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ANO II Rio de Janeiro, semana de 22 a 28 de abril de 1960 N' 60 una de Debate Com orfigos de Maurício Grabois e Cafil Chac/e Í3' é 4' páginas do T caderno), iniciada a discussão das Teses e do Pro'teto de Estatutos do Partido Comunista do Brasil Diretor Mário Alves Redator-Chefe Orlando Bomfim Jr. Gerente Guttemberg Cavalcanti lltllfe:. :fe ... £h, ¦ vfefefe.... .. .. |..¦::.;:WàÉÉÊÊiMÈÊÍÊiÊ$Ê fep^ÜS^^^WÍ^i^SIí_ f*P^_i P^vV^^&í-*;! v ^?WHÉÉ_fl ¦&< ^* $lltPP_i ,laBll __jfll II ^BB__ I I _^Y__i_l _B_Í ^^t^. _H —H—l ^_B*Bflí I ' ^_fÉf'fe \lll _Éíti_b_ifelIIIm I _| B%^l!l W^Es? ¦ r-">' -_isi_l m_ÍLJIBáte^^MB BBti ^Éi B ¦•' ¦ ^s_H^^^ú^wkj—I^_H_H _r'" ^BB Srn BBSk^^^tW _í__H_fiííírti.W'Jw i . fl_li__fc_^lfefe_^_B__»'¦£';¦¦ _BÍ" _B_fHÈ^_M_:*feíííyr ' KST__¦__* ^'_*_l__l ^BKMBjjlMg ^H l_K^^^i#»^»K____3Pw»^li_iBR.* '••¦¦'•¦ " _B__BKw«.; v _¦._i _¦&_¦ ¦ ;_^__»^Wi.v^»!_9e»^99_ynKW__HWâ_ 1_tfW_ill?_r r i lr_r—I mmmmm»%M^¥mmmmWrtfâm\]BBflt < ' ¦¦'•-'di Ba_#^ < x, _B BB Kr.fe' -; ¦ .%?HaH__2_iB»EL-i!-_i_f_i mwÊBtW^i I _H I ¦Ét W:9BM_l_t_I$N*rII _refê" t^^jI___¦ Ifeüfe^ ¦ - '.¦ f •¦¦II wi-k í ,fe ^'JH»¦?§*• ¦"¦•'¦i si um] r íHHRí^^íVs.íiBHS^iv-gs"¦ ¦m B^_9_i _k__U_i m\JM M _B mkW'!^' - ^'vmt%*&&$$$'¦'' * ffeW Ki.a_i*W-gCTK53W_f!^-l _i H Bmv^''¦¦.''' 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Depois de prolongado silêncio, a Em- baixada Americana nesta Capital, atra- vés do seu adido naval, capitão Sun- derland, distribuiu um comunicado in- formando que se trata, realmente, de uma arma norte-americana. Confirma- ram-se, assim, as conjecturas feitas pe- Ios sergr;:anos, que têm visitado o obje- to, em exposição na Capitania dos Por- tos de Aracaju. No mesmo comunicado, diz o capitão Sunderland que a arma é «um dispositivo eletrônico» usado pela Marinha de seu pais para pesquisas e que se teria desgarrado em alto mar. Na expressão «dispositivo eletrônico» cabe muita coisa, apesar do capitão declarar cfbviamente que não encerra perigo. No clichê, o engenho bélico ianque, vendo-se também o ca- pitão dos portos em Aracaju e o jor- nalista sergipano José Augusto Garcez (Reportagem na 2.' pág.). LENIN: GUIA E MESTRE DOS TRABALHADORES ONONA^ÉSIMO anivorsário de V. I. Lenin o fundador do Par- tido Comunista da URSS e do Estado soviético, guia e mestre do pro- letariado de todo o mundo é feste- jado por milhões de trabalhadores e pessoas progressistas em todos os pai- ses. A obra e os ensinamentos de Le- nin não somente orientam a edificação do socialismo e do comunismo nos pai- ses em que a classe operária chegou ao Poder, como inspira a luta dos tra- balhadores e doi povos do mundo ca- pitalista em sua luta pela paz, a inde- pendência, a democracia e o socialismo. Esta edição de NOVOS RUMOS é uma 5'ngela homenaç^m à nvm' ' 1 do gran- çle Lenin. No segundo caderno, publi- r.rmo-. artigo"! de Ciocondo P:n< <? Iicc'> C -n-Jer e umíi pcif,inri c>m folc^ia- fias ali!5i"<. n '"' •-¦'("' r'i5sqgon* da vida de Viadímir llitch lenin, i r ii i i- -¦¦¦m__lli-l_flrfft_BMJil%Bm^¦ 1 ifrií MBHffr ^ÜK Km" æ15$ mwMèL\.Br : .; tâi'%K\tl|| Bufe'1,Bet m*í-mm\mmW '¦¦'¦'¦¦^^Wi^CaMmm B_3^t_l5^Wtí 8-8-PiBBBB*f '^*íSb3__!^5M_Í _B_RSí»_Bn_%i_a f*M&mmW * 'M 3^^SQBiC-f ^9BF ?iil»il!__l K0 fgj __Pf': < æ'^JB^^t^mmmM__f:-'-'.' '.*"' ''^^m-Sv*'-j^B BBrI l|S| K!' ii;igr ' ¦"f^_| %53 __t^;¦'MíWt'' ''• *'•^H ^ |^ H^f;'...v. <.^^_H____s»^"'' '¦¦ ^1b_™H ?_•» ÜSk-'-V' ¦¦->¦«'''¦:.¦ j-^KB_B_fc<, A.^B^HÍkfaRú.-L-" ¦' * «^_B_B_K,__«S^^^feSÉ. >_^_I_^biKr ssasfel-.- .-fe^R_fc», f__Mfi_&l:? ^.BBukÍ, \ >* aHH_e MfaBf ..;^.¦ ¦immmáè*. LWàrmm . ¦ :M i_t.. >. _a +K RI -^P!fe v^^_íPí_i KPH BB flBuB B_á.' JH +b^ ^a2$wra£-^B _Bf» '^^^B H^\ JLmS Km ^^^kÍ P__r :^J_3_^^ _H bbbbb^b-1 B^'",!a-IiPl ^t*SíSS_BLÍkmSIwÇ^ _^v__J_I _^_r"'_^_l _i-BkEju ^__9kmH Ht-t¦ '^ sl^l B_P- 'B_l _l_lB^^ is Íéé,:".. .'v"A ¦ ¦¦__! 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O «Diário de Notícias» não pode admitir que os comunistas apoiem um candidato e, simultâ- neamente, divirjam de algumas de suas atitu- des. concebe a luta política em termos primários oposição cega ou adesão irrestrita. Por essas e outras é que o jornal de Orlando Dantas, outrora lido como ponderado, converteu-se em um dos porta-vozes mais suspeitos do sectarismo lanterneiro. OS MÉTODOS políticos dos comunistas rão, porém, muito diferentes. Compreendemos que entre nós e o marechal Lott existem divergências ideo- lógicas essenciais. Não escondemos nossa discordância em torno de algumas questões políticas. Conservamos nossa independência e continuamos a lutar pelas solu- ções radicais que julgamos necessárias ao pais, mesmo que com tais soluções não concorde, ou não concorde totalmente, ou ainda não concorde, o marechal Lott. Mas não queremos ser sectários. Situando em primeiro plano os interesses nacionais o populares, marcharemos na sucessão presidencial lado a lado com as forças que acompanham o candidato nacionalista. O principal é derrotar o candidato de Rockeffoler « do «Time». acima de tudo os interesses nacionais a populares, não terão dificuldade de compreendê-la,, "A E STA é uma atitude superior, patriótica, talver difícil de ser entendida pelo «Diário de Notícias». Ma» os militantes comunistas, que sempre colocaram S BASES sindicais e estudantis do Partido Co- munista diz o órgão janista reconhe- cem a dificuldade ou a impossibilidade de con- tinuarem apoiando um candidato que, publicamente, se manifesta contra as suas mínimas reivindicações e se omite em outras, como no caso da liberdade sindical, da abolição da lei do enquadramento sindical e do direito de greve». Eis o que se pode chamar uma fal- sificação deliberada dos fatos. NA REALIDADE, apesar de algumas declarações anti-soviéticas e anticomunistas, o marechal Lott assumiu compromissos que o credenciam a receber o apoio eleitoral dos comunistas, das forças de esquer- da, dos operários e dos estudantes. Em entrevista «Última Hora» (19-1-60), o candidato nacionalista manifestou-se inequivocamente pelo direito de greve, pela reforma da previdência social, pelo salárlo-famílla, pela reforma agrária, pela escola pública, peta legall- dade democrática, pela disciplina da remeeea da Um*» das empresas estrangeiras e contra a corrupção «duri- nistrativa. Em seu discurso na Convenção do PTB, rea- firmou esses pontos do seu programa e acrescantow t «Os sindicatos devem ser fortalecidos « prestigiados, Nfta permitirei sejam diminuídos os direitos o cm garantia* assegurados aos trabalhadores». UM FATO o «Diário de Notícias» não conseguir, negar, nem distorcer: pela primeira voz um ean» didato à Presidência da República recebe o apoio maciço dos partidos populares, das forças de esquerdo. Pela primeira ver se unem em redor do mesmo candidate o Partido Comunista, o Partido Trabalhista, o Partida Socialista e outtas fòrçm radicadas na massa. Este 4 um passo efelivo para o unificação das correntes anti- imperialistas e populares e para o isolamento da can- didatura entreguista e reacionária de Jânio Quadros, E ó isto que levei ao desespero a imprensa janista.

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ANO II Rio de Janeiro, semana de 22 a 28 de abril de 1960 N' 60

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Chac/e Í3' é 4' páginas do T caderno), iniciada

a discussão das Teses e do Pro'teto de Estatutos

do Partido Comunista do BrasilDiretor — Mário Alves Redator-Chefe — Orlando Bomfim Jr. Gerente — Guttemberg Cavalcanti

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MESMO americano o engenhobélico recolhido há dias por pes-cadores numa praia de Sergipe.

Depois de prolongado silêncio, a Em-baixada Americana nesta Capital, atra-vés do seu adido naval, capitão Sun-derland, distribuiu um comunicado in-formando que se trata, realmente, deuma arma norte-americana. Confirma-ram-se, assim, as conjecturas feitas pe-Ios sergr;:anos, que têm visitado o obje-to, em exposição na Capitania dos Por-tos de Aracaju. No mesmo comunicado,diz o capitão Sunderland que a armaé «um dispositivo eletrônico» usado pelaMarinha de seu pais para pesquisas eque se teria desgarrado em alto mar.Na expressão «dispositivo eletrônico»cabe muita coisa, apesar do capitãodeclarar — cfbviamente — que nãoencerra perigo. No clichê, o engenhobélico ianque, vendo-se também o ca-pitão dos portos em Aracaju e o jor-nalista sergipano José Augusto Garcez(Reportagem na 2.' pág.).

LENIN: GUIAE MESTRE DOSTRABALHADORESONONA^ÉSIMO

anivorsário de V.I. Lenin — o fundador do Par-tido Comunista da URSS e do

Estado soviético, guia e mestre do pro-letariado de todo o mundo — é feste-

jado por milhões de trabalhadores e

pessoas progressistas em todos os pai-ses. A obra e os ensinamentos de Le-nin não somente orientam a edificaçãodo socialismo e do comunismo nos pai-ses em que a classe operária já chegouao Poder, como inspira a luta dos tra-balhadores e doi povos do mundo ca-

pitalista em sua luta pela paz, a inde-

pendência, a democracia e o socialismo.Esta edição de NOVOS RUMOS é uma5'ngela homenaç^m à nvm' ' 1 do gran-çle Lenin. No segundo caderno, publi-r.rmo-. artigo"! de Ciocondo P:n< <? Iicc'>

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InvencioniceMÁRIO ALVES

AFIRMA

o «Diário de Notícias» que os comunistasreabriram a discussão em torno do problemapresidencial e se inclinam a rever o apoio à

candidatura Lott. Esta afirmação não chera a ser umanotícia : é uma invencionice pura e simples. O órgãojanista confunde seus desejos com a realidade.

QUE

fatos levaram o jornal do sr. João Dantasàquela conclusão ? Em primeiro 'ugar, os arti-gos de NOVOS RUMOS que criticam certas posi-

ções do marechal Lott, conquanto reafirmem o apoiodos comunistas ao candidato nacionalista. Em segundolugar, as opiniões críticas a respeito do marechal surgi-das nas fileiras comuniste, e em setores nacionalistas.

O

«Diário de Notícias» não pode admitir que oscomunistas apoiem um candidato e, simultâ-neamente, divirjam de algumas de suas atitu-

des. Só concebe a luta política em termos primáriosoposição cega ou adesão irrestrita. Por essas e outrasé que o jornal de Orlando Dantas, outrora lido comoponderado, converteu-se em um dos porta-vozes maissuspeitos do sectarismo lanterneiro.

OS

MÉTODOS políticos dos comunistas rão, porém,muito diferentes. Compreendemos que entrenós e o marechal Lott existem divergências ideo-

lógicas essenciais. Não escondemos nossa discordânciaem torno de algumas questões políticas. Conservamosnossa independência e continuamos a lutar pelas solu-ções radicais que julgamos necessárias ao pais, mesmoque com tais soluções não concorde, ou não concordetotalmente, ou ainda não concorde, o marechal Lott.Mas não queremos ser sectários. Situando em primeiroplano os interesses nacionais o populares, marcharemosna sucessão presidencial lado a lado com as forças queacompanham o candidato nacionalista. O principal éderrotar o candidato de Rockeffoler « do «Time».

acima de tudo os interesses nacionais a populares, nãoterão dificuldade de compreendê-la, ,"A

E STA é uma atitude superior, patriótica, talver difícilde ser entendida pelo «Diário de Notícias». Ma»os militantes comunistas, que sempre colocaram

S BASES sindicais e estudantis do Partido Co-munista — diz o órgão janista — reconhe-cem a dificuldade ou a impossibilidade de con-

tinuarem apoiando um candidato que, publicamente, semanifesta contra as suas mínimas reivindicações e seomite em outras, como no caso da liberdade sindical,da abolição da lei do enquadramento sindical e dodireito de greve». Eis o que se pode chamar uma fal-sificação deliberada dos fatos.

NA

REALIDADE, apesar de algumas declaraçõesanti-soviéticas e anticomunistas, o marechal Lottassumiu compromissos que o credenciam a receber

o apoio eleitoral dos comunistas, das forças de esquer-da, dos operários e dos estudantes. Em entrevista •«Última Hora» (19-1-60), o candidato nacionalistamanifestou-se inequivocamente pelo direito de greve,pela reforma da previdência social, pelo salárlo-famílla,pela reforma agrária, pela escola pública, peta legall-dade democrática, pela disciplina da remeeea da Um*»das empresas estrangeiras e contra a corrupção «duri-nistrativa. Em seu discurso na Convenção do PTB, rea-firmou esses pontos do seu programa e acrescantow t «Ossindicatos devem ser fortalecidos « prestigiados, Nftapermitirei sejam diminuídos os direitos o cm garantia*assegurados aos trabalhadores».

UM

FATO o «Diário de Notícias» não conseguir,negar, nem distorcer: pela primeira voz um ean»didato à Presidência da República recebe o apoio

maciço dos partidos populares, das forças de esquerdo.Pela primeira ver se unem em redor do mesmo candidateo Partido Comunista, o Partido Trabalhista, o PartidaSocialista e outtas fòrçm radicadas na massa. Este 4um passo efelivo para o unificação das correntes anti-imperialistas e populares e para o isolamento da can-didatura entreguista e reacionária de Jânio Quadros,E ó isto que levei ao desespero a imprensa janista.

— 2 NOVOS RUMOS 22 a 28 de abril de 1960 —

SafraM* nu ii i*W» __ 1 _______o HtU-¦ m\Ws *V^wÊ& tW

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CONFERÊNCIA PAULISTA DECIDIU

Revisfio Imedo Salário Mínimo

Três dias dedebates

Milhares de trabalhadores participaram dos debates da I Conferência Sindical daCapital do Estado de São Paulo. As sessões, que se realizaram de 8 a 10 docorrente, contaram com a presença de inúmeras personalidades, entre as quais osr. Roberto Gusmão, secretário do Trabalho, e o general Stol Nogueira. Na fotoum aspecto da mesa que dirigiu a última sessão plenária.

Sette CâmaraParticipará do 1/ de Maio

Os trabalhadores do novo Estadoda Guanabara, através de suas enti-dadas sindicais, •stão promovendo umasiri* da atos comtmorativos do DiaPrimeiro dt Maio, data máxima do pro-Utariado da todos os países do mundo.Inúmeras palestras • debatts continuamsendo rtalizadas nas stdts dos sindi-catos • nos locais dt trabalho. Nessesatos vim sendo divulgados, principal-manta, ai resoluções da III ConvençãoSindical, recentemente realizada nestacidade. No próximo .dia 30, às 19 ho-ras, no Palácio do Metalúrgico, RuaAna Neri, 152, São Cristóvão, terá lu-gar uma solenidade que contará com

a participação de todas as entidadessindicais cariocas, com a presença doGovernador dó novo Eslado, e de inú-meras outras autoridades. No dia Pri-meiro de Maio cada sindicato levará

à prática um programa de comemora-ções individuais.

Constituição da CPOSA reunião da Comissão Executiva da

CPOS (Comissão Permanente das Orga-nizações Sindicais) que coordenou oprograma de comemorações do Primei-ro de Maio, estabeleceu também as

funções dos seus elementos, constituin-do-se do seguinte modo: Ari Campisla,

Foguete AmericanoCaiu em Sergipe

AHACAJI' (Do corre?-' 'ente NeryReis) — Cm princípios deste mês, apopulação do pequeno município deIndiaroba, na fronteira com a Bahia,

viveu momentos de tensão e especla-tiva em face da descoberta de um es-tranho objeto por pescadores locais.loianda próximo à praia, na foz do rioReal, via-se um bojo tscuro, a princípiotomado como o lombo dt um grandepeixe, logo,. porém, viram os pisca-dores que se haviam enganado : nãoera peixe, mas algo parecido a umtorpedo ou a um teleguiado. Arrasta-ram para terra. Do corpo cio objetosaiam duas pequenas asas e antenas.Estas foram arrancadas a fortes golpesde machado t levadas pelos pescado-res.

Pouco tempo depois a noticia doestranho achado chegou a esla capital,tendo o capitão dos portos, o jovemoficial da Marinha Roberto Tiiiiponi,

providenciado a remoção do engenhopara cá, num caminhão cedido pelo21';' B. C. Ninguém, nem mesmo ocapitão dos portos, sabia nem sabe do

que se trata, e numerosas conjeclurastão feitas pelos populoies que nãocessam de acorrer à Capitania dos Por-tos, onde a coisa eslá em exposição

publica. Sabemos, apenas, que é umaarma norte-americana, feita de mate-rial plástico, medindo de dois metrose meio a Ires metros de altura, uns óOcentímetros de diâmetro e com aproxi-madamenle 500 quilos de peso. Traza seguinte inscrição : *On swilch ar-ming t.

Para muitos, trala-se de um teleguia-do norte-americano que perdeu a rolacaindo no litoral sergipano. Para ou-tros, é unia nova arma secreta submo-rina, ainda desconhecida pelos coman-dos militares brasileiros e de outros

países e que os sergipanos foram os

primeiros a ver. Ao cerlo, porém, nin-

guém sabe, pois nada foi esclarecidooficialmente e só a Embaixada Ameri-cana, no Brasil, é autorizada para dartais explicações.

Entre o povo, ao mesmo tempo em

que se ouvem observações de censuiaà política de guerra dos Estados Uni-dos — pois pode alé Iratar-se de ai-

guma arma nuclear, radioativa —

lambem são feitos comentários ridícula-tizando os repetidos fracassos dos mili-tarislas norte-americanos, no seu de-sespêro para alcançar os êxitos sovie-ticos no domínio dos foguetes.

NotaSindical

Revisão doSalário Mínimo

Velta à ordem-do dia do movimento sindical brasileiro a campanha na-eienel pela revisão dos atuais níveis de salário mínimo. A Conferência Sindicaldos Trabalhadores da Capital de São Paulo, que reuniu representantes de 33tindleatos, deoidiu iniciar a luta no âmbito regional. A CNTI (ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores na Industriai, por outro lado. enviou instruções*• suas entidades filiadas em todo o Brasil, paia que inicie, desde agora, asetemarehee visando a reunião das comissões municipais e regionais de salário mi-nime, • oi estudos necessários ao pedido da excepclonalidade,

Ihii Iniciativas tiveram enorme repercussão entre os trabalhadores deIode 0 paít, euja situação de miséria se agrava rapidamente. Os atuais níveisde salário mínimo, «m vigor desde janeiro do ano passado, já náo correspondiam,mesma naquela ápooa, ii próprias estatísticas oficiais sobre o crescimento iloeuete ste vida, que foi alertado de maneira assustadora em fins de 58 e prin-éipiee de 51. Agora, passados um ano e quatro meses da vigência dos atuaisniveis, a situação se apresenta intolerável. Com o atual mínimo salarial jánã» »« compra a metade do que se comprava ha um ano atrás. Ninguémpode mais viver com 6 mil cruzeiros nesta atribulada velhaoap. O mesmo ocorreem tildai at demaii cidades do pais, onde o poder aquisitivo das massas traba-lhadoras * cada vez menor. E náo se trata aqui de simples palavreado. A¦situação do homem que vive do salário mínimo é realmente miserável, incom-patfvel com a dignidade de quem exerce uma atividade produtiva. A sonegaçãode dados, que vem sendo praticada pelo órgão oficial de estatística do Minis-ttrio do Trabalho, não altera as dificuldades tle viria da massa trabalhadora,e nem impede que se desenvolva a luta pela conquista de melhores salários.

A revisão dos atuais níveis de salário mínimo i uma necessidade impostapele própria política inflaclonária do Governo. Mesmo o SEPT, sempre muito

faccioso no« leui levantamentos estatísticos, a ssinalava. no tempo em que aindapreitava informaç6es aos sindicatos, que o custo da viria tinha subido de 30 ",,,tle dezembro de 1958 a novembro de 1959. Tanto assim que os acordos sai.i-riais da «no passado foram firmados em torno dessa base. Já a revista Con-juntura Econômica» afirma que no decorrer do ano de 1959 o custo da vidasubiu de cerca de 50%. Êsse fato demonstra que para recuperar o seu poderde compra de janeiro de 1959, que era já pequeno, os trabalhadores que vivemdo salário mínimo necessitam de um aumento de 50%.

De qualquer modo, a palavra-dc-orclem pela revisão dos atuais níveisrie salário mínimo foi lançada. Cabe aos tra-balhadores e aos seus órgãos de classe, cmcada região ou município lançar-se ã campanhaoom o objetivo, inclusive, de reparar as dispa-ridaden verificadas na atual tabela, que oficia-tirou, éhi .slgumas cidades, verdadeiros salários

»io..: ¦ . •

secretário-geral; Jaime Correia e Ge-raldo da Costa Matos, secretários-geraisadjuntos,- Benedito Cerqueira, secretárioadministrativo; Argemiro Rocha Júnior,secretário administrativo adjunto; Floria-no da Silveira Maciel, secretário de es-talislica c economia; Hércules Corrêados Reis, secretário de sindicalização eorganização; Roberto Morena, secrelá-rio de estudos e reformas das leis so-ciais e trabalhistas,- Ernesto da CostaFonseca, secretário de intercâmbio Sin-dical; Irio Lima, secretário de finançças;Sebastião Luiz dos Santos, secretário definanças adjunto. A secretaria provisá-ria da CPOS está funcionando na Ave-nida Venezuela, 27, 8" andar, sala 826e 827, telefone: 23-0395.

Contando com a participados de 713delegados credenciados, repiesentanda545 empresas e 33 sindicatos, a IConferência Sindical dos Trabalhadoresda Capital do Estado de Sâo Pauloconstituiu um grande passo para inten-sificar a unidade e a organização dostrabalhadores do maior centro indus-trial do País. Reunidos no S;ndicatodos Metalúrgicos durante os dias I, 9 e10 do corrente, os operários debateramas suas reivindicações e aprovaiam umaplataforma comum de luta. Nessa pia-taforma consta, em primeiro plano, oinicio de uma grande campanha visan-do a imediata revisão dos atuais níveisde salário mínimo, que já foram supe-rados pela elevação brutal do custo davida, As reivindicações aprovada., se-rão levadas a debate no II CongressoSindical dos Trabalhadores Paulistas,convocado para os dias 27, 28, 29 e30 de abril, com encerremento no dia1 de maio.

Oficializado o ConselhoA Conferência ratificou a criação do

Conselho Sindical Municipal e resolveuconstituir o plenário paulistano, queserá composto por representantes deempresas, credenciados pelei teut sin-

_dicalos. Desse modo, os trabalhadoresavançaram no sentido da reforçomentode sua unidade e organização, conci-enles de que sá assim conseguirão tor-nar vitoriosas as suas reivindicações,entre as quais sé inclui a elevação dosaluais níveis de salário mínimo, apro-vação da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, do projeto Aurélio Viana queregulamenta o Direito de Greve, e inú-meras outras constantes da lua plata-forma.

Salário-minimoArgumentando que e poder aquisitivo

dos trabalhadores não permite maissatisfazer as n; icl.des minimes dê-les e de suas famílias, foram apresen-ladas 23 teses pleiteando a imediataelevação do salário mínimo. Uma co-missão de planejamento ficou encerre-

O Que Existe de RealSobre as Telefonistas

Na opinião do MARCONDES Kl LI IO. refletida na Exposição de Mo-tlvos a Cnnsolldnçfio das Leis do Trabalho,«Considerou-se di> .justiça equiparar o regime de trabalho do* ouor!i,l/,ii..- riria nmiuut ! . . ^ i . |_ t 1 ._ 1 _ i .íailnres dns empresas de serviços" telefônicos aos das que exploramserviços tle telegrafia, radlofelegrafia e raillotelefôniea, CÜJ«S eon-ilições de fadiga sito idênticas .Phi;i ii seiur médico iln Divisão tle Higiene e Segurança do Trabalho,em laudo sobre a natureza tio trabalho das leleíonistas, estas

«sofrem, contudo, desgaste mais acentuado do que aqueles queexercem profissões sedentárias assimiláveis, Isto *, que exigem perfeita ati-vidade auditiva, Ima dlcçAo e boa visfioe, por isso mesmo, dependendo do regime de duração tio tianailio e daIntensidade di^sc mesmo irabitlho .

esse desgaste

para a* suas telefonistas,ora as horas extranrdina-

'«Nilson Azevedo,

<--.¦.>.• un»,iMc lume ser Itimbóm de nn tu reza menial ,t: que As condições especiais de trabalho das telefonistas nao a« re-

du/ein ;i um ato tle simples presença, ames, requerem esforço nervoso com-ilimado e atenção constante, estados que produzem tetis&o nervosa * favo-recém " desenvolvimento de doenças nervosas e mentais t psicose, neuraste-nia,.. i .

Para o trabalho das lelefonlslas a lei deveria ter, portanto, de dispensarproteção especial, Dai o art, TH dn Consolidação tlss Leis tio Trabalho fixar

h su.i duração máxima em (5 liofãs por dia ou 36 horas semanais.Não obstante os termos claríssimos desse preceito lenal e embora pie-

mimente justificável u iratiimcnio que a lei buscou assegurar às telefonistas,vem a COMPANHIA TELEFÔNICA BRASILEIRA violando grilanteinciile »lei, há precisamente 17 anos, uma vez que ditou.n horário normal diário de H horas de trabalho,rins,

Mais: em agosto de 1959 o Egrégio Tribunal Sup"t ior do Trabalho fézsaber por sentença que não comporia recurso com eíeilo suspenslvo, que asdisposições do art, 221 tia Consolidação tias l^i*- do Trabalho sempre deve-ii.iin ter sido aplicadas à< lelofofiislas dessa Empresa.

Mas a Companhia Telefônica. Brasileira, que descumprlra a lei. Iam-bém se facultou desobedecer u julgado da mais Alta Corte Trabalhista. Real-mente, pretextando dar-lhe citmprlmenloi, nada inais té/, que sacrificar. pesa>(lamente, o próprio direito daquelas que mereceram a proteção judicial.

