Apostila de Radiologia Veterinaria_TN.mariASOUZA

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    SMARIO

    INTRODUO ............................................................................................................................................... 4Tipos de ossos ................................................................................................................................................. 4Estruturas sseas .............................................................................................................................................. 4Resposta ssea Agresso e Doena ............................................................................................................... 5Tipos de reao periosteal ................................................................................................................................ 5

    Avaliao Radiogrfica do Tecido sseo ......................................................................................................... 5Classificao das Fraturas ................................................................................................................................ 6FRATURAS EPIFISRIAS EM ANIMAIS JOVENS ..................................................................................... 6ESTGIOS DE CONSOLIDAO DAS FRATURAS .................................................................................. 7Nomenclatura do posicionamento .................................................................................................................... 8Aparelho de Aparelho de Radiologia............................................................................................................ 8Histria da Radiologia................................................................................................................................... 8Importncia dos Raios X em Medicina Veterinria .......................................................................................... 8Propriedades dos Raios X ................................................................................................................................ 8O efeito da quilovoltagem (Kv)........................................................................................................................ 9Qualidade dos Raios-x: .................................................................................................................................... 9Efeito da miliamperagem ................................................................................................................................. 9

    Relao entre a Fonte de Radiao, o Objeto e o Filme na Imagem Radiogrfica ............................................. 9Para se calcular a tcnica radiogrfica a ser utilizada para uma distncia (D) de 75 cm: ................................. 10Calcular o kV: ............................................................................................................................................... 10Calcular os segundos ..................................................................................................................................... 10Densidades Radiolgicas ............................................................................................................................... 11Proteo Radiolgica ................................................................................................................................... 11Anatomia do co .......................................................................................................................................... 11Esqueleto de um co macho ........................................................................................................................ 12Acessrios na radiologia veterinria........................................................................................................... 12Pedido de exames......................................................................................................................................... 14Restrio fsica e Qumica........................................................................................................................... 14POSICIONAMENTO DO TORAX............................................................................................................ 14Posicionamento para a projeo lateral da cavidade torcica .......................................................................... 14Posicionamento para a projeo ventro-dorsal da cavidade torcica ............................................................... 15Posicionamento para a projeo dorsoventral da cavidade torcica ................................................................ 15POSICIONAMENTO DA COLUNA VERTEBRAL................................................................................. 16Posicionamento do paciente para radiografia de coluna cervical em projeo lateral .................. .................... 16Posicionamento da coluna cervical para projeo ventro-dorsal ..................................................................... 16Posicionamento de coluna vertebral para projeo lateral ............................................................................... 16Posicionamento de coluna vertebral para projeo ventro-dorsal ................................................ .................... 16POSICIONAMENTO DO CRNIO.......................................................................................................... 17Posicionamento do crnio para projeo lateral co ....................................................................................... 17Posicionamento do crnio para projeo lateral com boca aberta ................................................................... 18

    Posicionamento do crnio para projeo ventro-dorsal ................................................................................... 18Posicionamento do crnio para projeo dorso-ventral ................................................................................... 18Posicionamento do crnio para projeo oblqua mdio-lateral da maxila com boca aberta ............................ 18Posicionamento frontal para avaliao do forame magno ............................................................................... 19POSICIONAMENTO DA CAVIDADE ABDOMINAL............................................................................ 19Posicionamento ltero-lateral da cavidade abdominal .................................................................................... 19Posicionamento ventro-dorsal da cavidade abdominal.................................................................................... 19POSICIONAMENTO DOS MEMBROS ANTERIORES (MMAA)......................................................... 20Posicionamento da articulao do ombro e do brao para projeo mdio-lateral ........................................... 20Posicionamento da articulao do ombro para projeo caudo-cranial............................................................ 20Posicionamento da articulao do cotovelo para projeo mdio-lateral ......................................................... 20Radiografia do cotovelo e antebrao em projeo crnio-caudal..................................................................... 21

    Posicionamento da articulao carpal para projeo mdio-lateral ................................................................. 21Posicionamento oblquo da articulao carpal para projeo mdio-palmar dorso-lateral ........... .................... 21

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    Posicionamento da articulao carpal para projeo dorso-palmar ................................................................. 21POSICIONAMENTO DA PELVE............................................................................................................. 22Posicionamento da pelve para projeo Latero-lateral .................................................................................... 22Posicionamento da pelve para projeo ventro-dorsal .................................................................................... 22POSICIONAMENTO DOS MEMBROS POSTERIORES (MMPP)........................................................ 22Posicionamento da coxa e articulao do joelho para projeo mediolateral ................................................... 22Posicionamento da articulao do joelho em projeo caudo-cranial .............................................................. 23

    Posicionamento da articulao tarsal em projeo latero-medial .................................................................... 23Posicionamento da articulao tarsal em projeo dorso-plantar .................................................................... 23Posicionamento oblquo da articulao tarsal em projeo dorso-lateral e mdio-plantar................................ 23Posicionamento da pata traseira em projeo dorso-plantar ............................................................................ 24EXAMES CONTRASTADOS .................................................................................................................... 24MEIOS DE CONTRASTE ............................................................................................................................ 24RADIOLOGIA DO ESFAGO.................................................................................................................. 25Posicionamento do paciente para radiografia de regio cervical em projeo lateral ....................................... 25Posicionamento da regio cervical para projeo ventro-dorsal ...................................................................... 25Posicionamento para a projeo lateral da cavidade torcica .......................................................................... 26ESOFAGOGRAMA NORMAL EM CO .................................................................................................... 26TRNSITO GASTROINTESTINAL......................................................................................................... 26

    ENEMA OPACO......................................................................................................................................... 27RADIOLOGIA DO SISTEMA URINRIO.............................................................................................. 27Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeo latero-lateral e anterior ........................................... 27MIELOGRAFIA.......................................................................................................................................... 28MIELOGRAFIA NORMAL REGIO CERVICAL ...................................................................................... 29MIELOGRAFIA NORMALREGIO TORCICA ....................................................................................... 29MIELOGRAFIA NORMAL REGIO LOMBAR ......................................................................................... 29MIELOGRAFIA REGIO LOMBAR PROJEO VENTRODORSAL .............................................. ........ 29

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    INTRODUO

    A medicina veterinria diferente da medicina humana, devido ao fato de trabalhar com vriasespcies de animais e, quando e necessrio, utiliza mtodos de diagnstico por imagem, como raios-x, ultra-som, tomografia computadorizada, ressonncia magntica, cintilografia e, futuramente o pet scan.

