Análise do filme: The Matrix
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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE
CURSOS DE ENFERMAGEM E FARMÁCIA
ARIANA BARROS
CAMILLA CRISTINA
GÉSSICA MOTA
JULIANA ALMEIDA
LAÍS GONÇALVES
RENATA BATISTA
TIAGO CALHAU
VERÔNICA CERQUEIRA
ANÁLISE DO FILME: THE MATRIX
Lauro de Freitas-BA
Outubro de 2009
ARIANA BARROS
CAMILLA CRISTINA
GÉSSICA MOTA
JULIANA ALMEIDA
LAÍS GONÇALVES
RENATA BATISTA
TIAGO CALHAU
VERÔNICA CERQUEIRA
ANÁLISE DO FILME: THE MATRIX
Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina Humanidades I, dos cursos de graduação em enfermagem e farmácia, da faculdade de ciências agrárias e da saúde da UNIME. Orientador: Profo. Esp. Jailson Cunha Costa
Lauro de Freitas-BA
Outubro de 2009
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO ..................................................................... 3
2.1 IDÉIA CENTRAL DO FILME (ANALISADO PELO GRUPO) ................................. 4
2.2 RELAÇÃO ARGUMENTATIVA, FILOSOFICA, IDEOLOGICA E DO SENSO
COMUM DA SOCIEDADE MATRIX INSTITUÍDA E OS INDIVÍDUOS QUE A CONS-
TITUI ........................................................................................................................... 4
2.3 RELAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E O PROCESSO DE CONSCIENTIZA-
ÇÃO PELA ÓPTICA DO PERSONAGEM “MORPHEUS” EM RELAÇÃO À MATRIX E
A HUMANIDADE (SOCIEDADE HUMANA) ................................................................ 5
2.4 REPRESENTAÇÃO DO PERSONAGEM “NEO” NA SOCIEDADE MATRIX E
PARA OS HUMANOS (USANDO CONTEÚDOS DA FILOSOFIA, CONSCIÊNCIA DE
SÍ E CONSIÊNCIA DO OUTRO) ................................................................................. 5
2.5 REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM “TRINITY” (USANDO OS CONTEÚ-
DOS DO SENSO CRÍTICO VERSUS IDEOLOGIA) ................................................... 6
2.6 REPRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS SENTINELAS E AGENTES (USAN-
DO CONTEÚDOS DO SENSO COMUM E IDEOLOGIA) ........................................... 6
2.7 ANÁLISE DO QUE É A MATRIX, UTILIZANDO-SE COMO FERRAMENTAS
CONCEITOS DE IDEOLOGIA, SENSO COMUM E CONSCIÊNCIA CRÍTICA NUMA
CONFRONTAÇÃO COM A REALIDADE BRASILEIRA E MUNDIAL ......................... 7
2.8 RELAÇÕES ARGUMENTATIVAS SOBRE OS INDIVÍDUOS FORA DA MATRIX
(USANDO CONTEÚDOS “CEREBRO-MENTE-CULTURA”, “RAZÃO-PAIXÃO-
PULSÃO” E O HOMO SAPIENS SAPIENS VERSUS HOMO DEMENS) ................... 8
2.9 JUSTIFICATIVA DE QUAL PÍLULA TOMARÍAMOS EM CONFRONTO ARGU-
MENTATIVO COM A CONDIÇÃO DE SERMOS PROPENSOS AO SENSO COMUM
E AO SENSO CRÍTICO .............................................................................................. 9
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO
Nas páginas que se seguem, estão dispostos em forma de análise crítica,
conteúdos discorridos a cerca da temática da obra cinematográfica intitulada The
matrix, diretores e produtores Andy Wachowski e Larry Wachowski, produzido no
ano de 1999. Sublinhando a questão da ideologia (ideologia: COTRIM, 2002 p. 47 -
48) e da contrafação senso comum (senso comum: COTRIM, 2002 p. 46 - 47) ver-
sus senso crítico.
