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ANAIS DO EVENTO I ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESTOMATERAPIA DO PIAUÍ I JORNADA PIAUIENSE DE ESTOMATERAPIA DO PIAUÍ III MOSTRA PIAUIENSE DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE E III CONCURSO PIAUIENSE DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE 23, 24 e 25 de Novembro de 2018. Auditório José Adail Fonseca FACIME/CCS/UESPI FUESPI TERESINA 2019

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ANAIS DO EVENTO

I ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESTOMATERAPIA DO PIAUÍ

I JORNADA PIAUIENSE DE ESTOMATERAPIA DO PIAUÍ

III MOSTRA PIAUIENSE DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE

PELE E

III CONCURSO PIAUIENSE DE EXPERIÊNCIAS EXITOSAS NA

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE

23, 24 e 25 de Novembro de 2018.

Auditório José Adail Fonseca – FACIME/CCS/UESPI

FUESPI

TERESINA

2019

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E56a Encontro Internacional de Estomaterapia do Piauí ( 1. : 2018 : Teresina, PI)

Anais: I Encontro Internacional de Estomaterapia do Piauí: I Jornada Piauiense de Estomaterapia do Piauí: III Mostra Piauiense de Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele e III Concurso Piauiense de Experiências Exitosas na Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele, realizados em 23, 24 e 25 de novembro de 2018 na cidade de Teresina, no Auditório José Adail Fonseca - FACIME/CCS/UESPI / Coordenação Geral: Sandra Marina Gonçalves Bezerra. - Teresina : FUESPI, 2019.

E-book.

ISBN: 978-85-8320-233-2

1. Estomaterapia. 2. Lesões de Pele. 3. Tratamentos e Prevenção. I. Bezerra, Sandra Marina Gonçalves (Coord.). II. Título.

CDD: 612.79

Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Nayla Kedma de Carvalho Santos (Bibliotecária) CRB 3ª Região / 1188

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EDIÇÃO 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI

Reitor: Dr. Nouga Cardoso Batista Vice-Reitora: Dra. Aílma Nascimento Diretor do Centro de Ciências da Saúde: Me. Jesus Antônio de Carvalho Abreu Vice-Diretora do Centro de Ciências da Saúde: Dra. Nayana Pinheiro Machado de Freitas Coelho Coordenadora do Curso de Enfermagem de Teresina: Dra. Samira Rêgo Martins de Deus Leal

COMITÊ ORGANIZADOR

COORDENAÇÃO GERAL Sandra Marina Gonçalves Bezerra

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA

Aline Costa de Oliveira Elaine Carininy Lopes da Silva

Francisca das Chagas Sheyla Almeida Gomes Braga Verônica Elis Araújo Rezende

COORDENAÇÃO FINANCEIRA

Josiane Santos Silva Maria Clara Batista da Rocha Viana

COORDENAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO

Ana Carolina Floriano de Moura

COORDENAÇÃO DE INFRAESTRUTURA Cliciane Furtado Rodrigues

Roxana Mesquita de Oliveira Teixeira Siqueira Yara Maria Rego Leite

Ketiana Melo Guimarães

ORGANIZADORES Ana Paula de Oliveira Silva

Ana Savina da Rocha Amorim Atila Sâmia Oliveira Rodrigues

Beatriz dos Santos Lima Rodrigues Carla Patrícia Arêa Leão Costa

Érica Costa Santana Izabel Cristina da Silva Carvalho

Jucileide Gomes Matias Juliana Oliveira de Sousa

Kamila Rocha Fernandes Lima

Lanyelle Barrozo de Lacerda Coelho Luciane Resende da Silva Leonel

Maria Lailda de Assis Santos Naiana Lustosa De Araújo Sousa

Raquel Rodrigues dos Santos Rhaylla Maria Pio leal Jaques

Roosely Cruz da Silva Machado Taynnar Barbosa Ribeiro Thalita de Moraes Lima

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MONITORES

Alan Jefferson Alves Reis Ana Beatriz de Oliveira Vieira Matos Ana Caroliny de Barros Soares Lima

Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira Edvania Soares dos Santos Elayne Kelly Sepedro Sousa

Guilherme Gonçalves Bezerra De Jesus Iralice Leite Lima

Isaac Gonçalves da Silva Ivanildo Gonçalves Costa Júnior Jessyca Fernanda Pereira Brito

João Cláudio Leite Pierote João Matheus Ferreira do Nascimento

Joyce Soares e Silva Kauan Gustavo de Carvalho

Larissa Vieira de Melo

Lívia Gabriela da Luz Carvalho Lucília Graziele Rodrigues de Oliveira

Lúcio Lauro Leite Dos Santos Luís Felipe Oliveira Ferreira

Márcia Beatriz de Sousa Gomes Micharléia Maria Silva do Nascimento

Nanielle Silva Barbosa Nayane Oliveira de Carvalho

Nalma Alexandra Rocha de Carvalho Nisleide Vanessa Pereira das Neves

Ruth de Sousa Santos Stefânia Araújo Pereira

Suzy Romere Silva de Alencar Talita de Brito Silva

Thamires Barbosa dos Santos

AVALIADORES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Aline Costa de Oliveira

Anna Larissa de Castro Rego Antonia Mauryanne Lopes

Armano Lennon Gomes de Sousa Danielle Machado Oliveira

David Bernar Oliveira Guimarães Elaine Carininy Lopes da Costa Erika Morgana Neves de Araujo Herica Emilia Felix de Carvalho Jefferson Abraão Caetano Lira

Laelson Rochelle Milanês Sousa Layze Braz de Oliveira

Lidyane Rodrigues Oliveira Nalma Alexandra Rocha de Carvalho

Nicole Maria Brandim de Mesquita Alencar

Raquel Rodrigues dos Santos Raylane da Silva Machado

Rutielle Ferreira Silva

Glícia Cardoso Nascimento Priscila de Oliveira Soares Rocha

Fabíola Santos Lino Amanda Delmondes de Brito Fontenele

Fernandes Bianca Anne Mendes de Brito Carla Danielle Araújo Feitosa

Daniel de Macêdo Rocha Francisca das Chagas Sheyla Almeida

Gomes Braga Isabela Ribeiro de Sá Guimarães

Nolêto Julyanne dos Santos Noleto

Joelita de Alencar Fonseca Santos Josiane Santos Silva

Polyana Norberta Mendes Priscila de Oliveira Soares Rocha

Ruth Suelle Barros Fonseca Tagora do Lago Santos

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REALIZAÇÃO

APOIO

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SUMÁRIO

TRABALHOS ORAIS 15

1. BUNDLES ASSISTENCIAIS DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO DE

LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

16

2. FASCIÍTE NECROSANTE EM PACIENTE PUÉRPERA: UM ESTUDO DE

CASO

17

3. TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO EM ENFERMAGEM:

EXPERIÊNCIA DE 09 ANOS DE UM CONSULTÓRIO DE

ESTOMATERAPIA NO PIAUÍ

18

4. DIFICULDADES, COMPLICAÇÕES E RISCOS NO DESENVOLVIMENTO

DE LESÕES NOS PÉS: A VISÃO DO PORTADOR DO DIABETES

MELLITUS

19

5. CUIDADO DE ENFERMAGEM NA DEISCÊNCIA DE FERIDA

OPERATÓRIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UM RELATO

DE EXPERIÊNCIA

20

6. DESAFIOS E AVANÇOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO USO DE

COBERTURAS ESPECIAIS EM UM HOSPITAL PRIVADO

21

7. O CUIDADO DE ENFERMAGEM AS RADIODERMATITES: REVISÃO

INTEGRATIVA

22

8. ATENÇÃO INTEGRADA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA HANSÊNICA:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

23

9. BOAS PRÁTICAS AO PACIENTE COM TUMOR DE PARTES MOLES EM

UM HOSPITAL FILANTRÓPICO: ESTUDO DE CASO

24

10. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS DIABÉTICAS COM LESÕES

NOS PÉS EM UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA NO ESTADO

DO CEARÁ.

25

11. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM

HOSPITAL ACREDITADO DA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO CEARÁ

26

12. HANSENÍASE NO PIAUÍ: UMA INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 27

13. ANÁLISE DE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO

EM PACIENTES COM MOBILIDADE FÍSICA PREJUDICADA.

28

14. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

29

15. MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM

FERIDAS COMPLEXAS

30

16. CARACTERIZAÇÃO DA FERIDAS COMPLEXAS EM HOSPITAL DE

REFERÊNCIA DO CÂNCER

31

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17. COMISSÃO DE CURATIVOS: EXPERIÊNCIA ÊXITOSA EM CUIDADO DE

FERIDAS COMPLEXAS

32

18. UTILIZAÇÃO DE ESCALAS NA AVALIAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO

EM PACIENTES CRÍTICOS

33

19. USO E EFETIVIDADE DA PAPAÍNA 100% E 20% NA REMOÇÃO DE

ESFACELO: RELATO DE CASO

34

20. CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM LIMPEZA, DESBRIDAMENTO DE

FERIDAS E AVALIAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO

35

21. TRATAMENTO DO PIODERMA GANGRENOSO EM PACIENTE

PORTADOR DA DOENÇA DE CROHN: RELATO DE EXPERIÊNCIA

36

22. INTERFACES DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM E DA FAMÍLIA NA

PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: UMA REFLEXÃO

37

23. O CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SOBRE O

MANEJO COM ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

38

24. TERAPÊUTICA NA PLEUROSTOMIA ABERTA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

39

25. O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PEDIÁTRICA

PORTADORA DE MIELOMENINGOCELE E BEXIGA NEUROGÊNICA:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

40

26. QUALIDADE DE VIDA DO ADOLESCENTE COM INCONTINÊNCIA ANAL:

REVISÃO INTEGRATIVA

41

27. IMPACTOS NO COTIDIANO DE PARTURIENTES ACOMETIDAS POR

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

42

28. INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS CLÍNICOS E

EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO

INTEGRADO DE REABILITAÇÃO

43

29. FATORES DE RISCO RELACIONADOS À INCONTINÊNCIA URINÁRIA

EM MULHERES: REVISÃO DE LITERATURA

44

30. USO DA MEMBRANA AMNIÓTICA NO PROCESSO CICATRICIAL DE

LESÕES: REVISÃO INTEGRATIVA

45

31. PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO: USO DE METODOLOGIA

ATIVA PARA A APRENDIZAGEM

46

32. EFICÁCIA DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS NA CICATRIZAÇÃO DE

FERIDAS CRÔNICAS DO PÉ DIABÉTICO

47

33. EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO

DE FERIDAS COMPLEXAS COM USO DE LED.

48

34. EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO

CUIDADO À CRIANÇA ESTOMIZADA INTESTINAL: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

49

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TRABALHOS APRESENTADOS EM PÔSTER 50

1. A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA PREVENÇÃO DA LESÃO POR

PRESSÃO EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO DE TERESINA-PI: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA

51

2. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE

GANGRENA DE FOURNIER: RELATO DE EXPERIÊNCIA

52

3. OXIGENAÇÃO HIPERBÁRICA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NA

CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

54

4. RELATO DE EXPERIENCIA: IDOSOS E OCORRÊNCIA DE LESÕES POR

FRICÇÃO EM SERVIÇO DE ONCOLOGIA DE HOSPITAL ESCOLA EM

TERESINA-PI.

55

5. A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE FERIDAS EM

ÂMBITO AMBULATORIAL E DOMICILIAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

56

6. PREVENÇÃO DE LESÕES MAMÁRIAS ATRAVÉS DA CONSULTA DE

ENFERMAGEM

57

7. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DE

PACIENTES COM ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO.

58

8. IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM COMPLICAÇÕES PODOLÓGICAS

PRESENTES EM PACIENTES DIABÉTICOS.

59

9. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM FERIDAS

COMPLEXAS ATENDIDOS EM POSTO DE INTERNAÇÃO CLÍNICA

60

10. INFESTAÇÃO POR MIÍASE EM EPISIORRAFIA: ATUAÇÃO DE

ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DA LESÃO

61

11. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PELE DO RECÉM-NASCIDO EM USO

DE FOTOTERAPIA

62

12. O ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS CRÔNICAS PARA

REALIZAÇÃO DE OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA

63

13. USO DE PAPAÍNA EM PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE

VULVECTOMIA: UM ESTUDO DE CASO

64

14. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS PRESTADOS NA

DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA CARDÍACA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

65

15. USO DA HIDROFIBRA COM PRATA NO TRATAMENTO DAS

DEISCÊNCIAS DE SUTURAS ABDOMINAIS: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

66

16. PRINCIPAIS TIPOS DE LESÕES DE PELE EM NEONATOS COM FOCO

NA PREVENÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

67

17. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PORTADORES DE ÚLCERAS

VENOSAS CRÔNICAS

68

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18. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER COM MASTITE

PUERPERAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

69

19. ÚLCERA DE MEMBROS INFERIORES NA DOENÇA FALCIFORME: UMA

REVISÃO NARRATIVA

70

20. BENEFÍCIOS DA SULFADIAZINA DE PRATA NO TRATAMENTO DE

ERISIPELA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

71

21. APLICAÇÃO TÓPICA DE PRATA NO TRATAMENTO DE FERIDAS

INFECTADAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

72

22. AS NOVAS PERSPECTIVAS DE ABORDAGENS NO TRATAMENTO DE

FERIDAS: UM OLHAR À LUZ DAS EVIDÊNCIAS.

73

23. A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE

FERIDAS

74

24. PRODUÇÃO CIENTÍFICA ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

À CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEIMADURAS

75

25. RELATO DE CASO: ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBRO POR

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

76

26. CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS COMPLEXAS DE PACIENTES

AMBULATORIAL

77

27. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SÍNDROME DE

FOURNIER

78

28. POTENCIAL DA MEMBRANA DA CASCA DO OVO NA CICATRIZAÇÃO

DE FERIDAS

79

29. O USO E A EFETIVIDADE DA ANDIROBA EM FERIDAS 80

30. CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE FERIDAS

EM PACIENTES QUEIMADOS.

81

31. AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE TÁTIL E VIBRATÓRIA NOS PÉS E

EDUCAÇÃO EM SAÚDE A PESSOAS COM DIABETES MELLITUS

82

32. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM FERIDAS COMPLEXAS

ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM

83

33. REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE UTILIZAÇÃO DE ALOE VERA EM

QUEIMADURAS

84

34. O USO TERAPÊUTICO DA SACAROSE NO TRATAMENTO CLÍNICO DE

FERIDAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

85

35. O USO DE TECNOLOGIAS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS 86

36. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDA POR

MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA

87

37. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DIAGNÓSTICO DE

KÉRION CELSI

88

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38. PÉ DIABÉTICO: INTERVENÇÃO A CERCA DA IMPORTÂNCIA DA

AVALIAÇÃO DOS PÉS

89

39. AMBULATÓRIO DE ENFERMAGEM PARA PORTADORES DE FERIDAS

COMPLEXAS DE UM HOSPITAL ESCOLA: RELATO DE VIVÊNCIAS

ACADÊMICAS

90

40. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DIABÉTICOS COM

LESÕES EM MEMBROS INFERIORES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA

LITERATURA

91

41. UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS 92

42. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM

INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA

93

43. INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM PÉ DIABÉTICO NO

PIAUÍ

94

44. ESTILO DE VIDA DO PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA BRASILEIRA

95

45. TRATAMENTO DE LESÃO EM PÉ DIABÉTICO: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

96

46. ANÁLISE DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS ENFERMEIROS NA

TERAPIA INTENSIVA NA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO:

REVISÃO DE LITERATURA

97

47. ANÁLISE SOBRE A EFICIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DO AÇÚCAR E DA

CAMOMILA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS CUTÂNEA

98

48. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO: REVISÃO

DE LITERATURA

99

49. USO DE FOTOTERAPIA COMO UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA

PARA TRATAMENTO DE ÚLCERAS DE PERNA EM DIABÉTICOS

100

50. HEPATOXICIDADE A DAPSONA EM ADOLESCENTE COM

HANSENÍASE MULTIBACILAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

101

51. O USO DE SULFADIAZINA DE PRATA EM QUEIMADURAS APÒS

ACIDENTE DE TRÂNSITO:RELATO DE EXPERIÊNCIA

102

52. DEISCÊNCIA E TRATAMENTO EM FERIDA OPERATÓRIA

INFECCIONADA: RELATO DE CASO

103

53. IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR

PRESSÃO ATRAVÉS DA CIÊNCIA DA MELHORIA E MONITORAMENTO

DE INDICADORES

104

54. AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE PROTETORA EM PESSOAS COM

DIABETES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TERESINA-PI

105

55. FATORES DE RISCO RELACIONADO A PROGRESSÃO DE INFECÇÃO

DA FERIDA OPERATÓRIA EM CIRURGIAS

106

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56. LESÕES DE PELE EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA

LITERATURA

107

57. A INFLUÊNCIA DA UMIDADE NA CICATRIZAÇÃO DE LESÃO POR

PRESSÃO EM PACIENTE COM BEXIGA NEUROGÊNICA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

108

58. DERMATITE EM PACIENTES IDOSOS COLOSTOMIZADOS EM UMA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE TERESINA-PI: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

109

59. MANEJO DA LESÃO POR PIODERMA GANGRENOSO APÓS

DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

110

60. MANEJO E CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM

RADIODERMATITE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

111

61. QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PORTADORES DE FERIDAS

CRÔNICAS

112

62. TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NO TRATAMENTO CLÍNICO DE

FERIDAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

113

63. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE

VOLTADA À LESÃO POR PRESSÃO

114

64. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA HANSENÍASE NA

ATENÇÃO PRIMÁRIA: REVISÃO DE LITERATURA

115

65. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM FERIDAS

NEOPLÁSICAS MALIGNAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

116

66. O USO DE TECNOLOGIAS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À

CRIANÇA PORTADORA DE FERIDA OPERATÓRIA

117

67. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM HANSENÍASE

PORTADORES DE LESÕES

118

68. TRATAMENTO DE FERIDAS: O CUIDADO DA ENFERMAGEM NA

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

119

69. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM FÍSTULA

GASTROCUTÂNEA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

120

70. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA

PACIENTE COM LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3

121

71. PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES CRÍTICOS:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

122

72. OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM E A IMPORTÂNCIA NA

ASSISTÊNCIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM LESÃO POR

PRESSÃO

123

73. ENFERMEIRO NO CUIDADO DO PACIENTE COM ÚLCERA DE PÉ

DIABÉTICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

124

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74. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO À PACIENTES COM

FERIDAS ONCOLÓGICAS.

125

75. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

126

76. CUIDANDO DE UMA PACIENTE COM ABDOME ABERTO: UM RELATO

DE EXPERIÊNCIA

127

77. PRODUÇÃO CIENTÍFICA ACERCA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

A PACIENTES DIABÉTICOS COM ÚLCERAS DE PÉ

128

78. EVOLUÇÃO SATISFATÓRIA DA LESÃO POR GANGRENA DE

FOURNIER: RELATO DE CASO

129

79. PAPEL DO ENFERMEIRO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES

SUBMETIDOS A AMPUTAÇÃO EM DECORRÊNCIA DE DIABETES

MELLITUS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

130

80. IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DE ENFERMAGEM PARA O

FATURAMENTO DO CURATIVO GRAU II: RELATO DE EXPERIÊNCIA

131

81. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DOENÇA DO

PÉ DIABÉTICO

132

82. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO, AVALIAÇÃO E

TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO

INTEGRATIVA DA LITERATURA

133

83. INTERNAÇÕES POR QUEIMADURA E CORROSÕES NO ESTADO DO

PIAUÍ DE 2016 A 2018: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

134

84. AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS

DE UMA INSTITUÇÃO HOSPITALAR SOBRE LESÃO POR PRESSÃO

135

85. EFETIVIDADE DA PAPAINA NO TRATAMETO DE FERIDAS 136

86. LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A IMOBILIZAÇÃO GESSADA:

VIVÊNCIAS EM UMA SALA DE PROCEDIMENTOS

137

87. CUIDADO DE ENFERMAGEM À LESÃO POR PIODERMA

GANGRENOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

138

88. LESÃO POR PRESSÃO: CUIDADO DO ENFERMEIRO AO IDOSO

ACAMADO NA ATENÇÃO BÁSICA

139

89. EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM QUANTO A

ASSISTÊNCIA A UM LACTENTE COM EXTRAVASAMENTO DE

GASTROSTOMIA

140

90. ESTOMIAS INTESTINAIS: COMPLICAÇÕES PRECOCES E TARDIAS 141

91. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM TETRALOGIA

DE FALLOT EM USO DE TRAQUEOSTOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

142

92. A RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA

MINIMIZAÇÃO DO SOFRIMENTO EMOCIONAL E FÍSICO DO PACIENTE

PORTADOR DE PÉ DIABÉTICO

143

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93. CUIDADOS DO ENFERMEIRO EM PACIENTES ESTOMIZADOS

INTESTINAIS: IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

144

94. CONHECIMENTO DE MÃES ACERCA DO CUIDADO DE CRIANÇAS

OSTOMIZADAS

145

95. OSTOMIAS: UM DESAFIO A SER VENCIDO DIARIAMENTE? 146

96. DIFICULDADES ENCONTRADAS NA PERCEPÇÃO FAMILIAR NO

ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇA COM ESTOMIA EM DOMICÍLIO

147

97. QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICAS 148

98. CONDIÇÕES DE SAÚDE E CUIDADO ÀS DEMANDAS DE PACIENTES

COLOSTOMIZADOS EM DECORRÊNCIA DO CÂNCER COLORRETAL

149

99. SEXUALIDADE DE PACIENTES ESTOMIZADOS: UMA REVISÃO

INTEGRATIVA

150

100. AÇÕES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO CUIDADO E A

PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS ESTOMIZADAS.

151

101. AUTOCUIDADO NA VIVÊNCIA DO PACIENTE COM ESTOMIA: REVISÃO

INTEGRATIVA

152

102. ELABORAÇÃO DE UM FOLDER EDUCATIVO SOBRE OS CUIDADOS

COM O ESTOMA DE ELIMINAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

153

103. CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO DE PESSOAS

COM ESTOMIA: REVISÃO INTEGRATIVA

154

104. ALTERAÇÕES NA VIDA DE PESSOAS QUE CONVIVEM COM ESTOMIA:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.

155

105. REINSERÇÃO DA ATIVIDADE SEXUAL NA VIDA DE MULHERES COM

ESTOMIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

156

106. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM

GASTROSTOMIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

157

107. FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADAPTAÇÃO DOS ESTOMIZADOS

INTESTINAIS

158

108. A PERCEPÇÃO DE MÃES SOBRE O CUIDAR DE CRIANÇAS

OSTOMIZADAS

159

109. ASPECTOS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES COM ESTOMIAS: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

160

110. PESQUISA SISTEMÁTICA SOBRE A VIVÊNCIA DO ENFERMEIRO NA

PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DOS PACIENTES COLOSTOMIZADOS

161

111. DIFICULDADES ENFRENTADAS POR MÃES NO CUIDADO A CRIANÇAS

ESTOMIZADAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

162

112. A SEXUALIDADE DA PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL: ANÁLISE

REFLEXIVA

163

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13

113. AÇÕES EDUCATIVAS PARA SEXUALIDADE DA MULHER COM

ESTOMIA.

164

114. CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM ÀS REPERCUSSÕES NEGATIVAS

DA ESTOMIA INTESTINAL NA VIDA DO INDIVÍDUO: REVISÃO

INTEGRATIVA DE LITERATURA

165

115. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PESSOA

ESTOMIZADA:QUALIDADE DE VIDA E SEXUALIDADE

166

116. SENTIMENTOS ENVOLVIDOS NA OSTOMIA 167

117. COTIDIANO DOS PACIENTES IDOSOS APÓS ESTOMIA: UMA REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

168

118. PERFIL DOS PACIENTES OSTOMIZADOS ATENDIDOS NA

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

169

119. CUIDANDO DE ESTOMIAS INTESTINAIS EM PEDIATRIA: UMA

REFLEXÃO

170

120. CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE

ESTOMIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

171

121. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DE PACIENTES ESTOMIZADOS: REVISÃO

DE LITERATURA

172

122. INCONTINÊNCIA ANAL EM PARTURIENTES: FATORES DE RISCO E

IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA

173

123. CONTEXTO FAMILIAR DE CRIANÇAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

174

124. IMPACTOS DA INCONTINÊNCIA FECAL NO COMPORTAMENTO

SEXUAL

175

125. QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA:

REVISÃO INTEGRATIVA

176

126. BENEFÍCIOS DA ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA VISANDO A QUALIDADE

DE VIDA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE

ESFORÇO

177

127. O IMPACTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA VIDA DE MULHERES

ACOMETIDAS E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS

178

128. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ASSOCIADOS À INCONTINÊNCIA

URINÁRIA DURANTE A GESTAÇÃO E PÓS-PARTO

179

129. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A IDOSOS COM INCONTINÊNCIA

URINÁRIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

180

130. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM

IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

181

131. COBERTURAS UTILIZADAS EM FERIDAS ONCOLÓGICAS: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA

182

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14

132. PREVENÇÃO DE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA EM

PREMATUROS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

NEONATAL: UMA REVISÃO

183

133. AS PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO

PACIENTE IDOSO COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

184

134. O USO DA PELE DE TILÁPIA NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

185

135. O USO DE LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO

DE MASTITE LACTACIONAL: REVISÃO INTEGRATIVA

186

136. FORTALECIMENTO DO NÚCLEO SEGURANÇA DO PACIENTE COM

INSTRUMENTO INDICADOR DE LESÃO POR PRESSÃO: UM RELATO

DE EXPERIÊNCIA

187

137. USO DA SIMULÇÃO EM MANEQUIM PARA ENSINO-APRENDIZAGEM

SOBRE ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO

188

138. TECNOLOGIAS ASSISTENCIAIS APLICADAS À ENFERMAGEM EM

ESTOMATERAPIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

189

139. UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE BRADEN PARA PACIENTES EM UNIDADE

DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA

LITERATURA

190

140. TECNOLOGIAS AVALIATIVAS DE LESÃO POR PRESSÃO EM

PACIENTES PEDIÁTRICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA

LITERATURA

191

141. TECNOLOGIAS EDUCATIVAS DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO

AUTOCUIDADO DO PÉ DIABÉTICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA

LITERATURA

192

142. EFEITOS DA LASERTERAPIA NA REPAÇÃO TECIDUAL CUTÂNEA: UMA

REVISÃO LITERÁRIA

193

143. EVIDÊNCIAS DO USO DOS LASER DE BAIXA POTENCIA EM ÚLCERAS

CUTÂNEAS

194

144. A PESQUISA CONVERGENTE ASSISTENCIAL E A METODOLOGIA DA

PROBLEMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE

ENFERMEIROS CUIDADORES DE CRIANÇAS ESTOMIZADAS.

195

145. AVALIAÇÃO DE RISCO PARA ÚLCERA POR PRESSÃO UTILIZANDO A

ESCALA DE WATERLOW EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

196

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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TRABALHOS ORAIS

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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BUNDLES ASSISTENCIAIS DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Ivanildo Gonçalves Costa Júnior, Denival Nascimento Vieira Júnior, João Matheus Ferreira do Nascimento, Ingryd Ariel da Silva Siqueira Barbosa, Sara Joana Serra

Ribeiro, Sarah Nilkece Mesquita Araujo Nogueira Bastos

INTRODUÇÃO: Segundo a NPUAP (2016), lesões por pressão indicam uma deterioração instalada na pele e tecidos subjacentes, resultantes da implicação de uma pressão contínua ou elevada associada ao cisalhamento, que se desencadeiam muitas vezes por negligencia da qualidade da assistência. Nesse sentido, a assistência de enfermagem deve estabelecer como meta o cumprimento de Indicadores de qualidade para proporcionar ao paciente uma assistência livre de danos, a partir de bunldes assistenciais. Estes são um conjunto de intervenções que, quando aplicadas em conjunto, geram resultados significativamente melhores do que quando implementadas individualmente. OBJETIVO: Definir, de acordo com a literatura, um bundle assistencial de prevenção de lesões por pressão com foco na assistência de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em outubro de 2018, no repositório da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se das bases de dados: MEDLINE, LILACS e BDENF, com o cruzamento dos descritores controlados: Lesão por pressão, Cuidados de Enfermagem e Controle de Qualidade. Aplicados como critérios de inclusão: artigos originais, disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, português e espanhol, com recorte temporal de 2013 a 2018. Excluiu-se: teses, dissertações e monografias e aqueles que não eram compatíveis com o objeto do estudo. Ao todo foram encontradas 382 publicações e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 11 artigos. RESULTADOS: Determinou-se como estratégias para compor o bundle assistencial de prevenção de lesões por pressão. 1. Importância a evolução de enfermagem, pois as anotações contidas nela são determinantes para uma observação ao cliente. Nesse sentido quando se registra o risco de lesão por pressão a equipe tende a desenvolver um cuidar preventivo a uma eventual lesão. 2. Definir estratégias, como os “meses de lembrete”, que são caracterizados por um mês intenso com educação em saúde para profissionais e pacientes acerca da prevenção das lesões por pressão. 3. Redimensionamento de pessoal e a classificação de pacientes, quanto ao nível de cuidados, pois a carga de trabalho excessiva pode ser determinante para uma maior incidência de lesões. O profissional sobrecarregado tende a prestar uma assistência insatisfatória, pois não consegue executar ações básicas. 4 Cumprimento de indicadores de qualidade pela equipe: inspeção diária da pele do paciente, mudança de decúbito periódica, evitar a humidade excessiva, estimular a nutrição e hidratação, evitar fricção e cisalhamento. 5. Fortalecimento da continuidade do processo assistencial nos momentos de transição de cuidados, como transferências e altas. CONCLUSÃO: Dado o exposto, depreende-se que o enfermeiro em suas atribuições tem papel fundamental no cuidado aos pacientes em risco de lesão ou que apresentam a mesma, seja no planejamento, execução ou na avaliação da assistência prestada, de modo que direcione e oriente a equipe a atender as necessidades do cliente, ampliando as possibilidades de resultados positivos. O bundle se apresenta como uma estratégia de intervenção com medidas simples e eficazes, que permiti repensar a assistência. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Cuidados de Enfermagem, Cuidados de Enfermagem e Controle de Qualidade.

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FASCIÍTE NECROSANTE EM PACIENTE PUÉRPERA: UM ESTUDO DE CASO

Andressa Maria de Sousa Moura, Lúcio Lauro Leite dos Santos, Jéssica Camelo Soares, Mayara Kelle Rodrigues de Carvalho, Juliana Oliveira de Sousa,

Sandra Marina Gonçalves Bezerra INTRODUÇÃO: A fasciíte necrosante é um processo infeccioso bacteriano de progressão rápida, elevada capacidade de disseminação que progride para tecidos moles subcutâneo e fáscia. A principal característica é a presença de necrose extensa, acompanhada por manifestações como febre, edema, dor intensa e repercussões hemodinâmica e alta mortalidade. O diagnóstico precoce, desbridamento cirúrgico agressivo, antibioticoterapia endovenosa, acompanhado de assistência de enfermagem especializada são fundamentais para reduzir os danos e a mortalidade associada. OBJETIVO: Relatar um caso clínico a partir da assistência de enfermagem especializada com suporte da equipe multiprofissional prestado a uma paciente em pós-operatório tardio de cesariana com fasciíte necrosante. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso único, realizado por professores e alunos de Instituição de ensino superior em parceria com a equipe de saúde da clínica ginecológica de um hospital público de referência da cidade de Teresina, no período de agosto a outubro de 2018. A avaliação da lesão foi realizada a cada 48 a 72 horas. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UESPI sob parecer: 2.623.979 e foram respeitados os preceitos nacionais e internacionais de ética com pesquisa em serem humanos RESULTADOS: Puérpera, 26 anos, casada, procedente do interior do estado, em pós cesariana tardio que evoluiu para infecção e necessidade de desbridamento cirúrgico. Admitida na clínica ginecológica, proveniente da Unidade de Terapia Intensiva devido a quadro séptico em decorrência de fasciíte necrosante que envolveu grande área de abdome, flanco e coxa. A lesão apresentava tecido viável, exsudação abundante, bordas irregulares. Foi usado soro fisiológico em jato abundante, banho de papaína em pó sob a lesão para redução da colonização por 20 minutos e necessidade do uso de múltiplas coberturas como alginato de cálcio, espuma de poliuretano com prata, prata nanocristalina, gaze não aderente impregnada com óleos e vitaminas. DISCUSSÃO: Paciente grave, com ferida complexa e necessidade de análise da estomaterapeuta para avaliação, condução e escolhas das coberturas disponíveis para o preparo do leito para reconstrução cirúrgica do abdome. Dentre as terapêuticas utilizadas, destacam-se o uso da papaína pó como opção de baixo custo, eficaz na redução do biofilme que associado a cobertura absorvente com prata proporcionou as condições ideais para a formação de tecido de granulação e epitelização de mais de 60% da lesão. No tratamento, houve suporte nutricional e psicológico, além do acompanhamento do esposo durante os três meses de internação. CONCLUSÃO: A avaliação especializada de enfermagem e o envolvimento da equipe multiprofissional proporcionaram as condições ideais para a granulação e alinhamento da lesão no período de tratamento. O uso da papaína pó para limpeza mostrou ser uma opção de baixo custo para redução da carga bacteriana que associada a hidrofibra com prata como cobertura primária foram barreiras bacterianas que auxiliaram no preparo do leito para cirurgia. Dessa forma, a assistência de enfermagem especializada e a comunicação efetiva com a equipe multiprofissional proporcionaram a experiência exitosa devido ao cuidado individualizado e de qualidade no serviço público de saúde. PALAVRAS-CHAVE: Feridas, Fasciíte necrosante, Terapêutica, Enfermagem, Estomaterapia.

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TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO EM ENFERMAGEM: EXPERIÊNCIA DE 09 ANOS DE UM CONSULTÓRIO DE ESTOMATERAPIA NO PIAUÍ

Atila Sâmia Oliveira Rodrigues, Ana Carolina Floriano de Moura, Andrea Maria de Sousa Lopes

INTRODUÇÃO: Atualmente, tecnologia e empreendedorismo são duas palavras que devem andar juntas. É praticamente impossível empreender sem utilizar as facilidades que surgiram nas últimas décadas, que são essenciais para que a mão de obra humana seja usada em todo o seu potencial. Contudo, empreender é muito mais do que utilizar a tecnologia, mas também saber aproveitá-la para utilizar todo o capital intelectual para criar soluções para problemas antigos dos clientes. Empreendedorismo na área de enfermagem é um segmento crescente no mercado de cuidados de saúde e vem se mostrando promissor. Nessa perspectiva, os enfermeiros possuem grande área de atuação, uma delas é a estomaterapia. OBJETIVO: Relatar a experiência de um consultório de estomaterapia no município de Teresina-Piauí. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado a partir da atuação do enfermeiro estomaterapeuta em consultório de enfermagem no município de Teresina-Piauí. Por não se tratar de pesquisa original, não necessita ser submetido ao Comitê de Ética. RESULTADOS: Inicialmente realizou-se um diagnóstico situacional da região mediante a necessidade da comunidade com relação ao serviço, que foi comprovado quando na oportunidade os enfermeiros envolvidos no projeto atuavam em instituição de saúde privada e perceberam lacuna no atendimento de feridas pós-alta hospitalar, a partir do branding marketing, ou seja, da experiência do cliente. Posteriormente optou-se por divulgação em várias mídias e capacitação da equipe até o processo de abertura do consultório. A implantação do consultório de enfermagem especializado ocorreu em 04 de junho de 2009, e até outubro de 2018 realizou 5.263 consultas em 1.100 pacientes. Os atendimentos possuem uma abordagem integral, incluindo todas as etapas doProcesso de Enfermagem, além da utilização de tecnologias leves em saúde com avaliação realizada através das escalas de Braden e de PUSH. A atuação e cuidado são realizadas de acordo com as necessidades apresentadas por cada cliente, utilizando as melhores opções do mercado para prevenção e tratamento de feridas e manejo de estomias, assim como utilização de laserterapia. A participação do cliente na escolha dos métodos a serem utilizados nos tratamentos das lesões e a disponibilidade da equipe profissional agrega maiores benefícios para estas práticas por meio do conforto fornecido. Atualmente, ampliando a sua atuação o estabelecimento oferece cursos de atualização na área, entregando ao mercado de trabalho profissional preparado para manejo de feridas e estomias. Além disso, em outubro do ano corrente, disponibilizou a população atendimento especializado de podiatria. E já se encontra em planejamento a abordagem de pacientes com incontinências, fechando toda a atuação da especialidade. CONCLUSÃO: Os enfermeiros têm um importante papel profissional e social nesta área e necessita-se de estudos que reforcem os benefícios oferecidos pela equipe de enfermagem, aliando tecnologia e empreendedorismo para a categoria de saúde. Aliar empreendedorismo e tecnologia significa enriquecer o mundo com novas abordagens, se diferenciando da concorrência e ganhando destaque no mercado em que atua. Portanto, com 09 anos de atuação, pode-se inferir a contribuição valiosa para sociedade piauiense e que se trata de uma experiência exitosa de atuação da enfermagem especializada em estomaterapia.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Ferimentos e Lesões. Cuidados de Enfermagem. Serviços de Enfermagem. Instituições de Cuidados Especializados de Enfermagem. Prática Privada de Enfermagem. Enfermagem no Consultório.

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DIFICULDADES, COMPLICAÇÕES E RISCOS NO DESENVOLVIMENTO DE LESÕES NOS PÉS: A VISÃO DO PORTADOR DO DIABETES MELLITUS

Jéssyca Fernanda Pereira Brito, Luana Silva de Sousa, Celiomária Alves Xavier, Nanielle

Silva Barbosa, Lizandra Fernandes do Nascimento, Sandra Marina Gonçalves Bezerra INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) tornou-se um desafio tanto para os serviços quanto para os profissionais da saúde pela dificuldade de adesão ao tratamento e adaptação da pessoa com Diabetes. Dentre as complicações o pé diabético tem se destacado, sendo causado pela neuropatia e a doença arterial periférica levando a infecção e amputação. OBJETIVO: O estudo objetivou analisar a visão do portador do DM sobre as dificuldades, complicações e riscos no desenvolvimento de lesões nos pés. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa que teve como campo de estudo uma Unidade Básica de Saúde no município de Teresina (PI). Participaram desta pesquisa nove portadores de DM antes ou após o atendimento na unidade por meio de uma entrevista no período de maio a junho de 2018 sendo inclusos adultos acima de 18 anos com diagnóstico confirmado de DM. O projeto foi submetido a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí com parecer de n. 2.609.733 e atendeu as recomendações da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Para tratamento dos dados utilizou-se a análise temática fundamentada em Bardin emergindo três unidades temáticas: visão das pessoas com diabetes a respeito da sua patologia e os riscos que a permeiam, principais implicações na vida do diabético quanto à doença e o desenvolvimento de lesão nos membros inferiores, participação do Enfermeiro da Unidade Básica de Saúde na prevenção do pé diabético. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na primeira categoria foram descritas a percepção e o conhecimento do diabético quanto à sua patologia e os riscos que a permeiam. Para um portador de DM saber sobre sua doença é indispensável na prevenção de futuras complicações, no autocuidado e na manutenção do controle metabólico. Seis participantes demonstraram saber sobre o diabetes e os principais sintomas do mesmo, além do seu caráter hereditário ou adquirido e o quanto os hábitos saudáveis podem interferir no desenvolver da doença. Além disso, o desenvolvimento de lesão nos pés também foi citado como fator de risco que vai ao encontro do diabetes. Quanto as implicações citadas estão a fraqueza, dificuldade para deambular, o próprio desconhecimento das consequências do DM, as restrições alimentares, dores e alterações na visão. Cinco pessoas afirmaram ter algum tipo de preocupação quanto ao desenvolvimento de feridas nos pés. Quando questionados a respeito das orientações que recebem do enfermeiro da unidade em que realizam suas consultas, sete participantes afirmaram que não receberam informações a respeito dos cuidados com os pés e não tiveram atendimento voltado para a prevenção do aparecimento de lesões demonstrando falhas no atendimento integral a esse grupo. CONCLUSÃO: Diante disso, o estudo revelou que a visão do portador do DM envolve sentimentos, seja medo ou preocupação, sobre a patologia e o desenvolvimento de lesões em decorrência da mesma e que, apesar do papel central do Enfermeiro no atendimento a esse público, ainda existe uma deficiência ao repassar as informações a essas pessoas, necessitando de um olhar voltado a esse público. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus, Atenção primária a Saúde, Pé Diabético

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CUIDADO DE ENFERMAGEM NA DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Bruna Victória da Silva Passos, Ana Carolina Floriano de Moura, Esteffany Vaz Pierot,

Maria Clara Nascimento Oliveira, Tainá Maria Oliveira Sousa, Alynne Maria de Brito Medeiros

INTRODUÇÃO: As cirurgias cardíacas apresentam complicações pós-operatórias, dentre elas pode evoluir a deiscência da ferida operatória em casos de revascularização do miocárdio (RVM). Os cuidados de enfermagem são de suma importância, pois fornece assistência integral de acordo com as especificidades de cada pessoa com o intuito não só de trazer melhorias aos métodos relacionados ao curativo, mas também em promover diminuição dos agravos relacionados ao paciente. OBJETIVO: Relatar experiência de discente de enfermagem no manejo de deiscência de ferida operatória de revascularização do miocárdio. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência que retrata a vivência em estágio extracurricular do manejo de deiscência de ferida operatória de revascularização do miocárdio. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A experiência proporcionou maior aperfeiçoamento na prática de feridas operatórias como discente de enfermagem. Foi possível avaliar causas e consequências de tais enfermidades em diferentes pacientes com base nas condutas de toda equipe multiprofissional. Pode-se observar a utilização das coberturas a serem utilizadas em curativos nas feridas cirúrgicas, sendo a mais utilizada durante vivência a placa de alginato com prata, com o objetivo de promover desbridamento autolítico sem ocasionar traumas, absorver o exsudato e combater infecção local quando existente. Dessa forma, sua troca é feita com a saturação do curativo. Em se tratando da limpeza do leito da ferida, a polihexanida 0,1% pode ser utilizada, sendo de grande valia com o intuito de retirar odor pela presença de biofilme, evidenciada pelas culturas de feridas positivas. É importante ressaltar a limpeza com o soro fisiológico 0,9% também foi observado durante experiência. Outrossim, foi observado a utilização de papaína a 15%, em alguns casos, com a justificativa de presença de esfacelo oclusivo, em associação ao desbridamento com o uso de pinça e bisturi, atentando ao não sangramento de tal ferida, pois retarda o processo de cicatrização. CONCLUSÃO: A vivência proporcionou compartilhamento de conhecimentos entre a equipe de enfermagem hospitalar juntamente com equipe de estagiários a respeito de quais coberturas a serem utilizadas, assim como o tipo de limpeza de acordo com a característica de cada lesão e as características de cada paciente. A experiência se mostrou valiosa e proporcionou execução de procedimentos e condutas relacionadas à prática de enfermagem no tratamento de deiscência de ferida operatória, favorecendo a construção de conhecimentos coesos como discente de enfermagem e que embasarão a prática profissional no futuro. PALAVRAS-CHAVE: revascularização miocárdica, deiscência da ferida operatória, cuidados de enfermagem

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DESAFIOS E AVANÇOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO USO DE COBERTURAS ESPECIAIS EM UM HOSPITAL PRIVADO

Nazareno Ferreira Lopes Coutinho Júnior, Vanessa Leal Lira,

Luís Felipe Oliveira Ferreira, Janaína Araújo Escórcio de Brito Rocha

INTRODUÇÃO: O cuidado ao cliente com lesão de pele configura-se como uma das atribuições dos profissionais de enfermagem nos serviços de saúde públicos e privados, em todos os níveis de atenção a saúde e nos aspectos relacionados à prevenção, avaliação e tratamento de uma lesão. Recentemente, o Conselho Federal de Enfermagem aprovou a resolução 0567/2018, que regulamenta a atuação da equipe de enfermagem no cuidado aos pacientes com feridas. O texto reitera que cabe ao enfermeiro avaliar a lesão e o cliente, prescrever cuidados de enfermagem e executar curativos em todos os tipos de feridas, liderando e supervisionando a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com lesões de pele. Dessa forma, considera-se necessária a discussão acerca das dificuldades práticas vivenciadas por esses profissionais, bem como os avanços já conquistados. OBJETIVO: Relatar a experiência da equipe de enfermagem de um hospital privado acerca dos desafios e avanços no uso de coberturas especiais. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa. A experiência foi vivenciada no período de Julho de 2018 a Outubro de 2018 por estagiários de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros da área assistencial de um hospital geral, privado, de médio porte e que atende alta complexidade, sendo referência no estado do Piauí, há 31 anos. Com base no cuidado realizado aos clientes portadores de feridas, utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem, elaboraram-se três categorias temáticas, com o intuito de discorrer sobre a temática, a saber: 1ª Características das lesões de pele assistidas pela equipe de enfermagem; 2ª Desafios enfrentados pela equipe de enfermagem na indicação e uso de coberturas especiais; 3ª Avanços no cuidado e uso de coberturas especiais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Características das lesões de pele assistidas pela equipe de enfermagem: Dentre as lesões assistidas pela equipe, motivaram esse estudo quatro tipos, sendo elas, ferida operatória, lesão por pressão, pé diabético e skin tears. Desafios enfrentados pela equipe de enfermagem na indicação e uso de coberturas especiais: Dentre os principais desafios destacam-se, quantidade insuficiente de enfermeiros para a demanda, déficit na educação permanente dos profissionais, cultura de assistência centrada no profissional médico, ausência de protocolos internos para avaliação e tratamento de lesões de pele e a burocracia entre a instituição de saúde e os convênios. Avanços no cuidado e uso de coberturas especiais: Durante o período de experiência, pôde-se aprimorar a relação entre equipe de enfermagem e setor de farmácia, sendo possível adquirir novos produtos e tecnologias essenciais para a prevenção e tratamento de lesões de pele, foi possível ainda, fortalecer a interação entre enfermeiros e médicos na discussão de condutas a serem estabelecidas junto aos clientes com feridas. CONCLUSÃO: Portanto, considera-se necessário o fortalecimento da educação permanente e empoderamento da equipe de enfermagem, buscando ampliar ações, implantar protocolos e, consequentemente facilitar o trâmite entre instituição de saúde e convênios. Assim, pôde-se compreender o progresso já conquistado e os caminhos a serem percorridos para a melhoria do cuidado e uso correto de coberturas especiais. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Ferimentos e Lesões, Curativos

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O CUIDADO DE ENFERMAGEM AS RADIODERMATITES: REVISÃO INTEGRATIVA

Nanielle Silva Barbosa, Ananda Carolina Barbosa da Silva, Alan Jefferson Alves Reis, Jessyca Fernanda Pereira Brito, Rebeca Mendes Monteiro

INTRODUÇÃO: Considera-se que 95% dos pacientes tratados com radioterapia desenvolvam alguma forma de reação de pele, entre elas, um dos efeitos adversos mais comuns, a radiodermatite. Destaca-se que é um efeito que pode ser prevenido ou minimizado, por meio de orientações e intervenções precoces. O enfermeiro interage diretamente com o paciente e cabe a esse profissional oferecer informações necessárias para que o cuidado a essa reação seja mantido, permitindo a recuperação do cliente. OBJETIVO: Pretendeu-se analisar as evidências científicas sobre o cuidado de enfermagem as radiodermatites, respondendo a seguinte questão de pesquisa: quais as evidências científicas relacionadas ao cuidado de enfermagem as radiodermatites? METODOLOGIA: Foi realizada revisão integrativa construída a partir de levantamento bibliográfico realizado entre outubro e novembro de 2018, onde aplicou-se a combinação dos descritores, com base na estratégia PICo: radioterapia, radiodermatite e enfermagem às bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco e Dados em Enfermagem (BDENF) e seus correspondentes em inglês às bases Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online (MEDLINE/Pubmed), Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Web Of Science. Aplicou-se como critérios de inclusão: estudos primários disponíveis na integra nas bases de dados selecionadas, que retratassem resultados de estudos desenvolvidos com seres humanos, ensaios clínicos randomizados controlados individuais, estudos com delineamento de pesquisa quase experimental, estudos transversais e longitudinais e opinião de especialistas. Para coleta de dados, utilizou-se instrumento elaborado pelos autores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As publicações foram classificadas conforme nível de evidência. A busca resultou em setenta produções, das quais, treze foram incluídas como amostra desse estudo. Destacou-se o ano de 2015, com quatro publicações. Nove artigos eram internacionais. Cinco estudos foram classificados com nível de evidência IV. Foram originadas duas categorias temáticas: Orientações de enfermagem para o cuidado às radiodermatites e Produtos utilizados na prevenção e tratamento das radiodermatites. Observou-se que o enfermeiro deve avaliar diariamente a pele do cliente sob radioterapia e reavaliar semanalmente. Estas avaliações demandam pensamento crítico e o raciocínio clínico, fatores que determinam o sucesso das intervenções no tratamento das radiodermites. O cuidado de enfermagem deve evitar lesões e infecções e promover cura. Deve-se orientar a manutenção da pele hidratada e proteção contra raios solares. Corticosteróides e hidratantes à base de óleo podem aliviar o desconforto associado. Os efeitos da Calêndula sobre a pele são notáveis e reconhecidos ao longo do mundo, devido a sua atividade cicatrizante, o que pode justificar a melhor resposta terapêutica nas radiodermatites. CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado de enfermagem é fundamental na prevenção e tratamento das radiodermatites, priorizando o conforto e qualidade de vida do cliente. Produtos e coberturas podem auxiliar positivamente nesse cuidado. Instiga-se a ampliação de estudos envolvendo a temática contribuindo para a construção de subsídios que embase estratégias para o cuidado ao cliente em radioterapia, minimizando efeitos adversos e melhorando a assistência de enfermagem. PALAVRAS-CHAVE: Radioterapia, Radiodermatite, Enfermagem

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ATENÇÃO INTEGRADA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA HANSÊNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lizandra Fernandes do Nascimento, Raquel Rodrigues dos Santos, Joelma Maria Costa,

Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Olivia Araújo Dias, Alberto Novaes Ramos Júnior INTRODUÇÃO: A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos. É uma enfermidade associada à precariedade socioeconômica das populações afetadas, o que se expressa na distribuição espacial da doença, em países mais pobres e subdesenvolvidos. De acordo com relatórios oficiais recebidos de 138 países de todas as regiões da OMS, a prevalência global da hanseníase registrada no final de 2015 foi de 176 176 casos (0,2 casos por 10 000 pessoas. OBJETIVO: Descrever assistência em rede integrada no tratamento de lesão ulcerativa neuropática em paciente portador de hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, a qual se realizou por meio do acompanhamento da assistência integral a lesão neuropática em paciente portador de hanseníase por acadêmicos de enfermagem e enfermeiros Estomaterapeutas, no período de outubro de 2015 a março de 2016. A assistência foi desenvolvida em uma parceria entre o projeto IntegraHans e um serviço ambulatorial especializado no tratamento de lesões de pele. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente sexo masculino, 46 anos, pedreiro, viúvo, etnia: pardo, com renda de dois salários mínimos, com déficit cognitivo, portador de Hanseníase e etilista. Encaminhado pelo IntegraHans, chegou ao ambulatório especializado com quatro lesões de pele, sendo a mais grave uma úlcera hansênica plantar, em pé esquerdo, há 2 anos que impossibilitava a deambulação. Na admissão, a lesão apresentava 15 cm² de comprimento, 12 cm ² largura e 1 cm² de profundidade, presença de infecção , exsudato purulento ,tecido necrótico e odor fétido. Em avaliação inicial, recebeu parecer médico de amputação do Pé. Para o tratamento da lesão foi realizado um plano de cuidados multiprofissional, sendo a equipe de enfermagem responsável pela realização dos curativos, utilizando tecnologias atuais como: alginato de cálcio com prata, hidrofibra, hidrogel, hidrocolóide, gaze de rayon e Polihexametileno de Biguanida (PHMB). Foram realizadas vinte e quatro trocas de curativos no ambulatório e após cinco meses de tratamento foi obtida a cicatrização total da lesão. Observou-se uma melhora da qualidade de vida uma vez que o paciente voltou a deambular e realizar as atividades de vida diária. Apesar dos esforços dos setores envolvidos, bem como as diversas dificuldades encontradas para manutenção do acompanhamento da lesão, ocasionou a sua reabertura, com complicações clínicas que levaram o paciente a um quadro de septicemia e óbito, um ano após o fim do acompanhamento pelo serviço. CONCLUSÃO: Foi observado que um atendimento multiprofissional em rede integrada é efetivo para a cicatrização de lesão complexa em pacientes com hanseníase. Contudo as lacunas encontradas para a reabilitação, acompanhamento pós-alta e déficit no autocuidado, leva a recidiva da lesão, complicações e óbito. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, Cicatrização, Assistência Integral a saúde

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BOAS PRÁTICAS AO PACIENTE COM TUMOR DE PARTES MOLES EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO: ESTUDO DE CASO

Andrea Pinto da Costa, Thaianny Maria da Silva Mendes, José Ilson Arruda FIlho,

Henrique Galeno Patricio Rodrigues, Daniel Coelho Farias, Bianca Maria de Oliveira Aguiar

INTRODUÇÃO: Os sarcomas de partes moles são tumores malignos que têm origem em tecidos como os músculos e gordura. Sendo eles tumores raros, correspondendo a 1% de todas as neoplasias malignas em adultos e 15% em crianças. A maioria dos sarcomas de partes moles primários origina-se nas extremidades (59%), seguidas pelo tronco (19%), retroperitônio (13%) e cabeça e pescoço (9%). Epidemiologicamente, existe discreta predominância para o sexo masculino, com idade maior que 60 anos e predominantemente, na raça dos caucasianos seguidos por afro-americanos. Com o intuito de acompanhar pacientes com feridas, o grupo de feridas e curativos- GREC, realizou a avaliação da paciente com tumor de partes moles, deste modo houve uma análise do caso. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada na assistência de Enfermagem do grupo de feridas e curativos ao paciente com tumor de partes moles em um hospital filantrópico. METODOLOGIA: Estudo de caso a um paciente com tumor de partes moles, em atendimento realizado num hospital filantrópico de Teresina-PI. ANÁLISE CRÍTICA: Paciente do sexo feminino, 49 anos de idade, que procurou o serviço de emergência para ressecção cirúrgica de tumor de partes moles, localizado em região abdominal pélvica, com duração de 8 horas. Procedimento realizado por equipe de cirurgia geral e por um cirurgião plástico. Durante o procedimento, foi fixado uma tela cirúrgica, com finalidade de redução da aderência. Após realização do procedimento, paciente hemodinâmica instável foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva. Logo, depois da alta da UTI, foi solicitado avaliação do grupo de feridas e curativos, pois ferida apresentava sinais de deiscência, os mesmos caracterizam a ferida operatória como uma lesão exsudativa serosanguinolenta e relataram a necessidade do uso de fibra de alginato, sendo essa cobertura indicado para feridas exsudativas, com sangramento, limpas ou infectadas, agudas ou crônicas, superficiais ou profundas. A mesma foi utilizada por 2 semanas. Mesmo sob os contínuos cuidados da equipe, a deiscência revelou um aumento considerável. Com isso, houve a mudança de cobertura para Kollagenase com Cloranfenicol que é indicada para feridas na pele, para o tratamento da dor e limpeza de lesões de difícil cura, ulcerações e necroses, em adultos e crianças. Então, em seguida, a lesão começou a desenvolver tecido de granulação e, desta forma, a cicatrização da ferida começou a ser efetiva. Assim, após o progresso da cicatrização da lesão, a paciente em questão recebeu sua alta. Continuando o seu tratamento em casa, com curativos sendo realizado por enfermeiro e após duas semanas a Kollagenase com Cloranfenicol foi substituída por AGE. CONCLUSÃO: Conclui-se que assim como mostra a literatura, pacientes com tumor de partes moles podem fazer correção por meio de procedimento cirúrgico. Além disso, as complicações mais frequentes na ressecção é o processo inflamatório, porém quando realizado com acompanhamento de profissionais especializados, obtém-se resultados satisfatórios. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Sarcomas, Rescontrução

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS DIABÉTICAS COM LESÕES NOS PÉS EM UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA NO ESTADO DO CEARÁ

Silvéria Lopes Pontes Prado, Juliana Melo Barreto Marinho, Kemyson Camurça

Amarante, Wagna Mikaelly Oliveira Sobreira, Ana Patrícia André Campos, Larissa Rayane da Silva Brito

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus (DM) é um problema de saúde pública mundial. O cenário brasileiro apresenta indicadores preocupantes, ocupando a quarta posição no ranking dos países. Dentre as complicações, as lesões nos pés causam impacto na qualidade de vida da pessoa e no sistema de saúde, pois geram encargos e custos financeiros com internações prolongadas. Nessa vertente, o autocuidado e a avaliação dos fatores de risco por parte da equipe multiprofissional de saúde são medidas necessárias para a detecção precoce e prevenção do pé diabético. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo é descrever o perfil epidemiológico das pessoas diabéticas com lesões nos pés em um ambulatório de estomaterapia no estado do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo realizado de janeiro à julho de 2017. Foram critérios de inclusão todos os casos de pés diabéticos atendidos e cadastrados no sistema da estomaterapia no primeiro semestre de 2017. A população atendida foi de 250 pessoas com DM, porém composta por apenas 57 pacientes com pé diabético, os quais se tornaram a amostra do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O perfil epidemiológico das pessoas diabéticas com lesões nos pés nesse estudo nos revela prevalência do sexo masculino, da faixa etária de 45-75 anos, da DM tipo 2 (96,2%), e de duração da DM de 5-15 anos. Em relação às causas das úlceras dos pés, as principais são os calos, os traumas e as perfurações. Ressalte-se uma prevalêcia de amputação de 45,6%. Dos participantes, 78,9% não faziam uso de sapatos adaptados, 77,2% utilizam antidiabéticos orais no controle diário e 91,2% das pessoas referiram nunca ter realizado exame dos pés. CONCLUSÃO: Portanto, o perfil epidemiológico das pessoas com pés diabéticos desse estudo reafirma que a DM é um problema grave de Saúde Pública evidenciado pela longa duração da doença e pela elevada prevalência de amputações. Ademais, esse estudo nos fornece dados de inconformidades, como o uso inadequado de sapatos e a baixa adesão ao exame dos pés. PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Diabetes Mellitus; Pé diabético.

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ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA EM UM HOSPITAL ACREDITADO DA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO CEARÁ

Eliziane Ribeiro Barros, Maria Cláudia Galdino Araújo Lima, Jennifer Ferreira Figueiredo

Cabral, Luís Rafael Leite Sampaio

INTRODUÇÃO: A Estomaterapia é uma área de atuação da enfermagem voltada ao cuidado especializado às pessoas que convivem com feridas, estomias e incontinência, no contexto hospitalar, ambulatorial ou domiciliar. O campo de atuação da estomaterapia é vasto, perpassando pela assistência direta, consultoria especializada em serviços e produtos relacionados à área, assessoria técnica e logística de produtos, gestão de protocolos assistenciais e educação permanente, contribuindo significativamente com a qualidade e segurança no cuidado ao paciente. OBJETIVO: este estudo objetiva descrever a atuação do Serviço de Estomaterapia de um hospital terciário acreditado da região Norte do Estado do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O serviço de estomaterapia nesta instituição iniciou suas atividades em agosto de 2013, como uma área de assessoramento técnico, normativo e consultivo. A missão é promover a prevenção e adequada terapêutica no tratamento de lesões, uniformizando as tomadas de decisões e condutas baseadas em evidências científicas e gestão eficiente dos custos, visando qualidade, assistência segura, mitigação dos riscos durante à internação para o alcance da excelência em resultados. METODOLOGIA: A assistência em estomaterapia durante a internação inicia por meio das solicitações de pareceres, pela busca ativa nos setores e/ou visita multidisciplinar. No momento da alta hospitalar, objetivando a continuidade do plano terapêutico elaborado, a assistência é direcionada ao ambulatório de estomaterapia, com agendamentos prévios realizados pelo Núcleo de Atendimento ao Cliente e dois atendimentos extras oriundos de encaminhamento feito por profissional médico do ambulatório. O serviço de estomaterapia tem contribuído com a assistência especializada ao paciente, promovendo um cuidado de qualidade, além de adotar estratégias que visam a mitigação dos riscos e redução do tempo de permanência hospitalar de forma precoce e segura, impactando na otimização dos recursos finitos. A educação permanente configura-se como uma estratégia valiosa utilizada pelas estomaterapeutas do serviço, para qualificação do cuidado da equipe de saúde, garantindo uma conduta uniformizada, sendo uma atividade desenvolvida em parceria com o centro de estudos, coordenação de enfermagem, gerência de risco e coordenadores em geral. A educação em saúde tem sido adotada, visando, principalmente, estimular a aprendizagem significativa e participação ativa dos pacientes e acompanhantes, no processo de cuidar. CONCLUSÃO: Conclui-se que o cuidado especializado em estomaterapia nessa instituição está pautado na prevenção, tratamento e reabilitação da clientela assistida, possibilitando fortalecimento de ações voltadas para o autocuidado, alivio de estados de tensão e estabelecimento de estados de equilíbrio. Dessa forma, o serviço desempenha ainda, relevante papel social, uma vez que estimulando o autocuidado e possibilitando o desempenho do cuidado centrado nas necessidades do paciente, contribui com uma reinserção social ativa. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Cuidado; Assistência.

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HANSENÍASE NO PIAUÍ: UMA INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Tatiane Barbosa de Lira, Ingrid Maria Rodrigues Almendra, Ana Cláudia da Costa Araújo, Francisca Cecília Viana Rocha

INTRODUÇÃO: Hanseníase, é doença infectocontagiosa manifestada principalmente por lesões na pele e nervos periféricos e constituindo ainda um grave problema de saúde pública. A doença tem cura, porém se descoberta tardiamente pode levar a incapacidade física devido as lesões. OBJETIVO: Examinar o número de casos novos de Hanseníase no Piauí no ano de 2017. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa realizado por meio de dados secundários provenientes do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (SINAN) no estado do Piauí no ano 2017 referentes aos casos novos de Hanseníase. Foram incluídos no estudo as variáveis: faixa etária, sexo, lesões cutâneas, forma clínica, nervos afetados e o tipo de saída. RESULTADOS E DISCUSÃO: O número total de casos novos registrados no período analisado foi 1.020. O maior número de casos ocorreu na população com a faixa etária de 50 a 59 anos (19%) e menor número de casos na idade de 1 a 9 anos (2%). A maior concentração dos casos foi no sexo masculino (53%). Levando em consideração as formas clínicas, a Dimorfa representa 46% dos casos confirmados, seguida por, Indeterminada (19%), Tuberculóide (14%), Virchowiana (11%), não classificada (10%). Em relação as lesões cutâneas, de 2 a 5 lesões foram verificados em 67% dos casos e acima de 5 lesões (33%). No que concerne aos nervos afetados, 96% foram acometidos menos ou igual a 5 nervos e 4% mais de 5 nervos. Quanto ao tipo de saída, 69% evoluíram para a cura, houveram 24% de transferência para o mesmo ou outro município, estado ou país, seguido por abandono (5%), óbito (2%). Foi visto que a Hanseníase prevalece em idade economicamente ativa e acomete principalmente o sexo masculino. A quantidade de lesões que obtiveram predominância foi de 2 a 5 e a forma clínica prevalente foi Dimorfa. A saída prevalente foi a cura, o que demonstra a eficácia do tratamento. CONCLUSÃO: Apesar da maioria dos casos obter resultado de cura, ainda é necessário aplicar métodos de prevenção para controlar a incidência do problema, tendo em vista que é considerada uma doença negligenciada e pode causar danos irreversíveis. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase. Epidemiologia. Mycobacterium leprae

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ANÁLISE DE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM MOBILIDADE FÍSICA PREJUDICADA

Anna Carolinny Ivo Ferreira, Lucas Pessoa e silva, Sandra Marina Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: A lesão por pressão é definida como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente, sobre uma proeminência óssea, ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta, pode ser dolorosa, e ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de lesão por pressão em pacientes com mobilidade física prejudicada em um hospital público municipal. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado em um hospital público de referência. A amostra foi constituída por pacientes que possuíam mobilidade física prejudicada no período de novembro a março de 2017 e 2018, totalizando (n=78) participantes. Os critérios de inclusão foram os pacientes com mobilidade física prejudicada, e o risco de desenvolver lesão por pressão ou já ter desenvolvido, que concordaram e assinaram o TCLE. A coleta dos dados ocorreu mediante entrevista e análise do prontuário com formulário semiestruturado. As variáveis foram as sociodemográficas, doenças pré-existentes, fatores de risco e as incidências e prevalência de lesões. Os dados foram organizados em tabelas do Software Excel 2010 e processados no Microsoft SPSS versão 19.0. O intervalo de confiança foi de 95% e a hipótese de nulidade (p>0,05). A pesquisa foi aprovada pelo CEP da Universidade Estadual do Piauí nº do parecer: 1.093.983. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação aos dados sociodemográficos, prevaleceu a idade de 60 a 88 anos, com 57,6% (n=45), houve um predomínio de 65, 3% (n=51) do sexo masculino, 53,8% (n=42) eram analfabetos, 70,5% (n=55) apresentaram renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. A patologia que mais prevaleceu foi a Hipertensão Arterial Sistêmica, em 61,5% (n=48) dos casos, e o acidente traumático como a condição clínica prevalente e Entre o motivo, destaca-se o acidente vascular encefálico em 61,5% (n=48) dos casos. Dos 78 pacientes, 7,69% (n=6) eram Incidência e 73,07% (n=63) a Prevalência e 19, 23% (n=15) apresentavam risco de desenvolver lesão por pressão segundo a Escala de Braden. As localizações predominantes foram a sacral, isquiática e trocânteres, com predomínio de lesões crônicas com média de meses de tratamento. CONCLUSÃO: Observa-se que o sexo masculino, idoso, com baixa renda e analfabeto são características que se destacam em pacientes com LPP, esta situação sociodemográfica mostrou-se preocupante, pois a baixa escolaridade e a renda repercutem diretamente na adesão aos cuidados. Concluiu-se que esses fatos podem ser reflexo da qualidade da assistência à saúde ou a falta de aplicação de estratégias como o uso de medidas preventivas, implantação de protocolos e educação e saúde desde o momento em que o paciente sofre o trauma ou AVE e que o mantém na situação de mobilidade física prejudicada e não apenas quando adentra na Instituição Hospitalar. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Lesão Por pressão, Ocorrência

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO: Uma Revisão Integrativa

João Matheus Ferreira do Nascimento, Denival Nascimento Vieira Júnior, Zeila Ribeiro

Braz, Renata Kelly dos Santos e Silva, Ivanildo Gonçalves Costa Júnior, Sarah Nilkece Mesquita Araújo Nogueira Bastos

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico crônico decorrente de alterações no metabolismo da glicose e na produção de energia biomolecular, acarretando disfunções em órgãos vitais e síndromes associadas. Uma das complicações mais frequentes é o surgimento de lesões ulcerativas como o Pé Diabético, sendo uma neuropatia clínica, estimulada pela hiperglicemia sustentada, pressão biomecânica e afecções na vascularização periférica no membro inferior, causando infecções, deformidades, destruição de tecidos profundos, riscos de reulceração em áreas próximas, perda de mobilidade e, consequentemente, da qualidade de vida, dada a evolução sendo necessária a amputação do membro afetado; esta situação clínica possui um alto grau de prevalência, sendo responsável por 85% da morbimortalidade nos pacientes com DM, compondo elevados custos hospitalares e internações prolongadas. No entanto, estima-se que 50% dos casos de amputações poderiam ser prevenidos, com a contribuição do autocuidado pelos próprios pacientes. OBJETIVO: Objetivou-se identificar com base na literatura científica as melhores evidências para prevenção do pé diabético. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura realizado nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE, via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o cruzamento dos descritores controlados da BVS: Cuidados de Enfermagem, Diabetes Mellitus, Pé Diabético e Autocuidado. Aplicaram-se como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra em português, inglês e espanhol, com recorte temporal de 2013 a 2018. Excluíram-se teses, dissertações e monografias, bem como artigos repetidos. Foram identificados 11 artigos, dos quais sete atenderam aos critérios elencados. A literatura analisada em sua maioria, foi publicada nos períodos de 2016 e 2017 (3; 43%, cada), seguido pelo ano de 2014 (1; 14%). Os estudos se apresentavam em mais de uma base de dados LILACS com 71% (5) e BDENF com 21% (2) da amostra, não houve resultados pela base de dados MEDLINE (0). RESULTADOS: Em suma, todos os artigos destacavam que programas de educação permanente, sobretudo para os profissionais da Atenção primária, são imprescindíveis para a abordagem adequada aos pacientes com Pé Diabético, que pode ser prevenido com a detecção precoce das manifestações clínicas, bem como pelo controle da alimentação e índice glicêmico, controle metabólico, a educação dos pacientes e o cuidado apropriado com os pés, como a utilização de calçados confortáveis, observação diária das condições, cuidados com as unhas e pelos, higiene e hidratação. Foi evidenciada que, a enfermagem é a área mais próxima do paciente nessa condição, cabendo a ela atuar nas orientações ao autocuidado melhorando o entendimento destes sobre as características de sua doença. CONCLUSÃO: Portanto, é de fundamental importância uma assistência integral e o acompanhamento efetivo ao paciente com DM na promoção do autocuidado como medida de prevenção ao Pé Diabético, essas orientações devem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde, visto que esse é o serviço de saúde mais próximo da comunidade, e oferece assistência multiprofissional, bem como é capaz de sanar mais de 80% dos problemas de saúde. PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem, Diabetes Mellitus, Pé Diabético, Autocuidado.

