ANÁLISE DO NÍVEL DE PRODUÇÃO ACADÊMICA EM LAZER DOS ... · Pensar o lazer como um direito...
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ANÁLISE DO NÍVEL DE PRODUÇÃO ACADÊMICA EM LAZER DOS
FORMANDOS DO CEDF DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ NO
PERÍODO DE 2008 A 2011
Manoel Cruz
Acadêmico CEDF/UEPA
Patrícia Araujo
Orientador (a) do CEDF/UEPA
Resumo
Este artigo apresenta uma pesquisa a qual objetivou analisar o nível de produção acadêmica na área do lazer nos trabalhos de conclusão de curso de Educação Física (CDEF) da Universidade do Estado Pará (UEPA) no período de 2008 a 20011. Na qual analisamos e identificamos os trabalhos de conclusão de cursos (TCC’s) sobre lazer neste período; quantificamos o número de produções anuais; comparamos o quantitativo de TCC’s da área do lazer com os das demais temáticas; levantamos dados que nos permitiram a visualização do nível de produção acadêmico e apontamos indicativos que pudessem explicar o nível de produção nesta área. Nesse sentido desenvolvemos um estudo qualitativo, tratando-se de uma pesquisa exploratória e documental. Dessa maneira obtivemos resultados que mostraram o nível de produção de TCC’s na área do lazer na UEPA nos últimos anos. Resultados estes preocupantes, pois indicam que a temática do lazer está em desvalorização perante as demais áreas na hora das escolhas para produções de TCC’S. Fato que nos remetem a pensar em estratégias para o desenvolvimento e valorização da temática. Palavras chaves: Lazer. Produção Acadêmica. Formação acadêmica profissional. Universidade.
INTRODUÇÃO
A jornada de constituição da pesquisa que aqui se apresenta inicia-se junto
com nossa trajetória acadêmica e profissional. A definição de um tema é algo muito
pessoal e reflete toda uma vivência acadêmica, que sofre influências de professores
e de disciplinas com as quais há uma maior identificação por parte do estudante.
Nossa pesquisa reflete justamente isso. Nosso interesse pela temática se iniciou
com a participação na disciplina de Lazer em semestres anteriores. Além da
afinidade com o tema, acreditamos que a curiosidade é o primeiro passo para a
construção do conhecimento. Isto foi despertado em nós quando nos deparamos
com novos conceitos de lazer, quando compreendemos a complexidade do tema e
passamos a entendê-lo enquanto manifestação humana, deixando de lado uma
visão simplista e alienada de lazer e passamos para uma visão critica e reflexiva do
tema.
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Por mais que um tema pareça muito debatido, toda vez que o discutimos
novamente há, e sempre haverá fatores, que irão diferenciá-lo do debate passado. A
parte conceitual pode até permanecer a mesma no período de um debate ao outro,
mas as interpretações, as visões acerca do tema, o contexto sociocultural, mudam.
Tudo isso são fatores que influenciam diretamente na discussão. Diante disto uma
nova discussão sempre será enriquecedora.
Dentre todo o arcabouço que o lazer apresenta como possibilidade de estudo,
o objeto escolhido para a pesquisa foram os trabalhos de conclusão de curso de
licenciatura em Educação Física na universidade do Estado do Pará entre os anos
de 2008 a 2011.
O lazer como campo de estudos tem recebido crescente atenção nas últimas
décadas no Brasil. Áreas do conhecimento como a Educação Física, o Turismo, a
Sociologia, a Antropologia, a Administração, a Economia entre outras, têm se
interessado pelos estudos e pela produção de conhecimentos sobre o tema. Cabe
lembrar que cada uma dessas áreas vem contribuindo com a discussão da temática
de acordo com a sua especificidade e com olhares diversificados. (ISAYAMA, 2006).
Destarte o desenvolvimento desta pesquisa justifica-se pelo fato da produção
de conhecimento acerca do lazer ser considerada como construção de
conhecimentos acerca de nossos direitos. E este é tão importante quanto os demais
direitos. Isto consta expressamente na Constituição Federal do Brasil, em seu art. 6º
que:
São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição (BRASIL, 1988).
É muito interessante a forma que o lazer está presente na constituição. Ele
apresenta-se como um direito social, do qual todo ser humano deve ter a
oportunidade e o acesso garantido à ele. Aparecer em igualdade aos outros direitos
que estão presente na constituição como a segurança, a educação, saúde, moradia
e trabalho, que também são direitos essenciais ao ser humano, não assegura ao
lazer a mesma importância que é dada aos demais. Estes por si só, já são
constantemente depreciados e desvalorizados por nossos governantes, fato que nos
faz imaginar a situação com que o lazer é encarado pelos nossos governantes.
