com os meninos que estão começando agora. Já te- nho um público que sabe o que eu faço, uma clientela. Não es- tou aventurando. Sobrevivo do meu trabalho". Sande nega que a atitude te- Erik Salles / Ag. A TARDE Modelo desfila vestido de Sande na primeira fase do concurso BOUTIQUE JEZEBEL GANHA VERSÃO ON LINE A boutique Jezebel acaba de colocar no ar sua loja on line (boutiquejezebel.com.br). O site conta com objetos fofos e modernos, como canecas e necéssaires, papelaria, toy art e bijuterias CHILLI BEANS LANÇA LINHA DE ÓCULOS DE GRAU Além dos já conhecidos óculos escuros, a Chilli Beans agora investe também em óculos de grau. Os acessórios da linha Vista obedecem ao estilo colorido e expansivo da marca A VIDA DE SAINT LAURENT EM DOCUMENTÁRIO Acaba de estrear em Salvador o documentário O Louco Amor de Yves Saint Laurent (L’Amour Fou, 2010), de Pierre Thoretton. O filme conta a história da vida do grande estilista francês, morto em 2008, sob a perspectiva do amor da sua vida, Pierre Bergé. É ele quem conta a história do relacionamento dos dois, que se conheceram no funeral de Christian Dior. O fio condutor do filme é o leilão da coleção de arte do casal, em 2009, que contava com mais de 700 obras. O filme está em cartaz na SaladeArte-Cinema da Ufba, às 18h50, e no Espaço Unibanco, às 19 horas Fotos Divulgação ENTREVISTA Sharon Azulay, da Blue Man nha causado desconforto à or- ganização do concurso. “Eles en- tenderam, foram gentis”. Saia-justa Já para a stylist Tininha Viana, uma das organizadoras, a saída de um concorrente deixa o even- to em uma saia-justa. "Acho que ele ficou com medo de perder e não ser bom para a imagem dele. Apesar de não termos um contrato, a gente investiu nele. Foi muito difícil convencer as pessoas de que ele deveria con- correr, porque não era um ini- ciante. Achamos que valia a pe- na dar uma chance. Mas o con- curso vai continuar com ou sem ele. É uma pena porque tomou o lugar de alguém que poderia estar lá", criticou. Carina Brito, diretora de mar- keting do Shopping Barra, avisa que o evento não sofrerá alte- rações e continuará com os des- files de Karol Farias e Vinícius Cerqueira, mas lamenta a de- sistência de Sande. “Ele não honrou o compromisso. Existia o risco de não ganhar, porque é um concurso, e preferiu não ar- riscar. O concurso continua. Queremos valorizar e capacitar cadeia de moda local”. “Meu pai não me preparou e eu achava a fábrica uma coisa chata. Hoje, conheço tudo de cabo a rabo” Como se preparou para assumir a direção da empresa? Eu entrei de cara. Fazia co- municação, larguei no tercei- ro período. Mas agora quero fazer um curso técnico de ad- ministração de empresas. Você teve receio por ser muito jovem? Tive todos os medos possí- veis. O pessoal da empresa é muito antigo e tive medo de não conquistar o respeito de- les. Meu pai era uma águia. Eu sou só um pombinho. Mas quero ser eu mesma. Quais são seus planos para a marca? Quero aumentar a linha in- fantil e deixar a coleção de praia mais colorida, manter a ideologia da Blue Man, mas sem mesmice. Quero moder- nizar e trazer ideias. O Maxime Perelmuter (da Bri- tish Colony) vai criar uma co- leção para a Blue Man? Há ru- mores de que ele assumirá a direção criativa. Não será uma coleção. É uma linha masculina. Meia dúzia de camisetas, mas ainda es- tamos em negociação. Quan- to a assumir a direção criativa da marca, jamais. Vai ser só um help para o masculino.

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Coluna de moda Armarinho publicada no Caderno 2+ do Jornal A Tarde

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SALVADOR DOMINGO 17/4/20118 2

Museóloga assumea direção da Dimus

A professora e museóloga Ma-ria Célia Moura Santos é a novatitular da Diretoria de Museus(Dimus) do Instituto do Patri-mônio Artístico e Cultural, vin-culada à Secretaria de Culturado Estado. Ela assume o cargono lugar de Daniel Rangel, queesteve à frente da Dimus desdeoutubro de 2008 e atualmenteé assessor de projetos especiaisno gabinete do secretário.

