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INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE FUNORTE/SOEBRÁS MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA EM PACIENTES COM MIGRAÇÃO DENTÁRIA PATOLÓGICA FERNANDA LUZIA BERTI MENDONÇA Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Ortodontia FUNORTE/SOEBRÁS Núcleo Pouso Alegre ORTOPRESS, para obtenção do título de Especialização em Ortodontia. POUSO ALEGRE 2011

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INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE

FUNORTE/SOEBRÁS

MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA EM PACIENTES

COM MIGRAÇÃO DENTÁRIA PATOLÓGICA

FERNANDA LUZIA BERTI MENDONÇA

Monografia apresentada ao Programa

de Especialização em Ortodontia

FUNORTE/SOEBRÁS Núcleo Pouso

Alegre ORTOPRESS, para obtenção

do título de Especialização em

Ortodontia.

POUSO ALEGRE

2011

INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE

FUNORTE/SOEBRÁS

MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA EM PACIENTES

COM MIGRAÇÃO DENTÁRIA PATOLÓGICA

FERNANDA LUZIA BERTI MENDONÇA

Monografia apresentada ao Programa

de Especialização em Ortodontia

FUNORTE/SOEBRÁS Núcleo Pouso

Alegre ORTOPRESS, para obtenção

do título de Especialização em

Ortodontia.

ORIENTADORA:Professora Doutora

Ana Carla RaphaelliNahásScocate

POUSO ALEGRE

2011

Dedico a Deus, em Quem eu tudo

posso, pois é Ele Quem me

fortalece. Ao meu esposo,

Dulclércio Júnior, e em especial

minha filha NINA por me mostrar o

verdadeiro amor.TE AMO!!!

Agradeço a Deus por providenciar todas as coisas e me fortalecer

em todos os momentos.

Aos meus pais pela lição de amor e humildade, pela minha

formação moral e espiritual.

Ao meu esposo pela compreensão, paciência, amor; por me fazer

acreditar na minha capacidade infinita e por sonhar junto.

Às minhas irmãs e a toda nossa família pela torcida e

compreensão nos momentos em que estive ausente.

Aos colegas de curso: pela convivência maravilhosa durante o

curso e por fazerem deste curso algo muito especial.

À professora Ana Maria que para mim é um exemplo de

profissional e pessoa.Você sempre será muito especial.

Aos funcionários da ODONTOPRESS pela ajuda e pelo carinho

sem igual

Aos pacientes que permitiram nosso aprendizado.

A minha orientadora, Professora Doutora Ana Carla

RaphaelliNahásScocate, pela paciência e o carinho na

orientação.

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO .........................................................................................1

2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................4

3. PROPOSIÇÃO .......................................................................................22

4. DISCUSSÃO ..........................................................................................24

5. CONCLUSÃO .........................................................................................30

REFERÊNCIAS.......................................................................................33

RESUMO

O tratamento ortodôntico em pacientes com problemas periodontais

representa um desafio para os Ortodontistas. A perda de suporte ósseo pode

causar migrações dentárias, envolvendo um ou mais dentes, com a presença

de diastemas, tanto na região anterior como na posterior. Nesta situação, a

função, a estética e a saúde periodontal estão comumente prejudicadas, sendo

o tratamento integrado da Ortodontia com a Periodontia uma opção favorável

para a resolução dessas alterações. O sucesso deste tratamento depende de

uma condição favorável com ausência de inflamação, qualidade do suporte

ósseo, movimento dentário induzido adequado e força mecânica biológica. Este

trabalho tem como objetivo principal discorrer sobre alguns aspectos

importantes no tratamento ortodôntico de pacientes que apresentam migrações

dentárias patológicas, abordando as peculiaridades deste tratamento.

ABSTRACT

The orthodontic treatment in patients with periodontal problem is a

challenge for Orthodontists. The loss of bone support can cause tooth

migrations, involving one or more teeth, with the presence of diastemas at the

anterior and posterior areas. In this situation, the function, the aesthetics and

the periodontal health are often impaired and the integrated treatment of

Orthodontics and Periodontics is a favorable option for the resolution of these

changes. The success of this treatment depends on favorable conditions with

absence of inflammation, quality of bone support, adequate tooth movement

and biological applied force.This worck aims to report some important aspects

during the orthodontic treatment in patients with pathologic tooth migration,

addressing the peculiarities of this treatment.

1. INTRODUÇÃO

9

1 INTRODUÇÃO

A migração dentária patológica (MDP) é definida como uma mudança

de posição do dente que ocorre quando o equilíbrio entre os fatores que

mantêm a sua posição fisiológica dos dentes são comprometido pela doença

periodontal. Geralmente, esta migração ocasiona um problema estético,

necessitando, na maioria dos casos, de um tratamento integrado da

Periodontia com a Ortodontia.

A MDP é relativamente comum, podendo ser um dos sinais

preliminares da doença periodontal. Ocorre com maior frequência na região

anterior e pode atingir um ou mais dentes, os quais se movimentam em

qualquer direção, acompanhados, geralmente, por mobilidade e rotação. A sua

prevalência compreende pacientes com moderada a severa periodontite, com

desenvolvimento de diastemas, principalmente, entre os dentes anteriores

superiores. Os dentes comprometidos apresentam perda de inserção de modo

significante, não existindo associação com a idade.

Para os pacientes que apresentam problemas periodontais, devem-se

ter alguns cuidados como simplificação da mecânica, aplicação de forças

suaves (com a perda localizada do osso, o centro de resistência migra em

direção apical, aumentando a chance de movimentos de inclinação), intervalos

de ativação prolongados, além da eliminação da placa bacteriana e de bolsas

periodontais ativas. A movimentação dentária só pode ser iniciada com o

periodonto sadio, ainda que reduzido, acompanhado por higiene bucal

10

adequada por parte do paciente e raspagem e alisamento coronal radicular por

um Peridontista antes, durante e após a correção ortodôntica.

Em casos de migração dentária por problema periodontal, a função, a

estética e a saúde periodontal estão comumente prejudicadas, necessitando de

um tratamento integrado favorável para a resolução dessas alterações, em que

o Periodontista objetiva estacionar a progressão da doença periodontal e o

Ortodontista restabelecer a oclusão funcional e a estética.Uma abordagem

interdisciplinar para o tratamento da MDP, associada com uma estreita

supervisão de higiene bucal, resulta em uma significante melhora da saúde e

bem-estar do paciente.