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MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM FERIDAS COMPLEXAS

Valéria Maria Silva Nepomuceno, Paula Maria Feitosa de Carvalho, Nazaré de Maria

Silva Mendes, Bianca Maria Aguiar de Oliveira, Grazielle Roberta Freitas da Silva, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: As feridas são rompimentos no tecido tegumentar comprometendo desde a parte estrutural até a funcional, que iniciam com o trauma e finalizam com o fechamento completo, após todos os eventos bioquímicos e fisiológicos que garantem o inteiro depósito do material cicatricial, sendo uma atividade de alta complexidade e dinamicidade de restauração da integridade tissular. Assim, uma assistência de enfermagem qualificada deve levar em conta os diversos aspectos de um indivíduo, biológico, psicológico e social, evitando cuidados desenvolvidos estritamente a lesão do tissular, pois todos a integralidade do paciente é fator crucial do processo de cicatrização, e quando bem acompanhado reduz o tempo de estadia das feridas e favorece a qualidade de vida (QV) desses pacientes. Esta é entendida, pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como o perfeito estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. OBJETIVO: Mensurar a Qualidade de Vida de Pacientes com Feridas Complexas. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no ambulatório de feridas de um hospital de ensino de Teresina-PI, utilizando um formulário de coleta para a obter os dados sociodemográficos e características da lesão e o instrumento Freiburg Life Quality Assessment (FLQA-wk) para mensurar a QV dos participantes, contendo 24 itens distribuídos em seis domínios e variando, o escore global que é a média das medias de todos os domínios validos, de zero (melhor QV) a cinco (pior QV). ANÁLISE: O estudo contou com 23 pacientes e 34 feridas, desse quantitativo houve predomínio do sexo feminino (56,5%), dos adultos (30,4%) e dos que tinham entre 59-72 anos (30,4%), casados (47,8%), baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto) (43,5%), pardos (73,9%), donas de casa (43,5%). Maioria possuíam etiologia única (87,0%), uma única ferida (78,3%), era a primeira vez que a lesão aparecia (56,5%), duração de mais de cinco anos (43,5%). Das 34 feridas a maioria foram as Úlceras Venosas (58,8%) e a localização predominante foram os Membros Inferiores (70,6%). Quanto a QV, a média dos escores globais foi de 2,83, valor que corresponde a uma boa qualidade de vida, pois tende a zero que é considerado o valor que indica a melhor QV, com esse escore variando de 1,9 a 4,0. Além do mais, o domínio mais afetado foi o satisfação com média de 3,97 e o menos afetado o psicológico com 2,06 de média. CONCLUSÃO: Em suma, os objetivos foram atendidos, pois, foi possível a mensuração de uma boa qualidade de vida, além da descrição do perfil socioeconômico dos participantes e a caracterização das feridas, com destaque para as úlceras venosas e predominância dos membros inferiores. Bem como permitiu sugerir intervenções nos cuidados de enfermagem para contribuir com suas atividade de humanização da assistência. PALAVRAS-CHAVE: Lesões e Ferimentos, Qualidade de Vida, Enfermagem

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CARACTERIZAÇÃO DA FERIDAS COMPLEXAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO CÂNCER

Valéria Maria Silva Nepomuceno, Laylla Janne Chaves Carvalho dos Santos, Kerolayne

Laiz Barbosa de Morais,, Nathália Lima Nunes, Roosely Cruz da Silva Machado, Grazielle Roberta Freitas da Silva

INTRODUÇÃO: As feridas crônicas são lesões graves da pele e de tecidos adjacentes que trazem aos pacientes e familiares vários problemas, como dor permanente, incapacidade, sofrimento, perda da autoestima, isolamento social, gastos financeiros, afastamento do trabalho e alterações psicossociais. Além de, ser um parâmetro negativo para a qualidade assistencial, já que a sua origem se associa diretamente ao aumento do tempo de hospitalização, do risco de complicações e dos custos. OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográficos dos pacientes acometidos por feridas crônicas, bem como a avaliação e caracterização dessas lesões. METODOLOGIA: Estudo descritivo com coleta por meio de um formulário par avaliar aspectos sociodemográficos e caracterização das feridas crônicas em um hospital de referência para tratamento de câncer na cidade de Teresina, nos meses de fevereiro a abril de 2017, sendo contabilizado 48 feridas em 34 pacientes. Atendendo a resolução 466. RESULTADO E DISCUSSÃO: Maioria estavam internados nos postos (88,3%), são procedentes do interior do Piauí (44,1%), possuem 60 anos ou mais (67,6%), são brancos (41,2%) ou pardos (41,2%), residem com quatro a sete moradores (44,1%), renda familiar de um a três salários (47,1%), casados (50%), grau de escolaridade até ensino fundamental incompleto (41,2%) e igual quantidade para o quesito sexo (50%). Quanto as características clínicas 94,1% possuem cuidador e 73,5% não possuem doença psicológica, portanto, não fazem uso de medicamentos psicotrópicos. A maioria possui alguma condição clínica ou fator de risco, estão com peso e nutrição adequados fazendo dieta por via oral, não deambulam, por isso, fazem o banho no leito apresentando higiene oral e intima adequada, eliminações intestinais e vesicais espontâneas e o número de feridas por paciente é uma. Enquanto que a caracterização das feridas, a maioria eram lesões por pressão em região sacral com troca de curativo diárias e sem odor fétido, em todas as feridas dos pacientes foram utilizadas coberturas, destacando-se: papaína 15 (31,3%), hidrogel 13 (27,1%), sulfadiazina de prata 7 (14,6%), ácidos graxos essenciais 5 (10,4%), hidrofibra 4 (8,3%), colagenase 2 (4,2%), hidrocoloide 1 (2,1%) e alginato de cálcio 1 (2,1%). CONCLUSÃO: A partir do exposto, identificou-se a prevalência do tipo de ferida crônica caracterizando a mesma e seu portador, para assim, permitir um nova abordagem da enfermagem trabalhando para uma assistência de qualidade. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Usos Terapêuticos, Ferimentos e Lesões

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COMISSÃO DE CURATIVOS: EXPERIÊNCIA ÊXITOSA EM CUIDADO DE FERIDAS COMPLEXAS

Francisca Cecília Viana Rocha, Adriana De Andrade Bastos, Nirvania Do Vale Carvalho,

Gabriel Vítor De Sousa Campelo, Atila Sâmia Oliveira Rodrigues, Tatiane Barbosa De Lira

INTRODUÇÃO: O cuidado com feridas é um processo complexo e dinâmico que exige atenção multiprofissional, porém o enfermeiro é o que detém o conhecimento e habilidade para avaliar e realizar esse procedimento, o qual cada vez mais exige conhecimentos específicos para ser desenvolvido de forma individualizada. OBJETIVO: Relatar a experiência da comissão de curativos no tratamento de feridas complexas de um hospital público de alta complexidade de Teresina- Piauí. RELATO DE CASO: Realizado a partir da experiência vivenciada por profissionais que atuam na Comissão de Curativo, a qual foi criada em 2013, sendo constituída de uma equipe multiprofissional (enfermeiros, nutricionista, médico vascular e farmacêutico) e tem como finalidade prevenir e tratar lesões de pele complexas. A equipe elaborou regimento próprio, protocolos de cuidados e impressos necessários para as ações a serem desenvolvidas. Ressalta-se que essa Comissão é treinada constantemente em relação aos tipos de curativo e lesão complexas, inclusive com no foco em cuidado em estomias. A Comissão, possui uma escala de serviço, a qual é acionada para avaliação de feridas por meio dos pareceres, solicitados por médicos e enfermeiros das áreas assistenciais e partir de então o paciente é avaliado e acompanhado pelos membros da mesma e dependendo do tipo de lesão avaliada, são solicitados coberturas especiais e realizado os primeiros curativos, para após obter seguimento desses pacientes, junto ao enfermeiro assistencial da clínica. CONCLUSÃO: A comissão trouxe credibilidade ao profissional enfermeiro, crescimento e empoderamento, além de autonomia profissional e melhoria no cuidado ao paciente com feridas, reduzir o risco de infecção e a permanência do mesmo no hospital e melhorar a qualidade da assistência. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Feridas, Curativos, Qualidade da Assistência à Saúde.

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UTILIZAÇÃO DE ESCALAS NA AVALIAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES CRÍTICOS

Raísa Leocádio Oliveira, Samya Raquel Soares Dias

INTRODUÇÃO: As lesões por pressão (LP) acometem a pele e/ou tecido subjacente que normalmente ocorrem em locais de proeminência óssea, resultantes de forças de atrito (pressão, fricção e cisalhamento). Dentre os pacientes mais susceptíveis ao desenvolvimento dessas lesões, estão os pacientes críticos, altamente vulneráveis e expostos a fatores de risco específicos, conforme a doença de base e condições associadas. As escalas de avaliação de risco estabelecem, por intermédio de pontuação, a probabilidade da ocorrência da LP em um paciente, com base numa série de parâmetros considerados como fatores de risco. Estas, incluem condição geral e avaliação da pele, mobilidade, umidade, incontinência, nutrição, dor, entre outros fatores e são muito úteis na avaliação sistemática do paciente. OBJETIVO: analisar as atuais publicações cientificas no que diz respeito a utilização de escalas avaliativas de lesões por pressão pela enfermagem em pacientes críticos. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada na base de dados BVS Brasil, incluindo pesquisas originais em inglês, português ou espanhol referente ao período de 2013 a 2017. Após a seleção dos estudos, os mesmos foram categorizados quanto a título do artigo, período, ano de publicação, idioma, objetivo e principais resultados. Estes apresentados em tabelas e discutidos de forma descritiva. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, na íntegra, em português, espanhol ou inglês, dentro do período estipulado. Foram excluídas as revisões de literatura. RESULTADOS: a análise dos artigos resultou na seleção de nove estudos para revisão. A maioria foram publicados em português, com repetição de apenas um periódico, principalmente no ano de 2013. Os temas mais recorrentes foram a classificação de risco de lesões por pressão, seguida da incidência. A escala mais abordada nos estudos foi a Escala de Braden, também foram apontadas as escalas de PUSH, Sunderland e de Cubbin & Jackson. CONCLUSÃO: o uso de escalas avaliativas, tanto na identificação de risco quanto da evolução da cicatrização, é pertinente e necessário à prática de enfermagem. Também se mostrou necessária melhor capacitação dos profissionais para utilização das escalas. PALAVRAS-CHAVE: Úlcera por pressão, Terapia intensiva, Medição de risco, Enfermagem

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USO E EFETIVIDADE DA PAPAÍNA 100% E 20% NA REMOÇÃO DE ESFACELO: RELATO DE CASO

Luís Felipe Oliveira Ferreira, Antonia Jocilene Santos de Sousa, Sara Mirna Sousa

Oliveira, Josiane Santos Silva, Juliete de Sousa Leal, Sandra Marina Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: As lesões por pressão (LP) consistem em danos teciduais resultantes de pressão intensa, principalmente sobre proeminências ósseas. Nesse caso, o tratamento de feridas abrange diferentes tipos de coberturas, dentre elas, a papaína sendo utilizada em diferentes concentrações e nas várias fases do processo cicatricial. Essa substância possui ação bactericida, bacteriostática e desbridante enzimática, sendo observada maior efetividade nas concentrações acima de 10%. OBJETIVO: Descrever a efetividade do uso de papaína na concentração de 100% e 20% na remoção de esfacelo em LP estágio III. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de caso de um paciente com LP sacral de estágio III. Realizado em um Hospital de alta complexidade referência no estado do Piauí, no setor de Clínica Médica. A coleta de dados ocorreu no mês de outubro de 2018, mediante anamnese, histórico, avaliação clínica diária da lesão e do processo de cicatrização, além do acompanhamento com registros fotográficos realizados por estagiários de enfermagem de uma instituição conveniada e enfermeiras do setor. Para a realização do estudo foi necessária a autorização do responsável legal do paciente por meio do termo de consentimento livre e esclarecido, de acordo com a resolução Nº 466/12 sobre Normas e Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Adolescente, 12 anos de idade, com história de queda de cavalo em setembro de 2018 e fratura de vértebras cervicais, admitido no serviço para realização de artrodese de coluna. Segue em acompanhamento pós-operatório, tetraplégico, com presença de LP de estágio III na região sacral. No acompanhamento inicial realizado no dia 08/10/2018 a lesão apresentava-se com bordas irregulares, exsudato e umidade moderada, sem odor fétido, 95% de esfacelo e 5% de tecido de granulação. Após avaliação feita pela equipe de enfermagem do hospital e professores de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí, optou-se por iniciar a terapia com a utilização de papaína na concentração 100% e 20% por ser efetiva e de baixo custo. Aplicou-se a papaína a 100% dissolvida em soro fisiológico 0,9% e gaze sobre o leito da lesão durante 20 minutos, após retirada procedeu-se o desbridamento instrumental conservador da área possível de ser removida, logo em seguida ocluiu-se com papaína na concentração de 20%. Essa terapia foi realizada diariamente, no 15º dia a lesão apresentava-se com bordas regulares, retração do leito da ferida, pouca quantidade de exsudato, sem odor fétido, 80% de tecido de granulação e 20% de esfacelo, obtendo-se uma redução de 75% na quantidade de esfacelo. Com esse resultado iniciou-se a aplicação de papaína a 100% e 10%. CONCLUSÃO: A combinação da papaína 100% e 20% foi efetiva na remoção de esfacelo. Além disso, destaca-se a contribuição da enfermagem no processo de cicatrização e na redução de custos, relacionados por exemplo a não realização de um desbridamento cirúrgico e consequentemente uma redução do tempo de internação e uma evolução mais rápida do processo de cicatrização da lesão. Sugere-se estudos comparativos com outros desbridantes para avaliar a efetividade da papaína e custos em um número maior de pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Papaína, Efetividade, Estomaterapia, Enfermagem

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CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM LIMPEZA, DESBRIDAMENTO DE FERIDAS E AVALIAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO

Lucia Leonara Fonseca Rodrigues Alves

INTRODUÇÃO: Conforme a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 567/2018 cabe ao enfermeiro avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com feridas. A avaliação regular dos pés da pessoa com Diabetes Mellitus deve ser realizada por profissionais de nível superior (o médico de família ou, preferencialmente, o enfermeiro), segundo a periodicidade recomendada para cada grau de classificação de risco do pé diabético. OBJETIVO: O objetivo principal da atividade de capacitação profissional foi aprimorar o conhecimento técnico-científico do enfermeiro na conduta de feridas e no processo de avaliação e acompanhamento do paciente com Diabetes Mellitus, com atenção especial aos pés, criando o mecanismo motivador e modificador das práticas em serviço. METODOLOGIA: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência frente ao desenvolvimento de educação permanente aos trabalhadores da saúde, do setor público municipal. RESULTADOS: A capacitação teve abordagem teórico-prática, um destinado a atualização em limpeza e desbridamento de feridas e outro a avaliação do pé diabético, tendo como público alvo enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família e como facilitador de aprendizagem uma enfermeira estomaterapeuta capacitada em podiatria. Abordagem prática de desbridamento realizou-se em tecido animal desvitalizado (peça fresca de pé de porco) e a prática de avaliação do pé diabético ocorreu em 10 pacientes previamente selecionados por 10 equipes de saúde da família da zona urbana, tendo como prioridade para seleção contar com 10 anos ou mais de diabetes e/ou possuir alguma ulceração ou amputação de membros inferiores. Fornecimento a todas nossas equipes de saúde da família do kit de teste de sensibilidade contendo: material para teste de sensibilidade no pé diabético, acrescido do material para sensibilidade dermato-neurológica simplificada. Segundo informações coletadas em nossas equipes de saúde da família, em abril de 2017, Campo Maior-Piauí possuía 1.615 diabéticos, destes 27 já haviam sofrido algum tipo de amputação, ocasionada pelo pé diabético. A capacitação trouxe habilidade e segurança técnica ao enfermeiro, permitindo seu empoderamento profissional frente à condução de condições com feridas e diabetes. Permitiu a criação de ficha municipal padrão como mecanismo facilitador e orientativo para rastreamento de risco para pé diabético, com classificação e seguimento. A criação de novos olhares sobre o fazer do enfermeiro, o fez se sentir motivado a ofertar e construir uma abordagem mais qualificada aos seus pacientes. CONCLUSÃO: Podemos verificar o quão necessário e gratificante é investir em ferramentas de educação permanente em saúde, com processos e insumos materiais que qualifiquem a atenção primária em saúde, permitindo a mudança de condutas e processos antes negligenciados durante o atendimento ao paciente portador de feridas e diabetes, com especial atenção a avaliação do pé, o qual passou a ter primazia na assistência de qualidade ao paciente com diabetes. PALAVRAS-CHAVE: Capacitação Profissional, Educação Continuada, Desbridamento, Educação em Enfermagem, Enfermagem em Saúde Comunitária, Ferimentos e Lesões, Pé Diabético

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TRATAMENTO DO PIODERMA GANGRENOSO EM PACIENTE PORTADOR DA DOENÇA DE CROHN: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Tainara dos Santos Resende, Naiana Lustosa de Araújo Sousa, Roxana Mesquita de Oliveira Teixeira Siqueira, Janara Batista da Cruz, Nádia Rodrigues Furtado Galeno,

Nathany Nirley Uchôa Freitas Barradas INTRODUÇÃO: O pioderma gangrenoso (PG) é uma dermatose inflamatória crônica, não infecciosa, de caráter destrutivo local. Sua etiologia é incerta, geralmente associado a outras afecções locais ou sistêmicas como doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), neoplasias malignas, artrites e doenças hematológicas. A apresentação clínica do PG é variável. Caracteriza-se por lesões cutâneas ulceradas, múltiplas ou únicas e dolorosas. Apresenta quatro variantes clínicas: ulcerada, bolhosa, vegetante e pustulosa. A mais frequente é a ulcerativa, que se inicia com pápula ou nódulo e evolui rapidamente para lesões ulceradas e dolorosas. OBJETIVO: Relatar a experiência no tratamento de pioderma grangrenoso em paciente portador da doença de Crohn em um ambulatório de estomaterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência desenvolvido a partir da vivência no ambulatório de feridas complexas do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, localizado em Teresina, Piauí. O protocolo terapêutico consistiu na limpeza da lesão com soro fisiológico 0,9% e clorexidina degermante nas margens, seguida da aplicação de solução de PHMB por 10 minutos. A cobertura primária utilizada foi espuma absorvente impregnada com prata com troca do curativo a cada 3 dias. RESULTADOS: O paciente foi encaminhado ao ambulatório de estomaterapia em julho de 2018, após um mês de internação hospitalar, com quadro de PG em região escapular esquerda. O tratamento sistêmico consistiu no uso de corticóides por via oral e a terapia tópica baseou-se no manejo atraumático da ferida e curativo com cobertura não aderente. Durante o tratamento houveram dois períodos de piora da cicatrização onde ocorreu a hipergranulação do tecido em decorrência do excesso de umidade e infecção local, sendo assim optou-se pela espuma com prata e com esta ocorreu a epitelização em três semanas de tratamento. CONCLUSÃO: A escolha de uma cobertura é um processo dinâmico, necessitando adequar-se a cada fase do processo de cicatrização e as necessidades da terapêutica. A terapia com a espuma com prata mostrou-se eficiente, seu uso apresentou resultados positivos para o processo de cicatrização da lesão, promovendo assim a melhoria da qualidade de vida do paciente. PALAVRAS-CHAVE: Pioderma Gangrenoso, Terapêutica, Doença de Crohn

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INTERFACES DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM E DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: UMA REFLEXÃO

Polyana Coutinho Bento Pereira, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho,

Stefany Rodrigues Cardoso Introdução: As lesões por pressão (LPP) são caracterizadas por comprometer os tecidos cutâneo e subcutâneo, envolvendo assim os músculos e até mesmo ossos e articulações, sendo comuns em pacientes idosos acamados e privados de movimentos, levando a destruição parcial ou total dos tecidos. Configura-se um grave problema para setor saúde pois aumentam significativamente o tempo de permanência hospitalar, por isso as medidas profiláticas são essenciais para prevenção dessa patologia, além de amenizar dor e sofrimento para as pessoas acometidas. OBJETIVO: promover uma reflexão sobre a interface entre os cuidados de enfermagem e da família na prevenção das lesões por pressão. MÉTODO: estudo reflexivo, realizado a partir da leitura de artigos atuais. A busca de informações foi realizada em novembro de 2018, pelo acesso online, e após a leitura e fichamento da literatura, procedeu-se a análise descritiva, o que contribuiu para a reflexão sobre interface dos cuidados de enfermagem e da família na prevenção de lesão por pressão. ANÁLISE: estudos evidenciaram que profissionais de enfermagem está muito sistematizado a utilizar instrumentos que auxilia a individualizar o cuidado e para que possa prescrever um plano de cuidados para prevenir a LPP, como a utilização da escala de Braden e a sistematização da assistência de enfermagem prescrevendo a mudança de decúbito, os cuidados com a pele, a hidratação, a nutrição e a proteção de proeminências ósseas na internação hospitalar. Contudo, estudos identificaram necessidade do profissional de enfermagem melhorar as orientações para o cuidado preventivo antes da alta hospitalar direcionado as famílias para que possa ser feito no cuidado domiciliar. Visto que o enfermeiro é o profissional mais próximo da família para estabelecer o processo de relacionamento para que a prática do cuidado seja mais adequada. Neste contexto, entende-se que a equipe de enfermagem deve capacita a família para a prática do cuidado e buscar com que esta entenda a sua importância e responsabilidade no ambiente domiciliar, pois são os únicos provedores de cuidados contínuos e, às vezes, as avaliações realizadas pelos profissionais de saúde podem ser fragmentadas. Assim, a rotina de observação do familiar, quanto ao progresso do paciente, deve servir de referência para a tomada de decisão quanto ao plano de cuidados. CONCLUSÃO: Diante dessa temática, observou-se a importância da interação dos cuidadores familiares com equipe de enfermagem, visto que aqueles são considerados componentes essenciais da equipe de saúde, recebendo educação quanto à prevenção de LPP, bem como o incentivo para a participação no planejamento dos cuidados de saúde. PALAVRAS-CHAVE: Lesão Por Pressão, Cuidados De Enfermagem, Prevenção E Controle

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O CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SOBRE O MANEJO COM ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

Ana Carolina Marques Oliveira, Flávia Lacerda de Sousa Barros, Antonio Werbert Silva

da Costa, Olivia de Aguiar Costa, Fabiana Mendes Ferreira, Sarah Nilkece Mesquita Araújo Nogueira Bastos

INTRODUÇÃO: A assistência ao paciente estomizado exige uma reflexão sobre os aspectos de reabilitação, constituindo um grande desafio para o profissional de saúde, principalmente de enfermagem, por isso é indispensável o conhecimento das necessidades desses pacientes através de suas inquisições que, além de serem diversas, mudam constantemente a importância da assistência à pacientes com estomias e que faz com que o estomizado tenha uma melhor aceitação de sua condição. OBJETIVO: Verificar o conhecimento do profissional de enfermagem sobre o manejo com estomias intestinais de eliminação (EIE). MÉTODO: Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem quantitativa. A pesquisa constou com aplicação de um questionário. O processamento dos dados e a análise estatística foram realizados através do programa SPSS®, versão 18.0 para Windows®. Foi realizada a análise descritiva dos dados, apresentando valores de frequência, média, desvio padrão (DP), mediana, valores máximo e mínimo. A pesquisa atendeu aos aspectos éticos, conforme regulamentados na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Dos resultados obtidos, a pesquisa foi constituída de 100 participantes, sendo 10 (10,0%) homens e 90 mulheres (90%), com média de idade de 32,75 anos. Dentre os participantes 30 eram enfermeiros e 70 técnicos de enfermagem. Em relação ao conhecimento dos enfermeiros sobre EIE no presente estudo observou-se que houve potencialidades e fragilidades no nível de conhecimento desses profissionais uma vez que nas questões sobre conceito e classificação das EIE, assistência pré-operatório e pós-operatória menos da metade dos participantes acertaram as questões e nas questões relativas ao conceito de EIE) e assistência familiar pré-operatório). CONCLUSÃO: Verificou-se que o conhecimento da equipe de enfermagem sobre EIE encontra-se vulnerável, uma vez que, se constatou frequência de acertos inferior a 50,0% nas questões relacionadas ao manejo das EIE, tanto no período pré, como no pós-operatório. PALAVRAS-CHAVE: Estomias, Enfermagem, Conhecimento.

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TERAPÊUTICA NA PLEUROSTOMIA ABERTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Tainara dos Santos Resende, Naiana Lustosa de Araújo Sousa, Roxana Mesquita de Oliveira Teixeira Siqueira, Nádia Rodrigues Furtado Galeno, Thallys Denneyson

Andrelino Silva, Nathany Nirley Uchôa Freitas Barradas

INTRODUÇÃO: A pleurostomia aberta é resultado da abordagem cirúrgica da cavidade torácica, sendo mantida aberta pelo período necessário com o objetivo de possibilitar a limpeza, drenagem adequada do espaço pleural e expansão do pulmão. A lesão deve ser avaliada nos seguintes aspectos: tamanho, tipo de tecido, presença de fístula, odor, exsudato e dor. A prevenção e tratamento de infecção na lesão são fundamentais, pensando nisso o uso de curativos que controlem o meio ambiente da ferida: tendo como exemplo os agentes antimicrobianos, que mantem um nível de umidade que previne a maceração e promove a cicatrização. O composto polihexametileno biguanida (PHMB) é um desses agentes com ação antisséptica e importante papel bactericida. OBJETIVO: Relatar a experiência na terapêutica de pleurostomia aberta em um ambulatório de estomaterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência desenvolvido a partir da vivência no ambulatório de feridas complexas do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, localizado em Teresina, Piauí. RESULTADOS: Após alta hospitalar os pacientes com pleurostomia são encaminhados ao ambulatório de estomaterapia para avaliação especializada e continuidade do tratamento. Os usuários relatam dificuldade de realizar a troca dos curativos na atenção primária pois os profissionais relatam desconhecimento ou falta de recursos materiais para o procedimento. A técnica de limpeza da pleurostomia requer instrumental estéril e coberturas absorventes. A escolha da cobertura primária objetiva criar um microambiente local adequado para o processo de regeneração tecidual, incluindo o preenchimento da cavidade. A cobertura que apresentou os melhores resultados foi a compressa com PHMB que possibilitou desprendimento de tecido desvitalizado, aumento da drenagem de exsudato e controle da umidade, além da redução do odor e da dor. CONCLUSÃO: A experiência em questão possibilitou maior aprofundamento no conhecimento sobre a pleurostomia aberta, assim como o desenvolvimento de um olhar crítico no manejo adequado da lesão. A terapia de escolha mostrou-se eficaz, promovendo cicatrização e conforto durante o tratamento. PALAVRAS-CHAVE: Cavidade Pleural, Toracostomia, Ação Antimicrobiana, Terapêutica

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O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PEDIÁTRICA PORTADORA DE MIELOMENINGOCELE E BEXIGA NEUROGÊNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Edvânia Soares dos Santos, Stefânia Araújo Pereira, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Ruth de Sousa Santos, Lívia Gabriela da Luz Carvalho, Marianne Rocha Duarte

INTRODUÇÃO: A mielomeningocele é a causa mais frequente de bexiga neuropática na infância, em que seu mecanismos de controle de micção estão desordenados (LOPEZ, 2012). A principal característica da bexiga neurogênica, independente da sua etiologia, é a incontinência urinária, a qual pode ser verdadeira ou paradoxal, em que se refere perda da urina com a bexiga cheia e a perda pelo esforço pouco vista na infância (SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA). O manejo se dar pelo não cirúrgico na realização cateterismo intermitente limpo, com os farmacológico e antibiótico, tem papel importante na prevenção da deterioração do trato urinário superior e da função renal. Na falha deste manejo o mais comum é a cirurgia para o aumento da bexiga disfuncional. OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem realizados a uma paciente com o diagnóstico de MIELOMENINGOCELE E BEXIGA NEUROGÊNICA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciados por acadêmicos de enfermagem durante o estágio curricular, em um hospital de referência do município de Teresina-PI, em novembro de 2017, a uma paciente com o diagnóstico de Bexiga Neurogênica e Meningomielocele. Assistência de enfermagem foi realizado a partir do histórico de enfermagem, no qual, foram levantados todos os problemas, exame físico e implementado os Diagnósticos de Enfermagem (DE), de acordo com a taxonomia da NANDA (Nort American Nursing Diagnost Association), por fim elaborando as intervenções de enfermagem e a serem introduzidos para assistência da paciente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Mediante discussão de caso clínico, foi elaborado os DE, utilizados no intuito de contribuir com a qualidade da assistência, sendo eles: Incontinência urinária reflexa relacionada a dano neurológico acima do nível do centro pontino da micção caracterizada esvaziamento incompleto da bexiga; Retenção urinária relacionada a inibição do arco reflexo caracterizada por sensação de bexiga cheia e distensão vesical; Risco de infecção relacionado a procedimento invasivo; Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionada a mecanismo regulador comprometido. Após estabelecimento dos DE, as seguintes medidas foram implementadas: Estabelecer uma ingesta adequada de líquidos; Realizar o cateterismo vesical de alívio em horários padronizados; Ensinar medidas para ajudar a reduzir a atividade do detrusor; Ensinar métodos para esvaziamento da bexiga; Monitorar urina residual; Utilizar técnica adequada para realização de cateterismo vesical; Testar amostra da urina periodicamente quanto presença de bactérias. CONCLUSÃO: A assistência prestada nos permitiu um maior aprimoramento dos conhecimentos teórico-práticos de enfermagem, relacionado a tal patologia, que por ser de tratamento demorado, também causa impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes acometidos. A implementação da SAE, nos proporcionou uma visão holística, favorecendo para um cuidado mais completo. Destacou-se avaliação do diário miccional e a técnica do cateterismo intermitente, quanto o peso da fralda para elaboração do plano de cuidado, possibilitando uma maior confiança por parte da paciente, houve uma melhora no seu emocional, que estava abalado por conta a passagem da sonda, o desconforto e a internação. Com ajuda da equipe multiprofissional favoreceu a um bom prognóstico. PALAVRAS-CHAVE: Mielomeningocele, Bexiga Urinária Neurogênica, Cateterismo Urinário, Cuidados de Enfermagem

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QUALIDADE DE VIDA DO ADOLESCENTE COM INCONTINÊNCIA ANAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Izadora Caroline Silva, Rauena Tágila Silva, Franciane Carvalho dos Santos, Jefferson

Abraão Caetano Lira INTRODUÇÃO: A incontinência anal consiste na perda involuntária de fezes e/ou gases pelo ânus. Pode resultar de lesão traumática do aparelho esfincteriano anal ou da perturbação funcional neuromuscular do esfíncter anal devido doenças crônicas, como o Diabetes Mellitus, a esclerose múltipla e as neoplasias. Ademais, a incontinência anal provoca alteração no equilíbrio emocional, social e psicológico do paciente, destacando a importância da efetividade da assistência de enfermagem a esse agravo. OBJETIVO: Analisar na literatura as evidências científicas sobre a qualidade de vida do adolescente com incontinência anal. MÉTODOS: Revisão integrativa realizada na BVS (MEDLINE, LILACS E BDENF), no período de novembro de 2018. A busca foi norteada pela estratégica PICo (População: adolescentes; Interesse: qualidade de vida; Contexto: incontinência anal), utilizando os Descritores: adolescente, qualidade de vida e incontinência anal. Os critérios de inclusão foram: artigos primários disponibilizados na íntegra, nos idiomas português, espanhol e inglês, no período de 2014 a 2018 e que responderam à questão norteadora “Quais as evidências científicas sobre a qualidade de vida do adolescente com incontinência anal?”, totalizando 5 artigos. Os dados foram agrupados por similaridade em duas categorias: mudanças no comportamento e impacto emocional e psicológico. RESULTADOS: O ano de maior publicação foi 2015 (40%), prevalecendo o cenário hospitalar (60%) e a abordagem qualitativa em 90% dos estudos. Evidenciou-se que a incontinência fecal perturba o equilíbrio emocional, social e psicológico do paciente que, frequentemente, oculta essa situação de grande embaraço social e que vem a condicionar toda a sua atividade normal. Tal condição pode levar ao isolamento das pessoas, à depressão e às limitações profissional e social. O medo de ter que lidar com o descontrole da eliminação do conteúdo intestinal gera vergonha e angústia. Independentemente do volume perdido, o paciente pode sentir-se bastante constrangido e inseguro, o que transforma de maneira substancial sua confiança e comportamento social. Além disso, os adolescentes que receberam orientações e cuidados contínuos de enfermagem tiveram maior autoestima. CONCLUSÃO: Apesar da relevância, há poucos estudos sobre o tema, o que requer maior atenção dos pesquisadores, pois a perda do controle voluntário na eliminação de fezes causa desgaste psicológico, baixa autoestima, levando o adolescente ao isolamento e a crises de depressão, reduzindo a qualidade de vida desses pacientes. Ressalta-se também que a qualidade da assistência de enfermagem apresenta impacto positivo na qualidade de vida dos adolescentes com incontinência anal. PALAVRAS-CHAVE: Adolescente; Qualidade de vida; Incontinência anal.

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IMPACTOS NO COTIDIANO DE PARTURIENTES ACOMETIDAS POR INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Lívia Gabriela da Luz Carvalho, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Edvânia Soares dos Santos, Larissa Vieira de Melo, João Cláudio Leite Pierote, José Francisco Ribeiro

INTRODUÇÃO: Definida pela International Continence Society, como qualquer perda involuntária de urina, que pode ser classificada como Incontinência Urinária de Esforço (IUE), de urgência (IUU) e mista (IUM). A gravidez e o parto têm sido considerados fatores de risco para o aparecimento de IU. A fisiopatologia da IU na gestação e puerpério são multifatoriais, envolve a gravidez em si, mudanças hormonais, alterações no angulo uretrovesical, danos anatômicos após o parto. Esses sintomas podem estar associados ao efeito da pressão do útero gravídico sobre a bexiga, reduzindo de forma significativa à capacidade vesical, podendo afetar negativamente a qualidade de vida. Apesar da alta prevalência, apenas 1/4 das mulheres procura ajuda para o problema devido à falta de informação sobre possíveis tratamentos e também por acharem que é um processo natural. OBJETIVO: Identificar mediante revisão de literatura, os principais problemas enfrentados pelas parturientes acometidas por IU. MÉTODOS: Estudo de revisão integrativa da literatura via Biblioteca Virtual em Saúde, em novembro de 2018, artigos pertencentes às bases de dados: MEDLINE, SCIELO, LILACS. Foi utilizado na pesquisa a estratégia PICo utilizando os descritores: (P: Parturiente, gestante; I: Período Pós-Parto, Gestação; Co: Incontinência urinária. Critérios de inclusão: idioma em português, inglês e espanhol, gratuitos publicados nos últimos 10 anos. Critérios de exclusão: não aderência à temática. Foram encontrados 359 artigos e selecionados para análise 39 artigos. Os critérios de análise foram: período de publicação, abordagem metodológica e temática abordada. RESULTADOS: Anos de maiores publicações foram 2016 e 2013; Abordagem metodológica que prevaleceu foi a quantitativa; De acordo com os assuntos abordados pelos artigos emergiram as categorias temáticas: fatores de risco para IU; período de maior prevalência para IU; perfil das parturientes acometidas e os impactos nos cotidiano. Na 1° categoria, destacou-se, à ocorrência dessa patologia relacionada ao ganho de peso,tabagismo, multiparidade, idade avançada na primeira gestação, parto normal e constipação. A idade gestacional ? 37 semanas e episiotomia foram fatores de risco. Na 2° categoria, o período mais incidência foi durante o terceiro trimestre gestacional e no pós-parto, o tipo de IU que prevaleceu no pós-parto foi a IUE. Alguns artigos traziam que as parturientes não procuraram aconselhamento médico, alguns relataram que durante a assistência pré-natal, as gestantes não foram abordadas acerca dos sintomas de IU. Na 3° categoria, prevaleceu à cor/raça parda, multípara, parto normal, idade entre 25-35 anos. Tiveram impactos negativos na qualidade de vida durante a gestação. Outro problema, é o aumento da frequência urinária, causando desconforto e angústia, afetando a disposição de ir a lugares onde não tinham certeza sobre a disponibilidade de banheiros, reduzindo o envolvimento em atividades. CONCLUSÃO: Nota-se que existe a necessidade de educação em saúde para as parturientes, com o enfoque de exemplificar aspectos quanto aos fatores de risco, sintomas e tratamento da IU, buscando minimizar os danos produzidos. Portanto, é essencial o papel dos profissionais de saúde para a identificação dos fatores de risco e busca ativa de casos existentes, assim como o fornecimento de orientações adequadas durante as consultas de pré-natal e puerpério. PALAVRAS-CHAVE: Parturiente, Gestante, Período Pós-Parto, Gestação, Incontinência urinária.

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO INTEGRADO DE REABILITAÇÃO

Lizandra Fernandes do Nascimento, Jessyca Fernanda Pereira Brito, Anna Carolinny Ivo Ferreira, Tainá Maria Oliveira Sousa, Aline Costa de Oliveira, Sandra Marina Gonçalves

Bezerra INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é definida pela International Continence Society como qualquer queixa de perda de urina, independentemente do grau de desconforto social ou higiênico que cause, sendo considerado um problema de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial da Saúde por afetar mais de 200 milhões de pessoas no mundo. OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico epidemiológico de pacientes com incontinência urinária atendidos em um Centro Integrado de Reabilitação. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, documental, retrospectivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Integrado de Reabilitação em Teresina. A população foi constituída de 270 pacientes cadastrados no Centro entre maio de 2008 a junho de 2018. Foram incluídos participantes de todas as faixas etárias, com incontinência urinaria que realizam cateterismo vesical (intermitente ou de demora) e/ou façam uso de dispositivo urinário e que apresentavam prontuários completos. Os dados foram coletados entre os meses de abril a junho de 2018. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí sob o parecer n° 2.579.647. RESULTADOS E DISCUSSÃO : Em relação aos dados sociodemográficos: prevaleceu o sexo masculino 68,5%, a baixa escolaridade 33%, o estado civil solteiro: antes e depois da Incontinência Urinária, respectivamente 73,5% e 78,5%, idade média de 31,2 anos, renda média familiar de até um salário mínimo 68,5% e a ajuda de custo dos programas sociais 41,5%. Em relação ao perfil clínico: houve prevalência da Bexiga Neurogênica (Incontinência por transbordamento) 85% e tipo de eliminação vesical foi o Cateterismo Intermitente Limpo 84%. O principal diagnóstico evidenciado, a Lesão medular, é de origem traumática 54%, e tempo médio de acometimento de 6,9 anos. A maioria dos pacientes apresentou complicações associadas ao tratamento 70,5%, com destaque para Infecção do Trato Urinário 58,5% e devido às contrações vesicais há necessidade de uso de medicamentos, sendo que a metade dos pacientes utiliza medicações associadas, como os antiespasmódicos 27,5%. CONCLUSÃO: Diante do exposto, sugere-se que enfermagem possa contribuir sobremaneira para o empoderamento da clientela em questão a fim de proporcionar mais segurança na prática do autocuidado, possibilitando melhorias para a qualidade de vida. Finalmente, supõe-se que este estudo poderá além de fornecer dados e informações originais sobre as principais características clinicas e epidemiológicas desse público, possa também despertar nos profissionais e gestores de saúde pública a necessidade de voltarem à atenção para o desenvolvimento de políticas públicas preventivas ao desenvolvimento de lesões que possam resultar num quadro de incontinência, além de poder servir como parâmetro para novos estudos, uma vez que é observada na literatura nacional uma carência de trabalhos científicos relacionados a tal problemática. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Epidemiologia, Enfermagem.

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FATORES DE RISCO RELACIONADOS À INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES: REVISÃO DE LITERATURA

Isaac Gonçalves da Silva, Bruno Vinícius Pereira Costa, Francisco Monteiro

Loiola Neto

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina que produza desconforto social ou higiênico para a paciente e possa ser objetivamente demonstrado. IU é um problema comum que pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, contudo sua prevalência é maior na população feminina e aumenta com o avanço da idade. No entanto, a IU tem sido subestimada, frequentemente negligenciada e não tem recebido considerada atenção dos profissionais, muitas vezes por falta de informações, principalmente, sobre os fatores de risco, o que se torna um obstáculo para o seu diagnóstico precoce. OBJETIVO: Identificar os principais fatores de riscos relacionado à incontinência urinária em mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literatura executada a partir das bases de dados COCHRANE, CINAHL, Pubmed/Medline e SciELO. A obtenção dos dados aconteceu no período de setembro de 2018. Os critérios de inclusão dos materiais selecionados foram: publicações entre o período de 2013 a 2018, estando em língua portuguesa, inglesa e espanhola, disponíveis gratuitamente, acessível na integra o que resultou na seleção 15 artigos que se enquadram nos objetivos. Critérios de exclusão: Trabalhos publicados em anos inferiores a 2013, artigos científicos que não apresentassem pelo menos dois dos descritores utilizados, bem como os trabalhos que não tiveram relação direta com o tema. Para identificar as publicações indexadas nessas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores: Incontinência Urinária, Fatores de Risco, Saúde da Mulher. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Evidenciou-se que os fatores que predispõem a incontinência urinam decorrem de: fatores hereditários, trauma do assoalho pélvico, idade, raça, menopausa, obesidade, atividade física excessiva na região abdominal, doenças crônicas, uso de alguns simpaticomiméticos e parasimpaticolíticos, constipação intestinal, tabagismo e consumo de cafeína. Dessa forma, os episódios de incontinência urinária podem ser desagradáveis e ocasionar várias consequências para a qualidade de vida das mulheres acometidas, como isolamento da convivência coletiva, depressão e declínio da autoestima. Entretanto, a doença é frequentemente apontada como um período normal do processo de envelhecimento, favorecendo com que as reclamações dessa desordem sejam negligenciadas pela população em geral e subdiagnosticada pelos profissionais de saúde. CONCLUSÃO: Diante das pesquisas retratadas, verificou-se que os fatores que influenciam o surgimento de incontinência urinária nas mulheres são múltiplos. Dessa maneira, espera-se que os profissionais da área de saúde, assim como as mulheres expostas aos riscos inerentes a IU, possam por meio do planejamento e realização de parâmetros profiláticos que minimizem os danos dessa alteração nas práticas de vida do cotidiano e social. Portanto, é indispensável evidenciar que novos estudos sejam realizados, com a finalidade de entender melhor esta disfunção e os aspectos que a predispõe no propósito de obter formas cada vez mais eficazes de prevenção. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Fatores de Risco, Saúde da Mulher

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USO DA MEMBRANA AMNIÓTICA NO PROCESSO CICATRICIAL DE LESÕES:

REVISÃO INTEGRATIVA

Kauan Gustavo de Carvalho, Nanielle Silva Barbosa, Ana Caroliny de Barros Soares

Lima, Karla Joelma Bezerra Cunha

INTRODUÇÃO: A cicatrização de feridas é um evento complexo que envolve reações e interações entre células e mediadores bioquímicos a fim de reparar a área lesada. Para favorecer o processo cicatricial são necessárias tecnologias, sejam elas biológicas ou sintéticas. A membrana amniótica, considerada um lixo hospitalar, vem sendo utilizada como curativo biológico no tratamento de lesões já que suas células epiteliais são uma fonte rica em fatores biologicamente ativos que promovem a proliferação e diferenciação celular. OBJETIVO: Pretendeu-se analisar as evidências científicas sobre a membrana amniótica no processo de reparo de lesões, respondendo a seguinte questão de pesquisa: quais as evidências científicas relacionadas ao uso da membrana amniótica no processo cicatricial de lesões? METODOLOGIA: Foi realizada revisão integrativa construída a partir de levantamento bibliográfico realizado entre outubro e novembro de 2018, onde aplicou-se a combinação dos descritores, com base na estratégia PICo: feridas, membrana amniótica e cicatrização às bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e, seus correspondentes em inglês às bases Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online (MEDLINE/Pubmed) e Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Aplicou-se como critérios de inclusão: estudos primários disponíveis na integra nas bases de dados selecionadas, que retratassem resultados de estudos desenvolvidos com seres humanos, ensaios clínicos randomizados controlados individuais, estudos com delineamento de pesquisa quase experimental, estudos transversais e longitudinais e opinião de especialistas. Para coleta de dados, utilizou-se instrumento elaborado pelos autores. As publicações foram classificadas conforme nível de evidência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A busca resultou em cento e cinquenta e quatro produções, das quais dezoito foram incluídas como amostra desse estudo. O ano de 2017 destacou-se com sete publicações. O país com maior número de publicações foram os Estados Unidos da América, com nove artigos. Quanto a metodologia, 8 estudos eram qualitativos. Doze estudos foram classificados com nível de evidência 1B. Foram originadas duas categorias temáticas: Avaliação histológica da membrana amnióticano processo de reparo de lesões e Eficácia da membrana amniótica como curativo biológico. A membrana amniótica é imunologicamente privilegiada, por ser um reservatório de fatores de crescimento e citocinas conhecidos por modular a inflamação e melhorar o processo de cicatrização, além de possuir propriedades antimicrobianas, antigenicidade e antifibrose, bem como sua capacidade para diminuir o exsudato e adesões, acelerar a epitelização e reduzir a dor local. O tempo médio de cicatrização, entre os estudos, para fechar efetivamente todas as feridas, foi de aproximadamente 9,9 semanas (69,3 dias). Não foram observados eventos adversos secundários à sua aplicação, o que mostra que esta é uma opção de tratamento segura e eficaz, além de possuir um menor custo de tratamento biológico com apenas três dólares por 400 a 500 cm2. CONCLUSÃO: Portanto, a membrana amniótica humana é um excelente substituto temporário natural da pele. Possui características únicas quando esta é aplicada, incluindo efeitos autoadesivos, ação bacteriostática, proteção de feridas, redução da dor e alta capacidade de estimular a epitelização, assim como o melhor rendimento e a facilidade de preparação, especialmente nos países em desenvolvimento PALAVRAS-CHAVE: Feridas, Membrana Amniótica, Tecnologias em Saúde, Cicatrização

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PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO: USO DE METODOLOGIA ATIVA PARA A APRENDIZAGEM

Roxana Mesquita De Oliveira Teixeira Siqueira, Maria do Socorro Rego de Amorim,

Francisca das Chagas Sheyla Almeida Gomes Braga, Pamela Caroline G Gonçalves, Veronica Elis Araújo Resende, Yara Maria Rêgo Leite

INTRODUÇÃO: lesão por pressão (LP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. Para capacitar os profissionais de saúde quanto à prevenção de LP elaborou-se uma metodologia ativa, na qual o indivíduo é protagonista, comprometendo-se com seu aprendizado, pois envolve a auto iniciativa, exercita a curiosidade, intuição e responsabilidade, melhorando as interações cooperativas, sistemáticas e estruturadas nas quais pequenos grupos trabalham a fim de atingirem um objetivo em comum. OBJETIVO: relatar a experiência de enfermeiros de um hospital universitário com a utilização de uma estratégia pedagógica interativa para sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância da prevenção das lesões por pressão. METODOLOGIA: trata-se de um relato de experiência dos membros do Grupo de Estudo e Pesquisa em Estomaterapia do Hospital Universitário da UFPI (GEPE) que ocorreu nos meses de abril a julho de 2018. A metodologia foi aplicada por enfermeiros os quais desenvolveram treinamento em serviço para equipe multiprofissional das unidades de internação, terapia intensiva e centro cirúrgico. Para alcançar esse propósito foram elaboradas dez afirmações, sendo metade verdadeira e a outra falsa, as quais foram afixadas a saches de chá e dispostas dentro de uma xícara. Os participantes foram divididos em dois grupos que discutiam entre si a veracidade das frases e depois socializavam para todos. Os instrutores faziam suas considerações e esclareciam as dúvidas dos participantes que foram registrados em uma folha de frequência contendo dados sobre a categoria profissional e setor de atuação. RESULTADOS: Foi evidenciado que a utilização desta tecnologia promoveu um ambiente leve e divertido à proporção que foi aplicado de forma dinâmica. Além disso, a metodologia do ‘CHA’ pode ser realizada em qualquer ambiente, com o público mínimo de quatro participantes e pode ser aplicada a todas as categorias de profissionais da saúde. A experiência mostrou-se inovadora, criativa e bem sucedida, visto que foi solicitada a realização em outras instituições de saúde da cidade para campanhas de prevenção de LP. Com essa tecnologia leve, o profissional de saúde passa a ser um facilitador do processo ensino-aprendizagem, e o educando um sujeito ativo no processo de aprendizagem. Reforça-se que as intervenções preventivas de enfermagem devem ser relacionadas com o cuidado à integridade da pele, uso de emolientes para hidratação, utilização de dispositivos para incontinência urinária e reeducação vesical, posicionamento no leito, cuidados de higiene, alimentação rica em vitaminas e proteínas aos primeiros sinais de LP, conforme e condição clínica de cada cliente. CONCLUSÃO: Frente ao exposto, torna-se evidente a importância de ações educacionais que atualizem e impulsionem os enfermeiros à prática assistencial preventiva por meio de implementação de intervenções de enfermagem. A experiência mostrou-se exitosa uma vez que atingiu mais de 90% da equipe de enfermagem além de médicos e membros da equipe de reabilitação. Consideramos que é necessário ampliar as ações de educação permanente para equipe de saúde e a sensibilização ocorrer de forma constante. PALAVRAS-CHAVE: úlcera por pressão, educação permanente, enfermagem, prevenção

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EFICÁCIA DO PLASMA RICO EM PLAQUETAS NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CRÔNICAS DO PÉ DIABÉTICO

Edvânia Soares dos Santos, João Cláudio Leite Pierote, Stefânia Araújo Pereira, Marcia Beatriz de Sousa Gomes, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Mauro Roberto Biá da

Silva INTRODUÇÃO: Feridas crônicas tornaram-se um problema socioeconômico e de saúde pública em todo o mundo, com grandes impactos nos custos. Prejudiciais ao membro inferior são uma das principais causas de amputações não traumáticas dos membros inferiores. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é um produto do sangue autólogo, tem sido um grande avanço para o tratamento de úlceras crônicas do pé diabético, quando introduzidos no local da lesão, aumentam o recrutamento, a proliferação e a diferenciação das células envolvidas na reparação tecidual e promovam o reparo acelerado e com melhor diferenciação tecidual. OBJETIVO: Analisar mediante revisão de literatura, a eficácia do Plasma Rico em Plaquetas no tratamento de feridas crônicas do pé diabético. MÉTODOS: Estudo de revisão integrativa da literatura via BVS em junho de 2018, artigos pertencentes às bases de dados: MEDLINE, SCIELO, LILACS. Foi utilizado na pesquisa a estratégia PICO utilizando os descritores: (P: pé diabético; I: plasma rico em plaquetas, terapêutica. C:-; O: cicatrização de feridas. Critérios de inclusão: idioma em português, inglês e espanhol, gratuito publicado nos últimos 10 anos; Critérios de exclusão: não aderência à temática. Foram encontrados 372 artigos e selecionados para análise 23 artigos. Os critérios de análise foram: período de publicação, tipos de feridas tratadas, abordagem metodológica, unidade federativa e categorias temáticas. RESULTADOS: Os anos de maiores publicações foram 2015 e 2016; Os tipos de feridas tratadas foram úlceras isquêmicas seguidas de feridas infecciosas e feridas no halux plantar; O tipo de abordagem de maiores publicações foi do tipo quantitativo; O local com mais publicações foi a China, seguido do Brasil, Índia, Espanha e Itália; De acordo com o assunto abordada pelos artigos emergiram as categorias temáticas: Eficácia do plasma no tratamento de feridas; Uso do PRP associado a outros métodos de cicatrização; Custo benefício do PRP. Na primeira categoria identificou-se, um aumento significativo da proliferação de células induzindo a cicatrização das feridas. Por possuir uma similaridade com o processo natural de cura como um composto de múltiplos fatores de crescimento, é seguro devido à sua natureza autóloga e é produzido conforme a necessidade do sangue do paciente, o seu uso mostrou menor taxa de infecção, nenhum efeito colateral foi identificado e a média de cicatrização foi de 8 a 21 dias. A segunda categoria observou-se, o uso do PRP com procedimentos endovasculares, encurtam significativamente o tempo de cicatrização. Aplicação do PRP associado a enxertos de pele diminui a incidência de perda total dos mesmos, pela redução da força de cisalhamento e melhoria do ambiente da ferida. A terceira categoria, evidenciou-se melhoria da qualidade de vida e menor custo dos cuidados durante um período de 5 anos do que outras modalidades de tratamento para úlceras do pé diabético. CONCLUSÃO: Pôde-se avaliar a eficácia do PRP no tratamento de úlceras crônicas, que são feridas de difícil cicatrização, fornecendo fatores de crescimento necessários para melhora do estado clínico. Por ser um método fácil, de baixo custo e seguro em procedimentos ambulatórios, favorece a redução da permanência hospitalar e da morbidade em pacientes acometidos. PALAVRAS-CHAVE: Pé Diabético, Plasma Rico em Plaquetas, Terapêutica, Cicatrização de feridas.

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EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS COMPLEXAS COM USO DE LED

Sabrina de Paula Alves de Morais, Ellen Adria Soares Monteiro, Nazaré de Maria Silvia

Mendes, Grazielle Roberta Freitas da Silva, Roxana Mesquita de Oliveira Teixeira Siqueira, Francisca das Chagas Sheyla Almeida Gomes Braga

INTRODUÇÃO: As feridas fazem parte do cotidiano de pessoas em todo o mundo e os índices de lesões cutâneas tem tido crescimento devido, principalmente, ao aumento da expectativa de vida da população. O processo de cicatrização dessas lesões é complexo, o que faz com que cada vez mais se invista em novas alternativas de tratamento que auxiliem nesse processo. Nesse sentido, o Diodo Emissor de Luz-LED entra como uma alternativa terapêutica para tratar essas feridas. O LED é uma fonte de luz de baixa potência que atua diretamente no estimulo da micro-circulação local, trazendo diversos benefícios para cicatrização e reparação tecidual. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem na assistência a pacientes com feridas complexas que utilizam o LED para auxiliar na cicatrização de suas lesões, no ambulatório de feridas de um hospital universitário de Teresina-PI. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência que descreve a assistência à pacientes com feridas complexas que fazem o uso de LED para auxiliar na cicatrização. Essa assistência foi prestada durante atividades do projeto de extensão “Boas práticas de Enfermagem para a promoção da cicatrização de feridas complexas” no período de setembro de 2017 a agosto de 2018. RESULTADOS E DISCUSSAO: Durante as práticas da extensão, foram realizadas desde a avaliação das feridas dos pacientes, auxiliados pela Enfermeira, bem como, a limpeza, aplicação do LED por 10 minutos em cada lesão, registro fotográfico com régua descartável para que fosse acompanhada a evolução das feridas e o curativo. A cada consulta era realizada a marcação do retorno dos pacientes. Na rotina do ambulatório em questão, o LED é utilizado no tratamento de feridas estagnadas, que após algum tempo de evolução, param de responder ao tratamento anterior. Pôde-se observar que o efeito não invasivo, indolor, e ausência de efeitos colaterais contribui para a aceitação do tratamento nos pacientes, além do fato de ser uma alternativa a outros tratamentos não eficazes. CONCLUSÃO: A experiência foi significativa, uma vez que foi o primeiro contato das acadêmicas com o LED, onde tiveram oportunidade de manuseá-lo. O tempo de duração em que o trabalho foi desenvolvido permitiu que as acadêmicas visualizassem de perto o processo de cicatrização, o que levou a conclusão de que o LED é uma tecnologia inovadora eficaz nesse processo, principalmente, em feridas que se encontravam estagnadas, por estimular a circulação sanguínea local. PALAVRAS-CHAVE: Terapia por Luz; Tecnologia Aplicada à Assistência à Saúde; Enfermagem

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO À CRIANÇA ESTOMIZADA INTESTINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ravena Vaz Feitosa Castelo Branco, Janne Mila Dócio Lima, Jaqueline Aparecida dos Santos Sokem, Gessica Linhares Melo, Fabiana Perez Rodrigues Bergamashi, Elaine

Aparecida Mye Takamatu Watanabe

INTRODUÇÃO: A educação em saúde é considerada pela enfermagem um instrumento primordial para uma assistência qualificada, na qual o enfermeiro, torna-se figura importante para a junção entre os conhecimentos teóricos e a prática, visto assim, como cuidador e educador. OBJETIVO: Relatar experiências de práticas educativas em saúde realizadas para orientações da equipe de enfermagem no cuidado da criança estomizada intestinal. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência a partir de um caso de ileostomia intestinal em criança assistida em um hospital público, responsável pelo atendimento de toda população da região da Grande Dourados e municípios adjacentes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As práticas educativas são essenciais para a qualificação da assistência prestada à criança estomizada intestinal, pois possibilitam a autonomia e destreza no processo de cuidar. Foram desenvolvidas práticas educativas à equipe de enfermagem na Unidade de Cuidados Intermediários em Neonatologia, por meio do estudo de caso de uma criança com ileostomia, a qual possuía uma dermatite irritativa em periestomia extensa e com presença de sangramento. Dessa forma, o processo de ensino, pautou-se na observação do caso, estudo e reflexão sobre os cuidados com a criança ileostomizada, seguidos pelo desenvolvimento prático de procedimentos específicos. Foram realizadas as orientações quanto ao uso correto de protetores cutâneos sintéticos, com a utilização inicial do adesivo de resina sintética em pó, durante dois dias, e oclusão com gaze. Não houve melhora, e a partir do terceiro dia, foi aplicado adesivo de resina sintética em pasta. No quinto dia, houve uma melhora significativa da dermatite irritativa e o tratamento com uso da pasta sintética foi mantido. No nono dia após o início do tratamento, a dermatite irritativa já não existia. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de práticas educativas a partir de um caso, permitiu um espaço de discussão para o aperfeiçoamento das habilidades da equipe de enfermagem, e, sobretudo, o estabelecimento do enfermeiro como facilitador do processo educativo em saúde, empoderando sua equipe para sentirem-se autoconfiantes e promoverem mudanças, garantindo uma assistência segura e qualificada as crianças estomizadas intestinais. PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde, assistência de enfermagem, estomia

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TRABALHOS APRESENTADOS EM PÔSTER

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A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM UM

HOSPITAL ONCOLÓGICO DE TERESINA-PI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alynne Maria de Brito Medeiros, Ananda Cerqueira Barbosa de Vasconcelos, Maria Clara

Nascimento Oliveira, Greice Miranda Duarte, Bruna Victoria da Silva Passos, Ana

Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde, o surgimento de lesão por

pressão resultante de longa internação hospitalar é considerado um problema de saúde

pública, pois promove desconforto físico, aumento de custos no tratamento, cuidados

intensivos de enfermagem, internação hospitalar prolongada, aumento do risco para o

desenvolvimento de complicações associadas e repercussões na taxa de mortalidade. O

enfermeiro é o principal responsável pela promoção do cuidado e na prevenção do

surgimento de lesão por pressão, logo precisa de constante atualização e qualificação já

que gerencia o cuidado prestado pela equipe de enfermagem, dialogando com a equipe

multiprofissional. Nesse aspecto, sendo a prevenção a melhor linha de ação, a existência

da educação permanente no serviço de enfermagem é essencial para garantir um serviço

de qualidade, pois promove o desenvolvimento, capacitação e atualização continuada

desses profissionais sobre medidas de prevenção, mecanismo de formação de lesões,

fatores predisponentes, tratamento de lesões existentes por meio de treinamentos,

cursos e ações educativas. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de

enfermagem, como membros do núcleo de educação permanente, na realização de

atividades de treinamento, destacando a importância da educação permanente como

transformadora de práticas para prevenção de lesão por pressão e atualização

profissional. MÉTODOS: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado

durante as práticas de estágio não obrigatório em um hospital especializado em

atendimento oncológico, localizado em Teresina - Piauí, durante o mês de agosto de

2018. RESULTADOS: O treinamento sobre prevenção de lesão por pressão foi planejado

e executado pela educação permanente de acordo com cronograma pré-estabelecido, as

etapas consistiram em formulação do tema, definição de atividades, planejamento da

ação, execução e análise do pré e pós-treinamento. Realizou-se o dimensionamento e

posterior convocação dos funcionários para o auditório de acordo com horário de trabalho

e disponibilidade. Inicialmente aplicou-se um pré-teste composto por cinco questões para

avaliação do conhecimento dos colaboradores sobre lesão por pressão. O treinamento

expositivo foi aplicado por meio de slides sobre a temática, ao final aplicou-se um pós –

teste com as mesmas questões realizadas no início do treinamento, para avaliar sua

eficácia. A análise dos formulários pré e pós-teste, revelou lacunas de conhecimento

acerca dos fatores de risco para o surgimento da lesão por pressão (idade avançada,

restrição ao leito, obesidade, hipotensão, desnutrição, incontinência urinária, sepse,

exposição da pele à fricção, cisalhamento e umidade, tempo para mudança de decúbito e

nome da escala avaliativa institucionalizada. CONCLUSÃO: Observa-se, portanto, a

relevância da atuação do núcleo de educação permanente no contexto hospitalar para

prevenção do surgimento de lesão por pressão. Por meio da realização de treinamentos,

ações educativas, cursos e rodas de conversa que possibilitem a troca de experiências

através do diálogo de saberes, desenvolvimento e capacitação dos profissionais, em

especial a equipe de enfermagem, visando à adoção de medidas preventivas para

melhoria da qualidade assistencial.

PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde, Lesão por Pressão, Prevenção

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE GANGRENA

DE FOURNIER: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ruth de Sousa Santos, Stefânia Araújo Pereira, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira,

Márcia Beatriz de Sousa Gomes, Edvânia Soares dos Santos, Sandra Marina Gonçalves

Bezerra

INTRODUÇÃO: Fasciíte necrosante ou Gangrena de Fournier é uma infecção rara,

causada por microrganismos aeróbios e/ou anaeróbios, que acometem tecido

subcutâneo e fáscia com trombose da microcirculação e rapidamente configura-se em

necrose, com alta morbimortalidade. De acordo com um estudo realizado no Brasil, a

lesão inicial foi identificada em todos os casos, sendo o abscesso (genital/perianal)

responsável por 27 (84,3%) pacientes; destes, 17 eram de origem genital (peniana e/ou

escroto), 9 casos perianal e 1 da região inguinal. Outros mecanismos envolvidos foram

estenose de uretra em 4 (12,5%) pacientes e 1 (3,2%) em trauma local. Os indivíduos

acometidos por essa patologia expressavam ser um quadro dramático de início insidioso,

cuja dor é insuportável, quadro de febre, edema e lesão com necrose. OBJETIVO:

Descrever os cuidados de enfermagem realizados a uma paciente com Gangrena de

Fournier. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de

experiência, vivenciados por acadêmicos de enfermagem durante o estágio curricular, em

um hospital de referência do município de Teresina-PI, em novembro de 2017, a uma

paciente com o diagnóstico de Gangrena de Fournier. Cuidado de enfermagem foi

realizado a partir do histórico de enfermagem, no qual, foram levantados todos os

problemas, e implementado os Diagnósticos de Enfermagem (DE), de acordo com a

taxonomia da NANDA (Nort American Nursing Diagnost Association), por fim elaborando

as intervenções a serem introduzidos para assistência da paciente. RESULTADOS E

DISCUSSÃO: Mediante discussão do caso clínico com a professora do estágio, foi

elaborado os DE, usados no intuito de contribuir com a qualidade da assistência, sendo

eles: Integridade tissular prejudicada relacionada ao trauma evidenciada por lesão em

genitália, MMII e abdome; Déficit no autocuidado para banho relacionado ao estado de

mobilidade prejudicada evidenciado por necessidade de auxílio para higiene pessoal;

Risco para infecção evidenciado por destruição tecidual; Dor aguda evidenciada pelo

comportamento expressivo e pelo uso da escala visual analógica. Após esse caminho

traçado, as seguintes Intervenções foram implementadas: trocar curativo e aplicar

coberturas especiais conforme avaliação diária da ferida, banho no leito e higiene oral,

implementar práticas assistenciais seguras para o controle e prevenção das infecções;

Observar de forma rigorosa sinais de sepse (temperatura elevada, FC aumentada,

pressão de pulso alargada e pele ruborizada e seca nas áreas não afetadas); Observar o

surgimento de novas áreas de necrose; Prevenir trauma devido à extensão do local da

lesão; Orientar paciente e/ou família a respeito da patologia, sobre a prevenção de

trauma e proteção para evitar reinfecção. CONCLUSÃO: A assistência prestada nos

permitiu um maior aprimoramento dos conhecimentos teórico-práticos de enfermagem,

relacionado a tal patologia, que por ser de tratamento demorado, também causa impactos

negativos na qualidade de vida dos pacientes acometidos. A implementação da SAE, nos

proporcionou uma visão holística, favorecendo para um cuidado mais completo. Com a

cicatrização das lesões e com as intervenções realizadas, possibilitou para uma maior

confiança por parte da paciente, houve uma melhora no seu emocional, que estava

abalado por conta das lesões e da dor. Com ajuda da equipe multiprofissional favoreceu

a um bom prognóstico.

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PALAVRAS-CHAVE: Gangrena de Fournier, Terminologia Padronizada em

Enfermagem, Cuidados de Enfermagem

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OXIGENAÇÃO HIPERBÁRICA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NA

CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Ediney Rodrigues Leal, Edilberto da Silva Lima, Erika Layne Gomes Leal, Mariluska

Macêdo Lobo de Deus Oliveira, Laíse Maria Formiga Moura Barroso, Gerdane Celene

Nunes Carvalho

INTRODUÇÃO: A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB), surgiu em 1622 para tratar

doenças como tuberculose, surdez, cólera, anemias e hemorragias. Em 1995 ela foi

regulamentada no Brasil através da resolução 1.457/95 como modalidade terapêutica.