    Hoje no Brasil faz uso dos raios-x e o ultra-som, sendo de suma importncia para o diagnstico de umavariada gama de patologias. No h diferencia entre a medicina veterinria com a medicina humana no que diz

    a respeito de proteo radiolgica, como: luvas, aventais, culos, colar de tireide, dosimetria, baritagem desala, grade difusora e anlise pelo menos duas vezes por ano do aparelho em uso, por empresas especializadas,quanto ao maquinrio, fuga de radiao, colimao, mA, kV e T, e preparao de relatrio para que sepromovam modificaes e consertos, se necessrio.

    Semiologia do Sistema sseo

    Tecidosseo: tecido conjuntivo especializado cuja principal caracterstica a rigidez.Osso:rgo e estrutura composta por muitos tecidos incluindo vasos e cartilagens, tecidos conjuntivo fibrosos,gordura e hematopoitico; complexo e dinmico.Funes:sustentao para tecidos moles, proteo para os rgos vitais, alavanca para movimentos, banco deminerais, tecido hematopoitico, clulas osteognicas.

    Composio:matriz orgnica (colgeno e proteoglicanos) e matriz mineral (fosfato de clcio, magnsio).Desenvolvimento: ossificao endocondral - osso se desenvolve a partir de uma matriz cartilaginosa prformada e ossificao intramembranosa a partir do tecido conjuntivo.

    Tipos de ossos

    Ossos longos- crescem longitudinalmente por ossificao endocondral, centro de ossificao formado na vidafetais e secundrios (placas de crescimento) que se afastam at as pores distais e proximais.Ossos curtos ossificao endocondral (carpos)Ossos chatos ossificao intramembranosa (crnio e pelve)Ossos sesamides- formam-se em tecidos ligamentosos na direo dos tendes

    Estruturas sseas

    Calcificao: deposio de sais de clcio nos ossos (radiopacos)Protuberncias: so as regies sseas de maior espessura que tm queatravessar o feixe de raios-x.Peristeo: lmina de tec. conjuntivo denso, atado ao osso compacto(cortical)Endsteo: lmina sobre a cavidade medular composta de clulasosteognicas e osteoclastos.Suprimento sanguneo: artria nutrcia artria, metafisria e arterolasdo peristeo

    Epfise: extremidade caracterizada por osso esponjoso,trabeculado, tec. hematopoitico coberta por osso compactoe cartilagem articular.Metfise: rea de tecido esponjoso ao lado da linhaepifisria (pouco calcificada)Difise:formada por osso compacto e denso (cortical), quecerca a cavidade medular (medula ssea)

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    Resposta ssea Agresso e Doena

    Densidade diminuda: osso reabsorvido como resultado de um trauma, doena metablica, inflamao ouneoplasia, perde densidade radiogrfica no local; padro trabecular torna-se confuso ou perdido, pode serlocalizada ou generalizada (distrbios metablicos)Densidade aumentada: associada mineralizao aumenta a resposta a trauma ou stress (engrossamento dacortical ao longo da linha de stress - rea de infeco); o termo esclertico usado; esclerose sub-condral pode

    ser vista em alteraes artrticas em uma articulaoReao periosteal: peristeo elevado do crtex subjacente, ocorrendo nova formao ssea abaixo deste;pode ser laminada, lisa, ou radiada; nas leses destrutivas nas quais uma poro do crtex destruda, um slidotringulo de osso forma-se tringulo de Codman. Uma reao periosteal lisa e intacta sugere leso benigna eum padro de resposta com eroso sugere malignidade

    Tipos de reao periosteal

    Alterao no tamanho ou contorno: resultado de doena ou trauma durante o perodo de crescimento(fechamento prematuro).Alterao no padro trabcula:so vistos em ossos normais nas epfises e difises; as alteraes sugeremincio de patologia.

    Avaliao Radiogrfica do Tecido sseo

    Identificar o tipo de alterao:

    Densidade tipo: nica ou mista, predominnciaReao periosteal- tipo contornos e tamanho, idade do animal, ossos adjacentes.Neoformao periosteal; calo sseo; osteofito.Determinar a localizao:em um osso ou em vriosDeterminar a localizao no osso envolvido:generalizada (multifocal) ou localizada (cortical ou medular)Alteraes em tecidos moles:aumento de volume, calcificao

    Determinar a agressividade da leso:

    Benigna: transio definida, margens distintas, bordas esclerticas, cortical intacta, peristeo regular,progresso lenta

    Maligna: transio mal definida, margens indistintas, bordas desgastadas, cortical afetada, peristeoirregular e progresso rpida

    Alteraes Traumticas

    Fraturas:dissoluo de continuidade ssea com ou sem deslocamento dos fragmentos, acompanhada devrios graus de leso em tecidos moles.

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    Fatores predisponentes:gerais ou locaisEtiologia:causas extrnsecas ou intrnsecas

    Classificao das Fraturas

    Quanto ao tipo:

    Incompletas em galho verde:curvaturas, imaturas, deformam o ossoFissuras- nicas ou mltiplas depresses - rea de interseco de mltiplas fraturas

    Fraturas incompletas Fratura completa:

    Nmero de fragmentos Quanto localizao:

    FRATURAS EPIFISRIAS EM ANIMAIS JOVENS

    Classificao de Salter-Harris

    Reparao das Fraturas

    Formao do calo sseo: proliferao de clulas endosteal e periosteal emtodo o tecido sseo, lembrando que s h formao de calo sseo se unir oendsteo com o peristeo.