Reduziu-lhes o salário, paia pagar CrS (1.075.1)0 a telefonista que tece-lii i CrS 8.100.(10, com uma diferença, para menos de Cv$ 2.025,00, quandoa legislação do Trabalho, em lodo o seu sistema, veda. proíbe qualquerredução salarial vendo, na sua ocorrência, motivo para a rescisão do própriocontrato de trabalho,

Aponta a Companhia Telefônica Brasileira o julgamento dos Fjmbar-gos de Declaração oferecidos pelo Sindicato tios Trabalhadores em Kmprá-sas Telefônicas do Rio tle Janeiro ao v. acórdão que declarou o direito tlsstelefonistas, eomo reforço ao seu entendimento, Nada menos correto: pri-meiro porque sua deliberação, de reduzir os salários, ê anterior, depois, por-une o Tribunal Superior do Trabalho nunca disse, e nem afirmaria absurdodessa, natureza, que a redução salarial poderia ser concretizada.

Alndu mais fèz a Companhia Telefônica Brasileira: não reduziu ahorário, de 8 paru ti horas, Estabeleceu (abolas que compreendem o tra.ba-Um no curso cie 7 horas e 20 mlntltos, Quando não o féz oferece trabalhoextraordinário, como meio para as telefonistas recuperarem n.« Cr$ 2.025,00que lhes cortou no próprio salário. Mas o trabalho extraordinário somentepode ocorrer em caso de indeclinável necessidade- i{ 1" do an. 227 daC.L.T.i, não se o Lolerantlo, nunca, como prestação correnlia, normal,'re-guiar.

Também ditou Intervalos tlé I, 2, :i e I horas, para uni trabalho quenáo excede i> horas 'que n,'ni devia exceder, Jamais), quando a prescrição,em tal hipótese, se circunscreve a Io minutos ii 1" do arr. 71 da C.L.T.),

Igualmente impôs horários que violam o preceituado no 8 '-' do art,230 Ha CL.'!'., que disciplina o horário de almoço e jantar.

Elnalmcnie, exigiu, como sucede, a prestação de trabalho nos dias dedomingo, feriado e dia santo de guarda, sem regular sua execução e a formade pagamento por acordo com os interessados ou n Sindicato representativo,om lotai desalenção ao disposto no 5 2" do art. 227 da C.L.T.

Pois ai ficam alinhadas as infrações perpetradas pela COMPANHIATELEFÔNICA BRASILEIRA, a pretexto de dar cumprimento a sentençaindiciai.

Pois foi, pur isso mesmo, que a DIVISÃO DK FISCALIZAÇÃO doDepartamento Nacional rio Trabalho a.eiu contra a Empresa, lavrando o.sautos respectivos, em todas as suas Estações e cm Iodos o.s seus Postos.

Ai está, portanto, a verdade. Por conta dn Cumpanhia Telefônica Bra-sileira ficam as violações dn lei e da sentença judicial.

Estas a.s explicações que o SINDICATO DOS TRABALHADO-RES EM EMPRESAS TELEFÔNICAS DO RIO DE JANEIRO fc vêna contingência'de prestar •ao povo, para cuja compreensão apelanesta emergência, cm face da NOTA da Companhia Telefônica Bra-sileira, publicada noa órgãos da Imprensa desta Capital.

Rio. 19 de abril de 10W)SINDICATO DOS TRABALHADORKS EM EM-PRESAS TELEFÔNICAS, DO MO DL JANEIRO

fada dt «laborar um «squema a iêrapresentado no Congresso Ertadual,dependendo o revisionamento do sala-rio mínimo. Além disso, foi pleiteadoo estabelecimento do salário família, apartir do primeiro filho, pela Divisãodo Imposto de Renda; a instituição entreet trabalhadores de licenço prêmio ;contrato individual referente ao saláriopor tarefa, empreitada e prêmio ,- a ins-tituiçao de adicionais por tempo deserviço,- isenção do Imposto de Rendaao nível correspondente a cinco vezeso salário mínimo vigente; reo|uslamen-to salarial automático, abono de Natal.

Previdência e direito de greve

Com referência à previdência social,foi aprovada a recomendação ao IICongresso Sindical que aprofunde asdiscussões e deliberem no sentido dodesenvolvimento da luta pelo apertei-coamento da lei 3.385-A, com a inte-gralizacão da aposentadoria ordinária.Outra recomendação aprovada foi adirigida ao Conselho Sindico! do Estadode São Paulo, no sentido de mobilizarimediatamente seus órgãos participan-tes e trabalhadores em geral, a fim dedefender ei rejeição pela Câmara Fe-deral de todas as emendas apresenta-das no Senado Federal ao Ptojeto daLei Orgânica, que não consultem osinteresses dos trabalhadores. Foramtambém aprovadas várias sugestões comrelação aos IA*s.

As resoluções propõem medidas pelaaprovação imediata da regulamentaçãodo direito de greve, de acòrr'o com adecisão da II Conferência Sindical Na-cional.

Delegados de vários setores profis-sionais, por seu lado, apresentarampropostas, pugnando pela introduçãode alleraçõe na legislação Itnbalhista.At propostas foram aprovadas em pie-nário.

Medidas de reforma agrária

Foi aprovado o relatório da Comis-são de Proteção ao Trabalhador Rural,com as seguintes recomendações : a)desapropriação da propriedade latifun-diária mediante indenização do seuvalor na base da declaração feita parapagamento do imposto territorial, a fimde entregá-la aot lavradores em terrase aos trabalhadores agrícolas ossalatia-dos, mediante financiamento a longoprazo,- b) efetiva aplicação oo dec.lei n." 7.038 de 10 d« novembro de1944 e suspensão das medido» restriti-vas do atual ministro do Trubalho aoreconhecimento dos demais s.ndicalosrurais ; criação de comissões em todosos sindicatos de trabalhadores, ri- ciju-da à formação de novos sind'calos detrabalhadores rurais, assim como decolaboração já existentes, c | efetivoaplicação dos direitos trabalhistas e

extensão de benefícios aos trabalhado-res do campo.

Problemas econômicos

A I Conferência Sindical dos Traba-lhadores da Capital resolveu i a) Ma-nifestar-se pelo direito integral de par-licipação dos trabalhadores ros desti-nos do país, e, portanto, contra quais-quer limitações às suas prerrogativaidemocráticas, tais como as de restriçãodo exercício de voto aos analfabetos;b) Propugnar por medidas nacionalis-tas visando o desenvolvimento industriale agrícola do país, a defesa do mo-nopólio estatal do petróleo, o apoioao projeto que cria a DISPETROL ; c)reivindicações concernentes co trans-porte e comércio, à educação e saúde.

Congresso estadual

Todas at conferências e convençõesregionais e municipais que St realiza-ram ou estão em processo de realiza-ção, apresentarão os seus resultadosno II Congresso Sindical dos Trabalha-dores do Estado de São Paulo, que seinstalará no dia 27 do corrente, às 20horas, no cine Oberdan, e te encerra-rá no dia 1 de maio, com uma grandemanifestação operária.

O II Congresso reunirá repiesentan-tes de mais de um milhão de trabalha-dores, filiados a 240 entidades sindi-cais. De acordo com as estimativasdos dirigentes do Conselho Sindical doEstado de Sfo Paulo, que convocou oconclave, o Congresso contara com «participação de mais de dois mil dele-gados, a maioria deles eleitos nas fá-bricas, nos locais de trabalho e nosassembléias sindicais, A ComissãoExecutiva do Conselho enviou, por ou-tro lodo_ convite a todas as entidadessindicais internacionais para que se fa-çam representar. Sabe-se que a Fe-deração Sindical Mundial |á acusou orecebimento do convite, respondendoque se fará representar no II CongressoOutras entidades deverão comparecer.

Palestraa i *e

problemas nacionaisProsseguindo ia série de palestras

patrocinados pelo Centro de istudos eDefesa do Petróleo e da Eco"omia Na-cional e do Sindicato dos Professoresdo Rio de Janeiro, o DesembargadorOsny Duarte Pereira proferirá, na pró-xima ter ca -feira, dia 26, às '8 horas,

na sede do Sindicato, ò avenida 13 deMaio, 13, sala 402, confeiè'cia »u-borelinoda ao lema « Político Internacio Brasil •.

A entrada scici franqueada oos in-leressados.

Defende Teu Direito;Falta ÍTÜVÍ — ® tmpregado que, em plena vigiíncis de se» contrate d«

trabalho, vai prestar srrvioos em outra empresa concorrer, «.di motivo k dispensa, sem ônus para o empreg.idor. Ac. T9T, 1' Turma (Proc2.093 58), Relator: Astolfo Serra.

Os reclamantes fizeram publicar em um jorn.il tlecl.irações nas quais,entre outra» coisas, se diziam explorados pelo empregador, no qual chamavamtt« ganancioso a «ousavam ainda de ludibriar a freguezia com falsos ^menus:-.Constitui falta grave socorrer-se o empregado rie publicações em Jornais p.ir>assacar acusações gravei contra seu empregador. Ac TI*.". V Reg. (Proc2.360 58), Relator: Celso Lana.

Feriados C' ri* " J"'9-""' lmProcedente o perlido de pagamento de saláriodo dia 3 de julho, considerado feriado municipal. Podem ou

legislativos municipais declarar outros diat santos tle guarda, alem tios setefixados na Lei 805 e determinar, ainda, que nélcs se suspendam os traba"iosnos respectivos serviços públicos municipais. Todavia, para os efeitos jurirferuconsignados naquele diploma legal, nio podrrAo decretar mais feriados religio-ses do que s número prefixado pela Lei federal. Cumpre distinguir entre feri ido»* dias festivos ou de festas nacionais. Ac. TST, f Turma (Proc. 2.153 57),Relator: Oliveira Lima.

Tem direito o vigia a receber cm dobro o salário dos dias feriados emque trabalhar, desde que náo tenha descanso em outro dia da semana. A ex-cluslo de tais empregadas feita pela letra «b» do art, 62 tia Consolidação dizrespeito táo somente a Jornada normal de trabalho. Aplicacáo tio art. 9" d*Lei 805. Ac. T8T, V Turma (Proc. 825 57), Relator: Oliveira Lima.

E' sempre devido o pagamento cm dobro da remuneraçáo percebida peleempregado que trabalha em dias feriados, sem que o empregador lhe concetl?outro fila de folga em substituição ao feriado. Ac. TST 2" Turma (Proc.2633 34), Relator: Mario Lopes de Oliveira.

'erias Devem ter computada-, para cálculo de remuneraçáo devida pelegozo de férias, as importâncias relativa» ás horas extraordinárias,

quando trabalhadas permanentemente no período aquisitivo. Ac. TST 2' TurmaiProc. 885 53), Relator: Geraldo B. de Meneses.

Art. 140, ç 1", da Consolidação tias Leis do Trabalho. Se, no período emqut o empregado adquiriu as férias, trabalhou dez horas diárias c não oitoa média há de ser procurada com base naquelas c não nestas. Ac. TST (Recextr. 21.413), Relator: Luiz Galloíti.

Quando as horas extraordinárias não forem trabalhadas com caráter d«permanecia, náo devem ser computada-, para pagamento de férias. Ac. TST(Proc. 3.999 02), Relator: Edgard Sanches.

No período ria» férias se incluem os adicionais devidos por serviço» n,-salubre e noturno, quando sáo estes executados normalmente, Ac. TST 3' Turma(Proc. 2,644'87), Relator: Thélio Monteiro.

O prémlo-produeSo, sendo uma autentica remuneração len.ai, nns tèrrrfcsdi art, 437 da Consolidação, que fa; tli::in- _____<;ío «ntre rfmuneraçfla e sal*"io. há de :crincorporado a este. para os efeitos tio paga.mento <io repouso semanal « das fíriasAo. T8T (Proo, 5,411/32), ftelalon AnoifoSerra.

ÜâJÉÈ

— 22 a 28 de abril de 1960 NOVOS RUMOS 3 —

Panorama Leandro: Uma Iscao

Não ha mais nenhuma novidade em se dizer que a candidatura d» JftnioQuadros é uma Impostura. Além. da longa tradição do próprio .candidato,esses meses transcorridos de campanha revelaram à opinião pública uma su-cessão de fatos que demascaram a farsa mal encoberta dessa suposta cruzada«salvadora». Candidato entreguista c reacionário, Jftnio procura aparecereonio nacionalista e democrata —,mas na União Soviética ou im Cub&.è„nãono Brasil. Corruptor em grande escala durante o seu Governo em São Pauloe candidato sustentado com recursos Inconfessáveis dos piores inimigos denosso povo, Jftnio faz pose de moralista. Responsável por algumas das maio-res violências praticadas nos últimos anos por governantes brasileiros contraos trabalhadores e o povo, Jftnio não vacila em afirmar que jamais praticouqualquer arbitrariedade. Tendo a sustentar-lhe os grupos mais poderosos daplutocracia paulista e os trustes norte-americanos, o «our boy» da «Hanson'sLetter» não gagueja sequer quando diz quo é pobro e quo faz a sua campanhacom dificuldade. ...

Um aspecto dessa impostura é o que se refere à candidatura do LeandroMaciel a vice-presidência como companheiro de chapa de Jânio Quadros. Ocandidato mesmo parece ter se convencido, afinal, do que tudo era umafarsa, decidindo renunciar.A impostura aqui consiste em dar à candidatura de Jânio uma aparênciade apoio às reivindicações do Nordeste, quando o que acontece, na verdade,ó aue essa candidatura se opõe radicalmente aos justos anseios de progresso«Ia população nordestina, sendo como é uma expressão dos interesses retro-

grados e exclusivistas da plutocracia paulista e dos trustes Ímperialistas quoestendem até ao Nordeste a sua infame espoliação. Nâo há nenhuma con-sistêncla, nenhuma seriedade em ter sido lançada, e vir se mantendo emborana corda bamba, a candidatura do ex-governador de Sergipe. Candidaturaque simplesmente não existe para os setores realmente identificados com oJanlsmo, cujos votos não serão dados a Leandro, mas estão comprometidoscom o jesuíta Fernando Ferrari.Jânio é o anti-Nordeste. Ligado aos produtores paulistas de açúcar nãovacilaria, uma vez no Poder, em adotar as mais drásticas medidas para es*magar definitivamente a lavoura e a indústria nordestina de açúcar. Amar-rado na gaveta dos monopólios ianques, não trepidaria em novas e aindamais desastrosas concessões a trustes como SANBRA e ANDERSON CLAY-TON, que impõem condições escorchantes aos produtores de algodão, óleose fibras do Nordeste Apoiando a reforma agrária em Cuba, mas comprome-

íi«„"?mT 1»tlí,u,<Mri"s "o Brasil, Jânio se oporia a qualquer medida sériafundiário c°"cretamente,

ao monopólio da terra e ao poder dos lati-

?a-J*'* üír1" °U menOS ?enera,lM«,a entre as populações do Nordeste e suasfôrças políticas a convicção de que Jânio Quadros exprime de fato os interês-b«s e exigências dos plutocratas paulistas e dos trustes ianques. Sua recenteexcursão aquela região e ao Norte, resultando no fracasso cuja lembrançaainda nao se apagou, mostra como so fecham as portas naquelas sofridaszonas do país à sua candidatura. A resistência ao seu nome se reflete in-clusive na atitude de seus companheiros udenistas: no Rio Grande do Norteo secretário-geral da UDN chefia uma clsâo, na Bahia e Pernambuco os go-vernadores Juracl Magalhães e Cld Sampaio não se sentem animados a des-cruzar os braços e fazer a campanha Janista, em Sergipe cresce o desconten-tamento, inclusive pelo fato de se pretender fazer de Leandro nada mais doque um pano de amostra — ou uma isca para atrair um eleitorado que seriatraído no dia seguinte. HNfto se pode prever com exatidão se amanhã ou depois Leandro Macielrenunciará para valer. Mas o que se podeafirmar é quo os nordestinos não se deixarão

embalr pela farsa janista. A candidatura deJânio nasceu e morrerá como uma cons-piraeão também contra os interesses e rei-vindicações do Nordeste.

Almir Matos

Mais um Capítulo da"Estrumbkacão" da UDN«Só tenho uma preocupação:

a vitória de Jânio Quadros. Quempensar assim, tem a minha ade-são e pode contar comigo a seuserviço, sem prevenção sem ranço-res, sem personalismo e sem idéiaspreconcebidas. Quanto ao resto,que cada qual se estrumbique».

Este «dito histórico», catadonum dos lençóis impressos comque, nos últimos dias, o Sr. CarlosLacerda vem presenteando os seuscorreligionários da UDN, na ga-zeta do Lavradio, resume e explicacom acuidade um dos aspectos cen-trais da crise que grassa no Parti-do do Corvo. Lacerda está entre oshomens que mais têm razões paratemer a derrota de Jânio, e lutarcontra ela. Sabe que Jânio, sendo«our boy» da Light e «nosso ho-mem» da gente do café paulista,nunca estará em conflito com osinteresses que êle próprio defende.Sabe também que a derrota deJânio significará um golpe demorte nesse personagem políticotornado famoso pelo apelido de«Corvo», e que já hoje surge emcena, para a maioria da opiniãopública, como um fantasma dopassado, enquanto a promessa davitória lhe acena com posições deprimeiro plano no Governo: nãohá mesmo os que o apontam comoo «ministro da educação» deJânio?

Lacerda só tem hoje, por isso,um desejo: a vitória de Jânio.Quer Jânio de qualquer maneira,a todo custo, sem programa e in-clusive, ne fôr preciso, sem a UDN.Jânio é a sua esperança de sobre-vivência. Não seria então o casode a UDN permitir sua participa-ção na campanha janista, e dar-lhemesmo uma posição de comandonessa campanha, uma vez que êleé um dos poucos homens que aindarestam aos quadros udenistas comalguma possibilidade de mobilizareleitores? Ninguém mais do queêle, na UDN, deseja evitar a der-rota de Jânio.

Mas está aí o nó da questão.O grosso da UDN não tem exa-tamente as mesmas razões queLacerda para apoiar Jânio. O«grupo mineiro» de MagalhãesPinto, que tem o dinheiro para acampanha e representa a únicabase eleitoral considerável do par-tido, dá-se muito bem com o «de-senvolvimentismo» de Kubitschek,que carrega rios de dinheiro paraos bancos de Minas. Vê, por isso,com muitas reservas a «austeri-dade» entreguista anunciada porJânio. E, escorado no grupo mi-neiro, está toda a UDN do Nor-deste, com o grupo «bossa nova»à frente, e que de forma algumapode defender diante de seus elei-tores a tese de que o Brasil«deve parar», pregada pelo mentoreconômico de Jânio e «big boss»do café paulista, José Maria Whi-tuker.

Amarrada a essa contradição,a UDN se agita, se mexe, massem Bair do lugar. Nos últimosdias, numa manobra apresentadacomo «gesto de conciliação» masque, na realidade, visava a queimardefinitivamente Lacerda, colocan-do-o diretamente em choque como grosso do Partido e com o pró-prio demagogo Jânio Quadros —que está longe de aceitar integral-mente a linguagem eleitoral doCorvo — o Presidente da UDN,Sr. Magalhães Pinto, entregou aLacerda o comando da campanhaudenista; formalmente, entregou-oa um «triunvirato», do qual tam-bém fazem parte dois personagensapagados, o Padre Calazans e oSr. Bilac Pinto, mas onde Lacer-da mantém o controle absoluto.

Lacerda, entretanto, mestre detraições, não cai facilmente emciladas desse gênero. Vem a públi-co, com uma «nota oficial», exi-gindo a unanimidade da UDN aseus pés, para aceitar o comandoda campanha. Em outras palavras,quer a vitória, sem ganhar a bata-lha. E como se deliberadamenteprocurasse impedir a unanimidade-que exigia, sai no mesmo dia, emseu jornal, atacando pessoalmentea Deus e todo o mundo em seuPartido, investindo contra os na-cionalistas do grupo «bossa nova»e o deputado Gabriel Passos, ejogando pedra inclusive no secular«bonzo sagrado» udenista, o Bri-gadeiro Eduardo Gomes, cuja^omissão» diante da crise o Corvoabomina. Primeira conseqüência cianova fase de crise: os governado-res udenistas do Nordeste, ouvidosno Rio, hipotecam solidariedade aMagalhães Pinto, o que, na piá-tica, resulta numa retirada de auto-ridade ao «triunvirato». i

E a crise continua, e nada per-mi te acreditar que ela será resol-vida sem uma dolorosa operação,guista, a UDN lançou-se numa'arrastar, por falta de programa epor falta de homens, a uma can-didatura que não agrada senão aum determinado setor do Partido,o mais reacionário e mais entre-guista, a UDN lançou-se numaaventura que só tem um desenlacoprevisível: a derrota de Jânio e a<:estrumbicação» do Partido, comoLacerda gosta de dizer.

liâüabâía riâSCêíiDerrotando Falcão

Bem:O Estado da Guanabara nasceu

sob um bom signo: derrotando o sr.Armando Falcão. O ministro daJustiça — responsável confessopelos recentes espancamentos deestudantes cariocas —¦ lançou-senum verdadeiro «vale tudo» paraconquistar a interventoria da Gua-nabara. Imaginava 'o sr. Falcãomontar no antigo Distrito Federaluma poderosa máquina a seu servi-ço, capaz de fazer dele o chefe po-litico todo-poderoso de uma dasquatro mais importantes bases elei-torais do país.' As possibilidades queo novo Estado oferece nesse senti-do seduziram o sr. Falcão: um or-çamento de dezenas de bilhões docruzeiros, os interesses cm jogo dcgrandes empresas industriais o co-merciais (inclusive a Light, comcujos diretores vinha mantendo re-petidas conferências sigilosas) oenorme divisão entre as fôrças po-líticas. Surgia diante de Falcão asua grande oportunidade.

0 "vale tudo"

Para alcançá-la, pôs-se cm ação,lançando mão de todos os recursos.De um lado, articulou-se com os srs.' Frederico Schmidt e Negrão deLima para a pressão sobre o presi-dente da República. De outro lado,mobilizou os deputados e senadorespessedistas mais próximos a fim doimpedir que a Câmara aprovasse,antes da mudança para Brasília, alei de estruturação do novo Estado.Enquanto isso, procurava atrair oapoio de certas fôrças políticas ca-riocas, oferecendo a alguns de seusrepresentantes todo tipo de vanta-gens. Até o último instante, o sr.

Armando Falcão lutou tenazmente tudo inclusive do PSD, que trans-pela conquista da interventoria daGuanabara. Na Câmara Federal,por exemplo, o líder da Maioria sóconcordou em aprovar-se a lei doorganização do novo Estado à últi-ma hora, depois de receber ordemexpressa do próprio JK.

Desarmado Falcão

Mas os planos do ministro daJustiça ruíram por completo. Con-tra a sua pretensão levantaram-senão só a opinião pública, como prà-ticamente todas as fôrças políticasdo Distrito Federal. E o que se viu,dois dias antes de entrar a Câmaraem recesso, foi uma impressionantedemonstração de repúdio ao minis-tro-espaneador.

Os trabalhadores cariocas, reu-nidos em Convenção Sindical, ma-nifestaram sua total oposição à en-trçga do Governo carioca a um po-litico provadamenle inimigo da cias-se operária como o sr. Falcão. Oprotesto dos trabalhadores repercu-tlu imediatamente no Palácio Tira-dentes, transmitido pelo deputadoBocaiúva Cunha.

As fôrças nacionalistas reagiramtambém com enorme energia. Porum dos seus mais credenciadosporta-vozes, o sr. Sérgio Magalhães— que é, além do mais, o 1" vice--presidente da Câmara — ameaça-ram o Governo de manter em fun-cionamento a Câmara, de qualquermaneira, caso não fosse aprovada alei da Guanabara.

Os diretórios políticos do Distri-Io Federal, revelando surpreendeu-te unidade, expressaram tambémsua repulsa a Falcão. Esta foi a ati-

mitiu a JK, através do próprio sr.Amaral Peixoto, a completa discor-dância com a solução tramada peloministro da Justiça. „

Sob o impacto desse proteslovigoroso e unânime, foi desarmadoo sr. Falcão, fracassando o seu planodiabólico contra o povo carioca.

Sette Câmara, homem de JKA solução encontrada foi, com

a aprovação da lei e a criação dolugar de governador provisório, adesignação do sr. Sette Câmara,antigo chefe da Casa Civil da Pre-sidência e homem da confiança pes-soai do sr. Juscelino Kubitschek.Será este o governador da Guana-bara até a posse do governador eda Assembléia Constituinte eleitosem 3 de outubro, juntamente como presidente e vice-presidente daRepública.

Cria-se assim uma situação novano antigo Distrito Federal — situa-ção que deve constituir um fator demaior mobilização popular para opróximo pleito.

Quanto aos candidatos que dis-pularão os novos postos eletivos,tudo não passa por enquanto de es-peculaçâo. Dezenas de líderes p su-postos líderes articulam as suasfôrças, reais ou imaginárias.

Uma tendência, porém, pareceestar impondp-se entre as fôrçasnacionalistas e democráticas do Es-liulo-caçula: a de unificar todas asfôrças em torno de candidatos quepossam assegurar uma vitória, porlarga margem, sobre o lacerdismoe contribuam efetivamente para otriunfo da chaua nacionalista Lott--Janto.

Brasília:Capital do País ou Fortaleza da Reação?

O País tem uma nova Capital —Brasília. Seja qual fôr a opinião (piese tenha sobre as Vantagens e des-vantagens da construção da Novaeap, o fato novo da mudança con-sumaria deve ser iim elemento! b'á$i-co na discussão deste problema, do-ravante. Hoje, o que interessa ésaber como Brasília, que já é Capi-tal, mas ainda não se formou nemse organizou de maneira definitiva,receberá essa forma e essa organi-/.ação definitivas.

A questão é tanto mais impor-tanto quanto os círculos da reaçãoe do entreguismo já há muito tempodespertaram para ela. Empenhados,naturalmente, em transformar Bra-sília numa ilha burocrática, onde aspressões e aspirações populares nãose façam sentir e onde só tenhamdireito de cidade os grupos econô-micos c os teslas-de-ierro do impe-rialismo, aqueles círculos, agindoostensivamente e penetrando fun-damente nas mais diversas camadasdo Senado, da Câmara e do próprioGoverno, já conseguiram importan-tes vitórias em sua campanha.

\ • Apoiados, principalmente, no Mi-

nistro da Justiça, Armando Falcão,aqueles «congeladores de Brasília»conseguiram, através da lei votadapelo Congresso, colocar numa «ca-niisa de forca» os futuros vereado-res do Distrito Federal, (ransfor-mando o seu mandato popular, prà-ticamente, numa função decorativa,ao mesmo tempo em que conse-guiam impedir que o Prefeito dcBrasília fosse, eleito pelo povo. Epretendem muito mais. Pretendemlazer aprovar emendas constitucio-nais — já em tramitação no Sena-do e na Câmara — que, pura eiiinple.smente, suprimam os verea-lores de Brasília, bem como qual-llier outra manifestação de vidalemocrática na Capital Federal, elambem impeçam a existência aliile qualquer entidade sindical ou es-tutlantil. E tal a aversão que votama tudo o que venha do povo, quenem mesmo hesitam em opor obs-láculos à criação da Universidadede Brasília; no máximo, consentem

em que ela seja criada, mas com acondição de que o governo a entre-gue à Igreja Católica.

E esta uma ordem de coisas quoexige uma tomada de posição enér-gica- e urgente dos nacionalistas edemocratas. O que desejam osFalcão e consortes, neste caso, émuito claro. Querem apenas queninguém, e muito menos o povo,dispute a êlcs o cerco ao Presiden-te da líepública e ao Congresso, naNova Capital. E isso eles mesmos oconfessam quando argumentam quepretendem dar a Brasília a mesmaestrutura e a mesma função dadaà Capital dos Estados I'nidos. Defato, quem não ouviu falar nos fa-mosos «grupos de pressão» que do-minam Washington, onde não hásindicatos, nem vereadores, nemdeputados, mas onde há centenas emilhares de generais e outros me-dalhões alugados pelas grandes com-panhias, para agir junto ao Govêr-no e ao Congresso cm defesa deseus interesses econômicos? EmWashington não há sindicatos, nemvereadores, nem deputados, mas asgrandes companhias ianques nãoprecisam formar sindicatos, oueleger alguém, para pressionar oGoverno e o Congresso, o têm porisso um campo aberto, livre e in-disputado na Capital de seu pais.

