Aquecimento Global Artigo

4

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aquecimento global

Transcript of Aquecimento Global Artigo

  • AQUECIM

    ENTO GLOBAL SN

    TESE DAS EVID

    NCIAS E AES

    LOCAIS DE ENFRENTAMENTO

    http://w

    ww.meioam

    biente.salvad

    or.ba.g

    ov.br/in

    dex.p

    hp?op

    tion=co

    m_conten

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    id=131&Item

    id=2

    Osvald

    o Solian

    o Pereira, P

    h.D.

    Ricard

    o Alexan

    dre O

    liveira, M.Sc.

    Intro

    duo

    Este artig

    o ap

    resenta d

    e maneira su

    cinta a p

    roblem

    tica envolven

    do

    o principal

    desafio

    ambiental

    que a humanidade enfren

    ta na

    atualid

    ade: o

    aquecim

    ento g

    lobal o

    casionado pela crescen

    te emisso

    dos g

    ases de efeito

    estufa d

    esde o

    incio

    da R

    evoluo

    Industrial,

    por volta d

    e 1850.

    Sugere alg

    umas a

    es passveis d

    e serem tomadas d

    e imediato e n

    o

    mdio prazo

    para p

    romover a m

    itigao

    do problem

    a, ou seja, com

    o red

    uzir o

    ritmo das em

    isses d

    os gases q

    ue esto

    contrib

    uindo para

    o aq

    uecim

    ento global.

    Finalm

    ente

    mostra

    os principais

    impacto

    s que podem

    afetar

    as populaes,

    analisan

    do quem est

    mais

    vulnervel,

    as reas

    que

    sero mais afetad

    as e quais as p

    rincipais m

    edidas d

    e adaptao

    que

    podem ser ad

    otad

    as, sobretu

    do localm

    ente.

    Como este artig

    o se prope a su

    bsidiar as d

    iscuss

    es da C

    onfern

    cia Municip

    al de M

    eio Ambiente, sero

    levantad

    as quest

    es de m

    itigao

    e adaptao

    num nvel

    mais

    local

    que nacio

    nal

    ou global.

    Os

    principais

    pontos

    levantad

    os aqui fazem

    parte

    dos

    recentes

    relatrios lan

    ados, em

    2007, pelo Painel In

    tergovern

    amental sob

    re Mudana d

    o Clima - IP

    CC.

    Est co

    mprovad

    o cientificam

    ente q

    ue a tem

    peratu

    ra na su

    perfcie d

    o planeta vem

    subindo sig

    nificativam

    ente n

    as ltim

    as dcad

    as, devid

    o ao au

    mento da em

    isso dos g

    ases de efeito

    estufa em

    itidos p

    elas ativid

    ades an

    trpicas, o

    u seja, d

    o homem.

    E, com

    o dito an

    teriormente, o

    nvel d

    e gases d

    e efeito estu

    fa vem

    aumentan

    do dram

    aticamente: d

    esde 1

    750: o nvel d

    e concen

    trao

    do CO2 saltou

    de 2

    80 ppm para 3

    79 ppm, em

    2005, rep

    resentan

    do

    a maior co

    ncen

    trao dos ltim

    os 650.000 an

    os.

    Igualm

    ente, a co

    ncen

    trao de m

    etano (C

    H4) salto

    u de 7

    15 partes

    por bilho (ppb),

    em 1750, para

    1732 ppb, nos dias

    atuais,

    resultan

    do num au

    mento de 1

    42%. Fin

    almente, a co

    ncen

    trao de

    xido nitro

    so (N2O) subiu de 270 ppb para

    319 ppb, no mesm

    o pero

    do.

    O mesm

    o estu

    do

    mostra

    que

    suas

    respectivas

    concen

    traes estavam

    estveis pelos 10.000 an

    os an

    teriores.

    O re

    sulta

    do deste

    aumento de co

    ncentra

    o que:

    a temperatu

    ra da su

    perfcie au

    mentou desd

    e 1850 em

    0.76 C

    , 0.6 C

    entre 1

    901-2000 e 0

    .74C en

    tre 1906-2005;

    a cobertu

    ra de n

    eve no rtico

    reduziu desd

    e 1978, num ritm

    o de

    2,7%/dcad

    a e 7,4%/dcad

    a duran

    te o vero

    ; o nvel d

    o mar au

    mentou

    0,17 m no scu

    lo XX;

    11 dos

    ltimos 1

    2 an

    os (1

    995-2006) esto

    entre o

    s 12 an

    os m

    ais quentes d

    esde 1

    850, sen

    do que 2

    005 foi o an

    o mais q

    uente d

    esde

    que h

    registro

    s e provavelm

    ente o m

    ais quente em

    1.000 an

    os, j

    2002 foi o seg

    undo mais q

    uente;

    Os

    ltimos 5

    0 an

    os parecem

    ter sido os m

    ais quentes d

    os

    ltimos

    6.000 an

    os, b

    aseado em

    dados de n

    cleo

    s de gelo;

    alm de au

    mento das ch

    uvas em

    algumas reg

    ies e red

    uo

    em

    outras.