Músicos já podem seinscrever em festival

Estão abertas até 6 de maio asinscrições para os músicos in-teressados em participar doFestival de Campos do Jordão,que este ano selecionará 164músicos para laboratório du-rante o evento. Instrumentistasdevem ter até 30 anos para con-correr; cantores e composito-res, até 35. O regulamento po-de ser acessado em www.fes-tivalcamposdojordao.org. br.

Especial lembraClodovil Hernandes

O Manhã Maior, da Rede TV!,9h, com Daniela Albuquerque eKeila Lima, apresenta um pro-grama especial sobre ClodovilHernandes. Dois anos após amorte do estilista, será criada aFundação Isabel Hernandes,uma homenagem à sua mãeadotiva, que abrigará as CasasClô – entidades que irão aten-der meninas carentes.

Daniela Conti / AE

O estilista morreu há dois anose é homenageado na Rede TV!

Perigosos pensamentos

Danuza LeãoEscritora e cronista

Dizem que tudo precisa ser dito,conversado, falado. Mas serámesmo? Se decretarem que umdia no ano, um só, as pessoasvão poder dizer o que lhes pas-sar pela cabeça, o mundo ex-plode em meia hora.

Será possível que duas pes-soas, por mais que se gostem,podem mesmo dizer o que àsvezes pensam? Não, ninguémsuportaria conhecer o verdadei-ropensamentodooutro,sejadoamado, do amigo, do irmão.

Com maior ou menor facili-dade, os impulsos podem sercontidos: a vontade de fumar,de se atirar da ponte, de dar umtiro no marido.

Só não se consegue controlaros pensamentos.

Imagine se o papa, na hora de

uma daquelas cerimônias doVaticano em que ele diz semprea mesma coisa – que está preo-cupado com alguma crise emalgum país do mundo –, se dis-trair e pensar em sua dor nacoluna, e como seria melhor es-tar na cama com um pijama con-fortável, sem aquelas roupasengomadas, sem o sapato ver-melhodeArmani.Nadademais,pois nem pecado é – acho. Masserá que a fé é suficiente paraque ele não pense em coisas tãofrívolas? E se Sua Santidadeachar que pensar em confortonaquela hora é pecado, vai per-guntar a quem? Será que papase confessa?

CriançasCrianças, quando muito novi-nhas, falam tudo o que lhes pas-sa pela cabeça, o que às vezesprovoca grande mal-estar.

São capazes de dizer para amadrinha que ela é feia, e o pioré quando contam coisas que vi-ram, o que pode ser extrema-mente perigoso.

Dois pés se tocando debaixoda mesa, uma passada de mãoentre duas pessoas no corredor

ou na cozinha. Elas percebem, ecomo não aprenderam ainda oque é censura, contam tudo oque viram ou ouviram – issoquando não acontece um su-tilíssimo pequeno suborno paraque não diga nada.

Dependendo da autoridadede quem suborna, ela até cum-pre o acordo, e começa aí seulongo e doloroso aprendizadosobreavida.Mascriançaécrian-ça, e se um adulto não conseguecontrolar seus pensamentos,ela não consegue controlar sualíngua, e um dia conta tudo, eexatamente para quem não de-via; eis a encrenca armada.

No final, todos se entendeme acaba sobrando para ela, que– vão dizer – inventou tudo, eainda vai levar pela vida a dú-vida sobre se viu de verdade ouse imaginou. Terá visto mesmoou é má e tem péssimos ins-tintos, como disseram?

Terreno minadoMas de bobas as crianças nãotêm nada; quando fingem tertido um pesadelo, entram noquarto dos pais à noite e veemos dois nus na cama, fazem as

mais loucas fantasias sobre oque viram, mas não perguntamnem falam nada com ninguém,pois intuem que aquele é umterreno minado.