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Logo, tratar deste tema é no mínimo colaborar para que se torne mais respeitável
perante toda a sociedade.
Pensar o lazer como um direito social, é considerá-lo como parte integrante
da cidadania e das relações que se estabelecem entre a sociedade e o Estado. A
compreensão do lazer como um direito social tem relação com o direito ao tempo
livre do trabalho, com o direito às férias, ao repouso semanal e o acesso aos bens
culturais produzidos pela humanidade. A conquista desses direitos está ligada,
historicamente, às lutas dos movimentos trabalhistas por mais igualdade
(FERNANDES, HUNGARO, ATHAYDE, 2011).
Dessa maneira reconhecemos a importância de discorrer sobre este tema e
visualizamos inúmeras problemáticas que este oportuniza no que se refere à
pesquisa. Uma delas alude quanto ao nível de produção acadêmica nesta área, que
vêm crescendo muitos nas ultimas décadas. Logo a problemática que norteou nossa
pesquisa foi: qual o nível de produção dos formandos do curso de Educação Física
(CDEF) na área do lazer, nos trabalhos de conclusão de curso da Universidade do
Estado do Pará (UEPA), no período de 2008 a 2011?
Para responder esta indagação objetivamos de maneira geral Investigar o
nível de produção acadêmica na área do lazer nos trabalhos de conclusão de curso
de Educação Física da UEPA no período de 2008 a 20011. Para isso buscamos
analisar e identificar os TCC’s sobre o lazer neste período, quantificar o número de
produções anuais da área; comparar o quantitativo de trabalhos da área do lazer
com os das demais temáticas do mesmo período; levantar dados que permitam a
visualização o nível de produção acadêmico; apontar indicativos que expliquem o
nível de produção na área do lazer. Dessa maneira visualizamos o nível de
produção de trabalhos de conclusão de curso do CEDF na área do lazer da UEPA
nos últimos anos.
CONCEITO DE LAZER
Ao Contrário do que muitos pensam definir “lazer” não é uma tarefa fácil. Este
termo está passivo a uma relatividade que depende da subjetividade da pessoa que
tenta conceituá-lo. Existem dificuldades para conceituar este termo, pois há vários
conceitos apontados em estudos. Mostraremos aqui somente alguns destes, não
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com o intuído de tentar defini-lo com um conceito engessado, mais sim de perceber
a riqueza que este termo possui, e de mostrar a complexidade deste termo:
Almeida e Suassuna (2007, p.3) o definem como:
A palavra lazer devirá do verbo latim, licere, que quer dizer ser permitido. Está ligado a ideia de poder-se fazer (CINTRA ROLIM, 1989). Lazer é entendido como: um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.(ALMEIDA; SUASSANA, 2007, p.3)
Joffre Dumazedier (1973, p.34) nos diz que:
O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode
entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-
se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua
informação ou formação desinteressada, sua participação social
voluntário ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou
desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais
(DUMAZEDIER, 1973, p. 34).
Este conceito de Dumazedier é muito usual e referido em estudos de lazer,
mas nele ainda encontramos limitações, por exemplo, não vemos a presença e a
influência do Estado na pratica social de lazer. Camargo (1989) considera como um
conjunto de atividades gratuitas, prazerosas, voluntárias e liberatórias, centradas em
interesses culturais, físicos, manuais, intelectuais, artísticos e associativos,
realizadas num tempo livre (merecido ou conquistado) historicamente sobre a
jornada de trabalho profissional ou doméstico, e que interferem no desenvolvimento
pessoal e social dos indivíduos.
O conceito defendido pelo autor, citado acima, revela uma consonância com
as ideias de Dumazedier, no entanto é um mais abrangente, já que engloba o
contexto social e o momento histórico que marca a realidade das pessoas. Isto vem
como avanço, pois engloba as relações que se estabelecem entre as classes sociais
e até mesmo entre o convívio familiar. Pois neste conceito é referenciado tanto as
atividades domésticas quanto as trabalhistas e o tempo disponível para o lazer vem
agregado de conquista do trabalhador.
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O lazer deve ser usado para restaurar a dignidade do homem, pois este foi
reduzido a subproduto mecanizado que gasta suas energias em um trabalho
inumano. O trabalho torna-se um meio de vida e não mais fonte de auto-realização
ou finalidade de vida. A função do lazer seria compensar a insatisfação e a
alienação sofrida pelo trabalhador (REQUIXA, 1977).