11

2. REVISÃO DE LITERATURA

12

2 REVISÃO DE LITERATURA

Ross (1960) descreveu os tipos de movimentos dentários. O primeiro é o

movimento exógeno do dente, sendo o resultado de forças produzidas por um

mecanismo externo (hábito de morder objetos) ou aparelho ortodôntico. O

segundo movimento é o endógeno, que constitui da contínua erupção do dente,

migração devido a uma inerente fraqueza do ligamento de inserção do dente,

quer pela inerente fragilidade do ligamento de inserção, quer pelo movimento

adaptativo ao contato interproximal e atividade muscular. De acordo com o

autor, existem três padrões primários de movimento endógeno do dente:

erupção dentária fisiológica normal, migração dentária patológica e funcional. O

movimento adaptativo do dente é controlado pelo contato entre os dentes

adjacente e os dentes opostos, pela interação de vários componentes da

musculatura mastigatória, e pelo movimento da articulação temporo

mandibular, musculatura e dentes. O autor concluiu que o conhecimento de

vários movimentos adaptativos dos dentes é importante para a prática em

todos as fases da dentição.

Novamente prosseguindo seus estudos, Ross (1974) enfatizou a

importância da terapia periodontal, demonstrando casos que foram tratados

apenas por meio de raspagem supra e subgengival, remodelação coronária,

alisamento radicular, instruções de higiene bucal e cirurgia periodontal. O autor

relatou ainda que a distribuição de contatos oclusais simétricos reduz e/ou

elimina a mobilidade dentária, contribuindo com a estabilidade a longo prazo.

13

Martinez et al.,(em 1997), por meio de um estudo transversal, avaliaram

a prevalência da MDP no arco dentário superior anterior e seu relacionamento

com fatores predisponentes como perda óssea, perda dentária, inflamação

gengival, idade, parafunção, interposição lingual e hábitos orais. A amostra

constituiu de 852 pacientes periodontais com idade de dezenove a setenta e

dois anos. A perda óssea pareceu ser o mais importante fator envolvido na

MDP, podendo estar ou não em combinação com a perda dentária ou

inflamação gengival. Não houve associação significante da prevalência da

MDP com o evolver da idade, e a interposição lingual foi considerada um fator

importante no desenvolvimento desta patologia. Não foram encontradas

associações significantes com os hábitos parafuncionais (ex. bruxismo), bem

como, com os hábitos de morder objetos. O resultado deste estudo confirmou a

teoria de que a destruição do ligamento periodontal relacionado com a perda

óssea representa o mais relevante fator associado à MDP, seguida por perda

dentária e inflamação gengival. Contudo, os autores concluíram que um fator

isolado não deve ser associado à MDP.

Towfighi et al.,(1997) investigaram, por meio de um estudo clínico, a

prevalência e a etiologia da MDP em dentes anteriores. Foram estudados 343

pacientes com presença e ausência de migrações dentárias, apresentando

moderada a severa periodontite. Os resultados indicaram que a MDP foi

encontrada em quase um terço dos pacientes estudados e que os dentes

afetados apresentaram, de modo significante, mais perda de inserção em

relação a dentes sem migrações. Os autores puderam concluir que a perda de

inserção da doença periodontal é uma parte importante na etiologia da MDP.

14

Contudo, outros fatores, tais como hábito, interferência oclusal e inflamação,

podem causar migrações dentárias. Os autores enfatizaram que o diagnóstico

precoce e a prevenção da MDP podem conduzir para uma menor

complexidade e tempo de tratamento.

Janson et al., (1997), em uma revisão de literatura, descreveram alguns

aspectos que devem ser levados em consideração no tratamento de pacientes

com lesões periodontais generalizadas ou localizadas. De acordo com os

trabalhos avaliados, o momento mais indicado para se iniciar a movimentação

ortodôntica é após a redução da inflamação e também é necessário esperar de

quatro a seis meses de intervalo entre um tratamento e outro para a avaliação

da motivação do paciente e se os hábitos de higienização se apresentam

adequados. Em relação à reabsorção e aposição óssea, nos casos em que há

perda de suporte ósseo, o organismo responde da mesma maneira, desde que

o osso remanescente esteja sadio, concluindo que o importante é a qualidade e

não a quantidade do osso que determina o sucesso da terapia ortodôntica. O

que determina a posição final dos dentes é a pressão causada por língua,

lábios e bochechas em suas posições de repouso, sendo que, quando o

periodonto está comprometido, estas forças não mais são contrabalanceadas e

os dentes iniciam processo de migração. Este desequilíbrio é caracterizado

pelo deslocamento do centro de resistência do dente mais para apical,

consequente da perda óssea. Neste caso, deve-se realizar a contenção

definitiva desses elementos dentários com a finalidade de preservar a

estabilidade dos mesmos nas novas posições, pois a perda óssea persiste

após a movimentação dentária.

15

Melsen et al., (1988) avaliaram a reação tecidual na intrusão ortodôntica

de dentes com periodonto reduzido, e a influência da higiene bucal nesta

reação. Mostraram que novo cemento e colágeno foram formados, por meio de

procedimentos cirúrgicos, quando da manutenção da higiene bucal. Afirmaram

também que o tratamento ortodôntico não potencializa a inflamação gengival

ou perda óssea marginal, mas possui um efeito benéfico nas condições

periodontais, melhorando as possibilidades de higiene por parte do paciente e

distribuição adequada das forças oclusais. De acordo com o estudo, o

resultado obtido foi decorrente da combinação do tratamento periodontal

associado à intrusão ortodôntica, obtendo saúde periodontal, desde que o

sistema de forças e a higiene bucal estejam controlados.

Gaumet et al., (1999) investigaram o reposicionamento espontâneo da

migração patológica dos dentes após a terapia convencional (sondagem,

raspagem e instruções de higiene bucal) e cirúrgica (raspagem em campo

aberto) em pacientes que apresentavam moderada ou severa doença

periodontal. O tratamento inicial consistiu de alisamento radicular, extração de

dentes perdidos, ajuste oclusal e instruções de higiene bucal. Os pacientes

foram reavaliados seis semanas após o término da última raspagem, e

adicional ajuste oclusal foi realizado quando necessário. Pacientes em que

foram realizados os procedimentos cirúrgicos foram avaliados toda semana,

por um mês. Quatro meses após o tratamento cirúrgico, 51,5% de todos os

diastemas foram fechados. Em 8,2% foram parcialmente reduzidos,

correspondendo a 69,7% de resposta positiva à terapia. Quando pequena a

moderada migração foi considerada, o sucesso foi de 77,8%. Os autores

16

concluíram que o restabelecimento do equilíbrio normal de ação de forças

sobre as raízes dos dentes por meio da terapia periodontal é suficiente para

que os dentes se reposicionem.

Segundo Melsen,em entrevista (Peloso et al.2000), para o tratamento

ortodôntico produzir resultados benéficos, é absolutamente necessária uma

condição periodontal sadia e que nenhuma bolsa patológica esteja presente,

além da necessidade da utilização de forças baixas, de 10 a 15g por raiz,

sendo o mais próximo possível do longo eixo de cada dente. Em relação à

contenção pós-tratamento ortodôntico, a autora enfatizou a importância da

contenção biológica em pacientes adultos, sendo esta a manutenção do

periodonto sadio, bem como, da contenção mecânica, por meio de uma

contenção fixa colada.