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    ESTGIOS DE CONSOLIDAO DAS FRATURAS

    Complicaes de Fraturas

    Ausncia da formao do calo sseo exuberante (osteomielite, instabilidade) rotao dos fragmentos ostelisedas margens de fratura zona de radioluscncia em volta de aparelho de fixao interno

    Principais Complicaes

    Unio retardada- persistncia da linha radioluscente de fratura, pequena rea de proliferao periosteal.No unio- extremidades lisas, esclerticas arredondadas e sem evidncia de unio na linha de fraturaM unio- calo sseo e consolidao anormal

    Osteomielite: processo inflamatrio infeccioso damedula sseo e adjacente.Sinais radiogrficos iniciais - perda do padronormal nas metfises, reao periosteal proliferativa eagressiva local, ostelise da cortical e medular (reade radioluscncia ssea), perda de trabeculaoSinais radiogrficos tardios- margem esclertica aoredor das reas de lise (rea de densidade aumentada),seqestro sseo (corpo de Brodie), proliferaoperiosteal (periostite), fstulas e adelgaamento dacortical.

    Luxao- perda da relao articular podendo haver asada da extremidade de um osso para fora dacavidade articular.

    Podem ser:

    Quanto origem:traumticas, congnitas, patolgicasQuanto redutibilidade:redutveis, irredutveis ou intermitentesQuanto ao tempo de ocorrncia:antiga ou recente; de acordo com a articulao atingida.

    Posicionamento Radiogrfico

    O posicionamento correto e preciso visa especificamente: Maior conforto do paciente; Conteno e Imobilizao do paciente; Reproduo radiogrfica fida e digna do rgo que esta sendo examinado.

    Ao posicionarmos o paciente com o propsito de efetuar radiografias, deve-se dar a este posicionamento,levando em conta a face do corpo do animal onde incide e a face onde emerge a radiao. Dar nome aoposicionamento importante no estudo radiogrfico dos diferentes rgos quanto posio, relao com outrosrgos, descrio da forma e arquitetura (interna e marginal), tamanho, densidade radiogrfica natural enmero.

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    Nomenclatura do posicionamento

    DV:Dorso ventral (feixe de raios incide no dorso e emerge no ventre do animal atingindo o filme);VD:Ventro dorsal (exatamente o oposto do item acima);LL:Latero lateral (incide de um lado e emerge no outro);LDou LE:Latero lateral direto ou esquerdo;CrCaou CaCr:Crnio caudal e Caudo cranial (usados para membros da poro proximal at o carpo ou tarso)

    DPe PD:dorso palmar / planto dorsal (usados a partir do carpo e tarso).MLe LM:Mdio lateral e Latero medial (usados para MMAA e MMPP).

    Interpretao Radiolgica

    Avaliar padro radiogrfico e posicionamento; Mudana de posio de um rgo ou parte dele; Variao no tamanho; Variao no contorno ou forma; Alterao na densidade; Alterao na funo e na arquitetura radiogrfica.

    Aparelho de Aparelho de Radiologia

    Hoje os aparelhos de radiologia veterinria possui dois modelos no que se diferem um do outro aquantidade de mA e o kV, 90% das clnicas utilizam aparelhos portteis de potncia 100kV e 100mA, sendoque os 10% faz uso de aparelhos de 600mA e 125kV.

    Histria da Radiologia

    Wilhelm Conrad Roentgen (1845 - 1923) descobriu os raios X em 1895 utilizando uma ampola deCrookes; exibiu a primeira radiografia efetuada em 1901 recebeu o primeiro Prmio Nobel de Fsica da histria

    Esquema da Ampola de Crookes

    Importncia dos Raios X em Medicina Veterinria

    Radiodiagnstico tem possibilidade de avaliar estruturas do corpo do indivduo sem uso de tcnicas invasivascomo cirurgias exploratrias.

    Propriedades dos Raios X

    Propagam-se em linha reta e na mesma velocidade da luzPor no apresentarem carga eltrica no so desviados por campos eltricos ou magnticosPor no possurem massa atravessam os corposProduzem ionizao por onde passam e impressionam filmes fotogrficos

    Estimulam substncias fluorescentes como o platino cianeto de brio e o sulfato de zincoPodem afetar clulas vivas, produzindo alteraes somticas e ou genticas

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    Esquema da Ampola de Coolidge Esquema da Ampola de nodo giratrio

    O efeito da quilovoltagem (Kv).

    Como foi dito, a passagem da corrente de alta tenso atravs de uma ampola de R-X que resulta naproduo de radiao.

    Quanto maior a Kv, mais rapidamente os eltrons viajaro, maior a quantidade de energia liberada noimpacto e menores os comprimentos de onda dos RX produzidos

    Quanto maior o comprimento de onda, maior a fora de penetrao do feixe, afetando a qualidade daradiografia.

    Qualidade dos Raios-x:

    40 a 60 Kv / 0,5 A = Raios moles 60 a 80 Kv / 0,45 A = Raios mdios 80 a 100 Kv / 0,4 A = Raios duros

    Em radiodiagnstico, os mais utilizados esto na faixa dos raios mdios.

    Efeito da miliamperagem

    A quantidade de corrente que viaja atravs de uma ampola durante uma exposio depende do nmero deeltrons disponveis

    A corrente da ampola (medida em miliampre) est diretamente relacionada com a quantidade de RXproduzida

    No entanto, a quantidade de raios X produzida tambm depende da durao da exposio (mAs)

    Interao dos Raios-x com a Matria

    Ao interagir com a matria os raios X podem produzir fenmenos:

    Radiaes secundrias:toda a energia da radiao cedida ao tomo do corpo radiografada o qual emiteradiao de comprimento de onda maior que o raio incidente.

    Efeito Compton: parte da energia da radiao transferida ao tomo e o raio incidente continuar suatrajetria com comprimento de onda maior.

    Raio disperso:a radiao apenas desviada da sua trajetria sem alterar o comprimento de onda.