Destacando-se no tratamento de feridas complexas de modo complementar, sejam elas

agudas ou crônicas. Sua ação consiste na inalação de oxigênio puro a 100%, estando o

indivíduo submetido a uma pressão de duas a três vezes maior do que a atmosférica, no

interior de uma câmara hiperbárica, aumentando a pressão parcial de oxigênio no

sangue, favorecendo a neovascularização e erradicação de infecções. A OHB ainda é um

tratamento pouco conhecido no país, contudo, a amplitude de suas indicações e, em

particular, o tratamento de feridas complexas, aponta um importante recurso para a área

da saúde. OBJETIVO: Indicar os benefícios da oxigenoterapia hiperbárica no processo

de cicatrização de feridas. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo revisão de

literatura. Realizado no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde/BVS em novembro de

2018, através dos descritores: Enfermagem and Oxigenação Hiperbárica. Adotou-se

como critério de inclusão artigos publicados na íntegra, disponíveis em português, sem

restrição temporal. E como critérios de exclusão, artigos repetidos e que não

contemplaram a temática a ser pesquisada. Obteve-se um universo de 182 artigos na

busca e após a análise, com base nos critérios definidos, foram selecionados 04 artigos

indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF. RESULTADOS: A OHB é

largamente indicada nos casos de feridas complexas e/ou hipóxicas. O tratamento deve

ser efetuado em sessões, cuja duração, nível de pressão, número total e intervalos de

aplicação são variáveis, de acordo com a patologia e os protocolos utilizados. Assim,

atua de maneira a ofertar um melhor aporte de oxigênio na circulação sanguínea,

aumentando sua concentração cerca de 20 vezes proporcionando uma hiperoxigenação

nos tecidos pouco vascularizados. Essa alta concentração favorece a neovascularização

(formação de novos vasos sanguíneos), neutraliza substâncias tóxicas e toxinas através

da estimulação leucocitária e macrofágica. Seu potencial antimicrobiano consiste em

modificar o ambiente anaeróbico propício para a proliferação de bactérias, em um

ambiente rico em oxigênio, é nesse segmento que OHB tem seu maior potencial

terapêutico. CONCLUSÃO: A OHB vem se consagrando entre as inovações tecnológicas

para tratamento de feridas. Com sua vasta gama de indicações e em particular às feridas,

proporcionou melhora significativa na evolução clínica da lesão viabilizando aos clientes

um melhor prognóstico. Vale ressaltar que o tratamento configura- se como adjuvante, e

que ele não substitui o tratamento convencional e sim o potencializa, tornando-o mais

eficiente. Dessa forma faz-se necessário investir em mais pesquisas e publicações, para

trazer mais visibilidade a um tratamento quem vem mostrando grande eficácia.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Oxigenação Hiperbárica

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RELATO DE EXPERIENCIA: IDOSOS E OCORRÊNCIA DE LESÕES POR FRICÇÃO

EM SERVIÇO DE ONCOLOGIA DE HOSPITAL ESCOLA EM TERESINA-PI

Yara Maria Rego Leite, Thalita Alves Teixeira, Chrystiany Plácido de Brito Vieira, Carliane

da Conceiçao Machado Sousa, Valeria Maria Silva Nepomuceno, Roxana Mesquita de

Oliveira Teixeira Siqueira

INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da

humanidade e também um dos grandes desafios segundo a Organização Mundial de

Saúde. Muitos países, entre eles o Brasil, vêm passando por transição demográfica, que

se reflete em considerável aumento na proporção de idosos na sociedade. Esta situação

ocasiona uma elevada ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis associadas a

maior fragilidade, entre elas o câncer, doença tipicamente concentrada nas faixas etárias

mais avançadas. Estas condições clínicas aumentam a predisposição do idoso

apresentar lesões na pele, que passa por alterações decorrentes do próprio

envelhecimento. Neste contexto, destaca-se a problemática das Lesões por fricção, que

são feridas traumáticas provocadas por fricção isolada ou acompanhada de

cisalhamento. Estão relacionadas à separação entre as camadas epiderme e derme ou à

separação de ambas as camadas subjacentes. Tais lesões ocorrem principalmente em

idosos, associadas a condições como fragilidade da pele, mobilidade prejudicada,

nutrição comprometida, necessidade de auxílio para atividades de vida diária e presença

de comorbidades, como o câncer, em consequência do tratamento oncológico e da

própria progressão da doença. OBJETIVO: Relatar a experiência de estudante de

enfermagem ao avaliar a ocorrência de LF e fatores associados em pacientes idosos de

serviço de oncologia de um hospital escola do município de Teresina-PI.

METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência ocorrida entre os meses de

fevereiro a abril de 2018 em um hospital escola no município de Teresina-Piauí, durante a

realização de uma pesquisa para levantamento da prevalência de lesão por fricção em

pacientes idosos hospitalizados no serviço de oncologia. As avaliações foram produzidas

a partir do relato da estudante diante do contato direto com pacientes, cujos dados foram

coletados por entrevista e exame físico. RESULTADOS: Nesta vivência notou-se que os

idosos internados na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia que apresentaram

lesão pro-fricção eram dependentes, com déficit de cognição, acamados, em uso de

terapia anticoagulante, radioterápica e/ou quimioterápica, em uso de curativos adesivos e

que necessitavam de auxílio durante a mobilidade. CONCLUSÃO: A alta prevalência de

LF está relacionada, além da idade, a condições clínicas do idoso, que trazem maior grau

de dependência. Tal reflexão mostra a relevância da temática, sendo necessários mais

estudos para se conhecer a epidemiologia da lesão por fricção nos diferentes contextos

de cuidado,visando aprimoramento da assistência aos idosos, especialmente

oncológicos, para que se possa evitar a ocorrência dessas lesões.

PALAVRAS-CHAVE: Ferimentos e Lesões, Fricção,Idoso, Serviço Hospitalar de

Oncologia, Enfermagem.

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A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE FERIDAS EM ÂMBITO

AMBULATORIAL E DOMICILIAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rhaylla Maria Pio Leal Jacques, Cristiane Tiburcio de Mello Ferreira, Aline Costa de

Oliveira

INTRODUÇÃO: À assistência aos pacientes com lesões de pele faz parte do exercício da

enfermagem, exigindo um cuidar especializado e dinâmico, sobretudo quando se trata de

feridas crônicas ou infectadas. O enfermeiro atua de forma autônoma no tratamento de

diversos tipos de lesões, realizando a avaliação e determinando a intervenção.

OBJETIVO: O estudo teve como objetivo relatar a atuação do enfermeiro no tratamento

de feridas em âmbito ambulatorial. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de

experiência, realizado em um consultório de enfermagem especializado em tratamento de

feridas no interior do Piauí, no período de março de 2018. O trabalho descreve a

experiência vivenciada durante as consultas ambulatoriais e domiciliares aos portadores

de lesões de pele referenciados pelos diversos serviços de saúde da cidade.

RESULTADOS: Nos resultados, observou-se que os clientes assistidos são geralmente

egressos de internação em hospitais públicos ou privados e portadores de lesões de pele

decorrentes de procedimentos cirúrgicos, complicações vasculares, imobilização

prolongada, diabéticos descompensados, entre outros. Nas consultas de Enfermagem, o

profissional avalia as feridas, com auxílio da ficha de protocolo de atendimento de

enfermagem e aplica o processo de enfermagem para cada tipo de lesão a ser tratada.

Além disso, é realizada a avaliação psicológica e nutricional do paciente e a identificação

de comorbidades, terapia farmacológica e condições socioeconômicas. Após essa etapa,

realiza-se a indicação do tratamento adequado. CONCLUSÃO: O desenvolvimento deste

estudo possibilitou concluir que a assistência de enfermagem oferecida aos pacientes

com feridas realizada de maneira integral, qualificada, com base em protocolos, permite

ao enfermeiro autonomia e segurança para exercer sua profissão, além de obter

resultados positivos no tratamento das feridas, contribuindo na promoção da qualidade de

vida do paciente e seu cuidador.

PALAVRAS-CHAVE: Feridas, Assistência, Enfermagem

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PREVENÇÃO DE LESÕES MAMÁRIAS ATRAVÉS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM

Alanna Nayra Araújo Azevêdo, Brian Araujo Oliveira, Glícia Gonçalves de Carvalho, Iana Christie dos Santos Nascimento, Amanda Patrícia Chaves Ribeiro

INTRODUÇÃO: O puerpério é compreendido como período fisiológico do corpo materno em que as transformações de natureza hormonal, psíquica e metabólica do organismo volta a situação anterior a gestação. Assim, a consulta de enfermagem no período puerperal objetiva em detectar e avaliar os fatores fisiológicos da puérpera e, principalmente, orientar e incentivar a prática do aleitamento materno, prevenindo assim as complicações mamária e o desmame precoce. OBJETIVOS: Identificar e prevenir as complicações mamárias em puérperas a partir da consulta de enfermagem. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa, na qual foram pesquisados no periódico de agosto a setembro de 2018, com busca na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde a partir descritores “Aleitamento materno, puerpério e enfermagem”. A pesquisa foi limitada a trabalhos em português publicados entre 2010 a 2016. Foram encontrados 20 artigos, sendo refinados, a partir de resumos e, ao final 10 foram selecionados por se tratarem com mais detalhes a respeito da temática. RESULTADOS: Estudos apontam que durante a consulta de enfermagem são identificados uma diversidade de complicações mamárias, entre elas ingurgitamento mamário, fissuras mamilares e mastite. O enfermeiro tem um papel fundamental em tornar a amamentação um ato de prazer, esclarecendo as dúvidas das puérperas, pois a falta de informações sobre a amamentação pode ocasionar as fissuras mamilares e ingurgitamento. A literatura científica aponta que os problemas mamários são os principais fatores que levam ao desmame precoce, dentre eles, os traumas mamilares, fissuras e ingurgitamentos são os mais comuns. CONCLUSÃO: As principais complicações mamárias durante o puerpério são ingurgitamento mamário, fissuras mamilares e mastite. É de extrema importância que o profissional enfermeiro durante a consulta de enfermagem faça a vigilância epidemiológica identificando os fatores de riscos para a complicações mamárias, que por meio disso, possa desenvolver atividades voltadas à educação em saúde e estimular ao autocuidado e o aleitamento materno numa perspectiva de promover saúde. Portanto, nota-se a relevância do tema tanto para a população quanto à enfermagem que têm um papel fundamental na conscientização e prevenção dos riscos e agravos nessa fase da mulher. PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento materno, Puerpério, Enfermagem

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DE PACIENTES COM

ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO

Gersilane Lima Leal, Isadora Duarte Bezerra Pereira, Marcilene Maria da Luz Tomaz,

José Wilian de Carvalho, Maurilo de Sousa Franco, Gerdane Celene Nunes Carvalho

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde define o pé diabético como uma

situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés,

associados a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica

nos membros inferiores principalmente de pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2. Esse

problema se potencializa ainda mais quando associado à Hipertensão Arterial Sistêmica,

a falta de cuidado com a saúde e descontrole glicêmico e para evitar sua progressão e,

consequentemente, a amputação do membro afetado é importante à implementação dos

cuidados de enfermagem. OBJETIVO: Identificar na literatura científica os cuidados de

enfermagem ao paciente com úlceras de pé diabético em domicílio. METODOLOGIA:

Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em outubro de 2018, que teve como

questão norteadora: Quais os cuidados de enfermagem ao paciente com úlceras de pé

diabético em domicílio? Foi realizada busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE e

BDENF, com os descritores: Cuidados de Enfermagem; Assistência Domiciliar e Pé

Diabético. Utilizou-se livre associação de descritores para a pesquisa. Foram adotados

como critérios de inclusão, artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e

espanhol, publicados no período de 2011 a 2018 e que estivessem relacionados à

questão norteadora. Como critério de exclusão adotou-se os artigos de revisão e

guidelines. Foram encontrados 34 artigos nas bases investigadas e procedeu-se a leitura

do título e do resumo, e quando necessário, a leitura do artigo na íntegra. Foram

excluídos 26 artigos com bases nos critérios propostos e ao final da coleta, obteve-se

uma amostra de 8 artigos. A análise dos estudos foi realizada de forma descritiva,

contemplando as informações inerentes à questão norteadora. RESULTADOS:

Observou-se que o profissional de enfermagem desempenha um papel primordial na

execução de ações e intervenções em ambiente domiciliar voltadas para a assistência ao

paciente que apresenta pé diabético, implementando desde medidas de prevenção

primária até terciárias. Alguns estudos apontaram a importância deste profissional no

papel de educador, em orientar o paciente sobre o autocuidado preventivo, outros

estudos destacaram a relevância do acompanhamento efetivo ao paciente diabético,

possibilitando a prevenção de agravos maiores e tratamento das úlceras, sendo de

grande importância à realização de visita domiciliar, sempre que necessário, para a

realização de avaliações e o fornecimento de orientações necessárias quanto ao controle

da glicemia e estímulo à adesão a hábitos de vida saudáveis. CONCLUSÃO: Os

cuidados prestados pelo profissional de enfermagem são de grande valia no que

concerne propiciar o êxito do tratamento e melhora das úlceras do paciente com pé

diabético em domicílio, assim como promover a saúde e prevenir outros agravos,

identificar condições de vulnerabilidade e risco e favorecer o desenvolvimento de um

melhor vínculo entre profissional e paciente, possibilitando o estabelecimento de uma

atenção à saúde mais humanizada e eficiente.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem, Assistência Domiciliar, Pé Diabético.

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IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM COMPLICAÇÕES PODOLÓGICAS

PRESENTES EM PACIENTES DIABÉTICOS

Alanna Nayra Araújo Azevêdo, Igor de Moura Costa, Caroline Karen Feitosa Silva,

Tereza Cristina Vieira Rosal, Juliana Anchieta de Lyra, Magda Rogeria Pereira Viana

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é um dos problemas de saúde mais

importantes da sociedade atual, se trata de uma patologia com elevada morbidade e

mortalidade. Doença crônica e que se caracteriza por uma variedade de complicações,

entre as quais o destaque fica com as complicações podológicas ou “pé diabético”,

complicação mais grave e dependiosa do DM, considerado um problema grave e com

consequências muitas vezes devastadoras, que podem implicar em amputação de dedos,

pés ou pernas, se trata de um conjunto de alterações ocorridas no pé do paciente

diabético, decorrentes de neuropatias, micro e macrovasculopatias e aumento da

susceptibilidade a infecção, onde uma lesão ínfima pode progredir em úlceras de grande

porte, quando o “pé diabético” está com traumas se tem a necessidade de

acompanhamento diário associados a curativos, realizados pelo Enfermeiro, logo, esse

acompanhamento intermitente permite um elo entre o profissional e paciente, na busca

da cura da lesão. OBJETIVOS: Demonstrar a importância do Enfermeiro no tratamento

por meio de curativos de lesões podológicas em pacientes diabéticos para a melhoria da

qualidade de vida dessa classe de pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão

bibliográfica de modalidade integrativa realizada buscas através das bases de dados

MEDLINE e LILACS indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizados os

descritores: Cuidados, Enfermeiro, Pé diabético dísponiveis no DECS Descritores em

Saúde. Os critérios de inclusão foram artigos completos em português, inglês e espanhol,

publicados entre 2002 e 2017 que abordavam a temática, sendo excluídos estudos que

não fossem artigos, revisões de literatura e não disponiveis na íntegra. Foram

encontrados 38 artigos relacionados ao tema quando aplicados os descritores, restando

apenas 9 artigos para composição dos resultados depois da aplicação dos critérios de

inclusão e exclusão, que compõem a presente pesquisa formando um conteúdo

condensado sobre a temática expressado por meio de categorização semântica de

conteúdo. RESULTADOS: Estudos internacionais apontam que pacientes com diabetes

têm 15 vezes mais chances de vir a sofrer uma amputação do membro inferior do que os

que não têm a doença. Sendo então o papel primordial do Enfermeiro, a cura da lesão e

tentativa rotineira de impedir uma complicação mais severa, por meio de curativos diários

e orientações do âmbito da Enfermagem, que associadas surtirão o efeito necessário.

Estima-se que 40 em 250 pacientes diabéticos, tenham complicações de neuropatia

diabética no decorrer da vida, na grande maioria não tem noção dos cuidados de limpeza

e curativos a serem adotados, assim o Enfermeiro com o vínculo estabelecido com o

paciente tem papel importante nesta área de cuidado prevenindo agravos, o momento do

curativo diário torna-se um escape de alívio para o paciente e aumenta sua autoconfiança

para uma melhora significativa. CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou a

importância do posicionamento do enfermeiro na realização de curativos diários em

pacientes com presença de complicações podológicas, além de ressaltar a relevância

da integração entre enfermeiro e paciente nesse momento, agindo tanto na área de

tratamento físico como no campo de sensação emocional para esse paciente.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados, Enfermeiro, Pé diabético.

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM FERIDAS COMPLEXAS

ATENDIDOS EM POSTO DE INTERNAÇÃO CLÍNICA

Bianca Maria Aguiar de Oliveira, Andrea Pinto da Costa, Valeria Maria Nepomuceno

Silva, Nazaré de Maria Silva Mendes, Grazielle Roberta Freitas Silva, Anizielly Maria de

Jesus Ferreira dos Santos

INTRODUÇÃO: As feridas crônicas, também conhecidas como feridas complexas,

ultrapassam a duração de seis semanas e, por isso, geram maior impacto tanto aos

serviços de saúde como ao binômio paciente-cuidador. As feridas determinam custos

extras aos serviços de saúde, além do custo financeiro aos serviços de saúde, existem os

prejuízos sociais que as feridas causam aos indivíduos que as possuem, podendo

provocar sentimentos como tristeza, ansiedade, raiva e vergonha, interferindo, deste

modo, no estado de equilíbrio, na autoimagem, na autoestima e no autocuidado e

consequentemente afetando sua qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Avaliar a qualidade

de vida de paciente com feridas complexas atendidos em postos de internação clínica.

MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo com abordagem quantitativa, realizado nos postos

de internação clínica de um hospital de ensino de Teresina-PI, utilizando um formulário

de coleta para obter os dados sociodemográficos e características da lesão e o

instrumento Freiburg Life Quality Assessment (FLQA-wk) para avaliar a QV dos

participantes; contento 24 itens distribuídos em seis domínios e variando, escore global

que é a média das médias de todos os domínios válidos, de zero a 5, onde zero é melhor

QV e 5 pior QV. ANÁLISE CRÍTICA: O estudo contou com 37 pacientes, onde predomino

o sexo feminino (62,2%), idosos (29,7%), casados (51,4%), baixa escolaridade (37,8%),

pardos (48,6%), dona de casa (40,5%). Todos possuíam etiologia única (100%), uma

única ferida (78,4%), era a primeira vez que a lesão aparecia (89,2%), duração de menos

de um ano (89,2%). Das 37 feridas as que mais apareceram foram feridas operatórias

(32,3%) e lesão por pressão (29%), localizadas respectivamente nos membros inferiores

(32,4%) e região sacral (29,7%). Em relação a qualidade de vida, a média dos escores

globais foi de 2,63 valor que corresponde a uma boa qualidade de vida, pois tente a zero,

valor que corresponde a boa QV. O mais afetado foi o domínio satisfação com média

3,23 e o menos afetado foi o psicológico com média de 2,07. CONCLUSÃO: Desta forma

os objetivos foram atendidos, visto que foi possível a avaliação de uma boa qualidade de

vida por parte dos participantes, assim como foi possível avaliar características dos

participantes, tanto sociodemográficas como das feridas. Como também se observou que

o paciente que possui lesão complexa deve ser visto holisticamente.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Qualidade de vida, Lesões e Ferimentos.

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INFESTAÇÃO POR MIÍASE EM EPISIORRAFIA: ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO

TRATAMENTO DA LESÃO

Tatiane Fonseca Pereira, Fernanda da Silva Sousa, Maria Magda Rodrigues de Carvalho,

Iandra Nogueira Matias, Flávia Dayana Ribeiro da Silveira

INTRODUÇÃO: A miíase é afecção parasitária oriunda da infestação dos tecidos ou

cavidades do corpo por larvas sendo uma doença incomum em humanos, mais propensa

a se manifestar em ferimentos expostos. Como larvas de moscas podem destruir tecidos

vitais, possivelmente causando lesões mais o diagnóstico e o tratamento precoces são

essenciais. Bom saneamento, higiene pessoal e ambiental e limpeza constituem os

principais métodos de prevenção. A ocorrência de traumatismos espontâneos ou

cirúrgicos na região perineal é frequente após o parto normal. Subsequente a eles, se

necessário, realiza-se a episiorrafia, procedimento de aproximação das bordas por

pontos utilizando fios absorvíveis. Ambos os traumatismos podem desencadear

relevantes morbidades maternas tais como sangramento vaginal, infecção, deiscência de

sutura e hematomas. Cuidados puerperais são de extrema importância na prevenção de

alguns agravos e quando necessário o profissional enfermeiro procederá aos cuidados

das lesões, assegurado pela Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 501/2015

a qual afirma que enfermagem está diretamente relacionada ao cuidado a indivíduos

portadores de feridas, nos diversos níveis de atenção à saúde. OBJETIVO: relatar a

experiência discente do curso de graduação em Enfermagem no tratamento e

acompanhamento da evolução da lesão localizada em região de episiorrafia com história

de infestação de miíase. METODOLOGIA: trata-se de um relato de experiência referente

ao acompanhamento e tratamento de um caso de lesão localizada em região de

episiorrafia com história de infestação de miíase, após abordagem cirúrgica para retirada

das larvas. O caso desenvolveu-se durante a prática discente no estágio curricular II, sob

supervisão das enfermeiras do serviço entre os dias 18/09 a 01/10 em uma maternidade

escola de Teresina (PI). O registro fotográfico da evolução da lesão foi autorizado pela

paciente. RESULTADOS: A paciente manteve-se em cateterismo vesical de demora em

virtude da proximidade da uretra com a lesão visando evitar prejuízos à cicatrização. Ao

longo do acompanhamento da ferida realizou-se remoção mecânica de larvas presentes,

utilizou-se Protosan como solução de limpeza e Colagenase para desbridamento do

tecido desvitalizado. Por ser exudativa procedia-se com curativo oclusivo com gazes e

micropore. Quando a ferida apresentou tecido de granulação e tornou-se sangrante,

porém ainda com pontos de esfacelo substituiu-se a cobertura por Alginato e espuma de

poliuretano com prata e avaliou-se a resposta da lesão. A ferida evoluiu com melhora até

o momento da alta da paciente procedendo com diminuição até desaparecimento do

tecido desvitalizado e da exsudação, bem como aproximação das bordas, tecido de

granulação presente e mucosa com boa aparência. A paciente recebeu alta sendo

encaminhada para tratamento ambulatorial até completa cicatrização da ferida e posterior

avaliação do cirurgião plástico quanto a necessidade de enxerto impossibilitando a

análise do resultado final. CONCLUSÃO: realizar a atividade relatada possibilitou

aprendizagem e aperfeiçoamento da prática de enfermagem referente ao tratamento de

lesões bem como desenvolvimento de raciocínio crítico e clínico na busca pela melhor

abordagem do caso gerenciando os recursos disponíveis no serviço, ampliando a

experiência de cuidado e contribuindo para uma melhor formação acadêmica, na busca

pela prestação de um cuidado eficaz, seguro e de qualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Miíase, Ferimentos e Lesões, Episiotomia, Cuidados de

Enfermagem

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PELE DO RECÉM-NASCIDO EM USO DE

FOTOTERAPIA

Maria Paula Macêdo Brito, Agostinho Antônio Cruz Araújo, Mayrla Karen Rodrigues

Mesquita, Priscilla Ingrid Gomes Miranda, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho

INTRODUÇÃO: A fototerapia é a modalidade terapêutica mais usada no tratamento da icterícia neonatal. Devido a exposição exacerbada do recém-nascido à fonte de luz por horas e horas, geralmente por vários dias, este tratamento pode ocasionar alterações na pele, como a presença de queimaduras. Visto isso, é essencial que a equipe de enfermagem tenha atenção à pele desse público em questão. OBJETIVO: Descrever, por meio da literatura científica, os principais cuidados com a pele do recém-nascido durante a fototerapia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo integrativa, realizada nas bases CINAHL, SCOPUS e LILACS. Para realizar as buscas utilizou-se termos cadastrados simultaneamente no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subjects Headings): “Phototerapy” e “Nursing Care”. Selecionou-se artigos originais publicados em inglês, português e espanhol e com recorte temporal de 2013 a 2018. Foram excluídos estudos que mencionassem o manejo da psoríase, sem enfoque na fototerapia. A princípio, encontrou-se 15 estudos, após leitura criteriosa dos resumos e retirada de artigos duplicados, o trabalho se estruturou por meio de uma amostra final de 9 estudos. RESULTADOS: A literatura avaliada evidenciou que a equipe de enfermagem deve conhecer e estar atenta para todos sinais e sintomas relacionados a pele de durante o tratamento fototerápico da icterícia neonatal, para dessa forma, intervir oportunamente. Os principais cuidados de enfermagem estão direcionados aos cuidados com a supervisão de lâmpadas, o cuidado com os olhos do RN, além dos cuidados relacionados aos efeitos colaterais do tratamento e suas possíveis complicações. Nos cuidados diretos com a pele, o mais indicado na literatura se referiu a não utilização de óleos e cremes. Vale ressaltar que a icterícia neonatal se constitui como um grave problema a vida de recém-nascidos. Essa complicação pode se agravar caso não seja devidamente tratada e acompanhada pelo profissional saúde qualificado. CONCLUSÃO: A partir do exporto percebe-se que a equipe de enfermagem é fundamental na identificação de alterações na pele de recém-nascidos em fototerapia, para isso, é indispensável que o enfermeiro tenha conhecimento sobre o tratamento e os cuidados destinados a esse público, haja vista que são comuns problemas relacionados a falta de atenção integral durante a terapia. PALAVRAS-CHAVE: Fototerapia, Cuidados de enfermagem

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O ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS CRÔNICAS PARA REALIZAÇÃO

DE OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA

Caroline Karen Feitosa Silva, Isnayara da Rocha de Alencar, Juliana Kelly Veras Costa,

Igor de Moura Costa, Josyane Lima Mendes, Dean Douglas Ferreira de Olivindo

INTRODUÇÃO: As feridas crônicas interferem no bom funcionamento da fisiologia do ser

humano, assim o processo de cicatrização natural é prolongado e ineficaz se não for

associado a outros meios integradores na saúde do organismo do indivíduo, como meios

de tratamento adjuvantes destaca-se então a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB), agindo

como anti-inflamatório sistêmico, que permite a neovascularização dos tecidos, a

proliferação de fibroblastos e epitelização pelo aporte de oxigênio fornecido a tecidos

antes em hipóxia, surtindo então efeitos diretos na reversão de infecções, extinguindo

indicadores preocupantes na saúde de pacientes com feridas crônicas. Assim o

enfermeiro deve estar apto a definir quais feridas crônicas estão hábeis a intervenção

com OHB. OBJETIVO: Demonstrar o papel do enfermeiro na seleção de feridas crônicas

respondíveis a OHB como fator primordial de cicatrização e prevenção de infecção

em feridas crônicas. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica da modalidade

integrativa, com diligência de dados realizada por meio das bases indexadas na

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Scielo, Medline e Lilacs. Sendo utilizados os

descritores: enfermeiro, oxigenoterapia e técnicas de fechamento de ferimentos,

consultados nos Descritores em Ciências da Saúde - DeCS. Os critérios de inclusão

foram: artigos completos em português e inglês, publicados entre o ano de 2012 e

2018, que abordavam a temática, sendo excluídos estudos que não fossem artigos, e não

estivessem disponíveis na íntegra. Após as etapas da pesquisa e filtragem com os

critérios de inclusão, remanesceram 10 artigos para análise final e composição dos

resultados obtidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O fator da qualidade de ação da

OHP varia com as características da lesão, assim sendo importante a seleção das feridas

com características corretas assim correlaciona-se a queda de fatores preocupantes

quanto á hipóxia dos tecidos, logo, de forma proporcional também age na erradicação de

infecções dos tecidos moles e ósseas. Diante da gama de fatores positivos cabe então ao

enfermeiro conhecer o tratamento e sua aplicabilidade a fim de selecionar as feridas

crônicas que tenham aspectos respondíveis ao tratamento de OHP. No Brasil o

tratamento de oxigenoterapia se sobrepõe ao uso de antibióticos no aspecto financeiro e

de cicatrização com combate de infecção mais rápidos e efetivos, em 2008 a sociedade

Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH), normatizou que onde se tivessem câmeras

hiperbáricas deveriam opera-las, com o Enfermeiro passou a integrar o quadro de

profissionais, tendo aptidão nas atribuições de seleção destas feridas assumindo uma

posição de destaque. CONCLUSÃO: Com base neste estudo foi possível identificar que

o enfermeiro se destaca na tomada de decisão para indicação do tratamento com

oxigenoterapia hiperbárica e evolução do processo de cicatrização com o mesmo, em

feridas crônicas com êxito.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermeiro, Oxigenoterapia, Técnicas De Fechamento De

Ferimentos.

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USO DE PAPAÍNA EM PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE VULVECTOMIA: UM

ESTUDO DE CASO

Ana Paula de Oliveira Silva, Ana Savina da Rocha Amorim, Izabel Cristina da Silva

Carvalho

INTRODUÇÃO: A papaína, uma enzima de origem vegetal, utilizada como alternativa para o tratamento de feridas associadas a processos infecciosos exuberantes, devido aos seus efeitos anti-inflamatórios, cicatrizante, bactericida, bacteriostático e desbridante de tecidos necrosados, desvitalizados e infectados. OBJETIVO: Relatar o uso e efetividade da papaína no tratamento de necrose extensa, no pós-operatório de vulvectomia. METÓDOS: Estudo de caso clínico, realizado durante o estágio da especialização em Estomaterapia, em um hospital público do município de Teresina- PI. Os dados foram coletados por meio de entrevista com formulário estruturado, observação e acompanhamento fotográfico A paciente foi esclarecida e concordou com a pesquisa, aprovada pelo CEP UESPI sob parecer N. 2.623,979. RESULTADOS: Paciente, 19 anos, feminino, solteira, hipertensa, transplantada renal há três anos, realizou vulvectomia em 06/06/18 devido condiloma por HPV e no 6º dia pós-operatório (12/06/2018) foi solicitado parecer da equipe de estomaterapia. Na avaliação, encontrava-se em isolamento, ferida extensa, com necrose úmida, exsudação purulenta abundante, odor fétido, bordas maceradas, com áreas de necrose e crostas. Em uso de antibioticoterapia e isolada devido ao odor. Foi iniciado o uso da papaína pó para limpeza por 20 minutos e papaína a 10% com troca diária. Devido hiperestesia, aplicado anestésico local (geleia) e realizado desbridamento instrumental. No segundo dia, houve a melhora do odor com excelente evolução, 50% de granulação, redução do edema e liberação para enfermaria coletiva na terceira troca (14/06/2018). Evoluiu com alta hospitalar após uma semana para continuidade do curativo diário a nível ambulatorial. CONSIDERAÇÕES: Considera-se que o uso da papaína associado a limpeza e desbridamento instrumental possibilitou melhora do aspecto da lesão e alta precoce. Conclui-se que a papaína é de baixo custo e eficaz para auxiliar no desbridamento com possibilidade de uso em larga escala no serviço público. Sugere-se estudos randomizados comparando com outros produtos desbridantes para avaliação da eficácia, custo e melhora da qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Papaína, Estomaterapia, Enfermagem, Desbridamento.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS PRESTADOS NA DEISCÊNCIA

DE FERIDA OPERATÓRIA CARDÍACA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Thaianny Maria da Silva Mendes, Bianca Maria Aguiar de Oliveira, Daniel Coelho Farias,

Henrique Galeno Patrício Rodrigues, Andrea Pinto da Costa, Jose Ilson de Arruda Filho

INTRODUÇÃO: A doença arterial coronariana é uma condição com ampla incidência na

população, responsável por importante morbimortalidade nos dias atuais. O tratamento

por cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) tem mostrado melhorar a sobrevida

de pacientes com doença arterial coronariana grave. No entanto, vários estudos têm

demonstrado, após cirurgias cardíacas, ainda significativa taxa de complicações pós-

operatórias, especialmente infecções superficiais e profundas. OBJETIVO: Avaliar a

ferida operatória e realizar assistência de enfermagem de maneira que promova a

cicatrização da deiscência de maneira breve, reduzindo o tempo de internação hospitalar

MÉTODOS: Avaliação presencial da ferida operatória com deiscência. Utilização de

coberturas especiais de acordo com a progressão da lesão. Registro através de uma

ficha de acompanhamento para verificar a evolução da lesão. RESULTADOS: Após a

primeira avaliação do grupo de curativos e feridas (GREC), identificou-se sinais de

infecção na ferida operatória com presença de exsudato serosanguinolento em grande

quantidade. Diante disso, foi primeiramente tratado a lesão com uma cobertura especial

(fibra de alginato com prata) para combater a infecção e absorver o exsudato. Seguindo a

conduta terapêutica, foi substituído a fibra por um hidrogel que promovesse

desbridamento autolítico, uma vez que a lesão não apresentava mais sinais de infecção e

já havia reduzido a quantidade de exsudato, permanecendo apenas esfacelos pela ferida

operatória. Com o uso do hidrogel, a lesão teve seu processo de cicatrização acelerado,

pois a nova cobertura proporcionou a sua granulação e o início da epitelização. Diante

disso, o paciente teve alta médica em virtude da lesão não exigir mais cuidados

hospitalares. CONCLUSÃO: Com o uso das coberturas especiais prescritas pelo grupo

de curativos, pode-se observar a melhora da deiscência com o leito da ferida em grande

quantidade de tecido de granulação e melhora significativa. Somado a isso, a paciente

teve o tempo de internação reduzido, diminuindo os riscos de infecção.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência de Enfermagem, Ferida Operatória, Infecção Hospitalar

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USO DA HIDROFIBRA COM PRATA NO TRATAMENTO DAS DEISCÊNCIAS DE

SUTURAS ABDOMINAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ellen Adria Soares Monteiro, Mariany Gomes de Sousa Marques, Nazaré de Maria Silvia

Mendes, Roxana Mesquita de Oliveira Teixeira Siqueira, Francisca das Chagas Sheyla

Almeida Gomes Braga, Grazielle Roberta Freitas Silva

INTRODUÇÃO: Deiscência significa rompimento ou abertura de uma ferida cirúrgica que

cicatriza por primeira intenção. Pode ocorrer por fatores sistêmicos ou locais, sendo o

mais frequente a infecção. A maior incidência é em suturas abdominais, as quais se

tornam feridas complexas geralmente associadas a descolamento das bordas, intenso

exsudado e presença de biofilme. A hidrofibra com prata é um curativo absorvente com

ação bactericida, capaz de capturar os microrganismos presentes no leito da ferida e

promover o debridamento autolítico OBJETIVO: Relatar a experiência do uso da

hidrofibra com prata, no tratamento das deiscências de suturas abdominais em um

ambulatório de estomaterapia em Teresina, Piauí (PI). MÉTODO: Estudo do tipo relato de

experiência que ocorreu em um ambulatório de estomaterapia de Teresina - Piauí, no

período de março a outubro de 2018. Os pacientes foram encaminhados ao serviço

especializado de enfermagem no tratamento de feridas após a alta hospitalar. Os

atendimentos compreenderam a consulta de enfermagem, avaliação e mensuração da

ferida, limpeza e descontaminação do leito da lesão e curativo com cobertura primária

absorvente associada à prata. A realização das trocas dos curativos primários ocorreu 02

vezes por semana no início do tratamento, e à medida que iam melhorando foram sendo

realizadas uma (01) vez por semana, as trocas dos curativos secundários foram

realizadas diariamente na atenção básica ou por um membro da família, após serem

orientados. RESULTADOS: Todos os casos deiscência da ferida operatória atendidos

neste estudo apresentavam sinais de infecção e descolamento das bordas da lesão. A

escolha da hidrofibra com prata como cobertura primária objetivou o controle da umidade,

a redução da carga bacteriana e o preenchimento da cavidade de forma segura e

confortável, uma vez que este curativo se apresenta na forma de placas, podendo ser

recortado para melhor adaptação ao leito da ferida. Todos apresentaram melhoras

significativas desde a primeira troca, sendo observado diminuição do esfacelo e da

extensão da ferida e aumento do tecido de granulação; nas trocas subsequentes pode-se

observar também melhoras do exsudato, do odor, quando apresentava, e gradativa

melhora na cicatrização da lesão. O uso desta cobertura no tratamento das deiscências

abdominais foi bastante eficaz considerando que todos os tratamentos concluíram com a

cura através do fechamento cirúrgico ou da cicatrização por segunda intenção.

CONCLUSÃO: Os serviços especializados no tratamento de feridas complexas, como as

deiscências de sutura abdominal, devem dispor de uma cobertura que reúna as

qualidades da hidrofibra com prata, pois aumenta a segurança do profissional, melhora o

custo benefício do tratamento, além de melhorar a qualidade de vida e satisfação do

cliente.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência de Enfermagem, Deiscência da ferida operatória,

Curativos oclusivos

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PRINCIPAIS TIPOS DE LESÕES DE PELE EM NEONATOS COM FOCO NA

PREVENÇÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Jéssyca Fernanda Pereira Brito, Amanda Karoliny Meneses Resende, Celiomária Alves

Xavier, Nanielle Silva Barbosa, Lizandra Fernandes do Nascimento, Sandra Marina

Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: As práticas de cuidado com a pele do recém-nascido iniciam-se logo

após o nascimento e, portanto, levantam preocupações constantes dos profissionais que

atuam em diferentes setores. Desta forma, o enfermeiro assim como toda a equipe

devem buscar subsídios para uma assistência qualificada, livre de riscos e baseada em

evidências atuais sobre a melhor forma de cuidado com a pele do neonato. OBJETIVO:

Este estudo objetivou avaliar os principais tipos de lesões de pele em neonatos, com foco

na prevenção e cuidados de enfermagem segundo a literatura. METODOLOGIA: Trata-

se de uma revisão narrativa sendo a busca dos artigos realizada nas bases de dados

Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em

Ciências da Saúde (Lilacs) e Base de dados em Enfermagem (BDENF) usando os

descritores lesão de pele e recém-nascido, sendo encontrados 76 artigos. Para a

filtragem utilizou-se critérios como artigo completo, entre os anos de 2013 a 2018 e

dentro da temática estabelecida totalizando 8 artigos. RESULTADOS: Diante disso,

foram subdivididas em duas categorias: principais lesões de pele em recém-nascidos e

suas causas nas práticas assistenciais e coberturas usadas no tratamento das lesões de

pele em neonatos na assistência. Na primeira categoria observou-se que média de

lesões foi de 67,32%, sendo identificadas algumas alterações de pele mais prevalentes

foram dermatite de fralda, edema, eritema, infiltração, seguidas de equimose,

descamação, cistos de mília, hiperplasia de glândula sebácea, hiperpigmentação da

genitália, xerose cutânea, marcas de nascimento, pustuloses benignas neonatais, lesão

por adesivo, lesão nasal, granuloma umbilical. Dentre os principais fatores que

ocasionaram as lesões estão extravasamento de líquido, infecção, punção venosa e/ou

arterial, procedimentos cirúrgicos e contato com as eliminações. A seguir, um dos

estudos apontou o uso do Ácido Graxos Essenciais (AGE) para o tratamento de lesão por

adesivo, lesão nasal e dermatite perineal; antifúngico para as dermatites infectadas;

hidrocolóide para a prevenção de lesão em septo nasal e por adesivo; calor/seco para

flebites e dermatite perineal; nitrato de prata para granuloma umbilical; Agarol para

infiltração de grande extensão e creme de barreira de proteção para dermatites perineais

também de grande extensão. CONCLUSÃO: Portanto, a manutenção da integridade da

pele do neonato é um importante indicador da qualidade da assistência prestada. Os

cuidados de enfermagem mostraram-se fundamentais para a identificação dos fatores de

risco, prevenções de lesões e identificação da melhor abordagem terapêutica, com foco

na segurança e conforto dos neonatos.

PALAVRAS-CHAVE: Recém-nascido, Enfermagem, Neonatologia

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PORTADORES DE ÚLCERAS VENOSAS

CRÔNICAS

Francisca Das Chagas Sheyla Almeida Gomes Braga, Roxana Mesquita de Oliveira

Teixeira Siqueira, Naiana Lustosa de Araújo Sousa, Claudia Roberta de Sousa Araújo,

Maria Antonia Bispo dos Santos, Raimunda Carvalho Vale

INTRODUÇÃO: As úlceras de perna geralmente estão associadas à dor e

comprometimento da qualidade de vida. A ferida afeta a produtividade no trabalho

resultando em afastamentos da atividade laboral e aposentadorias, além de restringir

atividades de vida diária e de lazer. As úlceras venosas correspondem a cerca de 70 a

90% das úlceras venosas. 1 OBJETIVO: Relatar a experiência de enfermeiras no cuidado

a portadores de úlceras venosas crônicas. METODOLOGIA: Estudo do tipo relato de

experiência da assistência a pacientes com úlceras crônicas nos membros inferiores

decorrentes de insuficiência venosa. A população foi atendida pelo SUS em um

ambulatório de estomaterapia de Teresina – Piauí, no período de janeiro a outubro de

2018. Os usuários foram encaminhados para o serviço especializado por angiologistas e

cirurgiões vasculares a fim de realizarem terapia tópica das lesões associadas à terapia

compressiva. RESULTADOS: No período estudado não houve predominância de sexo

nem de raça dentre os portadores de úlceras venosas. A faixa etária variou entre 40 a 82

anos de idade. Todos os pacientes foram tratados com curativos duas vezes por semana

sendo utilizado principalmente coberturas primárias absorventes associadas à prata

combinadas com a bota de Unna. Encontramos pessoas convivendo com as feridas a

mais de 20 anos e observamos que quanto mais tempo de doença não tratada mais difícil

a melhora do aspecto da ferida. As úlceras venosas apresentam em sua maioria

exsudado de moderado a intenso. A dor e o odor são sintomas freqüentes que causam

sofrimento espiritual e isolamento as pessoas atendidas. Assim como encontrado na

literatura, a maioria encontra-se afastada do trabalho, causando impacto para suas

necessidades psicossociais bem como para o estado. CONCLUSÃO: O atendimento

ambulatorial especializado à pessoas com feridas crônicas é de suma importância, uma

vez que o controle dos sinais e sintomas que causam transtorno aos pacientes,

proporciona melhor qualidade de vida, reduz custos com o tratamento, diminui as

internações e favorece convivência em sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem, úlcera venosa, assistência ambulatorial

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER COM MASTITE PUERPERAL: RELATO

DE EXPERIÊNCIA

Hylda Mara Cruz de Moraes, Narlene Fontenelle Basílio da Silva, Açucena Barbosa

Nunes, Célio Cássio Coêlho de Araújo, Andiara de Moraes Vasconcelos

INTRODUÇÃO: A mastite puerperal é um problema relativamente frequente na mulher

que amamenta. Manifesta-se por sinais inflamatórios na mama, por vezes associados a

mal-estar, febre e calafrios. O diagnóstico é clínico e o tratamento inclui terapêutica

sintomática e antimicrobiano com cobertura anti-estafilocócica. A amamentação pode e

deve ser mantida e tratá-lo para benefício da díade mãe-filho. OBJETIVOS: Descrever

um relato de experiência da implementação da Sistematização da Assistência de

Enfermagem e dos cuidados de Enfermagem prestados à mulher com Mastite Puerperal.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência com a prática

da assistência de Enfermagem à mulher com Mastite Puerperal. A coleta de dados foi

realizada durante a internação da paciente e utilizou-se as informações do prontuário,

anamnese e exame físico por meio dos métodos propedêuticos. RESULTADOS: Após

realização do histórico e acompanhamento da puérpera, foi possível identificar os

diagnósticos de Enfermagem, sendo os principais: Integridade tissular prejudicada

relacionada à circulação prejudicada, alteração na sensibilidade e umidade, caracterizada

por tecido lesado. Dor aguda relacionada à agente lesivo biológico (ex., infecção), físicos

(ex., abcesso), caracterizada por comportamento expressivo (ex., agitação, choro,

vigilância), expressão facial de dor e gestos de proteção. Definiu-se no planejamento das

intervenções a serem realizadas: Orientar quanto higienização adequada da região

mamária; incentivar a realização de massagem mamária para diminuição do

ingurgitamento; Administrar medicação prescrita; Determinar o local, características,

qualidade e intensidade da dor antes de medicar o paciente. E como cuidados realizados

pela equipe de enfermagem foram o desbridamento mecânico de tecido desvitalizado, e

aplicação de curativo na lesão com SF 0,9%, e coberto com óleo de girassol.

CONCLUSÃO: Conclui-se que houve melhora significativa do quadro clínico da mama,

estando a paciente ciente dos cuidados necessários para a prevenção de complicações.

O estudo permitiu ainda o reconhecimento da relevância da patologia, incluindo seu

diagnóstico, tratamento e cuidados de Enfermagem requeridos, proporcionando um

planejamento das intervenções prestadas, individualizando a paciente e suas

peculiaridades e desempenhando uma avaliação sistemática dos resultados.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem, Mastite, Saúde da Mulher

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ÚLCERA DE MEMBROS INFERIORES NA DOENÇA FALCIFORME: UMA REVISÃO

NARRATIVA

Lúcio Lauro Leite dos Santos, Almir Rogério de Lima Teixeira, Mayara Kelle Rodrigues

Carvalho, Jéssica Camelo Soares, Andressa Maria de Sousa Moura, Sandra Marina

Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: O termo Doença Falciforme (DF) engloba todos os subtipos de

hemoglobinopatias hereditárias (anemia falciforme, HbSC, HbSD, HbS talassemia, HbS

talassemia, dentre outras) resultantes de alterações no gene A (HbA) da hemoglobina

normal. Teve sua origem na África e disseminou-se para a Península Arábica, sul da

Itália, Índia chegando às Américas pela imigração de africanos trazidos como escravos.

As manifestações clínicas podem variar, mas têm em comum a oclusão vascular. Os

sintomas surgem ainda no primeiro ano de vida e se prologam por toda a vida. As

úlceras de membros inferiores enquadram-se como complicações da DF e costumam

aparecer nas regiões do maléolo, tibial anterior e dorso do pé, de forma espontânea ou

como resultado de pequenos traumas e dificuldade de cicatrização. O diagnóstico

precoce é de fundamental importância e serve como medida de impacto positiva na

assistência de qualidade às pessoas com a doença. OBJETIVO: Realizar uma revisão

narrativa sobre úlceras na doença falciforme. METODOLOGIA: Foi realizado o

levantamento de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com os seguintes critérios

de inclusão: últimos cinco anos, texto completo em português. As palavras-chave usadas

foram: Úlcera e Doença Falciforme. Além desse material incluíram-se os manuais do

Ministério da Saúde (MS) que tratavam sobre o tema. RESULTADOS: Foram

encontrados 12 artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão além de 04

volumes do MS que abordavam a DF em seus diversos aspectos, como a assistência de

enfermagem, linhas de cuidados, condutas para o tratamento da condição e

complicações associadas. O ano de 2015 foi o que teve o maior número de artigos

encontrados, com 6 publicações. No Brasil a prevalência de úlceras nas pessoas com DF

é de 20%. Podem se manifestar a partir dos 10 anos de idade, em uma ou em ambas as

pernas. A etiologia observada na fisiopatologia das úlceras de perna, embora se

apresente como multifatorial, tem como fator principal a hipóxia tissular, que é

consequência da alteração na forma das hemácias, alterações no endotélio vascular,

alteração na viscosidade sanguínea, ativação da coagulação, alteração no tono vascular

e até mesmo a presença de imunocomplexos circulantes. Por conta dessas alterações as

lesões mostram-se extremamente dolorosas, de difícil tratamento e com alto índice de

recorrência. As úlceras podem variar em extensão ocupando grandes áreas e

profundidade, chegando a comprometer o tecido subcutâneo. O tratamento local visa

estimular a formação de tecido de granulação e é indispensável para a progressão da

epidermização e cura. Deve-se evitar ao máximo processos que favoreçam a maceração

ou infecção da pele adjacente. A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que

respeita o tecido de granulação, preservando o potencial de recuperação. CONCLUSÃO:

Devido à sua cronicidade e as dificuldades de cicatrização, as úlceras podem

comprometer de maneira considerável a qualidade de vida das pessoas com doença

falciforme podendo acarretar problemas emocionais, sociais e profissionais Por isso é

indicada a limpeza diária, a utilização de curativos, tratamento cirúrgico, repouso,

elevação do membro afetado, além de instrução aos pacientes sobre o autocuidado.

PALAVRAS-CHAVE: Úlcera, Doença Falciforme

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BENEFÍCIOS DA SULFADIAZINA DE PRATA NO TRATAMENTO DE ERISIPELA:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Erica Jorgiana dos Santos de Morais, Mara Lígia Almeida de Sousa, Joice Roberta de

Sousa Aguiar, Tamires Kelly dos Santos Lima Costa, Francisca Cecilia Viana Rocha

INTRODUÇÃO: A erisipela é uma infecção da epiderme, parte superior da derme e vasos

linfáticos superficiais, provocada principalmente por Streptococcus beta-hemolítico do

grupo A e Staphilococcus aureus, manifestando-se principalmente em membros inferiores

na maioria das vezes no sexo feminino. A sulfadiazina de prata age como um antisséptico

eficaz contra uma grande variedade de microrganismos sendo um agente antimicrobiano

tópico na terapia de queimaduras, feridas cirúrgicas e escaras

infectadas. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas disponíveis sobre a eficácia da

aplicação de sulfadiazina de prata para o tratamento de

erisipela. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a qual

estabelece como método de pesquisa a busca, a avaliação crítica e a síntese das

evidências disponíveis do tema investigado. A pergunta norteadora para a construção

desta revisão integrativa foi “Quais as evidências científicas apontam que a sulfadiazina

de prata é eficaz no tratamento de erisipela?”. O levantamento dos estudos foi

realizado online através da Biblioteca virtual de saúde (BVS) na qual foram pesquisadas

na base de dados na LILACS de acordo com os seguintes descritores em ciências da

saúde (DECS): Erisipela, sulfadiazina de prata, tratamento; utilizando o operador

booleano AND. Consideraram-se como critérios de inclusão: ser um estudo primário,

relatos de experiência, estar no recorte temporal dos últimos cinco anos de 2012 a 2017,

disponível na íntegra, gratuitamente, completo no idioma português, inglês e espanhol.

Excluíram-se editoriais, resumos de dissertações e teses e artigos de fóruns. Observou-

se que cinco artigos abordavam o tema de interesse, sendo considerados para análise.

Alguns artigos apareceram em mais de uma base de dados, sendo contabilizados apenas

uma vez. RESULTADOS/ DISCUSSÕES: As buscas realizadas nas bases de dados

retornaram com cinco artigos considerados pertinentes e que puderam ser analisados

depois de obtidos em sua forma completa. Na busca da melhor compreensão de

elementos relevantes procedeu-se a listagem dos artigos escolhidos para o estudo do

tema onde foram categorizadas as informações a respeito desses artigos que

proporcionaram encontrar evidências a serem trazidas para a discussão dos

resultados. Com base no estudo realizado, foi verificado que devido a sua pequena

absorção, a ação do creme de sulfadiazina de prata no tratamento local de infecções

cutâneas, especialmente a erisipela, resulta em baixíssima taxa de toxicidade sistêmica.

Adicionalmente, problemas de intolerância local, na forma de dermatite de contato

alérgica, foram raramente observados sendo todos relacionados à componente do

excipiente e não ao ingrediente ativo. O uso de compostos com prata deve ser utilizado

com cautela devido sua toxicidade, porém a prata teria benefício no controle da infecção,

além de não necessitar de trocas diárias. CONCLUSÃO: No presente estudo percebeu-

se a escassez em artigos científicos voltados para temática, embora o uso de

sulfadiazina de prata no tratamento de erisipela esteja presente em muitas áreas

praticas ainda se faz necessária à exploração unificada e dialogada entre todas as

ciências que tratam ou ainda não fazem, mas que precisam discutir o assunto em uma

abordagem mais profunda.

PALAVRAS-CHAVE: Erisipela; Sulfadiazina de Prata; Tratamento.

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APLICAÇÃO TÓPICA DE PRATA NO TRATAMENTO DE FERIDAS INFECTADAS:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Erica Jorgiana dos Santos de Morais, Mara Lígia Almeida de Sousa, Suzane Sales de

Oliveira, Francisca Cecilia Viana Rocha

INTRODUÇÃO: A prata foi colocada sob os holofotes na área de saúde na medida em

que a sua aplicação associado em cremes tópicos, espumas ou de materiais

impregnados tem reivindicado ter uma atividade de amplo espetro antimicrobiano, com

baixo desenvolvimento de resistência, raros efeitos adversos e um baixo risco de

toxicidade sistêmica. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas disponíveis sobre a

eficácia da aplicação de prata no tratamento de feridas infetadas. METODOLOGIA:

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual estabelece como método de

pesquisa a busca, a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema

investigado. A pergunta norteadora para a construção desta revisão integrativa foi “Quais

as evidências científicas apontam que a prata é eficaz no tratamento de feridas

infectadas?”. O levantamento dos estudos foi realizado online através da Biblioteca virtual

de saúde (BVS), no mês de outubro, na qual foram pesquisadas na base de dados da

MEDLINE de acordo com os seguintes descritores em ciências da saúde (DECS):

Compostos de prata, feridas, infecção, tratamento; utilizando o operador booleano AND.

Consideraram-se como critérios de inclusão: ser um estudo primário, estar no recorte

temporal dos últimos cinco anos de 2012 a 2017, disponível na íntegra, gratuitamente,

completo no idioma português, inglês e espanhol. Excluíram-se editoriais, resumos de

dissertações e teses e artigos de fóruns. Ao todo foram recuperados 222 trabalhos de

acordo com os descritores utilizados. Após filtrá-los de acordo com os critérios de

inclusão e leitura dos títulos e resumos, observou-se que seis artigos abordavam o tema

de interesse, sendo considerados para análise. Alguns artigos apareceram em mais de

uma base de dados, sendo contabilizados apenas uma vez. RESULTADOS: As buscas

realizadas nas bases de dados retornaram com seis artigos considerados pertinentes e

que puderam ser analisados depois de obtidos em sua forma completa. Dos estudos

selecionados, todos foram encontrados na MEDLINE e sobre a originalidade das

pesquisas, estavam em idioma português e inglês. Na busca da melhor compreensão de

elementos relevantes procedeu-se a listagem dos artigos escolhidos para o estudo do

tema onde foram categorizadas as informações a respeito desses artigos que

proporcionaram encontrar evidências a serem trazidas para a discussão dos

resultados. Com base no estudo realizado, foi verificado que para feridas criticamente

colonizadas e infectadas pesquisas sugerem que a prata exerce a sua atividade

antimicrobiana desnaturando quimicamente proteínas como enzimas e proteínas de

membrana, levando à morte celular. Enquanto outros indicam que para melhor extasia

das feridas o uso de prata associado a compostos como hidrofibra, alginato e antibióticos

para esse tipo de ferida. Combinar a prata a outro antimicrobiano de largo espetro

proporciona uma via atrativa para procurar obter uma maior eficácia. CONCLUSÃO:

Face aos resultados da análise do conjunto de trabalhos em que se baseou esta revisão

da literatura, conclui-se que a prata é eficaz no tratamento de feridas infetadas e

colonizadas, proporcionando condições favorecendo a redução significativa dos sinais

flogísticos e sua associação a outros compostos potencializam seu efeito.

PALAVRAS-CHAVE: Compostos de Prata; Feridas; Infecção; Tratamento

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AS NOVAS PERSPECTIVAS DE ABORDAGENS NO TRATAMENTO DE FERIDAS:

UM OLHAR À LUZ DAS EVIDÊNCIAS.

George Marcos Dias Bezerra, Sabrina Beatriz Mendes Nery, Denise de Sousa Rodrigues,

Joyciane Soares Araújo Mendes, Bruna Gabriela Silva Rodrigues, Evaldo Sales Leal

INTRODUÇÃO: O olhar especializado da enfermagem é fundamental e indispensável

para a determinação de um tratamento apropriado das feridas, associado ao rápido

desenvolvimento tecnológico, tem trazido grandes contribuições para o desenvolvimento

de inúmeras alternativas para o tratamento das mesmas. Salienta-se que tecnologia em

saúde e em enfermagem também gera impacto significativo no processo de trabalho,

sendo designada como a aplicação dos conhecimentos científicos de modo sistemático

no auxílio para melhor atender ao ser humano. OBJETIVO: O presente estudo objetiva

analisar as evidências científicas sobre novas perspectivas de abordagens no tratamento

de feridas e seu impacto no processo de bem estar do paciente. METODOLOGIA:

Tratou-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa, na qual foram encontrados 11

artigos, acessados em base de dados da saúde (Public Medline, Scientific Eletronic

Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde). Entretanto, levando em consideração os

critérios de inclusão (artigos publicados no período de 2013 a 2018, nos idiomas

português, inglês e espanhol, dispostos de forma completa e gratuita e que se

encaixassem na temática proposta) e critérios de exclusão (teses, monografias, livros,

revistas, sites e artigos que não abordavam a temática proposta), reduziu-se a 5.

RESULTADOS: Diante dos resultados obtidos foram elaboradas duas categorias, sendo

estas: análise comparativa da eficácia entre as diferentes terapias utilizadas na

abordagem aos curativos e humanização no tratamento de feridas como nova tecnologia,

evidenciando que à medida que se busca a implementação do cuidado e a melhor oferta

ao paciente a medicina faz com que sejam incorporadas novas tecnologias em prol da

qualidade de vida do ser humano, visto que foi o maior investimento da humanidade.

Observou-se que a enfermagem em sua essência se faz nova em todos atos de cuidado

a medida que a necessidade da humanidade muda. O processo de enfermagem aplicado

como tecnologia, por se tratar de tecnologia leve, permite aos enfermeiros a melhoria do

cuidado prestado, através de maior segurança e eficiência, e facilita a tomada de decisão

mediante o tratamento das feridas. CONCLUSÃO: Conclui-se que as diferentes formas

de expressar o cuidado e a eficiência tecnológica no âmbito da saúde é que faz com que

o desenvolvimento científico chegue cada vez mais próximo da excelência em

assistência, se tratando do enfermeiro, e visto que quanto maior a diversidade de

recurso, maior deve ser o empenho dos profissionais gerais na busca do conhecimento e

atualização para a qualidade no cuidado das feridas.

PALAVRAS-CHAVE: Feridas; Tecnologia; Enfermagem.

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A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE FERIDAS

Wevernilson Francisco de Deus, Maria Ilma Barroso leal de Carvalho, Maria Caroline

Nunes da Silva, Kaline Fernanda Costa Luz, Fernanda Nascimento Silva

INTRODUÇÃO: Os produtos de origem vegetal são utilizados culturalmente por várias

gerações, para prevenção e tratamento de diversas doenças. Algumas plantas

medicinais, além de outras propriedades, ainda apresentam ação cicatrizante e anti-

inflamatória, e muitas promovem hemostasia e alívio da dor. Diversos extratos da

medicina tradicional já estão sendo utilizados no tratamento de feridas, seja de origem

vegetal como o extrato do mamão papaia, a papaína, que tem ação desbridante, ou de

origem animal como a pele da tilápia que vem sendo utilizada em hospitais no tratamento

de queimaduras, dentre outros extratos que estão sendo analisados por meio de estudos,

a maioria experimentais, e que a população utiliza, especialmente na zona rural, onde a

cultura da medicina tradicional é mais forte e estes produtos são facilmente encontrados

com baixo custo. OBJETIVO: Analisar as evidências cientificas sobre a utilização da

medicina tradicional e do tratamento fitoterápico na cicatrização de feridas.

METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa construída a partir de um

levantamento bibliográfico realizado em novembro de 2018, o acesso ocorreu pelas

bases de dados eletrônicos: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura

Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), foram incluídos os artigos que estavam

disponíveis na integra, e que foram publicados de 2014 a 2018 e excluídos os artigos que

foram publicados fora deste espaço de tempo e que não apresentavam as características

do tema. Foram encontrados um total de 13 artigos. RESULTADOS: Os resultados

encontrados foi uma diversidade de extratos utilizados (como o aloe vera, o óleo de

copaíba e a cera da cana-de-açúcar) a maioria em estudos experimentais com animais

(ratos, coelhos, equinos, dentre outros), e outros em estudos clínicos randomizados. Foi

identificado também que a maioria dos estudos foram produzidos no Brasil, seguido da

Índia, e Estados Unidos, dentre outros países. Alguns extratos foram testados em mais

de um estudo experimental. Dentre os resultados notou-se que alguns estudos não foram

positivos quanto a eficácia de sua utilização na cicatrização como o aloe vera e o óleo

puro de copaíba em seu primeiro estudo (1998); já em um estudo posterior, utilizando

equinos, o óleo da copaíba a 10%, mostrou grande potencial de cicatrização e grande

ação fitoterápica. Outro ponto importante é a humanização e integralidade do cuidado

visto que o Ministério da Saúde incorpora as suas ações a Política Nacional de Plantas

Medicinais e Fitoterápicas (PNPMF). CONCLUSÃO: Conclui-se que é necessário para

utilização destes extratos naturais, uma higiene adequada, a fim de minimizar os riscos

de infecção, principalmente por micro-organismos presentes no meio ambiente, e de

conhecer as propriedades presentes e de seus efeitos terapêuticos por meio dos estudos

realizados e publicados.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Saúde; Ferida; Produtos Fitoterápicos

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PRODUÇÃO CIENTÍFICA ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À

CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEIMADURAS

Anderson da Silva Sousa, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Maria Joara da Silva,

Ellen Eduarda Santos Ribeiro, Fernanda Ferreira de Morais, Raiana Soares de Sousa

Silva

INTRODUÇÃO: No Brasil, acontecem anualmente cerca de 1 milhão de acidentes com

queimaduras; desses, aproximadamente 100.000 vítimas necessitam de atendimento

hospitalar e 2.500 vão a óbito em decorrência das lesões. As crianças e os idosos estão

particularmente em risco maior desse tipo de acidentes, vale ressaltar que a maioria

dessas lesões ocorrem em casa. A assistência de enfermagem às crianças portadoras de

queimadura constitui determinante fundamental no êxito final do tratamento, contribuindo

decisivamente para a redução da morbidade e da mortalidade. OBJETIVO: Descrever,

com base na literatura científica, a assistência realizada pela equipe de enfermagem às

crianças vítimas de queimaduras. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de revisão

integrativa, realizado nas bases de dados LILACS, IBEX, BDENF (Via BVS), no período

de outubro de 2018. Utilizou-se os descritores controlados cadastrados no DeCS:

enfermagem, queimadura, crianças e seus respectivos em inglês. Incluíram-se artigos

nos idiomas inglês, espanhol e português e publicados nos últimos 5 anos (2013 e 2018).

Após seleção se obteve uma amostra de onze artigos que compuseram os resultados.

Para coleta de dados nos artigos científicos utilizou-se instrumento elaborado pelos

autores. RESULTADOS: Foi possível identificar que a contribuição da equipe de

enfermagem às crianças vítimas de queimaduras realiza-se através da vigilância atenta,

durante a fase aguda ou intermediária da queimadura. Entre os cuidados da equipe de

enfermagem prestados na abordagem inicial, podemos citar: controle dos sinais vitais;

elevação das extremidades queimadas a fim de reduzir o edema; inserção de cateteres

venosos de grosso calibre; sondagem vesical; monitoração do balanço hídrico; avaliação

da densidade urinária específica, pH e níveis de glicose, proteína e hemoglobina; pressão

venosa central; avaliação da temperatura corporal, peso corporal, peso pré-queimadura e

elaboração do histórico completo do paciente, descrevendo o mecanismo da queimadura;

avaliação da compreensão do paciente/família com relação à lesão e o tratamento. Já

durante a fase aguda ou intermediária, os cuidados de enfermagem estão direcionados

no sentido de avaliação continuada, realizado pelo enfermeiro, sendo a manutenção dos

estados respiratório e circulatório, equilíbrio hidroeletrolítico e função gastrintestinal. Para

isso o enfermeiro deve realizar o histórico continuado do paciente durante as primeiras

semanas depois da lesão, focalizando as alterações hemodinâmicas, cicatrização da

ferida, dor e respostas psicossociais e a detecção precoce das complicações; avaliar com

frequência os sinais vitais; avaliar o volume, presença de sangue e pH gástricos residuais

no paciente com sonda nasogástrica; avaliar as feridas quanto a aspectos importantes

relacionados a cicatrização. CONCLUSÃO: Evidencia-se que o prognóstico final de uma

queimadura depende essencialmente de um pronto e adequado atendimento. Com isso,

têm-se a importância de a equipe de enfermagem estar habilitada a prestar, de forma

correta, o atendimento as crianças vítimas de queimaduras, uma vez que a abordagem

adequada dessas vítimas é essencial para o prognóstico a curto e longo prazo.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Queimadura; Crianças

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RELATO DE CASO: ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBRO POR LEISHMANIOSE

TEGUMENTAR AMERICANA

Angélica Maria Assunção da Ponte Lopes, Aritana Costa Araújo, Anna Beatriz Carvalho

de Oliveira, Leonardo Araújo Costa, Rodrigo Santos de Norões Ramos

INTRODUÇÃO: A Doença Arterial Periférica (DAP) é uma patologia estenosante e obstrutiva do lúmen arterial, mais prevalente em homens, que resulta na redução do fluxo sanguíneo aos tecidos e afeta mais comumente os membros inferiores. Apresenta como principais fatores de risco: idade avançada, tabagismo e diabetes. O diagnóstico é feito através do exame clínico e a principal causa de óbito é o infarto agudo do miocárdio. O quadro clínico pode variar desde pacientes assintomáticos ou com claudicação intermitente (principal sintoma), até dor isquêmica em repouso ou úlceras arteriais isquêmicas. As úlceras podem ter origem espontânea ou não espontânea, podendo, esta, ser decorrente de trauma, estase venosa ou infecção. O tratamento dessa condição, caso o membro seja viável, é o reestabelecimento do fluxo sanguíneo por meio da revascularização cirúrgica e uso de curativos apropriados. A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma patologia infecciosa, transmitida através da picada das fêmeas de insetos flebotomíneos infectadas pelos protozoários do gênero Leishmania. A LTA apresenta como quadro clínico: úlceras na pele e/ou mucosas, sendo as lesões de pele múltiplas ou únicas, disseminadas ou difusas, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolores. O diagnóstico pode ser feito clínico-epidemiológico e/ou com auxílio de sorologia e biópsia. O tratamento se faz com o uso de fármacos antiprotozoários. RELATO DO CASO: Mulher, 44 anos, procedente de Hugo Napoleão-PI, agricultora. Relata que, há 6 meses, apresentou vesículas em membros inferiores (MMII), que progrediram rapidamente para múltiplas úlceras. Refere úlcera indolor em região da coxa, e úlceras bastante dolorosas nos pés. Refere edema e cianose de MMII. Nega traumas na região, sangramento ou infecção das feridas. Informa que fez uso de ibuprofeno e diclofenaco, mas não obteve melhora da dor. Refere melhora com o uso de morfina e com o membro pendente. Diabética, tabagista desde os 8 anos de idade, DAP. Nega hipertensão e dislipidemia. Exame físico: MMII: úlceras com bordas bem delimitadas e elevadas, de base eritematosa em região da coxa e tibial anterior direita e úlcera com tecido fibrinoso na falange distal do hálux direito e dorso do pé esquerdo. Pulsos ausentes em ambos os membros. Exames complementares: Angiocoronariografia: circulação coronária com lesão obstrutiva discreta. Biópsia: inflamação crônica inespecífica ulcerada, não foi visualizado a Leishmania. No entanto, o infectologista fechou o diagnóstico de LTA. Foi instituído tratamento com anfotericina B, por 21 dias e cirurgia de revascularização com aortografia, ponte aorto-bifemoral com prótese vascular bifurcada e tromboendarterectomia de aorta. Atualmente, paciente refere melhora da dor, início de cicatrização das úlceras e apresenta todos os pulsos presentes. CONCLUSÃO: Apesar de rara, destaca-se a importância da associação de DAP com LTA, sendo de grande relevância a vigilância do profissional de saúde à localizações de regiões endêmicas desta patologia, bem como o reconhecimento precoce da DAP na atenção primária, já que a doença apresenta evolução progressiva e pode resultar, em alguns casos, em ulceração e/ou amputação do membro afetado

PALAVRAS-CHAVE: Úlcera, Dap, Leishmania

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CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS COMPLEXAS DE PACIENTES AMBULATORIAL

Paula Maria Feitosa de Carvalho, Nazaré de Maria Silva Mendes, Andrea Pinto da Costa,

Valéria Maria Silva Nepomuceno, Grazielle Roberta Freitas da Silva, Ana Carolina

Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: As feridas que demoram a cicatrizar, por diversos tipos de adoecimento

que retardam o processo de cicatrização, são denominadas complexas, e estão entre os

vários problemas de saúde que incidem sobre as pessoas. Elas se diferenciam das

agudas pelo tempo de permanência no cliente, pois estas tem um curto período de

cicatrização, aquelas podem durar meses, anos ou a vida toda do paciente, e assim,

patronizou-se que as lesões complexas são aquelas cuja cicatrização ultrapassa três

semanas, apesar de todos os cuidados voltados a ela. OBJETIVO: Identificar o perfil

sociodemográfico dos pacientes portadores de Feridas Complexas, bem como

caracterizar essas lesões. METODOLOGIA: Estudo descritivo com coleta por meio de

um formulário par avaliar aspectos sociodemográficos e caracterização das feridas

complexas do ambulatório de feridas de um hospital escola na cidade de Teresina, nos

meses de janeiro a maio de 2018, sendo contabilizado 34 feridas em 23 pacientes.