Requixa (1977, P.89) define o lazer como “uma ocupação não obrigatória de
livre escolha do indivíduo que a vive, e cujos valores propiciam condições de
recuperação psicossomática e desenvolvimento pessoal e social”.
Sabemos que não é comum o uso de letras de musicas para referenciar um
estudo. Mas, acreditamos relevante expressar a letra da musica “comida”, de autoria
de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto, interpretada pela banda Titãs.
Esta musica além de refletir os anseios da sociedade retrata a ideia de Requixa.
A gente não quer só comida/ A gente quer comida/ Diversão e arte/ A
gente não quer só comida/ A gente quer saída/ Para qualquer
parte.../ A gente não quer só comida/ A gente quer bebida/ Diversão,
balé/ A gente não quer só comida/ A gente quer a vida/ Como a vida
quer..(TITÃS, 1987)
A musica também nos mostra que o lazer está diretamente em nossas vidas,
é algo próximo de nós. É imprescindível para vida do homem. Todos nós temos a
necessidade de vivenciar o lazer, em todos os seus aspectos e concepções. Daí a
importância de discuti-lo, de aprofundarmos nossos conhecimentos, de (re)
construirmos conhecimento nesta temática.
A “especificidade concreta” do lazer, considerado em sua manifestação na sociedade atual, é colocada como reivindicação social. Portanto, seu significado é bastante diferente do entendimento da Antiguidade Clássica. É uma questão de cidadania, de participação cultural [...]. Entendo ainda a participação cultural como uma das bases para a renovação democrática e humanista da cultura e da sociedade, tendo em vista não só a instauração de uma nova ordem social, mas de uma nova cultura. (MARCELLINO, 1995, p.17)
O lazer, em sua forma ideal, seria um instrumento de promoção social,
servindo para: auxiliar no rompimento da alienação do trabalho, apresentando-se
politicamente como um mecanismo inovador aos trabalhadores na medida em que
estabelece novas perspectivas de relacionamento social; promover a integração do
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ser humano livremente no seu contexto social, onde este meio serviria para o
desenvolvimento de sua capacidade crítica, criativa e transformadora e, proporcionar
condições de bem-estar físico e mental do ser humano (OLEIAS, 200?).
O lazer, neste trabalho, é considerado como um espaço privilegiado para
vivências lúdicas de conteúdos culturais em patamares críticos e criativos, o que o
caracteriza como esfera abrangente, fundamental na melhoria da qualidade de vida
dos sujeito. (RIBEIRO; ISAYAMA, 2012)
Neste momento inicial o que buscou-se aqui não foi amarrar um conceito
único de lazer e sim fomentar reflexões a respeito do tema para que cada leitor
possa construir seu próprio conceito. Mostrando conceitos básicos, e alguns um
pouco mais críticos e reflexivos assim como a pluralidade deste termo.
Entendemos o lazer como possibilidade de prática de emancipação, durante
o tempo livre, com grande potencial de formação e educação humana. É um dos
direitos sociais da população, garantido pela constituição, trata-se de um dever do
estado (SAGRILLO et all., 2007, p.4). Acreditamos que o significado (conceito) de
Lazer deve ser redimensionado enquanto um direito social e como uma
manifestação humana, dentro de um contexto histórico. Afinal, o Lazer também
representa uma chance de produção de cultura, por meio da vivência lúdica de
diferentes práticas, os quais são coletivamente construídos, historicamente
contingentes, influenciados e limitados por vários aspectos de ordem social, política,
cultural e econômica. (ISAYAMA et all, 2012).
IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS EM LAZER
Nos últimos anos houve uma ampliação significativa do conhecimento técnico
e científico produzido no Brasil no campo do Lazer, desafiando a perspectiva
disciplinar tradicionalmente adotada em nossa realidade. Entendemos que o Lazer
não deve ser tratado de forma isolada, pois, além de não se restringir a nenhuma
área específica de conhecimento, afinal uma única abordagem não é suficiente para
contribuir com o avanço do conhecimento produzido sobre este universo de práticas.
(ISAYAMA ett all, 2012).
O Lazer constitui, assim, um objeto a ser tratado com densidade, devendo
receber atenção prioritária não somente por parte do poder público, mas também da
iniciativa privada, das diversas instituições sociais, da comunidade em geral e,
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certamente do meio universitário. Entendemos, pois, que a universidade tem muito a
contribuir para o incremento dos estudos que propiciem conhecimento novo nesse
âmbito (ISAYAMA et all, 2012).