Explanar-se-á a atuação dos personagens, conceituando-os frente ao tipo
de comportamento demonstrado (crítico, ideológico, alienado) e o nível de conscien-
tização por eles alcançado.
Por fim, tornar-se-á clara a metáfora das pílulas (vermelha e azul) e seus
significados. Explanando assim, tendo em vista a real importância do viver, qual a
conseqüência de tomar uma pílula ou outra.
2 DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO
O filme retrata a alienação vivida pelos habitantes da matrix, que ao des-
conhecerem o “mundo externo” (real), apegam-se a realidade-virtual como se esta
fosse a única e verdadeira. Neste sentido, é mostrado um sistema ideológico virtual
criado pelas maquinas (sistema lógico de programação computacional matrix) no
qual os habitantes desta sociedade vivem. Dentro deste sistema de realidade virtual
a “realidade” é criada como produto da percepção neural. Desta forma, os próprios
órgãos sensoriais humanos os enganam. A realidade na sua plenitude não é vista
pelo cérebro. Ele apenas interpreta estímulos neurais, os codificado como informa-
ções e projeta-se sobre si mesmo a percepção do “real”.
Observa-se no filme um enfoque sobre a necessidade do pensamento crí-
tico como única ferramenta viável à fuga da alienação e ideologia.
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2.1 IDÉIA CENTRAL DO FILME (ANALISADO PELO GRUPO)
A obra estudada, tem por idéia central a reflexão da importância do pen-
sar crítico filosófico analítico.
Através da utilização deste como ferramenta, conseguimos transpor de
maneira viável e concisa a barreira do senso comum e da ideologia o que de outra
maneira nos aprisionaria numa percepção restrita de uma realidade baseada em
falsos conceitos da verdade. Abre-nos os olhos, faz-nos ver as coisas a nossa volta
não como pensávamos ser, mas de fato como o são.
Por outro lado, o filme não faz apologia exclusivista ao pensamento críti-
co. Possibilitando assim as duas vias de acesso (crítico, alienado). Exemplo disto
encontra-se na cena onde o personagem “Cypher” protagonizado pelo ator Joe Pan-
toliano, em conversa com o agente "Smith" vivido pelo ator Hugo Weaving, acorda
sua volta a matrix sem nada saber. Apesar de reconhecer que nada ali era real, in-
clusive o bife em que saboreava o personagem “Cypher” (Joe Pantoliano) preferia
viver num mundo ilusório a aceitar uma realidade onde o planeta estava completa-
mente destruído e para ele, irremediavelmente dominado pelas máquinas.
2.2 RELAÇÃO ARGUMENTATIVA, FILOSOFICA, IDEOLOGICA E DO SENSO CO-
MUM DA SOCIEDADE MATRIX INSTITUÍDA E OS INDIVÍDUOS QUE A CONSTI-
TUI
Os indivíduos que constituem a sociedade matrix, representam a maioria
das pessoas, que por não possuírem senso crítico (análise por meio da razão) vivem
confinados num mundo irreal (do senso comum) e fazem de tal irrealidade sua “rea-
lidade”. Desta forma, contribuem para o sistema posto. E agem como meros produ-
tores dentro do sistema. Assim sendo, tornam-se, co-produtores, colaboradores indi-
viduais para o estabelecimento desta irrealidade. Este fenômeno é claramente um
sistema ideológico onde um bem comum é posto como verdade absoluta (sistema
neste caso baseado na produção e no bem “material”) e pela ação irresponsável do
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não pensar crítico dos habitantes, as máquinas se perpetuam no poder. Sendo as-
sim, a única forma palpável de libertação é o pensar filosófico.