Alegam os reacionários e entre-guistas, defensores do «congelainen-Io» de Brasília, que os governantese legisladores devem ter tranqüili-dade para trabalhar, e por issodevem estar afastados do povo,longe dos «rugidos da populaça».

RENATO ARENAMas vê-se logo que tal tranqiillida-de só exisliria, realmente, para otrabalho de cerco e pressão dosgrupos econômicos sobre o govêr-no. Alegam também que a existên-cia de vida política em Brasília virágerar conflito de interesses, em queas reivindicações locais seriam pos-Ias à frente dos interesse* do con-junto do país. E preciso entretantoreconhecer certa coragem nos queafirmam tal disparate, precisamen-te no momento em que o Rio deJaneiro, após 200 anos de Capital,mal contém a sua revolta pelo esta-do de quase indigência em que adeixam, sem água, sem lua, oom doisterços do sua área urbana sem es-KOtos, com sua vida administrativacompletamente anarquirada. è esseo «privilégio» de Capital Federal?

OutroS prele.xtos semelhanteiisão alegados pelos que querem «con-jjelar» Brasília, isolá-la do calor dopovo. Nenhum deles, entretanto,consegue esconder o seu real obje-tivo: criar um monopólio da açãopolítica para os monopólios (pie jáocupam o campo econômico. Se pu-derem, expulsarão mesmo da cida-de a grande maioria dos «candan-gos» que ali vivem e que, pelo visto,são bons para construir esla obramonumental que é Brasília, mas nâosão bons para morar nela. Isso, evi-(leniemente, não é o que deseja opovo brasileiro e, cm particular, apopulação de Brasília. Para o povo,Brasília deve lornar-sc a Capilaldos brasileiros, e não uma fortalezareacionária, onde os Schmidts eGalottis tenham voz de carcereiro.

Fora de Rumo

Homenagens a Leninno Rio e em Niterói

Comemorando o 90" aniversá-rio do nascimento de VladimirIlitch Lenin, vários atos serãorealizados em nosso país no dia22 de abril. Entre estes atos, No-VOS RUMOS patrocinará umaconferência, às ÍÍO horas, no &> an-dar da ABI, do dirigente comu-nista Jacob Gorender, sol) o lema«A contribuição de Lenin ao Maj«-

xismo». Km iNiterói, na Assem-bléia Legislativa do Estado doRio, sol) o patrocínio de váriaspersonalidades fluminenses, rcali-zar-se-á„ às 20 horas, uma sessãosolene om que usarão da palavrao deputado Geraldo Reis, o pro-fessor Paulo Pimentel, o líder sin-dical Jair Albuquerque c o diri-dívU' comunista Maurício Hralinia.

Antes de se mudar para Brasi-lia. o Ministro da Justiça lei á Ruada Relação despedir-se do inspetorSoares c de outros amigos dn poi-Io Declarou-se eorresponsávolrelas últimas tacanhas da tiragemcarioca. (Lembrai-vos das Iropêllasda porta da UNE, da Faculdade del M'eltt> o do II o s pi i a | SousaAguiar!), Keiia a declaração irres-ponsável, n protelar dos palalinosfêz manifestação dc -.impada à ém ¦piiração nnde brilham, entre ou-tros heróis de enxc.via, os n-cum-cadores Borer, Bolinha, TureSo oCoicc de MulS. Semanas antes, ha-viam barrado Falcão, no Nordeste,quando tentava distribuir, para finseleitoi'ais, attxilios às vitimas dasenchentes, Pouco depois'barravam-

O cardeal Cerejeira, cuja figuraé inseparável da do sinistro doutorSala/ar\ oeãudo,l"susnluir .1'"

chegou aem vão iLou\adons Cristo

in-Pcrnambu.eii santo nome diseja o Nosso Se

. disse ii prini ipai responsável pela sustentaçãoespiritual do regime dos coices-de-mula oslado-novistas do Portugal.< 'dava um verso d<- .loiinvocando, lambem emi" nome de tini poeta.

;o de Ivão. ii

mvi.sim-

no de Movi-, ao pretender galgipôsjo de interventor da Guanae finalmente os estudantes, noIndo de Aleluia, malhavam n-

T iivr,|

Duraifeição, n Papa João XXI11a intolerância racial e .cismo internacional. Ora,iihuni país há mais fr:i'<Kieial rio que na UIISS. NiIo, n i Kit -.. - !/ -i ist;i .. n' a - i',i l",i' ;-i Ortuiio-.a,

moOe-radlo-

.lll.lenv

i'ii-I-! -nsii

malhado'Cl os. I'.

\ ai-jem,e.ült.noe asão os le— i

apanhando que

r !" r-

V"UI icu-p-uni, ministro da Cultura, ra>> do espetáculo — Associação

e as cerimônias da Re«snr-condenou

o ei ¦ r n-

o ":i.diri;;:do eu ili -. judeus ¦ •de o"'.; a.s ra : s p« s-ruii-

instituição nacional, No••rnal que m-ücia e.«sa con-conl aililói ia lemos quo emnus listados Unido*, racls-

. ,0, 4 » .. V I » lU | LL. \\ Ullfll) t.'

;

0 CircoJanistaSem outras vedetes de des-

taque além do próprio JânioQuadros, o circo excursionoupelo Rio Grande do Sul. Aolado de muito uísque e algu-mas furtivas noitadas alegres,a «tournéc» foi um fracassodo ponto de vista político eeleitoral.

Jânio pretendeu enganar oegaúchos com o Jogo baixo dase dizer «trabalhista» e inclwsive ameaçou — não tendoporém coragem de concretizara ameaça — visitar o túmulode Getúlio Vargas, em Sãofíorja. O cinismo de Jâniochegou ao ponto de se referirao PTB como «o meu partido».

Mas o truque do amigo deRockefeller não impressionoua platéia. Ao contrário: foirepudiado pelos getulistas edespertou indignação entramuitos udenistas e pessedistasligados à facção de ParachlBarcelos.

Resultado: muita gente queestava com Jânio, convenceu-do-se. pessoalmente do enganoem que incorriam, resolveramlargar o defunto no meio docaminho e tomar outros ru-'mos. Foi o que se deu, porexemplo, com os deputados,pessedistas Romeu Sheibe eArlindo Kunzler que, dizendo-se desiludidos com as artima-nhas de Jânio Quadros, deci-diram retirar-lhe o apoio epassar a formar ao lado dacandidatura Lott.

—oOo—

Impressão penosa e ao mes-mo tempo ridícula foi a quedeixou Jânio numa entrevistacoletiva à imprensa do RioGrande. Em geral, a entrevistafoi uma simples repetição decoisas ditas e reditas, sem ne-nhum interesse. Subitamente,porém, o encontro com oe re-pórteres adquiriu um tompitoreeco, embora penoso.

— Peço que desculpem anm i n h a s excentricidades...São as levem a mal. Elaêsão resultado de minha timi-dez. Acreditem, sou um homemtímido. Por Isso apareço, devez em quando, como um ex-eêntrico.

Jânio falava se autodilace-rando, num espetáculo depri-mente de desequilíbrio queatingia os limites da loucura.

Eis aí para rpievi NelsonRokefeller pede os votos doebrasileiros: para um «excên-tricô» Aum «tímido»..,,

—oOo—

Quem nada tem de tímido io outro amigo de Jânio: Car-,los Lacerda. Ao contrário, mrapas i extremamente tivo.Para quem ainda tivesse dúvi-das, mesmo depois da trapaçafeita com o terreno da Rua doChile, bastaria o fato ocorri-do, sorrateiramente, na últimasexta-feira, na Tesouraria daCâmara Federal.

Depois de martelar a mu-.dança fxtra Brasília e deacusar todos os seus colegamde vendidos ao Governo emtroca da «verba para viagem»,Lacerda bebeu dois golesdágua, tranqüilizou-se e, impa-vidamente, dirigiu-se à Tesou-iinia, «permitindo-se» receberos 318 mil cruzeiros da com»pra.

Como se vê, Lacerda podeser excêntrico, mas de tttntfaele não leni nada*

Paulo Moita lima

ias incendiaram a oasa de uma ia."nha de negros, porque ftstes fr*'•'""morar num bairro de branco*ocidentais e erisl5os>. Nenhumoigiiitarto, nenhum homm. é Infa-"vc!- ( '"" '"" Pouco de cuidado,lM|rom, qualquer criatura pode er-'"' menos. Contudo; a ninguém <*heilo deixar-se envenenar pelo ódiol»>is a tendência da humanidade èpara o aperfeiçoamento.

Por exemplo, não é justo o «Cor.reio .lambem dominado pelo ódio.investir contra JK, chamá-lo sar-'as,lr'im -le (.'reator Brasiliaoo insinuar. flü ,„', do ouvido do Pa-dro Eterno, que deveria, como cas-tio.'\ durante as* restas da inau-u-,':"';" d» Nova Capilal, desabar aliuna .catástrofe semelhante à de<»"os. I-: os inocentes convidados«•^.rangoiros? ,j;, imaginou o dr.f:;i"o ^ hittcnçourt o «mlcnl Cere-letra, io.gncio do Paua, em meio à1-1 [ '"'¦'' ei 'mecida, sem Al'cn d»Noe, .ao |éu ila norte, na imensaUiapacAi dos Viadeiros?puMioain diariamente ftento e no-

._, — —. .-,.«.^p r *<;l '•"'••""

WOYOS o- 22 a 28 de abril de 1960—\

oWAI OUE E' MOLE, MARECHAL» — o«slogan» popular que os nvnei-

ros isc.-lneram para impulsionar a cam-panha dos candidatos nacionalistas àsucessão presidencial, dominava nasiVxas empunhadas pelas r. ões ,ueforam aplaudir Lott durante a visitatfue ele realizou, nos dias 9 e 10, àscidades de Leopoldina e Cataguazes.

A terceira incursão propagandisticado iTiarechal-candidato ao território .r.i-nsiio, realizou-se sob os auspícios dasforças políticas qu2 o apóinm, como cios-. Tancredo Noves, candidato ò sucr-s-são do governador Bcs Fortes. Asmanifestações orricnizaclcs nes dois mu-n cíplos tiveram a prest.gic-las grandemossa popular. Cinco nil pessoas" no

'omicio realizai o ern Leopoldina e maisd5» duas m'l na conecniração cívica oeCataguazes.

\r -.centlo a o!:ciru'".oBandas de música, caminhões e ó>i-

\yts provenienies des municípios vili-nhos, multidão nas tuas ele-vam a L:o-poldina ar festivo. Desde as primeirashoras da manhã a pOfíulagJio cguarcla-v«i o chegada cia caiavona nacionalis-t-i, do mcreci-ial Lolt, tio sr. TancredoNeves • do ministro Clovis Salgado,candidato a vior-ovornador de MinasGirais. Mos cies qje precederam c.srr.r.nifestaçCcs, os uder.istas locais e.i-vidaram todos cs esforços no sentido cietorná-las inexpressivas, tenlc"''o t.*ciaa sorte do ctaíruría f?.:a impedir ap-esença de caravanas que viriam dazona rural.

Fracasso total, pois gran le multidãolotava o auditório e a:i;.-!Cjnc:c:s rioParque Primdrio Experimental, q<J3 ;astr inaurorcc'o na orcslco, cnmo o *o-ram lambem as instalações cia novaemissora local, H:';dio S'rer:e.

Eo'icação para o povoO marechal Lott e o ministro C;ó/s

Sal-jodo. alem de autoridades munici-pais e parlrmentarrs, faiaiam ao povodurante a solenidade. Repleta de sin-ceridade a oração do candidato pie-siclencial resscltou os problemas daeducaçü) no Brasil, p^it-jhndo os ob-jelivos progtr mc.ticos c!i sou govôr-o,no caso do eleito. EJucação pcia opovo, erradicação drf.nitivci do analfa-h lismo e formação de uma nova gera-c"o de teeni • •., cientistas e professores.O discurso do cand:-Jato nacionalistafoi fienètiromentc aplaudido pela mui-tiião como tambím o foi o do ministroClovis Snlfjado. Este, após esquemati-zar algumas das realizações do atualgoverno no combate ao analfabetismo,assinalou que a dotação orçamentáriadt 12% para educação a-nda e muitobaixa, * que a plataforma do condida-to das forças nacionalistas prevê o au-mento da verba para o ensino, assegu-rando assim a realização dos progra-mas visando à ampliação de escolas eamoero aos professores.

A solenidade foi retransmitida pelaRádio Sirem, em cadeia para toda a

-zona 6a mata.

Eleito por antecipação— Está eleito, — disse o popular.

Nunca vi tanta gente junta em Leopol-dina.

Mais de cinco mil pessoas concentra-ram-se na Praça da Estação para ouvira palavra dos candidatos. Não eramultidão silenciosa, que queria ouvir

para depois decidir. As manif"Mações deentusiasmo, os aplausos calorosos quose sucediam a cada afirmação na cio-nalista de Lott e Tancredo, eram os vo-tos dados por antecipação aos candi-datos das forças populares.

Falaram também, durante o comício

que se prolongou por várias horas, oministre Clovis Salgado, os deputado»Último de Carvalho e Guilhermino deOliveira, o prefeito da cidade, sr. JairoSalgado, do PR, e o presidente do di-retório local do PTB, sr. Castelar Gui-marães.

Encontro com os operáriosO dia 10 foi dedicado a Cataguazes

e, nessa cidade os candidatos realiza-ram um debate com líderes sindicaisda região. O encontro teve romo palcoa sede do Sindicato dos Trabalhadores

MinasííIí - :

a Lott:

Que || s arechal!"

¦ íHHÉWrVir^éhHé^H KOvkl HkiuÉaDK^^JlkJs^aV JS^vü •>*;* &A^m^,'-^j3kmmnymmmT9Mm£MYrMÈn^^mmKj . -.«(»* íí* ifàjBá&mm^m^EEbmmmmmmTAmmWrweHimm

lxr3&&LmmWjr sMti£fi^mmmm\*â ^V.J»^Hj ¦^s^Lm^^íAmÍ ^imMimfJ ''umwLu ' ^fmT igJr^á^s^s^sttni^Br^KlBS*™^*^- ^•k*» -:¦'<¦' % V^^^L'. \ ^j^^r.^J^^»J^mmmmmm\rSm^^oím^mm

*6t" —ii ¦j. ^mtêSrXst^K^JÊmwL^k\\tTij(lL ^mmmhmV&SfâmQf. Tk *-'iíwfS%- ^C^ÍvvWmXmnv\ ''•mmtnítjí jRSii? ¦ -*ÔMw Jitr^SnÊn *> í^H^RHr - ' ^sum mmmkJmtmmW m\W^' /timJí ^. ft?"Zí3íi^Tírm^mamw9EVK\ TWBPaMígviWtaf7>J. d;', V*-^-¦ "*". >. % ¦ '? ?jí.^Eiw^?.Ç vStvv%m%' ¦ Sf*^ v&4 +»fCij4i tVv»{S>-"«¦ ¦* aí mmwfF 7S WuV Hi^M ¦¦ ^pj ph ¦^¦^¦J m^ssi^^m^ms um^tf^ ¦¦ *ÍSoí

ü \ n c i r oa d v i n li o una Indústria de Fiação e Tcclngem edêlcí participaram, além do> candidatese os eloms-itos integrantes dc comitiva,loiics os representantes dos sindicatoscie Ccitoguazes, diretores d*s sindiralosae Leopoldina, de líama'a»i ç rias asso-ciciçoos de lavradores dessa última ei-clade,

Re-.sc!tando a participarão do maré-chai Lott nos acontecimentos de 11 deno/embro, o líder sindical José RosaFilho, que saudou os candidatos cmnome de todos os sindicalistas presentesà reunião, acentuou a necessidade daconsolidação definitiva dos objetivosque Isvaram as fòrç"s participantes da-quele movimento a impedir r. golpecontra as instituições democráticos e aliberdade no país.

Regulamentação do direito d' greve,melhor aplicação do fundo sindical, leid. previdência, revisão do salário mi-nimo, contenção do custo de vida, re-forma agrária e defesa da Petrobrásforam as reivindicações exposta, aomarechal Lott pelos dirigentes sindicais

presentes.Garantir o Direito de Greve

«A greve, sendo decidida pela maio-ria dos operários, deve ser respeitadae garantida» — afirmou o candidatonacionalista em sua resposta. Na pa-lestra que manteve com os dirigentessindicais, o marechal Lott declarou-se

plenamente de acordo com todas csreivindicações por eles formuladas, no-tadamente as da lula contra a carestia,

pela reforma da previdência e de de-fesa da Petrobrás.

Barrar a opressão imperialistaA caravana nccjpnalista chegou a

Cataguazes pela manhã. Grande mas-sa popular postada na entrada da ei-dade aclamou os candidatos que sedirigiram imediatamente à Praça RuiBarbosa, onde se realizou um comício.Mais de duas mil pessoas tomavam ologradouro, en'-»- elas delegações deUbá, Miray, Itcmaroti e Astolfo'Dutra,distintos vizinhos.

Delirantemente aplauddido pela mui-tidáo, o sr. Tanciedo Neves, candidato

Carta do SertãoIstado da Guanabara,vinte e um do mès d'abrl.Cumpade douto Zi Danta;A verdade vai ai

O Brasi foi discubertona data do Tiradente.Vai sai o J.K,pra intrá o Marechá,outo minéro valente!

Hi cento e setenta anovèi li das terra de Minaum brasiléro de fépara cumpri sua sina.T4 guardada no museuaquela forca assaclna,

O Brasi fico libertotrinta e dois anos dispôs.Foro morrendo os Caxia,,foro nacendo os argoz...No* vendero pru istrangerotem sufrido o brasiléro"coma nunca se supôs.

Vamos pru novo Brasi...Pressa Princesa: Brasia!Qui tarvez, pru sé muié,cuide mió da famia.

Cumpade douto Zé Dantame díscurpe, pur favo,eu tá falando de coisasdesses livos do sinhô.

Nos percisamo. Cumpade.Vè a coisa mais de pertoEsse marechá minéroVai dexá prós brasiléroo nosso Brasi liberto.

Ha coisas nl|i num se ten.qui o pobe percisa té:hospitá pra se cura.iscola pra se aprende . .O Marecliá vai dá tudo,ja uvi éle cli/é.

Vai sé nossa a nossa terra,tudo terá cum franqueza!Vamos prantá no Nordestemecè vai vé qui riqueza!Vamos te força e saúde,Munta água nos açudepias faia da natureza.

Abencòi seu afiadoo. dè lembrança á cumad";.O Zé Praxédi, de sempe,seu istimado cumpade.

K foi lu>;ii descobrindo n maneira mais siniplea rie distei' como acredita na vitória do marechal Lott, de sou compa-nhelro de chapa Jofto Goulart, o também do Tancredo Neves, O Vai que è mole. marechal! esta em todos os comi-c ii? p festividades, dizendo com todas as lelrus que o outro , o amigo do Rockfeller nfto tem vez. A recente visitade Lott é Tancredo à zona dn mata d,mi um quadro das preferôncl»' J~ eleitorado da região. iMais de 10,000 pessoasaplaudiram os candidatos nas.duas cidades por êlcs visitadas.

n governador de Minas Gerais, fêz vi-brttnte profissão de fé nacionalista.«E' preciso lula*- contra a opressão deque nosso país 6 vítima por parte doimperialismo — -.i"-se — força que im-pede o desenvolvimento da economianaronal». Acentuou ainda a capaci-dade do povo bmsüeiro de lutar contraesse inimigo, exemplificando com a de-fosa do monopó!'o estatal do petróleo.

Evidenciou mais o candidato da coli-gaçáo PSD-PTQ-PR, apoiada pelos co-munistas, à sucessão do sr. Bias Fortes,a necessidede dc construir novos frigo-líricos em Minas Gerais, assim como daampliação do parque energético dopaís, a fim de possibilitar um maiorritmo de desenvolvimento da economianacional.

visita que fêz àr oficinas da EFCB emBelo lio.-izor.te, q-je no governo do ma-rechal Lott o direito de greve será as-segurado em lòda c sua plenitude. De-clarou o mesmo num debate que travoucom os trabalhadores em carris urbanosda capital ,nir,oir<i.

Falando ao povoEm Raposa, centro operário nas ime-

dicções de Belo Horizonte, local quevisitou a convite do prefeito, d. Ednafalou a mais de mil pessoas durante umcomício ali realizado. Visitou também

o juuurbio de Lxrreiro e o bairro deVila Concórdia onde, em presença demais de duas mil pessoas, instalou oComitê do Bairro Pró Lotl-Jango e Tan-credo.

Encerrando sua visita à capital mi-neira, d. Edna fc.rlicipou de solenidaderealizada na noite do dia 10, no au-diterio da Secretaria da Saúde. Maisde cinco mil pessoas se concentraramno local para ouvir palestras pronun-ciadas pelo economista Dalton Boechate pelo sr. Tancredo Neves.

m rDefesa da democraciaSaudando em seu discurso a popu-

loção da zona, e reafirmando mais umavez sua» convicções nacionalistas, o ma-rechal Lott declarou ser uma necessida-de imperiosa a consolidação da demo-cracia nu Brasil.

— Só um pais plenamente democrá-tico, pede .er um país grando e forte,afirmou sob estrondosa ovação da mui-tidão.

Durante a realização do comício, opresidente da Associação dos Lavrado-res e Trabalhadores Agrícolas de ita-marati foi levado ao palanque e apre-sentado aos candidatos. O encontrofoi vivamente festejado pela massa quelotava inteiramente a Praça Rui Barbosa.

A caravanaR3presentan! *s de todas as forças

políticas que apoiam Lotf e TancredoNeves participaram da caravana quevisitou os dois municípios mineiros.Também integrarem a comitiva os estu-dantes Uriel Alvin e Laelson Nogueira,do Comitê Unive"s'tári« de Minas GeraisPró-Candidatura Lctr-Jango-Tancredo.

D. Fdna em Beio HorizonteConvidada pelos trabalhadores, es-

rudantes e -ervidoips públicos naciona-listas, a professôic Edna Lott visitouBelo Horizonte nos dias 9 e 10, cum-prindo extenso programa de visitas.

Realizou dehates com operários, par-ticipou de comício*, e visitou bairros.Em todas as oportunidades defendeu oprograma nacionalista dos candidatosLott e Jango, a reressidade da derrotadas forças enlrt-çju'stas.

Reafirmou aos ferroviários, durante a

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Dona Edna c

08 operários

Respostaao Leitor

Congresso Sindical da Paraíba'«Está definitivamente marcada para I

* 2* quinzena de maio o II Congreesodos Trabalhadore» Paraibano», promovidopela Federação doe Trabalhadores na»Industriai da Paraiba, » que terá eomolede a progressista cidade de CampinaGrande», é o que nos escreve un* leitordaquels Estado nordestino. .

Dona Edna eatfve em Eclo Horizonte.No capital mineira foi discutir a campa-nha .sucessória com os trabalhadores,ftstes fizeram-lhe muitas perguntas, prin-cipalmente sobre o direito de greve nogovórno Lott. Gostaram das respostas

& "¦' -.f^f^vJ^WmmYSLmmwSlm^ mmm\mfa£$'-<^hjÍmmWm\ sbbbbbI

HhM3H|| mWfâÊSsmwBF'-'^^rB |P^'::-: ' ^ÉPw^^MS^^sssI sssffHW ssss»?^E ssssff

rt^E. 'fQt&lrÇmmH^KJsrW&*W'*;;í^^F .-'.'.tfíí^írçJÍJs» ''*¦''-^^ssm» ' íj^iti^Êf: ¦ ¦ Í&' *'¦' ií(s "^ Vl^sbbbbhHsbba.^ ' ) BM mWü^^^rr - ''^sbbbbi sbbbbbiEÍ.1^.^ S ''¦'¦ J^ssa ssW}>^ ¦--*''-:-¦*^>-¦I;'''->>'I^Bpsss*SÍ»j^s1

Novos rumos«E' com o mais grate prazir qu»

me dirijo a essa digna redaçlo ne nn-tido de apresentar minhas congratulaçõespelo aniversário ds NOVO» RUMOS •bem assim pelas modificações nêls In-troduaidas», escrevs-nos o leitor JoioRoque Mariano, de Sao Paulo.

Aplaudindo as modificações gráficasintroduzida, em nosso Jornal • a.ud.ndoo seu primeiro aniversário, recebemoscartas dos leitores Hildebrando PereiraLopes (Sío Paulo), W. Xavier iomfim(Planura) . Luta de Paula Anoonl ($.Paulo). Obrigado a todos.

Grileiro no Est. do RioO leitor Neméslo Borges, de %»iJoio da Barra, comunica-nos que tre.família, d. lavrador.,, re.idente, naqu.-I« município, foram expulsa, d. sua. „.

sas por cangaceiros a mando do d.pu-tado estadual Simáo Mansur. Depois deincendiar.m as ohoupanas dos lavrado-res, os capangas daquele deputado de.-truiram suas lavouras e filtram todotipo d. ameaças.

Aposentadoria do IAPIA consulta que nos dirigiu o leitor

Lirio Segantinl (Arapongas-Paraná) serárespondida em um dos próximos -númt-ros pelo dr. Everaldo Martins .m suaseção Defí-nd* teu direito, publicada na2- página do 1» oad.rno deste Jornal.

Poema a LeninAgradeoemos ao leitor Juan Pable

(Petrópolli-Est. do Rio) o poema que nesremeteu a propósito do «(>? aniversáriod» nawlmento de V. I. Lenin.

Aniversário do PCO leitor B.lmlro A. da Costa (Oua-"

rarape.) manda-nos dizer qu. foi oem.-morado festivamente naquela oldad. o38» anlv.r.ário d« fundaçl» do PartidoComunista do Brasil, eom a pr.i.noa dtdezenas d. pei.oas. Agradecemos as r.-ferêncla. elogiotas à nova fase de NOVO»RUMO»,

Sugestões•Aoh.l NR m.lhor no nu nove «er»'

mato» é o qu. no. tsorev. o l.lttr A.Ouilh.rm. (Ou.lba-RO»). E .prmnt.uma sérlt d. .ug..tfl., p.r, melhor,r ,nosso Jornal, ,|0Uma. J* «t.ndlda. .outra. qu. leri0 ..tudada. p.r, ,prí.veltam.nto porterior. Çbrlgado. Agradaeemo., t.mbám, a, èrftÍMi f#(ta| ^nossas defiollnolas.

Comitês Lott-JangoO» leitor*. Osvaldo Germano P*#.

nandes (Florianópolis-J.C.), Flory Ramo*de Aguiar (Santa Rosa-RO»), Joio Ba,-tista d» Oliveira (Gualra-SP), CarloàAlexandre (Valparal.o-8P) a ManoelJoáo da Silva (Três Rios-Est. do Rio)comunicam-nos a oriaçáo naquelas olda-des de Comitês Nacionalistas Lott-Jangoe a eleição de suas retpeotivas dirttoriaa.

Lott e PetróleoDo leitor Prtderloo d. Mello (Dl.*

trito Federal) recebemos um poema txal-tando a candidatura nacionalista do Ma-rechal Lott à presidência da Repúblloa.

.¦wí.i.-íü«--*>v-i. i^i ias» .,'M'Vf iWwml

gio,

l;ni pedaço do yjv. e um quadro-nogro sciâo os Instrumentos que os estudantes deUberlândia utilizarão na campanha dc Lott-Jango-Tancrcdo, Òa jovens secunda-listas e universitários da cidade mineira organizaram uin (.'omite Nacionalista, quefoi inaugurado »o dia 19 de mari;o último, arregaçaram as mangas e saíram pelos

, i..,:.,>„io„/j <.k',.i ni-onacanda do imcipnallsmo e dos seus candidatos.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mirlo Alve*Gerente — Guitembert; c»v»Ic«ntl

Redator-chefe — OrlandoBomflm Jr.

Secretário — Fraiçnioii BorgesREDATORES

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RedaçSoi Av. Rio Branco 'ixi \vandar. S/1712 — Tel: 42-7344Gerência: Av. Rio Branco, 287,

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«NOVOSRUMOS»

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CrS 30,00.Número avulso CrS 5,00Número atrasado > 8,00

— 22 a 28 de abril de 1960 NOVOS RUMOS 5 —

D onos do Nâd d

Jsüo iôsse triste e seria engraçado — principalmente ridículo — o pnpeldos oposicionistas brasileiros. Dizem sim c dizem não balendo os pés, apo-plétieos, como se fossem os donos da verdade eterna, como so verdades éter-nas existissem. A coisa chega a tal ponto que um deles, reacionário pela pró-pria natureza, no dia em que o unindo inteiro comentava e mesmo aplaudiao primeiro foguete sovilético à Lua, escreveu no seu jornal: «dizem que os so.viéticos mandaram um foguete à Lua. fi coisa que não acredito». Naò acre-dito, dizem, como se fosse só deles 0 direito do saber, de entender, de acredi-tar. São de morte.

