20140922_br_brasilia

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RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela Gráfica Moura Ltda. Frejat se empenha para herdar votos de José Roberto Arruda Na última entrevista da série Metro/ Band, Jofran Frejat fala sobre o desafio de assumir a cabeça de chapa PÁGS. 06 E 07 Flávio Lara Resende e Jofran Frejat | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BEBEL CHEIA DE BOSSA CANTORA BRASILEIRA RADICADA EM NOVA YORK LANÇA NOVO CD, ‘TUDO’ PÁG. 12 BRASÍLIA Segunda-feira, 22 de setembro de 2014 Edição nº 593, ano 3 MÍN: 21°C MÁX: 32°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metro Niemeyer ainda no papel Galeria BSB Memo expõe gravuras do arquiteto PÁG. 13 Esboços do arquiteto mostramobras que não chegaram a ser construídas DIVULGAÇÃO ...MAS O CORINTHIANS AJUDA O CRUZEIRO VACILA... Um olho no Planalto e outro no Congresso Polônia impede tetra do vôlei brasileiro Derrotado, líder escocês renuncia Seja quem for eleito presidente, a formação de uma base de apoio sólida no Parlamento será um dos grandes desafios a serem enfrentados PÁG. 03 Anfitriões vencem o Brasil por 3 a 1 e são campeões mundiais PÁG. 15 Alex Salmond acusou ingleses de mentirem para impedir separação PÁG. 10 jornal | @MetroJornal_BSB BRUNO CANTINI/ATLÉTICO EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS Carlos brilhou e fez dois gols na vitória do Galo Fábio Santos comemora, enquanto os são-paulinos lamentam No clássico mineiro, o Atlético derrubou o líder do Brasileirão por 3 a 2. O tricolor paulista perdeu a chance de reduzir a diferença a 4 pontos, ao perder para o Timão pelo mesmo placar PÁG. 16

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Frejat se empenha para herdar votos de José Roberto ArrudaNa última entrevista da série Metro/Band, Jofran Frejat fala sobre o desafi o de assumir a cabeça de chapa PÁGS. 06 E 07

Flávio Lara Resende e Jofran Frejat | ANDRESSA ANHOLETE/METRO

BEBEL CHEIA DE BOSSABEBEL CHEIA DE BOSSA

CANTORA BRASILEIRA

RADICADA EM NOVA YORK

LANÇA NOVO CD, ‘TUDO’ PÁG. 12

BRASÍLIA Segunda-feira, 22 de setembro de 2014Edição nº 593, ano 3

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Niemeyer ainda no papelGaleria BSB Memo expõe gravuras do arquiteto PÁG. 13

Esboços do arquiteto mostramobras que não chegaram a ser construídas

DIVULGAÇÃO

...MAS O CORINTHIANS AJUDA

O CRUZEIRO VACILA...

Um olho no Planalto e outro no Congresso

Polônia impede tetra do vôlei brasileiro

Derrotado, líder escocês renuncia

Seja quem for eleito presidente, a formação de uma base de apoio sólida no Parlamento será um dos grandes desafi os a serem enfrentados PÁG. 03

Anfi triões vencem o Brasil por 3 a 1 e são campeões mundiais PÁG. 15

Alex Salmond acusou ingleses de mentirem para impedir separação PÁG. 10

jornal | @MetroJornal_BSB

BRUN

O CANTIN

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ARDO ANIZELLI/FOLH

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Carlos brilhou e fez dois gols navitória do Galo

Fábio Santos comemora, enquanto os são-paulinos

lamentam

No clássico mineiro, o Atlético derrubou o líder do Brasileirão por 3 a 2. O tricolor paulista perdeu a chance de reduzir a diferença a 4 pontos, ao perder para o Timão pelo mesmo placar PÁG. 16

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |02| {BRASIL}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Brasília. Diretor-editor: Cláudio Humberto. Editor-Executivo: Lourenço Flores (MTB: 8075) Diagramação: Natalia Xavier. Gerente Executivo: Vandler Paiva Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. Diretor Geral: Flávio Lara Resende

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3966-4607

COMERCIAL: 061/3966-4615

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: SBS Quadra.02 - Bloco "Q" - Ed. João Carlos Saad - 15º andar, CEP 70070-120, Brasília, DF, Tel.: 061/3966-4615. O jornal Metro é impresso na Gráfica Moura.

Filiado ao

A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) classificou ontem como “banal” e “de fácil detec-ção” por “quem mexe com estatística” o erro do IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística) na di-vulgação da PNAD (Pesqui-sa Nacional de Amostra de Domicílio) referente a 2013. O instituto revisou, na últi-ma sexta-feira, números di-vulgados no dia anterior, que apontavam interrupção no processo de queda da de-sigualdade entre ricos e po-bres no Brasil. De acordo com a correção, a tendência de queda não parou.

O governo já anunciou a formação de duas comis-sões de sindicância para apurar as responsabilidades sobre o erro e tentar mini-mizar os danos políticos, já que o fato já está sendo usa-do pelos adversários de Dil-ma na campanha presiden-cial para atacá-la.

Dilma não quis apontar culpados, mas também não fez questão de defender a presidente do IBGE, Wasmá-lia Bivar, que já pediu des-culpas à sociedade, mas não colocou o cargo à disposi-

ção. “Não julgo ninguém antes das provas”, disse a petista, em entrevista no Pa-lácio da Alvorada. “Mas a de-cisão a respeito do conforto [de não se demitir] é dela, não minha. Mas, se se carac-terizar qualquer falta, é ób-vio que ela não pode ficar”, completou.

A presidente não comen-tou diretamente as críticas

dos adversários, como o tu-cano Aécio Neves, que ha-via acusado o governo pe-tista de, “na ânsia de se manter no poder, não he-sitar em colocar em xeque instituições que são guar-diãs da memória da socieda-de brasileira”.

“Ficamos tão surpresos quanto todo mundo”, disse Dilma, que também negou

haver um processo de su-cateamento do IBGE e disse que o órgão é independente.

Até dois mesesA criação de duas comis-sões para investigar o erro foi anunciada pelo governo ainda na sexta-feira. “A co-missão tem um prazo para analisar e estabelecer a re-comendação ao governo. Só

depois disso o governo to-mará qualquer providência. Gostaria de não fazer juízos antecipadamente”, disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em entre-vista no sábado.

O prazo para a busca das responsabilidades é de 30 dias, que podem ser prorro-gados pelo mesmo período. O resultado, portanto, fica para depois das eleições.

A comissão terá repre-sentantes da Casa Civil, dos ministérios do Plane-jamento e da Justiça e da CGU (Controladoria-Geral da União).

“Sem-teto”A presidente também co-mentou uma crítica do pre-sidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, que disse, em en-trevista à revista ‘Época”, que usar o Palácio da Alvo-rada para entrevistas como candidata à reeleição seria “vantagem indevida”.

“Todos os meus anteces-sores usaram o palácio”, dis-se ela. “Senão, serei uma sem-teto, não terei onde dar entrevista. Não tenho outro local.” METRO BRASÍLIA

PNAD. Presidente evita defender a gestora do IBGE, que não pediu demissão do cargo após reconhecimento de erros em dados relacionados a desigualdade social. Investigação das responsabilidades começa nesta semana

Para Dilma, erro do IBGE foi ‘banal, de fácil detecção’

Dilma disse em entrevista no Palácio da Alvorada que ficou “surpresa como todo mundo” com erro | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

Religião

Ato contra a intolerância

Cerca de mil pessoas se reuniram na orla de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, ontem, para participar da 7ª Caminhada em Defesa da Liberdade

Religiosa. Debaixo de chuva, os manifestantes, em sua maioria vestidos de branco, empunhavam

cartazes contra a intolerância religiosa e lembravam o caso de

um menino de 12 anos impedido de entrar em escola municipal no bairro carioca do

Grajaú por usar guias de candomblé.

Familiares de desaparecidos aguardam DNA de 213 ossadasO Rio de Janeiro inaugu-ra hoje a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que reacende a es-perança de famílias que aguardam exames de DNA de 213 ossadas encontra-das no Estado do Rio entre 2000 e 2009.

A unidade, instalada na Cidade da Polícia, no Jaca-rezinho, zona norte da ca-pital carioca, vai ampliar a seção que já funcionava na

Divisão de Homicídios da capital. A delegacia funcio-nará 24 horas e vai contar com 30 inspetores, dois de-

legados, um banco de DNA, sistema de progressão de imagem e a presença de as-sistentes sociais. A expecta-tiva é de que a unidade con-siga elucidar 80% dos casos de desaparecimento.

As delegacias distritais continuarão fazendo os re-gistros de desaparecimen-to, mas as informações serão passadas automati-camente para a nova uni-dade. METRO RIO

330casos de desaparecimento foram registrados no Estado do Rio, no mês passado, segundo o Instituto de Segurança Pública.

O brasileiro Emanuel Bezer-ra, 22, estudante de Enge-nharia Elétrica da Universi-dade Federal do Ceará que havia viajado há um mês pa-ra o estado americano do Ari-zona para estudar em uma universidade local como bol-sista do Ciência Sem Frontei-ras, morreu na última sex-ta, em um hospital da cidade de Phoenix, após sofrer uma queda durante uma escalada

com outros estudantes.De acordo com o website

americano “AZ Family”, fa-zia muito calor no momen-to do acidente e o brasileiro não levava nenhuma água e pode ter passado mal e se desequilibrado.

A tragédia ocorreu na montanha Camelback, um destino muito procurado por aventureiros na região.

METRO BRASÍLIA

Nos EUA. Brasileiro do Ciência Sem Fronteiras morre em escalada

NA HISTÓRIA

54%

Acompanhe o comportamento doCongresso no período pós-redemocratização:

José Sarney (1985/1990)

Fernando Collor(1990/1992)

PMDB, Frente Liberal25

Partidos aliadosNúmero deministérios

Popularidade aofim do mandato

32%PRN, PSC, PTR e PST25

Itamar Franco(1992/1994) 41%PMDB

19

Fernando Henrique Cardoso(1995/2002) 35%PSDB, PMDB, PFL

e PPB

25

Luiz Inácio Lula da Silva(2003/2010) 80%PT, PCdoB, PL, PMN,

PCB e PSB

37

Dilma Rousseff(2011/2014) 37%

PT, PMDB, PDT, PSB, PR, PRB, PTN, PSC,

PTC e PCdoB

39

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |03|◊◊

BRIZZA CAVALCANTE/AGÊNCIA CÂMARA

Em entrevista ao Metro Jor-nal, o Chefe do Departa-mento de Análise Política da Consultoria Arko Advice projeta o cenário da relação governo e Congresso.