De acordo com Harfin,em entrevista ( Pinto,A.S et al.2000), os

benefícios de um tratamento ortodôntico, em pacientes com comprometimento

periodontal, são a manutenção e a melhora da saúde periodontal, pois uma

posição correta dos dentes permite um melhor controle da placa

dentobacteriana e o fechamento de diastemas contribui não só para uma

melhor estética, mas também para alcançar uma boa reparação óssea. A

autora enfatizou que, durante o tratamento ortodôntico, deve-se realizar um

controle periodontal a cada trinta, sessenta ou noventa dias. Caso ocorra

reativação de alguma bolsa periodontal, deve-se suspender o tratamento

ortodôntico para evitar um aumento da perda óssea, pois não se pode realizar

movimentos ortodônticos na presença de inflamação. Por isso da necessidade

do contínuo controle periodontal antes, durante e após o tratamento

17

ortodôntico, ou seja, durante toda vida do paciente. A autora aconselhou o uso

de forças mais suaves e contínuas e a colocação de contenção fixa

permanente em situações de periodonto de inserção reduzido.

Nahás et al., (2000), baseados em uma revisão de literatura, definiram a

recessão gengival em verdadeira, quando a gengiva marginal encontra-se

apicalmente em relação à junção cemento-esmalte e em pseudo-recessão,

quando do posicionamento da gengiva marginal mais para apical em relação

aos dentes vizinhos. A prevalência de recessão gengival varia com a idade e o

grupo étnico. Os incisivos centrais inferiores são mais susceptíveis pelo fato de

que o osso vestibular destes dentes se apresenta fino. A incidência é maior nos

adolescentes pela falta de conscientização. De acordo com os autores, a causa

da recessão gengival é multifatorial e pode-se dividir em dois grupos

etiológicos: o da placa induzida (doença periodontal inflamatória) e o da não

placa induzida (envelhecimento, desenvolvimento de anormalidades

anatômicas, alinhamento dentário deficiente, oclusão traumática e os traumas

mecânicos como escovação e, especialmente, a movimentação ortodôntica). A

avaliação clínica da condição periodontal do paciente a ser submetido ao

tratamento ortodôntico deve ser realizada por uma íntima colaboração entre o

Ortodontista e o Periodontista, estabelecendo um efetivo programa de

manutenção periodontal e assegurar danos mínimos aos tecidos durante a

terapia ortodôntica. Existem atualmente dois tipos de tratamento na prevenção

das recessões gengivais: tratamento conservativo com controle rigoroso e

adequado da placa bacteriana e cirurgia mucogengival, que consiste em

aumentar a quantidade de gengiva por meio de procedimentos de enxerto

18

gengival anterior ao início da terapia ortodôntica. O resultado com sucesso do

tratamento ortodôntico em longo ou em curto prazo será influenciado pela

condição periodontal do paciente antes, durante e após o período ativo. O

controle da placa bacteriana e a ausência de inflamações gengivais, bem como

as cirurgias de aumento do tecido gengival regem primariamente o prognóstico

completo dos casos ortodonticamente tratados.

CapelozaFilho et al., (2001) relataram que o tratamento ortodôntico de

pacientes adultos deve utilizar uma abordagem direcionada para eliminar a

queixa do paciente e estabelecer uma relação oclusal fisiológica, limitando-se

às regiões da arcada dentária com algum comprometimento estético ou

funcional. Um dos recursos utilizados é o desgaste de dentes anteriores,

substituindo, em muitos casos, as exodontias de dentes permanentes, o que

permite a eliminação do apinhamento e da protrusão dentária. O tratamento

ortodôntico em pacientes adultos que apresentam discrepâncias esqueléticas

deve ser o mais conservador possível, por não contar com a capacidade

adaptativa do crescimento. Estes pacientes devem ser bem esclarecidos

quanto às reais possibilidades e limitações do tratamento, pois apresentam

grandes expectativas e maior risco de frustração com o resultado final do

mesmo. No entanto, oferecem uma excelente cooperação durante o

tratamento. O paciente adulto apresenta a vitalidade do ligamento periodontal

reduzido devido a menor velocidade das mitoses celulares. Essa menor

atividade periodontal influencia não só o movimento ortodôntico como também

a estabilidade pós-tratamento. É muito comum pacientes adultos apresentarem

interferências oclusais devido a perda óssea ou de estruturas dentárias. Vale

19

lembrar que a reabsorção óssea é a mesma em qualquer idade, enquanto que

aposição óssea reduz com a idade. Adicionalmente, com a perda localizada do

osso, o centro de resistência se move apicalmente e o movimento de inclinação

substitui o esperado movimento de corpo. Paciente ortodôntico com

comprometimento periodontal necessita de contenção prolongada e

acompanhamento durante e após a fase ativa do tratamento. Conclui-se que

todo esforço deve ser feito para reduzir o tempo de tratamento desses

pacientes, com o objetivo de aumentar a satisfação do mesmo com a

abordagem realizada.

Bulgarelli e Ferreira (2002) mostraram a relação entre o tratamento

ortodôntico e o controle periodontal com relação à migração de dentes,

relatando dois casos de intrusão ortodôntica de incisivos superiores. O relato

do primeiro caso foi de uma paciente de 42 anos de idade com uma extrusão

patológica do dente 11 (incisivo central superior direito) e retração gengival dos

dentes 21 (incisivo central superior esquerdo) e 23 (canino superior esquerdo).

Radiograficamente, mostrou-se perda óssea alveolar vertical nos incisivos

superiores. Foi estabelecido um tratamento interdisciplinar ortodôntico com

intrusão e verticalização e também tratamento periodontal, que consistiu em

raspagem de raiz duas vezes ao ano e enxágue bucal diário. No segundo caso,

a paciente de 40 anos de idade apresentou-se com migração do dente 21,

diastemas entre os dentes superiores anteriores, retração gengival nos

incisivos superiores e pequena extrusão do dente 11. Na análise radiográfica,

observou-se perda óssea horizontal. Os autores mostraram que as perdas de

inserção periodontal e de suporte ósseo ocorreram durante a migração

20

patológica e extrusão dos incisivos superiores, podendo isto ser controlado

com o tratamento periodontal antes e durante uma intrusão ortodôntica.

Concluíram que a intrusão ortodôntica é boa ferramenta no tratamento das

migrações dentárias patológicas, necessitando ser acompanhada por um

tratamento periodontal antes, durante e após a correção ortodôntica. A

Ortodontia e a Periodontia se complementam mutuamente.