Agora andam desesperados. Odeiam Brasília, falam mal de Brasília,negam Brasília. E Brasília está ní, inclusive como um marco de luta contrao nosso subdesenvolvimento econômico. Ligar 0 Brasil, dar-lhes estradas,criar condições de escoamento do mercadorias é uma tarefa que Brasília teráe que enche de esperanças os caboclos da Amazônia, por exemplo. Os ranlie-tas ficaram ferozes; outro dia um deles declarou que a prova do qne naodevem ser criadas novas cidades é que a Franca não cogita nem nunca cogi-tou disso. A França, coitada, roída de miséria e de fome, pode lá cogitar dal-guma coisa a não ser oprimir seus povos coloniais? André Malraux que sepassou com armas e bagagens da extrema-esquerda para a direita, mas queí realmente um dos homens mais cultos e inteligentes da França atual, quan-do esteve aqui e visitou Brasília, disse quo só dois países no mundo sao ca-pazes de construir novas cidades: a URSS e o Brasil.

Sabemos das diferenças profundas — profundíssimas — entre os doispaises, sabemos que houve muito exagero na construção dc Brasília, pode-mos estar em desacordo com muita coisa de JK, muitos atos desastrados,muitos erros, mas e impossível negar o que representa Brasília para nossaetapa atual de industrialização, de desenvolvimento econômico.

Nenhuma semelhança entre a URSS o o Brasil, mas devemos orgu-lhar-nos desse nosso apetite de viver, dessa nossa teimosia cm sair do caos,dessa nossa vontade quo quando é resoluta nada impede.

Os ranhetas (chamo assim para não usar nomes feios) ferozes, comoBrasília deixou de ser sonho o se fez realidade, começaram a querer jogar opovo carioca contra o governo protestando, gritando, batendo pés e arran-cando cabelos por causa do Estado da Guanabara. Que é que ha gente?Por que tanta fúria? Se o Estado da Guanabara fosse dividido por vocês,quo bom seria, helri? Se vocês, que vivem proclamando suas próprias vlrtu-des ficassem donos da terra, seria bem bom, não? Mas não ainda. não. Nossopovo está curado do miopias e já conhece bem vocês, inclusive porque as más-caras que vocês usam já eslão gastas. As verdadeiras faces já aparecem atrásdas mascaras rotas.

Política, dizia o velho Lenin, é uniuarte e nossos políticos opisieionislãs nada en-(«ntlem nem dc arte nem de politica. São do-lorosamenle grotescos. Donos do nada.

Eneida

Revisão da HistóriaNuma época em que se fala com fie-

qüência na evidente necessidade de sefazer a revisão de nossa História, à luzda imensa documentação inédita e es-paria, existente não só dentro do paisma» Inclusive no estrangeiro, especial-mente em Portugal, não pode passardespercebido o falo de que são pou-eos os arquivos particulares, entre nos,que possuem correspondência e outrosmanuscritos atinentes a homens públi-cos, escritores, etc.

Graças, em parte, a documentosdessa natureza, ainda hoje conservadosem mãos de parentes e amigos de RioBranco e de outros brasileiros de prol,é que o Sr. tufs Viana Filho pôde es-crever «A vida do Barão do Rio Bran-co» (Livraria José Olympio Editora —1959) com o aparelho erudito, que-remos dizer com a fundamentação quea lastrea, permitindo-lhe fazer revela-ções, modificar conceitos e impressõesnem sempre verdadeiros, em suma, es-crever uma biografia tanto quanto pos-sível exata e segura.

Ora, será uma pena que desapa-reçam esses arquivos particulares, hojetão bem conservados e a salvo de maiorperigo. Isso, é claro, pode acontecermais tarde, porque os parentes às vê-

zes, distantes ou afins dessas personali-dades poderão não ter o mesmo inte-rêsse, o mesmo cuidado na guarda detais cartas e outros documentos queacaso contenham informações interet-sanles de referência à História nacio-nal.

Por isso é que nos países mais cul-tos do mundo, ou seja, naqueles emque os arquivos do Estado têm a preo-cupação constante de obter toda equalquer documentação que ofereça in-terêsse à reconstituição da sua Histó-ria, da História em geral, dispositivoslegais e regulamentares procuram atrairpara tais repartições os papéis parti-culares que mereçam ser nelas conser-vados, de acordo com o critério acimaesboçado.

No Brasil, sabe-se que perderammuitos arquivos particulares de admi-nistradores, políticos, homens de le-Iras, cientistas, etc.

Assim sendo, já é tempo de se pro-videnciar para que os nossos arquivospúblicos exerçam nesse campo umaação preventiva e esclarecedora oueducativa, de forma que as própriasfamílias tenham gosto em saber quetais documentos estão sob a guardado Estado.

M.C.F.

Notas Sobre LivrosKm seus estudos sobre as origens ,. a evolução da nossa literatura Sí|.vlo Romero caracterizou com singular «cidade o senlido dessa evolução eu«principio fundamenta. e dirigente, tem sido 0 da duaUdade 1 s?contadoEis o que èle escreveu, em artigo datado de I88.S:

«i,«vJ'V|l"ím fe 1,»)!i<'i,,ssií a laz,'r " toslaüralln magna de nosso pensamentor í»lt !

os',;,a1:0 s,',,,los de nossa <«is<encia, o principio íunda. lenta « i-rigcnte da literatura apresentar-se-la no antagonismo enire o elemento po-miStam? pr*?n?elto» autoritários das classes conservadoras herdadas da««¦*?.!

". '. os,Prlme,™s dias em que começaram a ãvultar os filhosamericanos dos primeiros colonizadores, esse antagonismo despontou, e amaior ou menor consciência dele - 6 o termômetro de nossa maior ou menorceleridade na evolução literária. Debaixo do conveneionalismo das escolas,eoD as formas mais ou menos espessas das construções retóricas, vivo e palpi-wnte está o pensamento nacional para aquele que sabe entendê-lo.» (Estudosde Literatura Cèmtemporíinea, Rio, 1885, p. 154).A esla posição i.* principio chegou Sílvio Homero ao realizar êle pró-pno, a mstauratio magna do pensamento brasileiro, a que se referia, e par.lindo dai é que levou a cabo o melhor da sua obra de crítico e historiador danossa literatura.

Sílvio Romero, oomo se sabe, foj desde a juventude, uo lado de 'fobiasBarreto, um combatente de primeira linha na grande batalha cultural de re-iiovaçao da mentalidade brasileira, que se travou em nosso Pais, durantealguns luslros, a parflr de 1868. Desde cedo libertou-se das telas de aranha<lo obscurantismo filosófico e clerical ate então dominante entre nós. are-jando a própria mente ao sopro dos ventos materialistas que nos vinham daEuropa. Em quase melo século de intensa atividade literária, revolou-se ttltlpensador avançado, chegando mesmo a manifestar simpatias pelo socialis-mo; não era, porem, um marxista, longe disso. Justo, é, portanto que salien-temos o mérito do seu surpreendente arligo de 1883, no qual Já mostrava com-preender o caráter antagônico das «duas literaturas» — e, por extensão, das«duas culturas» — problema a que Lenin viria dar em 1913, uma rigorosadefinição científica.

Podemos pois, utilizar largamente a prata da casa, nesta matéria, certosfl> quo ela nos ajudará a bem compreender e caracterizar o conteúdo social«Ia nossa cultura, que se desenvolve em consonância com o desenvolvimentoHistórico do País. Khi serve lambem para mostrar que o marxismo não éuma criação arbitrária do espirito, uma doutrina subjetiva de tais ou quaisulopistas, um dogma rígido, fechado, intocável. O marxismo é justamente ooposto de tudo isso, conforme se verifica polo fato, iá assinalado por lingels,de muitos pensadores honestos, embora não marxistas chegarem a conclu-«óes semelhantes ou aproximadas daquelas a que chegam os marxislas emrelação a certos problemas Científicos. E o caso do nosso .Silvio Romcrò naquestão que nos interessa aqui.

IWas, antes de terminar, chamarei especialmente a atenção do leitorpara a frase final do trecho acima transcrito Segundo Silvio Romero — eainda nisto concordamos com ele — as diferenças e as brigas de escolas sãocoisas secundárias do ponto-de-vista de um autentico pensamento nacional;sob as mais variadas formas de «construção retórica» c possível dar expres-são literária de boa qualidade n conteúdos cuja significação contribua para ofortalecimento da linha nacionalista da nossa cultura. À mesma coisa pode-mos dizer com relação às obras de arte em geral, c lambei.; do trabalho cien-lifico. ft claro que isso não se refere àque-Ias «escolas» que buscam formas de expres-são cosmopolitas não nacionais, porque nestecaso o que se pretende ú precisamente esva-y.iar a obra de arte dc todo conteúdo de senti"do progressista,

Mark Twain na ContexturaLiterária Norte Americana

Nos primeiros anos do séculoXIX, a literatura norte-americana,ainda incipiente, apresentava já oesboço de uma estrutura que cedotornàr-se-ia autônoma. A filosofia,os poemas e os discursos de Emer-son são os primeiros indícios de suavisualização. E o «Apelo aos estu-dantes americanos», um verdadei-ro toque de alvorada.

Na poesia, dominada pelo «pen-samento incolor e as imagens bati-das» de um Longfellow, ou pelaobra apenas quantitativamente ra-zoável de um Whittier, os ámérica-nos só atingiram a idade madura,isto é, sua primeira expressão na-cional, em 3855, com a impressãode Leaves of grass, único livro depoemas de Walt Whitman; na prosa,Hawthorne refugiara-se dentro de

si mesmo, Mclville deixara-se ab-sorver pelos enredos do mar, quan-do surgiu um discípulo de BretHarte que de longe ultrapassaria omestre, e imprimiria, também, umcunho essencialmente nacional asua obra — Samuel LanghorneClemens, conhecido pelo pseudôm-mo de Mark Twain.

A literatura nos Estados Unidossurgira nos jornais, nos panfletosdas lutas pela independência, as-sumira formas sintéticas e incisivas,refletindo a mentalidade pragmáti-ca de um povo cujo ritmo de vidafoi sempre dos mais acelerados. Etambém poi- falta de leis que pro-tegessem o.s direitos autorais, os es-critores que quisessem viver do seutrabalho eram obrigados a recorrera jornais e revistas que, no caso,

podiam pagar-lhes e faziam-no bem.Isso, no entanto, forçava-os a ado-tar formas abreviadas, linguagemclara e lemas objetivos. Essa formaliterária particular —¦ o conto mo-demo — teve om Bret Marte -- quecultuava modelos tipicamente na-cionais, reflexos do modus vivcniliamericano, é criticava Hawthorne,Melville ou Poe por se acharemafastados desse espirito — um dc-fensor incansável, que chamava asi a glória de ser o único a expio-rar adequadamente as vantagens dogênero., E foi nesse sentido que in-flüenciou Jack London, O. Henry,Mark Twain e outros.

Com o fim da guerra civil houvena realidade social estadunidense¦mudanças qualitativas que atraírama atenção de todos. O.s artistas tive-

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plausos a Arnaldo Estrela

^«itroüldo Pereiro

Arnaldo Estrela, pianista brasi-leiro, e sua esposa, Mariucha laço-vino, violinista, iniciaram cm Pe-quim sua tournúc pela China,com um brilhante concerto de mu-sica clássica latino-americana e eu-ropéia.

Metade do programa de duashoras foi dedicada a compositoreslatino-americanos, Villa-Lôbos in-clusive. De europeus, foram execu-tadas peças de Brahms e Chopin.Os aplausos entusiásticos da platéialevaram a que os artistas repelissemtrês números.

Cliu Tu-Nan, presiclcnle da As-sociação do povo chinês paia rela-ções culturais cum o estrangeiro,Clien len-Ping, Ministro da Cullura,

Lu Chi, presidente dn União.dos Mú- para relações culturais com o es.sicos Chineses, Und Massu-lsung, trangeiro e União dos Músicos Chi-Chão Peng e outros destacados mú- tioses —' fizeram realizar uma gran-sicos dn capital assistiram ao con- de recepção para comemorar ocerto, tendo, no final, subido ao exilo,palco para cumprimentar os artis-Ias brasileiros, a quem uni grupo ''-"i saudação .ms artistas bra-de jovens músicos ofereceu ramos sileiros, Chu Tu-iNun declarou quede flores. MI;| visita á China contribuiria pata

Comentando o espetáculo, Vi desenvolver as relações culturais cKai-Chi, diretor do Departamento :i'l!'","'KÍ:n' ;| amizade entre osde piano do Conservatório Central |I,)V(,S brasileira o chinês.de Música, elogiou a «-técnica bri- Arnaldo K,;ircl;i c sua esposalharile de Arnaldo Estrela, crespa chegaram à China apo- uma bri-e pura, e, em particular, seu estilo Ihanle louniéc pela União Soviéli-açudo ao executar as composições ca, Polônia e Bulgária, lim sim es-latino-americanas, pleno dc compro- tadu de um mês nu China, darãoensâo da vida que reflete». concertos em. Pequim. Tientsin,As duas organizações promoio- Chitrigking, Kweiyang, VVuhan cras, do espetaculu — Associação Shan

RODOLFO KONDER

ram os olhos voltados para o mun-do objetivo, especialmente para seusaspectos sociais — era o nascimen-to do movimento realista. MarkTwain trazia a chave que Iria in-troduzl-los nesse novo e fecundoperíodo.

(Cumpriria outra missáo impor-

tante: a de deslocar para o Oesteparte da responsabilidade nos movi-mentos culturais, que até então es-lava monopolizada pelos homensdo Este, como Emerson, Thoreau,Hawthorne, Whitman, e mesmoCooper o Poe, principalmente emNova Iorque e Boston.

Mark Twain era mais que umsimples cidadão norte-americanoquase o seu arquétipo. Colocava osignificado do progresso em termo»de conforto e higiene, dirigindosuas sátiras não só contra os •«-trangèiros, seus países e deficiên-cias, mas contra o próprio povo •que pertencia e algumas de suastradições. Auto-suficiente, baseava-se exclusivamente na experiênciaprática, sua fonte real de conheci-mentos. Era um simples homem d°povo, chamado Samuel. Foi pintorambulante, piloto de barcos no Mis-sissipi, explorador de ouro, escritor^jornalista, editor e conferendsta.,'Saiu da escola aos doze anos (quan-do morreu seu pai) e só aos trintae dois (1867) publicou a sua pri-moira obra: The celebrated jumpinjefrog of Calaveras County, obtendoabsoluto sucesso. Usava uma lin-guagem acccssivel e, levando a suaestrepitosa gargalhada a todos oscantos do pais, falava diretamenteà razão rude do povo, porque pro-vocava o risco, que é o «maior ini-migo da emoção», como frisavaBergson. Mas era também um sen-1 intentai, o que pode ser comprova-do na biografia que escreveu de.Joana d'Are.

Atingiu a celebridade sem, noentanto, perder a simplicidade doantigo repórter. Foi homenageadoem 'Oxford como «doutor em lite-ralura». Permaneceu imune.

Entre seus livros, quase todosautobiográficos, destacam-se: "Thftinnocents abroad, The adventiirv*oi Tom Sawyer, Life on the Missis-sipi, A connecticul yankee ín Klnf;Artluir'» courl, The celebraled jum-ping frog and olher stories and skel-clies, e o principal — The adVentu-res of Hucklebcrry Finn, pelo equi-librio conseguido enire os momen-tos dc devaneio poético e a pinturacrua da realidade,

Falecidas sua mulher e sua filha,Iornou-se cético e pessimista. Osmais incautos viram nele um pen-saclor, outros riram. Os últimostinham razão, pois se a sua únicaP-ntaliva no campo filosófico, Whatis man, não tem intenção humoris-lica, náo pode ser levada a sério.

Desapareceu como tinha surgi-do, h luz do cometa de llaley, aossetenta o cinco anos.

Com a morte dos elementos maisrepresentativos de sua geração —-Pifei Harte, Henry James e WilliamDenns Mowells --¦ o campo literárionorte-americano ficou dividido entrea penetração psicológica de StephenCrane (The red badgc of courage)e o dinamismo de Jack LondoniThe sen wolf), O Henry, HenryB. Fuller, Frank Norris o outrosmenos importantes.

Movimentoeditorialna URSS

Os livros publicados na CRSS," ano pnssailu, representaram umquinto dos lh ros publicados nomundo inleiro. I'iiruin editados 5,5volumes por pi s.soa.

1 m íoliil ilc um bilhão cento osessenta milhões ,|,. exemplares,apareceram sessenta e nove miltítulos, om oitenta e seis idiomas.

A União Soviética atingiu o pri-meiro lugar do mundo em traduçãoe publicação dc obras estrangeiras,üm 1959, foram («ditados mais demil e duzentos lis ros, de quarentac oito países. ISntre eles, figuramcento e sessenta e seis obras doantores chineses, traduzidas cm cia-qüenla idiomas.

Atualmente, a UKSS eonla comtrezentas editoras do Estado, quopublicam diariamente pento e no-

NOVOS RUMQS 2? n ?t) de abril de 1960

DERROTADA A POLÍTICA DO SR. MENEGHETTI

Greve do Trigo Foiifúiuí. .,

oõnhosjfcaifó

"J& Farsaia

a

Contra osCRUZ ALTA, Rio Grande do Sul —seu recinto habitual, e reabriu-os no

m(abril) — A maquinaria da lavouratritícola, do Rio Grande do Sul, abran-

çje mais de 17 mil máquinas, entretratores, semeadeiras-adubadciras, com-binadas e automolrizes, além de maisde 15 mil implementos (arados e gra-des) e mais de 4 000 carretces. Todoêsse potencial mecânico foi imobilizado

pelos triticultores que se concentraram•m várias cidades. Centenas e cente-nas dessas máquinas se aglomeruramnas ruas do centro da «Capital doTrigo», Cruz Alta. A paralisação foi

•m sinal de protesto contra a políticaanti-tritícola do Governo Fedciai, repre-tentnda na pessoa do Ministro da Agri-cultura, senhor Mário Meneghetli.

A greve dos triticultores gaúchos leveinicio na cidade de Carasinho, no dia28 de Março e a concentração dasmáquinas em Cruz Alta no dia 31 deMarco, às 8 horas. No dia 31 demarco, portanto> teve inicio num estilomais alto e organizado a patriCicagreve dos triticultores. Foi organiza-do o comando da luta e dele partici-param Alfredo Westphalen Neto, An-tonio A. Lima, Norberto Lindermayer,Ladinor Machado, Américo .Ramos Buc-«o, Homero Pezzeta e Sothér Marques.

Foi eleito presidente do comando olíder triticultor Alfredo WestphalenNeto. .

Em seguida dirigiu-se para o Rio dejaneiro uma comissão constituída pelostriticultores: Walter Werner, AugustoRetamal e Ladinor Machado. Esta co-missão foi acompanhada, até PortoAlegre, pelo prefeito Cap. Adauto A.dos Santos. Nas imediações da con-ctntraçõo de máquinas, foram levan-tadai barracas, sendo uma delas cha-•nada «Rancho dos triticultores», onde•ram servidas as refeições.

GREVE GERAL

No dia 31 de março toda a cidade

parou, com os estudantes em greve, ocomércio, a indústria e os bancos com•uas portas fechadas. Os funcionáriosmunicipais não se apresentaram ao tra-balho por ter a Câmara Municipal dadoIntegral apoio ao movimento e o pre-feito da cidade que também aderiradecretando ponto facultativo.

As 8 horas deram entrada na Capitaldo Trigo as máquinas dirigidas pelossoldados da triticultura. Os produto-res, arrendatários, lavoreiros grandes e

pequenos, irmanados com os assala-riados agrícolas, eram saudados entu-•iastieamente pelo povo cruzaltense.Foram realizadas em Cruz Alta, duran-re a greve, comícios, concentrações,atos festivos, etc. No dia 6 de abrilrealizou-se grande comício. A Cama-ro de Vereadorts, em sinal de solida-riedade, suspendeu seus trabalhos no

palanque oficial do comício.

Além de outros oradores, falaram oCap. Adauto A. dos Santos, prefeito,Dr. J. Westphalen Corrêa, piesidenteda Câmara, Padre Fortunalo Dai Agnol,vereadores de todos os Partidos e duosmoças tratoríslas.

TRITICULTORES NAO QUEREMAUMENTO

Encerrando o comicio o líder AlfredoWestphalen Neto, depois de abordarminuciosamente a justeza da luta dostriticultores, fêz ver à grande massaque o ex-ministro Mario Meneghelti,antes de ser substituído, procurou con-fundir a opinião pública atirando-aconlra os triticultores, dizendo que opão iria aumentar de preço e os res-ponsáveis seriam os que estão lutandopela triticultura. O líder Westphalen,rebatendo disse : «São uma calunio asdeclarações do Ministro, O povo sabeque não estamos lutando pelo aumen-to do preço do trigo. Estamos lutando,simplesmente, pelo direito de produzirtrigo nacional, mais !-arato, estamoslutando para recebermos o pagamentodo trigo que entregamos em outubrodo ano passado e nada recebemos.E os triticultores estrrão sempre vigi-lantes para que não seja aumentadoo preço do trigo, para os moageirosque já há mais de dois anos recebemo trigo a Cr$ 500,00 o saco. Haven-do tentativa de aumento no pteço dotrigo, os triticultores paralisarão suasmáquinas e voltarão à greve lutandocontra a carestia, lutando pela manu-tenção do preço atual que é de Cr$500,00 a saca».

Têm razão os triticultores quando di-zem que não lutam pelo aumento do

preço do trigo. Há três anos, erauma de suas reivindicações o não au-mento do preço do trigo aos moinhos.

A diferença entre preço de compra e

o de venda deveria ser coberto comos ágios que o governo federal econo-miza com a não importação do trigo

que é produzido no País. Esta reivin-dicação foi vitoriosa e o trigo desde

1958 vem sendo vendido aos moinhos

a Cr$ 500,00.

Por incrível que pareça, o ministro

Mário Meneghetli, gaúcho de nasci-

mento, por mais ,que se dissesse de-

fensor da triticultura nacional, o seu

papel era liquidá-la, em favor dos

monopólios estrangeiros a bem de

cumprir o acordo feito com os EstadosUnidos, e em defesa dos moinhos, em

particular do centro e do norle do pais,contmlados pelo truste Bung andBor

MOINHOS ROUBAM

Oi moageiros dizem que é precisoaumentar o preço da farinha porqueaumentaram os impostos, ele, quandopor várias vezes eles aumentaram opreço. Vejamos as tabelas abaixo,que provam, não só, que não é neces-sário aumentar o preço da farinha, co-mo tabmém os triticultores lutam é pelaredução do preço da produção, con-Ira a carestia da vida e' não pelo au-mento do preço do trigo, da farinhaou do pão.

PREÇO DO TRIGO PARA OS MOINHOS

1956 saco de trigo.. Cr$ 420,001957 Idem, idem ... 440,001958 Idem, idem ... 500,001959 Idem, id»m ... 500,001960 Idem, idem ... 500^00

PREÇO DA FARINHA

1956 Cr$ 485,001960 " 1.100,00

Adubos

19561960

P< 1Idem

ha. CrS 1.500,00" 3.600,00

Uma automotriz em 1956 eqüivaliaa 750 sacos de trigo, ou sejaCr$ 315.000,00. Em 1960 a mesmamáquina eqüivale a 2.800 sacos d. tri-

go ou seja Cr$ 2.240.000,00. Um tra-tor em 1956 eqüivalia a 370 sacos detrigo, ou seja Cr$ 160.000,00. Em1960 o mesmo trator eqüivale a 1.500sacos de trigo ou seja Cr$ 1.200.000,00.

Estas tabelas desmascaram os inimi-

gos da triticultura nacional que detur-

pam a realidade dos fatos.

EXTENSÃO DO MOVIMENTO

O movimento grevista atingiu cercade trinta municípios do Estado.

. O protesto teve início nos municípiosde Carazinho, Cruz Alta, Santo Ângelo,Santa Bárbara, Ibirubá, Panambi, Pai-meira e em seguida se estendeu a ou-tros municípios onde os triticultores re-solveram concentrar suas máquinasagrícolas nos centros urbanos, a fimde dar demonstração cabal He sua dis-

posição de lutar conseqüentemente porsuas reivindicações.

O principal motivo é que os triticul-tores não tinham dinheiro nem para ocombustível de suas máquinas, por issomesmo, acharam mais convemente en-costá-las nas sargetas do asfalto dascidades.

Por que não havia dinheiio ? Sim-

plesmenle, porque o trigo foi colhidoem outubro e entregue ao governosem até êsle momento terem tecebido

um só centavo. Além da falta de di-nheiro, os produtores vêm tendo um

prejuízo, só de juros, de cerca de . .Cr$ 42,00 por saco de trigo.

As principais reivindicações do mo-vimento são :

1.' Substituição do ministio MarioMeneghetli

2.' Aprovação do projeio UnírioMachado, que trata da piorroga-ção da moratória aos triticultores.

3.' Como solução de emergência,adiantamento parcial Io finan-ciamenlo à lavoura. — CrS 1.500,00 por ha.

4.' Aumento do preço-teto do finan-ciamenlo por ha, à laveura.

V Preço único e justo paro c trigo,sem nenhum aumento no preçoaos moinhos.

VITÓRIA

Tendo sido conquistadas a; prinei-pais reivindicações acima citadas, ocomando geral da greve siluodo em

Cruz Alta, decidiu dar por encerradoo movimento de protesto, que perdu-rou onze dias, com considerável coe-são de toda classe e solidariedade dosferroviários gaúchos, associações declasses, e o povo em geral.

As 14 horas, r'o /.alanque do comi-cio da vitória, que se realizava na pra-ça central da cidade, o líder V estpha-len, dava a palavra-de-ordem do co-mando geral do movimento . «Triticul-tores, nossa luta foi vitoriosa, inicie-mos, portanto, o desfile para nossaslavouras.»

Às 14 horas, precisamenlt, CruzAlta viveu um de seus grandes mo-mentos, com milhares de pessoas napraça central e nas principais ruas dacidade, sob o pipocar dos foguetes, e,num só tempo, com o ruido estridentedos motores das máquinas agrícolasque rompiam, como uma bando de cia-rins, o silêncio sombrio da maquinaria,que estava parada representando oprotesto dos triticultores em luta porsuas reivindicações patrióticas e nacio-nalistas.

Tendo à frente uma máquina daempresa Westphalen, dirigida pelo se-nhor Alfredo Westphalen Netc, presi-dente do comando geral do mov;mento,foi dado início ao desfile r~oh as pai-mas da multidão que se aglomeravana praça pública. O desfile, que teveinicio às 14 horas, terminou às 16 ho-ras e 15 minutos.