O relacionamento com o Congresso prejudica algu-ma candidatura?Qualquer um dos três candi-datos, se eleitos, não teriam problema para construir pe-lo menos a maioria formal. A maioria real vai depender muito do dia a dia. De como dialoga o Executivo e o Legis-lativo, de como é alimenta-do esse relacionamento. Os apoios, em geral, são cons-truídos. O Lula quando foi eleito presidente da Repúbli-ca não tinha uma maioria no Congresso. A base aliada era maior, é verdade. A maioria tinha candidato próprio ou apoiava candidatos adversá-rios. O PMDB, inclusive, ti-nha o vice do José Serra.

Governar sem o ‘toma lá--dá-cá’ de cargos e emen-das é possível?Possível é, num curto espa-ço de tempo, mas no modelo político que a gente tem não é sustentável. De início, pode funcionar. Não é exclusivida-de no Brasil. Para que o presi-dente tenha maioria, seja em regime parlamentarista ou presidencialista, ele comparti-lha o poder com aqueles com quem ele deseja governar.

As concessões então são fundamentais?Qualquer presidente da Re-pública tem três lugares on-de pode selecionar a equi-pe ministerial: os partidos políticos, o meio acadêmi-co ou a iniciativa privada. É uma visão errada achar que um quadro político é neces-sariamente ruim. É preci-so que a sociedade enten-da. Existem determinados municípios que, não fossem

as emendas parlamentares, não receberiam investimen-tos. Os parlamentares são eleitos prometendo trazer investimentos. A parcela do Orçamento que é destinada ao pagamento de emenda parlamentar é ínfima. A co-ta do governo é de R$ 1 tri-lhão, as emendas não che-gam a 2% disso.

Uma eventual eleição de Marina ou Aécio colocaria o PMDB na oposição?O PMDB é um partido mui-to grande e comporta vá-rias correntes. A Marina, por exemplo, tem excelente rela-cionamento com Jarbas Vas-concellos e Pedro Simon. O PMDB deve eleger, pelas pro-jeções, a maior bancada na Câmara e no Senado. Como é que o governo não terá, ten-dencialmente, o maior parti-do do Congresso na sua base? Acho que há espaço para ser governo. METRO BRASÍLIA

CRISTIANO NORONHA

Analista político afi rma que Congresso é governista e não deve trazer difi culdades

Entregar-se a uma grande aliança ou fazer um traba-lho de formiguinha? A rela-ção com o Congresso, afeita às turbulências costumei-ras, impõe um dilema aos três principais candidatos à presidência da República.

A experiência recente de-monstrou que nem sempre ter uma base aliada numero-sa é garantia de sucesso das votações ou de fracasso re-tumbante. Há exemplos de ambos os lados.

No período pós-redemo-cratização, a presidente Dil-ma Rousseff montou a base mais numerosa, com apoio de 14 partidos, que, pelo menos em tese, garantiriam os votos de 372 dos 513 deputados e de 60 dos 81 senadores. Mes-mo assim, por exemplo, ne-nhuma reforma foi aprovada.

Se reeleita, a petista sabe que, apesar de ter que reestru-turar a base aliada, ainda te-rá um apoio maciço. O maior prestígio tem sido usado como trunfo na campanha, reme-tendo à experiência do ex-pre-sidente Fernando Collor, que, com uma bancada de dois se-nadores e 40 deputados, su-cumbiu ao impechment.

A candidata do PSB, Mari-na Silva, projeta a mesma di-ficuldade, e atrair os partidos derrotados no primeiro turno ganha contornos de sobrevi-vência política para aprovar um simples projeto de lei. A ex-senadora aposta em um ‘coalizão de propostas’ e pro-jeta uma renovação superior a 50% dos cargos no Congres-so para a estratégia prosperar.

Para o candidato do PSDB, Aécio Neves, caso se-ja eleito, voltar a ser gover-no após 12 anos ainda é uma interrogação. A única certe-za é de que, liderada pelo PT, a atual base aliada será mais incômoda do que a oposição aos três últimos governos. O tucano mira PMDB, PSD e PP para formar maioria.

O ex-presidente Itamar Franco é considerado, até ho-je, o mais habilidoso na inter-locução com o Poder Legislati-vo. O mandato tampão teria o afastado de riscos.

Os governos Fernan-do Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva fizeram alianças duradouras, mas não escaparam de rebeliões e escândalos.

Como agir? Assunto nas trincheiras da campanha, a relação do governo com o Congresso é uma das maiores preocupações dos presidenciáveis

Base aliada vira desafioNúmeros

371parlamentares representam a aliança da presidente Dilma Rousseff, formada por PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PC do B e PRB. Juntos, os nove partidos representam 38 senadores e 333 deputados.

36parlamentares compõem a atual base aliada da candidata do PSB, Marina Silva, com a aliança presidencial feita com PHS, PRP, PPS, PPL, PSB e PSL. Os partidos somam quatro senadores e 32 deputados.

143parlamentares fazem parte da atual aliança do candidato do PSDB, Aécio Neves, formada por PSDB, PMN, SDD, DEM, PEN, PTN, PTB, PTC e PT do B. São, ao todo 23 senadores e 120 deputados

Veja as principais derrotas impostas pelo Congresso ao governo nas duas últimas décadas:

• Fernando Henrique Cardoso (1995/2002). Aprovou a emenda da reeleição sob suspeita de compra da base aliada e teve arquivada a reforma

administrativa, que era promessa de campanha.

• Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010). Extinção da CPMF, tirando R$ 150 bilhões da saúde e a revelação do escândalo do mensalão, que tratava-se de compra de apoio parlamentar.

• Dilma Rousseff (2011/2014). Derrubada da indicação do diretor do Dnit Bernardo Figueiredo, rebelião por emendas que provocou a convocação de um terço dos 39 ministros e a criação de duas CPIs para investigar escândalos da Petrobras.

Campo minado

Cargos e emendas estão na mesaA atuação parlamentar é em-balada por discursos, cargos e emendas. Sem recursos pa-ra poder levar ao seu domicí-lio eleitoral ou prestígio pa-ra comandar uma comissão ou liderar uma bancada, há um risco de o deputado ou senador cair no chamado ‘baixo clero’.

Como a divisão de po-der é dada a uma minoria, a interlocução com o Con-gresso é um desafio para o presidente da República. Se for mal feita, pode provocar rebeliões.

Para agradar a todos é praxe a liberação de emen-das parlamentares e, princi-

palmente, de cargos.Apontado como res-

ponsável pelo inchaço da máquina pública, o pre-sidencialismo de coalizão -- adotado pelo ocupante do Palácio do Planalto desde 1985 -- é alvo de críticas na atual corrida presidencial.

A reação recai sobre o go-verno Dilma Rousseff, que

formou a maior estrutura de primeiro escalão da his-tória. São 39 pastas -- 24 mi-nistérios e 15 secretarias --, cujos titulares têm status de ministros e 23 mil cargos as-sumidos por indicações polí-ticas, sem a necessidade de concurso público.

O candidato do PSDB, Aé-cio Neves, é o principal críti-co do tamanho da estrutura e prometeu, caso eleito, extin-guir sete mil cargos e reduzir em pelo menos um terço a quantidade de ministros. Dil-ma desafiou o tucano a listar as pastas que seriam extin-tas, mas não houve respos-tas. METRO BRASÍLIA

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

ELEIÇÕES2014

R$ 58,4bilhões é a despesa por ano dos 39 ministérios do governo Dilma Rousseff

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |04| {BRASIL}

CLÁUDIO HUMBERTO WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

COM ANA PAULA LEITÃO

E TERESA BARROS

PETROLÃO: CASSAÇÃO DE MANDATOS FICA PARA 2015

A oposição vai deixar para fevereiro de 2015 o pedi-do de cassação de mandato de deputados acusados pe-lo ex-diretor Paulo Roberto Costa de participar de es-quema de corrupção na Petrobras. O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), alertou Chico Alencar (PSOL-RJ), que sempre ingressa com represen-tações, que processos abertos este ano são arquivados com fim da legislatura, em dezembro.

TEMPO JOGA CONTRATampouco recomenda aposta em cassação, ainda este ano, o prazo de 90 dias entre instauração e término do processo. Não haveria tempo.

MAIS DE SESSENTAO ex-diretor da Petrobras denunciou mais de 60 auto-ridades apenas na primeira fase da delação premiada. Mas tem muito mais.

FIGURÕESEntre os delatados figuram o deputado Henrique Alves (PMDB-RN) e os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Delcídio Amaral (PT-MS).

MAIS DOISOutros citados, segundo a revista IstoÉ, foram o gover-nador do Ceará, Cid Gomes (Pros) e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

ADVERSÁRIOS TÊM MAIS TEMPO DE PT QUE DILMASeis dos 11 adversários de Dilma na corrida presiden-cial têm mais tempo de militância no PT que a can-didata petista: Eduardo Jorge (PV) e Mauro Iasi (PCB) foram filiados ao partido por 24 anos, entre sua funda-ção em 1980 até 2004; Marina Silva (PSB), 23 anos; Rui Costa Pimenta (PCO), ficou 15 anos no partido de Lula; e Zé Maria, do PSTU, foi PT por 13 anos. Dilma somen-te se filiou ao PT em 2001.

DILMA É BRIZOLISTAEx-assessora e tiete de Leonel Brizola, Dilma estava com ele na fundação do PDT, em 1979, e permaneceu no partido até 2001.

ENTRE OS PRESIDENCIÁVEISDos rivais de Dilma, só Aécio Neves (PSDB), Eymael (PSDC), Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidélix (PRTB) não foram filiados ao PT.

PETISTA PATINANDODilma prometeu passar uns dias na Bahia tentando

ajudar o candidato do PT ao governo, Rui Costa. Está difícil superar Paulo Souto (DEM).