    Relao entre a Fonte de Radiao, o Objeto e o Filme na Imagem Radiogrfica

    A densidade da radiao INVERSAMENTE proporcional distncia, visto que, os raios sendo divergentes, medida que se afastam do objeto, menor a quantidade de raios provenientes do foco que atingem este objeto e

    conseqentemente o filme, assim produzindo imagem menos ntida. Posicionamento importante para evitardistoro da imagem

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    A qualidade da imagem depende principalmente:

    O objeto a ser radiografado precisa estar colocado junto ao filme, para que a imagem seja prxima aotamanho real;

    A colimao deve ser a menor possvel para se obter imagens mais ntidas;Os Raios X devem incidir perpendicularmente ao objeto a ser radiografado.

    A formao da imagem radiogrfica depende da impregnao do filme por sais de prata aps a passagem daradiao:

    A precipitao determina imagens negras;A no precipitao determina imagens brancas.

    Para se calcular a tcnica radiogrfica a ser utilizada para uma distncia (D) de 75 cm:

    E = espessura em centmetros. C.f. = constante do filme (em mdia de 20)

    Para cada tipo de tecido existe uma relao entre Kv e a mAs : Ossos: Kv = mA (kV+10 = mA/2) Abdome: mAs = Kv . 2 Trax: mAs = Kv / 10

    Calcular o kV:

    kV: E x 2 + C.f

    Para cada aumento de 10 Kv pode-se reduzir a mA metade.

    Por exemplo:

    Para osso:E = 10 cm mA: kV+10 = mA/2kV = E . 2 + C.f 40+10 = 40/2kV = 10 . 2 + 20 50 = 20kV = 20 + 20kV = 40 Ser dado 50kV com 20mA.

    Para trax:E = 10 cm mA: kV/10kV = E . 2 + C.f mA: 40/10kV = 10 . 2 + 20 mA: 4kV = 20 + 20kV = 40 Ser dado 40kV com 4mA.

    Para abdome:E = 10 cm mA: kV . 2 mA: kV+10 = mA/2kV = E . 2 + C.f mA: 40 . 2 40+10 = 80/2kV = 10 . 2 + 20 mA: 80 50 = 40kV = 20 + 20kV = 40 Ser dado 50kV com 40mA.

    Calcular os segundos 15 mA 1s10 mA s s = 0,66

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    Densidades Radiolgicas

    Quanto maior o peso atmico, maior dificuldade tero os raios para ultrapassar o corpoQuanto maior a espessura, maior dificuldade ter a radiao para ultrapassar o corpoMaior densidade da matria requer maior poder de penetrao dos raios

    Densidade OSSO - radiopaco (branco)

    Densidade GUA (cinza claro) Densidade GORDURA (cinza mais escuro) Densidade AR - radioluscente (preto)

    Efeito de subtrao: quando estruturas de densidades diferentes se sobrepem (ex.: gs em duodenosobreposto a imagem do fgado determina imagem menos radiopaca).

    Efeito de Adio de Imagem: quando estruturas de mesma densidade se sobrepem (ex.: dois ossosdeterminam imagem mais radiopaca).

    Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeo lateral efeito de subtrao

    Radiografia de articulao carpal em projeo oblqua efeito de adio

    Proteo Radiolgica

    Radiologistas, tcnicos e auxiliares devem sempre usar avental e luvas plumbferas, dosmetro para medir a

    radiao recebida e quando possvel proteger-se atrs de biombo de chumbo ou paredes espessas. Colima-se ofeixe de radiao atravs de cones ou diafragmas dirigindo-o para o cho e utiliza-se maior Kv e menor mAs

    Cuidados para exame adequado

    Exame de abdome - fazer limpeza do sistema digestrio, sempre que as condies do paciente permitir. Pele e pelos limpos e livres de pomadas cascos dos eqinos escovados e livres de ferraduras. Efetuar sempre radiografias perpendiculares entre si. Realizar sempre radiografia simples antes do exame contrastado

    Anatomia do co

    01 Focinho02 Crnio03 Pescoo04 Dorso05 Garupa06 Cauda07 Flanco08 Trax09 Posterior10 Brao11 Antebrao12 Ventre13 Jarrete14 Ergot15 Almofadas Plantares16 Cotovelo17 Quartela18 Munheca

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    ESPORO ou ERGOT - O esporo, ou dedo rudimentar, crneo como uma unha, o ltimo,para o lado de dentro de cada pata. No tem utilidade para a grande maioria dos ces domsticos,por isso muitas vezes removido em tenra idade. Pode ser, no entanto, essencial para categoriascomo o puffin dog pois facilita a mobilidade em terreno acidentado.

    ALMOFADAS PLANTARES - a "sola" dos ps. A cor varia de acordo com a raa.

    Conhea o CRNIO e a ARCADA DENTRIA de um co

    APRUMOS - a posio assumida pelos membros para darequilbrio ao co.

    JARRETES - a parte final dos membros posteriores. Vai daperna de trs at o p

    Esqueleto de um co macho

    01. Cavidade oral, boca02. Traquia03. Corao04. Fgado05. Estmago06. Pnis07. Testculo08. Intestino09. Bao

    10. Pulmo11. Artria

    Acessrios na radiologia veterinria

    A rea da radiologia veterinria extremamente rica em acessrios, os quais, contribuem na rotinadiagnstica para a realizao de exames radiolgicos.

    Entretanto o conhecimento deste material muito importante, justamente para que haja uma utilizaocorreta usufruindo todos os benefcios aos quais os mesmos oferecem para o tcnico em radiologia veterinria,assim como para o mdico veterinrio, auxiliar de sala e acompanhante do animal.

    Abaixo veremos com ilustrao os acessrios mais utilizados em uma rotina veterinria.

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    Avental de Chumbo: fundamental para a radioproteo do profissional em sala de exames, o qualdeve ser tambm oferecido para o animal e acompanhantes da sala que auxiliam na imobilizao doanimal que ser radiografado.

    Cilindros e cones de extenso: So utilizados quando se deseja localizar estruturas de interesseradiolgico com evidncia, alm de minimizarem a radiao secundria.

    Luvas de chumbo: So indispensveis na radioproteo, evitando exposio da radiaoionizante nas extremidades do profissional ou acompanhante que estar segurando o animal aoser radiografado com segurana.