O Teatro de Arena está apresentando desde o mês passado, a peça emtrês atos, de autoria de Edy Lima, «A Farsa da Esposa Perfeita». A autora égaúcha da fronteira, da cidade de Bagé. Al, situou a ação da peça. E o fezsom grande autenticidade, reproduzindo de maneira, muito feliz, o linguajar,o anedotário que ê sempre uma das expressões mais puras c características dopovo, os hábitos, as crendices, a maneira de viver das gentes daquela região doSul. Quem lá nasceu ou viveu muito tempo que o diga. O texto trata demaneira terna e Irônica dos apuros c complicações de uma jovem e bela esposaque seguindo os conselhos de uma «rezadeira» e alcoviteira resolve ceder ásinvestidas de dois admiradores, prodigalizando-lhes favores, com a finalidadede obter-lhes a cooperação nos planos de ajuda ao marido, criador de gaios derinha e para quem a vitória de seus pupilos (os gaios) é além de questão eco-nõmica, um ponto de honra. O marido enganado, na melhor boa-fé, é amigo ecomparsa de seus adversários no rinhadeiro, sócios no amor da mulher. Masesta que em sua simplicidade de criatura primitiva desconhece maiores pro-blemas de moral e fidelidade conjugai c julga que o fim — defender os interessesdo marido — justifica os meios, quando náo precisa mais de seus adoradores,busca livrar-se deles, de qualquer modo. Engendra uma intriga entre os doisgalãs, mas o prejudicado é ainda o marido, que acaba levando a surra que sedestinava a um deles. De maneira inesperada, no último ato a alcoviteira serevela. E ficamos sabendo de seus amores, já antigos, com Sirvano, o marido.Fica explicado seu interesse em ajudá-lo, através de processos tão pouco reco-mendávels, assim como a sua vontade de despistar, ela também,, os dois com-parsas já agora inúteis e desnecessários e o seu empenho em transferir o casalpara uma fazenda, mais longe, mais perto dela e... mais à mão do fazendenro,interessado nos favores da bela Olália, a esposa. E tudo vai recomeçar, aoterminar o terceiro ato... Contado assim pode parecer inconveniente. Não éTrata-se de uma farsa, uma certa sátira a certos modos e atitudes um tantofanfarrões, um tanto ingênuos, muito do sul. A peça é bem urdida e bem de-«envolvida. A direção é boa. Os accessórios dão a necessária cór local. Odesempenho é bom. E' mesmo surpreendentemente bom para atores que desconfie-cem o sul c suas peculiaridades. Caminha e falam como fronteiriços, como genteque tem de vencer com a voz e com o corpo,a força do minuano. E' natural que gingueme gritem. Lá é assim. E' mais um louvável em-preendimento dessa gente esforçada e simpáti-ca do Arena. Não traz mensagem política, nãotem matiz social, mas diverte, o que não deixaHe ser útil e necessário.

Beatriz Bandeira

Palavras CruzadasF. Lemo.

PROBLEMA N< 7

HORIZONTAIS: 1 — O mats novoEstado da Federação. 5 — Do verbo SER.6 — Artigo masculino plural. 7 — Cos-tela inferior do boi. 10 — Instrumentoagrícola (plural). 12 — Mais mau; maisnocivo. 13 — Cerimônia religiosa que secelebra todos os dias, durante um ano.15 — Naquele lugar. 16 — Décima sé-tima letra do alfabeto grego. 17 — Con-ciliar; pôr de acordo. 19 — Expressãoque exprime irritação, revolta. 21 — No-me próprio masculino. 22 — Mulher queamamenta criança alheia. 23 — Altar dossacrifícios. 24 — Criada de companhia.26 — Pequena embarcação de velas lati-nas (plural).

VERTICAIS: 1 — Nome da letra«G». 2 — Adotai. 3 — Nome de uma flormuito conhecida. 4 — Artigo femininoplural. 8 — Procurar contatos voluptuo-sos, principalmente numa aglomeraçãode pessoas, veículo, cinema, etc. 9 — Ave

!' M I l i i I3 I* l¦ JÉÉÉÉt_

F I P_ __ . , m_

I—I—I I i

da família dos Psitacideos. 10 — Homemexcluído da sociedade. 11 — Que estáfora das normas; contrário às regras.12 — Lavatório. 14 — Discurso lauda'-tório. 18 — Ramo delgado de árvore ouarbusto. 20 — Pista de corrida de ca-valos. 23 — Antes de Cristo (abrev.).25 — Artigo feminino plural.

RESPOSTA DO PROBLEMA N' 6HORIZONTAIS: 1 - Mil; 4 - Aba; 7 - Ari; 8 - Aries; 9 - Labor;~-«.ii

7. DT; U " °ra! 15 - 'rai 1? - Drenar; 19 - Eta: 21 - ^dar-23 - Media; 24 - Aro; 25 _ Amo; 26 - Sai. VERTICAIS: 1 _ Mal; 2 - Irado-3 — Liberdade: 4 — Alvoradas; 5 — Boi; 6 — Asa; 8 — ArTina; 16 — Arara; 18 — Era; 19 — Ema; 20 Tom; 22

kro; 10 — Ovar: 13Rei.

Os Gaios da aurora

h. ComoHÉLIO PÓLVORA

"Os Calos d.i Aurora", livra de. estreia na literatura do /or-nalista Hélio Pólvora, c a reunião clc uma série de contos do autor,animado com o sucesso do conto une dá nome no livro, premindono concurso de "A Cigarra", em 1958. Hélio Pólvora, nascido ccriado nn sul du Bahia, veio par» o Rio como jornalista. Nãoesqueceu, entretanto, as coisas c os problemas da região dominadapelo cacau, presente na maioria de seus contos. Sem se limitarno regionalismo característico da geração anterior. Hélio Pólvoraprocura retratar a vida de seu povo com todos os recursos queretirou de sua atividade orofissional e de sua formação humanística.

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"^KtSvmr.Tiiss-^siÊftBWDn

O galo era pcarès. Nao era alto, mas tinna o peito fortee estufado, colorido de peninhas preto e branco. Sobre acabeça elevava-se a crista sangüínea e mole, quase dobradaem duas. Os esporôes eram longos, longos demais. Galo terra,carijó, galináceo comum, uma porcaria de galo.

Bonito, lá era. Uma beleza de galo. Andava aprumado,com pose de peru, satisfeito com a própria figura. O papoera um depósito de cacarejos constrantes. As asas desciam,ora para um lado, ora para outro, roçando a terra em mo-vimentos rápidos. Com a asa pendida como avião despencandodo céu, rodeava as frangas novas, espantava as galinhas poe-deiras, e de vez em quando experimentava a solidez de uma.Absolutamente convicto da resistência das fêmeas do seuterreiro, saltava para o chão, inflava o papo, a crista tre-mia, os esporôes tremiam — e o cocorocô ouvia-se longe, erao seu brado triunfal.

Chamava-se Roque. De madrugada, desperto na cama decouro de zebu, vendo a luz coalhada de branco da manhãentrar pelas telhas vãs e espalhar, na escuridão do quarto,uma camada leitosa, gostosa de ouvir o nosso galo, o orgu-Ihoso Roque, duelar com os seus visinhos. O desafio dos co-corocós prolongava-se durante horas, só tinha fim quando asaves agitavam-se no poleiro e pulavam para o chão, famintos,num concerto estridente de cacarejos, pedindo milho, milho,milho.

Que madrugadas aquelas! A luz dn manhã se coando pelastelhas-vãs e eu sem dormir na cama de couro de zebu, doidoque raiasse o dia para pisar no sereno, sentir na cara o bafoúmido do frio e ir colher os jenipapos tombados, roldos pelosmorcegos. Sem sono, o sangue encachoelrado sob a pele deanimal novo, ouvia cm êxtase as clarinetadas dos gaios cha-mando a aurora. Cocorocô!

Chegava amortecido, suave e débil como o gemido de umviolino, o grito do galo de sinhá Maria, na fazenda vizinha,a meio quilômetro. As vezes, quando o galo estava fraco, pre-cisando de uma ração urgente de milho, eu esforçava-me paraouvir o seu canto manchando o silêncio do limpo alvorecer.Um pequeno intervalo — c um galo próximo, o de seu Vi-cente, respondia num grito rouco e curto que lembrava umtrovão em miniatura. O nosso poleiro agitava-se, eu ouviaRoque rufar as asas como um tambor de guerra, e o seugrito, o seu vitorioso cocorocô, estrondava nos meus ouvidos,longo, musical, com os derradeiros sons morrendo em ester-tòrcs no fundo do peito, Pela madrugada, duelavam os gaios,e eu, menino de oito anos, ouvia-os encantado da minha ca-ma forrada de couro de zebu, e conhecia perfeitamente osseus cantos.

Roque era um galo terra, um galo comum, uma porcariatle galo, mas tinha beleza e caminhava com o vento varrendosua plumagem pedrês, provocando ondas no dorso e nos flan-cos altanciros.

— Ti, ti, ti!Era sinhá Clara, de manhã bem cedo, chamando a criação

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sua saia de chita, que fazia um côncavo — espécie cie sacoimprovisado — presa pelo seu braço esquerdo. Com a outramão ia atirando milho no terreiro varrido:Ti, ti, ti!Às vezes, as aves estavam afastadas, ciscando entre a

grama, e era uma debandada, um voejar rasteiro, um cacare-jar para cima de sinhá Clara. Os frangos mais famintos nãocorriam; voavam baixo, eram pássaros leves, andorinhas esanhaçus, na louca atropelada.

Ti, ti, ti!O terreiro desaparecia, não se via nem um palmo de terra

batida. Bicos vorazes caiam sobre o milho esparramado, enrjo-liam-no com a rapidez de uma máquina mecânica que fosseajustando parafusos, ajustando, ajustando.

Sinhá Clara punha-se pensativa, de mão no queixo:Está faltando a galinha nanica.Seus olhos percorriam as aves, perscrut.itlores. Às vezes

descobria a suposta ausente, às vezes não — e ficava triste.A raposa papou a pobrezinha.

O marido via bem a sua tristeza:Que foi, sinhá?A raposa ou o sariguè, não sei.Vou reforçar o laço.

Acabava de amolar o facão, afiava a lâmina em umatira de couro fixada a uma tábua, experimentava a polpa dopolcgar no fio e recuava-o, lépido.

Com este bicho assim afiado, faço a cobra cu:pir. —E saia feliz para a roça, passando a lâmina de vinte pole-

gadas, aço alemão, nos talos tenros de capim.Olha as pernas, homem sem juízo!

A advertência da mulher arrancava-lhe uma risada demofa

Para que negar, se eu gostava mesmo das aves? Roquecomia na minha mão. Suas bicadas eram forte:-, faziam-medoer a palma. Quando a mão estava cheia, ainda bem; masquando restava uns poucos grãos para éle catar, as bicnd:seram dolorosas, deixavam vergões. Depois que as aves grnn-des comiam c saiam a ciscar, longe da casa, eu pLava milhopara os pintos. Uma vez, a pedra redonda esmagou o bico tleum pinto sem plumagem, o mais faminto da família. As duaspartes do bico não se ajustaram jamais; penderam para oslados, formando uma cruz, a cruz do meu remorso. Sem po-der engulir nada, o pelado emagreceu, emagreceu, enquantoos irmãos encorpavam, ganhavam penas, vesti uri roupas co-loridas. Não pude maíálo e tapei os olho-, quando sinhá Claraesmagou-o contra o toco negro de ca tule.

Não gosto de ver bicho penando.Roque, o rei dos cocorocôs dn madrugada, também ro-

mia bananas que eu lhe oferecia de;;a;cn:!as. Mergulhava obico na fruta madura e, com a cabcç.i no alio, t.italnva-o c.iniprazer. Enquanto eu mordia outro bocado, entortava a cn' ^apensativo, com os olhinhos verdes piscando como luzes. Si-nhá Clira me surpreendia e era um deus-nos-acuda:

_._ U«ninn nTCO»

Repetia a condenação, enojada, e perguntava:Sabe h onde andou o bico deste galo?Era ela quem dava a resposta:No monturo, ciscando imundicies!Para que negar, se eu gostava mesmo das aves e ado-raya ouvir pela madrugada o canto guerreiro do nosso galoCd rijo tRoque não era um galo de raça, já sabem. Tinha a cristamole e caída, e os esporôes não eram afiados. Foi a suaperdição. Jacinto, trabalhador que morava do outro lado riepasto, em uma casinha envarada e enchida de sopapo de barro«.pareceu um dia, muito lampeiro, com um frango novo quêlhe custara dois mil-réis. Soltou-o no seu terreiro. Em breveouyiam-se dois cocorocôs, para espanto de Roque, que decidiu' ¦

pela expulsão imediata do intruso.

M„f nC0,ntr,aram"Se b°m à minha vista- íleP°is de se hosti-lizarem de longe, riscando o chão com as unhas descendo asasas, cacarejando e cantando, infundindo mútuo terror Eud., janela babava-se de satisfação. As penas do pescoço eri-'

çaram-se, formando um colar que desmudava a carne verme-lha, espetada de fistulas brancas - as penas. Pés voavamferindo peitos com os compridos esporôes; bicos buscavamas cristas que se desfaziam em sangue. Envolvia os combn-tentes uma poeira de verão que os pés de valsa levantavam.. Ourou pouco, a briga. Atraído pela algazarra e pelo cantotiiunf.il do Roque, Jacinto levou o frango banhado em sangune agonizante. N3o deu boa-tarde ao sinhôzinho, não féz co-rm.v.arios. Fervia tle raiva pensando na humilhação e nos doismil reis. Quando voltou da feira, no sábado seguinte, fedendoa cachaça de pa-,co trôpego, trazia um rival para o nosso galo.Hl, na minha inocência, ao ver o bicho magro, de pes-caço nu e coxas nuas, quase sem crista. Aquele não agucn-t.iva o rojão.

Jacinto encarou-me. com raiva, alisou as penas do bichoe soltou-o com as mãos estendidas como quem liberta um pás-snro. Roque partiu que nem uma bala para cima do rival,-hocaram-se no ar e caíram. Confundiram-se, depois, em um';n!o grande, muito gordo, cheio de penas brancas, pretas eJe um vermelho vivo. Às vezes tinha duas cabeças Giravacomo um rodamoinho no mesmo lugar,Ah, aquela briga, memorável triunfo de Jacinto, durou

horas! Rot|iie, o rei dos corococôs da madrugada, estava de.bioo aberta, rosfolegandp, e já não atacava o galo de raça

que Jacinto trouxera para vingar-se: limitava-se a cruzar opescoço no do rival, furtando-se às bicadas, ou a ocultar ver.-gonhot.-imcnle a cabeça entre as asas, flngindo-se de galo acé-falo. Arranquei-o cam raiva dos esporôes e do bico do galovermelho para que não morresse. Sua crista estava em carneviva,

Banhei o galo, pensei-lhe as feridas com o sumo rio mas-truz pisa lo — e do fundo do paslo chegava o riso fácil deJnciiuo. Minha cólera inchou, inchou até subir à garganta,formar um b-lo quo dificultava a respiração. Abandonei omeu herói destronado, carreguei dè chumbo a espingarda ein.-,'. i, com certeiro tiro, o desgraçado galo vencedor. Deixei-o :le bica aberto bem defunto.

Menino malvado.Ninguém tle casa aprovou a vingança. S-u Terto suspen-deu o trabalho de afiar o facão para me olhar com desprezo,Ista tem coração de cobra!E cuspiu nu chão o naco tle fumo que estivera a mascar,

rolantlo-o co,u a língua tle uma bochecha para a outra.O choro explodiu, lágrimas benditas que lavaram a alma

e tiraram a ruindade do coração, o sono não chegou naquelaiiui -. De .-,07.0. sentindo nas costas a dureza do couro tleztbu, via a luz tli madrugada espargir brancura no breu tioquarto, e ouvi o coro dos gaios, as suas clarinetadas anurci-adoras da aurora, Um grilo rouco, medonho, que m lis pa-recia o çirasn.ir tle um corvo, respondeu ao desafio. Era Rn.nue agonizante. Meus olhns estavam secos.

¦e^n^Ürtil

22 a 28 de abril de 1960 NOVOS RUMOS 7 —

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itaduras Apoiadaselos Estados UnidOS

EDUARDO ORTEGA Y GASSET

Recuperação, i

de pântanoCOM 0 GOVERNO DE FIDEL:

Imediatamente depois da vitória da revolução, n regime de Fidel Castroiniciou um grande programa de construções e tle desenvolvimento da economiado pai». Deste programa consta a recuperação de 200 mil hectares de torras pau-tanosas du arcai de Zapata, que custará 50 milhões tie dólares, mas proporelo-narfc uma economia anual de 20 milhões,

Cus eu

ba RecuperaTerritório

HAVANA, (PL) — Dois proje-tos que trarão enormes benefíciospara os povos que os promovem,foram, por coincidência, iniciadosna segunda semana de janeiro. Um,no Oriente Médio e outro na Amé-rica Latina: a represa de Assnan,na República Árabe Unida (RAU),• a drenagem das areia» movedl-«as de Zapata, Cuba.

Ambos os projetos visam a reabi-litar regiões a serviço da produçãoagrícola: a represa de Assuan ir-rigará milhares de hectares atual-mente afetados pela estiagem. E adrenagem do areai de Zapata re-cuperará 200 000 hectares de ter-ras pantanosas — o que represen-ta 1,7% da extensão territorial deCuba — e deterá seu avanço rumoao norte, a fim de evitar que con-tinui inutilizando mais territórioapto para o cultivo.

O areai está situado na penín-sula de Zapata, que é a maior dailha de Cuba, tem 130 kms de com-primento, e, através dos anos, foicontemplada somente com um pe-queno centro de trabalbo de tinigrupo de earvoeiros e uma regiãoonde o.s caçadores preferiam passarseus fins de semana.

JUAN MARRER0Serviço Especial de PRENSA LATINA

"Algo que não serve"

«Já estão em andamento pro-jetos para drenar o areai de Zapa-ta, onde obteremos 195 000 hecta-res de terra», disse Fidel Castro, a16 de fevereiro de 1959, quandoassumiu o cargo de primeiro minis-tro do governo revolucionário. Eraa primeira ocasião em que um fun-cionário governamental se referiaà árida região, sempre vista como«algo que não serve», de Cuba.

E, k medida que os dias forampassando, o projeto de drenagemda zona foi ganhando impulso.

A 10 de janeiro deste ano, fun-cionàrios e técnicos cubanos —que, nos trabalhos experimentais,foram auxiliados por engenheirosholandeses, expressamente contra-tados para tal — começaram a pôrem marcha o projeto, no lugar co-nhecido por El Rongo, a uns de-zoito quilômetros da povoação deAguada do Pasajeros, iniciando, aconstrução de um polrler (aterro)piloto e a canalização de 25 kmsdo rio Hanúbana.

Um "polder" pilotoAs zonas de trabalhos da dre-

nagem do areai de Zapata foram

Chega de Guerra (Quente ou Fria)u-i.njin »i*tn i*tr»-M"yi *-*i- -,*i- ----- - --..-.-.-¦¦ .*..«««¦ **********

divididas em seis seções, atenden-do às características dos solos,quanto a seu aproveitamento, sali-nidade de suas águas e sua utiliza-ção final em irrigações, fatoresg e o 1 ó g i c o-hidrológicos, flores-tais,, agrícolas, sanitários, ccológi-cos, viagens e fomento tio turismo.

Centenas de caminhões moder-nos e quatro equipamento* anfíbios— adquiridos por mais de doismilhões de dólares — são utiliza-dos nas obras iniciais do projeto,assim como centenas de trabalha-dores da Comissão Nacional de Fo-mento, do Instituto Nacional dofoment.., do Instituto Nacional daReforma Agrária e do Ministériode Obras Públicas. Segundo foi in-formado, a finalidade visada com aconstrução do polder piloto íganhar experiência antes de se em-preender a recuperação de áreasmaiores.

No que se refere ao rio Haná-bana, que tem 45 kms de compri-mento por 90 metros de largura eatravessa toda » região panta-nosa comunicou-se que sua cana-lização será feita para que suaságuas irriguem as seções queserão drenadas com argila — ma-terial que é transportado dasregiões vizinhas.

Futuro centro de povoamento

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5

Apesar dos êxitos obtidos na Conferência de Genebra de 1955,

os donos da guerra-fria conseguiram manter sua política durante os

anos seguintes. Aí vemos, agora, como o caricaturista de «Notícias

;.as perspectivas oara 1960.

Juntamente com os trabalhosde drenagem e canalização daregião pantauusa, que abrange osul das províncias de Matanzas eLas Villas, estão sendo efetuadasobras de adaptação, cultivos, colo-nização, reflorestamento, estradasmunicipais e aeroportos.

Está sendo construído em Cen-trai Austrália um aeroporto comuma pista de 1.200 metros; e napovoação de Buenaventura, nolugar conhecido como Sopillar,outro, com uma pista de 800 metros.Ambos já são utilizados para trans-portar equipamento e homens deHavana, e de outros lugares, parao interior do Areai, a fim de adian-tar os trabalhos. Apesar da cons-trução destas pistas ter sido, cm-preendida com o objetivo de suautilização para o.s trabalhos inicia-dos, não está afastada a possibili-dade de que, no futuro, permaneçamcomo centro do tráfego de passagei-ros, inclusive turistas.

Também em Central Austrália,se instalou uma estação de contró-le de uma rede de telecomunicações,que está ligada as estações micro-ondas de Havana. Por sua vez oministério das Obras Públicas cons-truiu unia estrada nue vai de Agna-da de Pasajeros até o interior dnregião pântanos», com uma exlon-são de 1<S kms. estando em projetoseu prolongamento através de todoo Areai.

0 projeto em números

O projeto custará a Cuba cercade ")0 milhões de dólares, entre ma-teriais, 325 milhões, e salários, 17,5milhões de dólares. Km compensa-ção, a partir de 19(11, quando deve-rá estar pronta a primeira fnse, elt)G5, quando estará totalmente ter-minada, possibilitará uma economiaanual de 22 milhões de dólares, coma colheita de 2 milhões de quintaisde arroz.

Publicamos a seguir um artigodo conhecido intelectual espanholEduardo Ortegay Cassei, irmão dofilósofo já falecido Ortega ,V Gasset.Eduardo Ortega y Cassei viveatualmente como exilado políticona Venezuela.

O governo rio Presidente Eise-lihower afirmou, há dias, em altosbrados, que não apoia nem suaten-ta as tiranias a que, atenuada *inexatamente, chamamos ditaduras.Essa afirmativa se choca com aevidência, e não ganha, com ela,qualquer prestígio a diplomaciaque a faz. Ê sabido, não só na Amé-rica mas em todo o Mundo, quenestes últimos anos impera na Se-eretaria de Estado um turvo ma-quiavelismo que promove e susten-ta as ferozes ditaduras da América.Seria ingenuidade pormenorizarcoisas que ninguém ignora. Quan-do se dizem verdades notórias bastaaludir de leve. Não há muitos diasque, quem leu as Memórias do Sr.Éden, ficou ciente doa impúdicosdetalhes daquela sangrenta embru-lhada na Guatemala, capitaneadapelo embaixador norte-americano,de pistola à cinta.

Trujillo foi um vil agente im-posto pelos Estados Unidos em SãoDomingos depois duma descaradaintervenção militar. E é curioso quese fale de respeito ao princípio danão-intervenção a fim de não sealterar o resultado de intervençõesanteriores. Nem como sutileza di-plomática pode passar êste^con-coito que parece obra do barão deMunchaussenn.

Não foi o Somoza, da Nicará-gua (também agente doe norte-ame-ricanos), que recebeu, como pré-mio pelo assassinato do herói epatriota Sandino, o apoio que aindacontinua nos seus herdeiros, insti-tuídos em dinastia?

Poderá acaso negar-se o apoioa Batista, através dos anos em queeste ignóbil sargento roubava àlarga, até possuir a maior fortunada América, e assasiinava com sa-nha cruel om «eus compatriotas,provocando o horror universal? Enunca êsse apoio foi contrariadocom a menor advertência públicanem por qualquer campanha daimprensa americana, tão forte «poderosa.

MaB quando os cubanos mos-tram a sua heróica vontade dê se-rem soberanos política e econômica-mente, ultrapassando o seu regimefeudal, aqueles que fecharam osolhos ao regime de Batista multi-plicam os ataques contra FidelCastro. As mais torpes campanhasde mentiras foram desencadeadas.Campanhas que nio investem sò-mente pela imprensa: delas parti-cipam aviões que partem dos Esta-dos Unidos. Estes, que, com suasimponentes redes de radar, dispõemde meios para impedir qualqueragressão aérea, como proclamamaltamente, de certo modo são intei-ramente responsáveis pelos ataquesa Cuba em que foram lançadasbombas, queimados canaviais edestruídas vidas humanas.

Porque tão injustas reações etão grandes ofensas à verdade?Acaso os americanos do Norte sejulgam tão fortes que ficam parasempre de fora da órbita da Jus-tica? Batista foi benquisto dosnorte-americanos mas não o é ohonrado herói da Sierra Maestra.Intentam concitar contra êle todoo Continente e até o Universo,avantajando as ressabidas alfaiasdo anticomunismo. Traidores daDemocrcia e da sua própria liber-dade serão as repúblicas svil-ame-rieanas que dêem ouvidos a essassinistras falas.

Admiro e estimo o

povo norte-americano mas detestoos iníquos sistemas de opressão quese manifestam com desprezo sonível cie vida e dignidade dospovos.

E nio só sobre a terra da Ame-rica Latina se pratica a manhadelituosa de auster tiranos paramais fácil e economicamente »ereduzirem as nações à escravidão.Nos horizontes do nosso mundoaparece a lendária e gigantescafigura da Espanha encarcerada,posta a ferros por um verdugopago e sustentado pela política deDulles-Herter-EiRenhower.

Para ocuparem na Espanhabases militares, sem o conhecimen-to nem a vontade do povo espa-nhol, mantém o traidor Franco queentrega sua Pátria a riscos quepodem chegar até ao aniquilamentoatômico.

Além disso, a escravização damãe Pátria dos Hispano-America-nos obedece ao desígnio de a envi-lecer, de a degradar da sua per-sonalidade, para a arrancar docoração dos povos deste Conti-nente que ela descobriu e civilizou.O desígnio inconfessado da. Secre-taria de Estado é apoderar-se detodos os recursos da América La-tina, e a Espanha, pelo seu valormoral e afinidades de cultura ehistórica, opõe-se tàcitamente aêsse grande crime.

O regime de Franco separa aEspanha das relações, da simpa-tia, da comunicação com os povosda sua cultura e idioma, e apare-ce-lhes agora cada dia mais des-provida de prestígio. E êsse, tal-ver, o mais profundo doe resulta-dos que se procuram com estapolítica, muito mais percucienteque a efemeridade das bases mili-tares, apesar da gravidade querepresentam para a Espanha.

O grande escritor norte-ameri-cano, autor de «Espanha Virgem»,dizia-me há pouco, em Havana,numa entrevista publicada, que

nrrniTTffTirii

Franco teria caído há anos se nàofosse mantido pelos Estados Uni-dos.

Poi» è isto. acaso, o que algunsagentes de Washington classifica-;ram, num dia destes, em declara-ções autorizadas pelos organismos,oficiais, como «respeito à não-in-tervençâo?»

E assim, Franco, instaladopor Hitler no seu regime totalitá-,rio e policial, de fusilamentos a.garrote vil, de homens desfeitosipor bombas de dinamite a fim cie'fazer crer que iam eles próprio»colocá-las, de censura à imprensa,de cultura castrada pelo fanatismoreligioso do Opun Dei, é solene-"'mente abraçado por Eisenhowerem Torrejòn de Ardoz, terra daEspanha. Há acaso necessidade deprova mais dramática e convincen-tê do amparo que a tirania d«Franco recebe, outorgada poraquele que foi chefe da democra-cia ocidental?

Um cego ódici à Espanha mov«os atos dos patrocinadores d«Franco. 22 bases militares e mai«de 80 mil soldados americanosocupam a Península. E agora atéAdenauer quer completar a obracomeçada por Hitler. Pretendaestabelecer bases de treinamentomilitar e depósitos de vívsres naEspanha que já foi sacrificada en*Guernica, em Madrid « Barcelona,em Alicante e Almeria e tanto»outros humildes povoados de Cas-tela que serviram para treino aexercício à Legião Condor. ]

Nem o mais cego entendimén-to pode negar que a América d»Norte está apoiando as tiranias naEspanha e nas Américas.

Estes diplomatas que ss juUgam tão fortes que dispensam averdade e a justiça talvee pret*n*dam que seja mais uma v«* raeor*dada a máxima imperativa:

QUIAMONINORLEO!Tanta iniqüidade transbordai

t fará «xplodir o Mundo! ' •'

A Marchade Londres: * Conferência

grande

,,.i. A ",,l;t'nâ ?"« » C-.mp«nh« independente pelo lM>sarm«ni*ii(o *»«l*»rr'*ll** •miâlmenl* entre o centro de pe-qul*» atômicas mi (tarei> teAMa?m-Kton * Undres foi, este .no, c.ro-d» pelo mai- compKIX InlcKdo-H* com cerca de 40 mil pessoas, m colunas de manlfe-Un& f*r.m «r™•ando no* 85 quilômetro* do percurso e. ao chegar a Trafalrar *,«««Lomire,, |« contavam com 8» mil pessoa», além do- cem mil Jíe m £peT.n«n?l,,iM,"",<! ?m°t "T *!''nd* wm,c,°' d,r"rMo P*1* merendo JohVÊoVllnn, líder do movimento, tendo usado da palavra vária» DSnnnatuLlM tJmHcas, científicas, sindicais e culturais de S^VlnflaSía^ ^

... '\TrvlJa .A'«l«,nM»t«;Undrr- * mai» uma manifestação clara da o*-nllo publica de todo o mundo no sentido da proibição das experiência» e énfabrico de arma* nucleares. Soma-M. ao» pronunciamentos de cientista», «o-litico» e lideres de ekw»e de todo» oa palue». Em particular devem »«r lem-«£?¦!?