ESTAGNAÇÃOA economia brasileira está de tal maneira estagnada que até agora, passados quase dez meses, nenhuma empresa abriu capital em bolsa de valores brasileira, este ano. Nenhum IPO. Tudo parado no mercado.

CANDIDATA PESADACom programa de 12 minutos e 37 comerciais na TV ao dia, intriga como Dilma não consegue se distanciar de Marina, que tem 2 minutos e meia dúzia de comer-ciais. No segundo turno, terão tempos idênticos.

REJEIÇÃO DE CABRAL

O crescimento de Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) nas pesquisas para o governo no Rio de Janeiro é atribuída, entre aliados, a certo distanciamento que o candidato adotou do padrinho Sérgio Cabral.

RASTRO IDENTIFICADOO Ministério Público Federal da Bahia identificou a ori-gem dos R$ 180 mil apreendidos com um assessor do se-nador Welington Dias (PT-PI) em uma rodovia no municí-pio de Barreiras (BA), há dias: uma empresa de tecnologia da informação contratada pelo Banco do Nordeste.

ADELMIR NA CNCO presidente da Fecomércio-DF, ex-senador Adelmir Santana, tem sido pressionado por colegas de vários es-tados a aceitar a missão de disputar a sucessão da Con-federação Nacional do Comércio (CNC).

ACREDITANDO EM DUENDESO deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) vai protocolar pedido na CPI Mista da Petrobras para investigar o Pos-talis, fundo de pensão dos Correios, fingindo acreditar que a sólida maioria governista o aprovará.

PEGO NA MENTIRAApós jurar no Facebook que não agrediu um professor, o secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, foi des-mentido por Fernando Roberto, a vítima, em vídeo di-vulgado no YouTube.

SONO PROFUNDOO senador João Capiberibe (PSB-AP) vê dormitar na ga-veta da Comissão de Constituição e Justiça seu projeto que limita os gastos nas Assembleias Legislativas e nos Tribunais de Contas estaduais.

PENSANDO BEM......ter que entregar quase cinco milhões de panfletos da Dilma em plena greve deveria ser motivo para nova greve nos Correios.

“Não percebemos o erro.”

CIMAR AZEREDO, DO IBGE, SOBRE A VEXATÓRIA MUDANÇA DA PESQUISA RUIM PARA O GOVERNO

PODER SEM PUDORHOMEM DE PALAVRA

Voz destemida, que enfren-tava o coronelismo alagoa-no, Mendonça Neto cer-ta vez, em campanha, foi a Flexeiras, reduto do te-mido Paulo Calheiros, do-no da vida e da morte na re-gião e amigo de Divaldo Suruagy, então governador. Calheiros foi ao encontro de Mendonça:- O que o sr. pretende ganhar com esse comício, deputado?- Votos, Paulo. Vivo disso. É a minha reeleição.

- Mas o sr. vai esculhambar o Divaldo e isso não fica bem...- Preciso sair daqui com uns 150 votos por aqui – arriscou Mendonça.- Deputado, se o problema é esse, dou 300 votos para o sr. não fazer esse comício – propôs o dono dos votos de cabresto.Acordo fechado, Calheiros cumpriu o trato: Mendonça, que não contava ser votado na cidade, naquela eleição teve 305 votos em Flexeiras.

Ricardo Izar (PSD-SP), do Conselho de Ética | GABRIELA KOROSSY/AGÊNCIA CÂMARA

Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral | TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Política

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASÍLIA}

JOFRAN FREJATNa última das entrevistas feitas pelo Metro/Band com os candidatos ao Palácio do Buriti,

Jofran Frejat, o candidato do PR que substitui José Roberto Arruda na candidatura, fala sobre o que muda com sua presença à frente da coligação

“QUEM VOTAVA NO ARRUDA VAI VOTAR EM FREJAT”

ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

2014

ELEIÇÕES

ELEIÇÕESJofran Frejat (PR) foi o úl-

timo candidato ao Pa-lácio do Buriti sabati-nado pelo jornalista Flávio Lara Resende,

no programa ‘Band Entrevis-ta’. O candidato do PR substi-tui José Roberto Arruda -- que foi forçado a desistir de con-correr após ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ter sucessivas derrotas na Justi-ça. Frejat falou sobre o que significa sua presença à fren-te da coligação e quais são as propostas de governo que se-rão mantidas. O encontro foi ao ar na TV Band e na rádio Bandnews no sábado. Hoje o Metro publica a entrevista transcrita.

Vamos começar com uma pergunta um pouco diferen-te. Eu queria saber do se-nhor até que ponto a coli-gação saiu prejudicada com as decisões da Justiça, e até que ponto o ex-candidato Arruda pode transferir votos para o novo candidato da coligação?Eu acho que isso é uma coi-sa natural. Eu era o candida-to a vice do Arruda. Nós ela-boramos o plano de governo em conjunto, vamos aplicar esse plano, que é do Arruda e meu. Quero dizer: quem vo-tava em Arruda vai votar em Frejat. A gente pode fazer um grande trabalho por essa ci-dade, até resgatar a nossa ci-dadania. Brasília está muito sofrida nessa questão. É uma cidade com necessidades, a população precisa de saúde, de educação, como todas as cidades. Aqui é a capital da república, ela tem que ser o modelo e o exemplo para as outras regiões.

O senhor acha que a Flávia Arruda, a mulher do Arruda, como vice-governadora, ela também ajuda nessa trans-ferência de votos?Seguramente. Ela, além de ser uma mulher competen-te, é capaz. Tivemos várias conversas com ela e é real-mente uma pessoa que co-nhece bem o sistema, que acompanhava o Arruda. Nós estamos resgatando aquilo que não pudemos dar ao Ar-ruda: a chance de disputar o governo. Então, a mulher de-le vai disputar, vai estar na nossa chapa e vai ser a nossa vice. Vamos fazer um traba-lho conjunto que a popula-ção vai gostar.

Vamos começar por saúde, agora. O senhor já foi secre-tário da Saúde por quatro vezes. O que o senhor pro-põe para o setor no seu pro-grama de governo?Primeiro, a despolitização da saúde. Para a indicação de um diretor de hospital, hoje, tem que ouvir o fulano, o beltrano. Para a indicação de um chefe de saúde, tem que

falar com algum parlamentar para poder indicar. Essas coisas têm que acabar, tem que fazer uma política de saúde, e não botar política e saúde. Quando você faz isso, você tira a força do secretário de Saúde e do pessoal que pode trabalhar. Além disso, há algumas coisas que precisamos complementar. Nós criamos aqui a faculdade de medicina do Distrito Federal, a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), uma das melhores do Brasil. Não deram sequência. Nós temos que criar uma Universidade do Distrito Federal. Você imagina que todos os estados brasileiros têm uma universidade estadual,

mas o Distrito Federal não tem! Quais hospitais foram criados depois que eu saí da secretaria de Saúde, há doze anos? Eu criei o Hospital de Ceilândia, o HRAN, o Hemocentro, o Hospital de Apoio, o do Guará, o do Paranoá, a faculdade de medicina etc. Outros hospitais criados depois, só particulares, como o Hospital da Criança, que foram empresários que fizeram, e depois veio o de Santa Maria, que foi a gente que começou o trabalho. Quero dizer, a população cresceu e a coisa ficou estagnada. Todo o plano pronto e acabado envelhece precocemente. A gente tem que fazer com que isso volte a funcionar,

e volte a funcionar com mais centros de saúde para a população, mais posto de saúde da família, isso não é difícil. E outra coisa: ter quem gerencie, porque dinheiro teve. Um dos maiores problemas hoje no Distrito Federal é a falta de médicos. O que o senhor pretende fazer para solucionar isso?Nós temos que dar condi-ções. Tem duas coisas que motivam o médico: a ciência e o financeiro. Se você não dá nem um nem outro, a coi-sa não anda, porque ele não fica. Não adianta você colo-car um médico lá no posto de saúde e dizer ‘olha, você vai ficar aqui, mas não vai ter

um aparelho de raios X, não vai ter laboratório, ele acaba não ficando. Nós temos que trabalhar para que ele per-maneça lá e se envolva com isso. Outra coisa, tem que voltar a fazer com o que o médico se interesse pela po-pulação. O que acontece mui-to hoje é o distanciamento do profissional. Eu até brin-co com meus colegas, dizen-do que nós perdemos o con-tato com o paciente, paciente virou o “próximo”. Médico diz: “entra o próximo”. Não pode ser assim. Por isso que a faculdade que a gente criou tem fundamento, porque o estudante, desde o primeiro ano, entra na faculdade e vai começar no centro de saú-de, para conhecer quem é o

seu João, a dona Maria, qual o medicamento que eles pre-cisam. Tudo isso é um rees-truturação. Demora. Não pen-se que seja algo imediato. A gente vai recuperar. O siste-ma de Brasília já foi referên-cia, já foi excelência nacional, e de uma hora para a outra não é mais. O que aconteceu? Os servidores da própria se-cretaria estão pedindo para serem tratados fora, querem plano de saúde. Então, quer dizer, chegou ao caos, ao fun-do do poço, as pessoas não es-tão acreditando mais. A gente tem um conhecimento mui-to grande disso, a gente vai voltar a gerenciar essa par-te e orientar. Eu não vou ser secretário da Saúde não, eu vou ser governador, e nós va-mos colocar pessoas que te-nham realmente o compro-misso com a população, que tenham vontade de resolver, porque a nossa função de mé-dico é cuidar das pessoas.

Candidato, vamos falar so-bre transporte. As faixas ex-clusivas de ônibus facilita-ram muito o transporte, deixaram o trânsito mais rá-pido. Mas, em compensa-ção, trouxeram grandes con-gestionamentos em várias

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {BRASÍLIA} |06|◊◊BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014

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vias do DF. O senhor pre-tende manter essas faixas exclusivas?? As faixas são realmente im-portantes. Mas tem que co-locar os ônibus naquelas fai-xas e fazer a integração do sistema. Porque o que tá acontecendo, por exemplo, em Gama e Santa Maria: es-ses ônibus VLP (Expresso DF Sul) vão até a porta do Ga-ma, quando chegam na últi-ma estação já não podem ser utilizados. Eles tinham que ser integrados com os ôni-bus pequenos para poder cir-cular. Está havendo um es-trangulamento naquele local. Se a gente não mudar isso aí, vai ficar do mesmo tama-nho, com o congestionamen-to permanente, com os ôni-bus parados. Além do mais, é o seguinte: botaram ônibus novos. Acontece que reduzi-ram o número de ônibus, e se reduzir o número de ôni-bus, seguramente ele não vai satisfazer a população.