Segundo Menezes et al.,(2003), o sucesso do tratamento ortodôntico em

pacientes adultos, com periodonto reduzido, depende da saúde e integridade

dos tecidos periodontais adjacentes e da cooperação interdisciplinar de

diferentes especialidades odontológicas. Em pacientes que apresentam doença

periodontal, deve-se iniciar o tratamento de eliminação da placa e das bolsas

gengivais profundas, podendo, em algumas áreas, necessitar de tratamento

cirúrgico periodontal antes do início do tratamento ortodôntico. Além disso,

alguns cuidados devem ser tomados em pacientes adultos como: execução de

tratamento que não envolvam grandes movimentações dentárias, utilização de

forças intermitentes dentro de limites biológicos e realização de consultas

frequentes com o Periodontista, devendo priorizar a utilização de bráquetes

colados, evitando excesso de resina, e o emprego de amarrilhos metálicos em

substituição dos elásticos para facilitar a higienização e reduzir o acúmulo de

placa ao redor dos acessórios. Relataram que mudanças de posições,

migrações, extrusões, inclinações e perdas dentárias podem se beneficiar da

Ortodontia como tratamento da terapia periodontal, pois o realinhamento

ortodôntico dos dentes restabelece a oclusão, a estética e o conforto na

mastigação, além de ser um fator estimulador da aposição óssea. Concluíram

21

que a comunicação entre a Periodontia e a Ortodontia deve ocorrer antes,

durante e após o tratamento ortodôntico em paciente com suscetibilidade para

desenvolver doença periodontal. Desta forma, estes pacientes não devem ser

submetidos à terapia ortodôntica até que uma condição de saúde dos tecidos

de suporte esteja estabelecida para que o problema não seja agravado.

Costa et al., (2004), em uma revisão de literatura definiram a MDP como

umamudança de posição dentária que ocorre quando o equilíbrio entre fatores

que mantêm a posição fisiológica dos dentes é comprometido pela

doençaperiodontal, ocasionando geralmente um problema estético e

necessitando, namaioria dos casos, de um tratamento integrado envolvendo

Periodontia eOrtodontia. A MDP é relativamente comum, podendo ser um dos

sinaispreliminares da doença, ocorrendo com maior frequência na região

anterior.Pode atingir um ou mais dentes, os quais se movem em qualquer

direção,acompanhados geralmente por mobilidade e rotação. A etiologia da

MDP podeincluir perda de periodonto de inserção (principal etiologia, pois

forças oclusaisnormais se tornam excessivas para dente com perda de tecido

de suporte,determinando sua migração), fatores oclusais, hábitos (interposição

lingual,sucção e hábito de manter objetos constantemente na boca), pressão

do tecidoinflamatório, perda de dentes posteriores, freio labial e hiperplasia

gengival pormedicamentos. Em relação ao tratamento, demonstraram que, em

algunscasos, de grau leve e moderado, a terapia periodontal cirúrgica e não-

cirúrgicatem a capacidade de promover uma correção espontânea da MDP,

além doajusteoclusal, quando necessário. Nos casos mais avançados,

22

necessita-se deintervenção ortodôntica adicional, a qual deve ser introduzida

após areavaliação e confirmação do sucesso da terapia periodontal, pois

ocomponente inflamatório deve estar controlado no momento da

movimentaçãoortodôntica. Espera-se que a compreensão desta condição

facilite odiagnóstico precoce, contribuindo para diminuição da complexidade e

do tempode tratamento.

No mesmo ano, Costa et al, avaliaram as condições clínicas

periodontais de dentes anteriores com migração dentária patológica (MDP) em

pacientes com periodontite crônica generalizada e compararam a severidade

de destruição periodontal entre dentes migrados e não-migrados. Foram

avaliados trinta e dois pacientes, de ambos os sexos, com idade média de 46,0

anos, com perda clinica de inserção em dentes anteriores e presença de algum

tipo de MDP, tais como: vestibularização, diastema, inclinação proximal,

giroversão ou extrusão. Os parâmetros avaliados foram a perda clínica de

inserção e o percentual de perda óssea radiográfica. Os resultados mostraram

em 115 dentes selecionados, uma perda de inserção de 5,50 mm e uma perda

óssea de 41,90% do comprimento radicular. Os tipos mais freqüentes de

migração foram vestibularização com 34,80% e presença de diastema com

27,00%, a extrusão foi a menos freqüente com 4,30%. Maiores valores de

perda óssea e perda de inserção foram registrados nos dentes com extrusão

(59,44% e 8,42 mm) e vestibularização (45,17% e 6,07 mm). Constatou-se que

os dentes anteriores com migração dentária patológica apresentaram maior

perda de inserção e perda óssea (5,1mm e 40%) quando comparados aos não-

23

migrados (4,1mm e 31%). Concluíram portanto, que o tipo de MDP mais

prevalente foi a vestibularização associados a maiores níveis de perda óssea,e

que foi encontrado maior porcentagem de perda óssea e perda de inserção em

dentes anteriores com mdp quando comparado aos dentes sem migração.

Sato, Wjiie e Ito (2004) descreveram um caso clínico em que ocorreu

espontânea correção da MDP e a redução da bolsa infra-óssea após a terapia

periodontal não cirúrgica. Baseados em observações clínicas, diversos fatores

etiológicos têm sido relacionados com a MDP, tais como perda de inserção,

inflamação, fatores oclusais, hábitos orais e perda de dente sem substituição.

O mecanismo de espontâneo reposicionamento da migração dos dentes após

a terapia convencional é devido a alguns fatores: o controle de bactérias

infecciosas elimina o efeito destrutivo inflamatório; a diminuição das células

inflamatórias nos tecidos moles reduz o eritema e a hiperplasia desses tecidos;

como a lesão periodontal foi curada e as fibras colágenas saudáveis foram

substituídas, o dente retorna para a posição original; e a eliminação da força

oclusal anormal auxilia na reformulação de colágeno das fibras gengivais. De

acordo com os autores, a ausência de inflamação e a remoção de forças

oclusais anormais favorecem o reposicionamento dentário, com redução na

profundidade de sondagem e melhora da qualidade óssea.

Kokich,em entrevista (Lenza,M.A et al.2004), em uma entrevista, relatou

alguns benefícios de se tratar ortodonticamente pacientes com problemas

periodontais: o alinhamento dos dentes permite um melhor acesso para

higienização adequada; o reposicionamento ortodôntico vertical de alguns

24

dentes melhora certos tipos de defeitos ósseos em pacientes com

envolvimento periodontal, eliminando a necessidade de uma cirurgia

periodontal com remoção de tecido ósseo; e a ortodontia melhora a estética da

gengiva marginal antes da odontologia restauradora. De acordo com o autor, a

abordagem em relação ao paciente com perda óssea horizontal depende da

localização desta perda, da quantidade de osso remanescente para suportar a

raiz e coroa e da habilidade do paciente em manter os dentes sem placa. Na

região de molar, deve-se avaliar juntamente com o Periodontista se o dente

com perda óssea deve ser mantido ou substituído por implantes. Na região

anterior superior, onde a estética é mais afetada, prefere-se manter os dentes

com o auxílio de uma manutenção periódica de rotina. Já na região anterior

inferior, desgastes seletivos das bordas iniciais melhorariam a proporção

coroa/raiz sem afetar a estética. O autor declarou que os maiores

comprometimentos no tratamento ortodôntico de adultos acontecem em

pacientes com problemas periodontais na fase ativa da doença que não

estejam sendo supervisionados pelo Periodontista e que defeitos ósseos de

uma ou duas paredes são passíveis de melhora com extrusão ortodôntica,

devendo a movimentação dentária ser realizada de forma lenta e sem

inflamação no local.