    Causas e

    as co

    nseqncia

    s

    Embora o

    clima ten

    ha sem

    pre variad

    o de m

    odo natu

    ral nestes q

    uase

    dois scu

    los, torn

    a-se evid

    ente

    que a velo

    cidade e a inten

    sidade

    observad

    as no

    aumento da

    temperatu

    ra nesse

    perod

    o so

  • incompatveis

    com o tem

    po necessrio

    adaptao

    natu

    ral da

    biodiversid

    ade e d

    os eco

    ssistemas.

    Os g

    ases de efeito

    estufa so em

    itidos em

    razo das ativid

    ades d

    o homem e decorrem

    principalm

    ente

    da queim

    a de com

    bustveis

    fsseis (carvo, p

    etrleo e g

    s natu

    ral) em usinas term

    oeltricas,

    indstrias,

    veculos

    em circu

    lao e

    sistemas

    domsticos

    de

    aquecim

    ento,

    alm de ativid

    ades

    agro-pecu

    rias, desm

    atamento,

    lixes e aterros sanitrios.

    Segundo dados do IPC

    C, trs q

    uarto

    s () das em

    isses, n

    os ltim

    os 20 an

    os, so

    oriundas d

    a queim

    a de com

    bustveis f

    sseis. De 1

    970 a

    2004, as em

    isses do seto

    r de en

    ergia su

    biram

    145%, do setor d

    e tran

    sportes 1

    20%, da in

    dstria 6

    5% e n

    o seto

    r de desm

    atamento na

    faixa de 4

    0%.

    No seto

    r energ

    tico as p

    rincipais fo

    ntes so

    : CO2, na produo

    e uso

    de en

    ergia, e m

    etano (CH4), n

    a produo

    e manuseio

    de carvo, n

    a produo

    de petr

    leo e gs

    natu

    ral, e na queim

    a da biom

    assa, sen

    do q

    ue n

    esta so em

    itidos ain

    da o

    utros g

    ases. Na in

    dstria o

    s principais seg

    mentos em

    issores so

    : cimento (CO2), alu

    mnio (CF4 e

    C2F6), q

    umica (N

    2O), sid

    erurgia (C

    O2) e eltrico

    /eletrnica (S

    F6).

    Convm

    ressaltar que o

    s nveis atu

    ais de co

    ncen

    traes d

    e gases d

    e efeito

    estufa resu

    ltam de em

    isses acumuladas d

    uran

    te 150 an

    os em

    mdia e q

    ue o

    s impacto

    s das em

    isses p

    resentes sero

    sentidos

    vrias dcad

    as fren

    te, em term

    os de aumento da tem

    peratu

    ra mdia d

    a superfcie e elevao

    do n

    vel do mar.

    As co

    nseq

    ncias p

    revisveis so de q

    ue a tem

    peratu

    ra da su

    perfcie

    da terra varie en

    tre 1,8 a 4

    C en

    tre 1990 e 2

    100, com

    um au

    mento

    de 0.2C por dcad

    a nas

    prxim

    as duas

    dcad

    as. No que diz

    respeito

    ao nvel

    dos mares,

    a previso

    de um aumento

    entre

    0,18m a 0

    ,59m. A

    demais, esto p

    revistos q

    ue even

    tos extrem

    os,

    tais com

    o tufes,

    furaces,

    trombas

    dgua,

    enchentes,

    tempestad

    es, secas, dentre o

    utros, se ag

    uaro.

    O tem

    a do aquecim

    ento global

    se tornou uma

    preocu

    pao

    intern

    acional,

    levando criao

    , em

    1988, de um painel

    de

    especialistas en

    volven

    do cien

    tistas do clim

    a e reas correlatas, alm

    de rep

    resentan

    tes de govern

    os de tod

    o o mundo. Este

    comit

    recebeu o nome

    de

    Painel

    Interg

    overn

    amental

    de

    Mudanas

    Climticas (IP

    CC), q

    ue d

    esenvolve estu

    dos atu

    alizados e p

    ublicad

    os, em

    mdia, a cad

    a cinco an

    os.