Mas o senhor pretende con-tinuar o processo de renova-ção da frota?Tem que haver o processo de renovação da frota, tem que chamar esse pessoal que não está trabalhando direito e di-zer “até logo, muito obriga-do, gostamos muito de vo-cês, mas não dá certo, temos que atender a população”, e é o que vamos fazer. Não tem cabimento fazer um progra-ma dessa ordem, grande, mu-dando as bacias todas, mas depois deixar a coisa estran-gulada e a população insa-tisfeita. Não precisa ir muito longe. Vá à Rodoviária, ao Ga-ma, a Santa Maria, a Planalti-na e veja a insatisfação da po-pulação. São filas e mais filas de pessoas esperando horas e horas por atendimento. Tem que botar no lugar.

E o metrô, o senhor preten-de ampliar?Com certeza. Há muito tem-po, diziam que o metrô não serviria, que não interessava, agora está todo mundo tor-cendo pelo metrô. São qua-se 200 mil pessoas que são transportadas diretamente. Mas tem que ser ampliado. Esse metrô tem que chegar na Asa Norte, em frente ao HRAN. Tem que sair de Cei-lândia até o Setor O, tem que ampliar para setores de Sa-mambaia. Não pode ficar só onde está. Aliás, desde a épo-ca do governo Arruda que isso parou, não se colocou mais nenhum “dormente”, até como ele costuma dizer, a sequência não foi obedecida. É fundamental.

Quanto ao VLP, o senhor acha que continua sendo uma opção?Com certeza. O veículo leve sobre trilhos, também, é im-portante. Esse aí vai percor-rer outra área: vai pegar pelo Aeroporto, passar pelo Setor

Policial, pegar a W3 Sul, de-pois a W3 Norte. E também tem aquele outro segmento que vai da Esplanada ao Bu-riti. Isso aí facilita muito. Na Europa inteira você encon-tra os trens. Quanto ao VLP, é preciso conversar com o pes-soal dos ônibus e saber por-que não estão colocando o suficiente para atender a po-pulação. Tem que cobrar.

E o transporte alternativo, como a bicicleta. O senhor pretende incentivar isso?Com certeza. A bicicleta, além de ser um transporte fá-cil, é bom como esporte, co-mo tanta coisa. Por que não estimular isso? Acho que é importante botar o pessoal para pedalar.

Agora vamos falar sobre se-gurança pública. A Polícia Militar tem um efetivo, ho-je, de 15 mil homens. E nun-ca existem mais do que 3 mil homens trabalhando nos turnos que são feitos. O senhor pretende mudar?Veja, existe uma insatisfação muito grande dentro da Polí-cia Militar. É uma das coisas que conversamos com eles e já nos comprometemos, com o programa que apresenta-mos. O Arruda fez isso antes e a gente está confirmando: vamos fazer a reestruturação da carreira dos policiais mili-tares e bombeiros. O Arruda fez aqueles postos policiais e o que aconteceu? Estão aban-donados.

O senhor pretende mantê-los?Vamos reativá-los, colocar o pessoal fixo lá dentro e os que vão circular também. Não é só ele fixo. O que acon-teceu é o seguinte: o policial não podia sair do local por-que ficava abandonado o pos-to. Tem outras maneiras de se fazer isso, o pessoal que é aposentado pode retornar, fi-car no posto. A escala vai mu-dar. Até porque tem gente concursada aguardando ser nomeada.

E a velha dupla Cosme e Da-mião, que muita gente acha que é importante. O senhor é favorável a ela?Absolutamente. A dupla Cos-me e Damião é uma dupla que ficou famosa no Brasil in-teiro. Havia algumas no Pla-no Piloto, mas nas cidades sa-télites não tem nenhuma. É preciso estimular, até por-que isso inibe o assaltante. Retira ele daquela perspec-tiva de impunidade. Vamos botar também o pessoal na motocicleta para rodar a ci-dade. Isso aí vai ser discutido com o pessoal da polícia mili-tar, e a gente vai conseguir fa-zer isso.

Vamos passar agora para educação. Qual é a sua ava-liação sobre o sistema de ci-clos parcialmente implanta-

do aqui no Distrito Federal?Essa questão da educação é interessante. No governo do Arruda, foram feitas 200 es-colas de tempo integral. Ho-je, tem pouco mais de 60, 80. A proposta do ensino pro-fissionalizante também foi abandonada. O programa mais importante, a universi-dade, também não foi coloca-do para frente. Quando criei a faculdade de medicina, era o ano de 2001. Já foram 13 anos e não se deu sequência. Dá a impressão de que todo governo que entra não quer dar continuidade àquilo de bom que foi feito. Aquilo que é bom, vamos dar continui-dade. Aquilo que não é bom, a gente corta.

Como solucionar a falta de professores?Com concurso e pagamento melhor. O professor não está sendo valorizado nesse país. Lamentavelmente. Ele é um

educador, ele é continuidade da sua casa, da sua família. É ele que mostra para a criança como deve se fazer as coisas. Hoje, a gente vê o desrespei-to completo com o profes-sor. Esse desrespeito vai se as-sociando, o estudante já está agredindo o professor, por-que consideram que ele é só mais um.

Quase 500 mil pessoas vi-vem em lotes irregulares. Entra ano, sai ano, os gover-nos que passam prometem regularizar os condomínios. O que é possível fazer? Regularizar. Nós vamos ter que discutir aquilo que é ter-ra pública e aquilo que é ter-ra particular para resolver essa questão. Mas o nosso objetivo, que está no plano de governo feito pelo Arru-da e por mim, é regularizar os condomínios de uma vez por todas. Na área rural, va-mos escriturar a terra. O pro-

dutor rural sequer pode pe-dir um empréstimo no banco porque não tem escritura da terra. Temos que encontrar a solução. A partir daí, quando for resolvida essa questão, não se permitirá invasão. Não se permite fazer condo-mínio irregular. Temos que estabelecer um limite, mas depois de tomar atitude. Isso é absolutamente fundamen-tal, não podemos ficar em uma cidade em que se ima-gina que é tudo irregular. Ou arrumamos isso de uma vez, ou vamos ficar penden-te de uma decisão na justi-ça. Vamos acabar com essa história, regularizar isso aí. E vamos também reestrutu-rar várias regiões, por exem-plo, como Sol Nascente, Pôr do Sol, Porto Rico, temos que começar a fazer uma in-fraestrutura para esse pes-soal, que não tem nada. Pre-cisamos encontrar solução, e tem solução. Eu sou uma

No governo do Arruda, foram feitas 200 escolas de tempo integral. Hoje, tem pouco mais de 60, 80. A proposta do ensino profissionalizante também foi abandonada. Dá a impressão que todo governo que entra não quer dar continuidade àquilo de bom que foi feito. Aquilo que é bom, vamos dar continuidade.”

pessoa que trabalha, exigen-te, vou buscar recurso.

Sobre administração públi-ca. O senhor pretende dimi-nuir o número de secreta-rias do atual governo? De imediato. Não pode ser cabine de emprego. Nem nas administrações regionais. Você vai nessas administra-ções regionais e quase a to-talidade de servidores são comissionados, de livre pro-vimento, sem absolutamente nenhum conhecimento da-quilo. Em administração re-gional, vai ter que ser gen-te da cidade, que conheça o problema e saiba do que pre-cisa a população. Senão, va-mos ter esse mesmo pro-blema. Vamos diminuir o número de secretarias, ain-da não sabemos quantas. Tal-vez -- hoje tem 40 -- umas 20, e olhe lá. Para que, definiti-vamente, diminuamos o cus-to do governo. Já atingimos, em gastos, o limite pruden-te. O que vai acontecer para a frente: não vai ter dinhei-ro. Não vai poder se investir. Está se investindo, de R$ 32 bilhões, apenas R$ 300 milhões. Temos que aumen-tar isso, no primeiro ano, pa-ra R$ 1 bilhão, depois para R$ 2 bilhões. Temos que en-xugar a máquina. Nós gos-tamos muito do serviço pú-blico, mas ele não pode ser impedimento para o desen-volvimento da cidade.

Sobre o Entorno: é um pro-blema para o DF? Eu não diria um proble-ma. Pela própria definição, o Entorno é do Distrito Fe-deral. Ele não é de Goiás. Se você pegar Rio, São Pau-lo, as cidades ao redor têm uma base estrutural, com hospitais, escolas, empre-gos, etc. Aqui não. O Entor-no é habitado por pessoas que não conseguiram espa-ço no DF, e acabaram pulan-do para lá. Como eles não têm hospital, escola e em-prego lá, eles vêm para cá. Temos que sentar com o go-verno de Goiás e de Minas e conversar. Quando fui secre-tário da Saúde, fizemos con-vênios com várias cidades próximas do Entorno para que pagássemos profissio-nais que atendesse a popu-lação. Isso diminuiu bastan-te o fluxo de pacientes para cá. Tem prefeito que pega o paciente, bota o paciente em uma ambulância, man-da para o Distrito Federal e ainda pede para ser reelei-to. Temos que encontrar um meio, com os outros gover-nadores, de manter isso lá. E é até bom para eles, vai ge-rar emprego, vai gerar re-cursos de outras áreas. Com certeza, a mesma coisa pa-ra a segurança pública. Por que não se fazer um convê-nio para orientar, estimular. Agora, tem que ter coragem para fazer. METRO BRASÍLIA

Saiba mais sobre o candidato do PR ao GDF, Jofran Frejat.

• Idade. 77 anos. Natural de Floriano-PI

• Família. É casado com Denise Nunes Martins Frejat.