    Protetor de tireide: feito com malha de chumbo utilizado na regio cervical do animal,profissional e acompanhante. Protege as glndulas tireides contra a exposio e contaminaoda radiao ionizante na realizao do exame radiolgico.

    Termmetro: Utilizado em tanques de revelao, mede a temperatura correta dos qumicosutilizados na revelao de filmes radiolgicos. de fundamental importncia para um bompadro radiogrfico.

    Faixa de compresso: utilizada para se restringir o animal com segurana na realizao dosexames radiolgicos, principalmente quando o animal est agitado, evitando a sedaofarmacolgica. E no outro plano apresentamos uma rgua escanogrfica, ou escanomtrica

    como tambm conhecida, utilizado em casos de estudo na escanometria dos MMII doanimal.

    Identificador radiogrfico eletrnico: utilizado dentro da sala escura para se identificar onome do animal, bem como outras informaes importantes no filme radiogrfico.

    Chassis radiogrficos: so utilizados para armazenar o filme radiogrfico.

    cran: Pelcula composta de tungstato de clcio, o material fica dentro do chassis emntimo contato com a pelcula radiogrfica, emitindo luz quando exposta a radiaoionizante.

    Tanque de revelao: utilizado para armazenar os qumicos de revelao para a pelcula.

    Letras e nmeros de chumbo: So utilizados para identificar informaes importantespertinentes ao animal e o seu posicionamento na pelcula radiogrfica.

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    Conjunto para histerosalpingografia: utilizado para se avaliar a estrutura uterina deanimais.

    Pina para uretrocistografia: utilizada para se realizar uretrocistografia de animais.

    Pedido de exames

    O tcnico deve receber o pedido de exames, que dever conter: nome do proprietrio, espcie deanimal, raa, sexo, idade e nome do profissional veterinrio solicitante, alm do nmero de registro, sendo quetodos esses dados devem compor a identificao no exame radiolgico, o tcnico deve transpor todas essasinformaes para um livro de registro, que dever conter ainda a regio a ser radiografada, kV, mA e tempoutilizado, livro tal exigido pela vigilncia sanitria.

    Restrio fsica e Qumica

    Um exame ideal, cujo resultado dever ser interpretado pelo mdico veterinrio, deve aplicar certasnormas tcnicas, para que possa diminuir as chamadas distores geomtricas. O tcnico dever ter em mentepor mais que o animal seja tranqilo pode causar acidentes graves quando indevidamente contido oumanipulado.

    O uso de restries fsicas para ces, o mais comum utilizar mordaas, que podem variar de umsimples fitilho a uma mordaa de acrlico ou de couro de tamanhos diferentes.

    Para a espcie felina, muitas vezes as mordaas no suficiente, pois os felinos possuem unhas como omeio de defesa, da a necessidade de manipuladores e animais usar luvas ou simplesmente uma faixa deesparadrapo presa s regies dos dgitos, outra tcnica que pode ser utilizados usar em volta da regio cervicaluma toalha ou pano tendo-se cuidado com as unhas.

    Em muitos casos, o animal mesmo com mordaas no permanece quieto, desta forma utiliza a restrioqumica, com sedao ou anestsico de curta durao quando se faz necessrio, a presena de um mdicoveterinrio fundamental para a aplicao e controle de tais frmacos, levando em considerao o risco ebeneficio do animal.

    POSICIONAMENTO DO TORAX

    Radiografia torcica fornece oportunidade de examinar uma cavidade inacessvel a outros mtodos dediagnstico.

    Posicionamento exato e fator de exposio so imprescindveis para evitar distores e artefatos detcnica.

    Tempo de exposio deve ser menor que 1/20 s (respirao perda de detalhes).

    Avaliao do trax em duas incidncias.

    Posicionamento para a projeo lateral da cavidade torcica

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    Posicionamento para a projeo ventro-dorsal da cavidade torcica

    Posicionamento para a projeo dorsoventral da cavidade torcica

    Radiografias devem ser realizadas durante o pico da pausa inspiratria, para se acentuar o contraste entre asestruturas. A posio e aparncia da vscera normal dependem das relaes posturais, fase do ciclo respiratrio,estado fisiolgico, conformao fsica e geometria dos raios-x, variaes na silhueta cardaca, no diafragma eparnquima pulmonar.

    Radiografia torcica realizada em pico de pausa inspiratria

    Radiografia torcica realizada em fase expiratria

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    POSICIONAMENTO DA COLUNA VERTEBRAL

    Regies:cervical, torcica, lombar, sacra e coccgea.Tcnica: posio LL, VD e outras com LL em flexo; para promover contraste mantemos a mAs alto ediminumos a Kv ; devemos buscar o paralelismo perfeito entre a coluna vertebral e a chapa radiogrfica; oposicionamento feito com o auxlio de calos de espuma (radiotransparentes); algumas vezes h necessidadede anestesia.

    Posicionamento do paciente para radiografia de coluna cervical em projeo lateral

    Posicionamento da coluna cervical para projeo ventro-dorsal

    Posicionamento de coluna vertebral para projeo lateral

    Posicionamento de coluna vertebral para projeo ventro-dorsal

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    POSICIONAMENTO DO CRNIO

    Constitui a rea de maior dificuldade radiogrfica: devido a grande variao de raas, dificuldade deimobilizao; superposio de estruturas importantes.Formatos de cabea: dolicoceflica (cabea longa - Collie); mesaticeflica (tipo mdio - Pastor);braquiceflica (tipo curto - Boxer e Pequins)

    Conformao e caractersticas externas do crnio nos ces

    Incidncias do crnio

    Lateral:raios centrados entre a orelha e o olho, dorsal ao arco zigomtico. Ventro dorsal:decbito dorsal Dorso ventral:decbito esternal Lateral oblqua:decbito lateral, com o feixe de raios direcionados em ngulo reto com o chassis. Frontal:decbito dorsal, pescoo flexionado at que o palato duro fique perpendicular

    Posicionamento do crnio para projeo lateral co

    Projeo lateral do crnio de gato

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    Posicionamento do crnio para projeo lateral com boca aberta

    Posicionamento do crnio para projeo ventro-dorsal

    Posicionamento do crnio para projeo dorso-ventral

    Posicionamento do crnio para projeo oblqua mdio-lateral da maxila com boca aberta

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    Posicionamento frontal para avaliao do forame magno

    POSICIONAMENTO DA CAVIDADE ABDOMINAL

    Ltero-lateral: O raio incide na parte lateral e sai na lateral. Ventro-dorsal: O raio incide na parte ventral e sai na dorsal.