Atendendo a resolução 466 ANÁLISE: Dos 23 participantes, 56,5% era do sexo feminino,

30,4% eram adultos, 47,8% eram casados, 43,5% possuíam apenas ensino fundamental

incompleto, 73,9% eram pardos e 43,5% eram donas de casa. Maioria possuíam etiologia

única (87,0%), uma única ferida (78,3%), era a primeira vez que a lesão aparecia

(56,5%), duração de mais de cinco anos (43,5%). Das 34 feridas a maioria foram as

Úlceras Venosas (58,8%) e a localização predominante foram os Membros Inferiores

(70,6%). Foram contabilizadas 47 indicações terapêuticas sendo 21 (44,7%) Alginato de

Cálcio, 14 (29,8%) Bota de Unna, 4 (8,5%) Ácido Graxo Essencial (AGE), 3 (6,4%)

Carvão Ativado, 3 (6,4%) Hidrogel e 1 (2,1%) Colagenase. Além disso, há predomínio de

feridas com mais de 24cm2 de área (41,2%), com moderado exsudato (47,1%) e com

tecido de necrose de liquefação-esfacelo (58,8%). CONCLUSÃO: Portanto, o objetivo foi

alcançado, pois o perfil sociodemográfico dos participantes com feridas complexas foi

traçado e foi possível, também, levantar as características dessas feridas, observando a

predominância das úlceras venosas, com localização dos membros inferiores e o uso

principal do Alginato de Cálcio.

PALAVRAS-CHAVE: Lesões e Ferimentos, Cicatrização, Enfermagem

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SÍNDROME DE FOURNIER

Ana Maria Santos da Costa, Nisleide Vanessa Pereira das Neves, Maria Aliny Pinto da

Cunha, Marielle Maria Oliveira Barros, Rafaela Rosa de Sousa, Jairo Edielson Rodrigues

Barbosa de Sousa

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Fournier é uma patologia infecciosa grave, de rápida progressão que acomete a região genital e áreas adjacentes, caracterizada por uma intensa destruição tissular, envolvendo o tecido subcutâneo e a fascia. A predisposição para a sindrome está associada a estados de imunosupressão, doenças crônicas, como diabetes mellitus, doenças vasculares, senilidade, obesidade mórbida, anormalidades no sistema urológico, doenças colorretais e comportamentos como: uso abusivo de drogas e alcoolismo. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a um paciente acometido pela Síndrome de Fournier. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por acadêmicas de enfermagem no decurso das aulas práticas da disciplina Estágio Supervisionado II. As práticas ocorreram na clínica cirúrgica durante o mês de outubro de 2018 em um hospital público no município de Timon, MA. RESULTADOS: Foi realizado 15 atendimento ao paciente onde os dados foram obtidos por meio de anamnese, exame físico completo e intervenções de enfermagem. Após anamnese e exame físico, foi elaborado um plano de cuidados evidenciando as reais necessidades do paciente de modo integral, os diagnóstico de enfermagem evidenciados foram: Dor relacionada a agentes lesivos (biológicos e psicológicos), Integridade tissular prejudicada relacionada à circulação alterada, Distúrbio da imagem corporal relacionada com a alteração na aparência, como planejamento: Promover o alívio da dor; Restabelecimento da integridade da pele; Promoção da estabilidade psíquico emocional, como prescrição de enfermagem: Orientar o repouso; Promover ambiente confortável e silencioso, reduzindo as fontes de estresse ambiental; Ministrar analgésicos prescritos no horário; Realizar curativos diários; Promover suporte nutricional adequado; Oferecer apoio ao paciente e familiares. A lesão era avaliada diariamente para definir a melhor cobertura sendo utilizado para limpeza o metronidazol para controle do odor e como cobertura primaria ácidos graxos essenciais (AGE). Dentre as habilidades adquiridas pelos acadêmicos destacaram-se: conhecimento prático acerca da aplicação da SAE sobre a patologia, manejo de curativos e coberturas adequada. CONCLUSÃO: A vivência da prática pode proporcionar conhecimento sobre a patologia em questão, bem como a aplicação da SAE de maneira individualizada, ressaltando a importância dos diagnósticos de enfermagem, as quais foram estabelecidas através do levantamento de problemas, para assim traçar um plano de cuidados. Contribuindo para uma prática de Enfermagem autônoma, além de permitir a construção e a consolidação do conhecimento técnico e científico de acadêmicos.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem,Gangrena de Fournier , Saúde do

Adulto.

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POTENCIAL DA MEMBRANA DA CASCA DO OVO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS

Fabrícia Kelly Moura Dantas, Fernanda Nascimento Silva, Amália Beatriz da Conceição

Gomes, Alyne Alves de Carvalho, Laíse Maria Formiga Moura Barroso, Gerdane Celene

Nunes Carvalho

INTRODUÇÃO: Atualmente existem várias coberturas cientificamente comprovadas com

potencial para cicatrização de feridas. No entanto, vale ressaltar que ainda existem

muitos produtos utilizados empiricamente pela acessibilidade e pela crença em auxiliar na

cicatrização da ferida, o que aponta a necessidade de estudos que comprovem os

refutem os seus benefícios. Dentre esses produtos destaca-se o ovo, no qual há registros

da utilização da clara como curativo para queimaduras e mais recentemente, está sendo

explorada a membrana da casca do ovo como tecnologia para cicatrização de feridas.

OBJETIVO: O objetivo do trabalho é identificar o potencial da membrana da casca do

ovo na cicatrização de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa

realizada nas bases de dados PubMed Central: PMC eMEDLINE/PubMed (via National

Library of Medicine) realizada em novembro/2018 com os descritores eggshell and

wounds. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos na íntegra em espanhol, inglês e

português, publicado nos últimos anos e que contemplasse o objetivo do estudo. Foram

encontrados 348 artigos e após a análise com base nos critérios estabelecidos, obteve-se

4 artigos. RESULTADOS: Como resultados, reportando-se ao local do estudo, Jia et al.

(2014), Liu et al. (2017), Vuong et al. (2017) e Vuong et al. (2018) realizaram no Japão,

China, Noruega e Canadá, respectivamente. No que diz respeito aos objetivos, Jia et al.

(2014) avaliaram o efeito da membrana da casca do ovo na produção de colágeno,

Voung et al. (2017) avaliaram as propriedades anti-inflamatórias do pó da membrana da

casca de ovo, Liu et al. (2017) e Voung et al. (2018) verificaram o efeito da casca do ovo

na cicatrização de feridas. Quanto aos métodos foram realizados ensaios clínicos in

vitro e in vivo em animais, com exceção de Voung et al. (2017) que realizaram somente in

vitro. Os estudos apresentaram um potencial da membrana da casca do ovo na

cicatrização de feridas por diferentes mecanismos, Jia et al. (2014) indicam um efeito

antifibrótico da membrana, que estimula a supressão do estresse oxidativo e a promoção

da degradação do colágeno. Liu et al. (2017) acredita que a membrana da casca do ovo

poder promover a reepitelização e granulação através do aumento da proliferação celular,

além do controle da resposta inflamatória, esse último efeito também apontado por Voung

et al. (2017). Voung et al. (2018) ratificaram um efeito positivo através do aumento da

atividade da enzima metaloproteinase e do aumento dos queratinócitos. CONCLUSÃO:

Conclui-se que as evidências científicas dos ensaios clínicos ratificam uma efeito

benéfico da membrana da casca do ovo na cicatrização de feridas por diferentes

mecanismos. Desse modo, a membrana da casca do ovo apresenta-se uma tecnologia

disponível para o tratamento de feridas, visto que trata-se de um produto acessível e de

baixo custo, que na maioria das vezes, é desprezado sem utilidade no cotidiano.

Entretanto, é imperativa a realização de mais pesquisas, especialmente em seres

humanos, para elucidar os resultados alcançados com essa terapia e como deve ser

processada e utilizada a membrana da casca do ovo para torna-se uma curativo seguro e

eficaz.

PALAVRAS-CHAVE: Membrana Da Casca Do Ovo, Curativo, Feridas.

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O USO E A EFETIVIDADE DA ANDIROBA EM FERIDAS

Girlene Ribeiro da Costa, Lucilene da Silva Silva, Nathanielle Leite Resende

INTRODUÇÃO: O uso da Carapa guianensis Aublet, conhecida popularmente como Andiroba, têm diferentes usos, tanto das partes vegetais como dos seus derivados. Esta é comumente usada por habitantes da região amazônica do Brasil, os quais buscam tratar e prevenir diversas enfermidades. Destaca-se as principais indicações do óleo da semente da andiroba: analgesia, anti-inflamatório e cicatrizante de feridas. OBJETIVO: Identificar na literatura evidências sobre o uso e a efetividade da Andiroba em feridas. METODOLOGIA: A Revisão integrativa da literatura foi realizada mediante a questão norteadora: Qual a efetividade do uso da Andiroba na cicatrização de feridas? Para a coleta de dados foi utilizado três recursos, sendo uma base de dados eletrônicas (LILACS- Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), uma biblioteca digital (Scielo- Scientific Electronic Library Online) e o portal Pubmed (que engloba o MEDLINE), no mês de Outubro e Novembro de 2018.Para a estratégia de busca foi utilizado as palavras chaves Andiroba AND Feridas (na Scielo e Lilacs) e Andiroba (no Pubmed).Os critérios de inclusão para a análise foram: texto completo; idioma português, inglês e espanhol e os critérios de exclusão foram artigos que não abordasse o uso da Andiroba em feridas, estudos de revisão, texto incompleto/ indisponível. A busca inicial de dados totalizou 50 publicações, após os critérios de inclusão e exclusão totalizou-se 7 artigos, porém 3 estudos estavam repetidos, restando assim 4 artigos para a análise. RESULTADOS: Foram totalizadas 4 publicações, após análise destas, observou-se que a utilização da andiroba em cicatrização de feridas foi satisfatória em três estudos, dois quais 2 utilizaram a andiroba via gavagem e 1 utilizou via tópica, e somente um artigo foi apresentado resultados não satisfatórios do uso. Os estudos que utilizaram a andiroba por via gavagem apresentaram os seguintes resultados: predomínio da angiogênese, intensidade da proliferação fibroblástica, maior formação de colágeno maduro, os mononucleares e os polimorfonucleares foram mais intensos. Já o artigo que obteve resultados positivos e utilizou por via tópica, apresentou redução do tamanho das feridas, ausência de dor local nas lesões, avançada epitelização, moderada proliferação de fibroblastos, acentuado deposição de colágeno, proliferação vascular moderada com infiltração discreta de Polimorfonucleares e Mononucleares e alta porcentagem da contração da ferida.Com relação ao estudo que utilizou o óleo da andiroba topicamente e que não apresentou resultados tão satisfatórios, mostrou os seguintes efeitos: retardo da contração e epitelização da ferida, crosta fibrino-leucocitária de maior tamanho e espessura, exsudato abundante nos 3 primeiros dias, edema e eritema. Desta forma, o grupo controle deste estudo que recebeu solução salina em suas feridas tiveram melhores resultados cicatriciais. CONCLUSÃO: Na maioria dos estudos foi verificado alta efetividade do uso da andiroba na cicatrização de feridas, porém faz-se necessário que mais estudos sejam realizados nesta área temática, principalmente voltado ao tratamento de feridas nos seres humanos, visto que os resultados apresentados nesta pesquisa, foram obtidos através da análise das feridas em animais, para que assim a utilização dessa substância no tratamento de feridas seja eficaz e seguro para seres humanos. PALAVRAS-CHAVE: Efetividade, Ferida, Cicatrização

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CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE FERIDAS EM

PACIENTES QUEIMADOS

Fabrícia Kelly Moura Dantas, Fernanda Nascimento Silva, Amália Beatriz da Conceição

Gomes, Fabiana Nayra Dantas Osternes, Maria Caroline Nunes da Silva,

INTRODUÇÃO: As queimaduras caracterizam um dos mais sérios traumas de pele.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), "as queimaduras

geralmente são causadas pelo contato direto com objetos quentes superaquecidos ou

incandescentes, mas podem também ser provocadas por substâncias químicas como

ácidos, soda cáustica e outros”. O tratamento das lesões por queimadura sempre foi um

grande desafio aos profissionais da equipe multiprofissional envolvida, tanto pela

complexidade das feridas quanto pela necessidade de cuidados intensivos. OBJETIVO:

O objetivo do trabalho é analisar a evolução do tratamento de feridas em pacientes

queimados e os principais parâmetros adotados para a melhora do quadro.

METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados da

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific

Electronic Library Online Brasil (SCIELO) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF)

realizada em novembro/2018 com os descritores treated and burned. Utilizou-se como

critérios de inclusão artigos na íntegra em espanhol, inglês e português, publicado nos

últimos cinco anos e que contemplasse o objetivo do estudo. Foram encontrados 140

artigos e após a análise com base nos critérios estabelecidos, obteve-se 7

artigos. RESULTADOS: Como seus resultados encontrados nos instrumentos

analisados, observa-se a atenção voltada para os parâmetros físicos e psicológicos do

paciente. Para Pinho et al. (2017), o manejo da dor em pacientes queimados é o maior

desafio enfrentado pela equipe multiprofissional, por se tratar de lesões em sua maioria

que afetam as terminações nervosas, requerendo a utilização de uma terapêutica

combinada com medicações analgésicas e medidas não farmacológicas para alcançar o

sucesso no manejo analgésico. O uso de antibioticoterapia no controle e prevenção de

infecções também possui muita relevância no tratamento segundo Ambrosini et al.

(2018), sendo usada como barreira de proteção contra sepse. O tipo de cobertura

utilizada nos curativos, levando em conta o grau da queimadura e características da

ferida foi observado por Gonzáles et al. (2013). Para Sanchez et al. (2017), um dos

fatores contributivos neste tratamento é o procedimento cirúrgico que viabiliza a evolução

da ferida através do desbridamento de tecidos necrosados existentes. O serviço de

nutrição ofertado no tratamento das feridas por queimadura apresentou grandes

resultados atrelados aos demais, sendo um potencializador do processo de cicatrização.

CONCLUSÃO: Conclui-se, diante dos resultados obtidos através da análise dos estudos

selecionados, que o tratamento de feridas em pacientes queimados está se tornando

viável dentro da realidade abordada, utilizando em sua maioria parâmetros acessíveis à

sua realização e passíveis a melhorias. Entretanto, para o aperfeiçoamento do tratamento

e acompanhamento ao paciente em questão torna-se necessário a implantação de

medidas sistematizadas que tragam a padronização do atendimento ao queimado, sendo

feita através do desenvolvimento de protocolos.

PALAVRAS-CHAVE: Tratamento De Queimados, Feridas, Queimaduras.

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AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE TÁTIL E VIBRATÓRIA NOS PÉS E EDUCAÇÃO EM

SAÚDE A PESSOAS COM DIABETES MELLITUS

Celiomária Alves Xavier, Luana Silva de Sousa;, Jessyca Fernanda Pereira Brito, Marcilia

Soares Rodrigues;, Amanda Karoliny Meneses Resende, Fabricia Araújo Prudêncio

INTRODUÇÃO: O pé diabético é definido como infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos devido a anormalidades neurológicas e da doença vascular periférica e é considerado como uma das complicações mais significativas e devastadoras do Diabetes Mellitus (DM) sendo a causa mais comum de amputação. OBJETIVO: Relatar a experiencia de graduandos de enfermagem em uma ação de educação e saúde e avaliação da sensibilidade tátil e vibratória de pessoas com DM. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem em uma ação de educação em saúde junto a pessoas com DM, além da avaliação da sensibilidade tátil e vibratória nos membros inferiores. Este estudo segue os preceitos legais da resolução 466/2012. Por se tratar de um relato de experiencia, não se faz necessária da certificação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram do estudo 30 indivíduos com DM com média de idade de 65,3 anos, predominou o sexo feminino com 73,3%. Em relação as alterações encontradas no exame físico e inspeção dos pés observou-se que 36,7% dos participantes não apresentaram alteração, enquanto 27,7% apresentavam onicomicose, 16,7% apresentavam calosidades, 10% fissuras e 20% corte inadequado das unhas. Vale ressaltar que alguns indivíduos apresentavam mais de uma dessas alterações. Das avaliações dos sapatos observou-se que 63,3% apresentavam no dia da avaliação sapatos inadequados. CONCLUSÃO: Desse modo, enfocam a educação em saúde como estratégia para o fortalecimento do usuário na tomada de decisão, e na mudança dos hábitos de vida e dos fatores modificáveis. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Saúde Coletiva; Diabetes Mellitus.

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QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM FERIDAS COMPLEXAS ATENDIDOS EM

AMBULATÓRIO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM

Andréa Pinto da Costa, Andressa Pinto da Costa, Bianca Maria de Oliveira Aguiar,

Nazaré de Maria Silvia Mendes, Valeria Maria Silva Nepomuceno, Grazielle Roberta

Freitas da Silva

INTRODUÇÃO: Intitula-se de ferida a ocorrência de lesão aberta no tecido cutâneo

(SQUIZATTO et al., 2017). Elas têm como principal característica o tempo prolongado de

cicatrização, as recorrentes infecções e as complicações associadas a doenças de base.

Além disso, ser portador de uma ferida crônica traz uma série de mudanças na vida do

indivíduo, tais como o isolamento social, a necessidade de adaptarem-se as sessões

diárias de curativos, as alterações na atividade física e deambulação, as abstenções

alimentares, o uso de medicamentos contínuos e, especialmente, fatores como

sobrecarga e esgotamento que são desenvolvidos pelos próprios pacientes e cuidadores,

podendo resultar em prejuízos psíquicos, como baixa autoestima, sentimento de

inferioridade e depressão. (BEDIN et al., 2014). OBJETIVO: Assim, o estudo teve como

finalidade avaliar os pacientes com feridas complexas e a relação existente com a

qualidade de vida desses e às características sociodemográficas dos participantes.

METODOLOGIA: Estudo correlacional descritivo. Desenvolvido em ambulatório

especializado no tratamento de feridas complexas, localizado em um Hospital no estado

do Piauí cuja coleta de dados ocorreu entre setembro de 2017 a março de 2018. A

população do estudo compreendeu pacientes com feridas complexas admitidos no

ambulatório de feridas. A amostragem foi não probabilística, por conveniência. Totalizou-

se 23 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos de idade, portadores de feridas

complexas (lesões por pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas) que estiverem

em consulta no ambulatório hospitalar no período de coleta de dados. Foram excluídos

do estudo aqueles com manifestações clínicas inadequadas (tais como rebaixamento do

nível de consciência e doença mental). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Sexo feminino

(56,5%), menor que 45 anos (30,4%) e entre 59 a 72 anos (30,4%). Ensino Fundamental

Incompleto. 47,8% casados, 73,9% pardos, 82,6% renda entre um salário a três salários

mínimo, 43,5% são donas de casa. 87% etiologia única, úlceras venosas 58,8% e 78,3%

uma ferida, dessas 70,6% membro inferior, 56,5% de recorrência única. Tempo de

duração de mais de 5 anos (43,5%). A cobertura mais usada é a Alginato de cálcio

(41,7%). Relataram nunca sentiram dor 26,1%, insônia 47,8%, coceira 34,8% e mau

cheiro 60,9%. Secreção raramente 26,1%. 39,1% nunca tiveram dificuldades de realizar

suficientemente as suas tarefas no trabalho. Ao perguntar se esforço físico era difícil

devido a doença 30,4% nunca. As atividades de lazer diminuíram 39,1% bastante. Subir

escada e prejuízo financeiro 39,1% replicaram sentir muita dificuldade.: 39,1% nunca

diminuíram suas atividades com outras pessoas, 34,8% sentiram bastante dependente de

outras pessoas, e 69,6% nunca se afastaram. Nunca sentiram sentimentos de ódio e fúria

(52,2%), ou depressão (43,5%), ou exaustão ou cansaço (43,5%), e ou

Desamparo/Abandono (73,9%). Tratamento nunca foi um peso (56,5%) e nunca

consumiu muito tempo (39,1%). 43,5% afirmaram estar bastante satisfeitos com sua

saúde geral, 60,9% muito satisfeito com o tratamento que estavam recebendo e 23,5%

bastante satisfeitos com a aparência da sua ferida. 65,2% não tinham hipertensão, 87%

não tinham diabetes. CONCLUSÃO: Conclui-se que as doenças complexas não

causaram grandes impactos na qualidade de vida dos pacientes acompanhados no

ambulatório.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Qualidade de Vida, Doença Crônica

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REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE UTILIZAÇÃO DE ALOE VERA EM QUEIMADURAS

Agostinho Antônio Cruz Araújo, Mayrla Karen Rodrigues Mesquita, Wellington Macêdo Leite, Maria Paula Macêdo Brito, Jaqueline da Cunha Morais, Grazielle Roberta Freitas

da Silva INTRODUÇÃO: A aloe vera, conhecida popularmente como babosa, vem sendo utilizada pela cosmetologia de forma abrangente, visto as diversas formas de apresentação encontradas, tais como: cremes, pomadas, loções, dentre outras. Além disso, ressalta-se sua utilização na antiguidade, neste mesmo viés dos cosméticos, os egípcios a utilizaram como forma de tratar queimaduras. Mesmo possuindo, principalmente, funções antimicrobianas e anti-inflamatórias, há controvérsias sobre sua utilização para cicatrização de queimaduras, uma vez que a sulfadiazina de prata por seu preço no mercado e eficácia, é a mais indicada nessa situação. OBJETIVO: Analisar na literatura as vantagens e desvantagens da utilização de aloe vera em queimaduras. METODOLOGIA: Revisão integrativa na literatura nas bases de dados SCOPUS, Web of Science e LILACS, aplicando-se dois descritores: “Aloe” e “Burns”. Ressalta-se que ambos os termos se encontram cadastrados simultaneamente no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical SubjectsHeadings). Foram incluídos artigos originais que foram publicados no recorte temporal de 2013 a 2018, ainda que estivessem no idioma português, inglês e espanhol. Foram retirados estudos que detalhassem aspectos farmacológicos da aloe vera, sem enfoque na cicatrização de queimaduras. Encontrou-se 18 estudos, entretanto, após leitura dos resumos e retirada de publicações repetidas, a amostra final resultou em 12 artigos. RESULTADOS: A aloe vera possui duas frações obtidas da extração de suas folhas: um exsudato amargo e um gel mucilaginoso. Este gel contém em sua composição acetil de manosa e seu polímero acemannan, estes servem como agentes viricidas, bactericidas e fungicidas. Ainda há presença da ligina, um composto que facilita a penetração na pele dos compostos mencionados anteriormente. Dessa forma, o uso de aloe vera promove uma melhor cicatrização de feridas em queimaduras de primeiro e segundo grau, além de promover maior alívio da dor. Também se nota que o processo de reepitelização acontece mais rápido na pele dos queimados. Assim, seu mecanismo pode ser explicado pelos efeitos de proliferação celular, inflamatórios e antimicrobianos. Contudo os danos da pele induzida por radiação solar ainda não existem evidências de efeito protetor. Ainda há vários relatórios de caso do desenvolvimento de reações dermatite e de hipersensibilidade em decorrência da aplicação tópica de Aloe vera. CONCLUSÃO: Dessa forma pode-se verificar que o uso do aloe vera contribui positivamente para o tratamento de lesões. Além disso, é imprescindível o trabalho do enfermeiro no desenvolvimento de novas tecnologias que favoreçam a cicatrização de feridas, principalmente quando associadas com produtos naturais, já que estes geralmente necessitam de um investimento menor e estão mais acessíveis a população.

PALAVRAS-CHAVE: Aloe, Queimaduras, Fitoterapia

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O USO TERAPÊUTICO DA SACAROSE NO TRATAMENTO CLÍNICO DE FERIDAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Ediney Rodrigues Leal, Edilberto da Silva Lima, Erika Layne Gomes Leal, Laíse Maria Formiga Moura Barroso, Mariluska Macêdo Lobo de Deus Oliveira, Gerdane Celene

Nunes Carvalho

INTRODUÇÃO: O tratamento clínico de feridas é realizado através da limpeza e cobertura da lesão, objetivando o restabelecimento da integridade do tecido e prevenir a colonização de outros microrganismos. São vários os tipos de curativo que ainda não têm utilização empírica. Dentre eles, destaca-se o açúcar, que tem seu uso registrado desde os primórdios de 1700 antes de Cristo, onde os egípcios aplicavam diariamente sobre as lesões uma combinação de mel e unguento cobertas com ataduras de pano fino, tendo um efeito bactericida. Levando em consideração a acessibilidade e o baixo custo do açúcar é importante os estudos que ratifiquem sua eficácia como curativo. OBJETIVO: Analisar os estudos publicados acerca do uso terapêutico da sacarose (açúcar) como cobertura primária de feridas. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo revisão de literatura. Realizado no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde/BVS em novembro de 2018, através dos descritores: Uso terapêutico and Sacarose and Feridas. Adotou-se como critério de inclusão artigos publicados na íntegra, disponíveis em português, sem restrição temporal. E como critérios de exclusão, artigos repetidos e que não contemplaram a temática a ser pesquisada. Obteve-se um universo de 51 artigos na busca e após a análise, com base nos critérios definidos, foram selecionados 05 artigos indexados nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE. RESULTADOS: Em um estudo com ratos, o açúcar mostrou-se eficaz como modulador da resposta inflamatória estimulando o organismo a combater o processo infeccioso, além de atuar na produção de colágeno que favorecia o processo de reparo tecidual. A principal premissa encontrada entre os artigos que estudaram o uso do açúcar em humanos, é sua funcionalidade como agente bacteriostático e bactericida, propiciando ao leito da ferida uma proteção contra a proliferação bacteriana e a destruição de alguns microrganismos. Indicando sua utilização como cobertura primária em feridas infectadas e exsudativas. No entanto, houve uma dicotomia quanto à concentração de açúcar utilizado e a periodicidade das trocas. Em alguns casos houve relato de ardência no local de aplicação, que iam de leve a intensa à dor causada. CONCLUSÃO: O açúcar não é atual no cenário de tecnologias em saúde, contudo ainda existem lacunas quanto a sua eficácia e seu mecanismo de ação no processo de reparo tecidual. Dessa forma, faz-se necessário investir em novos ensaios clínicos, abrangendo além das características da ferida, a visão holística do paciente observando fatores que podem interferir nos resultados objetivados. Ademais, vale ressaltar que o açúcar é um produto acessível a todas as classes sociais, sendo um tratamento alternativo e de baixo custo.

PALAVRAS-CHAVE: Uso Terapêutico; Sacarose; Feridas

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O USO DE TECNOLOGIAS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS

Sabrina de Oliveira Carvalho, Beatriz Barros de Vasconcelos, Ana Caroline Soares de Sousa, Roniel Barbosa da Silva, Iara Bezerra da Silva Ximenes, Brenda Kelly da Silva

Monte INTRODUÇÃO: Úlceras varicosas são lesões que se desenvolvem em membros inferiores relacionadas à insuficiência venosa persistindo por quatro semanas ou mais. Estas representam a forma mais prevalente e de difícil tratamento, afetam 1–3% da população com idade superior a 60 anos. Pacientes relatam dor, distúrbios do sono, odor, mobilidade prejudicada, imagem corporal alterada e decepção com o tratamento que leva ao isolamento social. OBJETIVO: Identificar na literatura evidências científicas sobre o uso de tecnologias na cicatrização de úlceras venosas e o papel do enfermeiro durante o tratamento. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura norteada pela questão: Quais as melhores evidências científicas acerca de tecnologias utilizadas no cuidado de úlceras venosas? Para isso realizou-se uma busca por estudos primários nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), MedLine (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica) e LILACS (Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando como critérios de inclusão: artigos originais disponíveis na íntegra, em português, inglês e espanhol. Foram excluídos relatos de casos, pelo baixo índice de evidência e grau de recomendação, capítulos de livros e dissertações/teses. RESULTADOS: Foram encontrados 25 artigos, resultando em 19 artigos após a aplicação dos critérios de exclusão. Posteriormente foi realizada uma leitura criteriosa dos resumos, resultados e conclusão, e foram elencados 10 artigos que atendiam ao objetivo da pesquisa. Destes, 01 artigo da base BVS, 01 da LILACS e 08 da MedLine. A partir do exposto nos estudos, verificou-se que no tratamento de úlceras varicosas, o enfermeiro exerce papel fundamental no cuidado direto e contínuo do processo de cicatrização. As tecnologias para o cuidado com melhores níveis de evidência incluem: a realização do curativo, terapia compressiva, orientações quanto à importância do repouso e uso de meias de compressão após a cicatrização. A terapia compressiva apresenta-se disponível de duas formas: a terapia elástica ou bandagem de longo estiramento, que consiste em um sistema de multicamadas, e terapia inelástica ou bandagem de curto estiramento, conhecida como Bota de Unna. Foram encontradas ainda fortes evidências sobre a Carboximetilcelulose, que é um polímero aniônico derivado da celulose, atuando como espessante, estabilizador, antiaderente, deslizante, retentor de água e controlador de elasticidade. A aplicação de fator de crescimento, como a vitronectina clínica de Boas Práticas de Fabricação apresenta fator de crescimento complexo capaz de estimular funções relevantes para a reparação de feridas in vitro, como a proliferação celular e migração, colaborando para redução consistente na área da superfície da ferida. CONCLUSÃO: Os dados apresentados nessa revisão demonstram diferentes tecnologias e suas contribuições para o tratamento de úlceras venosas e suas vantagens, além disso, pode-se afirmar a partir da literatura que, o processo de enfermagem aplicado como tecnologia permite aos enfermeiros a melhoria do cuidado prestado e facilita a tomada de decisão mediante o tratamento da úlcera varicosa, pois se baseia em evidências científicas, protocolo institucional e guidelines internacionais. PALAVRAS-CHAVE: Varicose Ulcer, Biomedical Technology, Wound Healing.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDA POR MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA

Reijane de Aquino Veloso, Shirley Santos Martins, Jeanine Porto Brondani, Bianca Lima e Silva, Leonor Garcia Mariano, Maricélia de Aquino Santana

INTRODUÇÃO: A malformação arteriovenosa (MAV) é uma alteração na formação dos vasos sanguíneos que pode se apresentar clinicamente de forma variada, em diversas regiões do corpo e em diferentes idades. As lesões que causam nos tecidos aumentam de forma proporcional ao crescimento do corpo, podendo predispor ao desenvolvimento de feridas. Essas malformações podem causar dor, edema, sangramentos, entre outros. O enfermeiro sendo um dos responsáveis pelos cuidados ao paciente portador de ferida, vem buscando estratégias de prevenção, avaliação e tratamento para o controle e abordagem desta, visando promover condições que favoreçam a cicatrização eficaz, e reduzam complicações. OBJETIVO: Este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência da enfermagem no tratamento de uma ferida por MAV na criança. METODOLOGIA: Relato de experiência acerca do acompanhamento uma criança de 10 anos no período de abril a junho de 2018, num hospital universitário da região nordeste. ANÁLISE: a lesão localizava-se no dorso do antepé esquerdo e no momento da internação apresentava intenso sangramento que estava sendo controlado com curativos compressivos. As primeiras intervenções foram embolizações que sem sucesso, a ferida teve piora e necessitou de desbridamento cirúrgico. Após, terapia de escolha foi placa de alginato de cálcio, para promover hemostasia, e posteriormente optou-se pela cobertura hidrocelular com adesivo de silicone devido a exsudação de moderada, o que favoreceu o processo de cicatrização. Dessa forma, foi possível a alta hospitalar no 39° dia sem queixa de dor, controle do sangramento e condição para deambulação. O cuidado de enfermagem nas feridas foi fundamental na medida em que possibilitou que a criança pudesse o mais rápido possível retornar às suas atividades. O acompanhamento da evolução da lesão, a realização dos curativos e as orientações junto dos familiares foi um trabalho que possibilitou um cuidado ampliado. CONCLUSÃO: Os cuidados de enfermagem relacionados a escolha adequada das coberturas bem como das pertinentes avaliações da ferida e o trabalho de educação dos familiares tiveram grande importância na melhora clínica da criança e no preparo para a alta com encaminhamentos, inclusive à atenção básica o que possibilitou a continuidade do tratamento. PALAVRAS-CHAVE: Cicatrização, Ferimentos E Lesões, Cuidados De Enfermagem

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DIAGNÓSTICO DE KÉRION CELSI

Reijane de Aquino Veloso, Shirley Santos Martins, Jeanine Porto Brondani, Mayara Dailey Freire Mendes, Geniara Rodrigues de Oliveira Soares, Juciene Monteiro Pereira e

Silva

INTRODUÇÃO: A Tínea Capitis é uma infecção fúngica superficial que atinge principalmente a haste e os folículos pilosos de crianças entre três e sete anos e sua transmissão acontece através de contato com animais infectados, solo, pessoa para pessoa e objetos contaminados. Sua apresentação clínica varia desde uma lesão descamativa não inflamatória até uma doença inflamatória com lesões eritematosas e descamativas com alopecia do tipo Kérion. O Kérion caracteriza-se por uma placa inflamatória, bem delimitada e dolorosa, com pústulas e abscessos com tendência supurativa que formam áreas cicatriciais fibróticas podendo determinar alopecia definitiva. OBJETIVO: Relatar a experiência da enfermagem na assistência a uma criança com diagnóstico médico de Kerion Celsi. METODOLOGIA: Relato de experiência sobre o acompanhamento de uma criança, internada na unidade pediátrica em um hospital da região nordeste do Brasil no período de setembro de 2018. ANÁLISE: A criança ao chegar estava muito assustada e não permitia aproximação. Tinha uma lesão extensa no couro cabeludo, ulcerada, com secreção purulenta e sem sangramento ativo, sendo tratada com soro fisiológico a 0,9% e papaína gel 2% com troca diária. Após quarenta e oito horas optou-se pelo uso do melolin e óleo rico em ácidos graxos essenciais (AGE) e a técnica do brinquedo terapêutico instrucional (BTI). Os cuidados de enfermagem nas feridas, em quaisquer níveis de complexidade, devem resgatar a responsabilidade de manter a observação intensiva com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o surgimento da ferida ou interfiram no processo de cicatrização. Para tanto, é necessária uma visão clínica que relacione aspectos nutricionais, infecciosos, medicamentosos e, sobretudo, o rigor e a qualidade do cuidado educativo e emocional, destacado na importância da associação brinquedo terapêutico quando a criança pode melhor compreender a situação, aprender e também reduzir o medo. As intervenções de enfermagem, neste caso, foram pautadas no controle da dor física e emocional, e uso de diferentes coberturas para tratar a lesão além das realizações do curativo. As sessões de BTI eram realizadas antes da troca do curativo, o que favoreceu a participação da criança e da família nos cuidados. CONCLUSÃO: O cuidado além da técnica transformou uma experiência traumática e dolorosa, de uma família emocionalmente abalada em um novo cenário, a partir dos resultados obtidos com a melhora da lesão, gerando esperança de reparação capilar, evidenciando que a avaliação realizada pelos enfermeiros constitui um processo indispensável no tratamento de feridas.

PALAVRAS-CHAVE: Cicatrização, Lesões E Feridas, Cuidados De Enfermagem

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PÉ DIABÉTICO: INTERVENÇÃO A CERCA DA IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DOS PÉS

Iralice Leite Lima, Alan Jefferson Alves Reis, Paulo Sérgio da Paz Silva Filho, Emanuella dos Santos Alencar, Francisco Wellyson Ribeiro de Andrade, Anna Katharinne Carreiro

Santiago

INTRODUÇÃO: O pé diabético é definido como infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos, associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores. Essa patologia consiste em uma das complicações crônicas do Diabetes Mellitus, sendo a causa mais comum de amputações não traumáticas em membros inferiores. OBJETIVO: Descrever a experiência de discentes na participação de uma atividade educativa sobre diabetes. MÉTODOS: estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado por discentes do sétimo semestre do Curso de Enfermagem, na disciplina Estomaterapia, em uma atividade educativa em alusão ao novembro Azul de combate à diabetes, no município de Teresina. A atividade incluiu anamnese, exame físico dos pés e avaliações de sensibilidade tátil e de pressão por meio do uso de monofilamento e de vibração por meio do uso do diapasão. RESULTADOS: A atividade iniciou-se com a anamnese, realizada com o auxílio de um questionário, o qual contemplou a situação pregressa e atual do paciente, além dos dados oriundos do exame físico, onde avaliou-se minuciosamente cada parte do pé do paciente. Destacamos ainda as orientações sobre higiene e cuidados com os pés, bem como o tipo ideal de calçado, visto que são fatores predisponentes para o desenvolvimento do pé diabético. Por fim, realizou-se o teste de sensibilidade com monofilamento e o teste de vibração com o diapasão, os quais evidenciaram que algumas das pessoas apresentavam graus variados de diminuição da sensibilidade. Por meio dos discursos de muitas dessas pessoas, pode-se perceber a negligência em relação ao cuidado com o pé, ao desconsiderarem a avaliação dos pés uma rotina. Ademais, proporcionou reflexões positivas aos discentes, à medida que contribuiu para formação acadêmica, uma vez que ações de promoção e prevenção de saúde reduzem os quadros de morbimortalidade relacionados à doença. CONCLUSÃO: A educação em saúde voltada para a avaliação dos pés é um dos fatores que contribui para a prevenção do pé diabético, uma vez que promove uma avaliação integral do paciente. Nota-se a importância de intensificarem-se ações como essa, visto que a avaliação do pé diabético ainda não se instituiu como rotina.

PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde, Pé Diabético, Enfermagem

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AMBULATÓRIO DE ENFERMAGEM PARA PORTADORES DE FERIDAS COMPLEXAS DE UM HOSPITAL ESCOLA: RELATO DE VIVÊNCIAS ACADÊMICAS

Ellen Adria Soares Monteiro, Nazaré de Maria Silvia Mendes, Mariany Gomes de Sousa Marques, Francisca das Chagas Sheyla Almeida Gomes Braga, Ana Carolina Floriano

Moura, Grazielle Roberta Freitas Silva

INTRODUÇÃO: O aparecimento de lesões na pele está associado a fatores extrínsecos como traumas externos ou por fatores intrínsecos que são predominantemente associados a alguma comorbidade (diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, neoplasias, vasculopatias, vício em álcool e tabagismo, dentre outras). Isso porque o aumento da expectativa de vida e do envelhecimento estão diretamente relacionados à prevalência de doenças crônicas na população, deixando as pessoas mais suscetíveis a desenvolverem feridas complexas de difícil cicatrização. No atendimento ambulatorial, o enfermeiro deve ter atenção na escolha apropriada da cobertura ideal: aquela que promoverá o conforto e o bem-estar ao paciente e celeridade no processo de cicatrização, além de ter um olhar clínico, relacionando custo benefício, com vistas a prestar uma assistência de qualidade. OBJETIVO: Relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem em um ambulatório de cuidados a feridas complexas de um hospital escola. MÉTODO: Relato de experiência vividas por seus autores durante atividades desenvolvidas no ambulatório de feridas, de um hospital escola de Teresina, Piauí, sob auxílio e supervisão das duas enfermeiras assistentes do ambulatório de estomaterapia. As atividades foram realizadas nos meses de janeiro, fevereiro, março e julho de 2018. O ambulatório atende em média 50 pacientes mensalmente e 10 pacientes por dia. RESULTADOS: Durante as atividades realizadas foi possível o entendimento acerca do fluxo de funcionamento e organização do ambulatório. Foram realizadas consultas de enfermagem de admissão e de continuidade do tratamento dos pacientes, análise dos registros dos atendimentos da semana e das consultas realizadas do dia, com informações sobre os tipos de feridas, avaliações, cobertura e produtos utilizados no tratamento. Pôde-se aprofundar conhecimentos sobre o processo cicatricial e das características dos diversos tipos de lesões existentes e a importância de definir um plano terapêutico adequado e a escolha do material apropriado para a realização do curativo, visando à escolha da melhor cobertura, além do aprimoramento da técnica para a realização do procedimento. As coberturas mais utilizadas foram: bota de Unna (em úlceras vasculogênicas), alginato de cálcio (em feridas sangrantes ou com exsudato moderado), hidrogel (em feridas com tecido necrosado), carvão ativado (em feridas infectadas), colagenase (para desbridamento de tecido necrosado) e gazes rayon e AGE (em feridas granuladas). CONCLUSÃO: Essa vivência permitiu a compreensão acerca da importância do ambulatório de feridas complexas, bem como, o papel do enfermeiro nesse processo, que vai além de realizar o curativo, mas envolve capacitação técnico científica do profissional, o gerenciamento do custo-eficácia do curativo e promoção do autocuidado e da qualidade de vida desses indivíduos. Isso prova, mais uma vez, a importância do profissional enfermeiro para a saúde da população.

PALAVRAS-CHAVE: Ambulatório, feridas, enfermagem

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DIABÉTICOS COM LESÕES EM MEMBROS INFERIORES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Monyelly da Silva Castro, Thayanne de Sousa Freitas, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Micharléia Maria Silva do Nascimento, Alan Jefferson Alves Reis, Ana Carolina

Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: A Diabetes Mellitus (DM) é caracterizada por elevados níveis de glicose no sangue, decorrente de falha na produção e/ou incapacidade da insulina em desempenhar adequadamente suas funções. Esta doença crônica causa diversas outras complicações, sendo uma das mais frequentes as lesões em membros inferiores, o qual ocorre quando uma área lesionada ou infeccionada nos pés desenvolve a úlcera. A assistência de enfermagem nestes casos faz-se necessária a fim de identificar, avaliar e prevenir possíveis alterações nesses pacientes, direcionando-os devidamente sobre os cuidados e fatores de risco da patologia. OBJETIVO: Identificar e avaliar as publicações científicas quanto a assistência de enfermagem oferecida a pacientes diabéticos com lesões em membros inferiores. METODOLOGIA: Utilizou-se as bases de dados Lilacs, Bdenf e Medline através dos seguintes descritores “Pé diabético”; “Assistência de enfermagem”; “Diabetes Mellitus”, em busca a responder à questão norteadora “Quais as evidências científicas disponíveis acerca da assistência de enfermagem oferecida à pacientes diabéticos com lesões em membros inferiores?”, desenvolvida com base na estratégia de PICO. Foi realizado critérios de inclusão e exclusão resultando no total de 75 artigos, dentre os anos de 2005 a 2016. Após realizar leituras analíticas de artigos publicados em língua portuguesa, totalizou-se a seleção de 16 produções. RESULTADOS: Pacientes acometidos com DM necessitam diariamente controlar o seu nível glicêmico, a fim de atenuar possíveis complicações. Porém, não conseguem seguir o tratamento adequadamente, por não abdicarem da importância de conviver bem com a doença, consequentemente gera o pé diabético. Esse quadro patológico ocasiona a limitação do membro, atenua a qualidade de vida, eleva custo de hospitalização, gera desgaste emocional e mortalidade precoce. Decorrente disso, a assistência de enfermagem possui papel relevante para o paciente pé diabético, porém, ainda é considerado ineficaz, decorrente do atendimento mecânico, sem obter uma abordagem integral, pois o cliente encontra-se vulnerável físico e emocionalmente, necessitando de um cuidado diferenciado, a fim de manter ativamente as necessidades do mesmo e promover o autocuidado. CONCLUSÃO: Os profissionais de enfermagem necessitam engajar-se na assistências e orientação dos indivíduos, através da promoção do autocuidado, elaboração e implantação de estratégias educativas (cartilhas), escuta, empatia, no fornecimento de informações adequadas, ocasionando um olhar criterioso para a integralização do cuidado e gerando vínculo, auxiliando para adesão contínua da prevenção ou tratamento do pé diabético. PALAVRAS-CHAVE: Pé diabético, Assistência de enfermagem, Diabetes Mellitus.

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UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS

Maria Lidiana Alencar de Lima Rodrigues, Nisleide Vanessa Pereira das Neves, Alciomara Teles Gomes, Gleiciane Costa, Amparo Cristiane Alves de Oliveira, Izabel

Luiza Rodrigues de Sosua Viana

INTRODUÇÃO: A utilização de fitoterápicos pode facilmente ser compreendida como uma técnica milenar, estando historicamente presente na sabedoria do senso comum, aliando cultura e saúde, uma vez que esta prática não incide isoladamente, mas em um conjunto histórico verificado. Na cicatrização de feridas, sua utilização é mencionada desde a pré-história, quando eram utilizadas plantas e extratos vegetais, na forma de cataplasmas, com o objetivo de estancar hemorragias e favorecer a cicatrização, sendo muitas dessas plantas ingeridas, para atuação em via sistêmico. OBJETIVO: verificar na literatura cientifica artigos disponíveis acerca da utilização de fitoterápicos na cicatrização de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, conduzidas a partir do método de PICo, onde P= população, I= intervenção, Co= contexto. Os dados foram coletados nas bases de dados da National Library of Medicine (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF). Os descritores utilizados para pesquisa foram consultados nos Descritores em Ciências da Saúde sendo eles: “herbal medicine”, “healing”, “treatment”, “wounds” no idioma português e inglês. A expressão geral de busca foi “herbal medicine” AND “healing” OR “treatment” AND “wounds”, foi utilizada uma segunda expressão para expandir a busca: “herbal medicine” AND “healing”. Os critérios de inclusão foram artigos completos publicados em periódicos nacionais e internacionais relacionado à temática, nos anos de 2010 á 2018, no idioma inglês, português e espanhol. Excluídos do estudo os artigos de revisão integrativa, duplicados e que realizaram animais no estudo. RESULTADOS: Após a aplicação dos critérios preestabelecidos a amostra resultou em 3 (três) artigos da base de dados da MEDLINE no idioma inglês. Observou-se nos estudos a confirmação das propriedades de cicatrização de feridas por plantas medicinais, no entanto são poucas utilizadas e conhecidas pelos profissionais. Percebeu-se que a população que mais utiliza os fitoterápicos de forma empírica para cicatrização de lesões são os idosos e com isso cabe ao profissional de enfermagem aprimorar seus conhecimentos na área e com isso desenvolver estratégias para prestar um cuidado integral. CONCLUSÃO: Existe uma variedade de plantas medicinais para cicatrização de feridas, no entanto há poucos ensaios clínicos sobre o tema na literatura por conta disso propõe-se a publicação de estudos sobre o tema para analisar a citoxicidade e os extratos bioativos para cicatrização de feridas. PALAVRAS-CHAVE: Ervas medicinais, Fitoterapia, Cicatrização, Feridas.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA

Alciomara Teles Gomes, Nisleide Vanessa Pereira das Neves, Gleiciane Costa, Maria Lidiana Alencar de Lima Rodrigues, Adriana Maria Costa da Silva, Maria Tamires Alves

Ferreira INTRODUÇÃO: Dentre as doenças onco-hematológicas de maior prevalência estão a leucemia e o linfoma, onde o principal tratamento destas doenças é a quimioterapia que afeta tanto as células neoplásicas quanto as células normais. Entre os efeitos adversos da quimioterapia têm-se as toxicidades não hematológicas, que incluem as toxicidades gastrointestinais, pulmonares, cardíacas, hepáticas, neurológicas, renais, vesicais, dermatológicas, disfunções reprodutivas, alterações metabólicas, reações alérgicas e a fadiga, enquanto há também as toxicidades hematológicas, que compreendem a leucopenia, anemia, trombocitopenia e neutropenia febril. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do Curso de Bacharelado em Enfermagem no cuidado ao paciente com integridade da pele prejudicada relacionada à quimioterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência subsidiado na vivência de acadêmicas de Enfermagem durante o cuidado domiciliar a um paciente com flebite grau IV em membro superior esquerdo decorrente dos efeitos adversos da instalação de quimioterápicos em acesso venoso periférico. RESULTADOS: Os planejamentos de enfermagem realizados pela as acadêmicas auxiliaram no processo do cuidado ao elaborar estratégicas que possibilitaram a cicatrização da lesão e adaptação a atividades de vida diária. Foram realizadas orientações ao paciente e a família quando aos cuidados com a pele e curativo, nutrição adequada e higiene corporal de forma a promover uma melhor qualidade de vida. As habilidades adquiridas pelos acadêmicos foram conhecimento prático acerca da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, manejo com curativos e coberturas. CONCLUSÃO: Com o estudo foi possível realizar os cuidados de enfermagem ao paciente com integridade da pele prejudicada devido ao uso de quimioterápicos, onde se percebeu a importância das orientações sobre os cuidados com a pele antes e após a instalação de quimioterápicos para com isso minimizarem os efeitos causadores de flebite. PALAVRAS-CHAVE: Pele, Flebite, Cuidados de Enfermagem.

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INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM PÉ DIABÉTICO NO PIAUÍ

Alana Wendel de Moura Gonçalves

INTRODUÇÃO: O pé diabético é uma alteração da sensibilidade dos membros inferiores surge de forma assintomática, o que prejudica ainda mais os cuidados representando um grande problema de saúde pública e uma das complicações que mais afetam pacientes com Diabetes Mellitus (DM). OBJETIVO: Levantar as internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pé diabético complicado no Estado do Piauí entre o período de 2012 a 2017. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, retrospectivo, de abordagem quantitativa. Foram utilizados dados secundários provenientes do DATASUS compreendendo todos os casos de internações para tratamento do pé diabético complicado, compreendendo o período de 2012 a 2017 no Piauí. RESULTADOS: Houve um total de 655 internações, sendo a maioria no ano de 2017 (n=208) e a minoria em 2012 (n=76). Em 2013 o número de internações foi 81, já em 2014 (n=61), seguida de 2015 (n=97), 2016 (n=132). Evidenciou-se que houve aumento considerável no número de internações nos últimos 2 anos, ocasionando gastos públicos e este nos últimos 5 anos foram no valor de 262.391,11. Esse fato estar relacionado ao aumento da urbanização, envelhecimento, os maus hábitos alimentares, ao pouco conhecimento no cuidado ao paciente com DM e sedentarismo. CONCLUSÃO: Conclui-se que a prevenção, conhecimento e educação em saúde da população é necessário para evitar complicações e gastos com essa patologia. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Pé diabético. Internação. Hospital.

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ESTILO DE VIDA DO PACIENTE COM ÚLCERA VENOSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA BRASILEIRA

Maria Hamanda Cardoso Saraiva, Sayure Gabrielle Alves da Silva, Krislei Mara Nunes

Freitas, Kelly Karine Machado de Andrade, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: As úlceras venosas são lesões crônicas relacionadas com a hipertensão venosa dos membros inferiores, em decorrência de refluxo ou obstrução no retorno venoso. Provocam diversas modificações no estilo de vida do paciente, tais como nas atividades diárias e também alterações de aspecto emocional, desenvolvendo sentimentos como tristeza, constrangimento e prejuízos na autoimagem. OBJETIVO: Identificar na literatura as publicações relacionadas ao estilo de vida de pacientes com úlcera venosa. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão do tipo integrativa da literatura, utilizou-se a estratégia PICO para definição da seguinte questão norteadora: “Quais as evidências científicas disponíveis na literatura relacionadas ao estilo vida do paciente com úlcera venosa?” Foram utilizadas as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde LILACS e SCIELO. Para selecionar os estudos, foram empregados os descritores controlados: “Úlcera Venosa”, “Paciente com úlcera”, “estilo de vida”. Estabeleceu-se como critério de inclusão, artigos disponíveis na língua portuguesa, a partir de 2009, e que se responde à questão norteadora. Com a busca foram encontrados 90 artigos, dos quais foram aplicados os critérios de inclusões, e posterior leitura de resumos e análises de conteúdo, obteve-se como resultado 8 estudos. RESULTADOS: Com base nesses estudos, ficou evidente que as úlceras venosas são consideradas um relevante problema de saúde pública, visto que, afeta de modo expressivo, a produtividade e a qualidade de vida das pessoas acometida por esta afecção. Dentre as alterações mais significantes, destacam-se o aspecto físico e a capacidade funcional, evidenciadas pela limitação das atividades diárias. Os fatores estéticos também afetam significativamente o modo de vida do cliente, uma vez que a maioria faz uso de atadura, meias e outros dispositivos. Além do fator visual, o odor exalado pela ferida, o afasta do convívio social. Consoante a isso, considerando que a úlcera venosa é uma patologia crônica, e recorrente, é imprescindível que a assistência ao paciente com esta afecção deva envolver um diagnóstico precoce, equipe interdisciplinar, conhecimento especifico e habilidade técnica, que promova educação permanente e participação do paciente e da família, garantindo assistência integral e de qualidade. CONCLUSÃO: Nesse contexto, observa-se a importância da atuação de uma equipe interdisciplinar para reconhecer as características dos pacientes com úlcera venosa, seus aspectos clínicos, físicos e socioeconômicos, para que a elaboração e execução do cuidado garanta uma assistência integral ao paciente. PALAVRAS CHAVES: Úlcera Venosa; Paciente com úlcera; Estilo de vida.

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TRATAMENTO DE LESÃO EM PÉ DIABÉTICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Dannyel Rogger Almeida Texeira, Isabela Soares do Rêgo Pacheco, Lorena Magalhães Chaves, Thayla Lohanna Pinto Garcia

INTRODUÇÃO: Feridas acometem a população de forma geral, independente de gênero, idade ou etnia, determinando um alto índice de pessoas com alterações na integridade da pele, causando elevados custos financeiros, tanto ao indivíduo acometido, quanto à instituição de saúde, sendo assim, um problema de saúde pública. O pé diabético define-se como a entidade clínica de base etiopatogênica neuropática, induzida pela hiperglicemia sustentada, em que, com ou sem coexistência de doença arterial periférica (DAP) e com prévio traumatismo desencadeante se produz ulcerações de pé. Existem dois tipos de pé diabético, o neuropático, que consiste em cerca de 65% dos casos, e o neuroisquémico, 35% dos casos. OBJETIVO: Este relato tem como objetivo apresentar as experiências e as atividades vivenciadas durante o estágio supervisionado da disciplina Enfermagem Básica, com a utilização de técnicas paliativas para o tratamento de um pé diabético. METODOLOGIA: Utilizou-se o diário de estágio para registro dos procedimentos, a observação estruturada (pesquisador participante), a consulta do prontuário do paciente, participação nas atividades clínicas e cuidados paliativos da lesão do pé do paciente. RESULTADOS: O paciente de iniciais E.A.S, procurou o Hospital da Primavera na cidade de Teresina, para a realização do tratamento de lesão em pé diabético, dando início ao seu tratamento, foram realizados curativos semanalmente durante um mês, utilizando a papaína a 10% como primeira opção de tratamento, após decorrido o mês do tratamento somente com papaína optou-se pela utilização de colagenase (0,6U/g) + cloranfenicol (0,01g/g). Os curativos eram realizados inicialmente com a lavagem do pé com soro fisiológico 100ml, em seguida utilizou-se gazes, para a limpeza do exsudato e aplicação da colagenase aonde existia tecido de granulação, permanecendo a utilização da papaína nas bordas do ferimento. Como cobertura secundária utilizou-se gaze seca, mantendo dessa forma a sensibilidade local à manipulação e coberto com ataduras. O paciente E.A.S reagiu ao tratamento com a papaína associada a colagenase (0,6U/g) + cloranfenicol (0,01g/g), como esperado, dado as propriedades das coberturas utilizadas, notou-se que com o tratamento formou-se tecido de granulação havendo uma diminuição do exsudato e uma melhora significativa da lesão. O paciente foi orientado a realizar a troca do curativo duas vezes ao dia, retirando a atadura e limpando a lesão, para reaplicação da papaína nas bordas. CONCLUSÃO: Após a análise da lesão concluiu-se que o autocuidado nesse caso específico foi fundamental para a cicatrização da lesão, pois associado as coberturas adequadas, com a limpeza diária, uma nutrição balanceada foi adotada, levando o mesmo a perceber que sua participação é fator preponderante para a evolução do tratamento. PALAVRAS-CHAVE: Complicações do Diabetes, Pé Diabético, Úlcera

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ANÁLISE DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS ENFERMEIROS NA TERAPIA INTENSIVA NA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO: REVISÃO DE

LITERATURA

Micharléia Maria Silva do Nascimento, Maria das Dôres de Paula dos Santos, Juliana de Morais Araújo, Monyelly da Silva Castro, Michelly Gomes da Silva

INTRODUÇÃO: A lesão por pressão (LPP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente, sobre uma proeminência óssea, ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. É um problema para o sistema de saúde mundial, pois acarreta forte impacto social e econômico, comprometendo a qualidade de vida da população, elevando os indicadores de morbimortalidade e os custos hospitalares. Além disso, demanda maior dispêndio da força de trabalho de enfermagem, aplicado em cuidados para resolver situações preventivas. Desse modo, acredita-se que o enfermeiro deve qualificar-se para a prevenção e tratamento dessa ocorrência, mantendo enfoque nos fatores determinantes e condicionantes que interferem no cuidado do paciente grave susceptível às LPP. OBJETIVO: Analisar as ações desenvolvidas pelo enfermeiro na prevenção da lesão por pressão nas Unidades de Terapia Intensiva. MÉTODOLOGIA: A pesquisa foi realizada através de revisão de literatura, do tipo integrativa. Realizou-se a busca de artigos acerca da análise das ações desenvolvidas pelos enfermeiros na terapia intensiva na prevenção da lesão por pressão, utilizando os dados disponibilizados na Biblioteca Virtual de Saúde – BVS, Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Periódicos da Capes e Scientific Electronic Library Online (SCIELO) utilizando os seguintes descritores: cuidados de enfermagem, lesão por pressão e terapia intensiva, considerando pesquisas publicada nos anos de 2013 à 2018. Foram encontrados 16 artigos passando pelo processo de análise, e o final 10 foram selecionados por abordarem a temática com mais detalhe. RESULTADOS: A utilização de protocolos de prevenção de LPP, campanhas de prevenção e a escala de Braden, aprimoram os procedimentos em pacientes internados e com risco de desenvolvimento para LPP, foram as principais ações evidenciadas nos estudos da literatura. Foi observado que o uso correto da Escala de Braden usadas pelo enfermeiro reduz a variação da avaliação de risco, porém, é necessário um treinamento inicial e depois periódico com os profissionais de enfermagem, visando evitar e corrigir diferenças, erros e discordâncias na escolha dos escores. Foi constatado ainda que a construção e a implementação de um protocolo com um conjunto de recomendações para a prevenção de LPP influenciou a prática dos profissionais de enfermagem de uma UTI, pois, na fase após a utilização do protocolo, as ações preventivas foram realizadas com maior frequência, entre elas: higienização durante o banho no leito, hidratação da pele e inspeção em proeminências ósseas nas regiões da cabeça, tronco anterior e posterior. Ressalta-se que foi utilizada a Escala de Braden em todas as avaliações. CONCLUSÃO: O conhecimento das medidas preventivas e das características da lesão por pressão deve fazer parte do conhecimento de todos os profissionais da área de enfermagem, já que são agravos que podem ser evitados. Planejar intervenções efetivas, a partir da criação de protocolos de prevenção e capacitação adequada se torna importante, na busca pela melhoria da qualidade da assistência de enfermagem. As campanhas realizadas para prevenção da LPP pode ser uma estratégia efetiva para estimular os profissionais de enfermagem a aderir a novas medidas, bem como aperfeiçoar as existentes. PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de enfermagem, Lesão por pressão, Terapia intensiva

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ANÁLISE SOBRE A EFICIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DO AÇÚCAR E DA CAMOMILA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS CUTÂNEA

Isabela Soares do Rêgo Pacheco, Dannyel Rogger Almeida Texeira, Lorena Magalhães Chaves, Maurício Barbosa Salviano, Thayla Lohanna Pinto Garcia

INTRODUÇÃO: O açúcar é muito utilizado por pessoas leigas para ajudar na cicatrização de feridas. Após algumas pesquisas, esta técnica tem se mostrado eficaz, com boa tolerância, menor tempo do tratamento, baixo custo e fácil aplicação, além da comprovada ação bactericida. Outro produto vegetal com potencial cicatrizante é a Matricaria recutita, popularmente conhecida como camomila apresenta efeito calmante, anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante. OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo analisar o efeito do açúcar e da camomila (Matricaria recutita) utilizados em associação em feridas cirúrgicas cutânea experimentalmente induzida em camundongos (Mus musculus domesticus). METÓDOS: Para realização deste trabalho foram utilizados 40 camundongos (Mus musculus domesticus), onde foram submetidos a uma incisão cirúrgica cutânea de 1 cm e aleatoriamente distribuídos em quatro grupos (10/grupo), sendo: G1, o grupo controle; G2, o grupo que recebeu o tratamento com o açúcar cristal associado a carboxilmetilcelulose (gel para ultrassom); G3, o grupo que recebeu o tratamento com a camomila em forma de pasta com associação de carboxilmetilcelulose (gel de ultrassom), por fim o G4, que recebeu o tratamento com açúcar cristal associado a camomila em forma de pasta com associação do gel para ultrassom. RESULTADOS: O estudo demonstrou que a utilização do açúcar comparado com as outras coberturas testadas prevaleceu, por ter um efeito bactericida, auxiliar na redução do exsudato, contribuir com a desidratação da parede bacteriana e aceleração da formação do tecido de granulação, bem como a questão socioeconômica é bem mais viável, de fácil aplicação e por atuar como inflamatório. CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o açúcar utilizado isoladamente é mais efetivo na cicatrização de feridas cirúrgicas cutâneas em camundongos (Mus musculus domesticus) que a própria camomila ou em associação com ela. PALAVRAS-CHAVE: Açúcares, Camomila, Cicatrização

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A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO: REVISÃO DE LITERATURA

Micharléia Maria Silva do Nascimento, Juliana de Morais Araújo, Mauricio Almeida Morais, Elayne Kelly Sepedro Sousa, Monyelly da Silva Castro, Michelly Gomes da Silva.

INTRODUÇÃO: Lesão por pressão (LPP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato (SOBEST,2016). Geralmente localizada na região das proeminências ósseas, que além de ocasionar dano tissular, pode provocar inúmeras complicações e agravar o estado clínico de pessoas com restrição na mobilização do corpo. No Brasil, as LPP acometem a população de forma geral, independente de sexo, idade ou etnia, determinando um alto índice de pessoas com alterações na integridade da pele, constituído assim, um sério problema de saúde pública. Apesar de ser um tema de grande atenção no âmbito do cuidado de enfermagem, estudos mostram que a incidência e prevalência mundial permanecem elevadas, fato que comprova a necessidade de novas pesquisas com visão para aperfeiçoamento de medidas preventivas e no tratamento. OBJETIVO: Avaliar a importância da assistência de enfermagem no tratamento e prevenção da LPP. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada através de revisão de literatura, do tipo integrativa dentre 10(dez) artigos científicos acerca da importância da assistência de enfermagem ao tratamento e prevenção da LPP, indexado nas bases de dados da Literatura Latino Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), utilizando os seguintes descritores: enfermagem, prevenção e LPP. RESULTADOS: Com análise dos artigos abordados foi possível avaliar que as ações qualificadas em aderir novos conhecimentos, novas tecnologias e programar as medidas de prevenção tais como mudança de decúbito, uso de coxins, hidratante e massagem corporais realizadas pela equipe de enfermagem serão definidoras para a realização das medidas preventivas e ao tratamento da LPP. Ainda assim verifica-se que a incidência das lesões permanece elevadas, fato que comprova a necessidade de uma assistência cada vez mais qualificada. CONCLUSÃO: As revisões literárias para o presente estudo revelaram que a enfermagem obtém um papel fundamental ao que se refere ao cuidado na prevenção e tratamento das LPP, sendo responsável por uma anamnese minuciosa eliminando os fatores de risco, educação continuada á toda equipe, executando as ações de prevenção evitando complicações mais graves. A assistência de enfermagem possui grande importância para a execução de uma educação continuada da equipe envolvida, bem como correta alocação da mesma, para que em tempo, possam identificar os fatores de risco desenvolvendo os cuidados terapêuticos aos pacientes acamados ou aqueles que precisam de auxílio para se movimentar. Além do trabalho da assistência de enfermagem, faz-se necessário o acompanhamento multidisciplinar na prevenção da LPP. PALAVRAS-CHAVE: Assistência de Enfermagem, Prevenção, Lesão por Pressão.