• Formação. É médico, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mudou-se para Brasília no mesmo ano de sua formatura, em 1962, onde trabalhou no Hospital Regional da Asa Sul. É pós-graduado pela Universidade

de Londres e titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Colégio Internacional de Cirurgiões

• História política. Foi deputado federal por cinco vezes (1986, 1990, 1994, 1998 e 2006). Foi secretário da Saúde quatro vezes, em três governos diferentes. Dirigiu o IML e a Fundação Hospitalar do DF. Nas eleições de 2010, foi candidato a vice-governador de Joaquim Roriz e, depois, de Weslian Roriz.

Perfil

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |08| {BRASÍLIA}

O Autódromo Internacional Nelson Piquet está confir-mado como a nova casa da Fórmula Indy no Brasil até 2019, mas o presidente da Indycar, Mark Miles, mos-tra otimismo para expan-dir a história da categoria na capital. “Os investimen-tos continuarão a longo pra-zo e serão feitos em outras fases. Nossa intenção para o circuito é ter um calendário fixo, com a mesma corrida nas mesmas semanas, ano após ano. Assim, o torcedor saberá que, ao se falar em março, ele deverá estar em Brasília”, disse ele em entre-vista à “Agência Brasília”.

Miles esteve na capital na última quinta-feira para o anúncio oficial da inclusão de Brasília no calendário -- a pri-meira prova está marcada pa-ra 8 de março de 2015 -- e cele-brou o sucesso da negociação em um jantar promovido pe-lo presidente do Grupo Ban-deirantes, Johnny Saad.

Entre os convidados do evento estavam o governa-dor Agnelo Queiroz, a presi-dente da Terracap (empresa pública responsável pela re-forma do autódromo), Ma-ruska Lima, o vice-presiden-te da Band Marcelo Meira, o diretor geral do grupo de co-municação no DF, Flávio La-ra Resende, o narrador Teo José, a apresentadora Renata Fan e os pilotos Vitor Meira e Roberto Pupo Moreno.

O autódromo da capital passará por uma grande re-forma para receber a Indy. A obra toda, que deve cus-tar cerca de R$ 300 milhões, vai durar três anos, mas a primeira fase, que prevê adequações na pista e revi-talização das arquibanca-das, será suficiente para re-ceber a primeira prova, em março. METRO BRASÍLIA

Governador Agnelo Queiroz e Johnny Saad, presidente da Band | DIVULGAÇÃO/BAND

Mark Miles, presidente da Indycar, e Maruska Lima, da Terracap | DIVULGAÇÃO/BAND

Flávio Lara Resende, Samanta Sallum, Cláudio Monteiro e Marcelo Meira |DIVULGAÇÃO

Entre um trecho e ou-tro da narrativa mescla-da na dança de heróis, Arthur Sales, 8, apren-de o valor da cultura ne-gra e o respeito à diversi-dade. “A gente não pode ter preconceito, porque faz as pessoas ficarem tris-tes. Já me xingaram em ca-sa de ‘negro safado’, mas está errado”, observa Ar-thur. Ao menos duas ve-zes por mês nos últimos nove anos, 680 crianças da Escola Classe 47, em Cei-lândia, participam de con-tações de histórias, dan-ças e exposições sobre os índios, a África e os afro--brasileiros. Além das crianças, há atividades es-peciais -- como palestras, rodas de conversa e feiras de artigos culturais -- pa-ra os funcionários da esco-la e familiares dos alunos.

A escola de Ceilândia foi destacada pela coor-denadora de Educação em Diversidade da Secretaria de Educação do DF, Ana José Marques, como “mo-delo” no cumprimento da lei 10.639, de 2003. Essa lei torna obrigatório o en-

sino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas, tanto públicas quanto particulares, de ensino fundamental e mé-dio do país.

Em 2008, tornou-se obrigatório também o en-sino de história e cultura indígena e cigana. A lei, contudo, não é cumprida a rigor em toda a rede de ensino do DF.

Falha da leiSem regulamentação, per-manece vago como se-rá trabalhado o ensino de diversidade cultural nas escolas. Embora esteja determinado que profes-sores de língua portugue-sa, artes e história ofere-çam o conteúdo, não há especificação de quais te-mas devem ser desenvol-vidos e como serão trata-dos. Por esse motivo, de acordo com Ana José, mui-tas escolas fazem ativida-des apenas em datas co-memorativas, como o Dia do Índio e o Dia Nacional da Consciência Negra.

“A lógica é que o ensino seja antirracista para na-

turalizar, desde o porteiro aos familiares, o respeito em detrimento da discri-minação”, diz Ana José.

Para intensificar e mo-nitorar o cumprimento da lei nas escolas públicas do DF, a Secretaria de Educa-ção e a Secretaria de Pro-moção da Igualdade Racial estabeleceram no mês pas-sado uma portaria que re-gulamenta a lei de 2003.

Com a portaria, se-rão formados grupos, tan-to nas regionais de ensino quanto nas coordenações das escolas, para elaborar atividades que envolvam educadores, funcionários, pais e alunos, como já é fei-to na escola de Ceilândia.

“O preconceito está tão enraizado que nem perce-bemos. Passei 15 anos dan-do aulas em escola particu-lar, mas há pouco tempo aprendi que não existe lá-pis ‘cor de pele’, mas sim um lápis rosa claro”, res-salta a professora da Esco-la Classe 47 Viviane Muniz, que há dois anos ensina os alunos a desenhar e colorir dicionários africanos e in-dígenas. METRO BRASÍLIA

Adelina Santiago, da Secretaria de Educação, ensina o maculelê -- que originou a capoeira | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Chefe da Indy quer DF no calendário fixo da categoria

Ceilândia. Escola Classe 47 oferece -- já há nove anos -- atividades para combater o preconceito dentro e fora de classe

Escola coloca luta contra o racismo no currículo

Sem vagas no dia sem carroOs estacionamentos da pla-taforma superior da Ro-doviária do Plano Piloto, próximos ao Conjunto Na-cional, estarão fechados pe-lo Detran-DF hoje, das 8h às 22h, como parte da ce-lebração local do Dia Mun-dial sem Carro.

Em vez de automóveis, os locais darão espaço a shows e apresentações de DJs, além de um ônibus do Detran-DF -- que fará inscri-ção e recarga de cartões de passe livre.

Durante todo o dia, para incentivar o uso do trans-

porte público, o Metrô vai funcionar em capacidade máxima -- 24 trens -- e o li-mite de cinco bicicletas no último vagão será estendi-do para 10.

Criado em 22 de se-tembro de 1997 na Fran-ça, o Dia Mundial Sem Carro serve para incenti-var a população a deixar o carro em casa e optar por bicicletas, transpor-te público ou pela caro-na. Diversos países adota-ram a comemoração, que chegou a Brasília em 2005.

METRO BRASÍLIA

Hoje o cenário será diferente na Rodoviária | ANDRESSA ANHOLETE/METRO

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {ECONOMIA} |09|◊◊

Vanguarda. Segundo mercado mundial, Brasil terá alta maior que a global, de 2,5%. Os EUA, principais consumidores, devem ter alta de 1,8%

Consumo de café deve crescer 4,7%O consumo de café no Bra-sil, principal produtor e segundo maior merca-do global, deverá crescer 4,7% em 2014 com relação ao ano passado, atingin-do cerca de 707 mil tone-ladas número bem acima do crescimento estimado mundialmente, de 2,5%. A informação foi divulga-da recentemente pelo Eu-romonitor International, empresa de inteligência de mercado.

Na opinião de Nathan Herszkowicz, diretor exe-cutivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), o consumo do pro-duto vem crescendo mun-dialmente em função de uma modernização do ca-fé e também de mudanças no hábito dos consumido-res. “Em vez de ser apenas uma bebida matinal, o café tem passado a ser aprecia-do também pelo seu sabor, aroma. É inclusive associa-do à melhora de aspectos de saúde”, diz. “O motor

do consumo é a qualidade e a diferenciação, e agora há também certificações.”

Segundo a Euromonitor, a maior parte do café ainda é consumida no Brasil nos domicílios. Segundo Hersz-kowicz, porém, dados da Abic mostram que nos úl-timos 15 anos o consumo no lar passou de 90% para cerca de 64%, apontando um crescimento do hábito de tomar café em panifica-doras, restaurantes e casas de café, uma nova tendên-cia no país.

Cafés gourmetA alta no consumo no Bra-sil ocorrerá depois de um crescimento de 4% em 2013 ante 2012, segundo a Euromonitor.

A alta é expressiva se comparada com os EUA, maior consumidor do pro-duto em termos de volu-me, onde a Euromonitor disse esperar um cresci-mento modesto, de 1,8%, para um total de 828 mil

toneladas em 2014.Na comparação entre

2013 e 2018, segundo a empresa, o consumo de café no Brasil deverá subir 20%, para cerca de 808 mil toneladas, principalmen-te devido a uma alta na demanda por cafés gour-mets e de alta qualidade. O índice é bastante supe-rior à alta projetada para os EUA, de 5% no mesmo período, para um total de

aproximadamente 835 mil toneladas.

Consumidores brasilei-ros estão cada vez mais mudando seus hábitos pa-ra consumir café arábi-ca, variedade mais nobre usada em cafés torrados e moídos, em detrimento do robusta, mais comum na fabricação de cafés so-lúveis e de baixo custo.

“Aquele café de consu-mo doméstico passou por

uma mudança importante: cafés gourmet, de alta qua-lidade, como os vinhos de primeira linha, com mui-to mais características de qualidade, como aroma, sabor, sabor residual, fi-nalização, corpo etc”, diz Herszkowicz. Segundo ele, essas qualidades não eram valorizadas há 20 ou 30 anos no Brasil. “Hoje o consumidor tem sido es-timulado a procurar essas qualidades na experimen-tação diária.”

“A sofisticação se es-palha para o consumo de forma rápida”, diz o dire-tor da Abic. “O café é mui-to democrático, com custo muito baixo pode-se ter a

sensação de prazer.”Os números refletem es-

sa tendência. No ano 2000, segundo Herszkowicz, o Brasil não tinha nenhuma marca gourmet. “Hoje, 14 anos depois, temos cerca de 250 marcas”, diz.

Seca históricaA alta na demanda interna no Brasil ocorre depois que o país registrou uma seca histórica que afetou cafe-zais no início do ano.