    Posicionamento ltero-lateral da cavidade abdominal

    Posicionamento ventro-dorsal da cavidade abdominal

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    POSICIONAMENTO DOS MEMBROS ANTERIORES (MMAA)

    Ombro e do brao para projeo mediolateral Articulao do ombro para projeo caudocranial Articulao do cotovelo para projeo mediolateral Cotovelo e antebrao em projeo craniocaudal Articulao carpal para projeo mediolateral Mediopalmar dorsolateral Articulao carpal para projeo dorsopalmar

    Posicionamento da articulao do ombro e do brao para projeo mdio-lateral

    Posicionamento da articulao do ombro para projeo caudo-cranial

    Posicionamento da articulao do cotovelo para projeo mdio-lateral

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    Radiografia do cotovelo e antebrao em projeo crnio-caudal

    Posicionamento da articulao carpal para projeo mdio-lateral

    Posicionamento oblquo da articulao carpal para projeo mdio-palmar dorso-lateral

    Posicionamento da articulao carpal para projeo dorso-palmar

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    POSICIONAMENTO DA PELVE

    Projeo Laterolateral Projeo ventro-dorsal

    Posicionamento da pelve para projeo Latero-lateral

    Posicionamento da pelve para projeo ventro-dorsal

    POSICIONAMENTO DOS MEMBROS POSTERIORES (MMPP)

    Coxa e articulao do joelho para projeo mediolateral Articulao do joelho em projeo caudocranial Articulao tarsal em projeo lateromedial Articulao tarsal em projeo dorsoplantar Articulao tarsal em projeo dorsolateral-medioplantar Pata traseira em projeo dorsoplantar

    Posicionamento da coxa e articulao do joelho para projeo mediolateral

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    Posicionamento da articulao do joelho em projeo caudo-cranial

    Posicionamento da articulao tarsal em projeo latero-medial

    Posicionamento da articulao tarsal em projeo dorso-plantar

    Posicionamento oblquo da articulao tarsal em projeo dorso-lateral e mdio-plantar

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    Posicionamento da pata traseira em projeo dorso-plantar

    EXAMES CONTRASTADOS

    O exame radiogrfico mtodo auxiliar de diagnstico mais utilizado na elucidao de grande parte

    das patologias que acometem os animais de companhia, por ser extremamente eficiente, rpido e de baixo custo.Quanto mais se diversificam os mtodos de diagnstico por imagens como: ultra-som, tomografiacomputadorizada, ressonncia magntica e medicina nuclear, mais a importncia do radiodiagnstico aumenta,em face de possibilidade de orientar uma primeira investigao, especialmente nas emergncias. Osequipamentos radiogrficos permitem o estudo dos sistemas sseo e articular e dos demais rgos localizadostanto na cavidade torcica como abdominal. Entretanto, no se pode prescindir de complementar alguns examescom a utilizao de tcnicas contrastadas como:

    Esofagograma; Trnsito gastrintestinal e enema opaco; Urografia excretora, cistografia, uretrocistografia;

    Fistulografias; Mielografia

    A radiologia veterinria encontra-se num perodo de evoluo, com um passado relativamente curto,um presente excitante e um grande futuro pela frente, face importncia no auxilio diagnstico dasenfermidades na clnica de pequenos animais.

    Embora a evoluo tenha trazido inmeros mtodos de diagnstico, muitos com alto grau desofisticao, o estudo radiolgico, torna-se indispensvel sua rotina clinica pela sua simplicidade e rapidez naelucidao dos casos clnicos, redirecionando os especialistas na rea teraputica, alm da diagnstica.

    O nmero de hospitais e clnicas veterinrias que oferecem servios de diagnsticos vem aumentandoconsideravelmente nos ltimos anos, pois alm de oferecerem servios de radiodiagnsticos e anlises clnicas,otimizam a clinica do animal salvando vidas alm da satisfao do seu proprietrio.

    No entanto o veterinrio deve dar ateno para algumas normas e conceitos sobre proteo radiolgicae os riscos de contaminao, os quais so muito importantes e merecem cuidados. A responsabilidade doradiologista, no deve ser simplesmente com o procedimento isolado, mas sim com o cuidado geral do paciente.Esta participao deve inicialmente esclarecer, havendo indicao para determinados, se a medida adotada acompatvel, que tipos de conseqncias podero advir, e principalmente prognosticar caso a caso, paciente apaciente, e trabalhar lado a lado com as demais especialidades e obviamente com o mdico-veterinrio.

    MEIOS DE CONTRASTE

    Contrastes negativos Contrastes positivos Duplo contraste

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    Classificao dos Meios de Contraste

    Agentes empregados para demonstrao do trato digestrio Agentes hidrossolveis Agentes excretados pelo sistema biliar (colecistopacos) viscosos e oleosos Agentes gasosos

    Reaes Anafilticas

    reaes inflamatrias (sensibilidade alrgica) desencadeadas em resposta a utilizao do contraste.So raras em pequenos animais. Variam na dependncia do tipo de contraste, de suas propriedades fsicas, dosmtodos e locais de injeo e da sensibilidade individuais de cada animal.