Dentro dessa perspectiva vemos que o lazer, é uma área heterogênea e deve
receber a atenção de diversos setores. Apresenta-se também como uma área em
ascensão, que vem se desenvolvendo muito nos últimos anos. Daí a importância de
maiores aprofundamentos científicos nesta área, afim de melhor desenvolve-la.
Um dos motivos que influenciam que levam ao aumento de pesquisas sobre
esse tema, é o fato deste se configurar como um campo de atuação que tem
crescido nos últimos anos, gerando não só oportunidades de intervenção
profissional, mas também possibilidades de investigação e produção de
conhecimento na área da Educação Física (MONTENEGRO E MOREIRA, 2012)
Aos profissionais, pesquisadores e pessoas interessadas na problemática do
Lazer são apresentados muitos desafios, trazendo à tona a urgência de repensar o
tema não como uma forma de dissimular/amenizar problemas sociais – afinal, no
contexto brasileiro e latinoamericano, o Lazer foi e ainda vem sendo amplamente
utilizado com este objetivo – mas de encontrar alternativas para a sua concretização
de forma efetiva (ISAYAMA et all, 2012).
Como podemos notar o campo do lazer apresenta um leque de possibilidades
para os diversos fins de estudos, sejam eles de fins mercadológicos, culturais,
educacionais, etc. isto acontece devido ao lazer não ficar restrito à somente uma
área do conhecimento. O lazer abraça diversas áreas, como Educação Física,
Pedagogia, Turismo, recreação etc. Dessa maneira há diversas áreas do
conhecimento contribuindo para o seu desenvolvimento.
A nível de produção cientifica, o tema do lazer tem sido bastante discutido na
Educação Física brasileira, principalmente pela crescente inserção de disciplinas
específicas nos cursos de formação na área (ISAYAMA, 2002). Pelo aumento de
cursos de Pós-Graduação lato e stricto senso e também pela ampliação de espaço
destinado a discussão do lazer em encontros acadêmicas da Educação Física,
como, por exemplo, no Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, o qual destina
um dos seus grupos de trabalho (GT’S) para a análise e reflexões da temática do
lazer (ISAYAMA, 2010).
Corrobora-se com o pensamento de Ribeiro e Isayama (2012) que nos
lembram que o lazer não pode ser desvinculado de toda a problemática social e que,
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sozinho, não é capaz de transformar a nossa vida e de torná-la qualitativamente
melhor. Assim, pensar o lazer numa perspectiva mais global não significa
desconsiderar a possibilidade de que ele também possa se constituir como
ferramenta de alienação, manipulação e controle social – e é este o sentido que
muitas vezes é a ele empregado. Por isso, é necessário repensar essas visões, por
meio da sistematização de conhecimentos e da realização de pesquisas que tratem
o lazer de maneira ampla e contextualizada.
Como podemos analisar, é constante a afirmativa de autores quanto ao
desenvolvimento da pesquisa e estudos em lazer. No entanto é preciso irmos além
dessa afirmativa e termos um olhar um pouco mais apurado para não tirarmos
conclusões precipitada ou equivocada. A maioria desses autores é de regiões
diferentes do Brasil, geralmente da região sul e sudeste do nosso país. Precisamos
levar em consideração nossa realidade, nosso contexto regional. Esse
desenvolvimento que fizemos referencia acima, ele existe de fato, mas isto a nível
nacional. Acreditamos que este processo não se dá de maneira homogênea entre os
níveis regionais. É preciso que haja um nivelamento entre as regiões para que
tenhamos um maior desenvolvimento do lazer.
FORMAÇÂO ACADÊMICA E PROFISSIONAL EM LAZER
Como discutiremos a seguir sobre formação, nada mais que conveniente
explicitar o que entendemos por “formação”. Nos dias atuais quando se fala nisto
pensa-se no repertorio de conhecimento cientifico que uma pessoa constituiu ao
longo da vida. Sabemos que “formação” perpassa por questões bem mais amplas
que isto. Para os fins de nossos estudos é justamente sobre este aspecto da
formação, o de aprendizado de conhecimento cientifico que iremos debruçar nossa
discussão.
Embora muitos pensem que para ser profissional de lazer basta conhecer um
vasto repertório de atividades para aplicá-las de modo a entreter os indivíduos que
nelas buscam o prazer, preocupando-se apenas em tornar agradável sua
participação. Este profissional necessita de conhecimentos teóricos para efetuar seu
trabalho. Este conhecimento ele irá construir ao longo de sua vida acadêmica.