A estiagem sem prece-dentes no país reduziu a produção e levou a indús-tria global a alterar suas previsões de um exceden-te global para um deficit na temporada. METRO

BRASIL TOMANDO MAIS CAFÉ

FONTES: EUROMONITOR E ABIC *PROJEÇÃO ANUAL COM BASE EM 2013

CRESCIMENTO DO CONSUMO EM 2014*

CRESCIMENTO DO CONSUMO EM 2018*

Brasil EUA

Brasil EUA

Global4,7%

20% 5%

2,5% 1,8%

250Número de marcas dos chamados cafés ‘gourmet’, sofisticados e de altíssima qualidade.

“Em vez de ser apenas uma bebida matinal, o café tem passado a ser apreciado pelo seu sabor, aroma.” NATHAN HERSZKOWICZ, DIRETOR DA ABIC

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |10| {MUNDO}

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O líder nacionalista escocês Alex Salmond acusou líderes políticos da Grã-Bretanha on-tem de enganar os escoceses e levá-los a não optar pela in-dependência depois de uma disputa sobre quando e como dar mais poderes à Escócia. Com a derrota do movimento pró-independência, Salmond anunciou que está deixando o cargo de líder do Partido Na-cional Escocês (SNP).

No referendo da última quinta-feira, pouco mais de 55% dos escoceses votaram no “não”, decidindo que o status atual será mantido. Para Sal-mond, os três principais parti-dos políticos da Grã-Bretanha fizeram falsas promessas de conceder novos poderes para conseguir o resultado. “Acho que a promessa foi algo in-ventado por desespero nos últimos dias da campanha,

e acho que todos na Escócia agora percebem isso”, disse.

O premiê David Came-ron e outros líderes prome-teram, antes da votação, que a autonomia escocesa seria ampliada rapidamente em caso da vitória do “não”. “As pessoas que foram conven-cidas a votar ‘não’ foram se-duzidas, foram enganadas de forma eficaz”, disse Sal-mond à BBC. Salmond su-geriu que se o Reino Unido votar a favor de deixar a UE em um referendo prometi-do por Cameron para 2017, os adeptos da independên-cia podem pressionar para outra votação.

PromessasOs principais partidos estão unidos na promessa de trans-ferir novos poderes, mais im-postos e políticas de bem-es-

tar social para a Escócia. Mas, a oito meses da eleição nacio-nal, conservadores se envolve-ram em uma disputa rancoro-sa com o Partido Trabalhista, de oposição, sobre quando e como isso poderia acontecer.

A disputa ofuscou o início da conferência anual do Par-tido Trabalhista, a última an-tes da eleição. O líder Ed Mili-band foi forçado a esclarecer a sua posição sobre dar mais poderes para a Escócia.

Cameron, sob pressão de alguns de seus próprios legis-ladores e com a ameaça de perda de votos para o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), condicionou na sexta-feira novos poderes à Escócia a um consenso so-bre novos arranjos consti-tucionais para o restante do Reino Unido, incluindo a In-glaterra. METRO

Referendo. Para Salmond, que renunciou após a votação, políticos britânicos só prometeram autonomia para forçar vitória do ‘não’

‘Escoceses foram enganados’, afirma líder nacionalista

A UE respira aliviada, por enquantoCom o ‘não’ à indepen-dência na Escócia, a UE respira, pelo menos até as próximas consultas deste tipo.

Há uma onda de alí-vio nas chancelarias eu-ropeias, que temiam um efeito dominó na região. Não foi por acaso que Jo-sé Manuel Durão Barro-so, presidente da Comis-são Europeia, e Martin Schulz, presidente do Eu-roparlamento, reagiram imediatamente aplau-dindo calorosamente o “não”. A independência escocesa poderia abrir a caixa de Pandora da desu-nião europeia.

Mas o efeito dominó não pode ser totalmente descartado, primeiro de-vido à Catalunha, que or-ganiza uma consulta se-cessionista, depois com o

plebiscito prometido por David Cameron para 2017 sobre a permanência do Reino Unido na UE.

Os mais de 1,6 milhão de votos a favor da inde-pendência da Escócia es-tão dando asas aos mo-vimentos separatistas do Velho Continente. Algu-mas horas após o resul-tado escocês, o presiden-te da região espanhola da Catalunha, Artur Mas, sancionou uma lei convo-cando para 9 de novem-bro um referendo sobre a independência, consi-derado inconstitucional pelo governo em Madri. Dias atrás, 1 milhão de pessoas se manifestaram em Barcelona a favor da separação, formando um imenso V (de vitória e de voto) pela cidade. E não é só: uma recente pesqui-sa de opinião mostrou que a maioria da popula-ção deseja a independên-cia do País Basco. Na Itá-lia, as províncias do Tirol do Sul e do Vêneto namo-ram a ideia de separação; na Bélgica, a província de

Flandres continua que-rendo formar o próprio Estado soberano.

Além disso, em vários países, os partidos da di-reita xenófoba, hiperna-cionalistas, vão de ven-to em popa, com palavras de ordem a favor do aban-dono da UE como solução para todos os males.

Nas recentes eleições suecas, um partido com bases nazistas tornou-se a terceira força política do país escandinavo. Na Ale-manha, líder do bloco, um novo partido antieu-ropeu, também de ideolo-gia neonazista, está ultra-passando o velho Partido Liberal. Na França, a Fren-te Nacional, neofascista, é hoje o primeiro parti-do do país e sua líder, Ma-rine Le Pen, tem chances até de chegar à presidên-cia da República. Chances remotas, porém reais.

Análise

MILTONBLAYCorrespondente, Paris

Salmond anunciou renúncia após resultado de referendo | REUTERS

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {SAÚDE E BEM-ESTAR} |11|◊◊

Obstrução nasal, coriza, dores de cabeça, coceira no nariz, na garganta, no céu da boca e nos olhos são os principais sintomas da rinite, inflama-ção da mucosa nasal, causa-da por vírus, bactérias ou por alergia (a mais comum). Espe-cialistas alertam que as crises podem piorar na primavera por três motivos: maior dis-persão de pólen, clima seco e variações de temperatura.

“Existem diversos tipos de rinite, as alérgicas tendem a aumentar sua incidência na primavera, assim como as va-somotoras (relacionadas com o clima), diz Fernando Chami, mestre em otorrinolaringolo-gia pela Unifesp (Universida-de Federal de São Paulo).

A rinite alérgica é a res-posta do organismo a um componente nocivo. “O na-

riz funciona como um fil-tro que impede a entrada de agentes que possam preju-dicar a saúde dos pulmões”, explica o otorrinolaringolo-gista Cícero Matsuyama.

Enfermidade crônica, po-de ser provocada por inúme-ros motivos. Além do pólen, contato com os ácaros da poeira doméstica, pelos de animais, fungos, mofo, per-fume, alguns alimentos, me-dicamentos, bactérias, vírus e mudanças bruscas de tem-peratura podem desenca-dear as crises.

Terapias e prevençãoO tratamento, em geral, é fei-to por medicação oral ou na-sal. Em alguns casos requer cirurgia. As crises devem ser tratadas para evitar complica-ções, como sinusites e farin-

gites. Prevenção é o melhor tratamento. “Casos mais le-ves podem ser combatidos de maneira simples”, diz Caroli-na de Oliveira, fisioterapeuta especialista em medicina do sono. A regra é manter a casa sempre limpa e arejada. Quartos merecem maior atenção, pois é o ambien-te mais contaminado por ácaros. “Quem tem rinite está sujeito a dormir mal, por isso os travesseiros, por exemplo, devem ser troca-dos a cada dois anos”.

Outra solução é adotar uma decoração que dispen-se cortinas, tapetes, almofa-das e objetos que acumulem poeira difícil de limpar. Na faxina, use sempre másca-ra e prefira pano úmido pa-ra remover o pó dos móveis e do chão. METRO

Previna-se. Crises são agravadas por maior dispersão de pólen, oscilações típicas de temperatura e o clima seco

Aumentam casos de rinite na primavera

Na primavera, maior dispersão de pólen favorece crises | IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

ESPECIAL+

Tratamentos

NaturaisA acupuntura,

reconhecida desde 1995 pela Associação Médica Brasileira, é uma opção

de tratamento sem riscos de efeitos colaterais.

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |12| {CULTURA}

2CULTURA

Desde o início da carreira, há quase 30 anos, Bebel Gilber-to seguiu os passos musicais do pai, João Gilberto, precur-sor da bossa nova. E é com a batida do ritmo que revo-lucionou a história da mú-sica brasileira que a cantora de 48 anos, nascida em Nova York, lança o disco “Tudo”.

O CD é o primeiro gra-vado em estúdio em cinco anos. Entre as 12 faixas, há uma releitura da música “Vi-vo Sonhando”, de Tom Jo-bim, e um cover de “Harvest Moon”, de Neil Young. Além disso, há músicas autorais e inéditas, como “Somewhere Else” e “Novas Ideias”.

“Resolvi homenagear Neil Yong, que inspira mi-nhas músicas. Já Tom Jobim é uma velha influência musi-cal minha”, explica a artista.

Bebel destaca que a esco-lha do nome “Tudo” está re-lacionada com a variedade de temas presentes no álbum. “Esse disco reúne um monte de ideias de quando eu come-

cei a escrever, em 2009. Há le-tras sobre sonho, amor, natu-reza, inconsciente e muitas emoções”, destaca a cantora.

Cupido em ‘Rio Eu Te Amo’No filme “Rio, Eu Te Amo”, em cartaz nos cinemas, a cantora mostra sua fa-ceta atriz no episódio dirigido pelo austra-liano Stephan El-liott. Bebel faz uma inusitada aparição como um cupido, flu-tuando no alto do Pão de Açúcar, cantando “É Preci-so Dizer Que Eu te Amo”. A canção está na trilha do longa e embala o romance dos personagens interpre-tados pelos atores Marce-lo Serrado e Ryan Kwanten.