    RADIOLOGIA DO ESFAGO

    Indicaes:avaliar anatomia da faringe e esfago avaliarem posio topogrfica do esfago detectar ouconfirmar suspeitas de doenas esofagianas.Contra indicaes:ruptura ou perfurao esofgica (contraste iodado na dose de 10 a 20 ml). Animais cominabilidade para engolirPreparo do animal:jejum de 12 horasRemoo de coleiras em torno do pescoo.Radiografias simples para avaliao geral (projeo LL e VD)Meio de contraste:Sulfato de brioDose2 a 6 ml/Kg (10 a 20 ml em mdia)Tcnica:administrao do contrasteRadiografar imediatamente aps a administrao do contraste nas projees LL e VD

    Posicionamento do paciente para radiografia de regio cervical em projeo lateral

    Posicionamento da regio cervical para projeo ventro-dorsal

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    Posicionamento para a projeo lateral da cavidade torcica

    ESOFAGOGRAMA NORMAL EM CO

    Rotineiramente o dimetro esofgico uniforme em toda sua extenso, podendo ocorrer ondulaes(peristaltismo).Estrias longitudinais - normalmente aparecem na espcie canina no esfago at a base do corao. Em felinosestas estrias so transversais na poro caudal.

    TRNSITO GASTROINTESTINAL

    Estudo morfolgico e funcional do estmago e intestino delgado pelaadministrao oral de sulfato de brio.Indicaes:doenas gstricas e do intestino delgado para complementarou no os achados radiogrficos simples.Contra indicaes:presena de alimento ou fluido no estmagoSuspeita de ruptura ou perfurao.Preparo do animal: jejum prvio de 24 horasadministrao de laxantes, radiografia simples para avaliao geral.Meio de contraste: soluo oral de sulfato de brio.

    Dose(ces e gatos) 8 a 10 ml / Kg.Tcnica:radiografias em projees VD e LD seqenciais.

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    ENEMA OPACO

    Administraovia retal de sulfato de brio para visibilizao do posicionamento e de doenas do clon e cecoIndicaes:m formao, obstruo, estenose, ectopia, neoplasia, intussuscepoContra indicaes:suspeita de ruptura, perfurao e aps bipsia recente

    Preparo prvio do animal

    Jejum por 24 horasAdministrao de laxantesEnema com gua mornaRadiografia simples LL e VDTcnica:sulfato de brio via retal na dose de 20 a 30 ml radiografar imediatamente aps a administrao docontraste nas projees LL e VD deixar o animal eliminar o contraste e repetir a radiografia nas mesmasprojeesTcnica de Duplo Contraste:aps esvaziamento do intestino grosso, preench-lo com volume de ar igual quantidade de contraste administrada e repetir as radiografias (radiografia de relevo ps evacuao).

    RADIOLOGIA DO SISTEMA URINRIO

    Aspectos Radiogrficos Normais de Rins eUreteres.Consiste na administrao intravenosa decomposto iodado orgnico hidrossolvel que serrapidamente excretado pelos rins. Avaliaqualitativamente a funo renal. Permite aavaliao do tamanho, forma e localizao dosrins, ureteres e bexiga.Contra indicaes: animais severamentedebilitados.presena de desidratao (contraste hipertnico)Meio de contraste: diatrizoato de meglumina(Hypaque 300 mg/ml)Preparo do animal: jejum slido de 24hs ehdrico de 12hs laxante e antifistico 24hs antesesvaziar a bexiga antes da administrao docontraste.Tcnica:realizar radiografia simples (LL e VD).Administrar o contraste intravenoso na dose de750 mg/Kg. Realizar radiografias seqenciais.

    Radiografia da cavidade abdominal de gato em projeo latero-lateral e anterior

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    Consideraes Gerais sobre Alteraes Renais

    Radiografias simples:

    Alteraes de nmero, forma, tamanhas e posio densidades anormais: localizada ou difusa

    Radiografias contrastadas:

    Alterao do nmero (ausncia da imagem renal), de forma, de contornos, tamanho, posio, densidade,capacidade de eliminao do contraste e coleo de contraste extra renal.

    Uretrocistografia:

    Consiste na administrao de composto iodado orgnico atravs da uretra para visualizao da bexiga.

    Contra indicaes:atonia vesical hipersensibilidade ao contraste.Preparo do animal:esvaziar a bexiga.

    Tcnica:

    Radiografia simples (LL e VD) antes da administrao do contrasteIntroduo do cateter na poro distal da uretra

    Administrao do contraste:6 a 12 ml/Kg de iodo orgnico.6 a 12 ml/Kg de ar (contraste negativo).2 a 5 ml de iodo orgnico e ar (duplo contraste).5 a 10 ml de iodo orgnico para visualizao da uretra, radiografar nas projees VD e LL.Aspectos Radiogrficos Normais da Bexiga e Uretra Contrastadas.

    Bexiga:

    Forma (piriforme), tamanho, posio, preenchimento do lmen pelo contraste,superfcie mucosa lisa, aspectos da parede vesical (espessura), capacidade deeliminao do contraste (ps-miccional).

    Uretrocistografia: Uretra: machos (prosttica e peniana).

    MIELOGRAFIADefinio:administrao de contraste iodado (iopamidol) dentro do espao subaracnideIndicaes:qualquer processo compressivo da medula (no observado em radiografia simples) subluxao eluxao com compresso medular, protruso de disco intervertebral e neoplasias.Contra indicaes:nos casos de mielite.Tcnica:jejum de 24 horas para anestesia do paciente, tricotomia e anti-sepsia do local.Punocom agulha 100 x 10 com mandril entre L4 e L4 ou L5 e L6 se a leso for baixa; ou na cisterna magnase a leso for alta.Injetar contraste(lentamente e com presso uniforme) na dose de 0,3 a 0,5 ml/Kg, tomando-se o cuidado de seretirar igual quantidade de lquor e mandar para anlise laboratorial.Radiografias seqenciais (VD e LL).

    O contorno mielogrfico deve ser o mesmo do espao subaracnide normal.