Destarte, discutiremos o processo de formação (acadêmica e profissional) em
lazer. Convêm ressaltar um pensamento de Isayama (2010, p 54) que diz que “é
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necessário lembrar que o lazer é compreendido como um campo multidisciplinar que
possibilita a concretização de propostas interdisciplinares, por meio da participação
de profissionais com diferentes formações”. Este mesmo autor (2010, p 54) nos
chama atenção para “A ação profissional requer a compreensão sobre uma série de
questões gerais acerca da temática, bem como um mapeamento sobre como cada
uma das áreas poderá contribuir com os seus saberes específicos e intervir nesse
campo”. Logo, ao tratar de formação devemos ter em mente ao grupo de pessoas
que estamos nos remitindo. No caso em questão estamos tratando de todos aqueles
que buscam formação em lazer, sejam eles pessoas provindas da pedagogia, da
recreação, do turismo, da educação física, etc. Cada um destes deve prevê como
pode colaborar para o desenvolvimento da área profissional aqui discutida.
A formação é fundamental para uma atuação eficaz, é uma ferramenta de
base para a competência. O processo de formação de profissionais é de suma
importância para uma mudança concreta na visão do senso comum acerca do
‘lazer’. Os envolvidos no processo de estudo e formação nessa área sofrem alguns
preconceitos, inclusive no meio acadêmico quando o lazer é enfocado
(MARCELLINO, 2002). Portanto o processo de formação ajudará na quebra de
paradigmas que, infelizmente permanecem até hoje na sociedade.
A formação do profissional em lazer não deve negar a construção de
conhecimentos técnicos, toda via, deve-se enfatiza a necessidade de se estabelecer
um processo de formação não de mera reprodução de jogos e brincadeiras,
fundamentados em verdadeiros “manuais” de recreação, como se fossem uma
receita para o sucesso (ISAYMA, 2010).
De acordo com autores é a partir da formação que será possível a efetivação
de transformações das ideias limitadas que as pessoas têm do lazer (como mero
campo de divertimento), no sentido de se alcançar uma consciência crítica, tanto dos
profissionais que atuam na área, quanto das demais pessoas envolvidas neste
âmbito.
Corrobora-se com as reflexões de Isayma (2010, p. 13), haja vista que a
formação “deve possibilitar o domínio de conteúdos que tem de ser socializados, por
meio do entendimento de seus significados em diferentes contextos e articulações
interdisciplinares”. Sendo assim, concordamos com o pensamento do autor quando
este afirma que a formação pode promover o conhecimento de processos de
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investigação que auxiliem no aperfeiçoamento da ação dos profissionais no
desenvolvimento de ações educativas lúdicas, críticas e criativas.
Seguindo está mesma linha de raciocínio compartilhamos com a ideia
Werneck apud Montenegro e Moreira (2012, p. 260) que afirma que:
A formação deve está baseada no desenvolvimento de sujeitos comprometidos com o processo de construção do conhecimento, que questionem a realidade, que tenham consciência do papel histórico da sua atuação profissional, que assumam atitudes criticas e reflexivas diante das problemáticas sociais e contradições de nossa realidade, fazendo do lazer não um mero (e alienante) produto ou serviço a ser consumido, mas uma possibilidade lúdica, crítica, criativa e significativa a ser vivenciada com autonomia e muita responsabilidade por todos. (MONTENEGRO, MORREIRA, 2012, p 260.)
Como podemos perceber, os autores citados acima, remetem a “formação”
não somente o fato de aquisição de conhecimentos técnicos, mas também quanto
adoção de compromisso social enquanto profissional. Compromisso este que os
leva a serem críticos reflexivos, preocupados com as problemáticas da sociedade e
com as pessoas formadas a partir da sua atuação na área do lazer.
Esse processo de formação acadêmica e profissional, da qual estamos
discutindo está diretamente ligado à área da Educação Física, como mencionamos
anteriormente. O profissional de Educação Física deve seguir esta mesma corrente
de pensamento. Basear sua atuação em conhecimento científico é imprescindível
para o desenvolvimento profissional, não importa a área que seja.
Discutir o conhecimento sobre o lazer a ser inserido na formação em
Educação Física é importante, pois o profissional é responsável por dinamizar um
espaço lúdico, criativo, democrático, com ampla possibilidade de vivências no lazer,
as quais podem contribuir para uma compreensão da realidade social.
(MONTENEGRO; MOREIRA, 2012).
Os cursos de Educação Física devem criar espaços para a construção de um
repertório de atividades vivenciadas e refletidas socialmente a partir da
ação/reflexão/ação de professores e alunos envolvidos no processo de formação.
(ISAYMA, 2002).