2.3 RELAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E O PROCESSO DE CONSCIENTIZA-
ÇÃO PELA ÓPTICA DO PERSONAGEM “MORPHEUS” EM RELAÇÃO À MATRIX E
A HUMANIDADE (SOCIEDADE HUMANA)
Pela visão do personagem “Morpheus”, protagonizado pelo ator Laurence
Fishburne o ser humano só conseguirá contemplar a realidade e mudá-la quando
obtiver consciência (consciência: COTRIM, 2002 p. 42) do seu real quadro. Tal fe-
nômeno exige uma análise por meio da razão (senso crítico). Conforme mostrado no
filme, o ser humano tem dois caminhos a escolher. Ou entra na toca do coelho atra-
vés do pensamento crítico (reflexivo, analítico, filosófico) e se aventura a descobrir o
que realmente existe ou fica onde está (na ideologia imposta pelas máquinas) medi-
ante o senso comum sem nenhuma comprovação experimental. “Morpheus” como
um filosofo, mostra que a verdade só pode ser alcançada mediante uma consciência
crítica (consciência crítica: COTRIM, 2002 p. 42 - 43), analítica, reflexiva, filosófica.
Sendo este o único caminho para a realidade.
2.4 REPRESENTAÇÃO DO PERSONAGEM “NEO” NA SOCIEDADE MATRIX E
PARA OS HUMANOS (USANDO CONTEÚDOS DA FILOSOFIA, CONSCIÊNCIA DE
SÍ E CONSIÊNCIA DO OUTRO)
O personagem Thomas A. Anderson no filme apelidado “Neo”, vivido pelo
ator Keanu Reeves representa um individuo que busca a verdade. Não satisfeito
com o sistema social vigente ele busca um “algo a mais” (no filme desejava o co-
nhecimento do que era a matrix). Esta busca pelo conhecimento o levou ao famoso
“Morpheus” (Laurence Fishburne) que respeitando seu livre arbítrio, deu-lhe a possi-
bilidade de conhecer a verdade se assim o quisesse. No filme, o personagem “Neo”
(Keanu Reeves) era o escolhido (numa clara visão espiritualista), aquele que segun-
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do a profecia viria novamente a subjugar as máquinas como meras ferramentas
(produto da engenharia humana). Podemos notar nitidamente que foi através do
contato com “Morpheus” (Laurence Fishburne) que “Thomas A. Anderson” (Keanu
Reeves) passou a ter consciência de uma existência fora da matrix e assim ter ciên-
cia do que de fato era a matrix, vindo com isso, a conhecendo-se verdadeiramente.
A partir desta consciência fora da ideologia implantada pelas máquinas e conhecen-
do-se verdadeiramente ele pode agora atuar efetivamente na luta contra as elas em
prol da humanidade até então alienada.
2.5 REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM “TRINITY” (USANDO OS CONTEÚ-
DOS DO SENSO CRÍTICO VERSUS IDEOLOGIA)
A personagem “Trinity”, vivida pela atriz Carrie-Anne Moss é uma jovem
hacker (perito em sistema de segurança computacional) que da mesma forma que
“Neo” (Keanu Reeves) deseja o conhecimento do que de fato é a matrix. Movida por
sua sede de conhecimento ela consegue contato com “Morpheus” (Laurence Fish-
burne) que lhe permite segundo a sua vontade descobrir a verdade da mesma forma
como posteriormente fez ao personagem “Neo” (Keanu Reeves). Desta forma ela
acaba por descobrir o maquiavélico plano de dominação das máquinas. Junto ao
seu líder, ela tenta achar o escolhido (a visão espiritualista do filme), aquele que no-
vamente colocaria as máquinas nos seu devido lugar. A Trinity se enquadra como
um indivíduo que foi mais a fundo movida pelo seu desejo de conhecimento a fim de
realmente descobrir a realidade. Contudo, ela acabou por entrar numa outra ideolo-
gia que afirmava existir um libertador e que só ele poderia libertar a raça humana.