Harfin (2004) relatou vários casos clínicos que confirmaram ser possível

realizar movimentos ortodônticos em pacientes que apresentam uma moderada

ou severa perda de inserção, sempre que se realize um contínuo

monitoramento periodontal antes, durante e após o tratamento ortodôntico. A

perda óssea e a migração apical do epitélio de inserção, que se produz na

25

periodontite, são irreversíveis e sua causa é multifatorial, podendo ser

associada ao estresse, enfermidades sistêmicas (pacientes portadores de

diabetes mellitus, transplantados etc.) e fatores genéticos. Sugeriu uma terapia

periodontal básica, com raspagem e alisamento radicular, além do controle de

nível de placa antes de se iniciar a movimentação ortodôntica.Recomendou um

período de espera de três a quatro meses para reavaliar o progresso do caso

clínico. Segundo a autora, devem-se manter os arcos de finalização por um

período de três meses para permitir a normalização do periodonto de inserção,

e o plano de contenção deve incluir a colocação de uma contenção fixa, com

fio espiral flexível. Na fase pós-tratamento, ratifica a restituição da integridade

da papila interdentária, considerando sua forma, cor e textura. Com relação à

terapia ortodôntica em pacientes com problemas periodontais, quanto menos

forem utilizados elementos que retenham a placa bacteriana, realizando

ativações em períodos mais prolongados e com bom controle da quantidade de

força em relação à quantidade de periodonto de inserção, melhores os

resultados. Concluiu-se que é possível realizar todo tipo de movimentação

ortodôntica em pacientes que se apresentem sadios, ainda que com o

periodonto de inserção reduzido, e que o sucesso do tratamento é um trabalho

multidisciplinar a longo prazo, envolvendo o Periodontista, o Protesista, e o

Implantodontista.

Valle-Corotti et al., (2005) afirmaram que o tratamento ortodôntico em

pacientes com doença periodontal só pode ser realizado desde que alguns

fatores importantes sejam considerados. De acordo com os autores, a

inflamação é um dos fatores etiológicos da má oclusão, provocando uma

26

reabsorção no periodonto de sustentação, comprometendo a sustentação de

um ou mais dentes, produzindo um desequilíbrio entre as forças da língua e

dos lábios e, consequentemente, desencadeando a migração dos dentes

envolvidos. Afirmaram que o movimento dentário só pode ser iniciado com o

periodonto sadio, ainda que reduzido, acompanhado por instrução de higiene

bucal, raspagem e alisamento radicular, em campo aberto ou fechado.

Recomendaram, ainda, a espera de quatro a seis meses de intervalo para

iniciar a terapia ortodôntica, com o objetivo de assegurar se o paciente

apresenta hábitos de higiene adequados. Devido à redução de suporte ósseo,

a movimentação dentária deve ser realizada com forças suaves, com

intensidade inferior a utilizada em pacientes com periodonto íntegro, pois a

reabsorção óssea causa alteração na posição do centro de resistência do

dente, que migra em direção apical e, quanto maior a distância entre o ponto

de aplicação de força e o centro de resistência, maior tendência à inclinação.

Os autores recomendaram o controle com o Periodontista a cada três meses e

a realização de contenção definitiva dos elementos dentários, uma vez que a

perda óssea ainda persiste. Concluiram que, em casos com perdas ósseas, a

função, a estética e a saúde periodontal estão comumente prejudicadas e o

tratamento integrado entre a Ortodontia e Periodontia é uma opção favorável

para a resolução destas alterações.

De acordo com Ferreira et al.,(2005), a possibilidade de tratamento

dentário no paciente adulto depende das condições de saúde dentária,

gengival e de osso de suporte. As principais queixas dos pacientes com MDP

são os movimentos vestibular e extrusivo dos incisivos superiores e a abertura

27

de diastemas múltiplos entre os dentes anteriores, com prejuízo estético ao

sorriso. O paciente adulto sadio, sem perda óssea periodontal, é tratado de

maneira semelhante ao tratamento de jovem e adolescente, com exceção dos

movimentos de raiz, que ocorre mais lentamente no adulto. Contrariamente, os

dentes com comprometimento do suporte periodontal apresentam o centro de

resistência localizado mais apicalmente e, com isto, as forças aplicadas no

nível da coroa criam um movimento de inclinação maior. Para os pacientes que

apresentam problemas periodontais, são necessários alguns cuidados como

simplificação da mecânica, aplicação de forças suaves e intervalos de ativação

prolongados, além da eliminação da placa bacteriana e bolsas periodontais

ativas. Os autores salientaram que além de uma rigorosa terapia pré-

ortodôntica, o paciente necessita visitar seu Periodontista durante o tratamento

ortodôntico, numa periodicidade que varia de um a três meses, e que a

conscientização por parte do paciente quanto à higienização bucal é essencial

para o controle da inflamação. Os autores concluíram que soluções integradas

são necessárias em pacientes adultos: oPeriodontista estaciona a progressão

da doença periodontal, o Ortodontista restabelece a estética e a função oclusal,

e o Implantodontista e o Protesistareabilitamo paciente.

Maeda et al., (2005) relataram uma abordagem interdisciplinar, incluindo

terapia periodontal regenerativa, reabilitação protética e tratamento ortodôntico

no tratamento da MDP em decorrência da periodontite agressiva localizada, em

uma paciente com 27 anos e quatro meses de idade. De acordo com os

autores, o efetivo tratamento ortodôntico para pacientes com doença

periodontal é acompanhado pela eliminação de fatores inflamatórios, instrução

28

de higiene bucal e alteração dos fatores oclusais durante o alinhamento dos

dentes, além da estética ser melhorada pela retração dos dentes anteriores e

pelo fechamento normal dos lábios. As forças ortodônticas aplicadas devem ser

suaves, devido ao fato de os dentes se movimentarem facilmente. Raspagem,

alisamento radicular e terapia regenerativa periodontal foram aplicadasdurante

o tratamento, com um estreito programa de higiene bucal, incluindo escovação

e enxágues bucais, acompanhados de limpeza profissional a cada dois meses.

