A introdução e fonte da doutrina da eleição por arthur walkington pink

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Introdução e Fonte da

Doutrina da Eleição Arthur Walkington Pink

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* O texto deste e-book é composto pelos dois primeiros capítulos “Introduction” e “Its Source”

do Livro The Doctrine of Election, por A. W. Pink. Editado.

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Introdução e Fonte da Doutrina da Eleição Arthur Walkington Pink

Introdução à Doutrina da Eleição

Eleição é uma doutrina fundamental. No passado, muitos dos professores mais hábeis

estavam acostumados a começar sua teologia sistemática, com uma apresentação dos

atributos de Deus, e, em seguida, uma contemplação de Seus decretos eternos; e é nos-

sa examinada convicção, após ler os escritos de muitos de nossos modernos, que o método

seguido por seus antecessores não pode ser melhorado. Deus existia antes do homem, e

Seu propósito eterno longamente antecedeu Suas obras no tempo. “Conhecidas por Deus

são todas as suas obras desde o princípio do mundo” (Atos 15:18). Os conselhos divinos

vieram antes da criação. Como um construtor desenha seus planos antes de começar a

construir, assim o grande Arquiteto predestinou tudo antes que uma única criatura fosse

chamada à existência. Deus também não manteve isso em segredo trancado em Seu

próprio seio; aprouve a Ele dar a conhecer em Sua Palavra os conselhos eternos da Sua

graça, Seu projeto na mesma, e a grande finalidade que Ele tem em vista.

Quando um edifício está em curso de construção, espectadores muitas vezes não conse-

guem perceber a razão para muitos dos detalhes. Até agora, eles não discernem nenhu-

ma ordem ou propósito; tudo parece estar em confusão. Mas, se eles pudessem examinar

cuidadosamente o “plano” do construtor e visualizar a produção acabada, muito do que era

confuso, se tornaria claro para eles. É o mesmo com a realização do propósito eterno de

Deus. A menos que estejamos familiarizados com os Seus decretos eternos, a história

continua a ser um enigma insolúvel. Deus não está trabalhando de forma aleatória: o

evangelho não foi enviado em nenhuma missão incerta: o resultado final no conflito entre o

bem e o mal não foi deixado indeterminado; quantos serão salvos ou perdidos não depende

da vontade da criatura. Tudo foi infalivelmente determinado e imutavelmente fixado por

Deus desde o princípio, e tudo o que acontece no tempo é apenas o cumprimento do que

foi ordenado na eternidade.

A grande verdade da eleição, então, leva-nos de volta para o início de todas as coisas. A

Eleição precedeu a entrada do pecado no universo, a queda do homem, o advento de

Cristo, e a proclamação do evangelho. A correta compreensão da mesma, especialmente

em sua relação com a aliança eterna, é absolutamente essencial se quisermos ser

preservados de erro fundamental. Se a própria fundação estiver com defeito, então o

edifício construído sobre ele não pode ser sólido; e se erramos em nossas concepções

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desta verdade básica, então na mesma proporção será a imprecisão da nossa compre-

ensão de todas as outras verdades. As relações de Deus com Judeus e Gentios, Seu

objetivo em enviar Seu Filho ao mundo, Seu projeto por meio do evangelho, sim, todo os

Seus tratos providenciais, não podem ser vistos em sua devida perspectiva até que eles

sejam vistos à luz da Sua eleição eterna. Isso se tornará mais evidente à medida que

prosseguimos.

Esta é uma doutrina difícil, e isto em três aspectos. Em primeiro lugar, no entendimento

dela. A menos que tenhamos o privilégio de sentar-nos sob o ministério de algum servo

ensinado pelo Espírito de Deus, que nos apresente a verdade de forma sistemática, um

grande esforço e empenho são necessários para o exame das Escrituras, de modo que

possamos coletar e tabular suas declarações dispersas sobre este assunto. Não agradou

ao Espírito Santo nos dar uma definição completa e ordenada da doutrina da eleição, mas

sim “um pouco aqui, um pouco ali” – na história típica, em salmo e profecia, na grandiosa

oração de Cristo (João 17), nas epístolas dos apóstolos. Em segundo lugar, a aceitação da

mesma. Isto apresenta uma maior dificuldade, pois quando a mente percebe que as

Escrituras revelam a mesma, o coração é relutante em receber uma verdade tão humi-

lhante e abatedora da carne. Quão ardentemente precisamos orar a Deus para subjugar

nossa inimizade contra Ele e nosso preconceito contra a Sua verdade. Em terceiro lugar,

na proclamação da mesma. Nenhum iniciante é competente para apresentar o assunto em

sua proporção e perspectiva escriturísticas.