METRO RIO

Em ‘Tudo’, Bebel Gilberto também reuniu músicas inéditas autorais | DIVULGAÇÃO

“TUDO”BEBEL GILBERTO

SONY MUSIC BRASIL, R$ 24,90

Lançamento. ‘Tudo’, novo CD de Bebel Gilberto, traz releituras de Tom Jobim e Neil Young

Banquete musical

Festival de Brasília

The endA mostra competitiva do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

termina hoje, a partir das 20h30, no Cine Brasília,

com a exibição dos curtas ‘Estátua!’, de Gabriela Amaral Almeida, e ‘La llamada’, de Gustavo

Vinagre, e com o longa ‘Ela volta na quinta’, de

André Novais

“Nasci ouvindo bossa nova, com o ritmo do violão. Fui influenciada por meu pai. Ele [João Gilberto] já ouviu o CD e adorou!”BEBEL GILBERTO, CANTORA

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

Brasília é conhecida pe-lo traço do arquiteto Oscar Niemeyer. Os desenhos do renomado artista estão ago-ra em exposição na loja-ga-leria BSB Memo (303 Norte). A mostra ‘Niemeyer: Brasí-lia em gravuras’ fica em car-taz até 31 de outubro.

A exposição reúne 12 gravuras que são parte de uma coleção particular – o proprietário desse inve-jável acervo não foi reve-lado – e funcionam como um passeio por Brasília sem sair do lugar. Nos de-senhos estão retratados co-nhecidos monumentos de Brasília, como o Congresso Nacional, a Praça dos Três Poderes, e o Memorial dos Povos Indígenas.

“Para nós que começa-mos com o ideal de difundir o que Brasília tem de me-lhor do ponto de vista es-tético, receber gravuras de Niemeyer é um marco. São desenhos, que representam a origem e o ponto de par-tida original do DF inteiro”, afirma Raffael Innecco, pro-prietário de galeria.

Nas gravuras de Nieme-yer é divertido procurar di-

ferenças no que foi imagi-nado por Niemeyer do que foi construído, curiosida-des como os bancos da Pra-ça dos Três Poderes, que fo-ram projetados redondos.

A mostra fica em cartaz no BSB Memo (303 Norte), até 31 de outubro. O espa-ço fica aberto de segunda a sábado, das 9h às 19h.

BRUNO BUCIS/ METRO BRASÍLIA

Arte. Uma dúzia de gravuras originais do arquiteto retratando Brasília estão em mostra em cartaz até outubro na loja-galeria BSB Memo

Gravuras são esboços de obras construídas na capital | DIVULGAÇÃO

Os ‘rabiscos’ de Niemeyer em exposição em Brasília

Em sua estreia na direção de longas-metragens, Caru Alves de Souza se destaca por algu-mas escolhas atípicas.

A primeira foi situar a tra-ma de seu “De Menor”, que estreia hoje, nas ruas de San-tos, cenário raro do atual ci-nema brasileiro. “Sempre achei a cidade supercinema-tográfica, mas pouco explo-rada”, diz a diretora. A segun-da foi lançar um olhar afetivo para um tema árido e sobre o qual pouca gente está interes-sada em discutir a fundo: a si-tuação de jovens condenados a cumprir tempo em centros de detenção.

“Uma prima minha foi de-fensora de adolescentes no Fórum de Santos. O embate entre a realidade dela – uma menina de classe média – e a

dos meninos defendidos por ela começou a transformar seu olhar. O tema do abando-no me sensibilizou”, afirma a diretora, que herdou o talen-to cinematográfico da mãe, Tata Amaral.

“De Menor” aborda o as-sunto a partir da vida de He-lena (Rita Batata) e Caio (Gio-

vani Gallo), que perderam os pais recentemente. Sem saber lidar direito com a situação, o garoto comete um crime e, ao ser levado preso, estremece sua então frágil relação com a irmã mais velha, uma advo-gada recém-formada que luta como pode para tê-lo de volta em casa. METRO

Filme ‘De Menor’ retrata vida de jovens detentos

Caru Alves, filha de Tata Amaral, estreia na direção | IGOR LAVRADOR/DIVULGAÇÃO

Os dez anos que Donna Tartt levou para escrever “O Pin-tassilgo” justificam-se já no primeiro capítulo, em uma narrativa detalhista e irresis-tível. Lançado no fim do mês passado, o livro, ganhador da última edição do Pulitzer, ex-plora na abundância de suas 728 páginas o talento da es-critora americana, autora de “História Secreta”.

Donna confere verossi-midade a todos os percalços grandiloquentes da história de Theo Decker, um menino norte-americano que, aos 13 anos, sobrevive a um atenta-do terrorista no Metropoli-tan Museum of Art, em Nova York. Ainda que a explosãso em si não seja nada explora-

da pela autora, os efeitos de-la em Theo -- e, claro, a morte da mãe do garoto -- são o mote para uma trajetória que versa principalmente sobre perda.

No livro, Theo deixa os es-combros do museu carregan-do, secretamente, a pequeni-na pintura que dá nome ao livro: “O Pintassilgo”, pintado pelo holandês Carel Fabritius em 1964. O fascínio e apego que o menino tem pelo qua-dro o perseguirá, assim como as experiências com drogas,

até a vida adulta, quando ele começa a trabalhar em um antiquário e se infiltra no con-trabando de obras de arte.

Impressiona a erudição de Donna. Referências a Ver-meer e Rembrandt, além do próprio Fabritius, são en-trelaçadas de forma natu-ral a menções, por exemplo, a obras como Harry Potter -- Theo é apelidado pelo melhor amigo de “Potter”.

Se o cuidado referencial pode soar prolixo e cansati-vo, vale a pena insistir. Ao fim, a impressão que se tem é de que a narrativa de Theo produz o mesmo efeito que o quadro de Fabritius: congela e hipnotiza para a eternidade.

FABIANE GUIMARÃES/METRO BRASÍLIA

“O Pintassilgo” é uma obra de arte que homenageia outra

“O PINTASSILGO”DONNA TARTT

COMPANHIA DAS LETRAS

728 PÁGS. R$ 49,50

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Mobilidade alternativaSó não vou de bicicleta para o traba-lho porque faço dois turnos em em-presas diferentes e aí fica tarde para voltar pedalando para casa. Mesmo as-sim, aprovo a ideia de se locomover de bike. Acho que muitas pessoas ficam desmotivadas por causa do desrespeito aos ciclistas no trânsito e também pela falta de infraestrutura nas empresas, que não oferecem vestiários.GELSELEINE DO NASCIMENTO - PARK WAY (DF)

Monitoramento de tráfegoEssas câmeras de monitoramento nas vias de maior fluxo de automóveis po-dem evitar os congestionamentos, mas os responsáveis pelo sistema têm de solucionar rápido os problemas identi-ficados. Se não, nem adianta.MÁRCIO BRITO - VILA TELEBRASÍLIA (DF)

Metro Pergunta

Você acha que o atacante Emerson Sheik deve ser punido após crítica à CBF?

@lincolncarvalhoNão. Só falou verdades.

@WTarcisioNão, o cara só disse umas verdades que ninguém teve coragem.

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@MetroJornal_BSB

O momento é de ponderação para que falsas impressões não movam atitudes. O exercício da ponderação

será essencial.

Tendências a momentos mais intensos de lazer, vivência de novos círculos sociais e tudo que afaste qualquer ideia de

isolamento.

Período para exercitar a compreensão com manias de outras pessoas. Lembre-se que tem as suas, especialmente,

com pessoas mais próximas.

Informações precisas devem ser priorizadas. Não crie alardes por falsas especulações, especialmente

em temas do trabalho e finanças.

Seja cuidadoso para evitar gestos pegajosos e de ciúme com quem tem vínculo afetivo. Assuntos financeiros

propensos a ajustes.

A dedicação com atividades culturais, religiosas, espirituais e que enriqueçam seus

conhecimentos preencherá seu dia positivamente.

Há tendências para ter mais impulsos. Fique atento com o jeito de se expressar ou não deixar má

impressão com o que disser.

Cuide para dosar sua dedicação aos problemas das pessoas que tem mais convivência. É bom deixá-las

resolver assuntos sozinhas.

Cuide para que a ansiedade não faça intervir demais em assuntos de quem gosta, por melhor que

seja sua intenção.

Com a Lua em seu signo, sua postura detalhista e observadora estará acentuada em diversos assuntos. Evite

se exceder nas críticas.

Momento para superar receios em lidar com assuntos e sentimentos, especialmente na vida amorosa,

propensa a decisões importantes.

O envolvimento com grupos e mesmo a retomada de convívio com amizades será mais frequente

e algo que fará muito bem.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

O momento é de ponderação para

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

EU ACREDITO NO IBGE, NA DILMA E NO PAPAI NOEL!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Está no ar o Pânico no Jornal!

FRASE DA SEMANA! Está tão QUENTE aqui em São Paulo, que liguei para uma ex-namorada para ser tratado com FRIEZA.

ELEIÇÕES 2014! Saiu mais uma pesquisa do DataFolha. “QUEM VOCÊ PREFERE PEGAR?”Dilma: 1%. Marina: 3%. Dengue: 27%. Gripe: 69%. Eu prefiro pegar gripe! Ou como disse o meu cunhado: “Se eu ficasse sozinho com a Marina numa ilha deserta, eu ia preferir namo-rar o coqueiro!” O coqueiro é mais sensual!Aliás, a Marina é tão magra, mas tão magra que se espirrar, desidrata! E a Dilma Fiona? Um cara chegou perto da Dilma com um cigarrinho na mão e perguntou:”Tem fogo?” “Tenho sim.” “Então cospe, dragão!” 

E O OTÁRIO ELEITORAL? Festival de promessas absurdas! Todos os candidatos falam a mesma coisa: acabar com a violência, acabar com a corrupção, acabar com o trânsito. Já sei, não vai sobrar nada! Eles vão acabar com tudo! E ATENÇÃO! OLHA ESSA AMEAÇA! O Agnaldo Timóteo disse que, se não for eleito, vai voltar a cantar. O quêêê? Pelo amor de Deus, leitores, votem no Agnaldo!

E o meu vizinho quer fundar um novo partido: o PQP, Partido das Questões Populares. E um amigo quer fundar o PUTA: Partido Universal dos Trabalhadores Autônomos!

E POR FALAR EM ABSURDOS, VOCÊS VIRAM O ERRO DO IBGE?Eu acredito no IBGE, nas urnas eletrônicas e nas taxas de inflação divulgadas pelo governo. Ah...e no Papai Noel também!

PRA TERMINAR! Sabe qual a diferença entre a pomba, a mulher e o homem? A pomba é a paz. A mulher não tem paz na pomba! E o homem não deixa a pomba da mulher em paz! 

Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos! Direto da redação do Pânico na Band!

Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |15|◊◊

3ESPORTE

A Polônia é campeã mundial

Capitão da Polônia, Winiarski, beija a taça de campeão |IREK DOROZANSKI/REUTERS

Para delírio total de sua fa-nática e onipresente torci-da, a Polônia se sagrou on-tem, depois de 40 anos de jejum, campeã mundial de vôlei. A Seleção Brasileira masculina, por outro lado, ficou com o vice-campeona-to e deixou o sonho do te-tra para a próxima vez. A vitória dos poloneses ocor-reu de virada por 3 sets a 1 (18/25, 25/22, 25/23 e 25/22).

Com um primeiro set ar-rasador e confiante, tudo in-dicava que o roteiro do jogo seria diferente para o Brasil. A Polônia, contudo, disper-sou o nervosismo e voltou pa-ra a partida melhor, variando suas jogadas. Para cada pon-to brasileiro, havia um polo-nês, e assim foi até o momen-to em que eles abriram uma vantagem que chegou a ser de quatro pontos.

O “toma lá, dá cá”, per-meado por ralis emocionan-tes, terminava sempre nas mãos de Mika, o grande des-taque e maior pontuador do jogo, com 22 pontos anota-dos. Por parte do Brasil, Luca-relli estava afiado, ainda que falhasse em momentos de-cisivos, e o oposto Wallace também assumiu o comando do ataque. Os dois foram os maiores pontuadores da equi-pe, com 18 bolas no chão.

O Brasil errou muito quan-do não podia: desperdiçou saques e não conseguia en-caixar o bloqueio. Nem mes-mo Lipe, quando substituía Murilo para forçar o saque, conseguia debilitar o ataque polonês. A torcida vaiava, pressionava e, por fim, o gri-to da “Polska” prevaleceu.

Bernardinho desabafaEm entrevista ao SporTV, o técnico do Brasil, Bernardi-nho, comentou sobre possível “perseguição” da FIVB (Fede-ração Internacional de Vôlei). Segundo o treinador, um dos indícios disso sera a presença de árbitros que já haviam pre-judicado o Brasil na Liga Mun-dial -- na qual a seleção tam-bém ficou em segundo lugar. “Preocupa muito o futuro de vôlei brasileiro”, disparou, pa-ra em seguida admitir: “Per-demos porque eles jogaram mais bola, jogaram inteligen-temente”. METRO

Vôlei. Donos da casa vencem a Seleção Brasileira masculina, de virada, por 3 sets a 1

Fórmula 1

Lewis Hamilton

O piloto britânico da Mercedes Lewis Hamilton assumiu a

liderança do campeonato ontem após vencer o GP de Cingapura.

Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, ambos da RBR, completaram o pódio. O brasileiro Felipe Massa,

da Williams, foi o quinto.

2Jogadores do Brasil foram escolhidos para a seleção de melhores do Mundial, eleita pela FIVB: os ponteiros Lucarelli e Murilo

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

1Fla-Flu termina em empate. Placar do clássico foi de 1 a 1

Eduardo da Silva abriu o placar para o rubro-negro, mas Fred empatou para o time das Laranjeiras. METRO

2Sport vence o Coxa. Na Ilha do Retiro, Felipe Azevedo salva a noite

O jogador (foto), que é muito criticado pela torcida, fez o único gol. Time pernambucano vai a 35 pontos. METRO

3Vitória deixa o Z-4. Time bate o arquirrival Bahia de virada

Kieza abriu o placar para o rival, mas Kadu e Luiz Gus-tavo (foto) mudaram a história do.jogo METRO

4Grêmio bate a Chapecoense. Em casa, Tricolor gaúcho faz 1 a 0

Único gol da partida foi anotado pelo atacante Du-du. Equipe de Felipão atinge os 39 pontos. METRO

5Santos supera Figueirense. Na Vila, paulistas vencem por 3 a 1

Damião fez o 1º e Giovani Augusto empatou. Robinho (fo-to) recolocou time na frente e Lucas Lima ampliou. METRO

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Imagens 1 . JORGE RODRIGUES/ELEVEN/FOLHAPRESS 2 . CARLOS EZEQUIEL VANNONI / AG. JCM / FOTOARENA/FOLHAPRESS

3 . FELIPE OLIVEIRA/AGIF/FOLHAPRESS 4 . DIEGO VARA/AGÊNCIA RBS/FOLHAPRESS 5 . RICARDO SAIBUN/AGIF/FOLHAPRESS

Corinthians vence de virada

Fábio Santos, ao centro, anotou 2|EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

Foi a primeira visita do São Paulo ao Itaquerão. Não vai guardar boas lembranças: derrota por 3 a 2 para o Co-rinthians, que se consolidou no G-4 e brecou a caça do Tri-color ao Cruzeiro. Com dois de Fábio Santos, ambos de pênalti, e um de Guerrero, o Timão segue invicto no está-dio em clássicos. Souza e Ed-son Silva anotaram para os visitantes.

O Corinthians entrou dis-posto a pressionar o São Pau-lo, que mostrava dificulda-des na saída de bola. Mas não demorou até o vice-líder do

campeonato esfriar os âni-mos corintianos.

Em cobrança de falta de Kaká, Souza fez o primeiro. Antônio Carlos, contudo, co-meteu pênalti ao tocar a bola com a mão e Fábio Santos em-patou. Kaká, de novo, cobrou falta precisa para Edson Silva cabecear para as redes. Mas outro pênalti, que resultou na expulsão de Alvaro Pereira, devolveu as esperanças ao Ti-mão. Fábio Santos converteu.

Com um a mais, o Corin-thians buscou o resultado e Paolo Guerrero virou a par-tida. METRO

Palmeiras é esmagado pelo Goiás

Lúcio e Renato lamentam derrota | ADALBERTO MARQUES/AGIF/FOLHAPRESS

O Palmeiras não vai bem no Campeonato Brasileiro e is-to não chega a ser uma no-vidade. Ontem, contudo, o time teve todas as suas de-ficiências escancaradas: diante do nada espetacular Goiás, perdeu pelo placar impressionante de 6 a 0. Co-mo consequência, voltou a ocupar a lanterna.

O Goiás nem precisou de muito tempo para inau-gurar o massacre. Marcou o

primeiro com Ramon, aos seis minutos, e no intervalo já vencia por quatro. Em de-sempenho vexatório da de-fesa palmeirense, Esquerdi-nha, David e Erik tiveram a oportunidade de deixar os deles sem dificuldade.

No segundo tempo, o Goiás continuou impiedoso e Thiago Mendes ainda fez mais um. No último minu-to, Welinton Junior anotou mais um. METRO

O jovem Carlos, do Atléti-co-MG, viveu um dia espe-cial na carreira ontem: não só marcou dois gols, co-mo foi o principal nome da vitória do Galo contra o melhor time do Campeo-nato Brasileiro. Com um Mi-neirão lotado, o clássico con-tra o Cruzeiro, válido pela 23ª rodada, mexeu com os âni-mos dentro e fora de campo e terminou com o placar de 3 a 2 para os visitantes. A Rapo-sa sofreu sua primeira derro-ta em casa nesta temporada.

Nos primeiros minutos de jogo, tudo indicava que seria outro atropelamento celeste. Aos 37, contudo, tu-do mudou: em uma boa jo-gada do Galo, Emerson Con-ceição fez cruzamento pela esquerda que Luan ganhou de cabeça para o atacante

Carlos finalizar para o gol. Três minutos depois, Tardel-li ampliou.

Depois de uma parali-sação de três minutos por bombas jogadas pela torci-da do Galo, o Cruzeiro dimi-nuiu com Ricardo Goulart. Aos seis do segundo tempo, Allison empatou com um be-

líssimo gol de voleio.O jogo se incendiou e o

Galo se segurava como po-dia. Aos 37 minutos, Dago-berto fez tabela com Borges, e tocou na saída de Victor, mas viu a bola passar per-to da trave. Até que Carlos, aos 45 minutos, fez de cabe-ça seu segundo gol. METRO

Brasileirão. Líder do torneio perde por 3 a 2 para o rival Galo, mas conta com tropeço do São Paulo para manter diferença de 7 pontos

Jogadores disputam bola aérea | JOÃO GODINHO/O TEMPO/FUTURA PRESS

Cruzeiro perde, mas escapa de pressão na ponta

11Gols têm os atacantes do Cruzeiro Marcelo Moreno e Ricardo Goulart, artilheiros do Campeonato Brasileiro

Brasileirão 23ª rodada

ONTEM

1 X 1FLAMENGO FLUMINENSE

1 X 0SPORT CORITIBA

3 X 2CORINTHIANS SÃO PAULO

2 X 3CRUZEIRO ATLÉTICO-MG

2 X 1 VITÓRIA BAHIA

3 X 1SANTOS FIGUEIRENSE

1 X 0GRÊMIO CHAPECOENSE

6 X 0GOIÁS PALMEIRAS

CLASSIFICAÇÃOSÉRIE A

P V GP SG1º CRUZEIRO 49 15 47 23

2º SÃO PAULO 42 12 40 12

3º INTERNACIONAL 41 12 28 10

4º CORINTHIANS 40 10 29 13

5º GRÊMIO 39 11 19 5

6º ATLÉTICO-MG 37 10 30 6

7º FLUMINENSE 36 10 37 13

8º SPORT 35 10 21 -6

9º SANTOS 33 9 27 7

10º GOIÁS 30 8 23 0

11º FLAMENGO 30 8 20 -7

12º ATLÉTICO-PR 28 7 27 -3

13º FIGUEIRENSE 26 7 20 -13

14º VITÓRIA 24 6 24 -7

15º CHAPECOENSE 24 6 17 -9

16º BOTAFOGO 23 6 25 -4

17º CORITIBA 23 5 21 -1

18º BAHIA 23 5 19 -4

19º CRICIÚMA 23 5 12 -16

20º PALMEIRAS 22 6 18 -18

Classificados para a Libertadores Rebaixados para a Série B

SÁBADO

0 X 1ATLÉTICO-PR INTERNACIONAL

1 X 1CRICIÚMA BOTAFOGO