Concluiu-se, portanto, que uma abordagem interdisciplinar para o tratamento

da MDP, associada a uma estreita supervisão de higiene bucal, resulta em uma

significante melhora na função, estética e saúde do paciente.

Brunsvold, (2005) baseado em uma revisão de literatura, avaliou a

prevalência, a etiologia, o tratamento e a prevenção da MDP. Por influenciar a

auto-estima do paciente, a MDP faz com que esta seja a causa mais frequente

da procura pelo tratamento periodontal. A MDP é mais prevalente em pacientes

com moderada a severa periodontite, com desenvolvimento de diastemas entre

os dentes anteriores superiores. Os possíveis fatores etiológicos são:

destruição dos tecidos de suporte periodontal; mordida cruzada posterior;

integridade do arco quando o contato interproximal é perdido; maloclusão de

Classe II; interferência oclusal; componente anterior de força; padrão protrusivo

de mastigação; bruxismo; encurtamento do arco dental; pressão de tecidos

moles da língua, bochechas e lábios; inflamação periodontal e periapical;

forças extrusivas e hábitos bucais. O tratamento para esta patologia, de acordo

com os trabalhos avaliados, pode envolver terapia ortodôntica, tratamento não-

cirúrgico, tratamento cirúrgico periodontal e tratamento protético. O autor

29

concluiu que o controle da doença periodontal, o tratamento dos fatores

oclusais e o diagnóstico precoce da MDP são importantes na prevenção, e que

a migração pode ser reversível somente com o tratamento periodontal.

Calheiros et al.,(2005) relataram um caso clínico referente a uma

paciente do gênero feminino de 46 anos de idade necessitando de um

tratamento multidisciplinar antes da reabilitação protética. Inicialmente, foram

realizadas extrações de dentes comprometidos e terapia periodontal. Em

seguida, solicitou-se a Ortodontia para a correção de um diastema e intrusão

dos dentes 21(incisivo central superior esquerdo) e 22 (incisivo lateral superior

esquerdo). Foi planejada uma barra transpalatina unindo o elemento

17(segundo molar superior direito) ao 26 (primeiro molar superior esquerdo).

Os elementos 23 (canino superior esquerdo), 11 (incisivo central superior

direito), 12(incisivo lateral superior direito) e 13 (canino superior direito) foram

unidos por uma barra. Após a ancoragem dos dois blocos, iniciou-se a

movimentação ortodôntica. As ativações foram realizadas com intervalo de 30

dias entre elas e com forças bastante suaves. Os autores não observaram

nenhuma mobilidade anormal dos incisivos central e lateral intruídos. Ambos se

apresentavam com vitalidade e sem reabsorção radicular, ao final do

movimento. Radiograficamente, observaram que não houve ganho ósseo

significativo. Embasado clínica e cientificamente, acredita-se que é possível o

tratamento ortodôntico em casos em que problemas periodontais e perdas de

vários elementos dentários estão presentes. Contudo, o plano de tratamento

deve ser multidisciplinar. Para o sucesso do tratamento ortodôntico sem dano

30

ao paciente, a Periodontia deverá se apresentar totalmente controlada, com um

eficiente sistema de ancoragem e aplicação de forças suaves e intermitentes.

Cirelli et al.,(2006) relataram um caso clínico demonstrando a

combinação entre a Periodontia, a Ortodontia e a Dentística restauradora no

tratamento da migração patológica do incisivo central superior causada por

periodontite severa. A paciente, com trinta e seis anos de idade, relatou ter

problema periodontal e que os espaços entre os dentes apareceram nos

últimos cinco anos e estavam aumentando com o passar do tempo.

Inicialmente, realizou-se nesta paciente o tratamento periodontal com

raspagem subgengival e intensivas instruções de higiene bucal. O tratamento

ortodôntico foi indicado para melhorar a posição dos dentes, bem como o

tratamento restaurador com resina para melhorar a estética. Os autores

verificaram que somente com o tratamento periodontal não houve movimento

espontâneo e, por isso, foi necessária a complementação com as outras

técnicas. Também foi observada redução do defeito intraósseo após o

tratamento ortodôntico. Em conclusão, o primeiro passo para o sucesso do

tratamento do diastema anterior é determinar o fator etiológico e o plano de

tratamento. Ressaltou-se que a manutenção do tratamento da MDP depende

da contínua preservação da saúde periodontal.

Alves e Souza (2006) descreveram as condutas clínicas realizadas em

um paciente ortodôntico com hiperplasia gengival. O paciente R.S., do gênero

masculino, aos 13 anos de idade, apresentou-se para tratamento ortodôntico.

Relatava hábito de respiração bucal. A higiene bucal era deficiente e mostrava

sinais de aumento do tecido gengival. Foi instalado no paciente, aparelho fixo

31

convencional para correção da maloclusão, encaminhamento para

fonoaudióloga e motivação para que o paciente melhorasse sua higiene bucal.

Extrações dentárias foram realizadas a fim de resolver discrepâncias nos arcos

dentários. Após um ano da instalação do aparelho, foi decidido interromper a

mecânica para restabelecimento dos tecidos periodontais, realizando

procedimentos cirúrgicos para remoção de excessos teciduais. Após trinta dias,

recomendou-se a aplicação tópica profissional de clorexidina gel 1%, para o

controle microbiológico. Após o tratamento com o Periodontista, o paciente foi

liberado para que o tratamento ortodôntico fosse reiniciado. Embasados nestas

condutas clínicas, os autores preferem a remoção do tecido hiperplasiado e

controle intenso da placa bacteriana supra e subgengival, por meio da

aplicação de clorexidina gel 1%. Mostraram que, por meio da integração entre

Ortodontia e Periodontia, a eficácia das condutas clínicas realizadas no

paciente ortodôntico com hiperplasia gengival, com respeito à promoção de

saúde periodontal, tem maior compatibilidade para aplicação de forças e

respostas dos tecidos de suporte dentário.

Ferreira (2006) relatou que, para que o tratamento ortodôntico seja

efetivo e estável, uma abordagem multidisciplinar é necessária, pois não basta

apenas a correção do problema morfológico. O crescente número de pacientes

adultos que procuram o Ortodontista tornou mais evidente a atuação

multidisciplinar, de forma que é praticamente impossível o trabalho do mesmo

sem o frequente apoio do Periodontista. É comum os especialistas se reunirem

para avaliar e decidir se vão tratar antes, durante ou depois de colocar o

aparelho, quais movimentações dentárias são mais favoráveis para reabilitação

32

oclusal e como fazer a manutenção da integridade periodontal. O importante é

estar ciente das limitações do tratamento em adultos, por apresentarem

problemas periodontais. Da mesma forma, a integração do profissional de

Disfunção temporoMandibular (DTM), da Implantodontia e de outras

especialidades também beneficia o tratamento ortodôntico. O autor afirma que,

antes de iniciar a movimentação dentária, é necessário promover a redução da

inflamação. O tratamento ortodôntico também pode funcionar no tratamento

periodontal por meio da correção de apinhamentos dentários, inclinações e

rotações, facilitando a higiene bucal e distribuindo melhor as forças pelas

estruturas de suporte. Concluiu que a multidisciplinaridade, incluindo a área da

saúde como Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia e Serviço social, acarreta

benefícios tanto para o profissional quanto para o paciente.