Mas, não obstante, essas dificuldades não devem desencorajar, e menos ainda deter-nos

de um esforço honesto e sério para entender e sinceramente receber tudo o que Deus Se

agradou revelar nela. Dificuldades são projetadas para nos humilhar, para nos exercitar,

para nos fazer sentir nossa necessidade da sabedoria do alto. Não é fácil chegar a uma

compreensão clara e adequada de qualquer uma das grandes doutrinas da Escritura

Sagrada, e Deus nunca pretendeu que fosse assim. A verdade tem de ser “comprada”

(Provérbios 23:23); infelizmente tão poucos estão dispostos a pagar o preço – dedicar, em

oração, ao estudo da Palavra o tempo desperdiçado em jornais ou recreações ociosas.

Estas dificuldades não são insuperáveis, pois o Espírito foi dado ao povo de Deus para

guiá-los em toda a verdade. Igualmente assim para o ministro da Palavra: uma espera

humilde a Deus, juntamente com um esforço diligente para ser um obreiro que não tem do

que se envergonhar, que, no devido tempo servirá para expor esta verdade para a glória

de Deus e para a bênção de seus ouvintes.

É uma doutrina importante, como é evidente a partir de várias considerações. Talvez

possamos expressar mais impressionantemente a importância desta verdade, apontando

que, à parte da eterna eleição nunca teria havido qualquer Jesus Cristo e, portanto, não

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haveria evangelho divino; porque, se Deus não tivesse escolhido um povo para a salva-

ção, Ele nunca teria enviado o Seu Filho; e se Ele não tivesse enviado nenhum Salvador,

ninguém seria salvo. Assim, o próprio evangelho se originou nesta questão vital da elei-

ção. “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos

ter Deus elegido desde o princípio para a salvação” (2 Tessalonicenses 2:13). E por que

devemos “dar graças”? Porque a eleição é a raiz de todas as bênçãos, na nascente de cada

misericórdia que a alma recebe. Se a eleição for tirada, tudo é levado embora, pois aqueles

que têm qualquer espécie de bênçãos espirituais são os que têm todas as bênçãos

espirituais “como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo” (Efésios 1:3-4).

Foi bem dito por Calvino, “Nós nunca seremos claramente convencidos, como deveríamos

ser, que a nossa salvação flui da fonte da misericórdia gratuita de Deus, até estarmos

familiarizados com a Sua eleição eterna, que ilustra a graça de Deus, por esta comparação;

que Ele não adota todos indiscriminadamente para a esperança da salvação, mas Ele dá a

alguns o que Ele recusa a outros. Ignorância deste princípio evidentemente desvia a glória

divina, e diminui a real humildade. Se, então, precisamos lembrar que a origem da eleição

prova que não obtemos a salvação de nenhuma outra fonte além daquela mera boa vontade

de Deus, então aqueles que desejam extinguir este princípio fazem todo o possível para

obscurecer o que deveria ser magnificamente e em voz alta celebrado”.

É uma doutrina abençoada, pois a eleição é a fonte de todas as bênçãos. Isto é feito

inequivocamente claro por Efésios 1:3-4. Primeiro, o Espírito Santo declara que os santos

foram abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Então

Ele passa a mostrar como e por que eles foram tão abençoados: isto é na medida em que

Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo. Eleição em Cristo, portanto,

precede o sermos abençoados com todas as bênçãos espirituais, pois somos abençoados

com elas apenas enquanto estando nEle, e nós apenas estamos nEle na medida em que

somos escolhidos nEle. Vemos, então, que grande e gloriosa verdade é esta, pois todas as

nossas esperanças e perspectivas pertencem a isso. Eleição, embora distinta e pessoal,

não é, como, por vezes é descuidadamente afirmado, uma mera escolha abstrata de

pessoas para a salvação eterna, independentemente da união com sua Cabeça da Aliança,

mas uma escolha deles em Cristo. Isso implica, portanto, todas as outras bênçãos, e todas

as outras bênçãos são dadas apenas por meio da Eleição e, de acordo com ela.

Corretamente entendido não há nada tão calculado para dar conforto e coragem, força e

segurança, como uma apreensão de coração desta verdade. Pois ter certeza de que eu

sou um dos altos favoritos do Céu dá a confiança de que Deus certamente suprirá todas as

minhas necessidades e fará com que todas as coisas cooperem para o meu bem. O

conhecimento que Deus me predestinou para a glória eterna fornece uma garantia absoluta

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que nenhum esforço de Satanás pode, eventualmente, levar à minha destruição, pois se o

grande Deus é por mim, quem será contra mim?! Isso traz uma grande paz para o pregador,

pois ele agora descobre que Deus não o enviou para levar um arco em uma aventura

perigosa, mas que a Sua Palavra fará o que Lhe apraz, e prosperará naquilo para que Ele

a envia (Isaías 55:11). E que incentivo isso deve dar ao pecador despertado. Quando ele

descobre que a eleição é apenas uma questão de graça divina, a esperança se acende em

seu coração; enquanto ele descobre que a eleição destacou alguns dos mais vis dentre os

vis para serem os monumentos da misericórdia divina, por que ele deveria se desesperar!?