" £*. manifestações Ma$M* "<> W». na índia, n0 OrientaMedir» na África e no*, paises socialistas, em que mllhôe» * milhões de p*w-soa» de todas as camadas e lodo» os credo» político» e religioso* fiieram sen--r a necessidade de acabar com a ameaça atOmlca. Ainda recentemente oJornal «San Francisco Chronlele», do» Kstado» Unidos, realizou uma pesquisa,entre seus leitores e obteve o seguinte resultado: enquanto dois terço» do* en-?revistado» exigiam uma política mai» positiva do governo norte-amerir-am»

quanto ao desarmamento, menos de um décimo s« declarou satisfeito com aatual atitude do Departamento de Kstado.

Realizada «s vésperas da conferência de cúpula, a marcha em que apovo Iiir-Ics exigiu de seu governo uma autentica política de desarmamentonuclear, niio poderá deixar de Influir no desenrolar da» negociações de Ge-n,|,,« -1» '• Cnfèiielit d< técnicos para a proibição da» experiência* atoim*-ca» havia chegado a um acordo quase completo, ratificado depoi» por Elaen-hower e Maemillan. Nestas circunstâncias, a opinião publica mundial eaperaque a conferência de cúpula ponha fim de uma vez por toda» à ameaça fcsaúde e, mesmo, a sobrevivência da humanidade representada pela» «xperlên-elns e a acumulação de estoques de bomba» atômicas e de hidrogênio.

ftssa expectativa mundial, reforçada pelas declarações de d* Gaulle.eisenhower, Maemillan e Kruschiov favoráveis a um acordo de proibição dasexperiências, náo pode ser desprezada ou ponta de lado. Estará presente namesa de negociações como trunfo decisivodoj partidário* da paz e do degolo nas rela-ções internacional* em lodo o mundo. Kstaiórça, i-iii últlu<n InstAlielit, prcvaleoerá pormaiores que sejam os esforço» dos donos daRiierrefriu, rcvanchlhtits e militarista».

Fnmin Cupertm

RDA aceitaconciliaçãoem Berlim

O Governo da República Democrà-llca Alemõ ilou mais um passo nosentido de contribuir para a soluç-ão rioproblema de Berlim Ocidental, aoeltan-dn um plano gradual para a transfor-mação clnquela parte da antiga capitald? Lòtla ;i Alsmànha em cidade livre.Desistindo de seus direitos liquido"!sobre n parle ocidental de Berlim, queini co.'i fida sob regime de ocupaçãoprovisória pelos acordos de Pottsdame depois transformada em centro deagitação e espionagem contra a RDA,o governo da Alemanha Oriental entre-gn agora o problema aos países capi-talislas.

Segundo a proposta feita pela RDA,as forças de oritpaçíto seriam gradual-n 'nte reduzidas, o mesmo acontecendoe nn ó estatuto de cidade ocupada, Aomesmo tempo, *eriam eliminados oscentros de agitação <¦ espionagem e pre-pr.iar-sc-ia o caminho para uma solu-(ão definitiva rpsn_li___l__

Coréia do Sullevanta-secontra ditadura

No segundo dia da í-el Marcial a po-lícia e o exército da Coréia do Sul, ar-mados pelos Estados Unido», Já fizerammais de uma centena de mortos e qua-se quinhentos feridos. Tanto na capl-tal, Seul, como na» grande* cidade»o cilma é de instlrrelçSo popular.

Depois da repressilo feita pela dita-dura de Syngman Bhoe durante a far-sa eleitoral que o manteve no Poder,começaram as manifestações contra aabsoluta falta dn liberdade e a evorrup-

Sáo. Dezenas e centenas de milhares

e estudantes, operários e empregadossairam às mas aos gritos dn «Abaixoa ditadura», ao mesmo tempo que eraapresentado à Justiça um pedido daanulação das eleições forjadas.

Diante da eondenaçüo quase unftnl-me do povo ao regime de terror poli-ciai de Syngman Rhec, que so pode sesustentar pelas armns, os EUA come-

Vaticanoapertafanfani

Mais de 100 bispos • 14 cardenisitalianos assinaram uma pastoral con-deitando qualquer governo formado pe-Ios democratas cristãos em aliança comor social-democratas e socialistas. Aigreja católica nfto condena apenas umgoverno que inclua comunistas e so-ciallstns: agora 0 simples npolo destasforças é considerado farte d0 dlabo>.

A 'bossa nova» dó Vaticano se ex-pllca por causa da crescente pressài'dos elrculog mais progressistas da pró-prla democracia crista, no sentido dftadnçfio de um programa de governo de-mocrata e progressista e da formaçãode um governo de centroesquerda como apoio de socialistas e comunistas.

Hi\ pouco a Juventude católica e dsassociações dos operários católicos con-trlbulraoi decisivamente para a renún-cia do gabinete Tambroni, dependentedes fascistas. Nesta situação é queKanfan'

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Também ê Locomotiv©

Desde onlem, 21 de cbril, possuí»-a Federação uma nova unidade, o Es-

tado da Guanabara. Que importânciaeconômica possui o caçula dos Esta-

dos brasileiros? Sabe-se que certoscomentaristas levianos procuram às

vezes apresentar esta cidade — agora

este Estado — como um pedaço pri-vilegiado do Brasil, uma espécie de

colônia. de recreio, onde todo mundo

leva uma vida de dolce far niente, em

suma, como uma terra que vive do

que lhe mandam as unidades irmãs

da Federação.

Sem dúvida, o Rio continuará a ler

suas deslumbrantes paisagens, a mu-

dança não tornará a cidade menos

maravilhosa, como também não dei-

xorão de existir os que nada fazem

e tudo têm, vivendo docemente...

Mas, um exame da realidade ca-

rioca, mesmo breve e parcial como

o que oferecemos aos leitores nestas

notas, mostra que grande injustiça en-

cerram aqueles conceitos sobre o Rio.

Aqui, a grande maioria da populaçãodá duro no.trabalho, ganha pouco e

vive mal e, se bem que em menor

grau do que em outros Estados, tam;.bém padece com as deficiências de quesofrem todos os brasileiros.

0 menor de todos

Com seus 1.350 quilômetros qua-drados, o. Estado da Guanabara pas-sa a ser a menor unidade da Federa-

ção, arrebatando essa condição a

Sergipe, que é maior que a Guanabara

nada menos de lá vezes.

•' Quanto à população, a estimativa

do IBGE para 1' de julho próximo é

de 3 milhões 220 mil habitantes, sô-

bre uma população brasileira de óó

milhões e 300 mil habitantes, estima-du para aquela data. Dessa maneira,o Estado da Guanabara ocupará ooitavo lugar no país, vindo depois dosEstados de São Paulo, Minas Gerais,Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambu-co, Paraná e Ceará. Quanto à densi-dade demográfica, o Eslado da Gua-nabara ocupará destacadamente o

primeiro lugar no Brasil, com 2.303hcbitanles por quilômetro quadrado,seguido do Estado do Rio com 66 ha-bilantes por quilômetro quadrado (nú-mero que se deve principalmente àvizinhança com o novo Estado, queocupa grande parle da população dosmunicípios fluminenses limítrofes) e doEstado de São Paulo, com 46 habi-tanles por quilômetro quadrado.

Que fazem os cariocas?

(Para simplificar, chamaremos decariocas os 3 milhões e 200 mil habi-fantes que aqui residem). Que fazemos cariocas? Os dados publicados arespeita baseiam-se, infelizmente, noúltimo recenseamento geral, de 1950,

quando a população da Guanabaraera de apenas 2 milhões 377 mil ha-bitanles. Dados oficiais atualizados se-rão fornecidos dentro de mais algunsmeses, pelo próximo recenseamento.Em 1950, havia no então Distrito Fe-deral cerca de 1 milhão e 900 mil

pessoas de mais de 10 anos de idade,

que se distribuíam da seguinte manei-ra, segundo os ramos de atividadde

(chamamos a atenção do leitor parao fato de que não estão discriminadasno quadro, que segue, as classes so-ciais e, por exemplo, quando se men-ciona a indústria a referência é a indus-

triais e operários, etc):

Agropecuária 18 milIndústrias .... 256 milComércio 123 milComércio imobiliário e valores mobiliários 25 milTransportes e comunicações 90 milAdministração pública, justiça e ensino público 46 milDefesa nacional e segurança pública 79 milProfissões liberais, cultas, ensino particular, administração privada ... 13 milServiços e atividades sociais 302 mil

Atividades domésticas não remuneradas e estudantes de Iodos os graus 823 milDiversos . ... 136 mil

Pelo quadro acima, vê-se que cêr- belecimentos e 18 mil operários; Me-ca de 350 mil pessoas da população talúrgica, mecânica, material tlétrico eativa (de mais de 10 anos) do entãoDistrito Federal, ocupavam-se, em 1950,

com a indústria, os transportes e co-

muhicações, o que constituía cerca de18 por cento da mencionada popula-ção. De lá para cá, essa percentagemtornou-se mais alta, em vista do pro-

comunicações, com 475 estabelecimen-

tos e 20 mil operários, além de outros

menores.

Salários

De um lotai de 7,5 bilhões de cru-

cesso de industrialização do país, ten- zeir0» Pa°.°J duran,e ° ano de 1955

a todo o pessoal ocupado na indústria

carioca, 5,3 bilhões deslinaram-se aos

operários. Desse modo, a participaçãodos salários dos operários sobre o to-

tal dos salários foi de cerca de 70 porcento. E lemos, então, que, em média,

cada um dos 151.228 operários cario-

cas, em 1955 recebeu 35 mil cruzeiros.

Sobre o valor da produção, que

dência, aliás, registrada entre 1940 e1950. •

Indústrias na Guanabara : ¦¦

De acordo com ò registro indus-trial de 1956, existiam no Distritc Fe-deral, em 1955, há cinco anos, por-

.tanto, 4.163 empresas industriais,

ocupando 151.228 operários. O total

do pessoal nelas empregado elevava-se ascendeu a mais de 41 bilhões de cru-

a 192.228. Pelo número de operários, o zeiros, os salários dos operários repre-

Estado da Guanabara ocupa o segundo sentaram apenas 10,4 por cento, apro-

lugar no Brasil, depois do Eslado de ximadamente.São Paulo e seguido do Rio Grande

do Sul.Ainda' segundo os dados publica-

dos no Anuário Estatístico do Distrito

Federal, editado pela PDF, os ramos

industriais que absorvem o maior nú-

mero de operários são; Têxtil, com 88estabelecimentos e 29.000 operários;Confecções e calçados, com 581 esta-

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Porta dos u 1) ii r I) i o

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Suburbanos»»»..

Ia grande maioria são operários, pequenos funcionários, militares de graduar.ionferior, professoras, comerciários, gente que trabalha muito e ganha pouco. As

estatísticas assinalam que a produção industrial do. Es'pclo da Gi."i :')-,ra é ai^t^Aal°j^.A(f ja^ona- Norte que se localiza, a

Quem ganha muito no Rio?

Depois de São Paulo, é o Estado

da Guanabara quem fornece a maior

parcela para a formação da renda na-

eional. Entretanto, na renda per capita

isto é, na parte da renda nacional

que toca a cada habitante, o Estado

da Guanabara está em primeiro lugar

no Brasil, distanciando-se por larga

margem do Estado de São Paulo, quevem logo após. Em 1956, segundo cál-

culos da Fundação Getúlio Vargas,

eram oi seguintes os cinco Eitadoi de

maior renda per capita, em cruzeiros:

Distrito Federal 41.246,00

São Paulo 22.610,00

Rio Grande do Sul .. 16.379,00

Mato Grosso 13.702,00

Estado do Rio 13.392 00

Como sucede, em geral, com a

enunciação pura e simples da renda

per capita, também aqui esses nume-

ros poderiam conduzir a graves equívo-

cos. Efetivamente, se a renda per ca-

pita, em geral, no Distrito Federal, ele-

vava-se em 1956 a cerca de 41 mil

cruzeiros, entre a classe opeiária tal

renda é consideravelmente mais baixa.

Como vimos anteriormente, o salário

médio anual dos operários cariocas é

de 35 mil cruzeiros. Se levarmos em

conta que cada um desses operários

tem que se manter a si próprio e pelomenos a duas outras pessoas (mulhere filho, ou mãe e mulher, ele), en-

contraremos, então, que, entre a cias-

se operária carioca a renda per capita

é nâo de 41 mil ou, mesmo, de 35 mil

cruzeiros, porém de 11 ou 12 mil cru-

zeiros, por ano. Extraordinariamente

baixa, portanto.

A conclusão, porlanto, é que, ape-

sar de encontrar-se no Estado da Guc;-

nabara a mais elevada renda psr ca-

pita do Brasil, o proletariado é vitima

da mesma exploração a que são sub-

metidos seus irmãos de todo o B.asil.

Comércio e bancos

Também no movimento rcmercial,como no bancário, o Estado aa Gua-nabara figura em segundo lugar, noBrasil, depois do Estado de San Paulo.Em 1957, com efeito, o giro rcmercial

no Distrito Federal subiu a 174 bilhõesd? cruzeiros, ou seiam, 14 poi centodo rjiro comerciei em todo o pais, queno mosmo ano foi ds 1 bilhão 173 mi-lliõos de cruzeiros.

No que se rcícre ao comoicio rx-terior, o pôrlo do Eolado dn Guanaba-ra ocupa o segundo lugar de arôrdocom o valor das importações (depoisde Santos) e o terceiro, nas exporta-

ções (depois de Santos e Sr,ivodor).De todo o capital banconc exis-

tenle no pais (cerca c!n ió bilicruzeiros), os bancos do Distrito Federal

milhões de cruzeiros. Nestes bancos en-contram-se os maiores depósMos do

país, maiores mesmo que os do Estadode São Paulo, o que se explira por tero Banco do Brasil sua sede aqui e pelovolume dos depósitos feitos por enti-dades públicas e autárquicas.

No que se refere aos empréstimosem conta-corrente e hipotecários, na-da menos de 113 bilhões e 200 mi-Ihões de cruzeiros destinaram se a be-neficiários situados no Distrito Federal(a começar pelo Governo federal),num total de empréstimos sob o mes-mo título feitos em todo o Brasil de218 bilhões e 500 milhões de ouzeiros.

Se forem considerados apenas osempréstimos feitos ao comerei) e à in-dústria encontraremos que do total de

O relógio da Central, um dos maiores domundo, já se incorporou, à'paisagem doEstado da Guanabara e se hoje.fôsse. d»lá retirado, faria tanta falta como'a de-moliçáo de um dos 190 morros cariocas.E' bem a porta dos subúrbios. '

102 bilhões e 100 milhões feitas emlodo o Brasil, nada menos de 18 bi*Ihões e 290 milhões deslinaram-se aempresas comerciais e industriais doDistrito Federal, ou sejam, quase 20 porcento.

E quanto à lavoura, mesmo saben-do-se que no Estado da Guanabarasó existe em escala reduzidíssima, os

empréstimos bancários por ela. absor-»

vidos — de 123 milhões de cruzeiros— ainda são maiores do que os con«

cedidos às lavouras do Amazonas, Ma-

ranhâo, Piauí e Sergipe...

Aí estão alguns elementos sobre a

economia do Estado da Guanabara,

pelos quais se vê que o Estado-caçula

é uma das unidades mais ricas da

Federação

[Lembrançasdl© IFi©sa

Gostaria que Rosa tivesse vivido mais alguns anos, para alegrar-se comrs novos êxitos do socialismo. Mas Rosa, morreu antes dos foguetes, antes q^e: 3Ubes.se maiores noticias da China, num hospital público, na Ilha do Governador.Muitos fatos, nesses últimos anos, tém reavivado as lembranças de Rosa. Mo-rou muito tempo em Marechal Hermes, numa casa de vila, discutindo com orínhorio português o aluguel da casa, em meio da simplicidade e das dificulda-rea, da quase miséria comum aos trabalhadores. Um de seus maiores orgu-Kios era o de ter visitado a União Soviética, logo depois da revolução, e de terconhecido Lênin. E, sempre, falava nisso nas horas mais difíceis para infundiresperanças è alegrias. Mas não ficava no passado. Achava-se obrigada aviver, a lutar, a esperar, a vencer, justamente porque desejava, sobretudo, serfiel ao passado, às experiências, às lembranças, às idéias que as mais repug-nantes violências policiais não conseguiram arrancar nem da cabeça de Rosa,rem cie seu coração tão capaz de odiar a exploração, como de amar as coisasc ns criaturas Meses e meses, andou o bairro inteiro, e alcançou outros bairros,I edindo assinaturas em defesa da Paz. Cuidava dos netos e da casa. Cosia •c fazia versos. Muitas vezes pegou o trem, só com o dinheiro contado da passa-rem, para moctrá-los. Num desses versos falava de uma rosa vermelha de-sabrochada num banco de jardim. Rosa, perguntei-lhe, você acha possível que'fina flor desabroche num banco de jardim? E, ainda hoje, sinto a censura,-marga, da velha amiga Rosa, à minha incapacidade de ver rosr.s v_,melhasderabroenando por toda a parte. Hoje, ela faria um poema assim: Vejo umarosa vermelha tlesabrochando na lua...

A história t!a Rosa é longa e bonita. Começou em 1917 com as primeirasgreves operárias cm Petrópolis. Já naquele tempo havia grupos que lutavam.;)conlra a guerra. Ela colocava a filha única nos ombros e a menina se incumbia^do ir lançando os volantes por sobre os muros das fábricas, dos q l/a r.t é i s dasmansões. Sofreu muito nas mãos da polícia. Vi as manchas roxas quê as-pancadas lhe deixaram nos seios, quando foi presa, ao tempo do governo Dutra,Tinha mais de 60 anos e continuou indo e vindo com os seus versos e as listas-de assinaturas pela Paz. Hoi Rosa (Rosa Bittencourt) a primeira pessoa queme falou sobre o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Se Rosa fôsse vivahaveria de alegrar-se com as comemorações que se.realizarão de 21 a 25 de'abril corrente em Copenhaguc, cm homenagem àquela data. Uma grande festada qual Rosa gostaria de participar.

Os namorados esqueceram um botão tle rosa sobre o banco do jardim,e, no outro dia, estava lá uma rosa vermelhadecabrochadá, como no poema de Ronn, Porisco, fiz esta crônico em homenagem áRosa.e ás festas realizadas cm Copenhaguconde estaráo mulheres de Ucios os Comi- ^___

i irrr ¦hflrTri .

jjtoèrvMorttenegrok. 'X*ÍY: . Ij

I. NO COMEÇO FOI A SÁTIRA.

O agonie do rei recebeu, em cartaanônima, versos que revelavam umeslado de espírito já abertamente con-trcrio à dominação estrangeira. Osversos di;riam :

«.Marotos, Cães, Labrerjos, mal Criados,Porcos, Bayxos, Patifes, presumidos,1'uaias no furtar enforecidos,Ficlhentos, sobozos, Cus briados. . .»

Não eram dirigidos aos oorluguêsesem gere.!, • s cos Senliores. Trariamo. titulo : OBRA FEITA AOS SENHORESDL PORTUGAL.

Mais que o; insultantes adjetivosis- ludos, -' .ve ter prec íado o Vis-r. 'de de Bartcce.ia, a quem foreme »cguef os veisos, aquela frase de-nunciante de uni novo estado de cons-ei: cia de vítimas da espoliação :

Piiatas no furtar enforecidos...

O Visconde mandou juntar os versosà famosa Devassa da Inconfidência Mi-n a. Tinha toda razão em fazê-lo.Os ar; dos da conjuração de MinasGerais eram a melhor expressão desseestado de consciência que se genera-lizava entre o povo da Colônia. Foraum de seus poetas — talvez Gonzaga— o autor das ainda hoje discutidasCoitas Chilenas. E nelas já se punhaem du»\Ja a capacidede dos coloniza-dores de continuarem governando oBrasil :

«S3o estes, Doroteu, os grandes cabos,de q sm a triste pátria fiar devea sua salvação ?.'..»

A dúvida era a véspera da revolta.

2 DEPOIS, FOI 0 SONHO.

A vaga da independência se alas-trava incontível pelas terras da Améri-ca. Ao sopro da libertação dos Es-tados Unidos — as colônias inglesastão faladas nos Autos da Devassa daInconfidência —, ao fermentar dasidéias que iriam desencadear a Gran-de Revolução Francesa, levantavam-seoltaneiros os conjurados das Minas Ge-raii.

Ali estavam conce.,,,ddas considera-veis populações trabalhadoras. Nas-ciam cidedes em torno das minas. Du-rante muitos anos, das entranhas daterra tinham sido arrancadas riquezassem conta. Mas estas riquezas iam

parur nas mãos de uma minoria de pa-rasílos. Iam fomentar a riqueza no'além-mar, em Portugal e na Inglaterra,

que já enfeudara Portugal. Iam ali-menlar o esplendor e a pompa de umaCd.:, corrompida e voraz. Num só ano

(1764) duas frotas portuguesas tinhamcarregado para Lisboa 15 milhões •500 mil cruzados de ouro em moeda,220 arrobas de ouro em pó, 433 arrô-bas de curo em barras, 48 arrobas deouro lavrado, além de prata, diaman-tes, açúcar, couros...

Era o sangue e o suor de negrosescravos canalizados em torrente paraa Metrópole.

Os mananciais forem-se esgotando.No ano anterior à conjuração, o «quin-to» sobre o ouro não rendia mais de42 arrobas, e faltava aindj 58

«Querem o nosso peso em ouro !»•— diziam os habitantes das Minas.

Um poeta suave, Tomás AntônioGonzaga, torcia por que os coloniza-dores decretassem a «derrama», a co-branca sumária dos tributos em atraso.

Seria então a explosão pcpular...

Um alferes da cavalaria paga, Joa-

quim José da Silva Xavier, tambémsonhava. Seu sonho, porém, tinha raí-ze< na realidade da terra que tãe bemconhecia. Encontrara um antigo estu-danle de ciências naturais, que estiveraem Coimbra e na Inglaterra, ÁlvaresMaciel. E perguntava-lhe ;

Podemos nós mesmos fabricar oferro ?

Sim, respondia-lhe Maciel ; rólem que a Corte não dá permissão...

E como é a receita da pólvora..,,

A pólvora sobretudo lhe interessavameito. Sa;itre havia. E tre xe pedrjsque mostrou a Maciel.

E por que não podemos nós mos-mo5 fundir o ouro e utilizá-lo aqui

«Declarou o Padre que começando oTiradentes a dissertar sobre o país esuas riquezas e dos vexames, que os

grandes e teus criados faziam ao povo,concluiu por prometer que havia de pôra terra livre».

O Tiradentes

«.. . E o achou com o alferes Joa-

quim José da Silva Xavier, o qual saiu

para fora, e o dilo Padre disse a élerespondente que aquele rapaz era umherói, que se lhe não dava morrer naação, contanto que ela se fizesse, . ,»

(Dos Autos da Devassa).

O Tiradentes — era êsle o seu ape-lido «pela prenda de tirar e pôr den-tes» — não tinha pouso. A todos fa-lava da liberdade e da República. '<Até

nas Tabernas» — diziam os Autos. Sim,devíamos ter a República, como os ame-ricanos das colônias'inglesas. . . Éle li-vera em mãos a Constituição americanae pedira a amigos para que lhe tradu-zissem uns trechos. Sabia t,ue o Con

gresso dos Cidadãos Americarcs, reuni-dos em Filadélfia, em 1776, declararalolenemente que Iodos os hoi.iens eramiguais, e entre os seus diríit.vj inaliená-Vais coniuva se o direito à vido, à liber-

dade, ao trabalho e que quando umgoverno não serve a estes fins o povotem o direito de aboli-lo.

Era o sonho que continuava na cabe-ço ardente do Alferes.

Éle, na opinião do poeta AlvarengaPeixoto, era feio, espantado, mas lo-

quuz. A todos falava de que o paisdeveria ser livre e república. Falavaaos poetas, aos sacerdotes rebeldes

(que eram muitos), ao estalajadeiro r!aestrada Minas-Rio, aos militares seuscompanheiros — embora confessando

que confiava mesmo era nos Paisa íos,era no povo.

'¦Era êle de alta estatura, de espá-duo» bem desenvolvidas, como os na-tunis da Capitania de Minas Gerais.A sua fisionomia nada tinha de simpá-tica(...) Possuía, porém, o dom da pa-lavra e expressava-se as mais das vezescom entusiasmo ,- ouvindo-o, porém, narudeza de sua conversação, gostava-vede sua franqueza selvagem, algumisvezes por demais brusca...» (Nor-berto).

3. DEPOIS, FOI A TRAGÉDIAE 0 VALOR.

U liradentes veio ao Rio de Janeiioeir suo missão revolucionaria. Seus

Joaquim SiUério dos Reis, se vendera

aos colonizadores estrangeiros.

Os planos estavam concertados.E entre os conspiradores ficara com-

binado «que em havendo notícias do

movimento no Rio de Janeiro, e a publi-cação da derrama, se esperaria a cons-tetnação geral do Povo com o pesadotributo, e uma noite sairia o dito Alfe-res Joaquim José da Silva Xavier comuns poucos dó companheiros, gritandopelas ruas de Vila Rica — Viva a liber-dade — que o povo consternado haviade acudir à voz...»

(Do depoimento de Alvarenga, nosAutos da Devassa).

Na Rua dos Latoeiros (hoje Gonçal-ves Dias) o Tiradentes foi preso. Tinhauma garrucha na mão. Ainda se ocul-tou atrás de uma cômoda. Mas nãoatirou nem resistiu. Era inútil fazê-lo.

güma.T.» «.'. . Enfrou o respondáRf? dlembrar-se da independência, que êsle

país podia ter, enlrou a desejá-la, flultimamente a cuidar no modo, por qu©poderia isso efetuar-se...» «Porque'poderia assim suceder que esta terra safizesse uma República, e ficasse livreidos governos, que só vêm cá ensopar*se em riquezas, t.» (Dos Autos dar,-v/assal. ".

A justiça

^Hl flLJKU^^mY^Êmuwm^ÊamWwmmrmmi? ^Bí v ^ssm. ^^k ^^sbb>*Vs^v«bv^^sbbbH^.

f Tfflssst *í W'\ ^ •mmt ** t^^/êe *¦***'^ *¦' f^T*» ? *"*" aí1** '"^"^'•^^ \ • Jb^svB ¦¦ ^sf ljs^T*J^D*Y^BBBBn^K *¦¦¦¦¦ jasasl

—JJBrsHr^^*L* "• j^^*f" J jjflsr fi ^ >/*' Êr^jSZrMTmWm bbbbbbPbsbbWi ssssaaflsW ' ^^mmTw^^r • • • m\ ^ft^pi^ .JF ^m^swmrmmM^in^sS^^^^^^^JmWsw^mttT^^ ^»Jfc*s*% * f*- *#*V*^ >w mmmmW^K^^SCSKSI^Ê^mVtm^^^^

0 '•' *sCsa5ésí * **C" fc' ^7m ssasi^Bssiflasssssssâa- • Áwf, ' ^m^E^^È tf^ssaaBBlT^ àtJlBSt* ^.my%^f^^mf^^^^r^'^)^''—-*¦ ~^mm\mTT^^^•^W^*&M'r

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S is companheiros foram presos i»m

M" ¦.. Vasculhou-se toda a Capita-nia. Todos eram suspeitos de conjura.

O processo dever-se-ia arrastar de1789 a 1792.

Terminou enfim. Todos os bens dosconjurados expropriados pela insaciá-vel camarilha dos régulos da Metrópoie.Os considerados cabeças, deportadospara a África — para a morte em re-giões inóspitas.

Tiradentes teria outro destino. As-sumira êle a completa responsabilidadepela conspiração para expulsar o do-minador estrangeiro, conquistar a in-dependência e a República.