O mesmo (2010) em seu estudo que trata diretamente da formação em lazer
por parte da educação física nos diz que é preciso, ainda, quebrar alguns
paradigmas, que minimizam o entendimento sobre o lazer e sobre a formação
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profissional na área. Formação está que deve ultrapassar a mera informação e o
simples desenvolvimento de conteúdos e técnicas. O mesmo autor ressalta que o
maior desafio na questão da formação profissional está centrada no fato dos
profissionais serem “capazes de construir coletivamente ações teórico-práticas sobre
o lazer que sejam significativas, a fim de não mascarar ou atenuar os problemas
sociais dos sujeitos envolvidos” (p.12).
Marcelino (2010, p.62) nos alerta que:
Desconhecendo a teoria do lazer, o profissional de educação física que atua nessa área, além de confundir a prática do lazer com a prática profissional que o lazer requer, não estabelece uma prática, mas sim um “tarefismo”. Isso pode ser verificado nas aulas de graduação de muitos cursos superiores e nos “manuais” de recreação e lazer. (MARCELINO, 2010, p. 62).
Montenegro e Moreira (2012) em seu estudo sobre o conhecimento do lazer
nos cursos de educação física demonstram que é necessário contextualizar as
disciplinas com o dia a dia do aluno, com a região em que está inserido, com o perfil
do público que ele irá trabalhar, acarretando assim o aumento do interesse e
melhoria da atuação profissional. Também é importante pensar em um currículo que
não se estruture não só pela demanda do mercado, mas pelas necessidades
daquela determinada sociedade, pela valorização da cultura, por uma educação
igualitária, democrática e sem hierarquias, partindo do propósito de que o lazer é um
direito.
Levando em consideração o que foi exposto, a discussão de uma formação
profissional no âmbito do lazer merece evidencia e incentivos por parte de todos os
envolvidos neste processo, desde os profissionais que já atuam, devendo procurar
sempre uma formação continuada, passando pelos futuros profissionais, chegando
aos formadores desses profissionais, que devem estar aptos a auxiliar na formação
adequada.
METODOLOGIA
Delimitadas as fontes de pesquisa, partimos para a seleção dos TCC’s
disponibilizados pela e pela coordenação do Núcleo de Pesquisa e Extensão e Pós
graduação (NUPEP) da UEPA. O primeiro critério que norteou nossa busca foi a
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data de publicação, ou seja, o fato dos trabalhos terem sido apresentados no
período de 2008 a 2011. O primeiro passo foi buscarmos o acesso aos TCC’s,
fazemos destaque que tivemos certa dificuldade de acesso aos mesmos. O próximo
passo foi a análise do titulo e das palavras chaves de cada TCC.
Do ponto de vista dos procedimentos metodológicos, a presente pesquisa
caracteriza-se por ser do tipo exploratória e documental. A qual segundo Gil (1999,
p. 43) a pesquisa exploratória “tem como finalidade desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. Para Lakatos e
Marconi (2001), a pesquisa exploratória trata de investigações de pesquisa que
tenham o objetivo de formular questões ou um problema com a finalidade de
desenvolver hipóteses, levar a familiaridade do pesquisador com o ambiente a ser
estudado ou até mesmo modificar e esclarecer conceitos estudados.
Lakatos e Marconi (2003, p. 174), apontam que “a característica da pesquisa
documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou
não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”. A pesquisa documental
caracteriza-se pela busca de informações em documentos que não receberam
nenhum tratamento científico, como relatórios, reportagens de jornais, revistas,
cartas, filmes, gravações, fotografias, entre outras matérias de divulgação.
(OLIVEIRA, 2001).
A abordagem da pesquisa é de natureza quantitativa e qualitativa, a qual foi
utilizada na contabilização dos dados assim como nos cálculos dos resultados. No
que concerne à abordagem quantitativa concordamos com Oliveira (2001, p.115) diz
que “significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações,
assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas”.
Esta pesquisa baseou-se na análise de todos os trabalhos de conclusões de
curso (TCC's) publicados no período de 2008 a 2011 do CDEF da UEPA, focando as
produções no campo do lazer. Alem da análise realizada em cima dos TCC’s, foi
feita também análise documental em cima de dois documentos. O primeiro foi a
planilha de defesa de TCC’s, documento no qual consta a relação dos TCC’s que
deram entrada para a defesa e cronograma de defesas a ser seguido pela
organização, este documento é elaborado pela coordenação de TCC do NUPEP. O
segundo documento trata-se do relatório de publicações de TCC’s na biblioteca
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deste período mesmo período. Documento este gerado pelo “Pergamum”, software
que gerencia a biblioteca da UEPA/CAMPUS III.