2.6 REPRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS SENTINELAS E AGENTES (USAN-
DO CONTEÚDOS DO SENSO COMUM E IDEOLOGIA)
Os personagens sentinelas e agentes representados no filme são máqui-
nas (apesar de possuírem grandes características humanóides) que atuam disfarça-
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dos de humanos no meio da sociedade para manter a perpetuidade do sistema im-
posto. Por serem artificialmente “inteligentes” (A.I. Artificial Intelligence), consegui-
ram numa guerra passada subjugar a raça humana a uma existência “vivida” dentro
de um sistema lógico virtual. Com isso, criam os humanos exclusivamente para obte-
rem a energia dos processos biológicos e físico-químicos necessários a seu funcio-
namento. Como “seres” dominantes, eles implantaram um sistema ideológico onde a
humanidade “pensa” viver numa realidade. Dentro desta “realidade virtual”, a raça
humana é condicionada a viver de modo que não pense criticamente (utiliza-se as-
sim o senso comum de forma generalizada), ou seja, vivem de forma alienada. Pois,
de certo, seria algo trágico ao sistema ideológico o pensamento crítico no seio desta
“sociedade”.
2.7 ANÁLISE DO QUE É A MATRIX, UTILIZANDO-SE COMO FERRAMENTAS
CONCEITOS DE IDEOLOGIA, SENSO COMUM E CONSCIÊNCIA CRÍTICA NUMA
CONFRONTAÇÃO COM A REALIDADE BRASILEIRA E MUNDIAL
A muito já conceituamos matrix. No filme, a matrix é um sistema ideológi-
co computacional onde os seres humanos pensam “viver” e são condicionados a
não possuir senso crítico. Trazendo a realidade nacional, podemos de forma análo-
ga descrever a matrix como o processo de alienação nacional. Que ao menos em
parte é desenvolvido por nossas emissoras de TV (tendo a rede globo como carro
chefe). As quais, expressivamente condicionam e manipulam o pensar e querer na-
cional, sem que a sociedade sequer perceba ou dê a devida importância para tal. Da
forma como agem, são peças essenciais a manutenção do poder (político entre ou-
tros), divisão social, concentração de renda, deseducação nacional (alienação gene-
ralizada), etc. No âmbito mundial podemos também de forma análoga apresentar a
matrix como sendo o sistema de produção. O qual é mantido por um pequeno grupo
de países dominantes ditos desenvolvidos sobre a grande maioria dominada cha-
mados atualmente de países emergentes ou em desenvolvimento. Sobre tal pers-
pectiva temos um mundo de classes em que o dominante introduz seu método de se
perpetuar no poder (ideologia) neste caso a capitalista e que dita ser esta a única
maneira verdadeira de se viver e produzir numa sociedade.
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2.8 RELAÇÕES ARGUMENTATIVAS SOBRE OS INDIVÍDUOS FORA DA MATRIX
(USANDO CONTEÚDOS “CEREBRO-MENTE-CULTURA”, “RAZÃO-PAIXÃO-
PULSÃO” E O HOMO SAPIENS SAPIENS VERSUS HOMO DEMENS)
Os indivíduos fora da matrix (seres humanos) necessitavam da cultura pa-
ra se realizarem como seres de fato humanos. Contudo, não mais possuíam um pla-
neta habitável, pois o mesmo havia sido plenamente destruído na última grande
guerra homem x máquina. E devido a necessidade de se ter e se viver na cultura,
eles desenvolveram softwares (sistemas lógicos programáveis) no qual simulando a
realidade podiam “virtualizar a sua cultura”. Pois sem cultura um homem não é hu-
mano (O humano do Humano: unidualidade: MORIN, 2001 p. 52). Mas eles existiam
e como tal possuíam seus cérebros e assim sendo possuíam suas mentes, pois a
mente é surgida do cérebro que desenvolve a cultura (O circuito cérebro-mente-
cultura: MORIN, 2001 p. 52 - 53). Um intimamente ligado ao outro através da tríade:
cérebro-mente-cultura. Já através de outro modo particular temos a tríade: razão-
afeto-pulsão (O circuito razão-afeto-pulsão: MORIN, 2001 p. 53 - 54) que todo hu-
mano possui. O qual nos diz ser o homem composto por elas as quais estão intima-
mente ligadas apesar de antagônicas entre si. Mesmo instáveis entre si elas compe-
tem sem que uma tenha declarada supremacia sobre as outras. E sendo um homem
sabidamente Unidual (biológico-cultural) e mantenedor de tais tríades e hiperativa-
mente complexo nas mais diversas facetas pode acarretar que o homo sapiens sa-
piens comporte-se como homo demens (o homem que usa de sua complexidade
existencial-mental para sua alto-destruição). Um exemplo clássico tem no filme,
quando o personagem “Cypher” protagonizado pelo ator Joe Pantoliano num típico
ato de homo demens atenta contra seu próprio povo, sua própria cultura, numa ati-
tude ao mesmo tempo “homo demens e auto-alientativa” ao pensar que a liberdade
é viver na ilusão.