É uma doutrina desagradável. Alguém naturalmente pensou que uma verdade que honra

tanto a Deus, exalta Cristo, e tão abençoada, teria sido cordialmente defendida por todos

os Cristãos professos que tiveram-na claramente apresentada a eles. Em vista do fato de

que os termos “predestinados”, “eleitos” e “escolhidos”, ocorrem com tanta frequência na

Palavra, alguém com certeza concluiria que todos os que pretendem aceitar as Escrituras

como divinamente inspiradas receberiam com implícita fé esta grande verdade, relacio-

nando o ato em si – como convém a criaturas pecadoras e ignorantes assim fazer – à boa

vontade soberana de Deus. Mas isso está longe, muito longe de ser o caso real. Nenhuma

doutrina é tão detestada pela orgulhosa natureza humana como esta, que faz da criatura

nada e do Criador, tudo; sim, em nenhum outro ponto a inimizade da mente carnal é tão

descarada e acaloradamente evidente.

Nós iniciávamos as nossas pregações na Austrália, dizendo: “Eu falarei hoje à noite sobre

uma das doutrinas mais odiadas da Bíblia, ou seja, sobre a eleição soberana de Deus.”

Desde então temos rodeado este globo, e entramos em mais ou menos estreito contato

com milhares de pessoas pertencentes a várias denominações, e mais milhares de Cristãos

professos ligados a nenhuma, e hoje a única mudança que faria nessa declaração é que,

enquanto a verdade do castigo eterno é mais reprovável a não-professos, a da eleição

soberana de Deus é a verdade mais odiada e insultada pela maioria daqueles que afirmam

ser crentes. Que seja claramente anunciado que a salvação não teve origem na vontade

do homem, mas na vontade de Deus (veja João 1:13; Romanos 9:16), que se não fosse

assim, ninguém seria ou poderia ser salvo – pois por causa da Queda, o homem perdeu

todo o desejo e vontade ao que é bom (João 5:40; Romanos 3:11) – e que até mesmo os

eleitos precisam ser feitos dispostos (Salmos 110:3) e altos serão os brados de indignação

levantados contra tal ensino.

É neste ponto que a questão é torcida. Os comerciantes de méritos não reconhecerão a

supremacia da vontade divina e a impotência da vontade humana para o bem; conse-

quentemente, aqueles que são os mais implacáveis em denunciar a eleição pela vontade

soberana de Deus, são os mais calorosos em declarar o livre arbítrio do homem caído. Nos

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decretos do Concílio de Trento – em que o Papado definitivamente definiu sua posição

sobre os principais pontos levantados pelos Reformadores, e os quais Roma nunca revogou

– ocorre o seguinte: “Se alguém afirmar que, desde a queda de Adão, o livre arbítrio do

homem está perdido, seja anátema.” Foi por sua fiel adesão à verdade da eleição, com tudo

o que ela envolve, que Bradford e centenas de outros foram queimados na fogueira pelos

agentes do papa. Indescritivelmente triste é ver tantos Protestantes professos de acordo

com a mãe das meretrizes neste erro fundamental.

Mas seja qual for a aversão que os homens tenham quanto a está bendita verdade, eles

serão obrigados a ouvi-la no último dia, ouvi-la como a voz de decisão final, inalterável e

eterna. Quando a morte e o inferno, o mar e a terra seca, darão os mortos, então virá o

Livro da Vida – o registo no qual foi gravado antes da fundação de todo o mundo a eleição

da graça – será aberto na presença dos anjos e demônios, com a presença dos salvos e

dos perdidos, e aquela voz soará dos mais altos arcos do Céu, às mais baixas profundezas

do inferno, ao extremo limite ao universo: “E aquele que não foi achado escrito no livro da

vida foi lançado no lago de fogo” (Apocalipse 20:15). Assim, esta verdade que é odiada

pelos não-eleitos acima de todos os outros, é o que deve soar nos ouvidos dos perdidos

enquanto eles entram sua condenação eterna! Ah, meu leitor, a razão pela qual as pessoas

não recebem e devidamente apreciam a verdade da eleição, é porque elas não sentem a

sua devida necessidade.

É uma doutrina de separação. A pregação da soberania de Deus, como exercida por Ele

em preordenar o destino eterno de cada uma das Suas criaturas, serve como um mangual

eficaz para dividir o joio do trigo. “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus” (João 8:47):

sim, não importa quão contrárias sejam as suas ideias. É uma das marcas dos regenerados

que eles estabeleceram por seu selo que Deus é verdadeiro. Nem eles selecionam, como

hipócritas religiosos o fazem: uma vez que eles percebem que uma verdade é claramente

ensinada na Palavra, mesmo que seja totalmente oposta à sua própria razão e inclinações,

eles humildemente se curvam a ela e, implicitamente, a recebem, e faria assim, embora

nenhuma outra pessoa no mundo inteiro acredite nela. Mas é muito diferente com os não-

regenerados. Como o apóstolo declara: “Do mundo são, por isso falam do mundo, e o

mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que

não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do

erro” (1 João 4:5-6).