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USO DE FOTOTERAPIA COMO UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA PARA TRATAMENTO DE ÚLCERAS DE PERNA EM DIABÉTICOS

Dinalea da Silva Cruz, Alan Jefferson Alves Reis, Rosana de Oliveira Pereira, Lucília Graziele Rodrigues de Oliveira, Ana Regina Machado Nunes, Paulo Sérgio da Paz Silva

Filho

INTRODUÇÃO: A diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue, devido à atuação ineficaz da insulina, que é o hormônio responsável por baixar a glicemia no sangue. A diabetes pode provocar desordens degenerativas, devido a macro e/ou microangiopatia e neuropatia, fatores esses que favorecem o surgimento das úlceras de perna e que retardam a apresentam cicatrização delas, justificando a busca de novas condutas terapêuticas. Nos últimos anos, a fototerapia vem destacar-se como método bioestimulador para o reparo tecidual, que aumenta a circulação local, proliferação celular e síntese de colágeno. Diversos estudos clínicos avaliaram a fototerapia no tratamento em vários tipos de úlceras crônicas, mas diferem quanto aos tipos e dosimetrias utilizados (comprimento de onda, potência, intensidade), que geram ceticismo da real eficácia na cicatrização tecidual. OBJETIVO: Diante isso o presente estudo objetivou analisar o benefício do uso de fototerapia como uma alternativa terapêutica para tratamento de úlceras de perna em diabéticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com abordagem descritiva, com caráter qualitativo. A pesquisa foi realizada em bases de dados científicos “SCIELO”, “SCIENCE DIRECT” e “PUBMED”, utilizou os descritores “Fototerapia”; “Úlcera”; “Tratamento” e “Diabético” indexados no DeCS, em português e inglês, com recortes temporais de 2013 a 2018. O estudo foi iniciado em agosto de 2018, com término em outubro de 2018. Dentro dessas buscas foram encontrados 188 artigos, porém, após a exclusão de achados duplicados, incompletos e indisponíveis na integra, 5 artigos foram incluídos na revisão, onde possuíam os descritores inclusos no tema e/ou resumo e foram incluídos porque melhor se enquadraram no objetivo proposto. RESULTADOS: O diabetes mellitus é uma doença ocasionada por diversos fatores, onde desenvolve gerando várias complicações desencadeadas pelo macro e microangiopatia e/ou pela neuropatia, acometendo diversos órgãos como rim, retina, coração e pele. Essas desordens associadas às comorbidades como insuficiência venosa crônica e hipertensão arterial sistêmica, elevam a probabilidade no aparecimento de úlceras de perna. A cicatrização das úlceras constitui-se de uma sequência biológica complexa que envolve processos celulares e moleculares, como inflamação, formação tecidual (angiogênese, fibrogênese e reepitelização) e remodelagem tecidual. Estudos clínicos mostram formas diferentes de avaliar e quantificar a evolução da cicatrização diante novas terapêuticas para úlceras crônicas, como o uso da fototerapia. Pode-se analisar em estudo recente a utilização de um software Image que permite fazer uma avaliação clínico-fotográfica das úlceras e a quantificação de suas áreas superficiais e as modificações teciduais durante o tratamento, o que permitiu demonstrar e quantificar a evolução dinâmica da cicatrização de úlceras cutâneas. Em outro estudo. Os resultados obtidos corroboram as evidências de que a fototerapia por meio de LEDs a 600-1000nm promove o reparo tecidual, particularmente nos casos de úlceras crônicas. Observando-se o efeito positivo com aparelho Dynatron Solaris para o tratamento de úlceras crônicas em pacientes diabéticos. CONCLUSÃO: De acordo com a literatura a fototerapia apresenta efeitos eficazes no tratamento das úlceras de perna em pacientes diabéticos. Acelerando assim sua cicatrização, impedindo a progressão da doença ou até mesmo infecção. PALAVRAS-CHAVE: Fototerapia, Úlcera, Tratamento, Diabético

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HEPATOXICIDADE A DAPSONA EM ADOLESCENTE COM HANSENÍASE MULTIBACILAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Michelle Santos Macêdo, Catarina Fernandes Pires, Maria do Espírito Santo Almeida Moreira, Maria Dalva de Alencar Coutinho, Márcia Teles de Oliveira Gouveia, Sandra

Marina Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, caracterizada pelo desenvolvimento insidioso, de notificação compulsória, endêmica no Brasil, e que se constitui como um problema de saúde pública. Apresenta como manifestação sinais dermatoneurológicos, com prevalência em todas as faixas etárias,raramente em crianças. Quanto mais tarde a doença for diagnosticada, maior o risco de desenvolver deformidades e incapacidades,em especial em crianças menores de 15 anos2. O tratamento atual, terapia poliquimioterapia (PQT), baseia-se na combinação de drogas: dapsona e rifampicina para pacientes classificados como paucibacilares (PB) e dapsona, rifampicina e clofazimina para multibacilares (MB)3. A toxicidade mais severa ocorre nos quatro primeiros meses do tratamento.A dapsona ganha destaque como a principal droga causadora de efeitos colaterais, como anemia hemolítica, meta hemoglobinemia, erupções cutâneas, neuropatias, agranulocitose, hepatites tóxicas, síndrome da sulfona, entre outras4. OBJETIVO: relatar o cuidado prestado ao adolescente com hanseníase e hepatotoxidade durante a poliquimioterapia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que se propõe a descrever tema pouco abordado na pediatria, que é o cuidado a paciente adolescentecom hanseníase que teve hepatoxicidade durante a poliquimioterapia, baseada na realidade vivenciada em um hospital infantil. Foram respeitados os aspectos éticos conforme Resolução 466 de 2012 e assinaturas dos termos de assentimento e consentimento livre e esclarecido. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino,14 anos, com diagnóstico prévio de hanseníase dimorfa. Estava em tratamento com PQT MB há 36 dias, quando evoluiu com quadro de astenia, icterícia, vômitos, dor abdominal, febre, mialgia, edema generalizado, descamação de pele generalizada, além de elevação de transaminases e bilirrubinas. As medicações foram suspensas e a paciente encaminhada a serviço de referência. Ao exame dermatológico, apresentava mancha hipocrômica na região do quadril direito e coxa direita, também com rarefação de pelos, lesão quadril mais ou menos 18cm, coxa 6 cm.A baciloscopia teve como resultado positiva IB= 3; grau de incapacidade zero. O número de contatos registrados foram quatro.Durante a internação no serviço de referência, recebeu antibioticoterapia, corticoterapia, anti-alérgicos, anti-eméticos e analgésicos. Com a terapêutica e suporte instituídos, paciente apresentou estabilização do quadro e normalização das transaminases. Recebeu alta hospitalar e a orientação que foi repassada pela dermatologista aguardasse a normalização das provas hepáticas, para que pudesse retornar ao tratamento de hanseníase multibacilar dimorfa. DISCUSSÃO: Reações graves de hipersensibilidade podem ocorrer em até 5% dos pacientes tratados com drogas derivadas das sulfonamidas. A síndrome da sulfona costuma surgir de 5 a 6 semanas do início do tratamento, caracterizada por quadro exantemático descamativo súbito associado à sintomatologia sistêmica, que inclui febre alta, aumento de linfonodo cervicais, anemia hemolítica, atipia linfocitária e icterícia com aumento de enzimas canaliculares e transaminases. CONCLUSÃO: Dessa forma, destaca-se a importância do reconhecimento dos principais sintomas associados à síndrome da sulfona para a instituição precoce do tratamento adequado e para o controle da hanseníase, colaborando para o alcance da meta de eliminar essa doença como um problema de saúde pública. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase,Dapsona, Toxicidade de drogas

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O USO DE SULFADIAZINA DE PRATA EM QUEIMADURAS APÒS ACIDENTE DE TRÂNSITO:RELATO DE EXPERIÊNCIA

Michelle Santos Macêdo, Márcia Teles de Oliveira Gouveia, Maria Dalva de Alencar Coutinho, Lilian Raquel de Lima Santos Carvalho, Hélida Ravena Gomes da Silva,

Sandra Marina Gonçalves Bezerra

INTRODUÇÃO: Pode-se definir queimaduras como uma injúria grave na pele ou em outro tecido, gerando uma condição aguda ou crônica debilitante. A sulfadiazina de prata tem grande importância no tratamento de queimaduras, atuando na prevenção e no controle do crescimento microbiano de bactérias gram-positivas, gram-negativas e alguns fungos. Baseado nisso, pôde-se observar que além de ter propriedades antimicrobianas, permite um meio ideal no leito da queimadura que facilita reepitelização, desta forma uma cicatrização mais rápida. OBJETIVO: Relatar a experiência exitosa no tratamento de lesão por queimadura de 2° grau com o uso de Sulfadiazina de prata. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que se propõe a descrever a atividade antimicrobiana no tratamento de lesões crônicas. Será utilizado registro fotográfico para mostrar a evolução da cicatrização. Realizado em ambiente domiciliar no período de 29/10/2018 a 06/11/2018.Foram respeitados os aspectos éticos conforme Resolução 466 de 2012 e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: A paciente tinha 40 anos, sexo feminino, deu entrada no setor de urgência /emergência de um hospital privado no dia 29/10/2018 por queimadura com acionamento de airbag após colisão no antebraço direito, na qual foi receitada sulfadiazina de prata 1%. Na avaliação do enfermeiro da classificação de risco apresentava-se consciente, orientada, comunicativa referindo dor à manipulação. A etiologia da lesão era queimadura de segundo grau, medindo7x 7 cm com presença de flictemas rompido, região hiperemiada, pele macerada, ardor intenso, média quantidade de secreção amarelada, área sensível ao frio e vento. Realizado limpeza com Soro fisiológico a 0,9% abundante em jato, usado sulfadiazina de prata na queimadura e como cobertura secundária gaze umedecida com soro fisiológico. Observou-se um tempo médio de cicatrização de queimadura de 8 dias, o que corrobora com a literatura estudada. CONCLUSÃO: Conclui-se que a sulfadiazina de prata a 1% foi eficaz por ser paciente jovem, sem comorbidade,com limpeza e assistência de enfermagem diária, diminuição da dor, relação custo-eficácia e tempo de cicatrização da lesão. PALAVRAS-CHAVE: Queimadura, Sulfadiazina de Prata, Cicatrização

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DEISCÊNCIA E TRATAMENTO EM FERIDA OPERATÓRIA INFECCIONADA: RELATO DE CASO

Hanny de Carvalho, Grazielle Roberta Freitas da Silva

INTRODUÇÃO: A cicatrização por primeira intenção em uma ferida operatória é a evolução esperada para esse tipo de ferida, ademais diversos fatores intrínsecos e/ou extrínsecos ligados ao paciente contribuem para o aparecimento de complicações no pós-operatório, como a deiscência, e está sendo tardia, pode ser resultado de infecção. OBJETIVOS: O objetivo principal deste estudo foi apresentar a evolução do tratamento localizado de deiscência em ferida operatória infeccionada de mastectomia das mamas direita e esquerda, com implantação de próteses mamárias em paciente portadora de câncer de mama recorrente. METODOLOGIA: Trata-se do relato de um caso, de experiência, realizado com consentimento escrito da paciente, nos meses de outubro a novembro de 2018, na residência da mesma, em Teresina-PI. Os dados evolutivos foram obtidos por meio de avaliação fotográfica periódica da ferida, respeitando-se os preceitos éticos. O acompanhamento foi realizado com a implementação de duas terapias tópicas, adequadas após verificação do processo de cicatrização e de controle da infecção. RESULTADOS: O cuidado foi fundamentado nos princípios do tratamento de feridas por meio de seleção apropriada das coberturas utilizadas no processo de cicatrização e controle de infecção. Foram utilizados colagenase 0,6 U, a critério médico. Após 15 dias ao início da terapia sem progressos na cicatrização, o protocolo foi modificado para uso de Hidrogel com PHMB, com proteção das bordas da ferida com dexpantenol 50mg/g. Aos 21º dias de acompanhamento, obteve-se a recuperação em torno de 90%, tecido de granulação presente, e desbridamento de esfacelo quase em totalidade. O progresso de cicatrização avaliado pelo cirurgião mastologista responsável. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a terapia tópica adequada permitiu uma evolução satisfatória da ferida, a cicatrização quase em totalidade da lesão, revelando a importância da enfermagem especializada, no tratamento e na reabilitação da paciente após a infecção de ferida cirúrgica. PALAVRAS-CHAVE: Ferida operatória, Mastectomia, Cicatrização

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IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO ATRAVÉS DA CIÊNCIA DA MELHORIA E MONITORAMENTO DE INDICADORES

Nirvania Do Vale Carvalho, Grazielle Roberta Freitas Da Silva, Francisca Cecília Viana

Rocha, Cliciane Furtado Rodrigues, Adriana De Andrade Bastos, Helson James Norberto Soares

INTRODUÇÃO: A lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato, podendo ser prevenível, porém é encontrada comumente nos hospitais brasileiros, aparecendo em 17,6% de todas as notificações do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, no período de janeiro de 2014 a julho de 2017, sendo o terceiro tipo de evento mais frequente. A Ciência da Melhoria tem contribuído fortemente para a segurança do paciente e prevenção de eventos adversos, como exemplo, as lesões por pressão, sendo que essa Ciência é uma inovação para processos de qualidade e baseia-se em que toda melhoria, em qualquer área de atividade, advém do desenvolvimento, teste e implementação de mudanças. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é relatar a experiência sobre a implementação do Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão através da Ciência da Melhoria e monitoramento de indicadores em um hospital de alta complexidade de Teresina- Piauí. METODOLOGIA: O Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão já estava implantado na referida instituição, porém de forma discreta, sem monitoramento de indicadores e com baixa adesão pelos profissionais de saúde. RESULTADOS: Com a aplicação da Ciência da Melhoria, os indicadores da adesão dos Enfermeiros para avaliação da pele por meio da escala de BRADEN na admissão do paciente e de forma diária durante sua internação; o valor da incidência e prevalência de lesão por pressão da instituição; a adesão à medidas preventivas conforme o Protocolo, pelos profissionais, aos pacientes de risco de desenvolver lesão, começaram a ser coletados semanalmente e monitoradas mensalmente através do Núcleo de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, além da devolutiva e discussão mensal desses dados entres as lideranças e equipes envolvidas no cuidado, com isso, todos esses indicadores tiverem seus valores melhorados. No entanto, além desse monitoramento, foi utilizada a ferramenta PSDA (Plan-Do-Study-Act), que tem como foco desenvolver um plano para testar a mudança (Plan), executar o teste (Do), observar, analisar e aprender com o teste (Study) e determinar as modificações para o próximo ciclo (Act), antes da mudança ser implantada. Ao serem realizados ciclos de PDSA, várias estratégias de mudança relacionadas ao Protocolo foram testadas, analisadas e implantada, como o uso de uma pulseira lilás para ser colocado no braço do paciente que possui risco médio e alto para lesão por pressão; o fortalecimento da orientação e participação da família através de um folder educativo sobre o tema; a utilização de um quadro de gestão do cuidado localizado no Posto de Enfermagem, que sinaliza quais pacientes possuem risco de desenvolver lesão e o formulário de registro de avaliação da pele. CONCLUSÃO: Logo, baseado na Ciência da Melhoria houve uma implementação do Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão na instituição referida, demonstrada através da melhoria dos indicadores, consolidação das mudanças com ótima aceitação por parte da equipe envolvida, aprimoramento da qualidade assistencial e prevenção de ocorrência de eventos adversos. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Lesão por Pressão, Qualidade da Assistência à Saúde.

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AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE PROTETORA EM PESSOAS COM DIABETES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE TERESINA-PI

Leidinar Cardoso Nascimento, Wesley Brandolee Bezerra Fernandes, Raimundo Nonato

Do Nascimento Silva

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus é um grave problema de saúde pública e tem com uma das principais complicações a polineuropatia diabética. Uma das maneiras de prevenção é a avaliação precoce e eficaz da sensibilidade protetora dos pés por uma equipe multidisciplinar a nível de atenção básica, diminuindo, assim, custos com o tratamento de possíveis complicações desta patologia cuja alteração seja identificada e conduzida de forma oportuna e adequada. OBJETIVO: Este estudo investigou a sensibilidade protetora nos pés de 100 diabéticos, inseridos na Estratégia de Saúde da Família da Equipe 93, na cidade deTeresina - PI. METODOLOGIA: Para a avaliação da sensibilidade protetora foi utilizado o estesiômetro com a aplicação em 11 pontos específicos dos pés alternadamente, sempre comparando com o contralateral, utilizou-se o monofilamento número 10. O teste da picada, a palpação dos pulsos pedioso e tibial. Foi utilizada a estatística descritiva, através da média, freqüência simples. RESULTADOS: A maioria da amostra era do sexo feminino com 58,82 %; tinham diabetes mellitus do tipo II, 52,9% também eram hipertensos; a faixa etária predominante foi de 60-69 anos com 47, 05%. O teste com o monofilamento de número 10 obteve alteração em 11,77% dos avaliados. O teste da picada apresentou 17,6 % de perda da sensibilidade. Na palpação do pulso pedioso, 23,52% foram não palpáveis. Na palpação do pulso tibial, 58,83% não foram palpáveis durante o teste. A maioria das pessoas avaliadas apresentou preservada a sensibilidade protetora dos pés, com 88,23%. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus, Atenção Básica, Sensibilidade Protetora

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FATORES DE RISCO RELACIONADO A PROGRESSÃO DE INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA EM CIRURGIAS

Bianca de Oliveira Santos, Lennara Pereira Mota, Rosana de Oliveira Pereira, Lucília

Graziele Rodrigues de Oliveira, Ana Regina Machado Nunes, Paulo Sérgio da Paz Silva Filho

INTRODUÇÃO: Mesmo com a evolução crescente da medicina, os problemas ocasionados por infecções infecciosas no pós-operatório são constantes permanecem como causa importante de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Os fatores de risco das infecções pós-operatórias podem estar relacionados ao paciente, tipo de cirurgia, ambiente hospitalar e ao cirurgião. OBJETIVO: Diante isso o presente estudo objetivou descrever fatores de risco relacionado a progressão de infecção da ferida operatória em cirurgias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com abordagem descritiva, com caráter qualitativo. Os estudos descritivos procura observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos. Este tipo de estudo tem como objetivo fundamental a descrição das características de determinada população ou fenômeno, e então, o estabelecimento de relações entre variáveis. A pesquisa foi realizada em bases de dados científicos “SCIELO”, “SCIENCE DIRECT” e “PUBMED”, utilizou os descritores “Infecção”; “Fatores de Riscos”; “Cirurgia” e “Feridas” indexados no DeCS, em português e inglês, com recorte temporal de 2013 a 2018. O estudo foi iniciado em agosto de 2018, com término em outubro de 2018. Dentro dessas buscas foram encontrados 205 artigos, porém, após a exclusão de achados duplicados, incompletos e indisponíveis na integra, 6 artigos foram incluídos na revisão, onde possuíam os descritores inclusos no tema e/ou resumo e foram incluídos porque melhor se enquadraram no objetivo proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o desenvolvimento de métodos mais efetivos no controle das infecções, é necessário conhecimento e compreensão das variáveis que afetam a incidência de infecção pós-operatória na cirurgia. Na maior parte dos estudos apontam como maiores fatores os extremos de idade, a infecção à distância, a desnutrição, o diabetes mellitus e a longa permanência no período pré-operatório são relacionados como fatores de risco. Em análise aos microrganismos isolados de dois estudos foram encontrados bacilos gram negativos, cocos gram positivos e anaeróbios, como: Streptococcus, Staphylococcus epidermides e aureus, Streptococcus fecalis, Nerelia, Neisseria flava, Dipthroidse Bacterioides melaninogenicos, Escherichia coli, Klebsiella peumoniae e Pseudomonas aeroginosa. Outro fator de risco de infecção é o tabagismo, devido ao tabaco contribuir para o balanço negativo de nitrogênio e aumentar a probabilidade de infecção pulmonar. Além de que abertura da cavidade orofaríngea promove escape de secreção que contamina a incisão, sendo, assim, responsável pela infecção da ferida operatória. CONCLUSÃO: Visto que as infecções pós-operatórias contribuem para a piora do parecer desses pacientes, cabe ao profissional responsável avaliar possíveis fatores de risco no pré-operatório e, assim, estabelecer a tempo de tratamento pré e pós-operatórias mais eficazes no combate às infecções. PALAVRAS-CHAVE: Infecção, Fatores de Riscos, Cirurgia, Feridas.

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LESÕES DE PELE EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Laércio Júnior da Silva, Ana Carolina Floriano de Moura, Átila Sâmia Rodrigues Oliveira, Jennifer Ferreira Figueiredo Cabral

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento implica no aparecimento de diversos transtornos de saúde como as lesões de pele. Nesse contexto, a população idosa é a mais susceptível a alterações na integridade da pele, apontando maiores necessidades de atenção pelos profissionais de enfermagem, os quais, via de regra, são um dos primeiros a notar o aparecimento dessas patologias. OBJETIVO: Identificar as publicações encontradas na literatura acerca de lesões de pele em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura do tipo integrativa. Utilizou-se a estratégia PICO para definição da seguinte questão norteadora: "Quais são as evidências científicas disponíveis na literatura acerca de lesões de pele em idosos?" Foram utilizadas as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Para seleção dos estudos, foram empregados os descritores controlados: “Pele”, “Idoso”, “Ferimentos e Lesões” e “Enfermagem”, associados entre si através do operador booleano AND. Determinou-se como critério de inclusão artigos disponíveis na íntegra na língua portuguesa e inglesa, sem definição de temporal de publicação, e que se responde à questão norteadora. Com a busca, foi encontrado 69 artigos, dos quais foram aplicados critérios de inclusão, e posterior leitura de resumos e análise de conteúdo, obtendo-se como resultado final 6 artigos. RESULTADOS: Com base nesses estudos, ficou evidente que as lesões cutâneas são uma problemática de grande prevalência na terceira idade. As principais lesões de pele encontradas foram: manchas, lesões por pressão, feridas neoplásicas e úlceras, do tipo neuropáticas diabéticas, varicosas e arteriais. Dentre os fatores associados, destacam-se: extremos da idade, déficit imunológico, exposição à radiação, pigmentação alterada, circulação alterada, alterações no turgor da pele, medicamentos em uso, fatores mecânicos, mobilidade reduzida, e alterações nutricionais. Além disso, observa-se que as principais medidas preventivas realizadas pela enfermagem estão voltadas a inspeção diária da pele, proteção solar, hidratação, higiene corpórea, especialmente a higiene íntima, controle da temperatura do ambiente e mudanças de decúbito. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que é necessário que medidas preventivas contra lesões de pele em idosos, concentrem-se principalmente na disseminação do autocuidado entre esses indivíduos. Para isso, é de tamanha importância a atuação do profissional da enfermagem, na efetiva execução dessas medidas de prevenção, através da estimulação de práticas saudáveis entre essa clientela, com o intuito de tentar minimizar o aparecimento dessas lesões de pele, e dessa forma, tentar garantir a qualidade de vida dessa população. PALAVRAS-CHAVE: Pele, Idoso, Ferimentos e Lesões, Enfermagem.

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A INFLUÊNCIA DA UMIDADE NA CICATRIZAÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTE COM BEXIGA NEUROGÊNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Geórgia Maria Vaz Feitosa do Vale, Eryka Hayllane Cunha Rêgo, Julyanne dos Santos Nolêto, Letícia de Sousa Milanez, Ravena Vaz Feitosa Castelo Branco, Rutielle Ferreira

Silva INTRODUÇÃO: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecido mole subjacente geralmente sobre proeminência óssea ou pode ainda estar relacionado a equipamentos médicos ou outro tipo de dispositivo. Diversos fatores podem afetar a cicatrização deste tipo de lesão, dentre eles a umidade em excesso. A bexiga neurogênica é uma doença que se dá pelo mau funcionamento da bexiga em decorrência de alterações no sistema nervoso central ou nos nervos periféricos envolvidos no controle da micção, que fazem com que o indivíduo não consiga controlar adequadamente a micção. Desse modo, pacientes portadores de lesão por pressão e bexiga neurogênica têm um processo de cicatrização mais complexo devido à umidade provocada pela urina assim como as infecções e dermatites recorrentes. OBJETIVO: Compartilhar com a comunidade científica a experiência do fechamento de lesão por pressão após a retirada da umidade provocada pela urina em um paciente portador de bexiga neurogênica após ampliação vesical. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, realizado no domicílio, no período de outubro de 2013 a novembro de 2018. Acerca da evolução de uma lesão por pressão em paciente portador de bexiga neurogênica após ampliação da bexiga para a realização do autocateterismo intermitente. A lesão foi classificada de acordo com a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) e o tratamento modificado de acordo com a evolução da ferida. RESULTADOS: No primeiro momento, realizou-se o processo de enfermagem, identificando-se que o paciente era paraplégico, diabético, portador de bexiga neurogênica e infecção urinária de repetição e em decorrência destes fatores desenvolveu uma lesão por pressão em região “sacral” estágio 2 em 2013. No período de 2015 a 2017 ocorreram inúmeras internações devido as infecções urinárias de repetição, além disso houve perda parcial do osso sacral devido a uma osteomielite. Para avaliar o risco de desenvolvimento de uma nova lesão por pressão utilizou-se a escala de Braden e posteriormente a Pressure Ulcer Scale for Healin (PUSH) para avaliar o processo de cicatrização. O paciente fazia uso de dispositivo urinário externo para evitar o contato de urina com a lesão. Baseado nos problemas iniciais levantados propôs-se as seguintes intervenções: mudança de decúbito a cada duas horas, alimentação hiperproteica, controle dos índices glicêmicos, e uso de coberturas especiais, e, a lesão continuava a evoluir. Em maio de 2017 ocorreu com sucesso uma cirurgia de ampliação vesical, que possibilitou o autocateterismo intermitente, reduzindo o número de infecções urinárias, a quantidade de internações e a umidade no local da lesão. Realizou-se uma nova avaliação da lesão e montado um novo plano de cuidados que proporcionou o fechamento da lesão em julho de 2017. CONCLUSÃO: Diante do exposto, observa-se a relevância do conhecimento acerca dos fatores que possam interferir no processo de cicatrização, na prevenção e tratamento adequado das lesões por pressão. E só então será possível ofertar assistência holística fundamentada nos conhecimentos científicos e menos intuitiva, assegurando a qualidade da assistência prestada. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Bexiga Urinária Neurogênica, Enfermagem

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DERMATITE EM PACIENTES IDOSOS COLOSTOMIZADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE TERESINA-PI: relato de experiência

Maria Clara Nascimento Oliveira, Esteffany Vaz Pierot, Tainan Mourão Sousa, Bruna

Victoria da Silva Passos, Alynne Maria de Brito Medeiros, Aline Raquel de Sousa Ibiapina

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um fenômeno natural do processo fisiológico do corpo. Ao envelhecer ocorre uma diminuição da sensibilidade sensorial e aumento da fragilidade cutânea, que contribui para o surgimento de lesões de pele. Essas lesões de pele estão relacionadas a exposição à umidade, principalmente as eliminações vesicais e intestinais, podendo ser conhecida como dermatite perineal ou irritante e erupção da fralda. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local destinado ao atendimento de pacientes graves, que requer assistência médica e de enfermagem especializada e ininterrupta, principalmente a idosos que estão sendo expostos a umidades, às lesões de pele associadas à umidade (LPAU), denominadas internacionalmente como Moisture-associated Skin Damage (MASD). Nesse sentido, a utilização de fraldas geriátricas em pacientes hospitalizados gera um ambiente propício para o surgimento e agravamento dessas lesões. OBJETIVOS: Identificar os cuidados utilizados pela equipe de enfermagem para prevenção de dermatites em idosos colostomizados na UTI. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência adquirido nas atividades acadêmicas desenvolvidas em uma UTI de Teresina-PI, nos meses de setembro e outubro de 2018. RESULTADOS: A dermatite é uma condição evitável desde o momento da admissão do idoso no hospital. Ao avaliar suas condições e traçar as possíveis intervenções, o uso da colostomia já elimina um dos principais fatores para o surgimento da dermatite, as eliminações intestinais. Os cuidados de enfermagem especializada são imprescindíveis, pois permite um cuidado humanizado e holístico e implementa ações direcionadas especialmente para o problema, principalmente ao fazer uso da SAE, contendo anamnese, exame físico e coleta de dados. Dentre estes cuidados destaca-se a avaliação do estado nutricional, padrões prévios de eliminação intestinal, alergia, apoio psicológico, dentre outros. CONCLUSÃO: A produção do relato de experiência adquirido nas práticas curriculares possibilitou identificar os cuidados utilizados para prevenção de dermatites, pois são imprescindíveis para o atendimento integral ao paciente. Para que isto aconteça a equipe de enfermagem deve estar preparada para avaliar e atender o paciente, permitindo um cuidado humanizado e holístico, possibilitando a aplicação da SAE afim de prevenir danos ao paciente. PALAVRAS-CHAVE: Fraldas para Adultos; Dermatite das Fraldas; Cuidados de Enfermagem.

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MANEJO DA LESÃO POR PIODERMA GANGRENOSO APÓS DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Adriana Jorge Brandão, Verônica Ellis Araújo Rezende, Iana Cibelly Moreira de

Vasconcelos, Adelice Gangussu Oliveira Gois, Janara Batista da Cruz, Joyce Soares e Silva

INTRODUÇÃO: O Pioderma Gangrenoso (PG) é uma dermatose neutrofílica rara caracterizada por ulceração necrótica dolorosa que está frequentemente associado a doenças sistêmicas como a artrite reumatoide. Seu diagnóstico é difícil uma vez que não existem exames laboratoriais ou histopatológicos específicos para a doença. Seu tratamento inclui uma combinação do cuidado local da ferida, com agentes tópicos, com o objetivo de otimizar a cicatrização e a terapia sistêmica. Objetivos: Descrever a experiência de enfermagem no manejo do PG após desbridamento cirúrgico. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a assistência de enfermagem prestada a um paciente com diagnóstico de PG. RESULTADO: Foi possível constatar melhora significativa do processo de cicatrização após o desbridamento cirúrgico, ainda que a literatura contra indique o procedimento devido ao risco de patergia, que é um fenômeno presente no PG caracterizado pelo desenvolvimento de novas lesões ou agravamento das lesões já existentes devido a qualquer trauma. Antes do desbridamento as lesões apresentavam-se com excesso de tecido desvitalizado que formava necrose seca em grande parte do leito das lesões o que inviabilizava a escolha de cobertura adequada para uma boa evolução do processo de cicatrização. Após a limpeza cirúrgica, observou-se no leito das lesões tecido de granulação associado ainda à necrose de liquefação e exsudato esverdeado em grande quantidade, optou-se então pela cobertura de hidrofibra com prata associada a espuma com prata inicialmente com trocas diárias. Em seguida foi-se necessário troca de 3 em 3 dias utilizando somente hidrofibra com prata. A terapia também incluiu controle da dor, antibióticos, corticosteroides sistêmicos e imunoglobulina intravenosa. As lesões evoluíram com bom crescimento do tecido de granulação, reducão do exsudato e das dimensões, nessa fase utilizou-se gaze Rayon embebida com Petrolato. Não houve completa cicatrização das lesões devido ao agravamento do estado geral do paciente findando em óbito. CONCLUSÃO: Embora estudos recomendem evitar o desbridamento cirúrgico da lesão por PG devido ao risco de patergia, observou-se que o procedimento foi essencial para que o manejo da lesão fosse feito de forma adequada com escolha do curativo ideal resultando em melhora significativa das lesões. CONTRIBUIÇÕES À ESTOMATERAPIA: Esta experiência mostra-se relevante, principalmente, por ainda não se compreender totalmente a fisiopatologia do PG e não haver “padrão ouro” para o tratamento das lesões decorrentes dessa dermatose. PALAVRAS-CHAVE: Cuidado de Enfermagem; Pioderma Gangrenoso; Ferimentos e lesões.

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MANEJO E CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM RADIODERMATITE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Polyanna Pereira da Silva, Lizandra Fernandes do Nascimento, Joyce Carvalho Costa,

Marielle Maria Oliveira Barros, Diely Day Rodrigues dos Santos, Rebeca Mendes Monteiro

INTRODUÇÃO: A Radioterapia é uma modalidade de tratamento local-regional, objetivando a cura, remissão, profilaxia ou paliação, sendo indicada de forma exclusiva ou associada (neoadjuvante, concomitante ou adjuvante) a tratamentos como quimioterapia e cirurgia. Uma das complicações decorrentes da radiação ionizante são as lesões de pele denominadas de radiodermatite que podem ser reações agudas ou tardias. Isto afeta a qualidade de vida do indivíduo com alteração da imagem corporal, auto-imagem, auto-estima, levando ao isolamento social. OBJETIVO: Levantar as evidências cientificas acerca do cuidado de enfermagem ao paciente com complicações dermatológicas provenientes do tratamento radioterápico em ambiência hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, cuja coleta de dados ocorreu em junho de 2018, mediante a estratégia PICo (Problema: Radiodermatite; Intervenção: manejo e cuidados de enfermagem; e Contexto: Radioterapia em ambiência hospitalar), onde se utilizou como bases de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e os descritores em Ciências da Saúde: radiodermatite, cuidados de enfermagem, radioterapia, utilizando os operadores booleanos OR e AND para a elaboração da equação de busca. Considerou-se como critérios de inclusão estudos publicados entre 2013 e 2018, encontrados na íntegra e que responderam à questão norteadora. Foram excluídos os artigos repetidos. RESULTADOS: Após o refinamento, guiado pelos critérios de inclusão e questão norteadora “Quais cuidados de enfermagem proporcionam adequado manejo para o tratamento das radiodermatites em ambiência hospitalar?”, registraram 12 artigos, sendo 67% (n=8) em Inglês e 33% (n= 4) em português. O ano com maior significância em produção de artigos foi 2016, com 25 % (n=3) dos estudos, seguido por 2013, 2014 e 2015 que igualmente tiveram 16,6% (n=2). 58,3% (n = 7) trataram do uso de novas tecnologias para prevenção e tratamentos das lesões de pele associadas á radioterapia, enquanto 41,7% (n= 5) analisaram o manejo e os cuidados de enfermagem à radiodermatite no ambiente hospitalar: entre eles destacaram-se o autocuidado e a prática de educação em saúde para prevenção dessas lesões. CONCLUSÃO: Prevaleceram estudos sobre o uso de tecnologias para tratamento e prevenção das radiodermatites, assim como se evidenciou o papel do enfermeiro na prevenção e intervenção sobre essas reações. Desta forma, evidenciou-se a necessidade de implementações de estratégias na prática clínica para a prevenção das radiodermatites, bem como de seus agravos. PALAVRAS-CHAVE: Radiodermatite, Cuidados de Enfermagem, Radioterapia.

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QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PORTADORES DE FERIDAS CRÔNICAS

Daniela Bezerra Macedo, Claudio Scott Bortoleto, Katyane Leite Alves Pereira, Glauber Bezerra Macedo, Ana Letícia Nunes Rodrigues, Naiany Lima Rocha Araújo

INTRODUÇÃO: Uma ferida crônica está relacionada frequentemente a mudanças de padrões estéticos bem como de hábitos de vida podendo afetar diretamente a autoestima e qualidade de vida dos pacientes. Sinais e sintomas relacionados ao ferimento como aspecto, secreções, odores, dores pode levar a alteração da imagem corporal do paciente, dificuldades na interação social e comprometimento no desenvolvimento de atividades diárias. OBJETIVO: Devido a vivência profissional no tratamento de pessoas com esses ferimentos desenvolveu-se este estudo bibliográficos que objetivou uma reflexão acerca da qualidade de vida de portadores de feridas crônica visto que, em muitas vezes os profissionais tratam apenas o ferimento e não abordam o paciente de forma holística deixando de perceber que além de sintomas físicos o ferimento pode estar alterando a qualidade de vida do paciente. METODOLOGIA: Foi realizado através de levantamento de artigos nacionais contidos nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SciELO e BDENF. Para delimitar a amostra realizou-se, entre os meses de agosto e setembro do ano de 2018, uma busca online através dos seguintes descritores ferimento e lesões, crônica, qualidade de vida, com publicações nos últimos 10 anos. Foram excluídos do estudo artigos que após leitura não relacionavam a qualidade de vida e a ferida, tratavam de feridas agudas e revisões bibliográficas. A amostra final foi composta por 12 artigos. RESULTADOS: Nos resultados encontrados predominaram pesquisas descritivas com abordagem qualiquantitativa, utilizando questionários validados como WHOQOL-bref, Short Form, complementados com questionários estruturados, em pacientes que possuíam úlceras nos membros inferiores. Os estudos revelaram que o ferimento altera a qualidade de vida dos pacientes e que todos domínios avaliados nos estudos apresentavam baixos escores. Foi evidenciado que os escores mais baixos se relacionam a domínios físicos que se referem a dor e desconforto; energia e fadiga; sono e repouso; atividade da vida cotidiana; dependência de medicação ou tratamento, capacidade de trabalho. As relações sociais embora afetadas apresentaram maiores escores dentre os estudos. Houve relatado dos pacientes que as feridas crônicas levam o indivíduo ao isolamento social, déficit do autocuidado e autoimagem, e despertam com frequência sentimentos de medo, ansiedade, mau humor e depressão interferindo na qualidade de vida. CONCLUSÃO: É necessário que os profissionais de saúde promovam estratégias que englobem aspectos biopsiquicosociais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com feridas crônicas. PALAVRAS-CHAVE: Ferimento E Lesões, Crônica, Qualidade De Vida

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TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA NO TRATAMENTO CLÍNICO DE FERIDAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Edilberto Da Silva Lima, Ediney Rodrigues Leal, Érika Layne Gomes Leal, Fabiana Nayra

Dantas Osternes, Mariluska Macêdo Lobo De Deus Oliveira, Gerdane Celene Nunes Carvalho

INTRODUÇÃO: Durante séculos, o tratamento de feridas se desenvolveu com o objetivo de melhorar o resultado cicatricial em menor tempo possível. Os princípios básicos do tratamento baseiam-se em limpeza, desbridamento, redução do odor, da dor e da infecção ou redução da colonização. A busca por terapias mais eficazes fez-se constante no meio científico, dentre a descobertas os curativos utilizando pressão subatmosférica tem evidenciado o grande potencial em terapia adjuvante, uma vez que gera estímulo à vascularização, à granulação, controle do edema e da população bacteriana. Sendo indicada à utilização em feridas extensas e de difícil resolução, agudas ou crônicas. A duração da terapia varia de dias a meses, dependendo do objetivo do tratamento e da etiologia da ferida. O tratamento baseia-se na distribuição homogênea de pressão negativa na superfície da ferida, através de um filme oclusivo associado a um material poroso conectado a uma bomba capaz de produzir 80 125mmHg de pressão negativa. OBJETIVO: Estabelecer relação entre a Terapia por Pressão Negativa e o prognostico de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, a oportunidade para esta vivência foi possível através da realização de curativos realizados diariamente, no qual foi observado a evolução de uma ferida em um paciente da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional Justino Luz de Picos do Piauí no período de 10/09/2018 a 02/11/2018. RESULTADOS: Foi constatado a importância da terapia por pressão negativa no tratamento de feridas crônicas, infectadas e hiperexsudativas, ratificando a eficácia dessa terapia e reduzindo significativamente a quantidade de exsudato, odor, duração na troca do curativo e viabilizando maior intervalo entre elas, além de proporcionar melhor conforto e higiene ao paciente evitando procedimentos dispendiosos. Evidenciou-se ainda a eficácia da sistematização da assistência de enfermagem quanto à prescrição e avaliação das coberturas, uma vez que ao longo do tratamento foram realizadas várias testagens e indicações terapêuticas, o que propiciou uma reavaliação dos resultados e consequentemente, o alcance de metas, visto que houve uma melhora significativa da ferida nos aspectos relacionados à redução de exsudato, extensão da lesão e o surgimento de tecido de epitelização. CONCLUSÃO: Embora a variedade de curativos seja cada vez maior e a pressão da indústria farmacêutica para ocupar espaço no mercado não pare de crescer, um arsenal terapêutico vasto capaz de auxiliar o reparo tecidual em várias situações já é uma realidade, embora ainda não se tenha curativos ideias para os todos os tipos de feridas. Cabe aos profissionais da saúde fazer a melhor escolha, levando em consideração as características da ferida, dos pacientes, além das evidências científicas dos curativos. A prática clínica tem mostrado resultados superiores do curativo à vácuo quando comparado aos tratamentos convencionais e a realização de ensaios clínicos podem subsidiar a aquisição evidências científicas robustas para indicação da terapia com pressão negativa como padrão outro no maneja de feridas complexas. PALAVRAS-CHAVE: Feridas, Terapia, Curativo a vácuo.

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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA À LESÃO POR PRESSÃO

Eliziane Ribeiro Barros, Jennifer Ferreira Figueiredo Cabral, Luís Rafael Leite Sampaio, Maria Cláudia Galdino Araújo Lima, Saionara Ferreira Leal, Átila Sâmia Oliveira

Rodrigues.

INTRODUÇÃO: A incidência de lesões por pressão (LPP) tem aumentado nos últimos anos devido à maior sobrevida de pacientes com doenças graves, transformadas em doenças crônicas e lentamente debilitantes. A LPP tem origem multifatorial, quanto maior o número de fatores de risco presentes no indivíduo, maior será o desafio para o enfermeiro prevenir este evento adverso durante a internação. A educação em enfermagem baseada em estratégias de aprendizagem ativa é uma ferramenta relevante para aperfeiçoar as práticas de cuidado voltadas à prevenção de LPP. OBJETIVO: Neste sentido, o estudo objetiva identificar as tecnologias educacionais utilizadas para educação em enfermagem relacionada ao cuidado à LPP. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa, seguindo-se as etapas elaboração da questão da pesquisa; características das pesquisas primárias da amostra; coleta de dados; análise da amostra; interpretação e análise dos resultados, possibilitando exame minucioso e crítico dos achados. A questão norteadora: Quais as tecnologias educacionais utilizadas para educação em enfermagem relacionada ao cuidado à LPP? O período da coleta de dados foi em agosto 2018 nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SciELO) com os descritores DeCS: tecnologia educacional; educação em enfermagem; e ensino, combinados com o operador booleano AND e realizada em pares. O descritor lesão por pressão não foi utilizado para não limitar a busca. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos na íntegra publicados entre 2013 a 2018, no idioma português. O recorte temporal foi aplicado, pois as pesquisadoras consideraram identificar as práticas tecnológicas mais atuais no contexto da prática docente. Foram excluídas teses, dissertações, monografias, revisões. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade foi realizada a seleção através da leitura minuciosa de títulos e resumos resultando em 37 artigos, sendo 17 na LILACS e 20 na SciELO, sendo que após a leitura minunciosa do título e resumo, 25 estudos foram excluídos por não atenderem ao objetivo, compondo a amostra final desta revisão 12 artigos. RESULTADOS: As tecnologias identificadas foram plataforma moodle, hipermídia educativa, simulação, jogo, ambiente virtual de aprendizagem, fórum, sendo 33,3% (4) das tecnologias os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) compreendendo a plataforma moodle, 16,6% (2) hipermídia, 8,33% (1) simulação, 8,33% (1) jogo, 8,33% (1) fórum, 8,33% (1) aplicativo, 8,33% (1) programa de computador e 8,33% (1) tecnologia digital interativa. O uso das tecnologias educacionais tornou-se importante ferramenta pedagógico-didática, pois trazem a possibilidade da construção de novos modelos organizativos no ensino da enfermagem em diferentes contextos desde a graduação às diversas áreas de atuação do profissional, dando subsídios a atitudes interativas, interventivas e participativas. Os resultados evidenciaram que em todos os estudos a experiência foi satisfatória desde a construção da tecnologia como também nas avaliações e usabilidade das mesmas na prática de enfermagem. CONCLUSÃO: Conclui-se que as tecnologias educacionais são ferramentas importante que podem contribuir com o processo ensino–aprendizagem em enfermagem relacionada ao cuidado à LPP, além de aperfeiçoar sua prática no cuidado tanto em atividades técnico-assistenciais quanto burocrático-administrativas. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias educacionais; Educação em enfermagem; Ensino; Lesão por pressão.

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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REVISÃO DE LITERATURA

Isaac Gonçalves da Silva, Bruno Vinícius Pereira Costa, Francisco Monteiro Loiola Neto

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causado pelo Mycobacterium leprae, que compromete principalmente, a pele e os nervos periféricos. O Ministério da Saúde registrou em 2016 no Brasil mais de 28.000 casos novos da doença. Tendo como melhor estratégia para eliminação da doença, integrações dos programas de controle da hanseníase na rede básica de saúde, tendo os profissionais de enfermagem um papel fundamental. OBJETIVO: Verificar atuação do Enfermeiro sobre o controle da hanseníase na atenção básica. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão literatura executada a partir das bases de dados COCHRANE, CINAHL, Pubmed/Medline e SciELO. A obtenção dos dados aconteceu no período de Junho de 2018. Os critérios de inclusão dos materiais selecionados foram: publicações entre o período de 2013 a 2018, estando em língua portuguesa, inglesa e espanhola, disponíveis gratuitamente, acessível na integra o que resultou na seleção de 18 artigos que se enquadram nos objetivos. Critérios de exclusão: Trabalhos publicados em anos inferiores a 2013, artigos científicos que não apresentassem pelo menos dois dos descritores utilizados, bem como os trabalhos que não tiveram relação direta com o tema. Para identificar as publicações indexadas nessas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores: Hanseníase, Controle, Enfermeiro. RESULTADOS: Evidenciou-se que, o enfermeiro desenvolve atuação indispensável acerca do controle da hanseníase na atenção primária, bem como na identificação das necessidades de várias esferas que se associam com processo saúde-doença. Ademais, o profissional de enfermagem atua proporcionando ações simultâneas com a equipe multiprofissional, contribuindo para explanar os princípios e preconceitos em relação à hanseníase, favorecendo o reconhecimento das características de saúde e doença e fomentando a soberania, qualidade de vida e autonomia dos pacientes. Entretanto, existem dificuldades com relação à atuação do enfermeiro no desenvolvimento de ações no controle da hanseníase, em virtude do acesso aos serviços, subnotificação e estigma constituído em torno desta patologia ainda se encontra nos dias atuais. CONCLUSÃO: Diante das pesquisas retratadas, verificou-se que ações desenvolvidas pelo enfermeiro são primordiais na execução de atividades que irão promover uma assistência holística e qualificada que fortalecerá o controle da hanseníase. Portanto, observa-se que condutas implementadas pelo enfermeiro são indispensáveis no processo rastreamento e identificação precoce dos portadores de hanseníase, na atenção primária. Contudo, mesmo ainda muito divulgada e conhecida a bastante tempo, a hanseníase mantém-se presente como perturbação a saúde pública até os dias atuais. Dessa forma, medidas de controle precisam ser executadas com integrações dos programas de maneira rotineira, com a finalidade permitir mais acesso aos serviços de saúde, diminuir a subnotificação e transmissão da doença. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, Controle, Enfermeiro

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM FERIDAS NEOPLÁSICAS MALIGNAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Lorena Magalhães Chaves, Emiliana Silva Santos, Eglane Maria Lima Magalhães

INTRODUÇÃO: Os avanços no tratamento do câncer proporcionaram um aumento significativo na sobrevida dos pacientes portadores de neoplasias. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria destes pacientes só procura um estabelecimento de saúde quando o câncer já está em estágio avançado. Dentre esses, 10 a 15% irão desenvolver feridas tumorais malignas formadas pela infiltração das células do tumor nas estruturas da pele, geralmente com quebra da integridade do tegumento em decorrência da proliferação celular descontrolada. Tais alterações podem comprometer a qualidade de vida do paciente e a enfermagem possui papel crucial no manejo adequado desta ferida. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo analisar, através da pesquisa na literatura, quais os cuidados que devem ser prestados pelos enfermeiros na assistência de pacientes com feridas neoplásicas malignas. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica através de artigos indexados nas bases de dados Scielo e MEDLINE, com abordagem específica do tema proposto, publicados no período de 2012 a 2018. Foram levantados 48 artigos no total e destes foram selecionados 11, os quais embasaram o estudo. RESULTADO: Com o aumento progressivo da ferida neoplásica, o qual o tecido necrótico se prolifera, o uso de antissépticos, considerados citotóxicos para o tecido de granulação, passa a ser útil porque a cicatrização em uma ferida neoplásica não é a meta. O enfermeiro, de preferência o estomaterapeuta, primeiramente antes de iniciar o manejo da ferida oncológica, deve estadiá-la e em seguida observar os sinais de alteração e tratá-los de forma a garantir a qualidade de vida do paciente. O objetivo é alcançar o controle do exsudato, sangramento, sinais de infecção, prurido, odor e dor e a principal meta é garantir o conforto físico e emocional do paciente. Feridas sangrantes recomenda-se o uso de coberturas hemostáticas e não aderentes, para feridas com exsudato moderado a alto e não infectadas deve-se usar coberturas absorventes. As feridas com odor que estão infectadas devem-se tratar com coberturas antibacterianas a base de prata e antissépticos. As que apresentarem odor, mas não estiverem infectadas pode se usar carvão ativado. Para minimizar as experiências dolorosas deve se administrar analgésico prescrito, complementado com técnicas não farmacológicas, dentre as quais o apoio psicológico e emocional, o diálogo e a interação entre o paciente, sua família e o profissional revelaram ser de extrema importância para garantir a qualidade de vida do paciente oncológico. CONCLUSÃO: Por se tratar de uma ferida provocada por uma doença já em estágio avançado, os cuidados de enfermagem com o paciente que possui feridas neoplásicas malignas se baseiam no alívio da dor e suporte psicossocial do paciente. Trabalhar com a prevenção e o diagnóstico precoce da doença é o essencial, pois quanto mais cedo descoberta a doença, mais chance ocorre do indivíduo se curar e não evoluir para uma lesão neoplásica maligna. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Ferimentos E Lesões, Neoplasias

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O USO DE TECNOLOGIAS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA PORTADORA DE FERIDA OPERATÓRIA

Maria Dos Milagres Santos Da Costa, Nalma Alexandra Rocha De Carvalho, Silvana Santiago Da Rocha, Maria Joara Da Silva, Érica Pereira De Oliveira, Kamilla Pinheiro

Saraiva

INTRODUÇÃO: O cuidado de enfermagem à criança que possui um ferida operatória envolve a avaliação das condições gerais de saúde, uma vez que para cuidar desse público é necessário que o enfermeiro compreenda a estrutura do sistema tegumentar, o processo de cicatrização, os tipos de feridas, as tecnologias para desenvolver o processo de cuidar, assim como as condições sócio-culturais da criança e da família. Assim, esse cuidado deve ser realizado considerando o ser criança e suas necessidades de forma individualizada. E objetivando implementar o cuidado integral, torna-se imprescindível a utilização das tecnologias disponíveis. OBJETIVO: Levantar evidencias científicas descrevam as principais tecnologias de cuidado utilizadas durante a assistência de enfermagem à criança portadora de ferida cirúrgica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados Lilacs, Scopus e Medline, no período de outubro de 2018, utilizando-se os descritores controlados: enfermagem pediátrica; cicatrização de feridas; cuidados de enfermagem e não controlados: tecnologia em saúde; criança. Não houve delimitação de tempo e idioma para seleção dos artigos. A partir da leitura exaustiva dos artigos, foram selecionadas 16 publicações que discutiram aspectos relativos à temática em questão. RESULTADOS: Em grande parte das pesquisas foram identificados cuidados de enfermagem subsidiados por tecnologias leve-duras, e em menor parte subsidiados por tecnologias leves e por tecnologias duras. Em relação às tecnologias leves, identificou-se que nas produções científicas da enfermagem destaca-se a comunicação entre os profissionais de enfermagem e familiares da criança portadora de ferida cirúrgica; apoio emocional à criança com lesão cirúrgica e momentos de descontração. Sobre tecnologias leve-duras, identificou-se práticas, produtos e conhecimentos necessários para avaliação e cuidado da criança (conhecimento do tecido epitelial e estágios de cicatrização da ferida cirúrgica); cuidado do enfermeiro à criança no pré e pós-operatório; envolvimento da família na implementação dos cuidados; educação continuada dos profissionais para manter eficácia terapêutica no tratamento e evitar dor; conhecimento do enfermeiro na anatomia e estruturas da pele. Sobre as tecnologias duras, foram identificados a utilização de materiais e equipamentos na realização de intervenções cirúrgicas e preparação para procedimentos anestésicos. CONCLUSÃO: Evidencia-se que dentre os diversos cuidados a serem prestados na assistência de enfermagem à criança no período pós-operatório destacam-se, portanto, os destinados ao tratamento da ferida operatória. O acompanhamento provido pelo enfermeiro bem como os recursos utilizados para o tratamento da lesão com a utilização das tecnologias disponíveis para a prática do cuidado é de fundamental importância na cicatrização local efetiva e na prevenção de infecções. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem pediátrica, Cicatrização de feridas, Cuidados de enfermagem.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM HANSENÍASE PORTADORES DE LESÕES

Fernanda Nascimento Silva, Maria Caroline Nunes da Silva, Roseane Luz Moura, Fabricia Kelly Moura Dantas, Amália Beatriz da Conceição Gomes, Alyne Alves de

Carvalho INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo da Hansen, afeta as células cutâneas e as células dos nervos periféricos. É um grave problema de saúde pública por causar incapacidades e deformidades nos portadores não tratados. É papel do Enfermeiro da Atenção Básica o acompanhamento e orientação sobre o tratamento, sua eficácia e efeitos colaterais, acompanhar a dose supervisionada, realizar busca ativa de faltosos e de todos os contatos, identificação de novos casos e encaminhar para confirmação de diagnóstico, fazer a dispensação de medicamentos e acompanhar o paciente para a cura e alta. As lesões cutâneas e o comprometimento neurogênico são as principais sequelas da hanseníase, sendo de suma importância o acompanhamento e avaliação pelo Enfermeiro por ter uma visão holística. OBJETIVO: O objetivo do trabalho é conhecer a assistência de enfermagem aos pacientes com hanseníase portadores de lesões. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório, na modalidade revisão integrativa. Foi realizado um levantamento bibliográfico digital nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico, através dos descritores: hanseníase, feridas, papel do enfermeiro. Incluídos artigos disponíveis na íntegra com idioma em português e sem restrição de tempo, excluídos os que não se adequaram ao tema proposto da pesquisa, resultando uma amostra de 9 documentos. RESULTADOS: Os resultados encontrados, caracterizam-se por ações realizadas pelo Enfermeiro como o exame neurológico simplificado, para a prevenção, tratamento e acompanhamento do paciente portador de hanseníase através da avaliação da sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, principalmente em mãos, pés e olhos, podendo prevenir a instalação de vários tipos de lesões. A evolução da doença sem tratamento adequado favorece um maior número de manifestações e lesões cutâneas, que ao surgirem faz-se necessário uma devida avaliação do Enfermeiro para escolha das coberturas, o tipo a ser utilizada irá depender em que grau de comprometimento tecidual a lesão se encontra e o grau de contaminação. Vale ressaltar, as barreiras encontradas pelos profissionais nos serviços de saúde, como a falta de recursos materiais no tratamento dessas lesões é uma problemática enfrentada, associado à falta de capacitação dos profissionais, que propicia alteração na sensibilidade da pele e leva a repetidos traumas favorecendo o aparecimento das lesões. CONCLUSÃO: É necessário capacitações profissionais e campanhas para educação de prevenção que foquem nos sinais e sintomas que levem os pacientes a diagnosticar precocemente evitando as lesões de pele mais graves. Existe uma escassez de trabalhos sobre avaliação e tratamento de lesões hansênicas, que esse trabalho contribua como incentivo para pesquisas nessa aera. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, Feridas, Papel do Enfermeiro

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TRATAMENTO DE FERIDAS: O CUIDADO DA ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Fernanda Nascimento Silva, Maria Caroline Nunes da Silva, Roseane Luz Moura,

Fabricia Kelly Moura Dantas, Alyne Alves de Carvalho, Amália Beatriz da Conceição Gomes

INTRODUÇÃO: As feridas acometem as pessoas de forma geral sendo considerado um problema de saúde pública. O seu aparecimento não depende de sexo, idade ou etnia, podendo chegar a um considerável número de pessoas com alterações na integridade da pele. É de suma importância uma assistência adequada do profissional de enfermagem, prestando cuidados e tratamentos apropriados para cada tipo de ferida, uma vez que trazem diversos prejuízos para a vida dos que são acometidos por elas. OBJETIVO: O seguinte trabalho tem o objetivo de conhecer os cuidados prestados por Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) no tratamento de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo na modalidade revisão integrativa. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, através dos descritores: feridas, atenção básica à saúde. Foram incluídos os textos completos disponíveis, com idioma em português, sem restrição de tempo e excluídos os artigos científicos sem disponibilidade do texto na íntegra, que não se adequassem com a proposta do tema, resultando em uma amostra de 14 artigos. RESULTADOS: Os resultados mostram que o cuidado do Enfermeiro com o paciente portador de alguma ferida requer dos profissionais, muito além da prática do curativo, necessitando também de abordagem adequada, da abrangência da fisiologia da pele, fisiologia da cicatrização, conhecimento científico e conhecimento sobre os tipos de coberturas existentes no mercado. Sem esses conhecimentos, é impossível fazer um diagnóstico correto do tipo de lesão e realizar a indicação do produto adequado para a prevenção ou tratamento da ferida. Uma adequada comunicação e o vínculo com o paciente precisam ser estabelecidos para que seja possível realizar ações eficazes de educação em saúde, em especial as orientações para a promoção do autocuidado, pois o tratamento das feridas depende também dos cuidados do próprio paciente. Entretanto, lacunas são enfrentadas pelo Enfermeiro da ESF, parte dos usuários não possuem condições financeiras para aquisição de materiais adequados, necessitando do serviço na unidade de saúde, essas são escassas de recursos para a realização dos curativos, além de profissionais inscientes no tratamento de feridas. CONCLUSÃO: Conclui-se então que o Enfermeiro tem papel fundamental no tratamento de feridas, pois os cuidados prestados por o mesmo vão além da realização do curativo, engloba toda uma sistematização da assistência. É fundamental investir na educação continuada dos profissionais e na estruturação das unidades de saúde, para melhoria do cuidado a pessoas com feridas. PALAVRAS-CHAVE: Feridas, Atenção Básica à Saúde

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM FÍSTULA GASTROCUTÂNEA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Laís Silva Lima, Dalila Cinara Pereira da Silva, Yara Maria Rego Leite, Liana Regina

Gomes de Sousa Costa, Janielle Bandeira Melo

INTRODUÇÃO: As fístulas digestivas são conceituadas como sendo o estabelecimento de uma comunicação anormal entre o tubo digestivo e qualquer outra víscera oca intra-abdominal ou em cavidade livre (fístula interna), ou, ainda, com a superfície cutânea (fístula externa), através da qual ocorre drenagem de secreção digestiva. As fístulas costumam surgir na primeira semana de pós-operatório, com seu maior pico por volta do quinto ao sétimo dia, o que demanda uma rigorosa avaliação pós-operatória. As principais causas de mortalidade relacionadas às fístulas são a desnutrição, o desequilíbrio hidroeletrolítico e a sepse. Outro fator importante que se associa ao pior prognóstico é o alto débito inicial pela fístula. O tratamento de uma fístula digestiva, principalmente de alto débito, é procedimento complexo, que exige trabalho multiprofissional e condutas dinâmicas e particularizadas. OBJETIVO: Relatar a experiência do cuidado de Enfermagem em Estomaterapia ao paciente com fístula gastrocutânea após realização de cirurgia de Whipple. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência desenvolvido em um hospital público de ensino de grande porte localizado na cidade de Teresina-Piauí. A coleta de dados foi por meio de observação participante e prontuário no mês de outubro de 2018. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente do sexo masculino, 78 anos, passou por pancreatoduodenectomia devido neoplasia em cabeça de pâncreas. Em 8° dia de pós-operatório (DPO), evoluiu com fístula gastrocutânea iniciando drenagem de conteúdo gástrico. Foi zerada a dieta por via oral e iniciada nutrição parenteral (NPT). No 17° DPO, a ferida operatória em região mesogástrica apresentou 3 pontos de deiscência e saída de exsudato por 2 deles, ora sanguinolento, ora borráceo, característico de conteúdo de hemorragia digestiva, além de apresentar dermatite perifistula. Instituída limpeza delicada com soro fisiológico 0,9%, aplicado pó hidrocoloide em região úmida alternado com uso do creme barreira e spray barreira. Tentativa de uso do dispositivo coletor para estomia com o adjuvante e pasta hidrocoloide em regiões irregulares sem sucesso devido ao alto débito da fístula e dermatite já instalada prejudicarem adesão da base do coletor. Em 20° DPO, ocorreu deiscência parcial da FO à esquerda, sendo discutido com equipe médica melhor conduta para o curativo, optando-se por utilizar gazes em cavidade e spray barreira em área de dermatite. No 26° DPO, observou-se presença de secreção serosanguinolenta em grande quantidade, utilizou-se gazes em cavidade, creme barreira nas bordas hiperemiadas e cobertura com gazes, compressas e micropore. As trocas de curativo ocorreram sempre que necessário. Em 36° DPO, percebeu-se regressão da dermatite e paciente aguarda nova intervenção cirúrgica. CONCLUSÃO: A condução de um paciente acometido por fístula deve ser individualizada e a avaliação deve ser permanente e realizada pelo profissional enfermeiro. O uso de sistemas coletores para fistulas deve ser considerado desde a fase inicial da fístula, quando possível, antes que se instalem as dermatites. É imprescindível o conhecimento da anatomia e fisiologia dos sistemas acometidos pela fístula bem como as características bioquímicas do conteúdo eliminado pela fístula. PALAVRAS-CHAVE: Fístula Gástrica, Fístula Cutânea, Ferimentos E Lesões

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE COM LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3

Maria Clara Vieira De Moura, Kathyanne Vasconcelos De Meneses, Alice Dantas

Almeida, Tatiana Marques Medeiros, Ana Débora Alcantara Coêlho

INTRODUÇÃO: As lesões por pressão (LPP), são injúrias cutâneas superficiais ou profundas decorrentes do aumento da pressão externa, normalmente em locais de proeminências ósseas. São consideradas indicadores da qualidade de saúde, por serem um dano relevante à qualidade de vida, capaz de aumentar o tempo de internação e, consequentemente, a vulnerabilidade às infecções hospitalares. São classificadas conforme o dano tecidual, da seguinte forma: estágio 1 (Pele íntegra com eritema que não embranquece); estágio 2 (Perda da pele parcial com exposição da derme); estágio 3 (Perda da pele total, com gordura visível podendo conter esfacelo ou escara); estágio 4 (Perda da pele total e tissular com presença de músculo, osso, ligamento); estágio não-classificável (Perda da pele total e tissular, encoberta por esfacelo ou escara). Essas injúrias cutâneas podem ser evitadas pela aplicação de protocolos preventivos que podem ser trabalhados pelo enfermeiro, pois o não seguimento destes resultará no surgimento dessas injúrias. OBJETIVO: Buscamos sistematizar a assistência de enfermagem a uma paciente acometida por LPP no calcâneo esquerdo estágio 3, a partir do referencial teórico de Wanda Horta, enfatizando o papel do enfermeiro no cuidado holístico ao cliente. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência do acompanhamento a uma paciente com LPP no calcâneo esquerdo estágio 3 internada em unidade pulmonar de um hospital terciário do município de Fortaleza/CE, em outubro de 2018. Esse deste estudo partiu de vivências práticas da disciplina de Semiotécnica do Curso de Graduação em Enfermagem de uma Universidade no município de Fortaleza/CE, desenvolvido em uma unidade pulmonar de um hospital terciário no município de Fortaleza/CE. RESULTADOS: Paciente, sexo feminino, 58 anos, hipótese diagnóstica de Estenose de traquéia. Encontrava-se consciente, orientada e verbalizando, eupnéica em ar ambiente, acianótica, anictérica e com acesso venoso periférico (AVP) em membro superior esquerdo (MSE) dia 3 (D3). Apresentava LPP estágio 3 no calcâneo com a presença de esfacelo no leito, bordas regulares e maceradas, medindo 3,5x3cm. Dentre os diagnósticos de enfermagem identificados, destacaram-se: integralidade da pele prejudicada relacionada a pressão sobre saliência óssea e umidade; integridade tissular prejudicada relacionada a conhecimento insuficiente sobre proteção da integridade tissular e umidade; e, risco de infecção relacionado a alteração na integridade da pele. Mediante esses diagnósticos traçamos o plano de cuidado direcionado para a manutenção da pele limpa e seca, troca de curativos diários com papaína a 4% e, mudança de decúbito de 2/2 horas. Com base na Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) podemos citar a Integridade tissular de pele e mucosa relacionada a cuidados da pele com tratamentos tópicos e, supervisão da pele. Além disso, os demais resultados esperados, segundo Wanda Horta, devem ser voltados para o auxílio na recuperação do paciente no sentido de promover o autocuidado através da educação e, torná-lo independente da assistência. Entretanto, não foi possível manter o acompanhamento da paciente. CONCLUSÃO: Tendo em vista que o campo de prática abrange de forma ampla a aplicabilidade da SAE, faz-se necessário a identificação dos diagnósticos de enfermagem a partir da obtenção do histórico clínico do paciente que auxiliará no planejamento dos cuidados de maneira efetiva. PALAVRAS-CHAVE: Lesão Por Pressão, Enfermagem, SAE.

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PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES CRÍTICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ravena Vaz Feitosa Castelo Branco, Gessica Linhares Melo, Janne Mila Dócio Lima,

Jaqueline Aparecida dos Santos Sokem, Fabiana Perez Rodrigues Bergamashi, Fabiane Melo Heinen Ganassin

INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) prestam atendimento à pacientes críticos e com fatores de risco para o desenvolvimento de lesões de pele. Atualmente, uma das lesões mais prevalentes nestes setores são as lesões por pressão, que são consideradas como um evento adverso da assistência em saúde. Estas representam um grande desafio para os serviços de saúde por contribuírem com o aumento da morbimortalidade, tempo de internação, custos do tratamento e afetarem elevado número de pessoas. OBJETIVO: Compartilhar com a comunidade científica as vivências acerca da implementação de estratégias de cuidado para a prevenção da lesão por pressão (LP) ao paciente crítico. Método: Trata-se de um relato de experiência acerca da prevenção da LP, que atuam em um hospital universitário. Esta unidade realiza assistência referenciada à pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis e atualmente, conta com um Projeto de Qualificação conduzido pela gestão local do hospital, o qual visa à melhoria da qualidade assistencial prestada no serviço crítico com substituição de técnicos de enfermagem por enfermeiros. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atuação dos enfermeiros na assistência direta ao paciente crítico tem contribuído de forma significativa para a redução dos índices de LP, tendo em vista que as prescrições de enfermagem (PE) no tocante aos cuidados com a pele são planejadas e executadas por eles. Estes profissionais têm acesso a um aplicativo de gestão hospitalar, que tem como objetivo a padronização das práticas assistenciais e administrativas, permitindo a criação de indicadores, o que facilita a adoção de projetos de melhorias para a instituição. Para tanto, é disponibilizado um módulo referente à PE, que compreende duas das cinco etapas da sistematização da assistência de enfermagem, são elas: o Diagnóstico de Enfermagem (DE) e o Planejamento. Neste módulo estão contidos os cuidados necessários para cada DE elencado, dentre eles o risco de integridade da pele prejudicada. Dessa forma, os cuidados são prescritos e executados de acordo com as singularidades dos sujeitos, nos quais estão incluídos a mudança de decúbito a cada 2 horas, aplicação da Escala de Braden, hidratação da pele, proteção de proeminências ósseas, manutenção de lençóis limpos, secos e esticados, dentre outros. Para o acompanhamento dos indicadores de LP, foi instituído o dia “D”, que acontece a cada quinze dias, onde os próprios enfermeiros realizam o levantamento de informações que podem sinalizar lacunas na assistência de enfermagemprestada aos pacientes, no que diz respeito à prevenção de LP. Estes dados são compilados e repassados periodicamente pela Comissão de Cuidados com a Pele do Hospital com o intuito de promover um processo crítico e reflexivo com vistas à melhoria das práticas assistenciais em saúde voltadas para a prevenção da LP em pacientes críticos. CONCLUSÃO: A implementação de medidas de prevenção das lesões de pele em pacientes críticos requer um real envolvimento e compromisso da equipe de terapia intensiva. Contudo, diversos fatores contribuem para a não realização destes cuidados. Cabe a cada equipe de saúde identificar estas lacunas e propor estratégias de prevenção da LP de acordo com cada realidade local. PALAVRAS-CHAVE: Unidade de Terapia Intensiva, Segurança do Paciente,Lesão por Pressão.