    Em 1992, a O

    NU ap

    rovou, no Rio de Jan

    eiro, a Conven

    o sob

    re Mudanas C

    limticas G

    lobais, q

    ue en

    trou em

    vigor em

    1994, depois

    de ratificad

    a pelos p

    arlamentos d

    e todos o

    s pases sig

    natrio

    s. O

    instru

    mento de im

    plem

    entao

    da C

    onven

    o, que estab

    elece metas

    e prazo

    s para red

    uo

    das em

    isses d

    e gases d

    o efeito

    estufa o

    Protocolo

    de K

    yoto, proposto em

    1997, m

    as que s

    entrou em

    vigor

    em 2005, demonstran

    do com

    o so

    lentas

    e complexas

    as negocia

    es envolven

    do todos os pases.

    A principal

    meta

    do

    Protocolo

    a reduo

    mdia d

    e 5,2% das em

    isses d

    e gases d

    e efeito

    estu

    fa dos

    pases

    desen

    volvid

    os,

    em relao

    ao

    que eles

    emitiam

    em 1990, a ser atin

    gida n

    o perod

    o 2008-2012. Entretan

    to,

    pases

    importan

    tes como os Estad

    os Unidos

    e Austrlia

    no se

    comprometeram

    com estas

    metas,

    por no

    terem assin

    ado o

    Protocolo

    .

    Os pases

    em desen

    volvim

    ento no tm

    metas

    defin

    idas,

    apenas

    recomenda

    es de red

    uzir su

    as emiss

    es, e podem

    contrib

    uir com

    o esfo

    ro dos pases

    desen

    volvidos,

    contab

    ilizando suas

    redues

    como crd

    itos que

    podem ser

    negociad

    os

    com os

    pases

    desen

    volvidos.

    Este

    expediente,

    cham

    ado de

    Mecan

    ismo de

    Desen

    volvimento Lim

    po perm

    ite que p

    ases como o

    Brasil receb

    am

    recursos d

    os p

    ases desen

    volvidos p

    ara implem

    entar p

    rojetos que

    reduzem

    as emiss

    es de g

    ases de efeito

    estufa, m

    ediante o

    aumento

    da eficin

    cia energ

    tica, o uso de en

    ergias lim

    pas (co

    mo a solar,

    elica - dos ven

    tos, d

    e resduos ag

    rcolas, dentre o

    utras), o u

    so de

    lcool e biodiesel,

    alm de projeto

    s de reflorestam

    entos, aterro

    s san

    itrios,

    biodigesto

    res em propried

    ades

    rurais,

    dentre

    outras

    aes.

    O Brasil tem

    contrib

    udo para

    o aquecim

    ento

    global

    de forma

    significativa, so

    bretu

    do com

    o desm

    atamento das n

    ossas flo

    restas, j

    que 75% das

    emiss

    es de CO2 do Pas

    so oriundas

    destas

    queim

    adas. D

    izendo de o

    utra form

    a, o Brasil em

    ite trs vezes mais

    CO2, queim

    ando flo

    restas que g

    erando en

    ergia eltrica ou

    moven

    do

    toda su

    a frota d

    e transportes.

  • Mitig

    ao: A

    es P

    reventiv

    as

    Uma am

    pla varied

    ade d

    e polticas e in

    strumentos esto d

    isponveis

    aos govern

    os para

    criar incen

    tivos para

    aes

    de mitigao.

    A

    aplicab

    ilidade d

    eles depende d

    e circunstn

    cias de cad

    a pas, reg

    io e at m

    unicp

    io, e da com

    preen

    so das in

    teraes entre eles. C

    ritrios

    importan

    tes na tomada de deciso

    so

    : efetivid

    ade ambiental,

    efetividade

    de

    custo,

    efeitos de

    distrib

    uio

    e

    viabilidade

    institu

    cional.

    Polticas d

    e mitigao

    das m

    udanas clim

    ticas e outras p

    olticas de

    desen

    volvimento

    susten

    tvel so

    freq

    entes,

    mas

    nem sem

    pre

    sinrg

    icas. H evid

    ncia

    crescente

    que decis

    es sobre

    poltica

    macroeco

    nmica, p

    oltica agrcola, co

    nservao

    de florestas refo

    rma

    do seto

    r eltrico, seg

    uran

    a energ

    tica, desen

    volvimento in

    dustrial e

    de

    novas

    infra-estru

    turas

    podem

    alterar

    significativam

    ente

    as emiss

    es, positiva o

    u negativam

    ente, se fo

    rem tomadas d

    e forma

    apartad

    a da p

    oltica climtica.