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2.9 JUSTIFICATIVA DE QUAL PÍLULA TOMARÍAMOS EM CONFRONTO ARGU-
MENTATIVO COM A CONDIÇÃO DE SERMOS PROPENSOS AO SENSO COMUM
E AO SENSO CRÍTICO
De certo escolheríamos a pílula vermelha. Pois, somente através desta
conseguiríamos o senso crítico. O ato de tomar a pílula vermelha nos remete meta-
foricamente falando ao ato de pensar critica, reflexiva, analiticamente. A partir deste
ensejo (olhar crítico), vemos a vida pelo enfoque do filosofo. É-nos importada a ver-
dade, independente de qual seja ela. A verdade é o alvo a ser alcançado, por meio
da analise crítica.
Por outro lado, a pílula azul, remete-nos a uma alusão metafórica ao ato
de alienar-se (torna-se alheio as coisas). Desta forma, tranca-se num mundo particu-
lar, isolado, ilusório, onde a verdade é relativa ao querer do observador. É tenden-
ciosa por natureza. Onde há campo fértil a proliferação de ideologias das mais di-
versas.
3 CONCLUSÃO
A pílula vermelha. Através dela, como já comentado na obra, apresenta-
se (a realidade).
Um mundo virtual onde as pessoas “vivem” dentro de um sistema lógico
computacional programado. Embora elas existam fisicamente, de nada sabem, pois,
estão como confinados como em “casulos” onde existem com o único propósito de
gerar energia para o funcionamento das máquinas. Suas consciências, ou seja, per-
cepções da realidade estão alocadas a este sistema operacional onde eles sentem
viver. Através de tal metáfora, o filme nos remete, por exemplo, aos filósofos. Desde
a antiga Grécia, eles nos mostravam a importância do senso crítico, do pensar analí-
tico pautado em razão, para que não venhamos a nos encontrar confinados numa
pequena ilhota achando conhecer em plenitude o universo. O senso crítico, o olhar
inquieto do filosofo, é a isto que o filme que mostrar. A necessidade de se pensar,
mas pensar criticamente para que não caiamos no obscurantismo das ideologias
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tolas que servem apenas para perpetuidade de poder nas mãos dos dominantes.
Pois uma sociedade sem o pensar crítico age como uma “sociedade primitiva”.
A pílula azul. Por outro lado temos esta opção. A opção de manter-se a-
lheio a realidade. Mesmo sabendo de todas as implicações existentes, não seria va-
lido analisá-la? E segundo a óptica do personagem “Cypher” (Joe Pantoliano), de
que adianta viver no real, se o mundo encontra-se “irremediavelmente” destruído?
Não seria melhor opção viver confinado numa falsa realidade? Sentir-se confortável
mesmo sendo uma ilusão?
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. ______. NBR 6023: Informação e documentação: Referências: Elaboração. Rio de Janeiro, 2003. UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA. MANUAL DE TRABA-LHOS ACADÊMICOS DA UNIME: Manual UNIME para formatação de trabalhos acadêmicos. Lauro de Freitas, 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. NORMAS: Para apresentação de docu-mentos científicos. Paraná, 2002. THE MATRIX. Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski. Produção: Andy Wa-chowski e Larry Wachowski. Intérpretes: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Hugo Weaving e outros. Roteiro: Andy Wachowski e Larry Wachowski. Sydney e Austrália: Warner Bros e Village Roadshow Pictures, 1999. 1DVD (136 min), widescreen, color. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 336 p. MORIN, Edgar. Ensinar a Condição Humana. In: Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Cap. 3, p. 47-61.