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OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM E A IMPORTÂNCIA NA ASSISTÊNCIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM LESÃO POR PRESSÃO

Mariana Dantas Coutinho, Inglytty Francisca Oliveira

INTRODUÇÃO: Lesão por pressão (LPP) em pacientes hospitalizados tem sido apontada como um dos indicadores de qualidade da assistência dos serviços de saúde, considerada um indicador direto da qualidade de assistência de enfermagem. Normalmente, no ambiente hospitalar os pacientes apresentam maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de LPP, por apresentarem maior número de determinantes críticos. OBJETIVO: O estudo objetivou investigar os cuidados de enfermagem frente sua importância aos pacientes hospitalizados com LPP. METODOLOGIA: Nos métodos trata-se de uma revisão integrativa, na qual foi realizado um levantamento de produção científica nas bases de dados: Medical Literature Analyse and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF) e Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e Coleciona SUS, utilizando os seguintes descritores: lesão por pressão, assistência hospitalar, cuidado e enfermagem. RESULTADOS: Na busca, foram detectados 270 artigos dos quais após os critérios de inclusão que foram: pertencente ao assunto principal lesão por pressão, cuidados de enfermagem e hospitalização, estar escrito no idioma português, inglês e espanhol, disponível em texto completo e por fim estar compreendido entre os anos de 2014 a 2018 resultou em 35 artigos, os quais foram analisados de acordo com o enfoque da pesquisa e apresentou-se a identificação das seguintes categorias temática: alta carga de trabalho dos profissionais; deficiência de coberturas adequadas, seu alto custo e má direcionamento da equipe; conhecimento incipiente em atualizações em feridas pelos profissionais. CONCLUSÃO: Contudo, podemos concluir que os protocolos preconizados para a prevenção e ao tratamento de LPP pelos membros da equipe de saúde é um problema real. Para que haja maior adesão e utilização dessas diretrizes pelos profissionais na prática clínica, é imprescindível que favoreçam a sua divulgação e implementação de seu conteúdo com vistas à obtenção de melhores resultados na assistência. As práticas do cuidar em enfermagem devem ser baseadas em evidências, as organizações de trabalho devem buscar estratégias para transpor as barreiras que os membros da equipe de saúde encontram para ter acesso a esse conhecimento para que efetivamente tais diretrizes possam ser implementadas e resultem na promoção de práticas seguras que viabilizem uma assistência efetiva e livre de riscos durante o processo de hospitalização em paciente com LPP. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Assistência hospitalar, Cuidado, Enfermagem

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ENFERMEIRO NO CUIDADO DO PACIENTE COM ÚLCERA DE PÉ DIABÉTICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Polyanna Pereira da Silva, Marielle Maria Oliveira Barros, Elayne Kelly Sepedro Sousa,

Jéssica Patrícia de Abreu Melo, Diely Day Rodrigues dos Santos, Francisca Cecília Viana Rocha

INTRODUÇÃO: O pé diabético está entre as complicações mais frequentes da Diabetes Mellitus (DM). Suas consequências podem ser traumáticas, pois envolve desde feridas crônicas até amputações de membros inferiores. O exame periódico dos pés propicia a identificação precoce e o tratamento oportuno das alterações encontradas, possibilitando a prevenção de um número expressivo de complicações do pé diabético. OBJETIVO: Relatar a importância da assistência de enfermagem no atendimento ao paciente com úlcera de pé diabético. METODOLOGIA: Relato de experiência vivenciado durante o período de estágio não obrigatório em um hospital geral do município de Teresina Piauí, no período de agosto a outubro de 2018. RESULTADOS: Os resultados apontam que a assistência de enfermagem é fundamental, visto que o enfermeiro em sua avaliação diária dos pés identifica fatores de risco, evitando assim as amputações. A avaliação deve está associada à história clínica do paciente, pois conhecendo esta e com a mudança de hábitos saudáveis que se evita as amputações prévias. Por meio da educação em saúde é possível ensinar ao mesmo o autocuidado. DISCUSSÃO: Dada a importância do problema representado pela alta incidência, é imprescindível a atuação da equipe multiprofissional, em especial o profissional enfermeiro, tendo um olhar diferenciado para atender as necessidades de acordo com cada paciente, buscando formas de incentivar o autocuidado e estratégias para que as dificuldades sofridas sejam solucionadas. CONCLUSÃO: O convívio com a prática da prevenção de úlcera de pé diabético através da informação quanto alimentação equilibrada, uso do medicamento de forma correta, controle glicêmico e a participação da família são itens imprescindíveis para evitar as amputações e outras complicações, o conhecimento e a prática por parte das acadêmicas é de grande valia melhorando os conhecimentos e auxiliando na assistência preventiva a esse tipo de paciente. PALAVRAS-CHAVE: Pé Diabético, Diabetes Mellitus, Prevenção

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO À PACIENTES COM FERIDAS ONCOLÓGICAS

Francisco Wellyson Ribeiro de Andrade, Lara Rayssa Pires Barbosa, Ana Maria de Moura Fernandes, Raquel Vilanova Araújo INTRODUÇÃO: As feridas neoplásicas são formadas através de infiltrações das células malignas do tumor nas estruturas da pele. Os sintomas prevalentes são dor, odor, exsudato, sangramento e necrose. Essas lesões são passíveis de tratamento, desde que o câncer seja descoberto na sua fase inicial com uma possibilidade de cura, porém, a maioria das neoplasias são descobertas tardiamente, levando à restrição do cuidado paliativo, a fim de controlar os sintomas físicos e psicossociais, uma vez que o tratamento antineoplásico não é mais eficaz. OBJETIVO: Abordar a importância da assistência de enfermagem no cuidado à pacientes com feridas oncológicas com atuação humanizada no cuidado à lesões neoplásicas. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura. As bases de dados utilizadas foram LILACS, BDENF. Com os descritores: Feridas e Lesões; Neoplasias; Enfermagem. e não controlados: Feridas e Lesões; Neoplasias; Cuidados paliativos. Foram incluídos artigos disponíveis na integra e excluídos artigos duplicados, teses, estudo de revisão, dissertação e feridas em animais. Após a busca foram identificados 19, após os critérios de inclusão e exclusão restaram 09 para análise temática de conteúdo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O método paliativo é utilizado quando se identifica presença de feridas oncológicas, na qual é feita avaliação e posteriormente, um plano de cuidados, utilizando os seguintes aspectos: localização da ferida, aparência, tamanho, quantidade e característica do exsudato, dor, odor e presença de infecção. O enfermeiro deve planejar ações referentes a dor, sendo um sintoma que impacta a família, assim como o paciente com o câncer, seu bem-estar social é reduzido à medida que a dor interfere nos papéis e relacionamentos, na sexualidade e na aparência; o conforto espiritual inclui crenças religiosas e a dimensão do sofrimento, assim como o significado da doença e da dor para o paciente. CONCLUSÃO: O presente estudo possibilitou dimensionar e analisar a produção do conhecimento sobre os cuidados paliativos a pacientes portadores de feridas neoplásicas. Nesse contexto, a assistência prestada ao paciente pela equipe multidisciplinar enfatiza-se na atuação humanizada e singular aos pacientes oncológicos, a fim de minimizar os desconfortos físicos e psicossociais gerados por essa eventualidade. PALAVRAS-CHAVE: Feridas e Lesões, Neoplasias, Enfermagem

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jéssica Patricia de Abreu Melo, Marielle Maria Oliveira Barros, Elayne Kelly Sepedro

Sousa, Hyaline Moura Barbosa INTRODUÇÃO: A lesão por pressão é uma lesão de pele ou de tecido subjacente, geralmente localizada sobre uma proeminência óssea, como um resultado de pressão ou combinação de pressão com cisalhamento. Consiste em um grande problema para o sistema de saúde, devido a sua elevada ocorrência, comprometendo a qualidade de vida dos clientes e fazendo com que haja o aumento da morbimortalidade, gerando assim um grande impacto socioeconômico. OBJETIVO: Relatar a importância da educação em saúde sobre a prevenção de lesão por pressão. METODOLOGIA: Relato de experiência vivenciado durante o período de estágio obrigatório na clínica médica de um hospital de urgência do município de Teresina Piauí, no período de agosto de 2018. Foram desenvolvidas palestras em três enfermarias no qual as graduandas explicitaram a importância da mudança de decúbito, hidratação da pele, os cuidados gerais e de higiene com a pele. RESULTADOS: Durante as práticas realizadas no período do estágio hospitalar obteve como resultado a grande importância da assistência de enfermagem na prevenção da lesão por pressão através da educação em saúde e o retorno do conhecimento adquiro do familiar/acompanhante que se tornam importantes porta voz do paciente nos cuidados básicos. DISCUSSÃO: As medidas preventivas frente às lesões por pressão mais presentes são a utilização de escalas de prevenção de risco em paciente hospitalizados, e as práticas educativas quanto aos cuidados com a pele e higiene. Em casos de pacientes em domicílio é necessária à orientação passada dos enfermeiros aos cuidadores acerca de medidas a serem tomadas para a prevenção das lesões, tais como, uma boa ingestão nutricional, hidratação, mudança de decúbito a cada duas horas, evitar umidade em contato com a pele, boa higienização, entre outras, propiciando uma melhor qualidade de vida do paciente. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem papel decisivo, desde a aplicação da escala de BRADEN, identificação do diagnóstico de enfermagem adequado até prescrição de cuidados e educação. Essas ações proporcionam uma melhor qualidade da assistência e uma melhor qualidade de vida aos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Prevenção, Enfermagem

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CUIDANDO DE UMA PACIENTE COM ABDOME ABERTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Gessica Linhares Melo, Elaine Aparecida Mye Takamatu Watanabe, Fabiana Perez

Rodrigues Bergamashi, Janne Mila Dócio Lima, Jaqueline Aparecida dos Santos Sokem, Ravena Vaz Feitosa Castelo Branco

INTRODUÇÃO: Normalmente os pacientes submetidos a uma laparotomia, têm o abdome fechado através da justaposição primária de bordas da aponeurose. Entretanto, existem casos onde é necessário realizar a peritoneostomia, que é um procedimento cirúrgico no qual a cavidade abdominal é deixada aberta, sendo o conteúdo abdominal protegido temporariamente por diferentes materiais. Este procedimento é realizado em casos de hemorragias intra-abdominais, no tratamento de sepse abdominal e na prevenção e tratamento Síndrome Compartimental Abdominal. Um dos materiais utilizados temporariamente na cobertura do abdome aberto é a Bolsa de Bogotá, devido o seu baixo custo e efetividade, mesmo existindo outros métodos mais eficazes para este tipo de tratamento, como é o caso aplicação de pressão negativa. OBJETIVO: Compartilhar com a comunidade científica a experiência vivenciada durante os cuidados a uma paciente com fechamento abdominal temporário através da Bolsa de Bogotá. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras que atuam em uma UTI adulto de um hospital universitário do Centro-Oeste, acerca dos cuidados a uma paciente com sepse de foco abdominal devido a tuberculose intestinal que resultou com a realização de uma peritoneostomia e instalação da Bolsa de Bogotá. RESULTADOS: Realizar os cuidados a esta paciente com abdome aberto exigiu de nós enfermeiras, uma série de conhecimentos relacionados ao cuidado deste tipo de lesão, ao controle da dor, ao controle do fator emocional e nutricional, a prevenção de infecções relacionadas à assistência em saúde e de complicações como as dermatites, fístulas abdominais e até complicações mais graves como choque séptico. Nossa experiência no cuidado desta paciente permeou no planejamento e desenvolvimento de um plano de cuidados multiprofissional, que contemplou não apenas os cuidados biomédicos, mas que levou em consideração os fatores biopissicosociais da paciente. Nesta perspectiva eram realizadas visitas multidisciplinares diariamente beira leito, sempre com a participação da paciente que era consciente e orientada, e em algumas vezes dos familiares, com o objetivo de traçar o melhor plano terapêutico. Durante todo o período de internação, manejar os cuidados a esta paciente foi desafiador, quase diariamente era encaminhada ao centro cirúrgico para limpeza e irrigação da cavidade intra-abdominal, além de correção de fístulas intestinais. Outra complicação a esta paciente foi o surgimento de uma dermatite periferida severa, que causava bastante desconforto e dor. Ao mesmo tempo, essa experiência foi relevante considerando a atuação da equipe multiprofissional, que beneficiou significativamente os cuidados prestados de maneira efetiva até a alta da paciente, desconstruindo o mal prognóstico da doença. CONCLUSÃO: O processo de cuidado desta paciente foi importante não apenas para a equipe de enfermagem, mas para toda a equipe multiprofissional, pois auxiliou no aperfeiçoamento de diversas fragilidades terapêuticas encontradas no meio do percurso e fortaleceu a interação da equipe e o olhar crítico e reflexivo aos cuidados deste tipo de lesão. PALAVRAS-CHAVE: Cuidado de enfermagem, procedimento cirúrgico, ferida cirúrgica.

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PRODUÇÃO CIENTÍFICA ACERCA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES DIABÉTICOS COM ÚLCERAS DE PÉ

Leia Simone Feminino de Sousa, Eysland Lana Felix de Albuquerque, Leonilson

Neri dos Reis, Ernando Silva de Sousa, Tatyanne Silva Rodrigues INTRODUÇÃO: O pé diabético é uma das complicações mais frequentes, ocasionando as reulcerações, perda de mobilidade e diminuição da qualidade de vida, amputações de membros inferiores, correspondendo entre 40% a 60% das amputações não traumáticas. Tem relação com o tempo de duração do diabetes, a idade, a demora no início do tratamento adequado e à baixa adesão a esse tipo de enfermidade. As úlceras do pé diabético suscitam crescente atenção devido à gravidade das situações e elevado número de diabéticos. A falta de vigilância dos pés dos diabéticos é um problema existente, que limita a identificação dos fatores de risco, a prevenção e a intervenção. OBJETIVOS: Identificar a produção cientifica disponível na literatura acerca dos cuidados de enfermagem a pacientes diabéticos com úlceras de pé. MATERIAIS E MÉTODOS: A busca foi feita através das bases de dados: LILACS, SCIELO e BDENF. Optou-se por utilizar publicações nacionais e internacionais referentes aos anos de 2012 a 2018. Foram usados isoladamente e em combinação para realização da pesquisa. Foram utilizados como descritores, diabetes mellitus, pé diabético e enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 20 artigos encontrados apenas 10 estavam nos critérios de inclusão, sendo 2 artigos de 2012, 1 artigos de 2013, 1 artigos de 2014, 3 artigos de 2016, 1 artigos de 2017 e 2 artigos de 2018. Ressalta-se que foram excluídas as publicações no formato de teses, monografias, bem como aquelas fora do período estabelecido. Observou-se que, o reconhecimento precoce da causa e a prontidão do cuidado das úlceras são fundamentais para um bom resultado funcional. O conhecimento dos fatores que contribuem direta ou indiretamente com o desenvolvimento das lesões em pés, para subsidiar o planejamento do cuidado à pessoa com DM, poderá contribuir com a diminuição da prevalência das lesões e, consequentemente, das amputações. O enfermeiro tem um importante papel, como educador, orientando o paciente no auto-cuidado preventivo, sendo importante o acompanhamento efetivo ao paciente diabético no diagnóstico precoce e prevenção, promoção de grupos de apoio, além das orientações necessárias quanto ao controle da glicemia, destacando a importância da adesão a hábitos de vida mais saudáveis. CONSIDERAÇOES FINAIS: Portanto, os resultados obtidos com a realização deste estudo colocam em evidência uma problemática de grandes repercussões a vários níveis. A intervenção no âmbito da prevenção dos riscos associados ao pé diabético e determinação do risco de ulceração implicam o envolvimento de muitos profissionais de saúde qualificados, abrange uma população alvo imensa e exige conhecimentos e procedimentos específicos dos profissionais, utentes e familiares. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus, Pé Diabético, Enfermagem.

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EVOLUÇÃO SATISFATÓRIA DA LESÃO POR GANGRENA DE FOURNIER: RELATO DE CASO

Cliciane Furtado Rodrigues, Nirvania do Vale Carvalho, Grazielle Roberta Freitas Silva,

Helson James Norberto Soares, Maria dos Remédios Andrade Cândido, Giovana Brandão Veneziani

INTRODUÇÃO: Gangrena de Fournier é uma doença infecciosa grave com início agudo e progressão fulminante para sepse com altos níveis de morbimortalidade, caracteriza-se por uma fasceiíte necrosante progressiva que acomete a genitália e região perineal, sendo mais prevalente em homens. OBJETIVO: Descrever a evolução satisfatória de uma lesão por gangrena de Fournier através de curativos realizados por Enfermeiro. Metodologia: Relato de caso de um paciente com diagnóstico de gangrena de Fournier em um hospital público de urgência de Teresina (PI). Relato do caso: M.A.A., 59 anos, sexo masculino, sequelado de acidente vascular cerebral, admitido em 09/09/18 com quadro clínico de taquidispnéia intensa associada a febre, região escrotal com edema difuso, hiperemia e área de necrose infectada. Diagnóstico médico, gangrena de Fournier. Em 10/09/18 realizou desbridamento cirúrgico de região escrotal, cistostomia e colostomia. Dia 12/09/18 foi encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo, permanecendo por 23 dias nesta unidade. Neste período permaneceu com sedoanalgesia contínua, sob ventilação mecânica, uso de drogas vasoativas e antibioticoterapia; apresentando lesão da região escrotal com odor fétido e exsudato de intenso a moderado. Curativos realizados pelo Enfermeiro, cobertura primária espuma de poliuretano com prata e secundária compressa estéril, troca a cada 02 dias. Não há especificações nos registros sobre solução de limpeza utilizada. Em 05/10/18 foi transferido para a Unidade de Cuidados Intermediários, consciente, orientado, traqueostomizado em aporte de oxigênio por macronebulização contínua, sem antibioticoterapia. O curativo da lesão foi realizado dia seguinte com a mesma conduta da unidade intensiva. Em 09/10/18 houve piora do quadro geral, foi reiniciado antibioticoterapia sistêmica, a lesão encontrava-se com presença de tecido de necrose de liquefação, exsudato intenso a moderado seropurulento com odor fétido. Curativos realizados pelo Enfermeiro, limpeza com clorexidine degermante 2% e soro fisiológico 0,9% em toda região pélvica e lesão com lavagem abundante; cobertura primária fibra de alginato de cálcio e sódio e secundária compressa estéril. Seguiu-se esta conduta com troca em dias alternados. Em 24/10/18 acrescentou-se à essa conduta o banho de papaína 100% 01 grama em pó diluída em 10 mililitros de água destilada embebida em gaze no leito da lesão por 20 minutos após a limpeza. RESULTADOS: Observou-se que no início do tratamento da lesão com cobertura de espuma de poliuretano não obteve resposta eficaz, evidenciado pela persistência do exsudato purulento com odor e tecido desvitalizado. Ao mudar a conduta com uma limpeza eficaz e uso da fibra de alginato e cálcio, houve redução no odor, na quantidade de exsudato e diminuição da necrose, mas tecido desvitalizado ainda permanecia no leito da lesão. A partir do uso da papaína percebeu-se a diminuição progressiva do exsudato e do tecido desvitalizado e o aumento do tecido de granulação com melhora significativa da lesão. CONCLUSÃO: A assistência direta do Enfermeiro e sua avaliação contínua, possibilitou mudanças na conduta do curativo resultando em melhora da lesão, evidenciando a importância desse profissional na abordagem multidisciplinar e na obtenção de bons resultados, reduzindo a alta taxa de mortalidade dessa doença grave. PALAVRAS-CHAVE: Gangrena de Fournier, Curativos, Assistência de Enfermagem

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PAPEL DO ENFERMEIRO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS A AMPUTAÇÃO EM DECORRÊNCIA DE DIABETES MELLITUS: UMA REVISÃO

INTEGRATIVA

Lucas Pessoa e Silva, Anna Carolinny Ivo Ferreira, Sandra Marina Gonçalves Bezerra INTRODUÇÃO: Amputação é a retirada de parte do corpo, geralmente de um membro de forma cirúrgica. E hoje, uma das principais causas de amputação é o diabete descompensado. Nos últimos anos, o pé diabético vem sendo discutido por muitas organizações e instituições para que a redução chegue a 50%. Diante deste agravo, a discussão acerca do processo de reabilitação de pacientes amputados revela-se atual, devendo ocupar espaço de destaque entre os profissionais de saúde. OBJETIVO: Levantar as evidências científicas sobre o papel do enfermeiro no processo de reabilitação de pacientes amputados em decorrência de D.M. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, cuja coleta de dados ocorreu em março de 2018, mediante a estratégia PICo (Problema: amputação por DM; Intervenção: cuidados de enfermagem; e Contexto: reabilitação de pacientes), onde se utilizou como banco de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e os descritores em Ciências da Saúde: amputação, cuidados de enfermagem, reabilitação, utilizando os operadores booleanos OR e AND para a elaboração da equação de busca. Considerou-se como critérios de inclusão estudos publicados entre 2014 e 2017, encontrados na íntegra e que responderam à questão norteadora. Foram excluídos os artigos repetidos. RESULTADOS: Após a busca, guiado pelos critérios de inclusão e questão norteador “Quais as estratégias utilizadas pelo enfermeiro na reabilitação de pacientes amputados?” Restaram 6 artigos, sendo 3 em inglês, 2 em português e 1 em espanhol. Os enfermeiros foram os primeiros autores em 100% da amostra. As bases de dados predominantes foram BDENF com 3 artigos (50%) e MEDLINE com 2 artigos (33,3%) Os anos que mais publicaram foram 2014 e 2017, cada um com 2 publicações (66,6%), seguido de 2015 e 2016 com 1 artigo cada (33,3%). As temáticas mais relevantes foram “Reabilitação do paciente amputado” com 3 artigos (50%), “Gestão de dor de em membro fantasma” em 2 artigos (33,3%), “Inovação e Tecnologia para reabilitação” em também 2 artigos (33,3%). CONCLUSÃO: O cuidado às pessoas amputadas exige esforços específicos, criando uma maior necessidade de desenvolvimentos desde políticas públicas à disponibilidade de centros de referenciamento e contra-referência para a reabilitação desses pacientes, assim contribuindo com o trabalho da equipe de enfermagem com melhores tecnologias alternativas no cuidado de pacientes com amputações resultando em uma reabilitação efetiva e com minimização de dados psicossociais. PALAVRAS-CHAVE: Amputação, cuidados de enfermagem, reabilitação,

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DE ENFERMAGEM PARA O FATURAMENTO DO CURATIVO GRAU II: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Cliciane Furtado Rodrigues, Nirvania do Vale Carvalho, Grazielle Roberta Freitas Silva,

Helson James Norberto Soares

INTRODUÇÃO: O curativo é um procedimento amplamente realizado dentro de uma instituição hospitalar pelo profissional enfermeiro, sendo que o procedimento curativo grau II, o qual trata lesão aberta com grande área de tecido afetado em extensão, profundidade, exsudato, com ou sem desbridamento; quando devidamente registrado, gera um faturamento de R$32,40 da tabela unificada de procedimento do SUS (SIGTAP). Para a efetivação do faturamento hospitalar é necessário o repasse correspondente ao processamento dos dados referente à assistência prestada. É indiscutível a importância dos registros de enfermagem no prontuário dos pacientes, sendo indispensáveis tanto para o processo do cuidar, como para garantir a geração de dados para o faturamento hospitalar; porém ainda ocorrem falhas nesses registros. A ausência ou registro inadequado da assistência prestada leva à perda de dados e impossibilita o faturamento dos procedimentos, onerando os custos para os serviços de saúde levando preocupação aos gestores, logo são procuradas medidas para melhorar o faturamento hospitalar com o objetivo de equilíbrio financeiro dos serviços de saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma ação educativa com enfermeiros, sobre a importância do registro de enfermagem do curativo grau II, para garantir o faturamento desse procedimento, em um hospital público de urgência de Teresina (PI). Metodologia: Relato de experiência de uma apresentação expositivo-dialogada, com 16 enfermeiros e 17 acadêmicos de enfermagem, onde foram expostos conceitos e realizados discussões sobre faturamento hospitalar do procedimento curativo grau II, importância do registro de enfermagem, como melhorar os registros dos curativos e simulação de casos clínicos. Resultados: Muitos desconheciam o conceito do procedimento curativo grau II e o valor pago pelo SUS, alguns referiram a alta demanda de atividades como dificuldade para o registro adequado do procedimento realizado, foi sugerido que o enfermeiro recebesse um percentual do procedimento faturado como forma de incentivo. A principal dificuldade percebida pelo facilitador foi o desconhecimento do pagamento desse procedimento e a baixa adesão dos profissionais da instituição a se fazerem presentes na atividade proposta. CONCLUSÃO: A realização de educação em saúde no serviço hospitalar sobre o referido tema trouxe questionamentos sobre o processo de faturamento do curativo grau II, assim como a importância do adequado registro do procedimento, além de evidenciar a importância do profissional enfermeiro dentro da instituição para o desenvolvimento de uma assistência de qualidade, sem perder de vista os custos, em um contexto atual de escassez de recursos financeiros. PALAVRAS-CHAVE: Curativos, Registros de Enfermagem, Faturamento

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM DOENÇA DO PÉ DIABÉTICO

Wevernilson Francisco de Deus, Victorugo Guedes Alencar Correia, Eduardo de Oliveira

Martins Dantas, Bartolomeu da Rocha Pita, Maria Ilma Barroso Leal de Carvalho, Henrique da Rocha Carvalho

INTRODUÇÃO AO TEMA: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia que quando não controlada adequadamente podem surgir complicações de difícil tratamento, entre elas a conhecida doença do pé diabético que ocorre por motivo de um comprometimento do sistema nervoso que leva a diminuição da sensibilidade protetora dos pés e o paciente só percebe que algo está fora da normalidade quando a ferida já está extensa ou com odor fétido tornando-se uma lesão com mais vulnerabilidade a infecções podendo ocasionar em amputações. OBJETIVO: Relatar a experiência obtida no cuidado a um paciente com pé diabético demonstrando a importância da Assistência de Enfermagem com obtenção de diagnósticos. METODOLOGIA: Trata- se de um relato de experiência realizado em outubro de 2018, a partir da Assistência de Enfermagem (AE) a um paciente internado em um hospital público de Picos-PI para tratamento da doença do pé diabético. Participaram profissionais e acadêmicos de enfermagem e foram traçados Diagnósticos de Enfermagem (DE) seguindo a taxonomia da NANDA-I. RESULTADOS: Na experiência foi visto que o paciente apresentava ferida no pé esquerdo no qual houve explanação a respeito da doença, avaliação com palpação cuidadosa do pé à procura de áreas sensíveis e trocas de curativos. A ferida diabética foi inspecionada e suas características como largura, coloração e profundidade descritas para acompanhamento. Os DE obtidos foram: Integridade da pele prejudicada, caracterizado por estado metabólico prejudicado. Risco de glicemia instável, relacionado à falta de controle do diabetes. Riscos de quedas relacionados à mobilidade física prejudicada. O tratamento é multidisciplinar e o mais importante é a sua prevenção, portanto, foram feitas orientações de controle da glicemia para que ocorra a cicatrização, cuidado com o membro e controle higiênico da ferida com trocas de curativos diariamente com finalidade de evitar infecção. Além disto, orientou-o para a inspeção regular das partes corporais periodicamente, evitar andar com os pés descalços e ter uma alimentação saudável e adequada. CONCLUSÃO: A doença aqui estudada requer cuidados e acompanhamentos de enfermagem para que se tenha um bom desenvolvimento na melhora e afaste o risco de ocorrências de complicações com gravidades mais sérias como uma amputação. Uma AE prestada de forma adequada com obtenções de diagnósticos de enfermagem proporciona ao paciente uma maior segurança, pois, fornecem ações de cuidados com melhoria na qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Saúde, Ferida, Diagnóstico de Enfermagem.

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O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Thátila Larissa da Cruz Andrade, Ruth Elen Alcântara Chaves, Alice da Silva Souza,

Francisco Lira de Araújo, Fabiana Chaves de Oliveira, Bárbara Mendes Campos INTRODUÇÃO: A lesão por pressão (LP) é um problema clínico gravíssimo, na qual afeta milhões de pacientes. É definida como uma lesão localizada na pele ou tecidos moles subjacentes, onde geralmente se encontra sobre uma proeminência óssea, ou relacionado ao uso de um dispositivo ou outro acessório. Sendo assim, o enfermeiro tem um papel de suma importância na avaliação e no tratamento dessas lesões, tendo a responsabilidade de sensibilizar, incentivar e oferecer treinamento para equipe, para que assim, a mesma siga os padrões definidos de tratamento, além de implantar medidas preventivas para obtenção de resultados positivos. OBJETIVO: Descrever através de uma revisão integrativa da literatura sobre a importância da enfermagem na prevenção, avaliação e tratamento da LP. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, a fim de expor a importância da enfermagem na prevenção, avaliação e tratamento da LP. Elaborada no período de agosto e setembro de 2018, sendo que para construção foram selecionados artigos científicos dos anos de 2015 a 2017, todos escritos em português, encontrados nas seguintes bases de dados: Google Acadêmico e Sciello. RESULTADOS: Identificou-se que é imprescindível a atuação do enferme iro na prevenção, avaliação e tratamento da LP, pois a mesma proporciona diversas repercussões negativas para os pacientes, familiares e cuidadores, sendo necessário o acompanhamento direto desses clientes, para que essas lesões não se desenvolvam. Assim sendo, a enfermagem é responsável por uma assistência direta e continuada aos pacientes, o que lhe confere um papel de destaque na prevenção, avaliação e tratamento deste problema de saúde. CONCLUSÃO: Portanto, a atuação do profissional de enfermagem se encontra em todo o contexto no que tange LP, e que a tomada de ações imediatas, bem como baseadas na assistência de enfermagem será capaz de evitar o desenvolvimento de novos casos. PALAVRAS-CHAVE: Lesão Por Pressão, Assistência De Enfermagem, Prevenção

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INTERNAÇÕES POR QUEIMADURA E CORROSÕES NO ESTADO DO PIAUÍ DE 2016 A 2018: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

Renizy Pereira Santana, Vania Beatriz Rodrigues Ferreira da Penha, Matheus Benjamim Silva Carvalho, Suelen Cristina Ramos da Rocha, Izaiane Paes Ribeiro de Sousa, Ana

Lívia Castelo Branco de Oliveira INTRODUÇÃO: A pele é o maior órgão do corpo humano e estar suscetível a traumas, como a queimadura. Este tipo de lesão é classificável de acordo com a sua profundidade; e pode ser causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. O resultado são lesões reversíveis e irreversíveis, como lesões à pele, mucosas, músculos, vasos sanguíneos, nervos e até ossos. Nesta dinâmica, o organismo tenta restabelecer de modo fisiológico a continuidade epitelial. As queimaduras podem ser consideradas contaminadas em razão da sujidade do local da ocorrência que leva a imediata colonização por microrganismos e rápida proliferação de tecido desvitalizado. Justifica-se a necessidade de limpeza das feridas (curativos) e desbridamento de tecidos não viáveis para que propiciem um ambiente ideal a reparação tecidual. OBJETIVO: Caracterizar os casos de Internações por queimadura e corrosões, no Piauí, no período de janeiro de 2016 a agosto de 2018. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico, de aspecto documental, retrospectivo, cuja abordagem é quantitativa. Foi realizado a partir da notificação dos casos de internações por queimadura e corrosões, no Piauí, no período janeiro de 2016 a agosto de 2018, contidos no site do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde. Os dados foram coletados em outubro de 2018 e estratificados segundo sexo, faixa etária, município de internações e quanto ao caráter de urgência. Os dados foram tabulados e analisados por meio de análise descritiva simples no programa “Microsoft Excel 2016”. A pesquisa em questão não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de uma análise de dados secundários de acesso público. RESULTADOS: Neste período foram registrados no Piauí 1.104 casos de internações por queimadura e corrosões. A respeito da caracterização sociodemográfica, a maioria dos casos ocorreu entre homens, 713 (65%), com faixa etária entre 1 a 4 anos, 319 (29%). Com relação ao município, em Teresina, capital do estado, foram realizados 1056 (96%) dos casos de internações. A despeito do atendimento dos casos, 1091 (99%) tinham caráter de urgência. A pesquisa mostrou que as internações de queimadura e corrosões são mais prevalentes no sexo masculino, principalmente em decorrência dos ambientes e formas de trabalhos ao qual esses se submetem. Já com relação a idade, os dados são preocupantes, pois os principais indivíduos submetidos as internações por esse agravo foram crianças nas primeiras fases da infância, menores de cinco anos, sendo também observado que a prevalência dos casos é de internações de caráter de urgência e principalmente ocorridas na capital do estado. CONCLUSÃO: É de suma importância o profissional de enfermagem esteja devidamente capacitado para desempenhar os cuidados adequados a esses clientes, em suas diversidades e contextos, com o objetivo de prevenir a sepse e evitar os procedimentos invasivos. Deve-se considerar que o paciente com queimaduras/corrosões tem além da dor física, o aspecto emocional, que deve ser cuidado e trabalhado pelo enfermeiro e também pela equipe interdisciplinar. PALAVRAS-CHAVE: Queimaduras, Ferimentos e Lesões, Assistência.

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS DE UMA INSTITUÇÃO HOSPITALAR SOBRE LESÃO POR PRESSÃO

Jéssica Loureiro Mendes Silva, Maria dos Remédios Farias dos Santos, Isadora Ihorana

Melo Pinho, Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino INTRODUÇÃO: Lesões por pressão (LP) são feridas na pele ou em tecidos subjacentes provocadas por pressão em proeminências ósseas associadas a fatores intrínsecos e extrínsecos. O índice de incidência e prevalência de LP são considerados indicadores de qualidade da assistência em instituições hospitalares, pois provocam dor e sofrimento ao paciente e família, prolongam o tempo de internação e custos assistenciais. Compete a enfermagem gerenciar o cuidado desse agravo, o que torna de suma importância o conhecimento sobre a temática. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento de enfermeiros sobre LP de uma instituição hospitalar. Identificar as lacunas dos profissionais sobre o agravo. MÉTODO: Estudo descritivo quantitativo com 34 enfermeiros de um hospital por meio de aplicação de questionário sociodemográfico, formação educacional e experiência profissional, e utilização do instrumento de Pieper & Mott com 41 itens sobre prevenção de LP. Os dados obtidos do teste de conhecimento de 34 enfermeiros foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19.0 em que se apresentam em tabelas, utilizando frequências e percentuais mediante estatísticas descritivas e medidas de tendência central e dispersão para algumas variáveis em que foram apresentadas a média e o desvio padrão. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da instituição hospitalar em estudo e pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Os resultados obtidos mediante aplicação do instrumento de Pieper & Mott com 34 enfermeiros foram organizados em cinco tabelas, em que primeira apresenta a caracterização sociodemográfica, formação educacional e experiência profissional, a segunda tem 10 itens sobre avaliação e classificação de LP, a terceira com 14 itens acerca dos fatores de risco, a quarta com 17 itens referentes a medidas preventivas, e, por último, a quinta tabela com a síntese do resultado total do teste de conhecimento dos enfermeiros sobre LP O teste de conhecimento evidenciou nível de conhecimento inadequado uma vez que é necessário escore maior que 37 pontos que corresponde índice de acerto igual ou maior que 90% para o nível de conhecimento ser considerado adequado. A maioria dos enfermeiros obtiveram escore entre 29 e 36 pontos (58,8%) com média de 29 pontos (dp 4,3), alcançando, assim, índice de acertos entre 70 e 89,9% e uma média de 70,6% (dp 10,6). CONCLUSÃO: O nível de conhecimento inadequado sobre LP reflete a necessidade de constante atualização dos profissionais. Para tanto, é necessário que a instituição hospitalar esteja junto aos enfermeiros, promovendo a educação permanente para o alcance de mudanças na qualidade do cuidado com as feridas, obtendo, por consequência, uma assistência qualificada aos pacientes, familiares e reconhecimento da instituição hospitalar. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Conhecimento, Lesão por pressão

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EFETIVIDADE DA PAPAINA NO TRATAMETO DE FERIDAS

Tagila Andreia viana dos santos, Josiani Magalhães Teixeira Alencar, Kellry Fernanda da Silva Gomes de Freitas, Daniely Matias Facundes, Dayane Hipólito de Moura, Patrícia de

Azevedo Lemos Cavalcanti

INTRODUÇÃO: O enfermeiro desempenha um papel muito importante na avaliação da ferida e diante dos recursos e tecnologias, lançados pelas indústrias, torna-se necessário avaliar as melhores opções de coberturas, considerando efetividade e menor custo. A papaína é uma enzima proteolítica de origem vegetal extraída do látex do mamão (Carica papaya), com ação bacteriostática, bactericida e anti-inflamatória. E ainda, realiza desbridamento enzimático seletivo, além de promover o alinhamento das fibras de colágeno o que proporciona um crescimento tecidual uniforme OBJETIVO: Avaliar na literatura a efetividade da papaína no tratamento de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), SCIELO e LILACS. A coleta dos dados ocorreu de março a junho de 2017, os descritores utilizados foram enfermeiro, ferida e papaína. Os critérios de inclusão foram atender a temática do estudo, pesquisas realizadas em território nacional (Brasil) e publicadas nos últimos 10 anos. Através desses critérios foram selecionados 13 artigos para construção deste estudo. RESULTADOS: Foram encontrados 13 artigos, sendo 11 publicações de revisão de literatura, 01 de pesquisa de campo e 01 ensaio clínico. Houve variedade dos tipos de apresentação do produto: pó, gel, creme e soluções, e concentrações: 2% a 10%, com conhecimento adequado para sua utilização conforme estágio da lesão. Os resultados também evidenciaram que a papaína é usada em feridas de diversas etiologias e em todas as fases da cicatrização, sem contraindicações específicas, sendo efetiva e segura, embora haja relatos de ardência e dor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro desempenha um papel importante na avaliação da ferida sendo necessário selecionar as melhores opções de coberturas, considerando efetividade e menor custo. Há necessidade de serem desenvolvidos novos estudos, na área de enfermagem, para avaliar com maior precisão, a efetividade em nas concentrações de papaína no processo de cicatrização de feridas. PALAVRAS-CHAVE: Enfermeiro, Ferida, Papaína

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LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A IMOBILIZAÇÃO GESSADA: VIVÊNCIAS EM UMA SALA DE PROCEDIMENTOS

Maria Aliny Pinto da Cunha, Maria Tamires Alves Ferreira, Ana Maria Santos da Costa,

Elizangela Pereira da Silva Santos INTRODUÇÃO: A lesão por pressão é um dano que fica localizado na pele e/ou tecidos moles, onde ocorre geralmente sobre proeminências ósseas. A lesão pode apresentar-se como pele integra ou como úlcera aberta, podendo ou não ser dolorosa, e ocorre sendo resultado de pressão prolongada ou intensa, combinada ao cisalhamento. Entre a classificação das LPPs, estão: Estágio 1; Estágio 2 Estágio 3; Estágio 4; Lesão por Pressão não Estadiável; Lesão por Pressão Tissular Profunda; Lesão por Pressão em Membrana Mucosa e a Lesão por Pressão relacionada a Dispositivos Médicos. A última categoria resulta do uso de dispositivos utilizados para fins diagnóstico ou terapêuticos, como é o caso das imobilizações ortopédicas. OBJETIVO: Relatar a ocorrência, durante um estágio extracurricular, de casos de LPPs em pacientes que realizaram imobilização gessada. MÉTODOS: O trabalho aborda um relato de experiência de estágio extracurricular que ocorreu em uma sala de procedimentos de um hospital de médio porte da cidade de Teresina (PI), nos meses de maio e junho do ano de 2018. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se, além da observação estruturada, a participação em práticas clínicas, análise de estrutura física, assim como análise de prontuários e participação em práticas gerenciais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A sala de procedimentos em que foi vivenciada a experiência, fica localizada no setor de ortopedia do hospital em questão, onde nela são realizados curativos e retiradas de pontos, feitos por enfermeiros ou acadêmicos de enfermagem. Além de imobilizações gessadas ou não gessadas, ficando esses procedimentos sob responsabilidade dos técnicos em imobilizações. Diante da conciliação de tais procedimentos, foi possível para as autoras observarem algumas singularidades que estão relacionadas ao cuidar em enfermagem, onde, diante de troca de talas, curativos com talas ou retirada de gesso, notou-se a queixas de alguns pacientes referente a dores em calcâneos e tornozelos, que, ao serem examinados, percebeu-se uma hiperemia não branqueável, (caracterizando LPP estágio 1), e em alguns casos, uma lesão com perda parcial da pele e exposição da derme (caracterizando LPP estágio 2). CONCLUSÃO: A experiência foi significativa para as autoras, onde pode-se perceber que as LPP´s podem ocorrer em diferentes e mais variadas situações, sendo preciso o devido cuidado e prevenção sempre que houver risco, mesmo que mínimo. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão; Cuidados de enfermagem; Imobilização.

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CUIDADO DE ENFERMAGEM À LESÃO POR PIODERMA GANGRENOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Adriana Jorge Brandão, Joyce Soares e Silva, Verônica Ellis Araújo Rezende, Iana

Cibelly Moreira de Vasconcelos, Adelice Gangussu Oliveira Gois, Janara Batista da Cruz

INTRODUÇÃO: O Pioderma Gangrenoso (PG) é uma dermatose rara não infecciosa. Manifesta-se através de lesões cutâneas ulceradas e dolorosas com evolução rápida e progressiva. Aproximadamente metade dos casos está associada a condições sistêmicas, principalmente doença inflamatória intestinal e artrite reumatoide. O cuidado com a lesão associado à terapêutica farmacológica é fundamental para otimizar o processo de cicatrização. OBJETIVOS: Descrever a experiência com os cuidados de enfermagem na lesão por PG. METODOLOGIA: Trata- se de um relato de experiência sobre a assistência de enfermagem prestada à cliente com lesões por Pioderma Gangrenoso no Hospital Universitário do Piauí. RESULTADOS: Observou-se que o conhecimento sobre o processo de fisiopatologia do PG faz-se essencial no planejamento das ações de enfermagem direcionadas ao manejo adequado das lesões provocadas por essa dermatose. As lesões do presente relato encontravam-se com excesso de tecido desvitalizado e aparente sujidade. Inicialmente foi realizada limpeza das lesões com solução de Polihexanida Biguanida (PHMB), agente antiséptico, e desbridamento mecânico do tecido necrosado já com parte descolado. Percebeu-se, então que havia necessidade de desbridamento cirúrgico da lesão para que uma cobertura fosse indicada. No dia seguinte após procedimento de limpeza cirúrgica optou-se pela utilização do curativo de hidrofibra com prata associado à espuma de poliuretano com prata, necessitando de troca diária. Houve melhora significativa da lesão com redução do exsudato e das áreas necróticas. Em seguida, então, utilizou-se apenas hidrofibra com prata e cobertura secundária com gazes e atadura com trocas mais espaçadas somente do secundário. Notou-se importante evolução no processo de cicatrização com redução significativa das dimensões da lesão bem como presença de bom tecido de granulação. Em seguida, optou-se pelo hidrogel já que o leito se encontrava seco, mas ainda com pouco esfacelo. Quando existia apenas tecido de granulação, a cobertura escolhida foi gaze de Rayon embebida com Ácidos Graxos Essenciais (AGE). O cuidado foi finalizado utilizando-se somente gaze com AGE até a completa cicatrização. CONCLUSÃO: Observou-se que o conhecimento sobre o processo de cicatrização para a escolha adequada do curativo ideal foi de fundamental importância para o êxito do cuidado realizado. Dessa forma, o cuidado de enfermagem deve estar embasado na escolha do curativo ideal e no manejo adequado da lesão nos diferentes estágios da cicatrização. Contribuições à Estomaterapia: Percebeu-se, também, que essa experiência poderá ser importante contribuição na criação de protocolo direcionado à esse tipo de lesão já que a literatura aponta geralmente cuidados sistêmicos e pouca recomendação quanto aos curativos. PALAVRAS-CHAVE: Cuidado de Enfermagem, Ferimentos e lesões, Pioderma

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LESÃO POR PRESSÃO: CUIDADO DO ENFERMEIRO AO IDOSO ACAMADO NA ATENÇÃO BÁSICA

Dalila Maria Matia Coelho, Vera Lúcia Evangelista Luz, Tereza Cristina De Araújo Silva, Diego Cipriano Chagas, Eliene De Sousa Silva, Manoela Glenda Fernandes De Sousa

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo acarretando aos indivíduos diminuição da sensibilidade, da acuidade auditiva e visual, perda do equilíbrio, que intensificam o risco de quedas e fraturas podendo ocasionar restrição ou perda da mobilidade, podendo o indivíduo tornar-se acamado e propenso ao surgimento de Lesão por Pressão (LPP). A LPP é considerada um grave problema clínico em idosos acamados devido à alta morbimortalidade, além do impacto negativo sobre a sua qualidade de vida. OBJETIVOS: Objetivou-se, descrever e discutir os cuidados prestados pelo enfermeiro ao idoso acamado e com LPP. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, que teve como cenário Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Teresina. Os participantes constituíram-se de 11 enfermeiros. A coleta de dados deu-se através de entrevistas com roteiro semiestruturado gravadas e transcritas na íntegra. Esta pesquisa teve como referência a análise de conteúdo e para tratamento do material utilizou-se a técnica de análise temática de Minayo. Resultados: evidenciou-se no estudo que as ações do enfermeiro estão centralizadas no processo de cuidar e levando-se em conta as complicações que podem acometer a este indivíduo, buscando-se a promoção, prevenção e reabilitação da saúde, frente a complicações agravadas pela imobilidade no leito. Observou-se ainda que para manter o cuidado contínuo ao idoso a equipe indica o tipo de material a ser realizado nos curativos, faz o acompanhamento da evolução da lesão, fornece os materiais necessários e dependendo da necessidade faz o encaminhamento do idoso para os hospitais e especialistas de referência. Percebe-se ainda a importância do profissional enfermeiro e da equipe nas atividades realizadas durante as visitas domiciliares, com foco principal na avaliação do estado nutricional, nas orientações para prevenir feridas; em avaliar lesões já instaladas; nos motivos pelos quais foi desenvolvida a úlcera; nas formas de cicatrização das feridas; no tipo de medicamento e materiais mais apropriados para o tratamento, além da forma de realizar o curativo e as orientações ao cuidador. CONCLUSÃO: O estudo permitiu uma investigação sobre os cuidados ao idoso acamado e com LPP resultando em depoimentos que demonstraram a necessidade de atualização dos profissionais de enfermagem sobre LPP, tais como avaliação, orientação, prevenção, cuidado, acompanhamento e tratamento, pois somente assim se consegue a excelência no cuidado e na reabilitação deste indivíduo. Assim, espera-se com este estudo melhorar a assistência ao idoso, tendo em vista, sobretudo, a manutenção da integridade da pele, promoção de saúde e favorecendo uma melhor qualidade de vida a essa população, além de contribuir para outras pesquisas relacionadas a esta temática. PALAVRAS-CHAVE: Idoso. Ulcera Por Pressão. Assistência domiciliar. Enfermagem.

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EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM QUANTO A ASSISTÊNCIA A UM LACTENTE COM EXTRAVASAMENTO DE GASTROSTOMIA

Ruth de Sousa Santos, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Larissa Vieira, Edvania Soares dos Santos, Márcia Beatriz de Sousa Gomes, Stefânia Araújo Pereira , Anna

Katharine Carreiro Santiago INTRODUÇÃO: A Gastrostomia (GTT) é um procedimento médico no qual é realizada uma abertura no estômago e um tubo é inserido. Uma das suas principais indicações no lactente é para a alimentação. O extravasamento é uma complicação comum. A exposição da pele ao redor do tubo de gastrostomia à umidade ou irritantes químicos pode causar danos à pele associados à umidade e afetar seriamente a qualidade de vida do paciente. OBJETIVOS: Descrever a experiência de estudantes de enfermagem quanto a Assistência prestada a um lactente com extravasamento de gastrostomia. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por estudantes de enfermagem durante o estágio curricular supervisionado da disciplina referente à Enfermagem Pediátrica e Neonatal em um Hospital Infantil de referência estadual no município de Teresina-PI em outubro de 2018. A Assistência de Enfermagem: Exame físico, Evolução e procedimentos de Enfermagem foram realizadas mediante aceitação da mãe do lactente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base na discussão do caso clínico do lactente com extravasamento da gastrostomia, destacam-se a seguir o Diagnóstico de Enfermagem: risco de infecção relacionado a alteração na integridade da pele; integridade da pele prejudicada a alteração na integridade da pele e Intervenções de Enfermagem usados no intuito de contribuir com a qualidade da assistência e a maior segurança no cuidado ao paciente: Inspecionar a pele ao redor da gastrostomia diariamente; lavar a região com soro fisiológico 0,9% e secar com gaze; evitar o tracionamento da sonda; realizar curativo adequado com atenção à perilesão; orientar os pais quanto aos cuidados. Para que a Assistência de Enfermagem obtivesse efetividade, a cobertura escolhida para o curativo foi o uso de creme-barreira para proteção da pele do lactente. Essa escolha se deu pela eficácia, custo e pelo hospital não disponibilizar de outras coberturas. A gaze era totalmente encharcada com o creme-barreira. Isso impedia os efluentes do estômago de entrarem em contato com a lesão e perilesão ajudando na cicatrização da porção alterada. CONCLUSÃO: É salutar a atuação de estudantes de Enfermagem nesse tipo de procedimento, não somente pelo aprendizado da realização do curativo em um lactente com extravasamento de gastrostomia, mas pela humanização da assistência a esse paciente com estratégias e abordagens diferenciadas para que os pais se envolvam no cuidado do filho e criem um vínculo pais-profissional, visto que a receptividade de pais a estudantes é cheia de empecilhos. No estágio em questão, essas barreiras foram vencidas pelo empenho dos estudantes, conversações com os pais e conhecimento. PALAVRAS-CHAVE: Gastrostomia, Assistência de Enfermagem, estudantes

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ESTOMIAS INTESTINAIS: COMPLICAÇÕES PRECOCES E TARDIAS

Thamires Barbosa dos Santos, Yara Gomes Silva, Tailane Rodrigues Santos, Isabella Aglaeth Lima Coelho, Worislene Francisca de Araújo Costa Martins, Nara Silva Soares

INTRODUÇÃO: A estomia ou estoma intestinal é um procedimento cirúrgico que consiste na abertura de um orifício no abdômen, onde se exterioriza parte do intestino. Estima-se que 80% das pessoas com ostomia experiências, ao menos, uma complicação referente a estoma ao longo da sua vida. OBJETIVO: Identificar as complicações precoces e tardias relacionadas as Estomias Intestinais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa no qual realizou-se um levantamento bibliográfico no período de outubro de 2018 nas bases de dados da BVS, MEDLINE, LILACS, BDENF e Portal Capes e EBSCOhost. Para a realização da busca, foram utilizados os seguintes descritores “Estomas cirúrgicos”, “Complicações”, “Estomas”, associados ao operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão dos artigos para o estudo foram: texto completo e disponível na íntegra, no idioma português e artigos publicados no período de 2010 a 2018. Como critérios de exclusão utilizamos: artigos que não contemplavam a temática e que estavam duplicados nas bases de dados. Inicialmente foram encontrados 546 estudos, e destes, foram selecionados 83 de acordo com os critérios de inclusão e após análise dos resumos, apenas 09 artigos atenderam os objetivos para o presente estudo. RESULTADOS/DISCUSSÃO: De acordo com os achados evidenciou-se nessa revisão integrativa as seguintes complicações mais frequentes: Complicações Precoces: sangramento, inchaço, isquemia, retração, descolamento muco-cutâneo. Complicações Tardias: principalmente, hérnia paraestomal, prolapso estomal, estenose, fístula, dermatite ou abcesso periostomal. O desenvolvimento de complicações em estoma estão interligados a fatores de riscos como, idade, sexo, causa da confecção da ostomia, posicionamento do estoma e ausência de acompanhamento por um estomaterapeuta, por tanto, as complicações existentes podem ser prevenidas por ações relacionadas a detecção dos fatores de risco com ajuda da assistência profissional. Na sua prevalência, as complicações associadas à presença de um estoma de eliminação são lesões da pele periestomal, pelo que, uma parte significativa pode ser prevenida pela promoção da competência para o autocuidado ao estoma, por parte da pessoa ou familiar cuidador. CONCLUSÃO: O cuidado e o seguimento desses pacientes devem ser realizados por profissionais tecnicamente especializados e qualificados, tendo em vista reduzir o número de complicações e promover ao paciente um atendimento multiprofissional e humanizado, que comprovadamente auxilia a reabilitação e promove incentivo ao autocuidado. PALAVRAS-CHAVE: Estomas Cirúrgicos, Complicações e Estomas.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM TETRALOGIA DE FALLOT EM USO DE TRAQUEOSTOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Larissa Vieira de Melo, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Lívia Gabriela da Luz Carvalho, Stefânia Araújo Pereira, Suzy Romere Silva de Alencar, Marianne Rocha

Duarte INTRODUÇÃO: A Tetralogia de Fallot, cardiopatia congênita cianótica, caracteriza-se por uma tétrade de malformações no coração: defeito do septo interventricular, cavalgamento da aorta sobre o septo interventricular, obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito, devido à estenose pulmonar e hipertrofia ventricular direita. Manifesta-se clinicamente por um sopro e pela cianose, quase nunca por insuficiência cardíaca. Em geral, os sintomas surgem no recém-nato ou no lactente. O quadro clínico depende do grau de obstrução na via de saída do ventrículo direito. Quando a estenose pulmonar é severa, a cianose já é intensa desde o período neonatal. A traqueostomia (TQT) é um procedimento cirúrgico realizado através de uma incisão na traqueia, abrindo uma comunicação com o ambiente externo, tornando-a uma aérea pérvia, utilizada em decorrência de trauma nas vias aéreas superiores. OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem realizados a uma criança com Tetralogia de Fallot, em uso de traqueostomia. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicas de enfermagem durante o estágio curricular, em um Hospital no município de Teresina-PI, no ano de 2018, a uma criança com diagnóstico de Tetralogia de Fallot, em uso de traqueostomia. O cuidado de enfermagem foi realizado a partir do histórico de enfermagem, no qual, foram levantados todos os problemas, e emplementado as os diagnósticos de enfermagem, de acordo com a taxonomia da NANDA (Nort American Nursing Diagnost Association), por fim foram elaboradas as intervenções a serem introduzidas para a assistência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Levantou-se então os problemas, que consistiram em: dieta por SNG, TQT, dispneia leve em ar ambiente, leve cianose de extremidades, secreção traqueal transparente, SatO² 75-80%, FC: 86-90, PA 96/60, FR: 23; realizou cirurgias anteriores de blalock–taussig modificado, toracotomia exploradora e lobectomia. Foi possível construir 17 diagnósticos de enfermagem, dos quais os principais foram: ventilação espontânea prejudicada, risco de infecção, risco de aspiração, intolerância à atividade, risco de perfusão tissular cardíaca diminuída, débito cardíaco diminuído, risco de sangramento, comunicação verbal prejudicada relacionada à traqueostomia. As intervenções foram: Observar dispneia; checar oximetria; realizar aspiração em TQT; monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção; manter cânula da traqueostomia limpa e sem acumulo de secreção; manter a cabeceira elevada; monitorar padrões ventilatórios; avaliar perfusão periférica, comunicar se o t>3seg, monitorar SSVV, observar e registrar presença de sangramento. Medicamentos realizados na instituição: AAS, omeprazol, paracetamol, creme barreira, cloridrato de propranolol, ciprofloxacino. CONCLUSÃO: Com isso, a partir da prática clínica ao desenvolver os cuidados assistenciais a criança com Tetralogia de Fallot+TQT, estimularam-se ao conhecimento teórico mais aprofundado a respeito dos aspectos fisiopatológicos, evolução clínica e tratamentos específicos, tornando possível correlacionar teoria a prática. Ademais, mostrou-se a relevância da inclusão do processo de enfermagem ao conduzir a assistência. Uma vez que por meio dos diagnósticos de enfermagem individualizados, desenvolveram-se intervenções específicas visando à recuperação clínica do paciente. Deste modo proporcionando uma maior qualificação nas ações, favorecendo a um cuidado holístico e humanizado. PALAVRAS-CHAVE: Tetralogia de fallot, Traqueostomia, Assistência de enfermagem.

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A RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA MINIMIZAÇÃO DO SOFRIMENTO EMOCIONAL E FÍSICO DO PACIENTE PORTADOR DE PÉ DIABÉTICO

Thamires Barbosa Dos Santos, Tailane Rodrigues Santos, Leidiane Pereira Rodrigues,

Ana Catarina De Oliveira Silva, Junior Ribeiro De Sousa, Ananda Rodrigues Dos Passos INTRODUÇÃO: O Pé Diabético é uma complicação do Diabetes Mellitus, tratando-se de um termo empregado para nomear as complicações e alterações nos pés e membros inferiores das pessoas diabéticas, ocorrendo de forma isolada ou em conjunto. Incluindo as lesões nos nervos, alterações na circulação arterial, redução na imunidade e as alterações na anatomia dos ossos do pé, podendo evoluir para amputações. Essas lesões trazem sofrimento ao paciente, modificando seu estilo de vida ocasionado pela anatomia prejudicada e dependência de cuidados, hospitalizações repetidas, reabilitação prolongada e a necessidade de apoio social. Estudos mostram que o estado psicológico e emocional do paciente pé diabético interfere positiva ou negativamente sobre os resultados clínicos e evolução da cicatrização. Sendo necessário um acompanhamento dos profissionais de saúde na busca de melhores condições de tratamentos e minimização do sofrimento emocional do paciente. OBJETIVO: Analisar a importância do atendimento multiprofissional na minimização do sofrimento emocional e físico do paciente pé diabético. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa, para sua construção realizou-se a leitura do material e sua seleção conforme o objetivo do estudo. O estudo foi realizado por meio de uma busca eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) acessando as bases de dados Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e o portal Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), os critérios de inclusão adotados foram: artigos que melhor abordavam o tema, estudos realizados com humanos, publicados na íntegra em língua portuguesa. Foram excluídos: pesquisas que não se enquadram no objetivo deste e trabalhos incompletos. Na seleção dos descritores utilizou-se da terminologia em saúde consultada nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): lesão por pressão; unidade de terapia intensiva; prevenção e controle cruzados com o operador booleano “AND”. Foram encontrados 320 artigos e após filtrá-los, utilizaram-se os critérios de inclusão. Sendo pré-selecionados e analisados 14 artigos, destes foram escolhido 7 artigos que melhor abordavam o tema em estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a realização do estudo percebeu-se que as lesões provocam sofrimento no paciente pé diabético, se refletindo no seu estilo de vida e rotina diária, ocasionando o sofrimento emocional. Assim, estudos evidenciam a relação do impacto emocional referente às crenças e expectativas do paciente pé diabético, portador de lesões nos pés provocados pela doença, sobre o processo de cicatrização dessas feridas. CONCLUSÃO: Portanto, o acompanhamento e suporte integral ao paciente por uma equipe multiprofissional é necessário para um impacto positivo no tratamento, devido a relevância e importância de assistir o paciente como um todo em todas as suas complexidades. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Unidade de Terapia Intensiva e Prevenção e Controle.

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CUIDADOS DO ENFERMEIRO EM PACIENTES ESTOMIZADOS INTESTINAIS: IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

Caroline Karen Feitosa Silva, Elayne Alves dos Santos, Juliana Kelly Veras Costa, Kézia

Evangelista Carvalho, Yrla Fernanda Soares Silva, Magda Rogeria Pereira Viana INTRODUÇÃO: Estomia intestinal caracteriza-se como procedimentos cirúrgicos provisórios ou definitivos nos quais é exteriorizado um segmento intestinal através da parede abdominal com o objetivo de desviar as eliminações fecais e flatos para uma bolsa coletora. Isto em decorrência de múltiplos fatores como traumas, doenças inflamatórias, câncer de cólon e que normalmente resulta em perda do controle esfincteriano, afetando a qualidade de vida do paciente, inclusive em relação a sua autoimagem desestruturando sua autoestima e relações sociais. Nesse sentido, pode-se afirmar que o enfermeiro necessita de conhecimentos específicos e especializados para o planejamento do cuidado de enfermagem às pessoas com estomia intestinal e, ao mesmo tempo, empatia para o repasse desse conhecimento e o estabelecimento de uma relação com o paciente, vinculo este que agirá sobre a forma como o paciente irar aceitar a estomia em seu cotidiano. OBJETIVOS: Este trabalho tem como objetivo analisar a importância do enfermeiro no atendimento a pacientes com estomias intestinais, bem como suas contribuições no bem-estar e prevenção de infecções neste paciente. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica da modalidade integrativa, busca realizada através das bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF, utilizando os descritores: estomas cirúrgicos, enfermagem e cuidados disponiveis no Descritores em Saúde, após a pesquisa com os mesmos foram encontrados 4388 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos, disponíveis na íntegra, publicados entre 2008 e 2017 nos idiomas português e inglês, sendo excluídos estudos que não fossem artigos, que não abordassem a temática e que não estivessem disponiveis. Após as etapas de pesquisa e adequação de critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 20 artigos para a composição dos resultados da presente pesquisa que integra o conteúdo disponível sobre a temática originando um estudo abrangente e condesando. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O cliente estomizado tem um potencial de risco maior para infecções, assim o enfermeiro deve ter seu foco de ação, estreitamente relacionado à educação em saúde, viabilizando que o cuidado da pessoa com estomia intestinal e com a sua família sob contexto da educação para o autocuidado, considerando os fatores envolvidos nesse processo, fornecendo subsidio de técnicas que evitem infecção posterior a alta hospitalar. O cuidado implica também na relação de empatia, compreendendo as necessidades, respeitando as limitações e despertando o cuidar de si no paciente visando sua autonomia. Fornecer a segurança de que ser um indivíduo estomizado não irá retirar sua rotina e normalidade, se torna uma prática tão importante quanto os procedimentos clínicos fornecidos pelo enfermeiro para com o paciente. CONCLUSÃO: A partir desse estudo foi possível avaliar que é fundamental que o início do preparo da pessoa que for submetida á estomia intestinal, realizados pelo enfermeiro aconteçam antes do ato cirúrgico, assim, a situação passa de algo estranho para conhecido, amenizando o contexto da situação e aprimorando o aprendizado do cuidado necessário com o mesmo, com a bolsa coletora, com a pele, favorecendo a reinserção social, e interferindo diretamente no distúrbio da autoimagem e baixa da autoestima. Realizando um trabalho em tríade confiança, prevenção de infecções e melhora do bem-estar. PALAVRAS-CHAVE: Estomas Cirúrgicos; Cuidados; Enfermeiro.

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CONHECIMENTO DE MÃES ACERCA DO CUIDADO DE CRIANÇAS OSTOMIZADAS

Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Marcelo Victor Freitas Nascimento, Iolanda Camilo dos Santos Marques, Maria de Lourdes Vieira, Sarah Nilkece Mesquita Araújo Nogueira

Bastos, Silvana Santiago da Rocha

INTRODUÇÃO: A confecção de ostomia em pediatria, geralmente é atribuída a anomalias congênitas e realizadas no período neonatal. Abertura dos estomas tem como objetivo descomprimir, drenar, aliviar tensão das anastomoses, restaurar as funções dos órgãos afetados, quando se consta malformação grave na criança, nessa fase é muito importante estabelecer boa comunicação, de forma a conseguir que os pais aceitem e cooperem no tratamento. OBJETIVO: Analisar o conhecimento das mães acerca do cuidado com crianças ostomizadas em um hospital infantil público de referência em Teresina-PI. METODOLOGIA: Estudo descritivo de abordagem qualitativa realizado em um Hospital Infantil de referência em Teresina-PI, no período de agosto a outubro de 2015. Oito mulheres, mães de crianças ostomizadas, fizeram parte do estudo, por meio de uma entrevista semi-estruturada. A análise e interpretação dos dados foram realizadas por meio da análise de conteúdo de Minayo. A pesquisa foi aprovada pelo CEP da UNIP com número CAAE:45929215.7.0000.552. RESULTADOS: As participantes desse estudo eram todas do sexo feminino, com idade variando entre 18 a 44 anos. Apenas uma possuía o ensino médio completo, uma não tinha escolaridade e as demais possuíam o ensino fundamental. Quanto à renda familiar, variou em menos de meio salário mínimo (resultante de um programa do Governo Federal) a um salário e meio. Todas as cuidadoras relataram que não possuíam vínculo empregatício. Quanto à caracterização das crianças ostomizadas, sobre o gênero, sete pertenciam ao sexo feminino e uma ao sexo masculino. A idade variou de 1 mês a 6 anos de idade. Oito portadoras de ostomias, sendo duas de ileostomia temporária, quatro de colostomia permanentes e duas de gastrostomia. Com um período entre 1 mês a seis anos de ostomia. Quanto ao tipo de dispositivo usado pela criança, duas usavam de duas peças com barreira protetora de pele e bolsa separada e as demais usavam dispositivo somente de uma peça são dispositivos a bolsa coletora e a barreira protetora da pele. A partir das entrevistas identificaram-se três categorias temáticas: Conhecimento das mães cobre ostomias e dispositivos; Conhecimento das mães sobre complicações de ostomias e dificuldades; Assistência de enfermagem ao binômio mãe e filho ostomizado. Identificou-se que as famílias possuem bastante dificuldade na realização desse cuidado, o que gera ansiedade e medo, tornando os pais sobrecarregados, transcendendo os cuidados habituais. Contudo o papel do enfermeiro é fundamental para esclarecer as informações sobre os cuidados com o estoma. CONCLUSÃO: A mãe cuidadora da criança ostomizada é, geralmente, despreparada para o cuidado e com conhecimentos deficientes acerca do processo de ostomização. O enfermeiro, a partir da educação em saúde, pode melhorar esse cuidado, instruindo as mães no manejo com a criança ostomizada. PALAVRAS-CHAVE: cuidadores, profissionais de enfermagem, estomas cirúrgicos.

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OSTOMIAS: UM DESAFIO A SER VENCIDO DIARIAMENTE?

Agostinho Antônio Cruz Araújo, Jaqueline da Cunha Morais, Wellington Macêdo Leite, Myllena Silva Crateús, Vanessa da Silva Brito, Grazielle Roberta Freitas da Silva

INTRODUÇÃO: O aumento importante da exposição da população a problemas de saúdes exige buscas a recursos tecnológicos adaptáveis a novas condições de vida, entre eles as ostomias. Consideram-se as colostomias como as mais frequentemente utilizadas, baseiam-se na exteriorização do colón, por um orifício designado estoma, com o objetivo da eliminação fecal. As modificações que os indivíduos com essas intervenções enfrentam são diversas podendo gerar déficits psicológicos e sociais. Cabe então à equipe multiprofissional o auxílio para o desenvolvimento de estratégias de adaptação e conquista da autonomia desses indivíduos. OBJETIVO: Analisar na literatura o impacto social trazido a usuários de bolsa de colostomia a partir de sua visão. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa na literatura. Selecionou-se as bases de dados SCOPUS, Medline/PUBMED e LILACS. Para isso, foram utilizados descritores cadastrados simultaneamente no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subjects Headings), sendo estes: “Social Change” e “Ostomy”. Incluíram-se estudos originais, publicados em inglês, português e espanhol no recorte temporal de 2013 a 2018. Previamente, foram encontrados 24 estudos. Entretanto, retiraram-se aqueles que tratassem de urostomia e percepção dos familiares acerca da ostomia, além de publicações que estivessem repetidas entre as bases selecionadas. Após estes critérios, a amostra final resultou em 8 estudos. DISCUSSÃO: Os pacientes estomizado relatam que há alterações no modo de suas vidas, alguns afirmaram que ocorreram mudanças no seu modo de viver, de conviver, cuidar-se e ser cuidados, a partir do momento em que iniciaram a convivência com essas bolsas. Eles também relatam que é o principal percussor do isolamento social, vinculado com a vergonha e o constrangimento por causa da bolsa coletora e da incapacidade de controlar o odor, e a continua eliminação de gazes. Além disso, os estomizados enfrentam algumas dificuldades em realizar atividades simples, como ir ao trabalho. Por isso, muitas das vezes eles preferem se isolar ao enfrentar as situações, visto que, essas limitações também muitas das vezes impossibilitam de conseguir empregos. Outro ponto que deve ser abordado é em relação ao comportamento sexual, pois é importante identificar e cuidar das inseguranças sexuais para que elas não influenciem diretamente nos relacionamentos e bem-estar do paciente. CONCLUSÃO: Verifica-se que, o estomizado, com relação a sua bolsa coletora, ainda há um profundo sentimento negativo, como mudanças físicas, psicológicas, sexuais, além de suas relações sociais. Bem como acarreta sentimentos errôneos de perda, rejeição, inadequação e impossibilidade de voltar a levar a vida da mesma forma que o fazia antes da intervenção. Assim, fica evidente a importância da colaboração da equipe multiprofissional para orientá-lo e assim minimizar as consequências decorrente dessa intervenção. PALAVRAS-CHAVE: Mudança social, Ostomias, Qualidade de vida.

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DIFICULDADES ENCONTRADAS NA PERCEPÇÃO FAMILIAR NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇA COM ESTOMIA EM DOMICÍLIO

Laryssa Lyssia Matildes Rodrigues, Jessica Anjos Ramos de Carvalho, Lívia Jordânia Anjos Ramos de Carvalho, Maria Mileny Alves da Silva, Karen Beatriz Oliveira Abreu,

Rumão Batista Nunes de Carvalho INTRODUÇÃO: A Estomia compreende a abertura por procedimento cirúrgico na superfície cutânea para permitir a comunicação entre um órgão e o meio externo, temporária ou definitivamente, e é direcionada ao tratamento de doenças inflamatórias, congênitas ou traumáticas. A intervenção cirúrgica e a confecção de um estoma na infância podem ocasionar alteração psicológica com necessidade de apoio, levando uma criança a enfrentar dificuldades na formação de sua personalidade. A perda de segurança e o dano no desenvolvimento, podem interferir na qualidade de vida das crianças e no cotidiano dos familiares, bem como frequentemente provocam sentimentos de incerteza e medo, visto que o desconhecido e o primeiro contato com filho estomizado é um momento de grande impacto. Para o enfrentamento das demandas geradas pela condição atual de saúde da criança, a dinâmica familiar altera-se frente à nova realidade imposta, demandando adaptações e recursos financeiros, além da assistência por profissional da saúde no manejo de possíveis complicações. OBJETIVO: Analisar as evidências acerca das dificuldades vivenciadas pela família e pela criança estomizada no ambiente domiciliar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica realizado durante o mês de novembro de 2018. Para a produção foi feito um levantamento de pesquisas compostas por seis artigos e três dissertações de mestrado através dos bancos de dados BDENF, LILACS e SCIELO utilizando os seguintes descritores: Estomia, Saúde da Criança e Família. Para seleção dos artigos utilizou-se como critérios de inclusão: relevância do estudo, textos disponíveis na íntegra, online, em língua portuguesa, publicados no período de 2014 a 2018. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se relatos de dificuldades ainda no diagnóstico, pois o impacto da enfermidade está relacionado ao sofrimento e abala as esferas emocional, espiritual, física e financeira da família, manifestando-se o sentimento de negação frente à necessidade do procedimento cirúrgico e aceitação da Estomia. Ter uma criança com qualquer grau de dependência pode gerar mudanças no contexto familiar e exigir aprendizado e adaptação para os cuidados no manejo do dispositivo tecnológico. Do mesmo modo, a família almeja reintegrar à criança às rotinas da casa e, apesar do reconhecimento dos benefícios, vê a Estomia como limitante da vida social. A insegurança em colocar o filho estomizado na escola se manifesta pelo receio de que os profissionais não estejam preparados para receber e atender suas necessidades, o que para eles, deixa seus filhos desamparados e sujeitos a vivenciar situações que envolvam preconceitos. CONCLUSÃO: Diante do exposto, foi possível compreender a experiência vivida por essas famílias, pois evidencia-se as necessidades de cuidados de saúde a criança estomizada bem como o impacto familiar vivenciado. Ressalta-se a necessidade de ampliação do conhecimento na temática, uma vez que a Estomia em criança ainda é um assunto pouco explorado na enfermagem, principalmente no contexto familiar. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Saúde da Criança, Família.