Eu não disse que os pensa-mentos são incontroláveis? Aideia era escrever uma crônicacom princípio, meio e fim, masésóagentesedistraireelesvêmvindo sem rumo, sem freio, e dalembrança de ir à farmácia com-prar vitamina C passa-se pararemédios e para os genéricos,que têm as mesmas proprieda-des, custam mais barato, masnenhum médico receita, paraBrasília, a política, os escânda-los, o Imposto de Renda quevem voraz, o contador que vaipedir um milhão de papéis im-possíveis de serem encontra-dos, os novos portais, a reali-dade virtual, o futuro desconhe-cido, todas as coisas que nãoconseguimos compreender.

O jeito seria ter uma disciplinamental que impedisse nossospéssimos e inevitáveis pensa-mentos, mas será que alguémconsegue? E será que alguémquer perder esse que talvez sejanosso único direito?

CURTAS

“ESTOU AQUI PELO BUSINESS EPARA PRESERVAR O NOSSO DNA”

Quando David Azulay morreu,há dois anos, deixou sem co-mando a marca de beach wearBlue Man e também uma únicafilha, Sharon Azulay, 17 anos,que não estava preparada paraassumir a empresa. Assim,quem ficou no comando da casafoi o Daniel Abulafia, especia-lista em finanças corporativas.Porémamarcacomeçouasofrermudanças conceituais que nãoagradaram nem ao seu público,nemàherdeira.Sharonnãogos-tou de ver a Blue Man perderprincipalmente o seu coloridoque a fez famosa e resolveu to-mar as rédeas. Aos 19 anos, temnas mãos o destino de uma em-presa de mais de 40. Para falarsobre o desafio, Sharon Azulayconcedeu entrevista à coluna.

Por que você resolveu assumira direção da Blue Man agora?

É mais fácil dizer porque nãoassumi antes. Eu não me sen-tia preparada para entrar. Es-tava de luto. Mas com o pas-sar do tempo fiquei com me-do que a marca perdesse oDNA.

Você sentiu que a marca estavase descaracterizando?

Percebi que as pessoas nãoestavam rendendo tanto.Não estavam motivadas. Ascoleções não tinham mais acara da Blue Man. As lojasestavam sem incentivo e ocliente não se identificavamais. Conseguia ver clara-mente um antes e um depois.E eu não queria isso.

Essa mudança se refletiu emuma queda de faturamento?

Não, porque temos umaclientela muito fiel. Eles com-pravam,massentiamfaltadocolorido, que é característicada marca.

Você já tinha alguma ligaçãodireta com a marca quando seupai era vivo?

Meu pai nunca me preparou.Eu queria fazer psicologia eachava a fábrica uma coisachata. Não sou uma pessoade moda. Não sou, nem que-ro ser estilista. Estou aqui pe-lo business e para preservar onossoDNA.Etemfluidosuperbem. Cheguei pedindo ajudae hoje conheço a fábrica decabo a rabo.

O que aprendeu com seu pai?Ele me criou para a vida. Nun-cameescondeunadadavida,do caráter do ser humano.Ajudou muito a me prepararpara me relacionar com pes-soas, a ter jogo de cintura.

Arquivo pessoal

ANIMAIS À SOLTA

A Di Sampaio (Rua AlmiranteCarlos Paraguassu, 2, Pituba)lançou ,na semana passada,a coleção Animal Urbano,cheia de estampas de bichos.Apesar de estar voltada parao inverno, a marca deuprioridade aos tecidos leves

ARMARINHO PEDRO FERNANDES

Fábio Sande desiste do concursodos Novos Talentos do Barra

Esta semana o estilista FábioSande surpreendeu ao anunciarque desistiu da segunda etapado concurso dos Novos Talentosdo Barra Fashion Mall, queacontece em 26 de abril. É aprimeira vez na história do con-curso, que já tem 11 edições,que um inscrito abandona acompetição. Sande participoudo concurso, em 2001, mas nãoganhou.

Na nota divulgada à impren-sa, intitulada "Fábio Sande diznão ao Barra Fashion Mall", oestilista contou que está voltadopara outras atividades. “Estoucheio de novos projetos no ga-tilho e participar do BarraFashion não se encaixa nosmeus planos”. Um deles é suanova coleção, que será apresen-tada em maio.