"Respondeu. . . que era verdade quese premeditava o levante, que êle res-

pondente confessa ter sido, quem ideoutudo, sem que nenhuma outra pessoa omovesse, nem lhe inspirasse coisa ai-

«Justiça que a Rainha Nossa Senho*ra manda fazer a este infame Réu Joa*quim José da Silva Xavier pelo horro-roso crime de rebelião e alta traição dfl«que se constituiu chefe, e cabeça naCcpitania de Minas Gerais, com a es*candalosa temeridade contra a Real So*berania, e Suprema autoridade da mes«ma Senhora, que Deus guarde.

«Manda que com baraço e pregão^seja levado pelas ruas públicas deita fcidade ao lugar da forca, e nela morramorte natural para sempre, e que se-parada a cabeça do corpo seja levadaa Vila Rica, donde será conservada emposte alto junto ao lugar de sua habijtação, até que o tempo a consuma;que seu corpo seja dividido em quartos^e pregados em iguais postes pela es*Irada de Minas nos lugares mais públi*cos, principalmente no da Varginha •Cebolas; que a casa da sua habitaçãosejo arrasada, e salgada, e no meiodas suas ruínas levantado um Padrãoem que se conserve para a posteridadea memória de tão abominável Reu, edelito, e que ficando infame para seus¦filhos, e netos lhe sejam confiscadosseus bens para a Corte e Câmcra Real.Rio de Janeiro, 21 'de abril de 1792»,

4 DEPOIS, A LIBERDADE.

<K.,,E pode-se dizer que desde aconjuração de Minas nenhum homemintelectual do Brasil poderia estar is-mais obrigado ao lealismo portuguèi.iO prestígio dos inconfidentes dissipjuo último trabalho dos preconceitos equebrou, ao menos para os espíritos,as cadeias da escravidão colonial»(João Ribeiro, História do Brasil), j

Não eram só os intelectuais. O povobrasileiro aprendera de Tiiadentes ocaminho da liberdad»

A con|uração mineiro

rtTpercutiunaCórfe cfo Czar

lum livro que acaba cie ser editada•m Moscou — América Latina no passa*do • na atualidade — um trabalha d«autoria de A. M. Khazánov sobra Tira*dentes «Um herói da luta pela índe*

pendência do Brasil» transcreve um co*municado do Encarregado dos Negócios,russo, em Lisboa, Forsman, datado de25 de dezembro de 1789. O comuni-cado diz textualmente:

«cala-se bastante aqui, sem maioresesclarecimentos, de um levante havidono Brasil, mais exatamente no Rio deJaneiro, para a conquista da indepon-dência. Homens do governo, talvez

querendo melhorar a sua reputação,referem-se a isto com desprezo •« deforma desrespeitosa. Outros qus ío-nhecem o assunto não têm coragem Hefalar aberta e claramente. Posso noentanto informar com segurança quenaqueias terras aconteceu algo impor-tante. O Vice-rei Luis de Vasconcelose Souza, terminando o seu mandato detrês anos e tencionando voltar à Côrle,resolveu, em face dos últimos aconteci-mentos, aguardar o seu sucessor, já an-tes nomeado. Ciz-se que tendo êleconseguido apaziguar alguns dos su-portos participantes do levante e pren-diHo os cabeças, enviá-los-á para cá'>(Lisboa).

Esse documento foi encontrado noArquivo de Política Exterior da Rússiana seção de reljções enfre a Rússia aPortugal.

'¦¦" '^^8h ^h! w ywf aí ^iPI ^^ tiIEe^ rr-w^^Bjg^MMwBp^^y^Bwy^^By^ ^^^hb^^^Wbi^^^^^^^^mkb

10 II

— ? NOVOS RUMOS 22 a 28 de abril dt 19Ó0

A cada chuva um pouco maisforte, nem mesmo precisam cio ser«grandes precipitações pluviais»como dizem os homens da SUR-SAN, o carioca sabe que terá asmas de sua cidade inundadas, otráfego engarrafado, o comércio, aindústria e suas casas com prejuí-zo„ de milhões, sem falar do perigoçucí correm suas próprias vicias.

E por que deverá estar o cario-ca, principalmente as pessoas maispobres( como o» habitantes de la-velas, sempre tão apreensivo emesmo desesperado após cada inun-dação? Por que este estado decoisas se há uma autarquia, dispon-rio de uma verba elevadíssima paratratar desses problemas? E, alémdos bilhões com que conta a SUR-SAN (ps 1Ü'í dos impostos mencio-nados na lei 899) há ainda os vá-vios créditos especiais de milhõessolicitados pelo Prefeito para os«negócios das enchentes-.

Caminhões que custam milhões

A 22 de dezembro de 195S, oPrefeito solicitou, em mensagem àCâmara Municipal, 50 milhões decruzeiros para resolvei- o problemarias enchentes, que no dia 20 de de-zembro haviam ccilado 30 vidas,além de prejuízos de milhões cau-sados ã população. E o que loi feitodesse dinheiro? Vejam bem os lei-tores as contas prestadas peloPrefeito dos 50 milhões!

— Dos 30 milhões, gastei 20milhões no aluguel de caminhões ede equipamentos.

0 CARIOCA PACA E A SURSAN ESIARJA

E com as inundações?

— Eem. com as inundações euKastei Cr$ 7.238.802,00 (limpezamanual das galerias de águas plu-viais e cursos de água).

O mesmo ocorreu com o decretorie 29 de novembro de 1938, quandoo Prefeito abriu crédito de 3 milhõespara «melhoramentos e ampliaçõesda rede pluvial da cidade e suas

Você

pode ira Brasília

Sim* leitor amigo. NO-VOS RUMOS vai proporcio-nar-lht uma viagom dusd»onde você mora ao novo Es-fado da Guanabara ou Bra-«lia, ou tntão dar-lhe-à umaoportunidade do, saindo da-qui 4ú Guanabara, rever suatorra natal, em qualquercanto do território brasileiro.Além disso, voei terá 10 diasdo estada, na cidade que vi-sitar, totalmente pagos porNOVOS RUMOS. E, mais ain-da, você ganhará semanal-monte um valioso prêmio,quo lhe será enviado sob re-

gistro polo correio.Para isto, basta que você

leia com atenção o nossojornal, a partir do número

St, o o guarde.Já na próxima semana,

daremos as bases deste in-terossante concurso, que, a

par de testar seus conheci-montes das matérias por nós

publicadas, oferecer-lhe-á os

prêmios acima mencionados.Aguardo pois o próximo nú-more de NOVOS RUMOS.

Gastaram VerbaPara Enchentes PagandoAluguel de Caminhõesobras compiemencares», Infeliz-mente, o carioca não viu nenhumresultado palpável do empregodeste crédito.

Em julho de 1959, o PrefeitoSá Freire repetiu o feito. Solicitoumais 50 milhões, sem especificaçãoalguma das obras a serem realiza-rias, declarando apenas, mais umavez, que eram para limpeza, deso-bstrução e conservação dos rios;pagamento de mão-de-obra e alu-guol de veículos e equipamento.Bastante difícil é apurar-se o des-tino que tomaram estes outros 30milhões. Certamente, foram enri-quecer o grupo que detém o mono-pólio dos caminhões, para quem opreço do aluguel é um alto negócio.

Causas das enchentes

A Prefeitura e a SURSAN po-deriam, de fato, dar uma soluçüoao problema das enchentes, já queconhecem muito bem as' causasfundamentais das constantes inun-riações e que são: 1) Situação g«0-gráfica do Rio. Em região tropical,sujeita a fortes chuvas; 2) A topo-grafia local, formada por espigõrv?rochosos, abruptos, ocasiona, quau-do das fortes chuvas, o lançamen-to sobre a cidade, situada abaixo,na planície, de grandes massas deágua carregando terra e toda «spévcie de detritos dos morro*. 3) Oaumento das favelas nos morrescariocas, com a conseqüente devas-tação florestal, que impossibilita aretenção natural das águas pelavegetação; 4) A rede de águas plu-viais é formada por galerias que,embora modernas, têm conexão comga'erias e canais antigos datandoda época colonial. Assim sendo, arede é obsoleta e tecnicamentecondenada. Para agravar o proble-ma existe a coincidência de ai chu-vas torrenciais desabarem em horade maré-alta, o que dificulta a esva-zão das águas para o mar; 5) Naszonas onde não existem pratica-mente esgotos (2/3 da cidade), asgalerias pluviais acham-se sobre-carregadas com os despejos dasfossas a elas diretamente lançadas.Em tais zonas os rios e córregosnão são canalizados; 6) A últimacias causas fundamentais, consistena falta de limpeza das galerias,devido a razões várias, inclusive àfalta de verba.

Piano de drenagempluvial

A SURSAN iniciou, em meadosde 1959, várias obras de sanea-mento incluídas no Plano de Dre-nagem Pluvial da Secretaria deViação e Obras. O importante é queessas obras sejam executadas defato, dentro do planejamento, eque o Prefeito não desvie as verbaspara o aluguel de caminhões. O

HISTÓRIA DA IDADE MÉDIAde E.A. KOSMINSKY, da Academia de Ciências da URSS

Cm manual de História, à luz daescolas secundárias da URSS.

teoria marxista, adotado nas

280 páginas em formato 24x16, impresso em papel de primfciraqualidade, contendo ilustrações. Preço Criji 230,00

LANÇAMENTO DA

EDITORIAL VITÓRIA LIMITADAA VENDA NAS UYRAKIASPedidos pelo reembolso paraCaixa Postal lGõ/Rio de Janeiro

planejamento estende-se por umparíodo de 10 anos e será executa-do em etapas de programação anual.

1) PRAÇA DA BANDEIRAE ADJACÊNCIAS

Os responsáveis pelas enchen-tes dessa ssona são os rios Trapi-cheiro, Joana e Maracanã, que de-ságuam no Canal do Mangue. Estãoem execução a* obras de saneamen-to, retificação e proteção das mar-gens do rio. Joana**Maracanã, desdeo Largo do Maracanã até O Canaldo Mangue, já tendo sido construi-dos 460 m de muralhas de alvena-ria. Foram desobstruídas as gale-rias na área da Praça da Bandeirae em várias ruas da Tijuca.

21 BAIRRO DE RAMOS

A Avenida Canal do Rio Ramosque vai .solucionar o. problema da-quele bairro, já conta com 740 mprontos e 600 m de meio-fios colo-cados. A canaiwação do Rio Ramosserá feita numa extensão de 840m'. Em complemento ao canal,estão sendo eoíistruidos 320 m degalerias retantulares de concretoarmado em várias ruas de Ramos,já se encontrando prontos 230 mde galerias, tendo sido gastos aiem 1959, Cr$ 6.546.283,90.

3) AVENIDA.DAS BANDEI-RAS E PARADA DE LUCAS

As enchentes de Parada deLucas são produzidas principalmen-te pelo Rio Lucas. Está sendo exe-cutada a abertura de uma galeriaparalela à Av. das Bandeiras, pas-sando sob as Unhas da Leopoldiná,que garantirá o livre escoamentoaté o Canal.de Lucas. A obra teve' inicio em 23-10-59, devendo estarterminada em outubro de 1960.Seu custo ê de Cr$ 66.643.500,00.

Oatras abras .

Além das obras mencionadasacima, ainda há entre outras, asque estão sendo realizadas em Hi-gienópolií e Bonsucesso: retifica-ção « proteção das margens do RioAcari; A reconstrução da ponte daAv. Doi Democráticos, com grandeaumento da seção de vazão dos riosTimbó-Faria; prazo para conclusão:fim do 1' semestre de 1960.

Foram construidos, com ummês de antecedência para o prazoprevisto, 320 m de galerias, aopreço de Cr$ 8.867.132,00.

Em Bangu, visando â regulari-zação do Rio das Tintas, principalescoadouro das águas provenientesda Zona de Bangu, está sendo re-construído" um canal, que deveráestar pronto dentro do 1« semestrede 1960. O custo da obra é de Cr?5,791.500,00.

Campanhacontra o

a

Acordo cí# rtoboréMilhares de assinaturas já íoiam co-

Ihidos nos abaixo-assinados que estãosendo enviados à Câmoro Fedcial peloConselho Nacionalista 7 de Setembro,do Km de Janeiro, de repudie eo acôr-do do Koboré no que êle tem de lesivo«. fETROlKAS.

A entidade, que é presidida pelo ge-nerol Souza Mendes, está disnibuindooriginais dos abaixo-assinados, quepodam ser procurados à rua Jaidim Bo-tônico, 190 • avenida Presidente Var-gas, 754.

HTftOltAS V INTOCAVIL

Também sobre o acSrdo da Koboré,estagiários do ISES encominhoram aodeputadft Bento Gonçalves, presidenteda Frente Parlamentar Natir nolisto,atrovéi do general Souza Mentes, me-rnõrlal d* apoio ,o luta de rPN contraa documento lesivo aos interesses na-cionais.to na Audd iiui it

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Dinheiropara a câmara

NotaEconômua

No plano da SURSAN, aparecia com•lestaque, o problema das enchentes nacidade. Um plano para amenizar o malloi elaborado. Faltou executá-lo. Dizemque tal não foi posivel por falta cieverba

DicionárioSubfaturamento (1)

Um dos métodos de frauda eam*Wal mais usados é o subfaturam**-io. Como o nome indica, o «nbfaturamento consiste em declarar aafatura (relação da* mercadoria*com os respectivos preços) preço*inferiores àqueles pelos quais a»mercadorias são negociadas.

O subfaturamento tanto ê pra*-çado nas exportações, cornada*importações de mercadorias • rhm,a proporcionar ao exportador fran-«•"lento maior receita, ao meamotompo «n que lesa o pais, rada-zindo-ine a receita cambial. Umadas mercadorias mais sujeita ao«ubfaturamenfo é o café Com a*«abe, o exportador de café vendaao governo, a um preço «xo, os dó-lares que recebe com a exporta-cao. í o chamado dolar-café eaiopreço é Inferior ao do dólar no mer-eado livre de cambio. Atualmentel*>r exemplo, enquanto o dólar nómercado livre cust» cerca dei*»cruzeiros, o dólar-café è^venéadópelos exportadores ao a-A/êrno a

'í«

cruzeiros. Que faz, entto, o expor-tador fraudulento para obter dó|a-re, «por fora», Isto *-. fora do eon*íróle do governo? Toniemoa muexemplo: 0 exportador A possui 1Wmil sacas de café tipo Santos-4 Co.mo a cotação oficial do Santos-4 é,digamos, de 40 dólares por saea •exportador não poderá vender a aea<:afé a preço inferior àquele Par»fazé-lo. recorre ao subfaturamento:desqualifica o produto, fatnraado-aoomo se fosse de tipo inferior •—!Santos*8, ou Santos-6 —, «, porsan-to, por SO ou 85 dólares a saca, au»ponhamos. As 100 mil sacas seriamoficialmente exportadas nào por dmilhões de dólares (100 mil saeaa a40 dólares) porém, por S milhões oa3,5 milhões de dólares, que o expor-jjador teria de vender ao governo a76 cruzeiros.

Sucede, porém, que o café real-m«nte, é do tipo Sa\,tos*4 e ao dSW «o porto de destino recupera-ra seu valor corrente, isto é W âSIS? d* á6lMn*- ^dlfer^V e».tre este preço e o declarado na fa-tura é embolsada pelo exportador.que tanto pode faie-l. voltar isar»o.Brás i;(através de «turistas», poreado hvre. como pode deixá-la de-posltada no exterior para ostrasoperações ilícitas. De quasq.*r me-«o, o orçamento oficial de câmbio* privado desses dólares.

Há quem estime em IM mJHitWde dólares as perdas aoíridaa pala>orçamento de câmbio do pala coraas operações de tubfaruramento.** o oaf é, por uma boa aárta ia ra-w5es, i o principal irtatrameni» aa-ra essa prátk» leatva aoa Me4a-ses nacionais: eonstMoi o aroaat»das exportações brasileiras; as Urvisas resnltantes de saa venda ateliquidadas no mercado oficial; aaexportações de café são controlada»por um punhado de grande* firma*norte-americanas.

Concurso daRádio Moscou

A Radie Moicaw rrammifs, «Katia>manta poro o Iroiil, da 19 às 11 heras(hora do Rio de Janeira), na faixa d*25 metros, nas freqüências •mentos de ondas de

11,75 megaciclos (J5,53 nwtras)¦1,87 megpciclas (25,27 metras)¦1,92 meaacicloi (25,17 marras)

• na faixa de 31 metros, nas ffaa.&tn,«ias e comprimentos do ondas ém9,63 meaacilos (31,13 metros)9,80 megaciclos (30,61 mtrros)

CONCURSOTodas as quartas-feiras, às 20,30 ha-

?mií 'Tími,ido un» Programo *sa««al(Radio Universidade), com intarostam»

concurso . distribuição d. prtmiat.

Governo Garanteum NovoEmpréstimo à Líght

Acabou de ser formalizado, na semana passada, com aassinatura do almirante Lúcio Meira, mais um aval do Te*suuro Nacional, através do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico, a um empréstimo em dólares, concedidoao «liolduig» canadense Brazilian Traction, Liglit and Po-wer, O empréstimo é feito pelo Banco Internacional de Re*construção e Desenvolvimento (BIRD) e crorresponde aomontante de 11 milhões « 600 mil dólares, equivalentes aocâmbio de custo, a 1 bilhão e 600 milhões de cruzeiros.

Prossegue, assim, a política do Governo Brasileiro definanciar as empresas estrangeiras, em particular a Brazi*lian Traction, cujas subsidiárias representam a maior inver-são direta de capital estrangeiro em nosso pais. O últimoaval se soma aos anteriores, que já haviam garantido aqué*le «holding» empréstimos de 108 milhões de dólares, todosconcedidos pelo BIRD.

Isto significa que o Governo Brasileiro utiliza as suaslinhas de credito no exterior, não para financiar os empre-endimentos estatais ou os de capitalistas brasileiros maspara fortalecer a exploração de um monopólio inipeiialista,que domina em nosso país um setor tão decisivo como ode eletricidade.

Por outro lado, isto também significa que o BIRD nãocede em sua orientação de conceder financiamentos, quasesem exceção, em beneficio de empresas imperialistas. NoBrasil, tem sido a Light a grande beneficiária dos créditosdo BIRD Mesmo o crédito do BIRD de 73 milhões de dóla-res, para a construção da hidrelétrica de Furnas, tambémtrará benefícios diretos à Light e, além dela, à Boml andShare, que compartilham o monopólio da energia elétricanas principais áreas industriais do pais. Ambas as emprê*sas participarão da direção de Furnas e distribuirão o gros*so de sua produção,

O Governo Brasileiro não só (em garantido ã Light em-préstimos em moeda eatrangeira, como lhe facilita reetir*sos em moeda nacional. Afora os créditos já habituais doBanco do Brasil, a Light obteve no ano passado 1 bilhãoe .')00 milhões de cruzeiros do BNDK, que realizou, paraisto, uma operação de compra de ações, cuja significação

é quase apenas simbólica, Quanto a Bond and Share aBINDL ja a cumulou de cêrea de três bilhões de cruSmsNão se pode deixar de perguntar: onde está então •capital estrangeiro, realmente estrangeiro» '.Se essas empresas se vaiem de reeurcn* •,•,.'„_.¦didos pelo Governo, e de recúrsól SS^SSÜS-crivados de linhas de crédito lambeiido Go^êrno^íWS?Pilam as suas instalações também à custaido%ata?to de lucros obtidos em nosso próprio Jsds é óbvio tmT^"reduz a uma balela a tese sobre o caráter bid&Ad d^capital estrangeiro, tese tão difundida pela granTtanrtísa serviçal dos trustes. e por doutos «onon^taT nio ÍSenos serviçais dos trustes. ° mt

O que se dá é .justamente o contrário, na maioria àtmcasos: ao invés do capital estrangeiro contribuir pari* £senvolvimento da economia nacional, é a economiinarifl.ilque tem contribuído, com uma pesada quota de Wfleiôpara o desenvolvimento do capital estrangeiro. s*cru,CIO>

Acresce ainda que a Bond and Share e a Litht nin ?«zem nenhunia contribuição tecnológica, que o país ni/noimadispensar. Os engenheiros e técnicos brUAS rtTpaSÍlamente capazes de construir e administrar grandes enmr*-sas de energia elétrica, sem que precisemos pagar extorflvotributo aos abutres alienígenas. worsrvoA necessidade de uma política realmente nacional oarao setor da eletricidade é abordada em interessante tí*tiií«do prof. Hugo Régis dos Reis. catedrtWoo dTtólMlS.nal de Engenharia, trabalho publicado no n' ?í rerteta«Estudos Sociais». revisr»

A luta nacionalista no referido setor já deu alirun* n>.sos dos (,uhís o mais importante foi a encamnácK fm.i'<la Bond and Share em Porto Alegre Mas èlK./í ,^í!não adquiriu suficiente continuidade nem s?írlw *'"**

numa grande campanha de caráff^Sa VSS^ídaquela que conquistou o monopólio estatal âTZSouTEntretanto, no conjunto da lula antiimSÚstí^Sína'lizaçao da produção e da distribução da cnersrl» ».mmI. a-'e deixar, de? ser considerada um dos obJ& &I.Ss importantes, •— P.A, «mjouvws imediatospodimais

.:... : v-,*.':."-..

— 22 o 28 d« abril de 1960NOVOS RUMOS 3 —

k »

O debate que ora se inicia no Parti-do- o.m torno das Teses para a discussão,tem uma importância viital para o mo-vunento revolucionário no Brasil. Daaceitação ou rejeição da linha polltic.inelas contida dependerá o rumo, certoou errado, que os comunistas tomarãoem sua atividade. Estes são momentosde definição. As posições devem ficarclaras. Porisso. manifesto-me contrário•i orientação exposta na Declaração deMarço de 1958 e, agora, reafirmada nasToses.> Estes documentos defendem, es-sencialmente, uma política geral e umaonontação tática oportunista de direita

c fazem uma critica errônea da atividadepassada e atual do Partido.

MAURÍCIO GRABOIS

Duas Concepções,Duas Orientações Políticas

a'

Ao adotar esta atitude, assumo, aomesmo tempo, |*>siçáo autocrítica comrelação aos erros do passado, tanto not|iie diz respeito à orientação politica•interior à Declaração, como aos métodosfe trabalho e de direção empregadosnaquele período. Estou convencido de<l'.ie eles foram grandemente prejudiciaisao Partido e à revolução. Considero-meum dos responsáveis por aqueles erros,que necessitavam, e ainda necessitam sercorrigidos. Examinando-os de um pontode vista autocrltico, julgo-me no dever«le apresentar-a todo o Partido minhaopinião sobre a atividade e a orientação«Ios comunistas desde o IV Congresso.

tfe.

A atividade passada e asituação atual do Partido

1. O Partido Comunista do Brasil,surgido da necessidade histórica da lutapula libertação nacional e social do povobrasileiro, constitui a vanguarda com-bntlva e organizada da classe operária.Em toda a sua existência procurou cum-prir sua missão revolucionária, lutou pa-ia organizar e unir o proletariado •dedicou-se à defesa das aspirações dostrabalhadores e dos interesses gerais danação. Sempre se manteve fiel à causati? povo, do socialismo e do internacio-nahsmo proletário. O-Partido Comunis-ta combateu energicamente contra o fas-cismo e, no período da segunda guerramundial, participou ativamente do mo-vimento pelo envio de uma força expe-dmionária à Europa. Lutou pela anistiae pela derrubada do Estado Novo e Im-pulsionou o movimento contra o Impe-rialismo norte-americano, desfn'dou abandeira dá reforma agrária. Teve atua-çao destacada em defesa do petróleo ena luta pela paz, e decisiva foi sua in-fluência na campanha popular contra aida de soldados brasileiros à Coréia. Sobsua direção, as massas tem obtido im-portantes conquistas. O PCB, orientan-do-se pela doutrina marxista-leninista, «a corrente política mais patriótica, re-volucionária e conseqüente da sociedadebrasileira.

O Programa aprovado no IVCongresso

2. A análise da atuação do Partido,desde seu último Congresso, mostra queos comunistas desenvolveram intensa ati-vidade politica, participaram de amplosmovimentos democráticos e patrióticos,dirigiram importantes lutas'do proleta-riado e das massas populares. Mas nesseperíodo, também foram cometidos sérioserros que tiveram profunda repercussãonegativa na atuação e na vida do Par-tido. Tais erros decorriam, fundamen-talmente, da orientação politica expostano Programa aprovado no IV Congresso.

O Programa do PCB desempenhouimportante papel na época em que foiaprovado. Significou um avanço no rom-pimento com as tendências sectárias queproliferaram com o manifesto de Janeiroe se agravaram com o manifesto de agôs-to. O Programa fez uma Justa caracte-rização da revolução brasileira na atualetapa, como antiimperialista e antifeu-dal, revolução dirigida contra os impe-rialistas norte-americanos e os restosfeudais. Precisou, também, de modo cor-reto, as tarefas da revolução, apresen-tando medidas que eqüivaliam às trans-formações demoorático-burguesas cor-respondentes * primeira etapa da revo-lução. Foi corrigido o grave erro domanifesto de agosto que propunha a na-cionalização das grandes empresas decapital nacional, o Programa, acerta-damente, orientava as forças revolucio-nanas no sentido de concentrar o fogoila ação naclonal-libertadora no imperia-lismo norte-americano que consideravacomo o principal inimigo do povo bra-sileiro. Levantou de modo correto aquestão agrária, mostrando a necessidadede liquidar o monopólio da terra e assobrevivências feudais. No concernenteàs relações com á burguesia nacional, erajusta a sua posição ao inclui-la entre asforças revolucionárias, corrigindo asconcepções esquerdistas que a este res-peito mantinham os comunistas a partirde 1948. O Programa defendia os inte-rêsses da burguesia nacional, em parti-cular o desenvolvimento da indústria na-cional. A orientação estratégica do Pro-grama, considerada como a linha paratoda a primeira etapa da revolução, bemcomo o plano de disposição das forçasrevolucionárias para essa etapa, eram,no essencial, justos.

Todavia, o Programa do PCB eraunilateral, continha, ao lado de seus as-pectos positivos, graves eçros. Na aná-lise da situação objetiva do Brasil, oPrograma esposava teses profundamentefalsas como a da estagnação da economiabrasileira, quando no pais se verificavaacentuado desenvolvimento econômico,embora nos marcos da dependência aoimperialismo e da manutenção do mo-ncfjólio da terra. Defendia, também, atese da crescente colonização do paispelos imperialistas norte-americanos, pro-clamando que toda economia brasileiraia sendo «transformada em simples apen-c'ice, da economia de guerra dos EstadosUnidos». Tal afirmativa não correspon-dia á realidade, uma vez que, apesar dacescente penetração imperialista no pais,iiMo se intensificava o processo de de-senvolvimcnto capitalista e crescia o mo-vimento em defesa da economia nacional,contra as investidas rio imperialismo.De içjual modo não era certo considerarque o Brasil perdia < rapidamente suascaracterísticas cie nação soberana». Em-bora o governo brasileiro subordinassesua política externa 3o Departamento del_jt.uiü nor.c americano, o pais conser-

vav.1 sua independência politica. Apesarde que naquela época, a reação adotassemedidas de violência contra o povo, oPrograma exagerava o clima político emque vivia o p.ns, considerando absolutaa falta de liberdade. Vendo unicamenteo que havia de negativo na Constituição,considerava-a «no essencial, um códigode opressão contra o povo», quando mui-tas das franquias democráticas nela Ins-critas podiam ser utilizadas. O Progra-ma afirmava que as eleições «devem seraproveitadas e podem ser úteis à causado povo», mas não conduzia à plena utl-lização dos processos eleitorais quandoafirmava que as eleições não passavamde uma farsa para esconder o caráterao atual regime. Esta posição dificulta-va grandemente o emprego de todas aspossibilidades legais.

Apresentando como tarefa imediata aderrubada do governo e a instauração deum governo democrático de libertaçãonacional, o Programa impedia a elabo-ração de uma tática justa. Qualquerorientação tática p"ara realizar uma efe-tiva política de frente única chocava-secom as indicações do Programa. Ado-tando esta orientação, o Partido enfren-tou grandes dificuldades por ocasião dogolpe de 24 de agosto, uma vez que oPrograma exigia a derrubada imediatade Vargas. Com a queda e o suicídiode Vargas, provocados pelas forças rea-clonárias e pelo imperialismo Ianque oPartido estava inteiramente desarmado.Foram as próprias massas, nas ruas, quemostraram aos comunistas a necessidadede lutar contra os golpistas. Em 1955,o Partido também enfrentou uma situa-ção dificil. Assumiu uma justa pqsiçãoface á sucessão presidencial. Mas estaposição estava em flagrante contradiçãocom o Programa. Decidiu, então, o Par-tido apoiar um candidato à presidênciada República que, uma vez eleito, segundoo Programa, teria que ser derrubado.