Nós não sabemos de nada tão decisivo entre as ovelhas e os bodes como uma exposição

fiel dessa doutrina. Se um servo de Deus aceita um novo cargo, e ele quer saber quem do

seu povo deseja o leite puro da Palavra, e quais preferem substitutos do Diabo, que ele

transmita uma série de sermões sobre este assunto, e este será rapidamente o meio de

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“apartares o precioso do vil” (Jeremias 15:19). Foi assim na experiência do Divino Prega-

dor: quando Cristo anunciou “Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por

meu Pai não lhe for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás,

e já não andavam com ele” (João 6:65-66)! Verdade é que de forma alguma, todos os que

recebem intelectualmente o “Calvinismo” como uma filosofia ou teologia, dão provas (em

suas vidas diárias) de regeneração; mas igualmente é verdade que aqueles que continuam

a contrariar e firmemente recusar qualquer parte da verdade, não têm direito de serem

considerados como Cristãos.

É uma doutrina negligenciada. Apesar de ocupar um lugar tão proeminente na Palavra de

Deus, é pouco pregada, e menos ainda compreendida. Claro, não é de se esperar que os

“altos críticos” e seus ingênuos cegos pregariam aquilo que faz do homem um nada; mas

mesmo entre aqueles que desejam ser vistos como “ortodoxos” e “evangélicos”, há pou-

quíssimos que dão a esta grande verdade um lugar real tanto em suas ministrações no

púlpito quanto em seus escritos. Em alguns casos, isso é devido à ignorância: não tendo

sido ensinados no seminário, e certamente nem nos “Institutos Bíblicos”, eles nunca per-

ceberam sua grande importância e valor. Mas, em muitos casos, é o desejo de ser popu-

lar com os seus ouvintes que amordaça suas bocas. No entanto, nem a ignorância, o pre-

conceito, nem inimizade podem acabar com a própria doutrina, ou diminuir sua importân-

cia vital.

Ao concluir estas observações introdutórias, que seja salientado que esta doutrina

abençoada precisa ser tratada com reverência. Não é um assunto a ser discutido ou

especulado, mas abordado num espírito de reverência e devoção. Ele deve ser tratado com

seriedade: “Quando estás em disputa, engajado em uma justa discussão apenas para

vindicar a verdade de Deus da heresia e distorção, olhe para o teu coração, estabeleça

uma vigilância em teus lábios, tenha cuidado com o fogo selvagem em teu zelo” (E.

Reynolds, 1648). No entanto, esta verdade deve ser tratada com intransigência e

independentemente do temor ou favor do homem, confiantemente deixando todos os

“resultados” na mão de Deus. Que seja graciosamente concedido a nós escrevermos de

uma maneira que agrade a Deus, e que você receba tudo que é dEle.

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A Fonte da Doutrina da Eleição

Precisamente falando, a eleição é um ramo da predestinação, sendo este último um termo

mais abrangente do que o anterior. Predestinação diz respeito a todos os seres, coisas e

eventos; mas a eleição é restrita aos seres racionais – anjos e humanos. Como a palavra

predestinação significa que Deus desde toda a eternidade, soberanamente ordenou e

imutavelmente determinou a história e o destino de todas e cada uma de Suas criaturas.

Entretanto neste estudo nos limitaremos à predestinação enquanto ela se relaciona ou diz

respeito às criaturas racionais. E aqui também deve ser notado uma outra distinção. Não

pode haver uma eleição sem uma rejeição, uma eleição sem uma reprovação, uma escolha

sem uma recusa. Como o Salmo 78 expressa, “Além disto, recusou o tabernáculo de José,

e não elegeu a tribo de Efraim. Antes elegeu a tribo de Judá; o monte Sião, que ele amava”

(vv. 67-68). Assim a predestinação inclui tanto a reprovação (a preterição ou passar pelos

não-eleitos, e então o preordena-los para a condenação – Judas 4 – por causa de seus

pecados) e a eleição para a vida eterna, o primeiro destes nós não discutiremos agora.

A doutrina da eleição significa, então, que Deus escolheu alguns em Sua mente tanto entre

os anjos (1 Timóteo 5:21) e dentre os homens, e ordenou-lhes para a vida eterna e bem-

aventurança; que antes que Ele os criasse, Ele decidiu o destino deles, assim como um

construtor desenha seus planos e determina todas as partes do edifício antes que qualquer

um dos materiais sejam reunidos para a realização de seu projeto. Eleição pode ser assim

definida: é a parte do conselho de Deus pelo qual Ele, desde toda a eternidade, propôs em

Si mesmo mostrar a Sua graça sobre algumas de Suas criaturas. Isto foi feito eficaz por um

decreto definitivo relacionado a eles. Agora, em cada decreto de Deus três coisas devem

ser consideradas: o início, a matéria ou substância, o fim ou propósito. Vamos oferecer

algumas observações sobre cada uma.