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    A largura da coluna radiopaca deve ter magnitude uniforme sobre quase toda a sua extenso

    MIELOGRAFIA NORMAL REGIO CERVICAL

    MIELOGRAFIA NORMALREGIO TORCICA

    MIELOGRAFIA NORMAL REGIO LOMBAR

    MIELOGRAFIA REGIO LOMBAR PROJEO VENTRODORSAL

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    POSICIONAMENTO DO SISTEMA LOCOMOTOR DE EQUINOS

    INCIDNCIAS PRPRIAS DA TERCEIRA FALANGE

    LateromedialDorsopalmar ou dorsoplantar com apoio em pinasDorsopalmar ou dorsoplantar com apoio sobre o chassi horizontal

    Dorsopalmar oblqua (medial e lateral) com apoio em pinaDorsopalmar oblqua (medial e lateral) com apoio sobre o chassi horizontalPalmaroproximal-palmarodistal ou Posteroanterior

    Latero-medial:

    O membro descansa com sua palma sobre um taco demadeira, alto o suficiente para que a radiao possa chegarhorizontalmente na terceira falange. O chassi se centralizasagitalmente junto a face interna do casco recebendo o feixeem ngulo reto, centralizado na coroa, no ponto mdio entre aface dorsal da muralha e os bulbos.

    Dorsopalmar com apoio em pina:

    a face dorsal da muralha forma um ngulo de 55 em relao ao solo, com o p apoiado em pina.Os raios penetram horizontalmente pelo centro da coroa para chegar ao chassi que se encontra

    vertical atrs dos bulbos do casco.

    A variante oblqua implica no mesmo posicionamento, porm com alterao dadireo do feixe e em 45.

    Dorsopalmar com apoio sobre o chassi:

    Nesta variante os raios chegam ao centro da coroa formando umngulo de 45 com o piso. A imagem radiogrfica obtida similar aanterior, existindo certo grau de distoro. O chassi deve serprotegido mediante o uso de uma caixa porta-chassi de madeirapara neutralizar o peso do animal. Variante oblqua: feixe em 65

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    Antero-posterior:

    O membro descansa sua face palmar sobre o casco. O chassi colocado na face posterior do p. O feixe de raios-X passa portodo o centro da coroa com um ngulo de 45 com respeito ao

    piso

    PROJEO LATEROMEDIAL (falanges distais e osso navicular)

    PROJEO DORSOPROXIMAL-PALMARODISTAL OBLQUA EM 30

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    PROJEO DORSOPROXIMAL-PALMARODISTAL OBLQUA EM 60 (falange distal)

    PROJEO DE Pr-Pa (high coronary view)

    PROJEO POSTERO-ANTERIOR OU PALMAROPROXIMAL-PALMARODISTAL OBLQUA EM45 (high coronary view) para o osso navicular

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    INCIDNCIAS DAS FALANGES E ARTICULAO METACARPOFALANGEANA DO EQUINO

    PROJEO DORSOMEDIAL-PALMAROLATERAL OBLQUA (falanges)

    PROJEO LATEROMEDIAL (articulao metacarpofalangeana)

    PROJEO LATEROMEDIAL FLEXIONADA (articulao metacarpofalangeana)

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    PROJEO DORSOPROXIMAL-PALMARODISTAL (articulao metacarpofalangeana)

    PROJEO DORSOLATERAL-PALMAROMEDIAL OBLQUA (art. metacarpofalangeana)

    INCIDNCIAS RADIOGRFICAS DOS METACARPOS

    PROJEO LATEROMEDIAL (metacarpos)

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    PROJEO DORSOPALMAR (metacarpos)

    PROJEO DORSOMEDIAL-PALMAROLATERAL OBLQUA (metacarpos)

    PROJEO DORSOLATERAL-PALMAROMEDIAL OBLQUA

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    PROJEO LATEROMEDIAL (carpos)

    PROJEO LATEROMEDIAL FLEXIONADA (carpos)

    PROJEO DORSOPALMAR (carpos)

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    PROJEO DORSOLATERAL-PALMAROMEDIAL OBLQUA 45 (carpos)

    PROJEO DORSOMEDIAL-PALMAROLATERAL OBLQUA 30 (carpos)

    PROJEES TANGENCIAIS OU SKYLINE (carpos)

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    PROJEO DORSOPROXIMAL-DORSODISTAL OBLQUA FLEXIONADA DA PORO DISTALDO RDIO (skyline 80)

    PROJEO DORSOPROXIMAL-DORSODISTAL OBLQUA FLEXIONADA DOS OSSOS

    CARPAIS PROXIMAIS (skyline 55)

    PROJEO DORSOPROXIMAL-DORSODISTAL OBLQUA FLEXIONADA DOS OSSOSCARPAIS DISTAIS (skyline 30)

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    INCIDNCIAS RADIOGRFICAS DOS METATARSOS NOS EQUINOS

    Projeo dorsoplantarProjeo dorsolateral-plantaromedial oblqua em 45Projeo dorsomedial-plantarolateral oblqua em 45

    PROJEO DORSOPLANTAR (metatarsos)

    PROJEO DORSOLATERAL-PLANTAROMEDIAL OBLQUA (metatarsos)

    PROJEO DORSOMEDIAL-PLANTAROLATERAL OBLQUA (metatarsos)

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    INCIDNCIAS RADIOGRFICAS DOS TARSOS DOS EQUINOS

    Projeo lateromedialProjeo dorsoplantarProjeo dorsolateral-plantaromedial oblquaProjeo dorsomedial-plantarolateral oblquaProjeo dorsoplantar flexionada

    PROJEO LATEROMEDIAL e LATEROMEDIAL FLEXIONADA (tarsos)

    PROJEES LATEROMEDIAL E LATEROMEDIAL FLEXIONADA

    PROJEO DORSOPLANTAR

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    PROJEO DORSOLATERAL-PLANTAROMEDIAL OBLQUA

    PROJEO DORSOMEDIAL-PLANTAROLATERAL OBLQUA

    PROJEO DORSOPLANTAR FLEXIONADA

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    INCIDNCIAS RADIOGRFICAS PARA AVALIAO DE REGIES PROXIMAIS DOS MEMBROS

    Projees mdiolateral e crniocaudal da articulao umero-rdio-ulnarProjees mdiolateral e crniocaudal da articulao fmuro-tibio-patelar

    Projeo mdio-lateral da articulao mero-rdio-ulnar

    Projeo crnio-caudal da articulao mero-rdio-ulnar