Com base nesses documentos quantificamos os trabalhos de conclusão de
cursos, que tinham como tema o lazer no período de 2008 a 2011, de maneira geral
e também a cada ano. De posse disto comparamos com o quantitativo de TCC da
área do lazer com os das demais temática do mesmo período. Dessa maneira
visualizamos como está o nível de produção dos formandos na área do lazer e
também podemos dar um novo olhar ao tema do lazer um olhar pautado em
números, mais quantitativo.
Foi utilizado como critério para contabilização dos trabalhos de conclusão de
curso no campo do lazer a presença da palavra “Lazer” em seu titulo. Para ajudar no
processo de contabilização foi elaborada uma tabela que conte os principais dados
destes trabalhos, como Autor, ano, tema e tipo de pesquisa. Para melhor
organização e entendimento de nossa pesquisa no processo de tabulação e
tratamento destes dados foram elaborados gráficos, planilhas que mostraram os
resultados obtidos com a pesquisa. Isso foi possível com o uso de um software do
pacote Office 2007 denominado Excel que ajudou nos métodos estatísticos.
Nossa Fundamentação Teórica será estruturada em três (03) capítulos:
Conceito de lazer; Importância dos estudos em lazer; Formação acadêmica e
profissional em lazer. Nesta parte abordamos a parte conceitual de nossa pesquisa,
que foi embasada em autores considerados clássicos, como Antonio Gil, Joffre
Dumazedier, Renato Requixa, Suassuna, Sagrillo, Nelson Marcelinho, Isayama, etc.
ANÁLISE DOS DADOS
A seguir mostraremos gráficos criados a partir de dados coletados na
biblioteca da UEPA/CAMPUS III e no NUPEP. Estes dados foram extraídos e
fornecidos respectivamente do Software Pergamum (Sistema Integrado de
Bibliotecas) e da coordenação de TCC. Os documentos analisados foram: o relatório
de TCC’s publicados nos anos de 2008 à 2011 e planilha de defesa de TCC’s do
mesmo período. Com base nestes dados temos:
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Gráfico 1 – Produção geral de TCC em lazer no período 2008 – 2011.
Este gráfico mostra a quantidade e a porcentagem de TCC’s produzidos no
período mencionado acima, sendo classificados como dá área do lazer e das outras
áreas. Notavelmente percebemos o descompasso com que anda a produção
acadêmica. De 360 (trezentos e sessenta) TCC’s publicados neste período somente
12 (doze) eram da área do lazer. Não chega nem 4 (quatro) por cento do total. Estes
números revelam como o lazer é deixado de lado por parte dos alunos na hora da
escolha da temática do TCC’s. Acreditamos que isso seja reflexo de como o lazer
está sendo trabalhado dentro do CEDF/UEPA principalmente por parte da
coordenação do curso, que de certa forma não cria mecanismos de incentivos a
pesquisa e extensão e da matriz curricular que o curso seguia no período debatido.
Prolongaremos mais esta discussão quando expormos o restante dos resultados.
A seguir vamos expor como se deu essa produção a cada ano. Iniciaremos
por ordem cronológica, mostrando gráficos de cada ano, de acordo com os dados
que foram coletados:
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Gráfico 2 – Produção anual de TCC em lazer em 2008.
Gráfico 3 – Produção anual de TCC em lazer em 2009.
Gráfico 4 – Produção anual de TCC em lazer em 2010.
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Gráfico 5 – Produção anual de TCC em lazer em 2011.
Como podemos perceber a elaboração de TCC’s que tenham o lazer como
temática é muito escassa. Isso vem quebrar o mito de que o lazer é uma temática
amplamente discutida, esgotável. Isso nos mostra que precisamos avançar com
estudos em lazer, nas mais diferentes concepções e propostas que este se
apresenta, afim de acompanhar o crescimento que esta área está alcançando no
que se refere a pesquisas e estudos sobre o lazer.
Com base nestes gráficos e buscando dar melhor entendimento mostraremos
a seguir dois gráficos que mostram de maneira holística como anda o processo de
construção de TCC’s, dando destaque a área do lazer. Dessa maneira
visualizaremos melhor essa escala de produção.
Gráfico 6 – Comparativo da produção de TCC’s em lazer com outras temáticas.
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Gráfico 7 – Linha tendencial da produção de lazer.
Ambos os gráficos demonstram a produção de TCC’s a cada ano. Gostaria de
chamar a atenção para o ultimo gráfico. Nele existe uma linha, chamada de linha
tendencial, a qual é utilizada para mostrar o crescimento ou declínio de uma de uma
tendência. Neste caso a linha tendência, foi criada com base nos dados da
produções de TCC’s em lazer e ela mostra que há um declínio nessa produção. O
fato mais preocupante é que esta produção já se encontra com números
insatisfatórios, o que nos leva a crer que se medidas não forem tomadas afim
viabilizar a valorização do lazer no âmbito acadêmico da UEPA este tema chegará
ao nível mais baixo, ou seja, atingirá 00 (zero) produções com está temática.