O início do decreto é a vontade de Deus. Origina-se unicamente em Sua própria deter-

minação soberana. Quanto à determinação da condição de Suas criaturas, a própria

vontade de Deus é a causa única e absoluta da mesma. Como não há nada acima de Deus

para governá-lO, então não há nada fora dEle mesmo que seja de algum modo uma causa

impulsiva a Ele; dizer o contrário é fazer da vontade de Deus, uma vontade totalmente nula.

Nisto Ele é infinitamente exaltado acima de nós, pois não somos apenas sujeitos a Alguém

superior de nós, mas nossas vontades estão sendo constantemente modificadas e

dispostas por causas externas. A vontade de Deus não poderia ter nenhuma causa fora de

si mesma, ou de outro modo haveria algo anterior a si mesma (pois uma causa sempre

precede o efeito) e algo mais excelente (pois a causa é sempre superior ao efeito), e,

portanto, Deus não seria o Ser independente que Ele é.

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A matéria ou substância de um decreto Divino é o propósito de Deus para manifestar um

ou mais de Seus atributos ou perfeições. Isto é verdade para todos os decretos Divinos,

mas como há variedade nos atributos de Deus, assim há nas coisas que Ele decreta trazer

à existência. Os dois principais atributos que Ele exerce sobre as Suas criaturas racionais

são a Sua graça e Sua justiça. No caso dos eleitos, Deus determinou exemplificar a riqueza

da Sua maravilhosa graça, mas no caso dos não-eleitos, Ele achou por bem demonstrar a

Sua justiça e severidade – retendo Sua graça deles, porque foi a Sua boa vontade fazê-lO.

No entanto, não deve ser admitido, sequer por um momento, que este último foi um ponto

de crueldade em Deus, pois Sua natureza não é somente graça, nem somente justiça, mas

os dois juntos; e, portanto, na determinação de exibir os dois não poderia haver um ponto

de injustiça.

O fim ou propósito de cada decreto Divino é a própria glória de Deus, pois nada menos do

que isso poderia ser digno dEle mesmo. Como Deus jura por Si mesmo porque Ele não

pode jurar por ninguém maior, assim por que um maior e mais grandioso fim não pode ser

proposto além de Sua própria glória, Deus estabeleceu isto como o fim supremo de todos

os Seus decretos e obras. “O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios

desígnios” (Provérbios 16:4), para a Sua própria glória. Como todas as coisas são dEle

como a primeira causa, então todas as coisas são para Ele (Romanos 11:36), como a

finalidade última. O bem de Suas criaturas é apenas o fim secundário; Sua própria glória é

o fim supremo, e todo o restante é subordinado a isso. No caso dos eleitos, é a maravi-

lhosa graça de Deus que será magnificada; no caso dos réprobos, Sua pura justiça será

glorificada. O que se segue neste capítulo será em grande parte uma ampliação destes três

pontos.

A fonte da eleição, então, é a vontade de Deus. Deve ser malmente necessário salientar

que por “Deus”, queremos dizer, Pai, Filho, e Espírito Santo. Embora existam três pesso-

as na Divindade, há apenas uma natureza indivisível comum a todos Eles, e assim, ape-

nas uma vontade. Eles são um, e Eles concordam em um: “Mas, se ele resolveu alguma

coisa, quem então o desviará?” (Jó 23:13). Que também seja pontuado que a vontade de

Deus não é uma coisa à parte de Deus, nem deve ser considerada apenas como uma parte

de Deus: a vontade de Deus é o próprio Deus disposto: ou seja, se assim podemos dizer,

Sua própria natureza em atividade, de forma que a Sua vontade é a Sua própria essência.

Nem a vontade de Deus é sujeita a qualquer flutuação ou mudança: quando afirmamos que

a vontade de Deus é imutável, estamos apenas dizendo que no próprio Deus “não há

mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17). Por isso, a vontade de Deus é eterna, pois

desde que o próprio Deus não teve princípio, e desde que a Sua vontade é a Sua própria

natureza, então Sua vontade deve ser eterna.

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Para continuar e dar um passo adiante. A vontade de Deus é absolutamente livre, não

influenciada e não controlada por qualquer coisa fora de dEle mesmo. Isso aparece a partir

da criação do mundo, bem como de tudo que nele há. O mundo não é eterno, mas foi feito

por Deus, mas se esse seria ou não seria criado, foi determinado por Ele mesmo somente.

O momento em que ele foi feito, se mais cedo ou mais tarde; o seu tamanho, se maior ou

menor; a duração do mesmo, se para uma época ou para sempre; a condição dele, se ele

permaneceria “muito bom” ou seria contaminado pelo pecado; tudo foi determinado pelo

decreto soberano do Altíssimo. Houvesse Ele se agradado, Deus poderia ter trazido este

mundo à existência milhões de anos mais cedo do que Ele o fez. Se assim Lhe aprouvesse,

Ele poderia ter feito isso e todas as coisas nele em um instante do tempo, em vez de em

seis dias e noites. Houvesse Lhe agradado, Ele podia ter limitado a família humana a alguns

milhares ou centenas, ou tê-la feito milhares de vezes maior do que é. Nenhuma outra razão

pode ser atribuída ao porquê, como e quando Deus o criou assim como ele é, além de Sua

própria vontade imperial.