Brooks J.K; Tiwary R.(2006) definiram a MDP como um processo de

deslocamento dentário devido a um distúrbio na força fisiológica responsável

pelo posicionamento normal dos dentes. De causa multifatorial, a migração

está diretamente relacionada ao número de dentes perdidos e à inflamação

gengival. Alguns fatores adicionais podem atuar como importante papel na

MDP: bruxismo; pressão atípica da língua; hábito de sucção; repetitivos hábitos

de morder objetos duros; uso de instrumentos de sopro;

maloclusãoeiatrogenias por parte doCirurgião-dentista; e a proliferação de

vários cistos odontogênicos e tumores.

De acordo com Branco et al.,(2010) a MDP é uma mudança no

posicionamento dos dentes com extrusões e inclinações dentárias,

acompanhada de diastema localizado ou abertura de espaços generalizados,

33

tendo como fator principal causal a perda óssea, podendo também incluir

fatores oclusais traumáticos, hábitos bucais, pressão atípica da língua e lábios,

entre outros. Como a função, a estética e a saúde periodontal destes pacientes

se encontram prejudicadas, a integração entre a Ortodontia e Periodontia é

importante para o sucesso do tratamento. Antes de se iniciar o tratamento

ortodôntico, deve-se realizar a raspagem e o alisamento radicular, a fim de se

criar um periodonto saudável, livre de doença inflamatória ativa. Recomenda-

se, ainda, a espera de quatro a seis meses de intervalo entre um tratamento e

outro para assegurar que os tecidos estejam sadios e avaliar a motivação do

paciente. Adicionalmente, pode haver a necessidade de alguns procedimentos

cirúrgicos antes da intervenção ortodôntica em alguns casos mais específicos.

Durante o tratamento ortodôntico devem ser realizados controles periódicos

com o Periodontista, em intervalo de três a quatro meses para a manutenção

da saúde periodontal, prosseguindo após a finalização do tratamento durante

toda vida do paciente. A contenção definitiva, a esplintagem dentária, tem

como objetivo eliminar o trauma oclusal secundário que está relacionado com a

perda óssea, consequente da doença periodontal. Os autores afirmaram que,

ao final do tratamento ortodôntico, o nível ósseo deve ser mantido, com o

paciente consciente e apresentando uma boa saúde bucal, e concluíram que é

possível realizar o tratamento ortodôntico em pacientes com MDP, desde que

haja uma integração entre as especialidades Ortodontia e Periodontia.

34

3. PROPOSIÇÃO

35

3 PROPOSIÇÃO

Este trabalho se propôs revisar a literatura sobre a migração dentária

patológica e o seu tratamento.

36

4. DISCUSSÃO

37

4 DISCUSSÃO

Define-se a Migração dentária patológica (MDP) como uma mudança

de posição dentária que ocorre quando o equilíbrio entre os fatores que

mantêm a sua posição fisiológica é comprometido pela doença periodontal,

ocasionando um problema estético. Esta alteração patológica pode estar

relacionada com a perda de inserção periodontal, perda dentária, inflamação

gengival, fatores oclusais, desequilíbrio entre as forças da língua e dos lábios,

bruxismo, e hábitos orais de sucção e deletérios, como morder objetos e uso

de instrumentos de sopro. A maioria dos estudos conclui que a destruição do

ligamento periodontal, relacionada com a perda óssea, é o fator mais

importante no desenvolvimento da MDP, seguida da perda dentária e da

inflamação gengival (MARTINEZ et al 1997; BRANCO et al 2010,

BRUNSVOLD 2005, BROOKS et al 2006, COSTA et al 2004, MARTINEZ et al

1997 e SATO,WJIIE e ITO 2004 ).

De acordo com Towfighietal (1997), a prevalência da MDP ocorre

principalmente em pacientes que apresentam periodontite de moderada à

severa. Como consequência da perda de inserção do dente afetado, a

migração dentária é ocorrida e diastemas, entre os dentes anteriores

superiores e inferiores, são instalados. Quanto ao fator idade, de acordo com

alguns estudos, não há correlação entre a prevalência da MDP e esta variável,

podendo ocorrer em diferentes idades (BRUNSVOLD 2005, MARTINEZ et al

1997 E TOWFIGHI et al 1997).

38

Como consequência da perda óssea, o centro de resistência do dente

se localiza mais para a apical, desencadeando movimentos de inclinação

dentária, quando da aplicação de forças ortodônticas. De acordo com os

princípios biomecânicos utilizados no tratamento ortodôntico de pacientes com

comprometimento periodontal, quanto maior a distância entre o ponto de

aplicação de força e o centro de resistência, maior o momento desenvolvido.

Adicionalmente, de acordo com Branco et al (2010), uma força considerada

biologicamente aceitável em um periodonto normal pode ser intensa para um

dente com comprometimento periodontal, pois, a área de dissipação das forças

é menor. Se a pressão for maior, a possibilidade de zonas hialinas também

será maior, aumentando a possibilidade de reabsorções dentárias (BRANCO et

al 2010, COROTTI et al 2005, FERREIRA et al 2006, FILHO et al 2001,

JANSON et al 1997).

Em pacientes com diminuição de suporte ósseo, decorrente da doença

periodontal, a movimentação dentária induzida deve ser realizada levando em

consideração alguns cuidados como: simplificação do tratamento ortodôntico,

aplicação de forças suaves e inferior aquela utilizada em pacientes com

periodonto íntegro e intervalos de ativação prolongados, além da eliminação da

placa bacteriana e bolsas periodontais ativas (COROTTI et al 2005, FERREIRA

et al 2005, HARFIN 2004, MAEDA et al 2005,MELSEN et al 1988, MELSEN

2000, MELSEN 2004, MENEZES et al 2003, HARFIN 2000, BRANCO et al

2000, CALHEIROS et al 2005). A movimentação dentária só poderá ser

iniciada após a redução da inflamação, com o periodonto sadio, ainda que

reduzido, acompanhado por instrução de higiene bucal, raspagem e alisamento

39

radicular. Recomenda-se a espera de quatro a seis meses de intervalo para

iniciar a terapia ortodôntica, e entre um tratamento e outro, com o objetivo de

assegurar bons hábitos de higiene bucal por parte do paciente (JANSON et al

1997,COROTTIet al 2005, BRANCO et al 2010, HARFIN 2004).