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QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICAS

Célio Cássio Coêlho de Araújo, Thallys Denneyson Andrelino Silva, Nádia Rodrigues Furtado Galeno, Hylda Mara Cruz de Moraes, Adriano dos Santos Gonçalves

INTRODUÇÃO: As feridas crônicas podem causar diversos sintomas como: dores, edema, limitação de movimentos e redução da mobilidade, sendo que esses fatores podem repercutir negativamente sobre a qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, acarretar problemas relacionados ao convívio familiar e social, perda de auto-estima e negligência ao autocuidado. As feridas crônicas vêm apresentando um aumento de sua incidência, afetando o estilo de vida e geralmente acompanhadas de sofrimento e custos elevados para o seu tratamento. OBJETIVO: Esta pesquisa teve como objetivo identificar na literatura os artigos científicos que tratassem sobre a qualidade de vida de pessoas com feridas crônicas. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa, a busca ocorreu no período de fevereiro a março de 2018, com os descritores “Ferimentos e Lesões”, “Qualidade de Vida”, “Cicatrização”, “Pele” nas bases de dados BDENF, LILACS e SCOPUS, foram selecionados inicialmente vinte artigos. Após análise dos títulos, resumos e trabalhos na íntegra foram selecionados onze artigos que se enquadraram melhor aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que em grande parte dos estudos pessoas com idades mais avançadas tinham uma tendência maior a desenvolver feridas crônicas, excepcionalmente devido a fatores como: neuropatia diabética, quedas e lesões por pressão. Outro ponto importante constato foi o fato de que a localização mais recorrente para esse tipo de feridas foram os membros inferiores. O autocuidado foi um aspecto bastante investigado dentre os idosos principalmente para a avaliação da independência e execução de atividades de vida diária. Com isso, observou-se que a qualidade de vida é impactada de maneira significativa pelo desenvolvimento de feridas crônicas. A dor e a limitação de movimentos foram aspectos contemplados em quase todos os artigos, entretanto foi constatado que o odor, a estética e o estigma social foram os pontos mais relevantes para as pessoas que possuem feridas crônicas. CONCLUSÃO: Conclui-se que as feridas crônicas fazem parte de um contexto específico e exercem forte impacto na qualidade de vida das pessoas acometidas. Os idosos, com lesões crônicas em membros inferiores e déficit de autocuidado compuseram a população mais prevalente dentre os artigos, demonstrando que o cuidado à saúde da pele da pessoa idosa deve ser uma prioridade dentro de uma assistência de qualidade. PALAVRAS-CHAVE: Ferimentos e Lesões, Qualidade de Vida, Cicatrização, Pele

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CONDIÇÕES DE SAÚDE E CUIDADO ÀS DEMANDAS DE PACIENTES COLOSTOMIZADOS EM DECORRÊNCIA DO CÂNCER COLORRETAL

Ivanildo Gonçalves Costa Júnior, Pryscila Ravene Carvalho Oliveira, Lívia Jordânia Anjos

Ramos de Carvalho, Denilton Alberto de Sousa Júnior, Marcos Vinícius da Silva Luz, Luna Emanuela do Ó Brito

INTRODUÇÃO: A colostomia é um procedimento cirúrgico complexo que consiste no desvio do trajeto intestinal para uma abertura criada na parede abdominal, utilizado como alternativa para postergar a vida de paciente portador de câncer colorretal, associada a outros tratamentos incluindo a quimioterapia e a radioterapia. O processo exige cuidados especializados de profissionais qualificados, tendo em vista o impacto na qualidade de vida desses pacientes. OBJETIVO: Investigar na literatura as condições de saúde e cuidado a pacientes colostomizados em decorrência do câncer colorretal. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão na literatura ocorrida no ano de 2018, através da busca de manuscritos na base de dados Lilacs e BDENF via da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores “oncologia”, “neoplasias colorretais” e “colostomia”, obtendo-se um total de 23 artigos, dentre os quais 04 foram analisados por adequar-se ao objetivo desse estudo por meio dos critérios de inclusão: artigos, textos completos, originais, nos idiomas inglês, espanhol e português. RESULTADOS: Quanto ao cuidado prestado constatou-se que muitos pacientes desconhecem ou não são informados a respeito do pós-operatório, desconhecendo o que é colostomia e suas finalidades. Sobre o impacto na qualidade de vida desses pacientes, observaram-se modificações significativas no modo de vida, que exigem a busca de diferentes estratégias de enfrentamento das dificuldades, refletindo os impactos negativos na qualidade de vida desses pacientes. Com relação à convivência com a colostomia, evidenciou-se que os pacientes enfrentam grande luta interna entre aspectos físicos, espirituais, emocionais e desejo de cura. CONCLUSÃO: Mediante os resultados obtidos, evidenciou-se a necessidade de humanização dos profissionais da área da saúde, que permitam diálogo claro e objetivo com os pacientes e que possam orientar sobre os cuidados que deverão ser adotados, permitindo que o mesmo esclareça dúvidas e expresse sentimentos. Além disso, a família e os amigos são tidos como essenciais na recuperação e na manutenção da vida dos pacientes com colostomia, por amenizarem seu sofrimento e fazê-los encontrar novos caminhos. PALAVRAS-CHAVE: Oncologia, Neoplasias colorretais, Colostomia.

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SEXUALIDADE DE PACIENTES ESTOMIZADOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Sara Mirna Sousa Oliveira, Fabiana Mendes Ferreira, Felipe Mateus Viana do Nascimento, Arlete Belfort Costa, Olivia de Aguiar Costa, Antônio Werbert Silva da Costa INTRODUÇÃO: Algumas condições de saúde causam necessidade permanente ou temporária do uso de estomias intestinais realizadas cirurgicamente. Isso acarreta adaptações, mudanças no dia a dia dos pacientes além de mudanças no autoconceito e autoimagem que podem interferir em várias esferas da vida biopsicossocial, incluindo a sexualidade. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas sobre a sexualidade de pacientes estomizados. METODOLOGIA: Foi realizada revisão integrativa construída a partir de levantamento bibliográfico realizado em agosto de 2018 na qual utilizou-se na pesquisa as bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis andRetrieval System Online (MEDLINE) e do Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), com os descritores “estomia” e “sexualidade”, encontrando -se inicialmente 17 publicações. Aplicou-se como filtros os trabalhos científicos que estivessem nos idiomas português e inglês publicados de 2012 a 2017, encontrando-se 13 artigos. Após leitura minuciosa e exclusão das duplicidade foram selecionados 8 artigos para o estudo. RESULTADOS: O estudo revelou que o uso de estomias causa mudanças na imagem corporal dos indivíduos afetando negativamente a autoestima e os relacionamentos interpessoais com familiares, amigos e parceiros sexuais. Na vida sexual os principais sentimentos descritos foram medo, vergonha, dificuldade com novos relacionamentos e medo que a atividade sexual prejudique a estomia. CONCLUSÃO: Os padrões sociais do corpo perfeito interferem na adaptabilidade e aceitabilidade do paciente ao uso da estomia, e a falta de orientação pode fazer com que o paciente acredite na incompatibilidade de sua condição de saúde com a atividade sexual. É necessário que o profissional de saúde atue na desmistificação desses conceitos principalmente no nível na atenção primária ressaltando a importância do enfermeiro nesse processo assim como a equipe multiprofissional. PALAVRAS-CHAVE: Estomias, sexualidade, atenção integral a saúde.

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AÇÕES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO CUIDADO E A PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS ESTOMIZADAS.

Gersilane Lima Leal, Ana Letícia Nunes Rodrigues, José Wilian de Carvalho, Maurilo de

Sousa Franco, Renata Kelly dos Santos e Silva, Jonalba Mendes Pereira

INTRODUÇÃO: A confecção de uma estomia em uma criança acarreta mudanças na sua vida e na de seus familiares. Crianças com estomias passam por um período longo de tratamento e de adaptação, cujo impacto no crescimento e desenvolvimento infantil, envolve não apenas a dimensão biológica, mas também influenciam nas relações interpessoais, os relacionamentos grupais e intergrupais resultantes do convívio escolar e social e atividades de lazer. OBJETIVO: Identificar na literatura científica as ações de profissionais de saúde na promoção do cuidado e da qualidade de vida de crianças estomizadas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em outubro de 2018, a partir de consultas nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF. Para tanto se utilizou como descritores: Cuidado da criança, Pessoal de Saúde e Estomia. Utilizou-se livre associação de descritores para a pesquisa. Foram adotados como critérios de inclusão: artigos disponíveis em texto completo, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, no período de 2011 a 2018. Foram encontrados 50 artigos, dentre os quais 41 foram excluídos por não responderem aos critérios de inclusão adotados, no final a amostra foi composta por 9 artigos. RESULTADOS: Após analise observou-se que estudos que abordam esta temática ainda são incipientes no Brasil, todavia, foi possível observar nas publicações que entre as principais ações desenvolvidas por profissionais de saúde para este fim estão atividades voltadas para a inclusão de crianças estomizadas em ambiente escolar, a aplicação de tecnologias e materiais educativos como cartilhas, folders e livros contendo histórias em quadrinhos, imagens para colorir e outros recursos didáticos, intervenções lúdicas durante a assistência e a promoção do autocuidado e maior autonomia destas crianças como medidas capazes de gerar maior bem estar e qualidade de vida das mesmas e dos seus familiares. CONCLUSÃO: A adoção de ações estratégicas por profissionais de saúde favorece uma assistência mais eficiente e humanizada á criança estomizada, auxiliando principalmente no quadro psicológico dos mesmos, contribuindo para o êxito do tratamento e melhores prognósticos para a saúde destes. PALAVRAS-CHAVE: Cuidado da criança; Pessoal de Saúde; Estomia

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AUTOCUIDADO NA VIVÊNCIA DO PACIENTE COM ESTOMIA: REVISÃO INTEGRATIVA

Rauena Tágila Silva, Izadora Caroline Silva, Mauro Roberto Biá da Silva

INTRODUÇÃO: A palavra estoma deriva do grego, que significa uma abertura de qualquer víscera oca através do corpo, em situações diversas, recebendo denominações específicas, de acordo com o segmento a ser exteriorizado. A realização de uma estomia impõe ao indivíduo a necessidade em adaptar-se a sua nova condição, para tanto, essa adequação é norteada pelo autocuidado, um componente essencial para a promoção do bem estar e qualidade de vida do paciente estomizado OBJETIVO: fazer levantamento bibliográfico sobre o autocuidado na vivência do paciente com estomia. MÉTODOS: Revisão integrativa realizada na BVS (MEDLINE, LILACS E BDENF) no período de novembro de 2018. A busca foi norteada pela estratégica PICo (População: pacientes; Interesse: autocuidado; Contexto: estomizados), utilizando os Descritores: estomia, autocuidado e paciente. Os critérios de inclusão foram: artigos primários disponibilizados na íntegra, nos idiomas português, espanhol e inglês, no período de 2014 a 2018 e que responderam à questão norteadora “Como é o autocuidado na vivencia do paciente estomizado?”, totalizando 6 artigos. Os dados foram agrupados por similaridade em duas categorias: Percepção sobre o autocuidado e conhecimento insuficiente para o autocuidado. RESULTADOS: O ano de maior publicação foi 2017 (90%), prevalecendo o cenário domiciliar e a abordagem qualitativa em 90% dos estudos. Evidenciou-se que os pacientes sentem medo de perder sua autonomia e independência para o autocuidado devido à necessidade do uso de equipamentos especiais. O uso destes materiais e equipamentos exige do paciente determinada habilidade motora. Alguns deles conseguem desenvolver habilidade para a limpeza do dispositivo coletor com mais facilidade, porém não se sentem preparados para realizar a troca do dispositivo, estando sempre dependentes de um familiar ou amigo. A insegurança para a realização da troca da bolsa pode ser consequência de um déficit de conhecimento. A educação em saúde é fator preponderante para evitar agravos e complicações quanto ao manuseio inadequado da estomia e dos equipamentos. O ensino do autocuidado deve ser iniciado logo após a decisão sobre o procedimento terapêutico a ser realizado. No período pré-operatório, logo no momento da admissão hospitalar, o paciente deve receber as principais orientações sobre sua futura condição de vida e os cuidados que, a partir de então, serão necessários. A equipe de enfermagem, portanto, constitui um elo importante na educação em saúde e na capacitação do indivíduo quanto ao autocuidado. CONCLUSÃO: Foi possível perceber que o autocuidado dos pacientes estomizados esta ligado a sentimentos de medo, insegurança, invasão e sofrimento, os quais refletem diretamente na vida social, amorosa e laboral. Para minimizar tais efeitos faz-se necessário que haja uma boa educação em saúde, dessa forma o enfermeiro deve esclarecer não só o manuseio da bolsa coletora, mas todas as necessidades envolvidas que requerem mudanças e como realizá-las, trazendo assim benefícios e conforto à vida da pessoa. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, autocuidado e paciente

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ELABORAÇÃO DE UM FOLDER EDUCATIVO SOBRE OS CUIDADOS COM O ESTOMA DE ELIMINAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Carla Patricia de Areal Leão Costa, Erica Costa Santana, Jose Ilson de Arruda Filho,

Bianca Maria Aguiar de Oliveira, Joyce Soares e Silva, Rebeca Mendes Monteiro INTRODUÇÃO: A palavra estomia significa abertura cirúrgica para desvio temporário ou permanente do efluente colônico, através da parede abdominal. Sendo os estomas do segmento distal do intestino delgado denominados ileostomias, e os do intestino grosso denominados colostomias, tendo os segmentos mais apropriados para a confecção de um estoma intestinal o íleo, colón transverso e sigmóide. A confecção do estoma gera dificuldades na etapa inicial do retorno ao domicílio, a inexperiência e falta de informação sobre os cuidados com o estoma contribuem para o surgimento de problemas físicos e psicossociais. O folder educativo deve dirimir as barreiras da assistência e auxiliar no autocuidado. OBJETIVO: Construção do folder educativo para os pacientes sobre cuidados com estomia de eliminação.METODOLOGIA: A criação do folder deu-se através de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Lilacs, Scielo, Medline, no período de Janeiro a março de 2018. O processo percorreu as seguintes etapas: escolha do conteúdo, com base nas necessidades dos estomizados; criação das ilustrações; preparação do conteúdo, baseado na literatura científica; validação do material por peritos e gestantes. imagens ilustrativas em sites . RESULTADOS: A confecção do folder surgiu da necessidade de orientações aos pacientes no pós operatório de confecção do estoma, o instrumento contem: definição de estomia, tipo de estomia, cuidados com a bolsa, cuidados com a pele, como esvaziar a bolsa coletora, alimentação. A participação ativa dos profissionais e dos estomizados, com o uso de estratégia dialógica e coletiva, permeou o processo de construção do folder CONCLUSÃO: A educação do paciente e as orientações para alta hospitalar são componentes vitais da assistência de enfermagem, importante na prevenção e gerenciamento a fim de evitar possíveis complicações, orientando-os quanto aos cuidados básicos e pertinentes ao convívio com o estoma. PALAVRAS-CHAVE: Ostomia, Cuidados de Enfermagem, Educação em Saúde.

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CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIA: REVISÃO INTEGRATIVA

Nanielle Silva Barbosa, Alan Jefferson Alves Reis, Jessyca Fernanda Pereira Brito, Kauan Gustavo de Carvalho, Ana Caroliny de Barros Soares Lima, Sandra Marina

Gonçalves Bezerra INTRODUÇÃO: O cliente com estomia vivencia desafios para o alcance da reabilitação, dentre estes, alterações corporais que podem desencadear sentimentos negativos e não aceitação da nova condição. Logo, reabilitá-lo permite o alcance e manutenção das condições física, sensorial, intelectual, psicológica e social, oferecendo ferramentas com as quais possam alcançar segurança, independência e autocuidado. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas sobre as contribuições de enfermagem para a reabilitação de pessoas com estomia, respondendo a seguinte questão de pesquisa: quais as evidências científicas relacionadas às contribuições da enfermagem na reabilitação de pessoas com estomia? METODOLOGIA: Foi realizada revisão integrativa construída a partir de levantamento bibliográfico realizado entre outubro e novembro de 2018, onde aplicou-se a combinação dos descritores, com base na estratégia PICo: estomia, reabilitação e enfermagem às bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco e Dados em Enfermagem (BDENF) e seus correspondentes em inglês às bases Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online (MEDLINE/Pubmed) e Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Aplicou-se como critérios de inclusão: estudos primários disponíveis na integra nas bases de dados selecionadas, que retratassem resultados de estudos desenvolvidos com seres humanos, ensaios clínicos randomizados controlados individuais, estudos com delineamento de pesquisa quase experimental, estudos transversais e longitudinais e opinião de especialistas. Para coleta de dados, utilizou-se instrumento elaborado pelos autores. As publicações foram classificadas conforme nível de evidência. A busca resultou em duzentos e setenta produções, das quais quatorze foram incluídas como amostra desse estudo. RESULTADOS: Destacou-se o ano de 2015, com duas publicações. Sete artigos foram publicados no Brasil. Quanto a metodologia, seis estudos eram qualitativos. Oito estudos foram classificados com nível de evidência VII. Foram originadas duas categorias temáticas: Contribuições da enfermagem para a reabilitação de pessoas com estomia e Barreiras encontradas para a reabilitação de pessoas com estomia. Observou-se que a atuação do enfermeiro deve iniciar-se nas fases diagnóstica e pré-operatória, quando paciente e família são abordados em relação ao significado e importância da estomia, a partir de noções simples e básicas. Diversas técnicas e materiais como folhetos explicativos, livros, manequins e materiais específicos para estomia podem ser utilizados. O treinamento e participação da família na reabilitação é fundamental, porém nem sempre é simples envolver o familiar no cuidado pois o mesmo pode apresentar rejeição, medo e nojo frente ao primeiro contato com a situação. A formação generalista retrata uma visão ampla do cuidado à pessoa com estomia, no entanto, por se tratar de uma situação complexa, faz-se necessária a capacitação e a atualização dos profissionais de enfermagem. CONCLUSÃO: Conclui-se que o enfermeiro deve iniciar precocemente o processo de reabilitação do cliente com estomia, considerando-o inerente a cada indivíduo, respeitando suas particularidades. Para que a reabilitação seja efetiva é necessário o apoio familiar e capacitação dos profissionais. Instiga-se a ampliação de estudos envolvendo a temática contribuindo para a construção de subsídios que embase estratégias para melhor qualidade de vida desses pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Reabilitação, Estomia, Enfermagem

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ALTERAÇÕES NA VIDA DE PESSOAS QUE CONVIVEM COM ESTOMIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.

Antonia Jocilene Santos de Sousa, Caio Franklin Nunes Lima, Juliete de Sousa Leal,

Mikaela de Lima Silva, Sara Mirna Sousa Oliveira

INTRODUÇÃO: Estoma e estomia são palavras de origem grega que significam boca ou abertura, utilizadas para indicar a exteriorização de qualquer víscera oca através do corpo por causas variadas, desviando o trânsito normal. Dessa maneira, a pessoa submetida à confecção de um estoma sofre alteração de sua imagem corporal e perde o controle do seu próprio corpo, provocando diversas mudanças em sua perspectiva de vida. Portanto, a assistência desenvolvida pela Enfermagem para pessoas com ostomia e seus familiares é de extrema importância para auxiliar na promoção da qualidade de vida, assim como favorecer a reinserção social do ostomizado. OBJETIVO: Identificar publicações que tratam as evidências cientificas a respeito das mudanças na vida das pessoas que convivem com estomia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e quantitativa. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados: Scielo e Lilacs. Utilizou-se os descritores: Estomia, Qualidade de vida, Autoimagem e Enfermagem. À amostra desse estudo foi composta por 10 artigos científicos na integra, publicados no período de 2012 à 2017. Que após analise surgiram três categorias temáticas: Convivendo com a estomia; Sentimentos frente ao diagnóstico; Mudança corporal. RESULTADOS: Os resultados obtidos demostraram que diante das evidencias sobre o tema do estudo foi possível verificar que os artigos ressaltam que as mudanças na vida de pessoas que convivem com o estoma, vivenciam a experiência de se aceitar como um ser diferente. Desta forma o profissional de enfermagem surgi como uma figura de apoio à transição para novas experiências vividas pelo paciente. Em seguida foi observado que os pacientes manifestam vários sentimentos diante do diagnóstico como: ansiedade e preocupações relacionadas à manipulação de seu dispositivo, influenciando na autoimagem e imagem corporal, depressão, tristeza, negação, medo e angústia. Constatando ainda às várias mudanças que ocorre com o corpo, onde obriga o paciente o aprendizado com o autocuidado e a manipulação dos dispositivos. As mudanças com o estilo de roupas mais folgadas e largas, evitando o aparecimento do volume causado pelas eliminações de fezes e/ou gases. CONCLUSÃO: Acredita-se que este estudo poderá subsidiar efetivamente para a importância de uma assistência em enfermagem qualificada e humanizada, para melhor assistir os pacientes com estomia em sua integridade e com um cuidar que permita uma maior efetividade no processo de adaptação proporcionado desta forma uma melhor qualidade de vida ao ostomizado. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Qualidade de vida, Autoimagem, Enfermagem

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REINSERÇÃO DA ATIVIDADE SEXUAL NA VIDA DE MULHERES COM ESTOMIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Monyelly da Silva Castro, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Juliana de Morais Araújo, Alan Jefferson Alves Reis, Thayanne Sousa de Freitas, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: Estomia significa abertura de origem cirúrgica, para desviar, temporária ou definitivamente, o trânsito normal da alimentação e/ou de eliminações, sendo colostomia a mais frequente. Este processo de estomização para mulheres ocasiona alterações fisiológicas e físicas visíveis, causando um impacto pessoal e social. Decorrente disso, a mulher estomizada necessita adaptar-se a sua nova imagem corporal, consequentemente, esta situação afeta gravemente a sua sexualidade e autoestima. OBJETIVO: Identificar na literatura aspectos relacionados a reinserção da atividade sexual na vida de mulheres com estomias. METODOLOGIA: Baseado na seguinte pergunta norteadora “ Quais as evidências científicas disponíveis na literatura sobre os aspectos relacionados a reinserção da atividade sexual na vida de mulheres com estomias? ”, realizou-se a busca de artigos nas bases de dados Lilacs, Bdenf, Medline, utilizando as palavras-chaves “Estomia; Atividade sexual; Saúde sexual e reprodutiva; Enfermagem; Mulheres”, sendo encontrado um total de 20 produções. Aplicou-se critérios de inclusão como a disponibilidade do texto completo e critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases e temas que não abordassem o foco da pesquisa. Após análise da questão norteadora e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão obteve-se, ao final, 5 artigos publicados em língua portuguesa no período de 2012 a 2018. RESULTADOS: A sociedade supervaloriza a aparência física, gerando desconforto na autoestima das mulheres estomizadas, decorrente da modificação na autoimagem da mulher, por essa razão, procuram manter secreta sua condição, isolando-se socialmente, gerando conflitos interiores, como também, exteriores. Essa dificuldade de aceitação e reinserção social é decorrente da baixo autoestima gerada pela perda da identidade feminina, pois após o procedimento cirúrgico haverá mudanças no vestuário, alimentação, como também, diminuição ou fim da atividade sexual, por conta da redução da libido, ressecamento e estenose vaginal, vergonha, constrangimento e medo, possibilidade do parceiro não a aceitarem, preocupação de odor e ruído durante coito, incômodo com dispositivo coletor, assim como, vazamento da bolsa. Com finalidade de fornecer conhecimento para momentos de intimidade e tornar a vida sexual ativa, enfermeiros estomaterapeutas orientam o uso de lubrificante vaginal, roupas e lingeries confortáveis adaptadas, novas posições, músicas e esvaziamento da bolsa antes da relação. Todas essas medidas contribuem para que as mulheres estomizadas consigam recuperar sua autoestima e possuir uma atividade sexual ativa. CONCLUSÃO: Estudos sobre sexualidade de mulheres com estomias são pouco investigados, retratando deficiência de pesquisas disponíveis na literatura. Contudo, com base em artigos selecionados, as mulheres estomizadas necessitam compreender que é possível reconstruir a autoimagem e autoestima, com o apoio de amigos, família e os profissionais de enfermagem, obtendo uma vida sexual agradável e segura, melhorando a qualidade de vida e suas relações pessoais. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Atividade sexual, Enfermagem, Mulheres.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM GASTROSTOMIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Lorena Magalhães Chaves, Dannyel Rogger Almeida Texeira, Eglane Maria Lima

Magalhães, Emiliana Silva Santos, Isabela Soares do Rêgo Pacheco, Thayla Lohanna Pinto Garcia

INTRODUÇÃO: A gastrostomia é realizada através de um procedimento cirúrgico, do qual a finalidade é a formação de uma fístula gástrica, para a introdução de alimentos ou esvaziamento do estômago. Esta técnica, que é realizada para pacientes cuja ingestão de dieta pela via oral está impossibilitada, ou que não podem permanecer com sondas nasogástricas (SNG) por tempo prolongado, requer alguns cuidados específicos e uma atenção especial da enfermagem, principalmente no que se diz a respeito da prevenção de infecção. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo analisar quais são os cuidados de enfermagem com pacientes gastrostomizados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica através de artigos indexados na base de dados Scielo, com abordagem específica do tema proposto, publicados no período de 2013 a 2018. Foram levantados 50 artigos no total, dos quais 31 foram excluídos e apenas 7 embasaram o presente estudo. Os cuidados de enfermagem aos pacientes com gastrostomia podem ser divididos em 3 critérios: cuidados com o cateter de gastrostomia (CG); cuidados com a alimentação e cuidados com o estoma. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No que se diz a respeito da limpeza do CG, deve ser feita com uma seringa com água filtrada logo após a administração dos alimentos ou medicamentos. O uso de solução bicarbonatada a 1% para evitar acúmulo de gordura e obstrução do cateter também foi citado. No caso do uso de fórmulas industrializadas, é necessário trocar os equipos de dieta a cada 24 horas. Nos cuidados com a alimentação, os mais relevantes citados foram: a importância da elevação da cabeceira do paciente por pelo menos 1 hora após as alimentações, para evitar refluxo gastroesofágico e não administrar a dieta rapidamente, pois pode causar náuseas e vômitos. Nos cuidados com o estoma os mais relevantes foram: não tocar no estoma nas primeiras 8 a 12 horas depois da instalação. Após 24 horas, limpar ao redor da área externa do CG com água fervida ou salina, pelo menos 2 vezes ao dia e após 14 dias com sabão neutro e água morna. É importante secar o estoma por completo, mas sem fazer fricção. Soluções irritantes como o álcool ou oleosas devem ser evitadas. Para esses procedimentos não é necessário a utilização de luvas estéreis, porém deve-se ficar atento aos sinais flogísticos na área ao redor do cateter e se ocorre a saída de exsudato ou da dieta do paciente pelo estoma. CONCLUSÃO: Após a análise dos artigos pode-se concluir que alguns cuidados com o paciente gastrostomizado são semelhantes aos que estão com o cateter nasogástrico. Diferem-se apenas em cuidados com o CG que vai estar inserido diretamente na cavidade abdominal e com o estoma, que são componentes específicos da gastrostomia. Em relação ao cuidado mais relevante observado, podemos citar a importância de uma boa higienização para evitar infecções e possíveis complicações gastrointestinais, valendo atentar-se também, para a importância da higienização oral do paciente, mesmo que ele não esteja ingerindo alimentos. PALAVRAS-CHAVE: Assistência, Enfermagem, Gastrostomia, Pacientes

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADAPTAÇÃO DOS ESTOMIZADOS INTESTINAIS

Ana Regina Machado Nunes, Cleres Silva da Cunha, Lucília Graziele Rodrigues de Oliveira, Taciany Alves Batista Lemos

INTRODUÇÂO: Estomia é o termo que indica a exteriorização de uma víscera oca através de um ato cirúrgico, recebe o nome conforme sua localização anatômica, tais como: ileostomia, colostomia e outras. Este procedimento acarreta em mudanças biopsicossociais, podendo levar o paciente a um grande sofrimento em decorrência da mutilação física, a partir do momento que altera a imagem corporal, provocando mudanças nos hábitos de vida, exigindo uma readaptação à nova condição de saúde, cabendo ao enfermeiro auxiliar neste processo. O autocuidado deve ser adequado para evitar a ocorrência de complicações relacionadas ao orifício e a pele periestoma, uma vez que as complicações mais comuns são as dermatites, a má adaptação da bolsa de coleta, hérnias e retrações. OBJETIVOS: Identificar e analisar as produções científicas que abordem as dificuldades de adaptação e de autocuidado do estomizado intestinal.METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, com pesquisa realizada no banco de dados Scientific Library Online (SciELO). Buscou-se artigos que abordassem acerca da adaptação dos estomizados, tendo como pontos de inclusão a autocuidado com a estomia, descrevendo sua importância. Previamente foram escolhidos na plataforma Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) os seguintes descritores: estomias, autocuidado, adaptação. RESULTADOS:Evidenciou que as mudanças corporais provocadas pelas estomias, como: o uso do equipamento coletor, acarretam diminuição da autoestima, podendo levar ao isolamento social; ou seja, essas alterações, interferem não só na reabilitação, mais também na qualidade de vida. Para isso o fornecimento de informações escritas sobre os cuidados domiciliares são de extrema importância. CONCLUSÂO: Desse forma, torna-se evidente que a assistência aos estomizados deve incluir apoio humanizado, formando vínculos entre quem cuida e quem é cuidado, e plano de educação em saúde de forma a colaborar com o desenvolvimento de habilidades para o autocuidado, sendo papel do enfermeiro, prestar auxílio de forma esclarecedora antes e depois da cirurgia para pacientes e família. Desse modo, os cuidados de enfermagem são indispensáveis para a adaptação das pessoas com estomia perante a sua nova condição, pois por meio de atividades educacionais pode-se desenvolver o autocuidado das pessoas estomizadas e também uma melhor adaptação, fatores estes que estão associados a uma melhor qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Estomias, Auto-cuidado, Adaptação

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A PERCEPÇÃO DE MÃES SOBRE O CUIDAR DE CRIANÇAS OSTOMIZADAS

Vania Maria Nunes Pereira, Maria de Lourdes Vieira, Fabiana Alexandre Rocha, Aletruska Freitas Alencar, Vanessa Maria da Silva Sousa, Silvana Borges Santos

INTRODUÇÃO: A palavra estomia tem origem grega e significa boca ou abertura artificial de qualquer víscera oca no corpo criada cirurgicamente. A designação do nome depende do órgão que será exteriorizado. Os estomas em pediatria são primordialmente temporários, e a reconstrução do transito gastrintestinal depende da doença de base e das intervenções cirúrgicas necessárias. Crianças com estoma são seres em crescimento e desenvolvimento, que apresentam necessidades específicas e singulares de cada fase que levam a uma abordagem de cuidado diferenciada. A mãe é a cuidadora e a responsável pelo elo entre o ambiente familiar e o hospitalar. Geralmente as famílias têm grandes dificuldades no processo de cuidar, que se inicia logo que se deparam com o diagnóstico. OBJETIVO: analisar o conhecimento das mães acerca do cuidado com crianças ostomizadas em tratamento hospitalar infantil público. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nos bancos de dados Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO) nos meses de junho a agosto de 2018. Ao final, executou-se a análise crítica dos estudos. RESULTADOS: Identificou-se que as famílias possuem muita dificuldade na realização deste cuidado, o que gera ansiedade e medo, tornando os pais sobrecarregados, transcendendo os cuidados habituais. CONCLUSÃO: Conclui-se que a mãe cuidadora da criança ostomizada é, geralmente, despreparada para o cuidado e com conhecimentos deficientes acerca do processo de ostomização. O enfermeiro, a partir da educação em saúde, pode melhorar esse cuidado, instruindo as mães no manejo com a criança ostomizada. PALAVRAS-CHAVE: Cuidadores. Enfermagem. Ostomias

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES COM ESTOMIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Monyelly da Silva Castro, Thayanne de Sousa

Freitas, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: A implantação de uma bolsa de estomia implica em diversas transições na vida de uma pessoa, a qual enfrenta o desafio de conviver com a imagem do corpo alterada, culminando na experiência de mudanças psicossociais determinadas pela condição crônica. Diante disso, é essencial a compreensão dos efeitos psicológicos decorrentes da vivência com a estomia para subsidiar a humanização na assistência de enfermagem a essa clientela. OBJETIVO: Identificar as principais evidências científicas acerca dos aspectos psicológicos de pacientes com estomias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual foi desenvolvida por meio de um levantamento bibliográfico. Utilizou-se os periódicos científicos nacionais e internacionais disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. A pesquisa foi realizada através dos descritores controlados “Cuidados de Enfermagem”, “Estomia” e “Saúde Mental”. Para seleção da amostra, foi aplicado como critério de inclusão artigos disponíveis na íntegra na língua portuguesa e inglesa, publicados dentre os anos de 2004 a 2018, e que respondesse à questão norteadora, a qual foi desenvolvida com base na estratégia PICO: Quais são as evidências científicas sobre aspectos psicológicos de pacientes com estomias? Através da busca encontrou-se 30 publicações. Logo após leituras de resumos, aplicação dos critérios de inclusão e análise de conteúdo, obteve-se um resultado final de 10 artigos. RESULTADOS: Os estudos apontam que pacientes com estoma intestinal estão sujeitos a mudanças de sua saúde mental, especialmente das alterações das suas relações sociais e culturais, da sexualidade, e espiritualidade, que são resultantes de sentimentos negativos, tais como: tristeza, angústia, medo, redução da autoestima, diminuição sensação de importância diante da sociedade, dentre outras emoções as quais caracterizam sua percepção como ser-estomizado. Ademais, destaca-se que há a escassez da abordagem do acolhimento psicológico, principalmente antes da cirurgia, o que acarreta no aumento da ansiedade a cirurgia, e inclusive impacto psíquico no pós-operatório. CONCLUSÃO: Conhecer os fatores psicológicos ocasionados pela formação de estomas é relevante para que os enfermeiros possam melhorar a qualidade de sua assistência, na perspectiva da atenção humanizada tanto no perIoperatório, quanto na continuidade do cuidado. Diante disso, será possível promover um cuidado holístico e centrado no paciente como um todo, destacando-se a incentivacão do autocuidado, promovendo a recuperação tanto física como psicossocial, e desta forma possibilitando uma reabilitação bem-sucedida. PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem, Estomia, Saúde Mental.

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PESQUISA SISTEMÁTICA SOBRE A VIVÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DOS PACIENTES COLOSTOMIZADOS

Raísa Leocádio Oliveira, Layana Maria Melo Nascimento

INTRODUÇÃO: A ostomia intestinal consiste numa abertura cirúrgica feita no abdome, na qual pequena parte do intestino é exteriorizada, com a finalidade de excretar o conteúdo intestinal para uma bolsa coletora. O indivíduo que se submete a esta cirurgia, independentemente de ser temporária ou definitiva deve realizar o autocuidado. O enfermeiro, como profissional engajado com o cuidado humano pode iniciar precocemente sua assistência, objetivando a reabilitação do paciente e minimizando seu sofrimento, especialmente ao incentivar o autocuidado. OBJETIVO: conhecer a vivência do enfermeiro na promoção do autocuidado ao paciente colostomizado. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão bibliográfica, para a qual realizou-se um levantamento bibliográfico no período 2007 a 2017, através dos descritores colostomia, cuidados de enfermagem, assistência de enfermagem, utilizando como base de coleta de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Foram identificadas 11 publicações conforme o ano de publicação, indexação, descritores e tema. RESULTADOS/DISCUSSÃO: verificou-se que o enfermeiro tem um grande e relevante papel na reabilitação com o cuidado precoce do paciente desde o pré-operatório prosseguindo até o pós-operatório tardio. O enfermeiro é essencial na prestação do cuidado e para que sua assistência seja de qualidade, é necessário que ele realize a anamnese e o exame físico, estabelecendo os diagnósticos de enfermagem para serem implementados e avaliados mediante o processo educativo, reduzindo assim o medo do paciente e criando um vínculo enfermeiro/paciente essencial para as fases seguintes. CONCLUSÃO: A inadequação das práticas desses processos reflete a necessidade de atualizar os conhecimentos quantos aos diferentes temas da reabilitação do paciente colostomizado. PALAVRAS-CHAVE: Colostomia, Cuidados de Enfermagem, Assistência de Enfermagem

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DIFICULDADES ENFRENTADAS POR MÃES NO CUIDADO A CRIANÇAS ESTOMIZADAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Camila Cavalcante Alves, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Silvana Santiago da Rocha, Maria Joara da Silva, Anderson da Silva Sousa, Fernanda Ferreira de Morais

INTRODUÇÃO: A cirurgia geradora de estoma intestinal visa alterar seu trânsito para eliminação de efluentes (fezes). Porém, após a cirurgia, essa eliminação não poderá mais ser controlada voluntariamente e, devido a isso, a pessoa com estoma precisará utilizar bolsas coletoras especiais, adaptando-as no abdome. Usualmente, as estomias, em crianças, têm caráter provisório, como medida terapêutica. As causas mais comuns são relacionadas a anomalias congênitas, principalmente anorretais e megacólon aganglionar. Ainda que os estomas sejam considerados uma tecnologia de baixa complexidade, a sua presença se torna bastante complexa no contexto familiar. OBJETIVO: Identificar, por meio da literatura científica, as dificuldades enfrentadas por mães no cuidado a crianças estomizadas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados LILACS, IBEX, BDENF, no período de outubro de 2018, utilizou-se os descritores controlados cadastrados no DeCS: criança; estomia; família e seus respectivos em inglês, cadastrados no Mesh terms. Incluíram-se artigos na língua inglesa, espanhola e português, textos disponíveis na íntegra e de livre acesso, publicados nos últimos 5 anos (2013 e 2018). Após seleção se obteve uma amostra de nove artigos que compuseram os resultados. RESULTADOS: Foi possível identificar que as dificuldades mais relatadas na literatura foram relacionadas à higiene e a troca dos dispositivos coletores. Também foi identificado o conhecimento deficiente por parte das mães no que concerne aos tipos e as opções destes dispositivos, além da existência de Centro de Atendimento à Pessoa Estomizada vinculados ao Estado, no qual oferecem o atendimento e distribuição de equipamentos gratuitos. Além disso, o medo do cuidador em lidar com o estoma é bastante relatado. Identificaram-se também as dificuldades quanto à capacitação para o cuidado em domicílio e quanto à comunicação com a equipe de saúde. Dessa forma, as instituições que confeccionam estomas devem investir em capacitação profissional, para que os cuidadores recebam orientações sobre cuidados, higiene e sobre os locais onde estejam implantados os Centros de Atendimento ao paciente estomizado. Destaca-se também que o enfermeiro está em uma importante posição na educação em saúde as mães de crianças estomizadas, tanto no pré-operatório, quanto em todas as fases do pós-operatório. CONCLUSÃO: A pesquisa permitiu identificar, por meio da literatura científica, as principais dificuldades enfrentadas por mães no cuidado a crianças estomizadas. Compreender essas dificuldades e contorná-las representa um desafio para a enfermagem no que diz respeito as orientações dadas as mães quanto a esse cuidado. PALAVRAS-CHAVE: Criança, Estomia, Família.

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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A SEXUALIDADE DA PESSOA COM ESTOMIA INTESTINAL: ANÁLISE REFLEXIVA

Gisele Sousa Oliveira, Brunna Gabrielly da Silva Maia, Julyane de Santana Duarte, Marília Mendes Silva, Valéria Santos Melo, Ana Cláudia de Costa Araújo

INTRODUÇÃO: A Pessoa estomizada ou ostomizada é aquela que em decorrência de um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização do sistema (digestório, respiratório e urinário), possui um estoma, ou seja, uma abertura artificial entre os órgãos internos com o meio externo. É uma intervenção agressiva que provoca várias mudanças na fisiologia corporal, no estilo de vida, no aspecto físico e psicossocial da pessoa. O paciente encontra dificuldades em torno de sua sexualidade, pois a própria cirurgia contribui para isso, podendo causar, em homens, alterações na ereção e ejaculação, estenose e perfuração vaginal nas mulheres, e diminuição da libido em ambos os sexos. Além disso, eles enfrentam barreiras e preconceitos sobre sua sexualidade, a vergonha por sua nova imagem, o receio da eliminação involuntária dos flatos, ao odor, ao medo da bolsa estourar e ao medo de rejeição, principalmente no que se refere ao parceiro. OBJETIVO: analisar a sexualidade de pessoas com estomias intestinais, a fim de identificar as mudanças e dificuldades de adaptação que esses pacientes enfrentam. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo análise reflexiva apoiada em referenciais teóricos sobre a sexualidade de pessoas com estomia intestinal e as mudanças e dificuldades enfrentadas pelos mesmos. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2018, dando ênfase a literatura de 2014 a 2018, que apresentassem relevância a temática abordada. DISCUSSÃO: A confecção de um estoma pode resultar em imagem diferente e uma perda da autoestima, refletindo na percepção sobre si mesmo, e a pessoa passa a se vê como alguém diferente dos demais e sem atrativos. A mudança súbita da imagem corporal origina confusão e alteração negativa na forma como ela se percebe. o constante medo da rejeição faz que a pessoa tenha comportamentos e atitudes negativos como uma forma de se auto defender, uma vez que o mesmo se ver com limitações que não podem ser compreendidas por terceiros, acreditam ainda que se afastando das pessoas de um modo geral pode evitar que o pior aconteça, ou seja, criam uma visão pessimista do futuro, resultando na falta de uma iniciativa em relação à sexualidade, principalmente, por envolver exposição corporal, levando a uma sensação de mutilação continua. CONCLUSÃO: As mudanças corporais e emocionais, interferem principalmente nas funções sexuais, acarretando medo de novos relacionamentos por vergonha de expor o corpo, medo de situações de constrangimento e rejeição na relação sexual. A situação requer aceitação e adaptação da pessoa com estomia e dessa forma os profissionais de saúde devem ter conhecimento e cuidado para abordar e oferecer suporte adequado contribuindo efetivamente para a compreensão e enfrentamento da situação vivenciada pelos estomizados, promovendo um viver saudável e pleno. PALAVRAS-CHAVE: Adaptação, Estomia, Sexualidade.

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AÇÕES EDUCATIVAS PARA SEXUALIDADE DA MULHER COM ESTOMIA

Larissa Raquel Siva Matos, Larissa Lima de Sousa, Cristovão Machado Vieira, Jasminy Moreira de Sousa Oliveira, Roseane Carlos de Sousa, Tatiana Maria Melo Guimarães

INTRODUÇÃO: Quando uma pessoa recebe uma notícia que passara por um procedimento cirúrgico e que suas eliminações fecais vão ser desviadas para uma bolsa já começam a imaginar como vai ser sua vida dali para frente. As mudanças na vida social, no seu dia a dia trazem constantes ansiedades, e para a mulher como uma amante da imagem corporal, a modificação do seu corpo trás um impacto na sua percepção de imagem e conseguintemente interfere na sua vida sexual que resulta na perda de libidos e o não reconhecimento de um ser sexual. Nesse sentindo as ações educativas trazem para a mulher estomizada seguranças para vivenciam a vida sexual e o reconhecimento do seu corpo e beneficiando sua qualidade de vida. OBJETIVO: descrever as evidencia cientificas sobre ações educativas para sexualidade da mulher com estomia. METODOLOGIA: foi utilizada como metodologia uma revisão bibliográfica nas bases de dados BVS, LILACS E MEDLINE, no período de outubro á novembro de 2018 e foram utilizados descritores “estomia”, “sexualidade”, “mulher”. Os critérios de inclusão dos artigos foram: texto completo no idioma português, excluindo artigos que não contemplavam a temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente foram encontrados 35 estudos nos quais 10 foram selecionados, pois atenderam ao objetivo e obteve os seguintes resultados/discussão que a partir da pesquisa foi obtido o resultado inicial de 35 artigos encontrado e desses foram selecionados 10 artigos de 2008 á 2018 anos que incluíam estudos do tipo qualitativos e metodológicos nos quais foram criadas duas categorias que trazem ações educativas como o uso de cartilha e diálogos com orientações que permite que as pacientes possam ter uma linguagem mais fácil para compreensão do assunto. CONCLUSÃO: os estudos evidenciaram as diferentes percepções dessas mulheres que vivenciam essa mudança, tanto na sua adaptação ao próprio corpo quanto na sua introdução a vida sexual, nesse sentindo as ações educativas torna-se um importante momento de orientação e discussões que ajuda a mulher a se reconhecer novamente.

PALAVRAS-CHAVE: estomia, sexualidade, mulher.

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CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM ÀS REPERCUSSÕES NEGATIVAS DA ESTOMIA INTESTINAL NA VIDA DO INDIVÍDUO: REVISÃO INTEGRATIVA DE

LITERATURA Francisco Wellyson Ribeiro de Andrade, Ana Maria de Moura Fernandes, Lara Rayssa

Pires Barbosa, Raquel Vilanova Araújo INTRODUÇÃO: Estomia intestinal é uma comunicação realizada por meio de uma abertura no abdome e exteriorizada um segmento da alça intestinal, na perspectiva de alimentação, respiração, drenagens e eliminações. Esse procedimento causa sofrimento psicossocial, constrangimentos e baixa autoestima ao indivíduo. Nesse contexto, a enfermagem tem relevância, pois trabalha os aspectos fisiológicos, biológicos, sociocultural e psicossocial do paciente. OBJETIVO:Levantar e analisar a produção técnico-científica sobre a assistência de enfermagem no impacto negativo da estomia intestinal na vida do indivíduo. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, as bases de dados utilizadas foram LILACS e BDENF, com os seguintes descritores: estomia, enfermagem e assistência. Foram incluídos artigos originais disponíveis na integra e foram excluídos artigos duplicados, teses, estudos de revisão, e dissertações. Foram resgatados 26 artigos, após critérios de inclusão e exclusão, restaram 10 artigos para a análise temática de conteúdo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos artigos analisados foi possível identificar que, o indivíduo após a realização da estomia intestinal vivencia os estágios emocionais de negação, ira, invalidez, depressão e aceitação. Além disso, este processo gera para a pessoa uma visão alterada do próprio corpo, uma vez que levam a necessidade de reconstrução da sua identidade, suscitando sensações de impotência e incapacidade, diminuindo ainda mais a autoconfiança do indivíduo. A assistência de enfermagem durante todo o processo de confecção da estomia também se caracteriza como um tipo de apoio emocional, e influencia significativamente no nível de satisfação do estomizado com a vida. Um outro aspecto relevante é a capacitação técnica dos enfermeiros especialistas, os tornando capazes de compreender os sentimentos, aliviar o sofrimento psíquico, emocional do paciente e de esclarecer dúvidas geradas pela falta de conhecimento. CONCLUSÃO: A presença de um estoma traz diversas repercussões para a vida da pessoa estomizada, destacando-se conforme os textos analisados, que as principais alterações são na sexualidade, relacionadas à imagem corporal, a angustia, o medo, a ansiedade, o isolamento social, além de alterações físicas e psicossociais. Os estudos apontam a evidencia de baixa autoestima e autoimagem. O sentimento de rejeição, medo e vergonha são frequentes nessas pessoas. A enfermagem mostra-se fundamental no contexto assistencial e apoio psicológico ligados a autoestima, imagem e preparando estes para o autocuidado a fim promover uma melhor qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Assistência, Enfermagem

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PESSOA ESTOMIZADA:QUALIDADE DE VIDA E SEXUALIDADE

Fabiana Nayra Dantas Osternes, Fabrícia Kelly Moura Dantas, Carina Nunes de Lima,

Edilberto da Silva Lima, Juliana Bezerra Macedo, Mariluska Macêdo Lôbo de Deus Oliveira

INTRODUÇÃO: A palavra estoma deriva do grego, que significa uma abertura de qualquer víscera oca através do corpo.Este procedimento provoca várias mudanças que podem afetar negativamente a qualidade de vida, a saúde física, psicológica, social e sexual da pessoa que precisa conviver com essa nova condição de vida, fazendo com que os indivíduos se sintam incapazes de retornarem às suas atividades diárias, conduzindo ao isolamento social. A alteração física decorrente de uma estomia resulta principalmente em uma mudança sexual, decorrente do não enquadramento aos padrões sociais, A sexualidade é considerada como um dos pilares da qualidade de vida, de caráter multidimensional. Nesse contexto, cabe ao enfermeiro, como profissional de saúde, a compreensão dessas alterações, para desenvolver um plano de cuidados adequado ao preparo do paciente para o convívio com a estomia. OBJETIVO: Refletir sobre a qualidade de vida e sexualidade de pacientes estomizados, e a importância do processo de cuidar em enfermagem a esses pacientes. METODOLOGIA: Estudo descritivo exploratório do tipo revisão sistemática da literatura. Foram selecionados artigos publicados na língua portuguesa, disponíveis na íntegra e na forma online, nas bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library online),Redalyc (Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal),Revista Ciências e Saberes, REME (Revista Mineira de Enfermagem) no período compreendido entre os anos de 2011 e 2015. A coleta de dados foi realizada entre os meses de julho e agosto de 2018. Em um total de 10 artigos, destes foram excluídos os que não se referiam diretamente sobre o referido assunto. Somente 6 abordavam o tema Qualidade de vida e sexualidade da pessoa estomizada. RESULTADOS: A adaptação à nova condição de ser ou estar estomizado é um processo amplo e complexo. Prover orientações e condições que ajudem o paciente a adequar-se à nova situação, especialmente no que se refere ao autocuidado, é fundamental e contribui para o seu retorno às atividades da vida diária, inclusive aquelas que dizem respeito à expressão da sexualidade. Os cuidados de enfermagem ao estomizado devem iniciar-se no momento do diagnóstico e da indicação da realização de uma ostomia, para minimizar sofrimentos e obter uma melhor reabilitação, por isso é indispensável o conhecimento das necessidades desses pacientes através de suas indagações que, além de serem diversas, mudam constantemente. A sexualidade ultrapassa os limites da necessidade fisiológica e tem relação direta com a simbolização do desejo, o apoio do parceiro é essencial para o desenvolvimento de atitudes positivas frente à nova situação. CONCLUSÃO: As modificações consequentes à estomia vão além do visível, com alterações emocionais, interferindo na vida do estomizado, principalmente, pelas disfunções sexuais e sentimentos de medo e isolamento social. A assistência ao paciente estomizado exige uma reflexão sobre os aspectos de reabilitação, significando um grande desafio para o profissional de saúde, principalmente de enfermagem. Desse modo, a educação em saúde é indispensável e fundamental para o processo de cuidado, resultando em uma assistência de qualidade. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, qualidade de vida, sexualidade, cuidados de enfermagem

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SENTIMENTOS ENVOLVIDOS NA OSTOMIA

Elayne Kelly Sepedro Sousa, Marielle Maria Oliveira Barros, Francisca Cecília Viana Rocha

INTRODUÇÃO: A palavra ostomia é oriunda do grego e carrega consigo o significado de “uma abertura” ou “boca”. O termo é utilizado para denotar a exteriorização de uma víscera oca através do corpo, podendo essa abertura ter várias indicações. A ostomia é utilizada no tratamento de diversas patologias, porém, o procedimento é considerado estigmatizante, em virtude de trazer sentimentos negativos e traumatizantes, as quais interferem na imagem corporal e cotidiana da vida diária. OBJETIVO: Buscar na literatura, produções cientificas acerca dos sentimentos envolvidos na ostomia. METODOLOGIA: Revisão integrativa, com questão norteadora: Quais são os sentimentos que estão envolvidos na ostomia, segundo as evidências? A busca foi realizada em periódicos de língua espanhola e portuguesa, com os descritores sentimentos, emoções e ostomia. Incluiu-se artigos primários, no recorte temporal de 2007 a 2017, disponíveis na íntegra, no idioma inglês, português e espanhol, que tratassem da temática. Excluiu-se editoriais, teses, dissertações e artigos de jornais. 32 estudos foram encontrados por meio dos descritores sentimentos, emoções e ostomia. Restaram 07 artigos após filtrá-los, para análise. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Dos 7 estudos, 3 foram publicados na SCIELO e 3 na BDENF, 3 realizados na região Sul do Brasil, descritivos, de natureza qualitativa. O resultado da busca evidenciou 30 sentimentos envolvidos na ostomia. Dentre estes, os mais relatados foram a diminuição da autoestima, medo e desconforto, seguidos de constrangimento, mutilação, vergonha, alteração na vida sexual, insegurança e, por último, amputação, alteração da autoimagem, inutilidade, angústia, dúvidas, medo do futuro, isolamento social, revolta, tristeza, sofrimento e aceitação. A mudança e o sofrimento em relação a nova rotina de vida afetam fisicamente e psicologicamente a pessoa ostomizada, bem como as relações sociais, comprometendo assim a qualidade de vida. Portanto, o papel da equipe multidisciplinar é essencial para ajudar na aceitação dessa condição de vida, no sentido de compreender os sentimentos dos pacientes com ostomia, a fim de apóia-los, reforçando as estratégias de enfrentamento e garantindo o cuidado. CONCLUSÃO: Conclui-se que os sentimentos são negativos e para minimizá-los é necessário criar situações para reduzir as dificuldades que ajudará a transpor melhor o desempenho de ser um paciente ostomizado. PALAVRAS-CHAVE: Sentimentos, Emoções, Ostomia.

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COTIDIANO DOS PACIENTES IDOSOS APÓS ESTOMIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Renizy Pereira Santana, Lucas Morais Santana, Marcos André de Almeida Castro,

Tamyles Bezerra Matos, Talita Monaliza Martins, Izabel Cristina Falcão Juvenal Barbosa INTRODUÇÃO: O paciente estomizado é aquele que através de uma cirurgia irá realizar uma abertura feita na parede abdominal por meio de colostomia, ileostomia, etc. (o nome dependerá do órgão que será exteriorizado) que pode ser temporária ou permanente. O idoso estomizado passa a conviver com outra imagem de si mesmo e tem que redescobrir-se em seu ambiente, dessa forma, esses novos costumes são caracterizados em sua vida através de obstáculos, distanciamentos, dependência, mecanismos de superação e aceitação. OBJETIVO: Avaliar as principais dificuldades enfrentadas por idosos estomizados no seu cotidiano, através de uma revisão bibliográfica da literatura. MÉTODOS:Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura através da utilização dos descritores: “estomia”, “qualidade de vida” e “idoso”, extraídos do Descritores em Ciências e Saúde – DeCS e Medical Subject Headings – MeSH. A coleta de dados foi em novembro de 2018 e utilizou-se do operador booleano “AND”, na seguinte base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde/LILACS. Critérios de inclusão: publicações online, gratuitas e na íntegra, no idioma português, sem limitação de tempo de publicação e que respondessem a seguinte pergunta norteadora: “Quais as principais dificuldades enfrentadas por idosos estomizados em seu cotidiano, que interferem na sua qualidade de vida?”. Após o cruzamento dos descritores, encontrou-se 36 publicações, deste total, apenas seis (06) contemplaram a questão norteadora. RESULTADOS: Observou-se pelos estudos analisados que as alterações vivenciadas por esta clientela alteram os hábitos alimentares e de higiene que poderão acarretar sentimentos, tais como: medo, incertezas e preocupações relacionadas as interferências nutricionais, sociais, laborativas, corporativas e sexuais, que comprometem de forma significativa na reabilitação destes pacientes. Dentre elas destacam-se: alterações alimentares e nutricionais, com dieta equilibrada e ingestão de alimentos de funções diferentes, agrupando-os de acordo com as necessidades metabólicas de cada indivíduo. Acrescenta-se ainda, os cuidados com alimentos que podem provocar gases e odores que devem ser evitados, bem como alimentos que possam provocar inconstâncias intestinais, condição que pode levar o estomizado ao isolamento social. Outra mudança habitual dos idosos estomizados estão no modo de se vestir, passam a utilizar roupas largas no intuito de ocultar o uso do dispositivo, podendo afetar a autoestima devido a transformação da imagem corporal. No que tange aos problemas sexuais, as maiores dificuldades para os homens são: redução ou perda da libido, diminuição ou ausência da capacidade de ereção e alteração da ejaculação. Para as mulheres, redução ou perda da libido e dor após a relação sexual. Cabe ressaltar que os idosos que ainda exercem alguma atividade remunerada, não retornam ao trabalho, fato este, que contribui para a ociosidade e isolamento social. CONCLUSÃO: Conclui-se que ações educativas permanentes devem ser utilizadas como estratégias de intervenção que busquem estimular o enfrentamento e a adaptação do idoso estomizado com a cirurgia. As adversidades do seu cotidiano são de extrema relevância, pois sabe-se que a superação das dificuldades de adequação inicial dependerá diretamente da capacidade de enfrentamento de cada pessoa, do suporte familiar, do financeiro, dos profissionais e da estrutura de atendimento oferecida. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Qualidade de vida, Idoso.

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PERFIL DOS PACIENTES OSTOMIZADOS ATENDIDOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Alyne Leal de Alencar Luz; Maria Helena Barros Araújo Luz; Claudio Scott

Bortoleto; Daniela Bezerra Macedo; Erika Layane Gomes Leal; Juliana Bezerra Macedo; INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, com o aumento da longevidade e a prevalência de doenças crônicas, além de acidentes e violências, resultando na deterioração das condições orgânicas, um número crescente de pessoas passa por cirurgias que exigem ostomia.Os indivíduos ostomizados possuem características diversas que os unem em um grupo especial, bem como as necessidades e as próprias reações implícitas à sua identidade e subjetividade. Portanto, a resposta aos problemas causados ??pela presença do estoma está relacionada às condições pessoais de cada um, bem como às variações externas, como a qualidade de vida da família, apoio financeiro e cuidados recebidos em todas as etapas de tratamento cirúrgico para a preparação do ostoma. OBJETIVO: Analisar o perfil de pacientes estomizados atendidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) em um município do Estado do Piauí, Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 45 pacientes estomizados, de ambos os sexos, cuja amostra foi composta por 100% desses pacientes. Os dados foram coletados no período de julho a agosto de 2013, por meio de um formulário específico, composto por dados sociodemográficos e clínicos, por meio da técnica de entrevista e complementados pelo exame físico, categorizados em Microsoft Excel e processados ??pelo pacote estatístico SPSS 16.0 por estatística descritiva e apresentado em tabelas, analisadas à luz da literatura pertinente ao assunto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos resultados encontrados prevaleceram mulheres (57,8%), predominantemente com idades entre 20 e 59 anos (55,6%), a maioria com baixa escolaridade (55,6%) e baixa renda (75,6%). Como causa básica das ostomias, predominaram as doenças inflamatórias intestinais (40,0%); a maioria foi colostomia (77,8%), temporária (66,7%), uso de dispositivo de peça única (80%), do tipo drenável (60%) e com barreira de proteção (62,2%). CONCLUSÃO: O conhecimento do perfil da pessoa ostomatizada e as peculiaridades associadas ao ostoma são essenciais para a realização do cuidado de enfermagem, tendo em vista a participação ativa do cliente articulado com outros profissionais que participam do cuidado perioperatório e o acompanhamento. PALAVRAS CHAVE: Estomia, Perfil de Saúde, Saúde da Família, Enfermagem.

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CUIDANDO DE ESTOMIAS INTESTINAIS EM PEDIATRIA: UMA REFLEXÃO

Maria dos Milagres Santos da Costa, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Silvana Santiago da Rocha, Anderson da Silva Sousa, Kamilla Pinheiro Saraiva, Rosilda

Evangelista da Silva INTRODUÇÃO: A realização de uma estomia é uma situação que pode acometer diferentes faixas etárias, e está relacionada a uma grande variedade de situações clínicas. Para estomias intestinais, têm-se a colostomia, ileostomia e a jejunostomia; já as estomias urinárias denominam-se urostomia ou derivação urinária. No público pediátrico, na maioria das vezes, as estomias são realizadas devido a doenças congênitas ou em situações clínicas de origem benigna. OBJETIVO: Refletir acerca do cuidado com estomias intestinais em pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão temática, realizada em outubro de 2018. Para a realização desta reflexão, utilizou-se 12 artigos publicados nos últimos 10 anos, além de manuais de Normas Técnicas e Manuais do Ministério da Saúde que normatiza tais cuidados. As referências selecionadas buscam descrever, refletir e relacionar o impacto e os principais aspectos relacionados aos cuidados referentes a temática em questão. RESULTADOS: Após a leitura das referências selecionadas evidenciou-se que o impacto dessa condição clínica para os pais/familiares ou cuidadores dessas crianças, pode ser sentido logo após o nascimento ou mesmo antes do diagnóstico ser feito, quando os pais percebem que algo está errado com o filho, mesmo antes da confirmação médica. Essa situação gera sentimentos comuns de choque, desamparo, isolamento, medo e até depressão, tais sensações podem prejudicar no cuidado com o filho. Para a criança o impacto é sentido um pouco mais tarde, normalmente quando adquirem uma certa idade e percebem sua condição diferenciada diante das outras crianças no qual convive. Os principais cuidados com estomias intestinais estão relacionados a troca do equipamento coletor, como: remoção, limpeza da pele, a mensuração da estomia (medi-la para que a bolsa coletora seja cortada no tamanho correto), periodicidade de troca (como e quando esvaziar a bolsa coletora), escolha do melhor modelo de bolsa coletora juntamente com a família e envolvendo também a criança. Mesmo diante do impacto da notícia, os familiares devem ser estimulados precocemente a realizarem esses principais cuidados ainda no ambiente hospitalar. Por isso os profissionais da saúde devem realizar educação em saúde e sempre estar dispostos a dá orientações para os pais e familiares, para que eles se sintam confiantes durante esse cuidado. Estas ações contribuem para diminuir a ansiedade, o medo dos pais e da própria crianças após a alta, quando já estiverem em sua residência. CONCLUSÃO: O estudo revelou que a confecção da estomia em pediatria gera impacto tanto para a família quanto para criança e devido isso é necessário que o profissional de saúde disponha de conhecimento e empatia ao fornecer informações direcionadas as necessidades desse público, buscando a promoção e proteção à saúde da criança tanto no ambiente hospitalar quanto no domiciliar. PALAVRAS-CHAVE: Criança; Estomia; Cuidado; Educação em saúde;

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CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE ESTOMIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tagila Andreia viana Dos Santos, Josiani Magalhães Teixeira Alencar, Kellry Fernanda da

Silva Gomes de Freitas, Raisa Mikahil Monteiro de Sousa, Dayane Hipólito de Moura, Patrícia de Azevedo Lemos Cavalcanti

INTRODUÇÃO: Estomia é uma comunicação artificial entre os órgãos ou vísceras até o meio externo para drenagens, eliminações ou nutrição. A criação de uma estomia intestinal é considerada uns procedimentos simples na cirurgia, são uma forma de tratamento provisório ou definitivo, em várias condições, como má formação congênita do intestino, tumores intestinais, doença inflamatória intestinal, traumas abdominais,. Acarretam uma série de alterações na vida do indivíduo com relação, principalmente, a autoimagem, autoestima e necessidades de autocuidado. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na assistência a um paciente ostomizado. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um hospital de Teresina - PI, durante a disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente da Graduação em Enfermagem. RESULTADOS: Realizou-se consultas de enfermagem com foco em educação em saúde aos ostomizados e familiares quanto a cuidados com pele, alimentação, vestuário, identificação de diagnósticos de enfermagem, intervenções quanto ao cuidado com o estoma, manejo dispositivos (bolsa coletora) e tratamento da pele periestoma. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que o conhecimento dos enfermeiros sobre estomias é de extrema importância para assistência e que os pacientes estomizado apresentam um desafio para a condução do processo de ensino-aprendizado, exigindo, desta forma, um preparo específico e atualização constante do enfermeiro que atua nesta área de cuidado, para que possa oferecer ao paciente uma assistência de enfermagem individualizada, de modo a cuidar tanto das complicações de maneira adequada, como também possa acompanhar e auxiliar o indivíduo a superar este momento tão delicado e retomar o controle da sua própria vida. PALAVRAS-CHAVE: conhecimento, enfermeiro, estomia.

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ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DE PACIENTES ESTOMIZADOS: REVISÃO DE LITERATURA

Soraia da Silva Aires, Fabíola da Costa Oliveira, Lana Caroline Dias Reis, Ramon Araújo

Oliveira, Antônio Eduardo Osório Cavalcante, Manoel Borges da Silva Júnior INTRODUÇÃO: A ostomia ou estomia representa uma abertura realizada cirurgicamente, que permite a conexão de um órgão com o meio externo visando eliminar resíduos, cujos depositam-se em uma bolsa coletora. Pode ser temporária ou definitiva, conforme condições e causas de sua confecção e classifica-se em colostomia (mais frequente), ileostomia e urostomia, mediante sua localização. O principal motivo para a aquisição de um estoma dá-se pelo acometimento por câncer colorretal, o qual prevalece em pessoas com idade igual ou superior à 51 anos. Geralmente, esses pacientes enfrentam dificuldades psicológicas e sociais e experimentam um sentimento ruim em relação a si mesmo. OBJETIVO: Analisar os aspectos psicossociais de pacientes estomizados. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura produzida sobre a temática nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scintific Eletronic Library Online (SCIELO), em setembro de 2018. Como critérios de inclusão, teve-se os seguintes: texto completo disponível, publicação nos anos de 2012 a 2018 e no idioma português. Foram excluídas as literaturas repetidas e que não estivessem relacionadas diretamente com o tema. RESULTADOS: Observou-se que há uma prevalência de pacientes que não retomam às atividades de lazer ou retomam apenas parcialmente, devido insegurança, vergonha, ou problemas físicos. É comum a ocorrência de alterações na vida sexual do estomizado, devido diminuição ou perda da libido e por vezes impotência, relacionadas com alteração da imagem corporal e consequente diminuição da autoestima, assim como preocupações relacionadas com a eliminação de odores e fezes durante o ato sexual. Com isso, a estomia é responsável pela mudança do papel e do status social na família e sociedade. No que se refere ao retorno às atividades laborais, observa-se uma dificuldade de reinserção destas pessoas frente à perda ou limitação da capacidade produtiva percebida pelo estomizado. Alguns notam o afastamento de “amigos” pós estomia, enquanto outros se afastam por se sentirem estigmatizados nas relações sociais. As estratégias de enfrentamento ativas utilizadas são negociação, comparações positivas, autodeterminação, manter senso de normalização, realizar atividades do dia a dia, além de cuidados que ofereçam segurança. Com relação às estratégias passivas, consistem majoritariamente em resignação, revolta, encobrimento e isolamento social. CONCLUSÃO: Diante dos aspectos psicossociais desencadeados pelos indivíduos estomizados, conclui-se que a assistência à saúde não pode ser apenas a cura da doença ou o adiamento da morte, os pacientes necessitam ser vistos como um todo, a fim de se oferecer um cuidado humanizado. Neste sentido, faz-se necessário que os serviços e os profissionais de saúde, com um planejamento adequado da assistência, incluam o apoio psicológico e a educação para a saúde, visando promover uma adaptação psicológica e social do paciente e seus familiares ao processo de viver com uma estomia, contribuindo assim, para a melhoria significativa da qualidade de vida destas pessoas. PALAVRAS-CHAVE: Ferida, Estomia, Estigma, Saúde Pública.

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INCONTINÊNCIA ANAL EM PARTURIENTES: FATORES DE RISCO E IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA

João Cláudio Leite Pierote, Bianca Maria Cardoso de Sousa Vieira, Suzy Romere Silva

de Alencar, Ruth de Sousa Santos, Stefânia Araújo Pereira, Sudário Vítor de Aguiar Lima INTRODUÇÃO: A incontinência anal é caracterizada pela perda involuntária tanto de material fecal quanto de gases, sendo marcada pela incapacidade de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal. O aumento do peso intra-abdominal na gravidez e as lesões dos tecidos do assoalho pélvico ocasionadas pelo parto são frequentemente associados à redução da força dos músculos do assoalho pélvico, podendo resultar em disfunções, como a incontinência urinária (IU) e a incontinência anal (IA). OBJETIVO: Identificar mediante revisão da literatura, a prevalência de incontinência anal na gestação e puerpério e o impacto na qualidade de vida. MÉTODOS: Estudo de revisão integrativa de literatura via Biblioteca Virtual em Saúde em outubro de 2018, artigos pertencentes às bases de dados: MEDLINE, SCIELO, LILACS. Foi utilizado na pesquisa a estratégia PICo utilizando os descritores: (P: Parturiente, gestante; I: Período Pós-Parto, Gestação; Co: Incontinência Fecal). Critérios de inclusão: idioma em português, inglês e espanhol, gratuito, publicado nos últimos 10 anos. Critérios de exclusão: não aderência à temática. Foram encontrados 164 artigos, desses, 15 foram selecionados para análise. Os critérios de análise foram: período de publicação, abordagem metodológica e categorias temáticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O ano de maior publicação foi o de 2015, seguido de 2009 e 2008; a abordagem metodológica que prevaleceu foi à quantitativa; de acordo com o assunto abordado pelos artigos, emergiram as seguintes categorias temáticas: período de maior prevalência de IA; qualidade de vida das gestantes com IA; perfil das mulheres acometidas e fatores de risco. Na 1° categoria observou-se maior ocorrência de IA no pós-parto, com perda descontrolada de gases ou fezes; as sujeiras inevitáveis de roupas íntimas foram relatadas mais frequentemente no primeiro trimestre, comum também no terceiro trimestre gestacional da 1° gravidez podendo regredir ou desaparecer após o parto. Na 2° categoria, evidenciou-se que mulheres que vivenciaram apenas a urgência em defecar possuíam melhor qualidade de vida em comparação a quaisquer outros sintomas de IA. A depressão só foi associada a experimentar a combinação dos dois sintomas de IA. A ocorrência de flatulência isolada ou frequente, e perda fecal involuntária foram associadas ao maior impacto em primíparas, afetando a sua qualidade de vida, levando ao isolamento, limitação das atividades diárias, domésticas e sexuais. Na 3° categoria destacou-se, a faixa etária de 30 anos, raça/cor branca e multíparas. A idade e o ganho de peso excessivo durante a gravidez estiveram associados a uma maior ocorrência. IA foi mais frequente no parto com fórceps, prolongamento da segunda etapa do trabalho de parto (maior que 5 horas), fase expulsiva com duração maior que 20 minutos e lacerações perineais de primeiro grau. CONCLUSÃO: Diante do exposto, conclui-se que a IA é um contribuinte significativo da redução da qualidade de vida das gestantes, sendo primordial a implementação de medidas preventivas ainda no pré-natal e durante o trabalho de parto, como a realização de exercícios para fortalecimento da musculatura perineal e exercícios que acelerem esse processo, bem como, exercícios de biofeedback em pacientes acometidas por IA.