A vontade de Deus era absolutamente livre em relação à eleição. Na escolha de um povo

para a vida eterna e glória, não havia nada fora de Si mesmo, que moveu Deus a formar

um tal propósito. Como Ele declara expressamente: “Compadecer-me-ei de quem me

compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia” (Romanos 9:15), a

linguagem não poderia afirmar mais definitivamente o caráter absoluto da soberania Divi-

na nesta questão. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si

mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:5), aqui novamente tudo se

resolve no mero prazer de Deus. Ele concede Seus favores ou os retém como agrada a Si

mesmo. Nem Ele fica em qualquer necessidade de que vindiquemos o Seu procedimento.

O Todo-Poderoso não deve ser levado até o tribunal da razão humana, em vez de tentar

justificar a elevada soberania de Deus, nós somos apenas obrigados a acreditar nela,

segundo a autoridade de Sua própria Palavra. “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da

terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.

Sim, ó Pai, porque assim te aprouve” (Mateus 11:25-26), o Senhor Jesus estava contente

em descansar ali, e assim devemos estar.

Alguns dos expositores mais hábeis desta profunda verdade afirmaram que o amor de Deus

é a causa motriz de nossa eleição, citando “em amor, nos predestinou” (Efésios 1:4-5);

ainda assim fazendo, nós pensamos que eles são imputáveis de uma ligeira imprecisão ou

afastamento da regra de fé. Embora concordando plenamente que as duas últimas palavras

de Efésios 1:4 (tal como estão na Versão Autorizada [King James]) pertencem

adequadamente ao início do versículo 5, no entanto, deve ser cuidadosamente observado

que o versículo 5 não está falando de nossa eleição original, mas de nossa predestinação

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para a adoção de filhos: as duas coisas são totalmente distintas, atos separados da parte

de Deus, o segundo seguindo o primeiro. Há uma ordem nos conselhos Divinos, como

existe nas obras da criação de Deus, e é tão importante prestar atenção no que se diz sobre

o primeiro, quanto é observar o procedimento Divino nos seis dias de trabalho de Gênesis

1.

Um objeto deve existir ou subsistir antes que possa ser amado. Eleição foi o primeiro ato

na mente de Deus, no qual Ele escolheu as pessoas dos eleitos para que sejamos santos

e irrepreensíveis (v. 4). Predestinação foi o segundo ato de Deus, pelo que Ele ratificou por

decreto a condição daqueles a quem Sua eleição havia dado uma verdadeira subsistência

diante dEle. Tendo os escolhidos em Seu amado Filho para uma perfeição de santidade e

justiça, o amor de Deus seguiu adiante deles, e lhes concedeu a mais importante e maior

bênção que Seu amor pode conferir, torná-los Seus filhos por adoção. Deus é amor, e todo

o Seu amor é exercido sobre Cristo e sobre aqueles nEle. Tendo feito a eleição de Seus

próprios, pela soberana escolha de Sua vontade, o coração de Deus foi estabelecido sobre

eles como o Seu tesouro peculiar.

Outros atribuem a nossa eleição à graça de Deus, citando “Assim, pois, também agora

neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça” (Romanos 11:5). Mas

aqui novamente devemos distinguir entre coisas que diferem, ou seja, entre o início de um

decreto Divino e sua matéria ou substância. É verdade, abençoadamente verdade, que os

eleitos são os objetos sobre os quais a graça de Deus é especialmente exercitada, mas

isso é outra coisa bem diferente de dizer que a Sua eleição teve origem na graça de Deus.

A ordem a que estamos aqui insistindo é claramente expressa em Efésios 1. Em primeiro

lugar, “Como também [Deus] nos elegeu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para

que fôssemos santos e irrepreensíveis [justos] diante dele” (v. 4): esse foi o ato inicial na

mente Divina. Em segundo lugar, “em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por

Jesus Cristo, para si mesmo”. E isso “de acordo com o beneplácito de sua vontade” (v. 5),

isso foi Deus valorizando aqueles sobre quem Ele havia estabelecido o Seu coração. Em

terceiro lugar, “Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no

Amado” (v. 6), esse foi tanto o sujeito e o propósito do decreto de Deus: a manifestação e

magnificação de Sua graça.