    Dentre

    as p

    rincip

    ais a

    es d

    e m

    itigao pode-se

    listar:

    Substitu

    io do u

    so de en

    ergias m

    ais sujas (p

    etrleo, carvo

    ) por

    energ

    ias mais lim

    pas (solar, elica, p

    equenas h

    idreltricas, b

    iogs),

    a cogerao

    e at a migrao

    do uso de

    leo co

    mbustvel e leo

    diesel p

    ara o gs n

    atural.

    Eficin

    cia energ

    tica e eco

    nomia

    de energ

    ia: aparelh

    os mais

    eficientes, reciclag

    em de m

    ateriais, etc. U

    tilizao de tran

    sporte coletivo

    e bicicleta. U

    so de co

    mbustveis

    de tran

    sio, com

    o o lco

    ol e o biodiesel.

    Aes m

    unicip

    ais no sen

    tido de sistem

    as eficientes d

    e dren

    agem

    urbana,

    coleta e tratam

    ento de esg

    otos,

    constru

    o de aterros

    sanitrio

    s e a utilizao

    do biogs

    gerad

    o nestes

    aterros e nas

    estaes de tratam

    ento de esg

    otos para

    a gerao

    de energ

    ia eltrica. H

    abitaes

    ambientalm

    ente

    corretas, que aproveitam

    gua da

    chuva, u

    sam a en

    ergia d

    o sol p

    ara iluminao

    e aquecim

    ento, e tm

    clim

    atizao natu

    ral.

    Iniciativas e a

    es contra a d

    estruio

    de flo

    restas. R

    ecuperao d

    as reas verdes d

    as cidades, d

    a mata ciliar d

    os rio

    s e n

    ascentes, com

    espcies n

    ativas.

    Aflorestam

    ento

    (plantio onde

    no havia),

    reflorestamento

    (recuperar reas d

    egrad

    adas) e reas d

    e preservao

    .

    Um exem

    plo con

    creto que p

    ode ser tom

    ado a n

    vel municip

    al a implem

    entao

    de u

    m program

    a que o

    bjetive: au

    mentar a eficin

    cia energ

    tica e o uso de energ

    ia gerad

    a por fontes

    renovveis

    susten

    tveis e descen

    tralizadas;e red

    uzir as em

    isses d

    e carbono e

    as emisses d

    e poluentes locais g

    eradas p

    elas edifica

    es urbanas e

    a dependncia d

    as cidades d

    e fontes d

    e energ

    ia externas.

    Uma ao

    que p

    ode ser im

    plem

    entad

    a a nvel m

    unicip

    al oferta d

    e tran

    sportes

    pblicos

    de

    qualid

    ade,

    e sistem

    as que

    perm

    itam

    transportar m

    aiores volumes d

    e pesso

    as, como o

    caso do metr

    . Na m

    esma d

    ireo vai a co

    nstru

    o de ciclo

    vias, no ap

    enas p

    ara o

    lazer, mas so

    bretu

    do para facilitar o

    deslo

    camento no d

    ia a dia d

    a populao.

    Ainda a n

    vel municip

    al, podem

    ser implem

    entad

    as ou incen

    tivadas

    aes d

    e constru

    o de aterro

    s sanitrio

    s e coleta seletiva com a

    subseq

    ente recu

    perao d

    e metan

    o de aterro d

    e lixo; in

    cinerao

    de desp

    erdcio

    para

    recuperao

    de energ

    ia; compostag

    em do

    resduo orgnico;

    controle

    e tratam

    ento

    de gua desp

    erdiad

    a e

    maxim

    izao da reciclag

    em.

    Finalm

    ente, o

    municp

    io pode con

    tribuir p

    ara reduzir a con

    centrao

    de C

    O2 na atm

    osfera, tornando a cid

    ade m

    ais verde co

    m a

    es de

    reflorestam

    ento, d

    e reduo

    do desm

    atamento e d

    e conservao e

    ampliao

    das reas verd

    es e parq

    ues m

    unicip

    ais.