Adicionalmente, o mesmo necessita visitar o Periodontista durante todo o

tratamento ortodôntico, numa periodicidade que varia de um a três meses para

o controle adequado da inflamação (BRANCOet al 2010, COSTA et al 2004,

COROTTI et al 2005, FERREIRA et al 2005, HARFIN 2004, JANSON et al

1997, MAEDA et al 2005, MELSEN 2000, MELSEN 2004, MENEZES et al

2003).

Pacientes que apresentam problemas periodontais de grau leve à

moderado, de acordo com alguns autores somente com o restabelecimento do

equilíbrio normal de ação de forças sobre as raízes dos dentes, por meio de

terapia periodontal (raspagem supra e subgengival, remodelação coronária,

alisamento radicular e cirurgia periodontal), instruções de higiene bucal e

ajustes oclusais, quando necessários, é suficiente para que os dentes se

reposicionem (GAUMET et al 1999, ROSS 1997). A ausência da inflamação e a

remoção de forças oclusais anormais favorecem a correção espontânea da

MDP com redução na profundidade de sondagem e melhora na qualidade

óssea. Segundo esses estudos, a detecção da MDP em seu estágio inicial é a

melhor forma de prevenção, e que se diagnosticada precocemente pode ser

reversível somente com o tratamento periodontal (BRUNSVOLD 2005, COSTA

et al 2004, GAUMET et al 1999, ROSS 1974, SATO,WJIIE e ITO 2004).

40

Em contrapartida, para outros autores, a Ortodontia e a Periodontia se

completam mutuamente no tratamento da MDP. A avaliação clínica da

condição periodontal do paciente a ser submetido ao tratamento ortodôntico

deve ser realizado por uma íntima colaboração entre o Ortodontista e o

Periodontista, estabelecendo um efetivo programa de manutenção periodontal

e assegurando danos mínimos durante a terapia ortodôntica. O tratamento da

MDP deve ser acompanhado por um tratamento periodontal rigoroso antes,

durante e após a correção ortodôntica e, a intervenção ortodôntica deve ser

introduzida após a reavaliação e confirmação do sucesso da terapia

periodontal, pois o componente inflamatório deve estar controlado no momento

da movimentação dentária (ALVES e SOUZA 2006, BRANCO et al

2010,BULGARELLI e FERREIRA 2002, BRUNSVOLD 2005, CALHEIROS et al

2005, CIRELLI et al 2006, COSTA et al 2004, COROTTI et al 2005, FERREIRA

et al 2005, HARFIN 2000, KOKICH 2004,MAEDA et al 2005, MENEZES et al

2003, NAHÁS et al 2000). De acordo com HARFIN (2004). O trabalho integrado

entre as Especialidades beneficia o tratamento ortodôntico em pacientes com

problemas periodontais, pois o alinhamento dos dentes permite um melhor

acesso para higienização adequada e melhora certos tipos de defeitos ósseos

em pacientes com envolvimento periodontal, eliminando a necessidade de uma

cirurgia periodontal. Casos onde ocorre a perda óssea, a função, a estética e a

saúde periodontal estão comumente prejudicadas e o tratamento

interdisciplinar é uma opção favorável para resolução dessas alterações, onde

o Periodontista visa estacionar a progressão da doença periodontal e o

Ortodontista restabelecer a estética e a função oclusal (ALVES e SOUZA 2006,

41

BRANCO et al 2010, BULGARELLI e FERREIRA 2002, BRUNSVOLD 2005,

CALHEIROS et al 2005, CIRELLI et al 2006, COSTA et al 2004, COROTTI et

al2005, FERREIRA et al 2005, HARFIN 2000, KOKICH 2004,MAEDA et al

2005, MENEZES et al 2003, NAHÁS et al 2000). De acordo com HARFIN

(2004), pode-se realizar todo tipo de movimentação ortodôntica sempre que o

paciente se apresentar periodontalmente sadio, ainda que com o periodonto de

inserção reduzido. Além disso, o diagnóstico precoce e a prevenção da MDP

podem conduzir para uma menor complexidade e tempo de tratamento

(TOWFIGHI et al 1997 ).

Branco et al. (2010) afirmaram que deve-se realizar a contenção

definitiva (esplintagem dentária) no paciente com MDP com o papel

fundamental na manutenção e estabilização do novo posicionamento dentário.

O objetivo principal desta estabilização é a eliminação do trauma oclusal

secundário que está relacionado à perda óssea, consequente da doença

periodontal, pois a perda óssea persiste após a movimentação dentária. O

paciente ortodôntico com comprometimento periodontal necessita de

contenção definitiva e acompanhamento durante e após a fase ativa do

tratamento (BRANCO et al 2010, COROTTI et al 2005, CAPELOZA FILHO et al

2001, HARFIN 2000, JANSON et al 1997, MENEZES et al 2003, JANSON et al

1997, MELSEN 2004, MELSEN 2000).

Com relação aos tipos de contenção definitiva, Branco et al (2010)

classificou como: contenção tipo canaleta, ou contenção intracoronária, que

consiste na confecção de canaletas nos pontos de contato entre dentes

adjacentes, onde são fixados pequenos segmentos de fios ortodônticos, calibre

42

.018”, cobertos com resina composta; contenção ponto a ponto com fibras de

reforço estrutural, usando fibras de polietileno esteticamente aceitáveis;

contenção ponto a ponto com fio semirrígido, onde um fio trançado é adaptado

à superfície lingual dos dentes, conferindo flexibilidade àcontenção,absorvendo

pequenos movimentos dos dentes; e a contenção ponto a ponto com fio rígido

(fio redondo 0,8mm), onde um fio rígido é fixado de canino a canino não

possuindo flexibilidade para obsorver o impacto da mastigação. De acordo

com MELSEN (2000), há dois tipos de contenção: a biológica que consiste na

manutenção do periodonto e uma contenção mecânica que pode ser um

retentor colado ou um splint, um protetor noturno. Segundo a autora, podemos

concluir que nada é estável com ou sem ortodontia.

43

5. CONCLUSÃO

44

5 CONCLUSÃO

Para os pacientes que apresentam MDP, são necessários alguns

cuidados como simplificação da mecânica, aplicação de forças suaves,

intervalos de ativação prolongados e eliminação da placa bacteriana e bolsas

periodontais ativas. Além de uma rigorosa terapia pré-ortodôntica, o paciente

necessita visitar o Periodontista durante todo o tratamento ortodôntico, numa

periodicidade que varia de um a quatro meses. A conscientização por parte do

paciente quanto à higienização bucal é essencial para o controle da

inflamação. Concluiu-se que soluções integradas são necessárias e essenciais

para o tratamento de pacientes adultos que apresentam estas migrações

dentárias patológicas, relacionadas à perda de inserção periodontal.

45

REFERÊNCIAS

46

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