“A eleição da graça” (Romanos 11:5), portanto, não deve ser entendida como o genitivo de

origem, mas como o objeto ou característica, como em “Rosa de Saron”, “A árvore da vida”,

“os filhos da desobediência”. A eleição da igreja, como todos os Seus atos e obras, devem

ser traçados de volta à não reprimida e irreprimível vontade de Deus. Em nenhum outro

lugar nas Escrituras a ordem dos conselhos Divinos é assim definitivamente revelado como

em Efésios 1, e em nenhum outro lugar é tão forte a ênfase sobre a vontade de Deus. Ele

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predestinou para filhos de adoção “segundo o beneplácito de sua vontade” (v. 5). Ele fez

conhecido a nós “o mistério da sua vontade” (não a “graça”) e isso “segundo o seu

beneplácito, que propusera em si mesmo” (v. 9). E então, como se isso não fosse

suficientemente explícito, a passagem termina com “Nele, digo, em quem também fomos

feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas

as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Com o fim de sermos para louvor da sua

glória” (vv. 11, 12).

Detenhamo-nos por mais um momento nesta notável expressão: “daquele que faz todas as

coisas, segundo o conselho da sua vontade” (v. 11). Observe bem que não é: “o conselho

de seu próprio coração”, nem mesmo “o conselho da sua própria mente”, mas da

VONTADE: não “a vontade de seu próprio conselho”, mas “o conselho da sua própria

vontade”. Nisto Deus difere radicalmente de nós. Nossas vontades são influenciadas pe-

los pensamentos de nossas mentes e modificam-se pelos afetos do nosso coração; mas

não é assim com Deus. “Segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os

moradores da terra” (Daniel 4:35). A vontade de Deus é suprema, determinando o exercí-

cio de todas as Suas perfeições. Ele é infinito em sabedoria, mas a Sua vontade regula as

operações da mesma. Ele é cheio de misericórdia, mas a Sua vontade determina quando

e para quem Ele a demonstra. Ele é inflexivelmente justo, mas a Sua vontade decide se a

Sua justiça deve ou não ser expressada: observe cuidadosamente que não é: “Quem ao

culpado não pode ter por inocente” (como é tão comumente mal interpretado), mas “que ao

culpado não tem por inocente” (Êxodo 34:7). Deus em primeiro lugar quer ou determina que

uma coisa será, em seguida, Sua sabedoria efetua a execução do mesmo.

Apontemos agora o que tem sido desmentido. De tudo o que foi dito acima, é claro, pri-

meiramente, que as nossas boas obras não são o que induziu Deus a nos eleger, pois esse

ato passou na mente Divina na eternidade, muito antes que nós tivéssemos qualquer

existência real. Veja como este ponto é posto de lado em: “Porque, não tendo eles ainda

nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição,

ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama)” (Romanos 9:11).

Novamente, lemos: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,

as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). Desde que, então,

fomos eleitos antes de nossa criação, então, as boas obras não poderiam ser a causa motriz

da mesma: não, elas são os frutos e os efeitos da eleição.

Em segundo lugar, a santidade dos homens, seja no princípio ou na prática, ou ambos, não

é a causa motriz da eleição, pois, como Efésios 1:4 tão claramente declara: “Como também

nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis

diante dele”, não porque éramos santos, mas para que sejamos santos. Que nós “fôssemos

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santos” era algo futuro, que segue sobre isso, e é o meio para um outro fim, ou seja, a

nossa salvação, para o que os homens são escolhidos: “por vos ter Deus elegido desde o

princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade” (2 Tessalonicenses

2:13). Desde que, então, a santificação do povo de Deus que foi o propósito de Sua eleição,

não poderia ser a causa da mesma. “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1

Tessalonicenses 4:3.), não meramente a aprovação da vontade de Deus, como sendo

agradável à Sua natureza; nem meramente a Sua vontade preceptiva, conforme exigido

pela Lei; mas a Sua vontade decretiva, Seu conselho determinado.

Em terceiro lugar, nem a fé é a causa da nossa eleição. Como ela poderia ser? Ao longo

de seu estado não-regenerado, todos os homens estão em uma condição de incredulida-

de, vivendo neste mundo sem Deus e sem esperança. E quando tivemos fé, não foi de nós

mesmos, ou de nossa bondade, poder ou vontade. Não, foi um dom de Deus (Efésios 2:9),

e a operação do Espírito (Colossenses 2:12), que flui de Sua graça. Está escrito: “Todos

quantos estavam ordenados para a vida eterna” (Atos 13:48), e não “todos que creram,

foram ordenados para a vida eterna”. Uma vez que, então, a fé brota da graça Divina, a fé

não pode ser a causa de nossa eleição. A razão pela qual os outros homens não creem, é

porque eles não são as ovelhas de Cristo (João 10:26); o motivo pelo qual alguém crê é

porque Deus lhe dá a fé, e por isso é chamada “a fé dos eleitos de Deus” (Tito 1:1).