À coluna, disse ter se inscritono concurso apenas para come-morar os 10 anos de carreira,que completou no ano passado,mas não quis ser julgado. “Nãoacho justo com os meninos queestão começando agora. Já te-nho um público que sabe o queeu faço, uma clientela. Não es-tou aventurando. Sobrevivo domeu trabalho".

Sande nega que a atitude te-

Erik Salles / Ag. A TARDE

Modelo desfilavestido deSande naprimeira fasedo concurso

BOUTIQUE JEZEBEL GANHAVERSÃO ON LINE

A boutique Jezebel acaba decolocar no ar sua loja on line(boutiquejezebel.com.br). Osite conta com objetos fofose modernos, como canecas enecéssaires, papelaria, toy arte bijuterias

CHILLI BEANS LANÇA LINHADE ÓCULOS DE GRAU

Além dos já conhecidosóculos escuros, a Chilli Beansagora investe também emóculos de grau. Os acessóriosda linha Vista obedecem aoestilo colorido e expansivoda marca

A VIDA DE SAINT LAURENTEM DOCUMENTÁRIO

Acaba de estrear em Salvadoro documentário O Louco Amorde Yves Saint Laurent(L’Amour Fou, 2010), dePierre Thoretton. O filmeconta a história da vida dogrande estilista francês,morto em 2008, sob aperspectiva do amor dasua vida, Pierre Bergé. É elequem conta a história dorelacionamento dos dois, quese conheceram no funeral deChristian Dior. O fio condutordo filme é o leilão da coleçãode arte do casal, em 2009,que contava com mais de 700obras. O filme está em cartazna SaladeArte-Cinema daUfba, às 18h50, e no EspaçoUnibanco, às 19 horas

Fotos Divulgação

ENTREVISTA Sharon Azulay, da Blue Man

nha causado desconforto à or-ganizaçãodoconcurso.“Elesen-tenderam, foram gentis”.

Saia-justaJá para a stylist Tininha Viana,uma das organizadoras, a saídade um concorrente deixa o even-toemumasaia-justa."Achoqueele ficou com medo de perder enão ser bom para a imagemdele. Apesar de não termos umcontrato, a gente investiu nele.Foi muito difícil convencer aspessoas de que ele deveria con-correr, porque não era um ini-ciante. Achamos que valia a pe-na dar uma chance. Mas o con-curso vai continuar com ou semele. É uma pena porque tomouo lugar de alguém que poderiaestar lá", criticou.

Carina Brito, diretora de mar-keting do Shopping Barra, avisaque o evento não sofrerá alte-rações e continuará com os des-files de Karol Farias e ViníciusCerqueira, mas lamenta a de-sistência de Sande. “Ele nãohonrou o compromisso. Existiao risco de não ganhar, porque éum concurso, e preferiu não ar-riscar. O concurso continua.Queremos valorizar e capacitarcadeia de moda local”.

“Meu pai não mepreparou e euachava a fábricauma coisa chata.Hoje, conheço tudode cabo a rabo”

Como se preparou para assumira direção da empresa?

Eu entrei de cara. Fazia co-municação, larguei no tercei-ro período. Mas agora querofazer um curso técnico de ad-ministração de empresas.

Você teve receio por ser muitojovem?

Tive todos os medos possí-veis. O pessoal da empresa émuito antigo e tive medo denão conquistar o respeito de-les. Meu pai era uma águia.Eu sou só um pombinho. Masquero ser eu mesma.

Quais são seus planos para amarca?

Quero aumentar a linha in-fantil e deixar a coleção depraia mais colorida, manter aideologia da Blue Man, massem mesmice. Quero moder-nizar e trazer ideias.

O Maxime Perelmuter (da Bri-tish Colony) vai criar uma co-leção para a Blue Man? Há ru-mores de que ele assumirá adireção criativa.

Não será uma coleção. É umalinha masculina. Meia dúziade camisetas, mas ainda es-tamos em negociação. Quan-to a assumir a direção criativada marca, jamais. Vai ser sóum help para o masculino.