Accuracy - Semiologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE - FCS DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA PROFESSOR JOSÉ RAUL ESPINOSA CACHO Accuracy of Precordial Palpation for Detecting Increased Left Ventricular Volume Steven D. Eilen, M.D.; Michael H. Crawford, M.D.; and Robert A. O'Rourke, M.D.; San Antonio, Texas ACADÊMICO: DÊNISSON MAYCON BORGES DA SILVA

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Artigo da disciplina de semiologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE - FCSDISCIPLINA DE SEMIOLOGIAPROFESSOR JOSÉ RAUL ESPINOSA CACHO

Accuracy of Precordial Palpation for Detecting

Increased Left Ventricular Volume

Steven D. Eilen, M.D.; Michael H. Crawford, M.D.; and Robert A. O'Rourke,

M.D.;

San Antonio, TexasACADÊMICO: DÊNISSON MAYCON BORGES DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE - FCSDISCIPLINA DE SEMIOLOGIAPROFESSOR JOSÉ RAUL ESPINOSA CACHO

Acurácia da palpação precordial para detectar aumento do volume do

ventrículo esquerdoSteven D. Eilen, M.D.; Michael H.

Crawford, M.D.; and Robert A. O'Rourke, M.D.;

San Antonio, TexasACADÊMICO: DÊNISSON MAYCON BORGES DA SILVA

Objetivo

Esse estudo foi feito para determinar se alguma característica do impulso apical durante a palpação é útil para detecção do aumento do ventrículo esquerdo.

Palpação precordial – importante meio diagnóstico para determinar o tamanho e funcionamento do ventrículo esquerdo, para avaliação da doença cardíaca.

Introdução

McKinley afirma: “... o ápice é observado normalmente no 5º espaço intercostal, o ponto de maior intensidade é aproximadamente 8,5 cm da linha medio esternal.”

Pratt e Bushnell afirmam que: “... o ápice, em adultos, é geralmente 8-10 cm da linha mediana”

Bibliografias recentes relatadas relataram ser 3 cm da linha hemiclavicular (LHC) esquerda (medialmente) o limite máximo para a palpação de um ictus normal.

Introdução

McKinley

McKinley

McKinley

McKinley

McKinley

McKinley

Bibliografias recentes

Métodos

41 homens, com idade de 32 a 86 anos, média de 58 anos; todos com ictus palpável em posição de decúbito lateral esquerdo e bem visível no ECG.

Foram excluídos pacientes que tinham realizado cirurgia torácica, apresentavam deformidades torácicas ou apresentaram aneurisma ventricular no ECG.

A palpação do ictus foi feita com os pacientes em supino e em 45° de decúbito lateral esquerdo.

Pacientes foram avaliados:

- doença na valva aórtica (4 pacientes com estenose e 3 com regurgitação);

- doença na valva mitral (3 pacientes com regurgitação);

- doença da artéria coronária (8 pacientes com anormalidade na parede vascular e na função do VE);

- insuficiência cardíaca congestiva (18 pacientes);

- derrame pericárdico (2 pacientes);

- 1 paciente com endocardite;

- 1 com estenose subaórtica com hipertrofia idiopática;

- 1 com trombo ventricular.

Métodos

A localização do centro do ictus foi notado em relação a linha media esternal, a linha médio clavicular e no espaço intercostal no qual foi localizado.

O diâmetro do ápice foi medido com a extensão máxima palpável do ictus ao longo do espaço intercostal no qual foi localizado. 10 cm foi escolhido como limite máximo entre a linha media esternal e o ápice.

O limite máximo normal para o volume do VE no final da diástole foi de 138 mL, visto pelo ECG.

Métodos

Resultados

20 dos 41 pacientes tinham o ictus palpável quando estavam em posição supina.

9 pacientes com aumento do volume do VE, no final da diástole tinham ictus palpável lateralmente a LHC.

2 dos 11 pacientes com volume normal do VE no final da diástole tinham ictus palpável medialmente a LHC.

9 dos 18 pacientes com ictus lateralmente a LHC tiveram um aumento do volume do VE no final da diástole.

Todos os pacientes com aumento do VE no final da diástole tiveram ictus palpável a 10 cm ou mais da linha médio esternal. Entretanto, 8 pacientes com distância maior que 10 cm tinham volume normal do VE no fim da diástole.

Resultados

4 dos 12 pacientes com volume normal do VE tiveram ictus até 10 cm da linha medio esternal.

9 dos 17 pacientes com ictus maior que 10 cm da linha medio esternal tiveram aumento do VE no fim da diástole.

Não teve nenhuma correlação entre a localização do ápice no decúbito lateral esquerdo e o volume do VE.

Resultados

O diâmetro maior que 3 cm foi um bom indicador para aumento do VE (12 dos 13 pacientes; sensibilidade de 92%).

21 de 28 pacientes com volume normal do VE no fim da diástole, tinham diâmetro menor que 3 cm (especificidade de 75%).

- eliminando pacientes com hipertrofia do VE: especificidade 91%.

Resultados

Distância do ictus maior que 3 cm foi preditivo (12 dos 19 pacientes; valor preditivo positivo de 63%) para o aumento do VE no fim da diástole.

- eliminando os 5 pacientes com hipertrofia do VE: o valor preditivo positivo 86%.

21 dos 22 pacientes apresentaram ictus a menos de 3 cm da LHC e um volume normal do VE no fim da diástole (valor preditivo negativo de 95%).

Resultados

Discussão

O estudo sugere que homens de meia-idade, sem deformidades torácicas, tem pouca relação entre o volume do VE no final da diástole e a localização do ápice em relação a LHC.

- 2 de 11 pacientes com volume normal do VE no fim da diástole tiveram o ictus medial a LHC em posição supina.

Ictus localizado a mais de 10 cm da linha medio esternal em posição supina, indica aumento cardíaco. Entretanto, no estudo, esse achado físico não teve sensibilidade e nem especificidade relevante para o aumento do VE.

Discussão

A extensão máxima palpável do ictus em decúbito lateral esquerdo maior que 3 cm é uma informação útil para separar pacientes com volume normal dos de volume aumentado do VE no final da diástole.

- Excluindo pacientes com hipertrofia do VE: sensibilidade 92% especificidade 91% valor preditivo positivo 85%

Discussão

Pacientes jovens com tórax magro, podem ter ictus exagerado, mas não um aumento do VE.

Devido alguns pacientes possuírem um ictus de difícil palpação até mesmo em decúbito lateral esquerdo, o diâmetro palpável menor que 3 cm nesses pacientes podem não ser um indicativo confiável do volume normal do VE.

Discussão

Conclusão

Quando pacientes são examinados em posição supina ou decúbito lateral esquerdo, a localização do ictus em relação a LHC ou linha medio esternal não é um bom indicativo do aumento do VE. Entretanto, em pacientes de meia-idade, especialmente naqueles sem condições predisponentes de hipertrofia do VE (estenose aórtica, hipertensão), um ictus palpável em decúbito lateral esquerdo maior que 3 cm pode ser um indicador específico e sensitivo de aumento do VE.

Bibliografia

Eilen SD, Crawford MH, O´Rourke RA, Accuracy of precordial palpation for detecting increased left ventricular volume. Ann Intern Med. 1983;99:628-30.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Provérbios 4:23