Em quarto lugar, não é a previsão de Deus dessas coisas nos homens que O levou a elegê-

los. A presciência de Deus do futuro está fundamentada sobre a determinação de Sua

vontade em relação a ele. O decreto Divino, a presciência Divina e a predestinação Divina

é a ordem estabelecida nas Escrituras. Em primeiro lugar, “que são chamados segundo o

seu propósito”; segundo, “por que os que dantes conheceu”; terceiro, “também os

predestinou” (Romanos 8:28-29). O decreto de Deus, como precedente de Sua presciência

também é afirmado em “a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e

presciência de Deus” (Atos 2:23). Deus prevê tudo o que acontecerá, porque Ele ordenou

tudo o que há ocorrer; então, é colocar a carroça na frente dos bois quando fazemos da

presciência a causa da eleição de Deus,

Em conclusão, que seja dito que a finalidade de Deus em Seu decreto da eleição é a

manifestação de Sua própria glória, mas antes de entrar em detalhes sobre este ponto

citaremos várias passagens que estabelecem amplamente o fato em si. “Sabei, pois, que o

Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor ouvirá quando eu clamar a ele”

(Salmos 4:3). “Separou” aqui significa escolheu ou apartou do restante; “aquele que é

piedoso” refere-se ao próprio Davi (Salmos 89:19-20); “para si mesmo”, e não apenas para

o trono e o reino de Israel. “Porque o Senhor escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu

próprio tesouro” (Salmos 135:4). “[...] porque porei águas no deserto, e rios no ermo, para

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dar de beber ao meu povo, ao meu eleito. A esse povo que formei para mim; o meu louvor

relatarão” (Isaías 43:20-21), o que é paralelo com Efésios 1:5-6. Assim, no Novo

Testamento, quando aprouve a Cristo dar a Ananias um relato da conversão de Seu amado

Paulo, ele disse, “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido” (Atos 9:15). Mais uma

vez, “Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal” (Romanos

11:4), o que é explicado no versículo seguinte como “um remanescente, segundo a eleição

da graça”.

Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Espírito Santo aplique o que de Ti há nestas palavras aos

nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo.

Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos

ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria !

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Fonte: Pbministries.org | Título Original: The Doctrine of Election

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel)

Tradução por Amanda Ramalho e C. Almeida │ Revisão por William e Camila │ Capa por William

***

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Uma Biografia de Arthur Walkington Pink

Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962)

Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e

teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos.

Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão

e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de

negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a

tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um

discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista e

um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma

reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”

(Provérbios 14:12)

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Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em

seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu

erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava:

Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como

prometera à mulher samaritana (Jo 4:14).

Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma

semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de

sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da

Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A

reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que

serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!

Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja? Havia

tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde

ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no

Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para

Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos

anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916,

casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou

uma Igreja Batista na Carolina do Sul.

Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os

puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande doutrina

bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre isto,

descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na Carolina

do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à Igreja esta

visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não eram

populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava.

Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas Escrituras).

Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000 revistas e,

muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe um convite para

visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar o Evangelho e

terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas Batistas locais.

Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador.

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Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde

aconteceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um

lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém

estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante este

período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas Escrituras”,

embora somente uns poucos a liam.

Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação

para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas. Esta

era a sua chamada.

Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que

sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se para

o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952, A.W.

Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua esposa,

apenas oito pessoas apareceram em seu enterro.

Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que,

no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem

é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e

se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo

quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista

publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após sua

morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros. Ian

Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte, ele se

tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século 20. Foi

D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e Brunner.

Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”.

Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o

seguinte:

“Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode

nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente ‘nasceu para escrever’, e todas

as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao

cumprimento desse propósito ordenado por Deus”.

John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David

Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército

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poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando

à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus. Eu

o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo por seu

amor apaixonado pelo Deus trino”.

As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras

explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua

vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus!

______________

Esta biografia é baseada nas seguintes fontes:

♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W.

Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01 de

dezembro de 2013.

♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo:

2009. Prefácio.

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10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne

Agonia de Cristo – Jonathan Edwards

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina

da Eleição

Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel

Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink

Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne

Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards

Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon

Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A –

Jeremiah Burroughs

In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon

Jesus! - Charles Haddon Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon

Livre Graça, A – C. H. Spurgeon

Paixão de Cristo, A – Thomas Adams

Plenitude do Mediador, A – John Gill

Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards

Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon

Reforma – C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M’Cheyne

Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon

Sangue, O – C. H. Spurgeon

Semper Idem – Thomas Adams

Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e

Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) –

C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A – J. Edwards

Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan

Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer

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Livros que Recomendamos:

A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES

Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por

John Bunyan – Editora Fiel

Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine –

Editora PES

O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel

O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo

Cristão

O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan

Edwards – Editora Fiel

Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES

Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

gratuitamente no site FirelandMissions.com)

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inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e

divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores

àqueles como John Gill, Robert Murray M’Cheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,

Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,

holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-mos

nEle desde agora e para sempre.

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2 Coríntios 4 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho

está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século

cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho

da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos,

mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus

Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder

seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos,

mas não desanimados. 9 Persegui-dos, mas não desamparados; abatidos, mas não

destruídos; 10

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso

corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de

Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte,

mas em vós a vida. 13

E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por

isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou

o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar

a ação de graças para glória de Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso

homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa

leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.