Acreditamos que este quadro é reflexo de como o lazer está sendo trabalhado no
CEDF/UEPA. Principalmente por parte da coordenação do curso, que não
desenvolve mecanismo de incentivos a pesquisa, como por exemplo, como eventos
dentro da temática, bolsas ao grupo de estudo destinado ao lazer, fortalecimento da
matriz curricular que favoreça a área, etc.
A GUISA DE CONCLUSÃO
Chegado o fim desta pesquisa, torna-se gratificante afirmar que conseguimos
atingir nossos objetivos. Logo entendemos como está o nível de produção
acadêmica na área do lazer nos TCC’s do CDEF da UEPA no período de 2008 a
20011. Pois ao analisar e identificar os TCC’s sobre o lazer neste período,
quantificamos o número de produções anuais da área, dado com o qual
comparamos o quantitativo de trabalhos da área do lazer com os das demais
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temática do mesmo período. Dessa maneira visualizamos o nível de produção
acadêmico.
Apesar de estudos recentes mostrarem que a temática do lazer estar em
constante evolução no que se configura como produção do conhecimento. O que
encontramos como nossa pesquisa foi um quadro diferente desta realidade.
Baseados nos resultados que tivemos podemos afirmar que o tema do lazer é pouco
abordado como tema do TCC dos graduandos do curso de Educação Física da
UEPA. Sabemos que isso é ainda insuficiente para fazermos qual quer afirmação
que vem contradizer o que os autores estudados falam. Pois nossa pesquisa aborda
um período de quatro anos apenas, e só leva em conta as produções de TCC de um
curso e de uma única instituição. Pois como já foi falado anteriormente o lazer não
está fechado a uma área somente, e muito menos a uma única instituição, e claro
que, a construção do conhecimento não se dá somente na hora da construção do
TCC. Por isso não podemos falar que não há crescimento nos estudos do lazer.
O fato de não podermos fazer uma afirmação generalista não significa que
nossa pesquisa foi em vão. Ao contrario, ela mostra uma realidade singular de um
curso dentro uma instituição. Fato que chama nossa atenção e já desperta
curiosidade para próximos estudos. É necessário que entendamos os motivos que
causam essa realidade, pois está situação pode ser reflexo de como o lazer está
sendo trabalhado na instituição como um todo. Apontar falhas na intenção de
provocar mudanças positivas é importante para o aperfeiçoamento das ações na
busca para o fortalecimento do lazer.
Um fato muito preocupante é com a questão da formação profissional destes
graduados e de futuros graduandos já que, como foi tratado anteriormente, a
formação em lazer é de suma importância para a construção da vida profissional
destas pessoas e reflete direto na sua atuação na área, que está diretamente ligado
a formação de outras pessoas. Tornando assim um ciclo vicioso.
Nosso estudo não esgota a possibilidade de novos estudos com a mesma
temática. O que conseguimos aqui foram incentivos a pesquisas futuras e não
certezas invioláveis. Por isso a importância desta pesquisa e de mais estudos dentro
desta área. Fica como proposta para passo inicial de mudanças a criação de
debates, seminários, grupos de estudos, etc. que debatam o tema e fomentem
melhorias.
ABSTRACT
ANALYSIS OF LEVEL OF ACADEMIC PRODUCTION OF TRAINEES IN LEISURE
CEDF THE UNIVERSITY OF THE STATE OF PARA THE PERIOD 2008 TO 2011
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This article presents research in which the objective was to analyze the level of
academic production in the leisure in the work of completion of Physical Education
(CDEF) University of Pará State (UEPA) in the period 2008-20011. Accordingly we
developed a qualitative study. This is an exploratory and documentary. In which we
analyze and identify the work of completing courses (CBT's) on leisure in this period,
we quantified the number of annual productions; compare the amount of TCC's area
of leisure with the other themes; raise data that allowed us to visualize the level
production and academic aim indicative that could explain the level of production in
this area. Thus obtained results showed that the level of production of CBD's leisure
area in the UEPA in recent years. These results were worrisome, they indicate that
the theme of leisure is depreciating against the remaining areas at the time of
choices for productions TCC'S. Fact that lead us to think about strategies for the
development and enhancement of the theme.
Keywords: Leisure. Academic Production. Academic professional. University.
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