PALAVRAS-CHAVE: Parturiente, Gestante, Período Pós-Parto, Gestação, Incontinência Fecal.

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CONTEXTO FAMILIAR DE CRIANÇAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Anderson da Silva Sousa, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Maria Joara da Silva, Ellen Eduarda Santos Ribeiro, Stefany Rodrigues Cardoso, Silvana Santiago da Rocha INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é definida como perda involuntária de urina e subdivide-se em incontinência intermitente diurna e incontinência intermitente noturna. Sabe-se que a etiologia dassa patologia é multifatorial, sendo uma condição comum na infância, principalmente no contexto da assistência em uropediatria. Dessa forma os familiares (cuidadores ou responsáveis) pela saúde dessas crianças, passam a perceber a criança como vulnerável, uma convicção que acaba por aumentar os níveis de ansiedade e depressão nos familiares. OBJETIVO: Identificar na literatura científica os fatores relacionados ao contexto familiar no cuidado de crianças com incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados Lilacs, Scopus e Medline, no período de outubro de 2018, utilizando-se os descritores cadastrados no DECS e MESH (nos respectivos idiomas inglês e português): incontinência urinária; enurese; família; cuidadores; crianças. Incluíram-se artigos na língua inglesa, espanhola e português, textos disponíveis na íntegra e de livre acesso, publicados nos últimos 5 anos (2013 e 2018). A partir da leitura exaustiva dos artigos, foram selecionadas 12 publicações que discutiram aspectos relativos à temática em questão. RESULTADOS: Foi possível identificar o baixo nível educacional, dos pais de crianças com incontinência urinária, como um fator para maior predisposição de dificuldade em lidar com a incontinência urinária. Verifica-se a mãe como a cuidadora principal, uma vez que vivencia com mais intensidade o cotidiano da criança e tem em geral menor nível educacional comparado ao pai. Estes fatores aumentam o risco para a persistência da incontinência urinaria ao longo da vida das crianças, em especial para aquelas que combinam fatores psicológicos e incontinência urinária noturna. Identificou-se que a escolaridade dos cuidadores também pode influenciar a forma de lidar com a criança, sendo que as punições verbais e físicas são comuns. Apontou-se o estresse dos cuidadores como uma predisposição que potencializa problemas comportamentais e emocionais da criança, como a baixa autoestima e a autoimagem diminuída, promovendo um menor convívio familiar. Temos que a ansiedade é um fator de impacto que causa prejuízo para os pais e ocasiona prejuízo direto em suas habilidades nas práticas parentais e na qualidade do relacionamento familiar. Apontam-se também outros fatores relacionados à posição socioeconômica e a presença de adversidades como pais desempregados, dificuldades financeiras, famílias numerosas, habitação inadequada, os quais são indicados como fatores impactantes no convívio familiar e que contribuem para a permanência da incontinência urinária noturna. CONCLUSÃO: Evidencia-se que os vários fatores que levam ao estresse psicológico influenciam diretamente na maneira como os familiares se comportam e tratam as crianças com incontinência urinária. Nesse sentido, o papel do enfermeiro que atua em uropediatria mostra-se fundamental sobre a importância da compreensão da convivência familiar, a fim de contribuir com o delinear de orientações voltadas para a educação e compreensão das experiências vividas pelos cuidadores. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Enurese, Família, Cuidadores, Crianças.

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IMPACTOS DA INCONTINÊNCIA FECAL NO COMPORTAMENTO SEXUAL

Alan Jefferson Alves Reis, Nanielle Silva Barbosa, Breno Alves da Silva, Thais Norberta de Oliveira, Weldania Maria Rodrigues de Sousa, Elyrose Sousa Brito Rocha

INTRODUÇÃO: A incontinência fecal é caracterizada pela perda involuntária tanto de material fecal como de gases, ou seja, a incapacidade de controlar fisiologicamente o conteúdo intestinal em local e tempo adequados. Apresenta impacto significativo na qualidade de vida do paciente, atingindo o indivíduo física e psicologicamente, resultando em isolamento social, alterações da imagem corporal, auto estima e identidade, além da sexualidade e o comprometimento no emprego. OBJETIVO: Realizar levantamento a respeito das produções científicas sobre os impactos da incontinência fecal frente ao comportamento sexual. MÉTODOS: O estudo surgiu a partir da questão norteadora: “Quais as contribuições de estudos publicados a respeito dos impactos da incontinência fecal no comportamento sexual?”. Utilizou-se como abordagem metodológica a revisão integrativa da literatura nos bancos de dados LILACS e MEDLINE, a partir da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, no período de outubro de 2018, utilizou-se os descritores: Incontinência Fecal; Comportamento Sexual; Atividade Sexual, no qual foram encontrados 59 artigos, utilizando como critério de inclusão: textos completos, textos em português, inglês e espanhol e período de publicação compreendido entre 2010 à 2017, restando portanto 7 artigos, dos quais foram analisados conforme ano de publicação, cenário da pesquisa, metodologia aplicada, unidade de federação e categorias temáticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com o resultado, observou-se que em 2016 ocorreu o maior número de publicações, quanto ao cenário prevaleceu em sua totalidade o ambiente hospitalar, a abordagem metodológica foi a do tipo quantitativa, destacando os Estados Unidos com maiores índices de produção, sendo dividido em duas categorias temáticas: Impactos da incontinência fecal no comportamento sexual: segundo os artigos, os pacientes acometidos com incontinência fecal quase que em sua totalidade apresentam algum problema relacionado a atividade sexual, pouco mais de 50% relataram terem suspendido sua atividade sexual, enquanto outra parte apenas diminui a frequência dessa atividade. Isto acontece principalmente pelo medo de, durante as relações sexuais acontecer alguma perda de conteúdo fecal, ocasionando constrangimento e perda do desejo sexual. Dispareunia associada a incontinência fecal: a dispareunia nada mais é que a dor durante a relação sexual causando sofrimento e dificuldade na atividade sexual e, em decorrência da sensibilidade que um paciente com incontência fecal possui, acaba sendo intensificada, contribuindo de forma negativa para o desenvolvimento da atividade sexual. CONCLUSÃO: Os estudos ressaltam que a incontinência fecal aliada a atividade sexual promove graves prejuízos à qualidade de vida do paciente. Percebe-se também a carência de estudos relacionados à avaliação da sexualidade nesses pacientes, devido principalmente a negligência dos usuários frente aos sintomas. Tornando-se importante a divulgação de informações a respeito dessa patologia e assim contribuir de forma positiva para a qualidade de vida desses pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Fecal, Comportamento Sexual, Atividade Sexual.

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QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: REVISÃO INTEGRATIVA

Nisleide Vanessa Pereira das Neves, Ana Maria Santos da Costa, Rafaela Rosa de Sousa, Everton Carvalho Costa, Neylany Raquel Ferreira da Silva, Cristina Gomes

Siqueira Cardoso

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) afeta em muitos aspectos a qualidade de vida (QV) de um indivíduo, em especial nas mulheres é elevado grau de queixas quanto à repercussão da IU nas atividades de vida diária. Estudos revelam que cerca de 50% das mulheres apresentam IU, principalmente durante o ciclo gravídico puerperal e após a idade reprodutiva. A perda urinária pode ocorrer em diferentes situações no cotidiano de vida, causando incapacidades que acarretam morbidade entre as mulheres afetadas. OBJETIVO: analisar na literatura científica disponível a qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, conduzidas a partir do Protocolo de Enfermagem Baseada em Evidência, o qual foi possível identificar o nível de evidência dos estudos selecionados. Os dados foram coletados nas bases de dados da National Library of Medicine (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF). Os descritores utilizados para pesquisa foram consultados nos Descritores em Ciências da Saúde sendo eles: "urinary incontinence", "quality of life", "women" no idioma português e inglês. A expressão geral de busca foi: "urinary incontinence" AND "quality of life" AND "women". Para análise da qualidade dos estudos selecionados na amostra final foi utilizado o Checklist of Measuring Quality. Os critérios de inclusão foram artigos completos publicados em periódicos nacionais e internacionais relacionado à temática, nos anos de 2010 á 2018, no idioma inglês, português e espanhol. Excluídos do estudo os artigos de revisão integrativa, duplicados e que após análise criteriosa não se encontra na temática do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A expressão de busca resultou em 248 artigos, sendo (112) MEDLINE, (125) LILACS e (11) BDENF. Após a aplicação dos critérios preestabelecidos a amostra resultou em 107 estudos, sendo (28) MEDLINE, (72) LILACS, (7) BDENF, os quais foram analisados de acordo com os critérios metodológicos para seleção da amostra, leitura criteriosa dos títulos e resumo, e refinamento da amostra com a leitura na íntegra dos artigos finalizando em seis estudos selecionados para amostra final. Observou-se que a baixa condição socioeconômica e o baixo nível educacional foram fatores determinantes para nível baixo para qualidade de vida nas mulheres estudadas. As mulheres com uma maior qualidade de vida consideraram seus sintomas de perda de urina como leves ou moderados, em comparação àquelas com perda de urina grave. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que a IU tem um impacto na satisfação e na qualidade de vida. Propõem-se programas de intervenção a essas mulheres e seus familiares, ajudando-as aadaptar-se à sua condição e ensinar-lhes estratégias eficazes de enfrentamento, a fim de melhorar qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência urinária, Qualidade de vida, Mulheres

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BENEFÍCIOS DA ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA VISANDO A QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

Bruna Victória da Silva Passos, Paulo Sérgio da Paz Silva Filho, Lennara Pereira Mota, Tainá Maria Oliveira Sousa, Lívia Maria Rodrigues de Oliveira, Pedro Vinícios Amorim

Sousa INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida pela como a perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse, atingindo assim diretamente na qualidade de vida (QV) dessas mulheres. É o tipo mais comum de incontinência urinária (IU), sua prevalência pode variar de 12 a 56% dependendo da população estudada e do critério empregado para o diagnóstico. O tratamento da IUE pode ser cirúrgico ou conservador e no Brasil a abordagem ainda é tradicionalmente cirúrgica. Entretanto, visto que o tratamento cirúrgico envolve procedimentos invasivos que podem ocasionar complicações, são de custo elevado e podem ser contraindicados em algumas mulheres, atualmente tem surgido interesse crescente por opções de tratamentos mais conservadores. Assim, dependendo do tipo e da severidade da IU, o tratamento fisioterápico tem sido recomendado como uma forma de abordagem inicial. OBJETIVO: Descrever os principais benefícios da atuação da fisioterapia visando a qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária de esforço. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática com abordagem descritiva, com caráter qualitativo. Os estudos descritivos procura observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos. A pesquisa foi realizada em bases de dados científicos “SCIELO”, “SCIENCE DIRECT” e “PUBMED”, utilizando os descritores “Benefício”; “Fisioterapia”; “Qualidade de Vida” e “Incontinência Urinária De Esforço” indexados no DeCS, em português e inglês, com recortes temporal de 2013 a 2018. Dentro dessas buscas foram encontrados 314 artigos, porém, após a exclusão de achados duplicados, incompletos e indisponíveis na íntegra, 7 artigos foram incluídos na revisão, onde possuíam os descritores inclusos no tema e/ou resumo e foram incluídos por melhor se enquadraram no objetivo proposto.RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os exercícios fisioterápicos no treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), os cones vaginais e a eletroestimulação intravaginal têm apresentado resultados expressivos para a melhora dos sintomas de IU em até 85% dos casos. O TMAP foi iniciado em 1948, onde relatou taxa de cura de 84% em mulheres com IU. Como a patogênese das disfunções começa com a perda de suporte da musculatura do assoalho pélvico, o treinamento desses músculos vem se mostrando eficaz. Entretanto, cerca de 30% das mulheres não são capazes de contrair os músculos do assoalho pélvico na primeira avaliação com o fisioterapeuta. Portanto, instrução individual e certificação de que a paciente está contraindo adequadamente a musculatura são essenciais antes de se iniciar o tratamento. Pelo grande impacto da incontinência na vida das pacientes, o profissional de saúde deve estar comprometido em avaliar a QV na prática clínica diária, pois ela será cada vez mais um parâmetro fundamental para guiar, direcionar e justificar quais intervenções deverão ser realizadas em consultas individuais e principalmente pelo sistema de saúde. CONCLUSÃO: Entre os principais métodos fisioterapêuticos no tratamento de IUE, o TMAP ainda deve ser a primeira opção, pois é um método seguro, eficaz e de baixo custo e se os sintomas persistirem. O tratamento conservador e a qualidade de vida têm sido objeto de estudo, pois esse tratamento apresenta mínimos efeitos colaterais e não impossibilita um tratamento cirúrgico futuro. PALAVRAS-CHAVE: Benefício, Fisioterapia, Qualidade de Vida, Incontinência Urinária de Esforço.

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O IMPACTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA VIDA DE MULHERES ACOMETIDAS E OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS

Francisco Lira De Araújo, Thátila Larissa Da Cruz Andrade, Fabiana Chaves De Oliveira,

Bárbara Mendes Campos, Alice Da Silva Souza, Ruth Elen De Alcântara Chaves

INTRODUÇÃO: A Incontinência Urinária (IU) é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. É considerada uma epidemia do século XXI e, embora possa ocorrer em todas as faixas etárias, a incidência aumenta com a idade. A IU pode ser dividida em 3 (três) tipos: IU de urgência, IU de esforço e IU mista. O impacto na vida de mulheres relacionados à IU são variados, e pode afetar a autonomia, gerar isolamento social e sentimentos depressivos. São fatores de risco: idade, obesidade, multiparidade, tabagismo, menopausa, constipação intestinal, doenças crônicas e hereditariedade. OBJETIVO: Verificar o impacto da UI em mulheres acometidas e analisar os principais fatores de risco associados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão na literatura através das bases de dados eletrônicos “PUBMED” e “SCIELO”, durante os meses de setembro e outubro de 2018. Utilizaram-se os descritores: incontinência urinária em mulheres, fatores de risco, e seus qualificadores – prevenção, controle, diagnóstico e tratamento. Foram lidos os resumos dos artigos e usou-se como critério de inclusão: estudos, publicações científicas e de revisão de literatura em mulheres. Foram excluídos os artigos de língua estrangeira e publicados antes de 2014. RESULTADOS: Estudos confirmaram que existe maior prevalência de IU de esforço nas mulheres brancas, não hispânicas do que nas negras ou asiáticas. A idade é aceita como um dos principais fatores de risco, pois a prevalência da IU aumenta consideravelmente após a menopausa. Acredita-se que isso se deva principalmente à redução do estrogênio sérico em mulheres nessa faixa etária. A obesidade tem sido descrita como um fator causador e agravante da IU. Ao exemplo do que ocorre com os esportes de alto impacto, a obesidade aumenta a pressão intra-abdominal e intravesical, alongando e enfraquecendo a musculatura do assoalho pélvico. Trabalhos demonstraram que o aumento do número de partos está diretamente correlacionado com a ocorrência de IU, enquanto outros afirmam que não há relação estatística suficientemente significativa. Dentre as doenças crônicas correlacionadas com a IU, a diabetes mellitus é a mais comum. Acredita-se que os elevados níveis glicêmicos sejam capazes de causar lesões nos nervos autônomos da bexiga, prejudicando o mecanismo de enchimento e esvaziamento vesical. Por fim, também se discute a possibilidade do tabagismo ser um fator de risco. O fumante frequentemente apresenta uma tosse mais violenta, podendo afetar direta ou indiretamente a bexiga e a uretra. Há um consenso na literatura internacional de que os episódios de IU são responsáveis por grande constrangimento social, podendo levar os incontinentes a desenvolverem quadros de depressão, isolamento social, estresse, baixa autoestima e sentimento de vergonha. Por esse motivo, coloca-se que essa desordem afeta seus portadores na esfera social, psicológica, física e econômica. A IU é frequentemente diagnosticada e tratada na atenção primárias, a partir de exames complementares e auxiliadores no processo. CONCLUSÃO: os episódios de IU podem ser constrangedores e acarretar diversos sofrimentos, consequências para a mulher acometida. Todavia, torna-se relevante a criação de políticas educativas que possam informar a mulher, tirar suas dúvidas e orientá-la quanto ao manejo mais adequado da doença. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Fatores de Risco, Saúde da Mulher.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM ASSOCIADOS À INCONTINÊNCIA URINÁRIA DURANTE A GESTAÇÃO E PÓS-PARTO

Stefânia Araújo Pereira, Alan Jefferson Alves Reis, Nanielle Silva Barbosa, Monyelly da

Silva Castro, Bruna Daniella de Sousa de Lima, Elyrose Sousa Brito Rocha INTRODUÇÃO: A incontinência urinária caracteriza-se como toda perda involuntária de urina. É uma condição comum entre as mulheres, caracterizando um importante problema de saúde pública, visto sua elevada prevalência e impacto físico, psíquico e social na vida da mulher. Durante a gravidez pode ser atribuída a mudanças hormonais, aumento da pressão sobre músculos elevadores, incremento do peso corporal materno e peso do útero gravídico, com crescente aumento da pressão da musculatura do assoalho pélvico. OBJETIVO: Realizar levantamento a respeito das produções científicas sobre os cuidados de enfermagem associados à incontinência urinária durante a gestação e pós-parto. MÉTODOS: O estudo surgiu a partir da questão norteadora: “Quais as contribuições de estudos publicados a respeito dos cuidados de enfermagem associados à incontinência urinária durante a gestação e pós-parto?”. Utilizou-se como abordagem metodológica a revisão integrativa da literatura nos bancos de dados LILACS e MEDLINE, a partir da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, no período de novembro de 2018, utilizou-se os descritores: Incontinência Urinária; Gestação; Cuidados, no qual foram encontrados 85 artigos, utilizando como critério de inclusão: textos completos, textos em português, inglês e espanhol e período de publicação compreendido entre 2013 a 2018, restando, portanto 7 artigos, dos quais foram analisados conforme ano de publicação, cenário da pesquisa, metodologia aplicada, unidade de federação e categorias temáticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que em 2015 ocorreu o maior número de publicações, quanto ao cenário prevaleceu em sua totalidade o ambiente hospitalar, a abordagem metodológica foi a do tipo quantitativa, destacando os Estados Unidos com maiores índices de produção, sendo dividido em duas categorias temáticas: Assistência de Enfermagem a gestante com incontinência urinária: a enfermagem atua como contribuinte para auxiliar no diagnóstico, a partir de um exame físico minucioso e uma anamnese eficaz dessa paciente, destacando suas particularidades e todas as características relacionadas a sua incontinência, traçando assim um plano assistencial que englobe todas as necessidades da mesma. Exercício de fortalecimento da musculatura pélvica: é um exercício recomendado para ajudar a prevenir a incontinência urinária durante a gestação e período pós-parto, pois o mesmo proporciona melhor apoio ao peso extra da gravidez, ajuda no segundo estágio do trabalho de parto e na recuperação do períneo em casos de parto normal, vale lembrar a importância desses exercícios no pós-parto para evitar também a incontinência. CONCLUSÃO: Segundo os achados foi notória a carência de estudos a respeito da temática, além de destacar a importância da enfermagem frente a paciente com incontinência urinária, uma vez que diagnosticada precocemente o tratamento torna-se mais eficaz. Outro fator importante é a negligência dessas pacientes com relação à incontinência uma vez que se sentem constrangidas em possui a patologia. Acredita-se que a educação em saúde é fundamental para a eficácia do tratamento e prevenção dos agravos. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Gestação, Cuidados.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A IDOSOS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Laércio Júnior da Silva, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Monyelly da Silva Castro,

Ana Carolina Floriano de Moura INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é uma recorrente síndrome geriátrica de grande prevalência na população idosa, especialmente em mulheres. Considerada como um problema de saúde pública mundial, pode ser definida como a perda involuntária da urina, sendo ocasiona por um conjunto de fatores medicamentosos, psicológicos, entre outras alterações fisiológicas inerentes ao processo de envelhecimento. Essa condição, gera impactos negativos na vida da pessoa idosa, tanto no âmbito físico, como social, mental, no trabalho, no financeiro, além na sexualidade. Diante do exposto, é fundamental que a enfermagem direcione sua assistência para prevenção, detecção, manejo, e orientação do problema da incontinência urinária a essa clientela. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas encontradas na literatura sobre a assistência de enfermagem a idosos com incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvida com a finalidade de responder a seguinte questão norteadora, a qual foi baseada na estratégia PICO: Quais são as principais evidências científicas encontradas na literatura sobre a assistência de enfermagem a idosos com incontinência urinária? Para realização da pesquisa bibliográfica foi utilizado os descritores controlados “Incontinência Urinária”, “Idoso”, e “Cuidados de Enfermagem”, associados entre si através do operador booleano AND. Formulou-se com critério de inclusão artigos disponíveis na íntegra na língua portuguesa e inglesa que respondessem a questão norteadora. Através da busca encontraram-se 78 estudos, dos quais foram submetidos a leituras prévias, analíticas, e aplicação do critério de inclusão, obtendo-se como amostra final um total de 7 artigos. RESULTADOS: Os estudos encontrados apontam que as intervenções assistências de enfermagem no cuidado da IU em pacientes idosos, estão voltadas de maneira conservadora para controle higiênico pessoal, como o uso de absorventes, facilitando o convívio com a incontinência. Além disso, destaca-se o controle de fatores de riscos associados a IU, com orientação ao exercício físico, hidratação, cuidados com a pele, e modificação comportamentais de estilo de vida. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que a enfermagem detém de um papel fundamental no cuidado e prevenção da IU em indivíduos da terceira idade, sendo de suma importância o planejamento e sistematização da assistência a essa população, com uma abordagem calma e segura, de forma a proporcionar um cuidado holístico, através da promoção do bem-estar, segurança, conforto, controle psíquico, e empoderamento da pessoa idosa, e desta forma, possibilitando a restauração da continência urinária. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária, Idoso, Cuidados de Enfermagem.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Stefany Rodrigues Cardoso, Maria Joara da Silva, Maria de Fátima dos Santos Silva, Ana

Claudia de Andrade Resende, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Polyana Coutinho Bento Pereira

INTRODUÇÃO: A incontinência é um problema de saúde significante para os idosos, apesar de não ser considerada uma patologia em si, é uma condição que afeta essa parcela populacional em seus aspectos físicos e psicológicos, restringindo-Ihes a independência e a dignidade. A Sociedade Internacional de Continência Urinária define incontinência urinária (IU) como "a condição onde a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico e objetivamente demonstrável”. A literatura aponta que intervenções de enfermagem auxiliam no diagnóstico e controle da perda urinária contribuindo para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. OBJETIVO: Verificar, por meio da literatura científica, as principais ações de enfermagem na assistência ao paciente idoso com incontinência urinária. MÉTODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline. A pesquisa dos artigos ocorreu entre os meses de agosto a outubro de 2018, utilizando os descritores: assistência de enfermagem; incontinência urinária; idosos. A análise dos dados ocorreu mediante a leitura exploratória dos 86 artigos, sendo que desses, 32 foram selecionados para análise que compuseram a amostra final da revisão integrativa. Os resultados foram apresentados por meio de quadros e tabelas. Incluíram-se artigos na língua inglesa, espanhola e português, textos disponíveis na íntegra e publicados entre 2013 e 2018. RESULTADOS: Constatou-se, com base nas leituras, que as principais ações de enfermagem na assistência ao cliente com incontinência urinária são: consulta de enfermagem para precoce investigação de sintomas urinários; planejamento dos cuidados a serem executados por cuidador; decidir as questões acerca do tratamento; auxiliar o cliente idoso na percepção e adaptação do ser incontinente; orientar o idoso a participar de associações da incontinência urinária e envelhecimento; promover a educação em saúde, auxiliando no processo de enfretamento, reabilitação, adaptação e aceitação ao tratamento; estimular o autocuidado como melhor forma de enfrentamento da IU; estimular a participação de grupos de apoio e troca de experiência; favorecer confiança e empatia na relação enfermeiro-cliente incontinente; fornecer cuidados de higiene e prevenção de infecção; estimular exercício físico e redução de peso corporal; otimizar ingesta hídrica e empregar alimentação não constipante e não irritante vesical; fortalecer a musculatura do assoalho pélvico; estimular uso de cateterismo intermitente; manter cuidados com cateter vesical de longa permanência. As intervenções de enfermagem ao paciente com incontinência urinária devem incidir nos aspectos preventivos, atuando a nível da educação para saúde e na saúde ocupacional (ensinando hábitos de vida saudáveis). A enfermagem, para além das intervenções preventivas, deve atuar no tratamento e reabilitação, com estratégias individualizadas, holísticas e humanizadas, afim de proporcionar ao paciente um bem está físico e emocional. CONCLUSÃO: Conclui-se que a compreensão e implementação de estratégias educativas, o suporte psicoemocional, modificações comportamentais e, as ações de planejamento da assistência de enfermagem apresentadas possam auxiliar na aquisição de conhecimentos por parte do cliente idoso incontinente e cuidador para a tomada de decisão quanto aos comportamentos e atitudes de saúde que auxiliem no processo de adaptação e reabilitação. PALAVRAS-CHAVE: Assistência de enfermagem, Incontinência urinária, Idosos.

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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COBERTURAS UTILIZADAS EM FERIDAS ONCOLÓGICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Stefany Rodrigues Cardoso, Maria Joara da Silva, Maria de Fátima dos Santos Silva, Ana Claudia de Andrade Resende, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Camila Cavalcante

Alves

INTRODUÇÃO: Nas feridas oncológicas, surgem agregados necróticos de massa tumoral, favorecendo a contaminação de micro-organismos aeróbicos e anaeróbicos. Os ácidos graxos voláteis e os gases putrescina e cadaverina, provocam odor fétido às feridas tumorais. Quando o processo patológico está em fase avançada, a conduta é unicamente paliativa, controlando os sintomas físicos e psicossociais. Os cuidados paliativos são definidos, segundo a Organização Mundial de Saúde como uma abordagem que proporciona qualidade de vida ao paciente e seus familiares cuja doença diagnosticada não tem possibilidade de cura, dessa forma prevenindo e aliviando a dor, além dos problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. OBJETIVO: Identificar na literatura científica as principais coberturas utilizadas em feridas oncológicas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline. A pesquisa dos artigos ocorreu entre os meses de agosto a setembro de 2018, utilizando os descritores controlados, não controlados e palavras-chave, dentre eles: neoplasias, enfermagem, feridas, cuidados paliativos. A combinação dos descritores e palavras-chave foi realizada por meio dos operadores booleano AND e OR, visando ampliar o quantitativo de estudos. A análise dos dados ocorreu mediante a leitura exploratória dos 11 artigos que compuseram a amostra final da revisão integrativa. Os resultados foram apresentados por meio de quadros e selecionados por nível de evidencia. Incluíram-se artigos na língua inglesa, espanhola e português, textos disponíveis na íntegra e publicados entre 2013 e 2018. RESULTADOS: Foi possível identificar que para o controle de sangramento e de exsudato, o alginato de cálcio é o produto mais utilizado, para o controle da infecção e odor o metronidazol é bastante indicado, para o controle da dor a umidificação do curativo e gel opióide foram bastante referidos. Os cuidados básicos consistem na limpeza da ferida, controle do exsudato, remoção das áreas de tecido desvitalizado e manutenção do ambiente úmido, bem como tem-se a importância do controle dos sintomas para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, à medida que o quadro clínico se agrava, evoluem para o aumento progressivo da ferida neoplásica, onde o tecido necrótico prolifera e o uso dos antissépticos, considerados citotóxicos para o tecido de granulação, passa a ser útil porque a cicatrização não é a meta. O objetivo é alcançar o controle da secreção, do odor, do sangramento, da dor e do prurido, e a meta é um curativo confortável, funcional e estético. CONCLUSÃO: Por meio da elaboração desse trabalho foi possível identificar as principais coberturas utilizadas em férias oncológicas de acordo com a características das mesmas. Ressalta-se ainda a importância do conhecimento sobre coberturas em paciente oncológicos, pois só assim será possível proporcionar um cuidado pautado na especificidade de cada paciente, sempre objetivando minimizar os desconfortos físicos, sociais, psíquicos, emocionais e espirituais, aliviando os sintomas, promovendo conforto e uma melhor qualidade de vida aos portadores destas lesões. PALAVRAS-CHAVE: Neoplasias, Enfermagem, Feridas, Cuidados paliativos.

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PREVENÇÃO DE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA EM PREMATUROS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UMA REVISÃO

Camila Cavalcante Alves, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Silvana Santiago da

Rocha, Márcia Gabriela Costa Ribeiro, Polyana Coutinho Bento Pereira, Stefany Rodrigues Cardoso

INTRODUÇÃO: A estrutura da pele do recém-nascido a termo é semelhante a dos adultos, a epiderme do prematuro, por sua vez, é significativamente mais fina e possui seu estrato córneo mal formado. Devido a isso, a pele do prematuro pode sofrer lesões, ademais o aumento da permeabilidade pode ocasionar maior perda de água, desequilíbrio eletrolítico, maior exposição aos irritantes do ambiente e aos agentes infecciosos. Ressalta-se, também, que a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal expõe o neonato a riscos para diversas afecções epiteliais. Dentre elas, a dermatite associada à incontinência é uma das mais comuns. Esse termo é utilizado para descrever sinais e sintomas que surgem devido às reações inflamatórias causadas pelo uso das fraldas associado ao contato prolongado da pele com fezes e/ou urina. Essa combinação faz com que a ureia seja convertida em amônia, tornando o pH da região mais alcalino. OBJETIVO: Levantar evidências científicas que descrevem medidas de prevenção de dermatite associada à incontinência em prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva neonatal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em junho de 2018. As bases de dados utilizadas foram IBEX, LILACS e BDENF. A partir da combinação dos descritores (cadastrados no DeCS), por meio da estratégia PICO e utilizando os conectores boreanos “and” e “or”, selecionou-se 18 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Não houve corte temporal e nem limitação de idioma, com o objetivo de não restringir as buscas. A questão que norteou o estudo foi: Quais as medidas de prevenção de dermatite associada à incontinência em pacientes prematuros devem ser utilizadas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal? RESULTADOS: Após a leitura das referências selecionadas, evidenciou-se que no ambiente clínico em UTI neonatal, apesar do esforço dispensado aos pacientes para prevenir e tratar lesões por pressão e outras afecções, ainda há necessidade de debater os cuidados direcionados à prevenção da dermatite associada à incontinência. Para a prevenção do desenvolvimento da dermatite, os cuidados se baseiam em inspeção rotineira da pele, assim como algumas medidas simples, mas fundamentais, como: uso de fraldas descartáveis superabsorventes com trocas a cada três/quatro horas ou assim que ocorrer sujidade; limpeza suave do períneo com água morna e algodão, sem sabonetes; e proteção da pele perineal com produtos que preservem ou restaurem a elasticidade e a função de barreira ideal, como creme e secantes. Acrescenta-se, ainda, a realização de diagnóstico adequado e precoce da dermatite, para que as intervenções sejam feitas em tempo hábil a fim de prevenir extensão da mesma e tratá-la adequadamente. CONCLUSÃO: O estudo evidenciou que dermatite associada à incontinência é considerada uma condição evitável quando utilizada uma abordagem simples, correta e resolutiva, portanto, a adoção de medidas de prevenção é uma prioridade. Para isso é necessário, por parte da equipe que prestará assistência e cuidado direto a estes pacientes, o conhecimento especializado sobre esse tipo de lesão, a fim de buscar técnicas. PALAVRAS-CHAVE: Dermatite das fraldas, Incontinência fecal, Incontinência urinária, Unidades de Terapia Intensiva, Prematuridade.

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AS PRINCIPAIS AÇÕES DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE IDOSO COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Isadora Ihorana Melo Pinho, Jéssica Loureiro Mendes Silva, Maria dos Remédios Faria

dos Santos INTRODUÇÃO: A incontinência urinária tem sido apontada por estudiosos como um problema de saúde pública, devido à magnitude de sua ocorrência e consequências. Incontinência urinária é considerada uma das mais importantes e recorrentes síndromes geriátricas. É definida como queixa de qualquer perda involuntária de urina. É um problema comum que pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, contudo sua prevalência é maior na população feminina e aumenta com o avanço da idade. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo analisar na literatura científica as principais ações de enfermagem na assistência ao paciente idoso com incontinência urinária. METODOLOGIA: Para sua viabilização adotou-se como metodologia revisão integrativa. Convencionou-se como critérios de seleção das fontes de pesquisa de artigos publicados entre os anos de 2013 a 2017, indexados em bases de dados da internet, como LILACS, MEDLINE, BDENF. Em idioma português e inglês e contivessem as palavras/expressões: incontinência urinária, idoso e enfermagem. RESULTADOS: A coleta de dados proporcionou levantar 16 publicações com os descritores elencados. No entanto, apenas 10 delas serviram para a fundamentação do estudo. Os dados levantados na investigação permitiram observar que as evidências científicas apontam que a medida de extrema importância, refere-se ao fortalecimento da musculatura do soalho pélvico, também conhecido como exercícios de Kegel. A adoção desta medida fundamenta-se em duas funções da musculatura do soalho pélvico, que são, oferecer suporte aos órgãos pélvicos e auxiliar no mecanismo de fechamento uretral. CONCLUSÃO: Conclui-se que a implementação de estratégias educativas, o suporte emocional e as ações planejadas pela a assistência de enfermagem possam auxiliar no conhecimento, adaptação e reabilitação do paciente idoso com incontinência urinária. PALAVRAS – CHAVE: Incontinência urinária. Idoso. Enfermagem.

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O USO DA PELE DE TILÁPIA NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Maura da Cruz Mendes da Conceição Santos, Ana Catarina de Oliveira Silva, Brian Araújo Oliveira, Thayane Alexandre de Carvalho, Thayne alexandre de Carvalho,

Jancielle Silva Santos INTRODUÇÃO: Queimaduras podem causar enormes problemas econômicos associados a danos irreparáveis aos pacientes e suas famílias. Fisiopatologicamente, este tipo de lesão resulta em extensa desnaturação, degradação e coagulação da proteína, levando à necrose tecidual. Epidemiologicamente, estima-se que pelo menos 1.000.000 indivíduos queimem-se por ano no Brasil. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é realizar um levantamento bibliográfico a respeito da eficácia da pele de tilápia em queimados. METODOLOGIA: Para a realização desta revisão bibliográfica, foram colhidos artigos por meio eletrônico utilizando-se dos descritores isolados “pele de tilápia”; “queimaduras” e “curativos”. Os critérios de inclusão foram artigos nos anos de 2013 a 2018 publicados em texto completo na íntegra em língua portuguesa e inglesa, nas bases de dados: LILACS, SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO. Ao todo foram escolhidos 10. Os artigos, que não contemplavam o desfecho pretendido neste estudo e os critérios de inclusão, foram excluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Sabe-se que a cicatrização de feridas é um dos processos biológicos mais complexos, composto, pela hemostase, inflamação, proliferação e remodelação e um dos mecanismos mais pertinentes é a reepitelização dos queratinócitos, que dependente da proliferação e migração destes até o local da ferida. Logo, o curativo ideal tem que proteger a ferida e acelera a regeneração da pele lesada. Diante disso, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará vêm desenvolvendo pesquisas, desde 2014, com a pele de Tilápia, a fim de reduzir o tempo de tratamento e diminuir a exposição da pele sensível a agentes causadores de infecção. Desta forma, a pele da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), é rica em aminoácidos, e têm funções fisiológicas únicas, incluindo antibacterianas, atividades antioxidante, anti-hipertensiva, neuroprotetora e anti envelhecimento da pele. Além disso, estudos realizados, evidenciaram a pele da tilápia atua estimulando a migração dos queratinócitos para cicatrização rápida e efetiva da ferida. Numa pesquisa feita no segundo semestre de 2016, para testar a eficácia deste novo curativo, foram aplicados em 30 (100%) pacientes que sofreram queimaduras extensas de 2º e 3º graus a pele de Tilápia, destes 23 (77%) já tiveram alta hospitalar antes mesmo do fim do ano. CONCLUSÃO: Pele da tilapia pode acelerar a cicatrização de feridas de forma rápida e eficaz, promovendo reepitelização, deposição de colágeno e angiogênese. Diante disso, a pele de Tilápia pode ser um promissor biomaterial da medicina regenerativa, podendo revolucionar o tratamento de queimaduras e feridas. Além disso, trata-se de um curativo, com rentabilidade maior, se comparado aos métodos de tratamento convencionais. PALAVRAS-CHAVE: Pele de Tilápia, Queimaduras e Curativos.

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O USO DE LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE MASTITE LACTACIONAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Iana Christie dos Santos Nascimento, Brian Araujo Oliveira, Elayne Alves dos Santos,

Glícia Gonçalves de Carvalho, Amanda Patrícia Chaves Ribeiro INTRODUÇÃO: Mastite é um processo inflamatório ou infeccioso do tecido mamário, considerado uma complicação que afeta muitas mulheres na amamentação. A mastite lactacional mais comum ocorre até o terceiro mês após o parto. Os principais sintomas associados a mastite são aumento da sensibilidade mamária, calor ao toque, edema mamário, dor e sensação de queimação seja contínua, seja durante a amamentação, vermelhidão e /ou febre alta com calafrios podendo afetar apenas uma das mamas que é o mais comum. OBJETIVO: Identificar por meio da literatura científica a utilização do Laser de Baixa Intensidade (LBI) para o tratamento de mastite lactacional. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa, na qual foram pesquisados no periódico de agosto a setembro de 2018, com busca na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde a partir descritores “Mastite, tratamento e terapia a laser de baixa intensidade”. A pesquisa foi limitada a trabalhos em português publicados entre 2013 a 2018. Foram encontrados 30 artigos, sendo refinados, a partir de resumos e, ao final 10 foram selecionados por se tratarem com mais detalhes a respeito da temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A inflamação desencadeia uma séria de reações complexas como vaso dilatação e mecanismos leucocitários contra o agente causador da inflação, na qual provoca um acúmulo de injúria no local afetado. A literatura pesquisada aborda que o laser de baixa intensidade (LBI) possui ação positiva sobre a mastite por ter propriedades analgésicas e anti-inflamatórias que permitem a liberação de substancias como serotonina, bradicinina, histamina que podem atingir diretamente a produção de prostaglandinas e endorfinas, por isso seu efeito analgésico e de formação de novos vasos. CONCLUSÃO: A terapia a laser de baixa intensidade é um método eficaz para o tratamento da mastite, melhorando a qualidade de vida, o tempo de inflamação e prevenindo possíveis complicações. É de fundamental importância que o profissional enfermeiro durante a consulta de enfermagem avalie a necessidade da utilização da terapia a laser de baixa intensidade para o tratamento da mastite. Portanto, nota-se a relevância do tema tanto para a população quanto à enfermagem que têm um papel fundamental na conscientização e prevenção dos riscos e agravos às mulheres puérperas com mastite. PALAVRAS-CHAVE: Mastite, tratamento e terapia a laser de baixa intensidade.

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FORTALECIMENTO DO NÚCLEO SEGURANÇA DO PACIENTE COM INSTRUMENTO INDICADOR DE LESÃO POR PRESSÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Stefânia Araújo Pereira, Ruth de Sousa Santos, Lívia Gabriela da Luz Carvalho, Gabriel

Vitor de Sousa Campelo, Nirvânia do Vale Carvalho, Sônia Maria de Araújo Campelo INTRODUÇÃO: A Lesão por pressão (LPs) é um dano na pele ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionado a um dispositivo médico ou outro artefato (NPUAP, 2016). Se ocorrida após admissão do paciente no serviço de saúde, é considerada como evento adverso potencialmente evitável e considerada como um marcador da qualidade da atenção à saúde (CPPAS, 2017). De acordo com Anvisa no período de janeiro de 2014 a julho de 2017 notificaram cerca de 3.771 novos eventos que não poderiam ocorrer em serviços de saúde, sendo 2.739 (72,6%) decorrentes de LPs estágio 3 e 831 (22,0%) estágio 4 e 34 óbitos devido lesão por pressão (ANVISA 2017). Diante disso, a enfermagem desempenha um trabalho primordial na prevenção das LPs, no controle dos fatores de risco, na avaliação dos pacientes em riscos e na implementação de intervenções de enfermagem, no intuito de evitar o comprometimento do estado de saúde e promover qualidade de vida (OLIVEIRA, et al 2017). OBJETIVO: Relatar experiência de acadêmicos de enfermagem na Avaliação de Lesão por Pressão utilizando um instrumento indicador e aplicação de Estratégias Educativas aos pacientes com risco de lesão. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado pelos acadêmicos de enfermagem durante o Projeto de Extensão “Paciente Seguro: Fortalecimento do Núcleo de Segurança do Paciente de um hospital público”, no período de agosto a novembro de 2018 com pacientes. A abordagem aconteceu nas clínicas mediante aceitação da enfermeira e paciente ou acompanhante. Na avaliação de risco foi utilizado um instrumento Indicador de Lesão por Pressão do projeto em que se retirava informações do prontuário da enfermagem, paciente ou acompanhante. A estratégia educativa foi conduzida por orientações individuais e folders com a temática LPs abordando os fatores de risco, avaliação da pele, redistribuição da pressão, reposicionamento mudança de decúbito e suporte nutricional. RESULTADOS: Das atividades realizadas pelos acadêmicos, destacou-se avaliação do paciente no preenchimento do Indicador Lesão por Pressão, classificados em leve, médio e alto risco, que a implementação deste instrumento é capaz de promover impactos significativos na redução da incidência e prevalência da LPs. A partir desta coleta foram realizadas estratégias educativas com orientações individuais e folders de LPs. Após o uso do Indicador de LPs e na averiguação do prontuário, observou-se que as seguintes informações: divergências em relação ao estágio e o local das LPs; todos os pacientes de alto risco possuíam gerenciamento de umidade; os pacientes ou acompanhantes não possuíam conhecimentos sobre o tema e seus meios de prevenção e recuperação. CONCLUSÃO: Através dos resultados proporcionou-se aos acadêmicos de enfermagem um agregamento de conhecimento combinado com prática assistencial envolvendo um embasamento científico e prático, tendo uma visão mais ampla através do Indicador de Lesão por Pressão na sistematização da avaliação interligando estratégias educativas no aprimoramento da prática no cuidado com o paciente, sendo fundamental para prevenção, redução dos índices e prevalência de lesão, redução dos custos e melhoria da qualidade de vida dos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Segurança do Paciente, Lesão por Pressão, Avaliação em Enfermagem

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USO DA SIMULAÇÃO EM MANEQUIM PARA ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO

Erica Costa Santana, Carla Patricia de Area Leão Costa, José Ilson de Arruda Filho,

Bianca Maria Aguiar de Oliveira, Joyce Soares e Silva, Rebeca Mendes Monteiro INTRODUÇÃO: A simulação realística é uma metodologia de treinamento para substituir ou amplificar experiências reais por experiências guiadas que evocam ou replicam aspectos substanciais do mundo real de maneira interativa, aproximando o estudante da realidade que será vivenciada. OBJETIVO: Descrever a experiência da equipe de enfermagem na simulação em cuidados com estoma intestinal e urinário. MATERIAL E MÉTODO: Relato de experiência realizado em um hospital filantrópico, localizado em Teresina- Piauí, por meio de uma campanha institucional desenvolvida pelo grupo de estudos e curativos (GREC) realizada no referido auditório da instituição nos dias 20 a 26 de março de 2018 com duração de 30 minutos. Foi utilizado um manequim para simulação, e materiais para demonstração como: bolsas coletoras, cremes para proteção de dermatite peri-estoma, régua pra demarcação da pele, gases, luva de procedimento, tesoura, soro fisiológico e outros. RESULTADO: A sistemática ocorreu em dois momentos; no primeiro foi utilizado o programa power point para apresentar de forma sucinta as definições de estoma, tipos de estomias de eliminação (colostomia, ileostomia, urostomia) e uninário, característica do estoma, tipos de bolsas coletoras, principais complicações, prevenção e tratamento das complicações, assim como a lei 12.738 de 30 de novembro de 2012. O segundo momento foi demonstrado no manequim como cortar a bolsa no tamanho correto do estoma, como colocar a bolsa coletora no estoma, limpeza da pele peri-estoma, uso dos cremes para prevenção de dermatite, todos os inscritos realizaram as atividades e puderam aprender e/ou sanar dúvidas realizando as atividades e compartilhando conhecimentos CONCLUSÃO: A simulação permitiu uma oportunidade segura de avaliar e observar o desempenho da equipe de enfermagem, sendo um método didático efetivo e inovador, auxiliando processo ensino-aprendizagem e possibilitando a construção de uma prática assertiva com redução de riscos. PALAVRAS-CHAVE: Estomia, Assistência de Enfermagem, Educação em Saúde.

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TECNOLOGIAS ASSISTENCIAIS APLICADAS À ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Thayanne Sousa de Freitas, Monyelly da Silva Castro, Ana Caroline Sousa da Costa

Silva, Alan Jefferson Alves Reis, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: As tecnologias assistenciais formam um conjunto de ações sistematizadas, processuais e instrumentais para prestação de uma assistência qualificada. Decorrente disso, há uso de tecnologias em diversos cenários da enfermagem, inclusive na estomaterapia. Outrossim, esta incorporação é necessária para renovação dos cuidados de enfermagem, habilitando profissionais através de novas abordagens e metodologias. OBJETIVO: Avaliar as publicações científicas acerca das tecnologias assistenciais disponíveis na enfermagem em estomaterapia. METODOLOGIA: Realizou-se a busca de pesquisas através da pergunta norteadora “ Quais as evidências científicas disponíveis na literatura acerca das tecnologias assistenciais na enfermagem em estomaterapia? ”, desenvolvida com base na estratégia PICO. Utilizou-se as palavras chaves “Lesão por Pressão”, “Tecnologia”, “Enfermagem”, “Avaliação de risco”, “Estomia”. Foram analisados 31 artigos publicados em língua portuguesa e inglesa, entre os anos 2009 a 2018, incluindo critérios de inclusão textos que abordassem de forma unificada os descritores citados acima, após leituras analíticas obteve-se um total de 10 pesquisas. RESULTADOS: A atualização dos profissionais da área sobre essas tecnologias, faz com que possuam visão integral e holística do cuidado, minimizando riscos e evitando intervenções desnecessárias, garantindo a segurança do paciente. Desse modo, é fornecido informações científicas de metodologias e abordagens aos profissionais de enfermagem sobre a simulação com pacientes, escalas para avaliação de risco (Braden, Norton e Waterlow), cartilhas, sistemas móveis, diretrizes e protocolos, como também, o uso de constructos e/ou equipamentos, como coberturas biológicas, substâncias tópicas, colchões, fotografias. Essas ferramentas têm o intuito de fornecer acessibilidade, integralidade, confirmação de suspeitas de casos, atenuação de erros, e também, alguns dispositivos que permitem controle clínico e garante assistência diferenciada da estomaterapia. CONCLUSÃO: A adoção dessas metodologias ativas de ensino, integram a teoria à prática proporciona a estes profissionais obtenham conhecimento técnico-científico baseado em evidências. A produção de conhecimento sobre as tecnologias assistenciais pode subsidiar mudanças nas práticas de saúde do enfermeiro estomaterapeuta, permitindo a facilidade de adesão dessas inovações, proporcionando o aumento do grau de satisfação dos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por Pressão, Estomia, Avaliação de risco, Tecnologia, Enfermagem.

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UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE BRADEN PARA PACIENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Thalessa Regina do Nascimento Silva, Monyelly da Silva Castro, Ana Caroline Sousa da

Costa Silva, Micharléia Maria Silva do Nascimento, Maria das Dôres de Paula dos Santos, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: A era tecnológica possibilitou avanços para o cuidado de enfermagem, favorecendo pesquisas no desenvolvimento de conhecimento científico. Decorrente disso, culminou na produção das escalas de riscos, sendo a mais utilizada a de Braden, que possui objetivo de avaliar e contabilizar fatores etiológicos que contribuem à redução da tolerância tecidual à compressão prolongada. Os pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva, necessitam do uso contínuo dessa ferramenta, pois discorrem de frequentes fatores de risco intrínsecos e extrínsecos para o desenvolvimento de lesão por pressão e esse método possibilita a assistência direcionada para cada paciente, de forma individualista, favorecendo a assistência. OBJETIVO: Avaliar as evidências científicas disponíveis na literatura acerca da utilização da escala de Braden para pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). METODOLOGIA: Foi utilizado a seguinte questão norteadora “Quais evidências científicas disponíveis na literatura acerca da utilização da escala de Braden para pacientes em UTI? ”. Com base nisto, aplicou-se descritores como “Lesão por Pressão”, “Unidade de Terapia Intensiva”, “Avaliação de risco”, “Escala”, “Enfermagem”, nas bases de dados Lilacs, Medline e Bdenf, sendo encontrado o total de 45 artigos. Após critérios de inclusão e exclusão relacionando as palavras chaves acima e questão norteadora, foram selecionadas 12 produções científicas publicadas nos anos de 2011 a 2018. RESULTADOS: As lesões por pressão (LP) em pacientes hospitalizados na UTI são mais propensas em se desenvolver devido ao estado de sedação, alteração do nível da consciência, suporte de dispositivos médicos, imobilidade por longo período e por não conseguirem perceber ou reagir desconfortos originado pela pressão. Decorrente disto, a escala de Braden utilizada para identificar estas complicações, é subdividida em Percepção Sensorial; Umidade; Atividade; Mobilidade; Nutrição; Fricção e Cisalhamento, ao final da avaliação clínica, de acordo com dados coletados, o profissional irá obter um escore total, concluindo se o paciente têm alto, médio, baixo ou ausência de risco. Estas subdivisões favorecem a assistência da enfermagem, pois possibilita conhecer as características dos pacientes em risco e os que desenvolvem LP, facilitando as medidas preventivas da internação até a alta hospitalar. CONCLUSÃO: A adesão da escala de Braden pelos enfermeiros faz-se necessário por auxiliar no planejamento do cuidado direcionando para cada fator de risco, predizendo a situação do paciente. Outrossim, a ferramenta é considerada cientificamente confiável, econômica, prática e eficaz, proporcionando a diminuição de riscos para pacientes hospitalizados em UTI, por conta disto, faz-se necessário que os profissionais de enfermagem sejam motivados, capacitados e conscientizados da utilidade relevante desta ferramenta para o cuidado. PALAVRAS-CHAVE: Avaliação de risco, Escala, Lesão por pressão, Unidade de Terapia Intensiva, Enfermagem.

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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TECNOLOGIAS AVALIATIVAS DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Thalessa Regina do Nascimento Silva, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Monyelly da

Silva Castro, Ana Carolina Floriano de Moura INTRODUÇÃO: O cuidado de crianças demanda conhecimentos específicos de enfermagem sobre peculiaridades da fisiologia destas, sendo a Lesão por Pressão (LPP) um problema desafiador que compõe os indicadores da qualidade de saúde dessa população. Embora a LPP seja, mais frequentes em pessoas idosa e adultas, estudos apontam que a população infantil apresenta alto índices de risco de desenvolvimento, indicando necessidades de práticas assistencialista com ênfase na prevenção e avaliação de riscos. Diante desse contexto, faz-se necessário que a enfermagem utilize de tecnologias, as quais, expressam-se em ferramentas para avaliação de LPP em pediatria, proporcionando o cuidado sistematizado, promovendo e direcionando a assistência. OBJETIVO: Identificar na literatura evidências científicas sobre tecnologias avaliativas utilizadas no cuidado de lesão por pressão em pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual foi desenvolvida por meio de um levantamento bibliográfico. A busca foi realizada nas bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde mediante aos descritores controlados: “Lesão por Pressão”, “Pediatria”, e “Avaliação em “Enfermagem”. Para seleção de estudos foi definido como critério de inclusão artigos disponíveis na íntegra na língua portuguesa e inglesa, sem delimitação temporal de publicação, e que respondessem a pergunta norteadora, a qual foi elaborada de acordo com a estratégia PICO: Quais são as principais evidências científicas sobre as tecnologias avaliativas de lesão por pressão em pacientes pediátricos? Através da busca foi encontrado 42 publicações, as quais foram submetidas a leituras de resumo, análise de conteúdo, e aplicação de critérios de inclusão, resultando como amostra final 9 artigos. RESULTADOS: Os achados apontam que as principais tecnologias de avaliação de LPP em pacientes pediátricos são instrumentos como a escala de Glamorgan, e especialmente a escala Braden Q, sendo aplicadas principalmente na UTI. As medidas de avaliação estão voltadas a localização da lesão, análise da gravidade, avaliação de riscos, norteamento de intervenções preventivas e terapêutica, protocolos, entre outras técnicas, as quais evidenciou-se sua aplicabilidade e eficácia. CONCLUSÃO: As tecnologias avaliativas da Lesão por Pressão em pacientes pediátricos possibilitam identificar riscos do surgimento do agravo nessa população, e dessa forma essas técnicas inovadoras podem nortear e otimizar recursos humanos e materiais, e ainda diminuir a carga de trabalho dos profissionais e custos do tratamento. Com isso, é fundamental que a enfermagem e instituições de saúde implementem essas tecnologias na assistência à criança, de forma de assegurar a qualidade dos cuidados a essa população. PALAVRAS-CHAVE: Lesão por pressão, Pediatria, Avaliação em Enfermagem.

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ISBN: 978-85-8320-233-2

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TECNOLOGIAS EDUCATIVAS DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DO PÉ DIABÉTICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Laércio Júnior da Silva, Ana Caroline Sousa da Costa Silva, Erika Roberta Soares Lopes,

Monyelly da Silva Castro, Ana Carolina Floriano de Moura

INTRODUÇÃO: O pé diabético é uma complicação crônica de alta prevalência entre pessoas portadoras de Diabetes Mellitus (DM), tendo como principais consequências feridas crônicas, infecções, e inclusive amputações de membros inferiores, constituindo-se com um grave problema de saúde. Diante desse cenário, é de suma importância que profissionais de enfermagem desenvolvam e implementem tecnologias educativas interativas em saúde, que visem a e promoção do autocuidado de pacientes com DM, em prol da prevenção do pé diabético. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas acerca de tecnologias educativas utilizadas pela enfermagem na promoção do autocuidado do pé diabético. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Aplicou-se a estratégia PICO para definição da seguinte questão norteadora: "Quais são as principais evidências científicas sobre as tecnologias educativas utilizadas pela enfermagem na promoção do autocuidado do pé diabético?" A pesquisa foi feita pela busca de estudos nas bases de dados Bdenf, Lilacs e Medline, utilizando-se dos descritores controlados: “Autocuidado”, “Pé Diabético”, “Enfermagem” e “Educação em Saúde”. Foi definido como critério de inclusão estudos disponíveis na língua portuguesa e inglesa e que respondessem a questão norteadora. Com isso, através da busca foi encontrado 38 publicações, das quais, foi realizado a leitura dos resumos, análise de conteúdo e aplicação dos critérios de inclusão, obtendo-se como resultado final de 12 estudos. RESULTADOS: As evidências apontam que as principais tecnologias educativas para o autocuidado de indivíduos com DM são: cartazes com fotos de feridas, folders, manuais educativos, CD-ROM e aplicativos de dispositivos móveis. Dentre as práticas estimuladas por essas estratégias educativas destacam-se as orientações sobre a importância do cuidado com os pés, autoexames dos pés, higiene, hidratação, secagem dos espaços interdigitais, corte correto de unhas, uso de calçados adequados, alimentação adequada, prática regular de exercício físico e controle glicêmico. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que essas técnicas de educação em saúde mostram-se eficazes, uma vez que proporcionam o melhor conhecimento sobre DM e dos cuidados com os pés, desenvolvendo a autonomia, além do envolvimento do paciente e familiares com o tratamento, minimizando-se os agravos adversos associados as complicações com o pé diabético. Com isso, a enfermagem tem a missão de implementar essas inovações educativas, visando o estímulo da adesão do autogerenciamento dos cuidados, e desta forma melhorando a qualidade de vida dessa população. Palavras-chave: Autocuidado, Pé diabético, Enfermagem, Educação em Saúde.

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EFEITOS DA LASERTERAPIA NA REPAÇÃO TECIDUAL CUTÂNEA: UMA REVISÃO LITERÁRIA

Antonia Lucimary de Sousa Leal, Daniela Bezerra Macedo, Tony Angelo de Sousa Silva,

Érika Layne Gomes Leal, Wallisson Lopes de Moura, Glauber Bezerra Macedo INTRODUÇÃO: A descoberta de tecnologias inovam as ciências médicas e no que se refere à reparação tecidual, tem sido fonte de inspiração para muitos trabalhos de pesquisas, um exemplo são os estudos sobre os efeitos da laserterapia que tem se intensificado nos últimos anos. O laser terapêutico de baixa intensidade (LBI) tem aplicações recentes, porém com uso cada vez mais crescente. Devido ao custo relativamente baixo do equipamento e à objetividade e simplicidade dos procedimentos clínicos terapêuticos esse tipo de laser vem sendo empregado em grande escalas no tratamento de feridas cutâneas. OBJETIVO: Frente ao exposto este estudo teve como objetivo evidenciar os efeitos da LBI na reparação tecidual cutânea. METODOLOGIA: Foi realizado através de revisão bibliográfica em artigos científicos publicados na íntegra em periódicos nacionais e internacionais, na língua portuguesa e espanhola, encontrados nos sites, SCIELO, MEDLINE e LILACS, nos últimos dez anos. Os descritores utilizados isoladamente e em combinação, foram: laserterapia, reparação tecidual cutânea, ferimento e lesões. Dos artigos encontrados foram selecionados estudos clínicos que se propuseram a avaliar os efeitos do laser na reparação tecidual cutânea. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação aos resultados encontrados alguns trabalhos diferiram em relação ao protocolo de irradiação, ao tipo de ferimento, a dose utilizada e ao tempo de aplicação do laser. Grande parte dos autores constataram benefícios do LBI quando aplicado sobre feridas cutâneas, onde foi relatado que a mesma é capaz de promover um processo de efeitos fisiológicos como ações: anti-inflamatória, analgésica, proliferação epitelial e de fibroblastos, síntese e deposição de colágeno, revascularização e contração da ferida e que, doses compreendidas entre 3-6 J/cm2 parecem ser mais eficazes, entretanto alguns autores questionam que os efeitos verificados podem não estar relacionados ao uso do lasers. CONCLUSÃO: Verificou-se a necessidade de aprofundar estudos em relação a laserterapia, com técnicas controladas que possam relacionar os efeitos observados ao uso do laser. PALAVRAS-CHAVE: Laserterapia, reparação tecidual cutânea, ferimento e lesões

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EVIDÊNCIAS DO USO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM ÚLCERAS CUTÂNEAS

Claudio Scott Bortoleto, Juliana Bezerra Macedo, Alyne Leal de Alencar Luz, Antonia Lucimary de Sousa Leal , Ana Letícia Nunes Rodrigues , Katyane Leite Alves Pereira

INTRODUÇÃO: A reparação tecidual envolve um processo complexo que compreende fases de inflamação, proliferação celular e síntese de elementos constituintes da matriz extracelular. As úlceras além de serem frequentes nas instituições de saúde, principalmente nas públicas, dispende alto custo e assistência no tratamento hospitalar e domiciliar. Novas tecnologias terapêuticas estão sendo empregadas visando a reparação de tecidos lesados e a aplicação da laserterapia de baixa potência (LBPT) tem apresentado um crescimento significativo. Pesquisas demonstram que o uso desse tipo de lasers tem causado efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, sendo, por isso, utilizados no processo tratamento de ferimentos. OBJETIVO: Esse estudo objetivou evidenciar quais são os benefícios do uso LBPT de forma isolada na reparação tecidual de úlceras cutâneas. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sistemática através das base de dados on-line LILACS, MEDLINE e SciELO utilizando os descritores úlcera, lasers, cicatrização. Como critério de inclusão utilizou-se trabalhos clínicos da base de dados nacionais publicados na íntegra, do ano de 2008 a 2018. Foram excluídos artigos que não tratavam do lasers com objetivo cicatrizante. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A busca de dados possibilitou após leitura seleção de 13 artigos. Grande parte dos experimentos relatados e discutidos no presente trabalho tratavam-se de estudos de casos. Dos trabalhos analisados o uso do lasers foi empregado no tratamento de úlceras de pressão, úlceras hansenícas, úlceras diabéticas e úlceras venosas. Observou-se efeitos positivos no uso dos lasers como diminuição do eritema, diminuição do exsudato inicial, relato de diminuição da dor, melhora nos aspectos das lesões e aceleração da cicatrização. Foram citados ainda como benéfico o baixo custo e a fácil aplicação dessa terapia. CONCLUSÃO: Evidenciou-se carência de estudos em humanos na base de dados nacional e que apesar dos benefícios relatados existe falta de padronização das variáveis em relação a frequência do uso do laser, intensidade e delimitação da amostra. Sugere-se estudos bem controlados com padronização das variáveis dos estudos e melhor delimitação das amostras quanto a parâmetros físicos e clínicos do processo ulcerativo. Palavras-chave: Úlceras; Lasers; Cicatrização.

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A PESQUISA CONVERGENTE ASSISTENCIAL E A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE ENFERMEIROS

CUIDADORES DE CRIANÇAS ESTOMIZADAS

Gessica Linhares Melo, Janne Mila Dócio Lima, Jaqueline Aparecida dos Santos Sokem, Ravena Vaz Feitosa Castelo Branco, Fabiana Perez Rodrigues Bergamashi, Fabiane

Melo Heinen Ganassin INTRODUÇÃO: Estomias ou estomas são palavras derivadas do grego stóma que significam abertura ou boca, indicando a exteriorização cirúrgica de órgãos ou vísceras, podendo ser classificadas de acordo com sua localização. A estomia é um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização de sistemas digestório, respiratório e urinário, criando um orifício externo que se chama estoma. O paciente pediátrico possui características particulares e na maioria das vezes, as estomias realizadas são de caráter temporário, tornando-se um desafio para criança, família e equipe de enfermagem. Neste sentido, a equipe de enfermagem deve possuir conhecimentos específicos e habilidades. A Educação Permanente se mostra como um potencializador na estratégia para a formação em serviço destes profissionais. OBJETIVO: Discutir a Educação Permanente em Saúde para o cuidado ao paciente infantil com estomas a partir dos pressupostos da Metodologia da Problematização e a Pesquisa Convergente Assistencial – PCA. MÉTODO: Trata-se de um estudo de reflexão a partir do uso da PCA e da Metodologia da Problematização como ferramentas para o desenvolvimento da educação permanente em saúde de profissionais de enfermagem no cuidado da criança com estoma. A Reflexão pautou-se nos pressupostos da PCA e da Metodologia da Problematização a partir do Arco de Maguerez proposto por Berbel (2012). DISCUSSÃO: A Educação Permanente em Saúde é compreendida como o processo de desenvolvimento do aprender e ensinar no ambiente do trabalho, que se efetiva através de um diagnóstico situacional da prática e tem com perspectiva a transformação da práxis profissional. Esta ideia vem de encontro aos pressupostos da PCA que é um referencial metodológico de pesquisa que tem a característica de reunir as ações da assistência às de pesquisa de forma simultânea com o tempo e o espaço, comprometendo-se com a construção do conhecimento e com a inovação da prática assistencial. Com estas características a PCA interage com a Metodologia da Problematização e o Arco de Maguerez, por se sustentar na observação da realidade vivida, pela tentativa de identificar os problemas existentes e oportunizar o diálogo crítico e libertador, conduzindo a construção de ideias e mudança das práticas. Desta forma a PCA e o Arco de Maguerez se entrelaçam como uma dança, à medida que um completa o outro, ou seja, a prática alimenta os dados da pesquisa e instiga o pesquisador e participantes da pesquisa ao aprofundamento do estudo, fortalecendo a prática educativa em serviço. CONCLUSÃO: Concluímos que o uso dessas metodologias ativas no âmbito institucional, melhoram tanto o processo educacional como a transformação das práticas relacionadas aos cuidados de crianças com estomas, e esses movimentos contínuos promovem e estimulam a construção de sujeitos crítico-reflexivo e comprometidos na transformação da realidade e na aproximação da prática assistencial com o desenvolvimento do conhecimento em pesquisa nesta área. PALAVRAS-CHAVE: Estomas, Educação em Saúde, Formação Profissional.

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AVALIAÇÃO DE RISCO PARA ÚLCERA POR PRESSÃO UTILIZANDO A ESCALA DE WATERLOW EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Jéssica Loureiro Mendes Silva, Maria dos Remédios Farias dos Santos, Isadora Ihorana

Melo Pinho, Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino INTRODUÇÃO: Lesão por pressão (LP) é um agravo relevante para enfermagem, uma vez que a sua ocorrência se destaca como um indicador negativo para qualidade do cuidado. Apresenta maior índice em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a internações prolongadas e condições clínicas dos pacientes. A prevenção da LP é uma das atribuições do enfermeiro, o controle por meio da prevenção é de extrema relevância. Dentre as atividades desenvolvidas cita-se a utilização de escalas de riscos. A escala de Waterlow objetiva criar consciência sobre os fatores causais e oferecer um método de avaliação de risco, grau de lesão e prevenção ou tratamento ativo necessário. Apresenta a avaliação da pele como fator de risco, pois avalia sete tópicos principais: relação peso/altura (IMC), avaliação visual da pele em áreas de risco, sexo/idade, continência, mobilidade, apetite e medicações. Além de quatro itens que pontuam fatores de risco especiais, subnutrição do tecido celular, déficit neurológico, tempo de cirurgia, acima de duas horas e trauma abaixo da medula lombar. Quanto mais alto o escore maior será o risco de desenvolver LP.OBJETIVO: Avaliar o risco para úlcera por pressão utilizando a escala de Waterlow em Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODO: Estudo prospectivo de abordagem quantitativa com 112 pacientes por amostragem acidental. Foram incluídos aqueles com idade mínima de 18 anos, ambos os sexos, que apresentassem ou não LP na admissão, com permanência mínima de 48 horas internado. Os dados foram submetidos à análise estatística através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0 que resultaram em números absolutos e percentuais a fim de discussão expostos em tabelas segundo sua distribuição de frequência e percentuais bem como foram calculadas a sensibilidade e a especificidade da escala de Waterlow montadas em tabelas de contingência. A pesquisa foi aprovada pelos comitês de ética em pesquisa das instituições hospitalares e pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Na Tabela 1 observa-se a caracterização sociodemográfica dos pacientes internados nas UTIs. A Tabela 2 apresenta as condições dos pacientes em relação ao desenvolvimento de LP cuja quantidade foi de 25% com presença de LP. O tempo de internação obteve uma média de 24,5 A classificação de risco dos pacientes, em maior parte, foi na categoria de altíssimo risco (42,9%). A Tabela 3 expõe as características da população que desenvolveram LP, 60,7% eram do sexo masculino com média de idade de 52 anos A cor de pele parda (60,7%). A prevalência da localização da LP foi a região sacral (54,2%). A Tabela 4 expõe os valores de sensibilidade e especificidade da escala de Waterlow obtidas foram: 100% e 14%, respectivamente. CONCLUSÃO: A avaliação de risco de LP utilizando pela escala é eficaz, porém exige um julgamento crítico em seu uso para evitar superestimativa ou subestimativa. Sugere-se uso da escala em modelo simplificado. A efetividade calculada através dos valores preditivos foi ao encontro de diversas literaturas, em estudos que comparam a escala de Waterlow com outras bastantes usuais no Brasil, Norton e Braden. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Medição de risco, Lesão por pressão