    Reco

    nhece-se

    hoje

    que

    os con

    tinentes

    mais

    vulnerveis

    so exatam

    ente os m

    ais carentes. A

    frica, p

    ela falta de recu

    rsos p

    ara se ad

    aptar, e a

    sia, pelos g

    randes volu

    mes p

    opulacio

    nais, sero

    certamente o

    s mais afetad

    os.

  • Mas

    esto previsto

    s impacto

    s significativo

    s tam

    bm

    na Amrica

    Latin

    a:

    At m

    eados d

    este sculo est p

    revista uma su

    bstitu

    io grad

    ual

    das flo

    restas tropicais p

    elos cerrad

    os no leste d

    a Amaz

    nia;

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    etao sem

    i-rida vai ser su

    bstitu

    da p

    or veg

    etao rid

    a, com im

    pacto

    s direto

    s no Nordeste b

    rasileiro;

    Risco

    de sig

    nificativa p

    erda d

    e biodiversid

    ade atravs d

    a extino

    de esp

    cimes em

    muitas reas trop

    icais N

    as reas

    secas, salin

    izao e

    desertificao

    das

    terras agricu

    lturveis;

    Reduo

    da p

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    ade ag

    rcola e p

    ecuria co

    m co

    nseq

    ncias

    na seg

    uran

    a alimentar;

    Aumento da p

    roduo

    de so

    ja nas zo

    nas tem

    perad

    as e reduo

    nos cerrad

    os, com

    impacto

    s direto

    s na econ

    omia b

    aiana;

    Aumento do nvel d

    o mar co

    m risco

    de in

    unda

    es de reas m

    ais baixas

    (Recife,

    por exem

    plo,

    pode ser

    uma das

    cidades

    mais

    afetadas);

    Mudanas

    no sistem

    a de precip

    itaes

    e desap

    arecimento de

    geleiras

    afetaro significativam

    ente

    disponibilidade de gua para

    consumo, ag

    ricultura e g

    erao de en

    ergia.

    Conclu

    ses

    H evid

    ncias cien

    tficas suficien

    tes para se p

    rever gran

    des im

    pactos

    com as

    mudanas

    climticas

    tais com

    o: enchentes,

    tempestad

    es, furac

    es, secas, derretim

    ento de g

    eleiras; elevao do nvel d

    o mar,

    cobrindo vrias ilh

    as e at pequenos p

    ases insulares, in

    vaso das

    reas dos

    rios pela

    gua salg

    ada,

    provocan

    do escassez

    de gua

    potvel.

    Haver

    alteraes nos

    desertos,

    reas pantan

    osas, florestas, m

    ontan

    has e am

    bientes m

    arinhos.

    Algumas esp

    cies desap

    arecero e outros tero

    que m

    igrar.

    reas de cu

    ltivo e a produo

    de alim

    entos so

    frero alteraes, p

    odendo

    ser impactad

    as negativam

    ente em

    algumas reg

    ies, sobretu

    do en

    tre os tr

    picos, e p

    ositivam

    ente, p

    elo menos n

    um prim

    eiro momento,

    nas

    reas tem

    perad

    as. Doen

    as infecciosas

    se dissem

    inaro

    mais

    facilmente

    por cau

    sa do calo

    r. A fau

    na,

    a flora

    e a humanidade

    sero, de alg

    uma fo

    rma, afetad

    as.

    Tomar

    decis

    es sobre

    o nvel

    apropriad

    o de mitigao

    global ao

    longo do tem

    po envolve

    um risco

    interativo

    no processo

    de

    administrao

    que inclui a mitigao

    e a adaptao

    , levan

    do em

    conta

    os danos de mudana

    de clim

    a atu

    ais e evitad

    os,

    co-benefcio

    s, susten

    tabilidade, p

    atrimnio lq

    uido, e atitu

    des d

    e risco.

    Escolh

    as sobre o

    balan

    o e o

    momento op

    ortuno de m

    itigao d

    e gases d

    e efeito estu

    fa envolvem

    a anlise d

    os cu

    stos eco

    nmicos d

    e red

    ues d

    e emisso

    mais rp

    idas, co

    ntra o

    corresp

    ondente risco

    climtico

    de atraso

    a mdio e lo

    ngo prazo. M

    ais um desafio

    est colocad

    o para as cid

    ades.

    Refern

    cias

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    ent Report C

    limate C

    hange: T

    he P

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    Change:

    Climate

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    n an

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    a atual e d

    efinio

    das

    alteraes clim

    ticas para o

    territrio brasileiro ao

    longo d

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