O Programa não indicava o processode formação da frente única, não apon-tava os meios e as formas para forjá-la.Colocando como tarefa imediata a con-qulsta do poder demoorático e antiimpe-rialista, sob a direção da classe operária,-sem que as massas estivessem ga-nhas para isso, levava o Partido a se des-ligar da realidade política, dificultava acriação da frente única. Embora os co-munistas participassem, ao lado deoutras forças, na luta por objetivospatrióticos, o Partido tardou a reconhecero movimento nacionalista como formainicial, embrionária, de frente única an-tumperialista e democrática.

A essência dos erros da políticaoriunda do Programa consistia na com-preensão esquerdista que confundia asquestões de ordem estratégica com osproblemas de caráter tático.

3. No terreno da organização, apôso IV Congresso, o Partido alcançou ai-guns êxitos. Aumentaram seus efetivose organizações. Cresceu o número deseus quadros intermediários. O Partidovinha funcionando, embora com debilida-des, em quase todos os Estados e re-giões. Nele, no entanto, ocorriam vio-lações dos princípios leninistas de orga-nização do Partido. 08 métodos de dl-reção confundiam-se com o autoritarismoe o mandonismo, o que acarretava, alémde outros males, a quase inexistência deum trabalho coletivo de direção. Em to-dos os escalões, um pequeno número dedirigentes centralizava as atividades dedireção. Isto se dava particularmente noCC e no Presidium. Na prática os Se-cretanados exerciam as funções dos Co-mités Regionais e o Presidium as do Co-mitê Central.

Estas violações do centralismo de-mocrático estão ligadas a uma compreen-sao sectária de Partido, que marca todoseu passado, e se agravaram com a ile-galidade a que foi lançado em 1947.Estão ligadas, também, ao sistema criadono Partido com o culto à personalidade,que se expressou com bastante força apartir de 1945, no culto a Stálln e

'noculto a Prestes.

4. Os erros cometidos neste períodoresultam, fundamentalmente, da insufi-ciente assimilação do marxismo-leninis-mo por parte dos dirigentes e militantes.Devido a isto, os problema brasileiroseram analisados no Partido de maneiraunilateral e subjetiva. A direção doPartido afastava-se da realidade e revê-lava sua incapacidade de fazer uma apre-ciaçao adequada dos fenômenos políticosnacionais, incidindo em erros dogmáticose sectários. Freqüentemente, aplicava-seoe maneira mecânica os ensinamentosgerais dos clássicos do marxismo ou setransplantava as experiências de outrosPaíses sem levar em conta as peculiari-dades nacionais. Por outro lado

mundial. 0 PCB e o marxismo-leninismo.Tomaram corpo no Partido as idéias rc-Vlslonistas. Os portadores desta tenden-cia colocavam-se contra a liegcmonia doproletariado na revolução, subestimavamos camponeses aos quais atribuíam papelsecundário, pregavam abertamente a con-ciliação de classe com a ourguesia e- arenúncia à posição independente dos co-munistas na frente única, negavam anecessidade da existência do Partido Co-ir.unlsta como vanguarda da classe ope-rária ou atacavam os princípios lenlnls-tas de organização partidária. Estes ele-mentos revisionistas que se encontra-vam, principalmente, nos órgãos da Im-prensa partidária, na Comissão Nacionalde Finanças e na UJC, chegaram a ternestas frentes completo domínio, utill-zando-as para a atividade antipartidárlae para atacar o movimento comunista.

Diante dos acontecimentos surgidoscom o XX Congresso, a direção do Par-tido, a começar pelo Secretariado do CCe pelo Presidium, não soube enfrentar osurto revisionista e satisfazer as exigên-cias do Partido de correção dos errosapontados. A discussão sobre o XXCongresso foi aberta com grande atrasoe a maioria dos dirigentes omitiu-se nosdebates pela imprensa. Todavia a dlre-çâo e todo o Partido lutaram com êxitocontra os fracionistas, defenderam a uni-dade partidária contra as tentativas dosrevisionistas, asseguraram seu controleno órgão central, no jornal diário e naComissão Nacional de Finanças. Asidéias revisionistas, no entanto, não foramtotalmente derrotadas e, em certos as-pectos, passaram a predominar.

A causa do surgimento das Idéiasrevisionistas no Partido resultou, funda-mentalmente, da pressão da propagandaimperialista e da influência crescente daideologia burguesa, ligada ao próprio de-«envolvimento do capitalismo no pais.

A linha oportunistada Declaração

as te-ses e conclusões sobre a realidade e asituação política brasileiras, verdadeem determinados limites, eram encaradasde maneira tão absoluta, que, inevitável-SiJ i i° art,do era arrasta*> a posi-clonâSa

' prejudiciais à luta revolu-A fonte dos erros, portanto, resido

oue B&WÒ" idealistas' metafísicas,que predominam no pensamento político

!«s_r .'."_'' 3S qUaÍS levaram a des-Svo. _ ,

° Consciencio" «<>* floresobjetivos e dos processos em curso.

A discussão no Partido após oXX Congresso do PCUS

5. O XX Congresso do Partido Co-munista da UniSo Soviética possibilitouum exame multilateral da atividade doPartido e de sua orientação política.Este exame revelou uma série de errosna linha que o Partido vinha seguindo,assim como nas formas de organizaçãoe nos métodos de trabalho. Para istocontribuíram os debates que se processa-ram na imprensa partidária c nas fileirasdo Partido. Mas, durante ésse período,surgiram ataques c calúnias contra aUnião Soviética, o movimento comunista

•:fe.-'<V\!! . " >&t**m&iw--&:4\i

6. Como resultado do exame doserros de caráter sectário e da necessidadede superá-los, o CC traçou uma novaorientação politica, aprovada no pleno demarço de 1958. A nova linha politicateve o mérito de destacar o processo emcurso do desenvolvimento do capitalismono pais, que se reflete no ftrtaléclmefito"das posições da burguesia nacional. ADeclaração mostrou a necessidade da pie-na utilização das possibilidades legais ede uma atuação legal dos comunistas.Pôs em relevo a importância do movi-mento nacionalista como uma formaincipiente de frente única antiimperialis-ta. Assinalou, também, a necessidade doemprego pelos comunistas de melhoresmétodos de trabalho com os aliados. E,por fim, rompeu com a concepção de queo caminho da revolução no Brasil teriaque ser, exclusivamente, através da vio-léncia.

A Declaração de março de 1958, noentanto, nâo exprime uma política justa,não corresponde aos interesses de classedo proletariado. No essencial, este do-cumento defende uma linha oportunistade direita. Exagera a importância dodesenvolvimento do capitalismo, toda asua orientação decorre desse desenvolvi-mento, está inteiramente a êle subordina-da.

A Declaração embeleza o capitalis-mo. Procura mostrar que a indústriabrasileira atingiu elevado nível de crês-cimento e atribui este crescimento aocapital nacional. Mas, na realidade, oimperialismo também participa desseprocesso de industrialização, domina ra-mos fundamentais da indústria no país.O exagero na apreciação do papel do de-senvolvimento capitalista no processo re-volucionário, leva a Declaração a ideali-zar a burguesia que é tratada como sefosse força conseqüente, capaz de defen-der até o fim os interesses nacionais.Toda orientação estratégica e a linhatática expostas na Declaração têm emvista quase que exclusivamente os inte-rêsses da burguesia, conduzem ao forta-tecimento de suas posições políticas, emprejuízo das demais forças revoluciona-rias. Superestima a magnitude e a pro-fundidade da contradição entre a bur-guesia e o imperialismo, como se a bur-guesia não pudesse chegar a acordos comos imperialistas.

Depois de proclamar, em palavras,que a revolução brasileira na presenteetapa, é antiimperialista e antifeudal, aDeclaração logo em seguida faz novacaracterização da revolução. Esta passaa ser somente nacional e deve enfrentarunicamente as tarefas antiimperialistas.Os objetivos de caráter democrático ficaminteiramente subordinados à contradiçãoantiimperialista que é considerada prín-cipal em toda a atual etapa histórica dasociedade brasileira. Assim, as tarefasdemocráticas são separadas mecânica-mente dos objetivos nacionais e trans-feridas para outra etapa da revolução.

Dal resulta que, tendo em vista afrente única a Declaração apresenta umesquema de disposição das forças revolu-cionárias que inclui até mesmo latifun-diários e grupos da burguesia ligados amonopólios estrangeiros rivais dos mo-nopólios norte-americanos. Tal disposi-ção de forças corresponde a uma revolu-çao exclusivamente nacional. Portanto,a solução da questão agrária deixa de seruma das tarefas da revolução. E' ver-dade que, em determinadas circunstân-cias, latifundiários e setores da burguesialigados aos imperialistas rivais dos nor-te-americanos, podem participar de certasações contra o imperialismo ianque. Masisto somente por objetivos limitados epor períodos relativamente curtos. Quererincluí-los na frente única democrática eantiimperialista seria incorrer em graveerro. Como harmonizar numa mesmafrente os interesses dos latifundiários,mesmo que tenham contradições com oimperialismo norte-americano, com as

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aspirações dos camponeses que, segundoa Declaração, estão interessados em li-qinclar uma estrutura retrógrada que seapoia na exploração imperialista?

Além disso, subordinando inteira-mente as reivindicações democráticas aofator nacional, a Declaração ao Invés deampliar a frente única, como aparente-mente pode parecer, não faz mais do querestringi-la. Isto porque será difícil, oumesmo impossível, trazer as grandesmassas camponesas para a frente únicaem que participem latifundiários. Talfato poderia ocorrer se o pais através-sasse uma situação que pusesse em pe-ngo toda a nação, como no caso deagresao ou ocupação militar estrangeiras,quando os interesses de todas as cama-das sociais estão diretamente ameaçados.Mas tal coisa não acontece no Brasil. Doponto-de-vista tático em determinadasocasiões, a classe operária e seu partidopodem, na ação prática, Dão dar multaênfase às reivindicações agrárias de ca-rater radical e unir-se a latifundiáriosque tem contradições com os imperialis-tas norte-americanos e a setores da bur-guesia ligados, a grupos monopolistas queconcorrem com os monopólios ianques.Mas, se se tem em conta que o núcleo dafrente única é constituído pela classeoperária e os camponeses, que o funda-mental para a frente única é atrair paraela as amplas massas trabalhadoras dascidades e do campo, é errado colocar demaneira, absoluta, nas condições atuaisdo Brasil, a predominância dos objetivosnacionais em detrimento das reivindioa-

Ções democráticas.Do conteúdo da Declaração depreen-de-se que tem mais valor para a forma-

ção da frente única a aliança com a bur-guesia — aliado importante e necessário— do que os camponeses e a pequenaburgesia urbana, colocados em planosmuito secundário. A própria classe ope-rária não é devidamente considerada, umavez que suas reivindicações são inteira-mente subestimadas. Por este caminhonão se atrairá as grandes massas do po-vo, jamais se forjará a frente únicademocrática e antiimperailjsta.

Em palavras, a Declaração proclamaa necessidade da hegemonia do proleta-riado na revolução. Mas esta questãonão é somente um problema de definição.E» um problema prático que, antes detudo, se refere aos aliados da classe ope-rária. "Mais cóncrètámènte. Quem exer-

"cera influência sobre os camponeses e osdirigirá? O proletariado ou a burgue-sia? A Declaração, ao dar absoluta pr,i-mazia ao lado antiimperialista da revolu-ção brasileira, em detrimento do seu as-pecto agrário, estabelece de fato umalinha de renúncia à direção do movimentorevolucionário por parte do proletariado,porque fal orientação dificulta a moblli-zação dos camponeses, entravam o pro-

"reiíllíar as tarefa* da revolução, LevanTdo ao absoluto a possibilidade do caminhopacifico, na prática, a Declaração o tor-na de fato o único caminho. Toda aórienti(çâoyque estabelece é baseada nesse

• caminho, desarmando, assim, o proleta-.riado e seu partido para qualquer outraeventualidade. Porisso, a advertência,feita de passagem, de que no cas-) dosinimigos empregarem a violência é in-dispensável ter em vista a solução nâopacifica, não tem a menor significação.Embora, na presente situação do mundo,«e deva ter em conta a viabilidade docaminho pacifico não se pode, nas con-dições brasileira», torná-lo absoluto. Oscomunistas, preferem este caminho. Mascometeriam grave erro se nele apoiassemtoda a sua atuação porque nada aindatem oomprovado que o caminho da re-voluçâo brasileira é o caminho pacifico.A experiência passada e recente dos pai-ses da América Latina mostra que nãofoi pacifico o caminho para derrubar asditaduras. Meamo no Brasil, a práticamostra que as mudanças na estruturaeconômica do pais ou nas instituições po-llticas não se fêz sem o apelo à forçaarmada, embora nem sempre se verifi-cassem choques sangrentos.

A Declaração de março de 1958 é,assim, um documento que encara os pro-blemas da revolução brasileira do pontode vista da burguesia, conduz â negaçãoda luta revolucionária, à adaptação aocapitalismo e ao evolucionismo sob o dis- .farce de caminho pacifico. Isto favorecea penetração da ideologia burguesa entreas massas, o que dificulta ganhá-las paraas posições do proletariado.

A atividade dos comunistasa partir de março de 1958

7. Em sua atuação prática, os comu-nistas têm alcançado alguns êxitos. Nasúltimas campanhas eleitorais, de um mo-do geral, tiveram uma participação ativa,Enfrentando as restrições antidemocrá-ticas que tolhem sua ação politica, o Par-tido, em alguns lugares, ajudou a formarcoligações que asseguraram a vitória decandidatos nacionalistas. Elegeu tambémInúmeros candidatos comunistas que con-correram aos posto» eletivos sob diferen-tes legendas partidárias. Apesar das de-ficiências apresentadas em sua atividade,os comunistas têm oontribuido para for-taleoer a organização sindical da classeoperária e para fazer avançar o proces-so de sua unificação. Ocuparam lugarde destaque nas lutas pelas reivindicaçõesdos trabalhadores, particularmente n0 quese refere ao aumento de salário e contraa oarestia de vida. Os comunistas aju-daram a impulsionar as lutas patrióticas,realizando ações unitárias com outrasforças, o que oontrlbuiu, de certo modo,para fortalecer o movimento naclonalis-ta. Estes êxitos, porém, são relativa-mente pequenos se se tem em conta ascondições bastante favoráveis existentesno pais para o avanço do movimento de-mocrático e antiimperialista e para ocrescimento do Partido.

A práfica destes últimos -dois anostem revelado com bastante nitidez o ca-ráter oportunista da atual orientação.Esta tem levado o Partido à renúncia deuma posição Independente, tanto no ter-reno polftfoo como no Ideológico.,De um- modo geral, a poslcfto dopartido é de reboque em relação às fôr-

ças aliadas, em particular à Frente Par-lamentar Naolonalista • ao PTB. Subes-tima-se o Partido »ob o pretexto de for-

rcçâo do BNDE. Na realidade, as mu-danças verificadas no governo fortalece-ram as posições dos reacionários e en-treguistas.

Nestes últimos meses, levada pelospróprios acontecimentos e pela pressãoda critica dos militantes, a direção na-cional, sem explicação e qualquer sspl-rito autocrltico, procura fazer certasmodificações na posição do Partido faceao governo, levando, assim, a confusãoàs fileiras partidárias.

Na atividade prática, subestima-ss aluta pela reforma agrária, sob o pretextode náo prejudicar a ação contra o Im-perialismo norte-americano. Enquanto dl-versas correntes e partidos políticos des-fraldavam a bandeira da reforma agra-ria, os comunistas reduziam a questãocamponesa a medidas de reforma agráriaou escondiam a palavra-de-ordem ds rs-forma agrária.

Orlentando-se pela atual linha poli-tica, o Partido na sua atuação nio sedistingue dos demais partidos qus têmposição nacionalista. Para as massas oPartido náo se apresenta como partido dosocialismo, mas como partido do naclo-nahsmo, com objetivos bastantes limita-dos, o que entrava o ingress em suas fl-leiras das pessoas que são despertadas

para o comunismo pelas grandes vitóriasdo sistema socialista, partioularments «aUnião Soviética e da China Popular.8. No que e refere à vida interna dopartido, vêm sendo alcançados alguns rs-suitados positivos. A, eleições para esco.iner as direções partidárias estão se tor-nando norma. As alterações na estruturado Partido, de acordo com a divisãoadministrativa do pais, vêm possibilltan-do maior integração dos organismos rs-gionais e locais na vida política. Mas *vida orgânica do Partido é muito precá-na. Não há preocupação com o funcio-namento das organizações de base e coma construção do Partido. De outra par-te, os próprios militantes manifestampouco interesse pela» reuniões. Em ai-guns setores do Partido, registram-se ten-denc.as a abandonar 0 trabalho nos or-gamamos e a se limitar exclusivamente àação nas organizações de massa a afrou-xar os vínculos partidário. e a »ube»tl-mar a disciplina. Organizações de base11 nat? !ntermediária« ™unciam „£-u papel de vanguarda e se tranefor-tn.am em simples auxillares das organi-

cesso de formação da a\}v\çt), ojnjrá-;.. lt,leoer *'frente única. Se é falsorlo-camponesa, fator decisivo para que aclasse operária conquiste a hegemoniana revolução.

As tendências oportunistas de direitada Declaração se maniíestam com maiornitidez na questão do poder — problemafundamental da revolução. Partindo daJusta constatação de que atualmente nãohá condições para alcançar um governo

oarar oom reservas ou hostilidade o mo-vimento nacionalista, considerando que aparticipação nele .Ignifloa submeter-se Ahegemonia da burguesia, o Partido nãoWle<W»rd.f.»M,0'llv,rBÍMmassas é na vida política brasileira, de2?wi_

°T 'Ua verdadel"» fisionomiade partido d. vanguarda da classe opera-na. E multo fraca a atuação políticademocrático e.antiimperialiíta, a Decla- do Partido. Os oomunistas atualração chega a uma conclusão falsa aoabdicar por completo da luta por esteobjetivo, limitando-se a reivindicar modi-ficações parolais na política e na compo-sição de sucessivos governos, nos marcosdo regime vigente. Com esta tática gra-dualista, eyolucionista, que contrariafrontalmente a teoria marxista-leninistado Estado, pretende-se atingir um podercapaz de enfrentar as tarefas da revolu-Çâo na presente etapa, o que eqüivale aafirmar que se conseguirá transformaro atual regime, em essência reacionário,num regime democrático e antiimperia-lista e, por extensão, o próprio capitalis-mo em socialismo. A Declaração con-sidera que as forças revolucionárias che-garâo ao poder através da acumulação dereformas profundas e conseqüentes naestrutura econômica e nas instituiçõespolíticas. Mas como acumular tais re-formas no atual regime e com o podernas mãos das forças reacionárias? ADeclaração indica um caminho idílico emque irão sendo gradativamente retirado»do governo os elementos reacionários e,também, gradativamente, irão ingressan-do no governo elementos progressistas,até que um dia se chegue.a conquistarum poder democrático e antiimperialista.

Afirma a Declaração que a democra-tlzaçáo é uma tendência permanente navida política nacional, uma decorrênciado desenvolvimento do capitalismo. As-«im, a democracia aparece como inerenteao capitalismo, tese tipicamente revisio-lista. Além disso, é uma afirmação quenão corresponde à realidade e leva aoembelezamento do capitalismo. Em 58anos de existência, o partido da ólasseoperária só teve dois anos de vida legal;as organizações sindicais estão jungidaiao Ministécio do Trabalho e quando sedispõem a uma ação independente, e nãodeclarações verbais que nâo tém corres-pondència com a prática, são ameaçadasde intervenção e fechamento; o rádio e.a televisão — meios mais modernos e efl-cientes de propaganda — são privilégiosdos homens do poder; cidadãos suspeitosde comunista são impedidos-de ser can-didato a postos eletivos; grandes massasao povo, principalmente os camponeses,por uma série de restrições, não parti-clpam na vida política do país. Algumasliberdades existentes, fruto da continuadae árdua luta do povo, são de tal formageneralizadas e exaltadas na Declaração,que se tem a impressão de que o Brasilvive numa autêntica democracia.

No que concerne ao oamlnho da re-volução, a Declaração afirma que o Bra-sil. é um dos países para o qual se abrea possibilidade real da via pacifica. Par-tinclo de uma análise profundamente sub-jctiva, traça um caminho rói-co, semcomoções sociais e chooues violentos n.ira

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M.dÍIU' "° cimentoS n

f ente Única' na° conseguedo. trah-Th

°wS Set°rM mal" Carecidos«ria. Sem

68 Para 3S fi,eiras ?*r«'«rias, nem as massas para sua orienta-

n« H« P08l?S° d0 Partid0 face ao govêr-

Durant8er,.onUn8Ce,Ín° Kubitschek é "K-

ma cr tica T ^T0 n3° sc fcz ne"^"na critica ao governo. Quando os dlri-

que Soavam' S dadaS entrevi^

em bloco1 SmiJÍ^'Camente "o *P0'°terlormente rim 90ve™aniental. Pos-posiCíó Sr;; rr0S ,ad°°O^vos, ma,°dava" taniá •"*

" ^apoio, e a, mm ,a ênfa«e ao<nPcon'seqüent "'q^ ™

f "™^ •

DOsicSn ,í». ' M ' para as massas, a

terfstloo que, deDoi« Z carac"a Pol.tlcaqecVôem7co.f1 £['!*?no m +...U '"lanceira do qover-"U cTr oVaaiSeacdt°0

aC°mba,er L»"apresentação3 SZ õtTiJS!^ A^e, simultaneamente ,,

P?Slt,vas 3cmcritica, à Poimca do ^vêrno trrnsfVa

"na nrifi*.. acl"°, transforma«abo does

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tr u?^5 TCaCÍ°nárÍOS' Tudo isto con-tnbu para que amplos setores do Par-«do tenham uma atitude de conformis-

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,pasflv,dado ou, mesmo, de con-cordância diante do governo. Se nâo secombate energicamente a política errôneado governo, as forças mais reacionáriasutilizarão em seu favor, como já vêmfazendo, o descontentamento popular.A orientação de luta par um govêr-no nacionalista e democrático, atravésde sucessivas mudanças na política e nacomposição do atual governo, vem fra-cassando. Que se conseguiu com a apli-cação de»ta tática? No que se refere àpolítica do govêmo e«ta se mantém, nofundamental, antipopular e de capitula-çSo ao imperialismo norte-americano. Noque concerne às modificações na compo-slçâo do governo, se é ceto que saíramda pasta da Fazenda o sr. Lucas Lopese. do BNDE, o sr. Roberto Campos, ver-dade é também que ingressaram no mi-nhtêrio os «rs. Armando Falcão, AmaralPeixoto, Hotâcio Lafer. Pae- de Almei-ffa íiUm Ha cp I i_j__W m-»;-- - _.. ••.

d» direção tenham melhorado em virtudetes &

d0 co^to do. mllltan-tes, o trabalho coletivo dos órgãos diri-gentes ainda é muito deficiente JSPna Declaração de março de 1951 feilarbo?aedUam„PeqU",, QrUP' de «JS-Selaborada á revelia dos membro, éa Cd

Hir,PrM,entada de ,urPrésa « •«• «roi«^ingente

na reunião em que foi .pr.CMais séria ainda é a sltuaoAa m

déíT0 ,deo,°8,0°- Circulam no CuE

netL8 f ranha« a» Proletariado

™ m

¦ íTfií n.baí- E' or«"* •Sun!sa a penetração da Ideologia burguesano movimento comunista. No entantV'em quase todo. o. Comitê. RealwSltlldefesa do marxlsmo.fcnlntamo formsabandonados. Paralisou-» o trrtaí» 2edição de livro, marxista* derfxSSEVTcampo aberto para ., Idéia. JrSSSSlIou de Imperialismo. A. teoria. d31__ii«..pefas publicações e fcSSSSjSBgHturala burguesas Invadem a. fileira. L\V.tidárlas sem oposição a n.n _a___^trabalh0 Ideo^glooTa.^.'^"

ar psrsrt, sSS síll

' e,<luerd,ata». P«ra melhor" JTrLsr avance

° PartÍd° * " m"—* 5frente única, o fundamental ,«££ 7golpear a8 tendência. oportunl.tJTde'd"reita que constituem o prtnolpal p^ljí

Tudo isto rnipõe a necsssWade de mit<«r de rumo, de substituir a «tu*^££ação do Partido por um. ££ffiS5_Ja os erro« de direita, sem |„owí RJvelhos erros esquerdista. . «etáphlviS dfc.fim' Ttm°de »•» ES1-!vista de classe do proletariado, « prwislanalisar a situação objetiva do^1caracterizar a revolução bra.il.lr. /£flnir sua, tarefas, e estabelecer , tâtlcJcom vistas a alcançar a. relvlndleajo"programátloas da presente ttap. E*Evoluçâo Sem pretender dominar ?VEdade sobre problema, tão complexo. •difíceis, apresento, como cnWbSS?»debate, minha opinião «Obre tal, ousitt"

qual considero uma posição {ffiJSSsa da que vem sendo seguida pelo .1».^(CONTINUAR

COMUNICADOOs responsáveis p • I a

TRIBUNA DE DEBATE comu-nicam a todos os interesso-dos que foram estabelecidasas seguintes normas sôbr» apublicação dos artigos • car-tas :

a) A fim de possibilitara participação do maior nu-mero de companheiros no de-bate, cada participante foradireito a um máximo de 10laudas dactilografadas (30linhas por lauda) em cadaedição de TRIBUNA DE DE-BATE. Os artigos que exce-;derem a este limite serão di-vididos e publicados em sé-rie.

_ b) Os artigos e cartas se-rao publicados por ordem derecebimento na redação deNOVOS RUMOS..Em cadaedição da TRIBUNA DE DE-BATE figurará uma relaçãodos artigos recebidos, segun-do a ordem em que serãopublicados.

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NOVOS RUMOS22 a 28 de abril de 1960

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sssssssssssssK'''¦ 1 I ¦ IssssW JmH ¦ Hpi ^Nsi^íP' WmwkW mmwmmmr>^mmmmw*mmm*^.,:.,:¦¦..,¦*

Presença de Lenin'

Transcorrida «ma geração apó* como negar a sua Importância na

o deZarecimento cio Vladimir História -. mas fogem por todas

ilitrí Tini e os grandes tomas de as maneiras de encarar o nect«ssari(».i 1 Lso os mesmos do nosso B o newssari» consiste em que

ruída « a «oiS^X**»*- ^n não M nm teórico qualquertempo, a mia i px_ ^^ |fm t^rico m4rxlstat 0 inaiormo, com» sistema mundial de ex

ploração dos povos, a luta do pro-etortado e de todo» os traba-in«i.«".« - -- .. os «roble- <!<> proletariado russo, aomAT

c^^TÀrcL^- «'«•via caber a missão, gloriosamen"ía\lir

os s s enfas mundiais do te desempenhada, de abrir a pripo-entre «

3f3tam,m0l a luta meira e definitiva breeba no siste-

Lír como °tSf

gen^alizada ma mundial do capitalismo A pe,Fla pa/. como tar, ia renidadè de Lenin, como a dos seusda humanidade, a luta dehbd™

predeceS80res e mestres, Marx eKngels, se identifica, por conseguin-te, com a perenidade da causa aque se dedicaram, causa que não é

JAGOB GORENDER

«espaço vital», que buscavam legiti-mar a agressão e a conquista'.Kosemberg doutrinava o maismonstruoso racismo.

Com o solícito estímulo damaioria dos estadistas ocidentais.Hitler e Mussolini se encarregaram

político qualquer, mas o dirigente (((, t,ransformar («sa histeria ideo-qual lógica Pm a<,ao homicida. Durante

seis anos, a humanidade estevelançada no torvelinho de uma ca-tástrofe, que ceifou cinquent*milhões de vidas e destruiu Incalcu-laveis riquezas produzidas pelo tra»balho criador de muitos povos. I

de sua época, em que não foi um

cão nacional dos povos oprimidos.Mas a atualidade da obra de Lenin„ào decorre apenas da palpitanteoermanência dos seus temas, como,não menos.de fato de que « de-«envolvimento es.sencial *«?M»»lemas se encontra ja previsto na-ouela obra, com insuperável rigorcientífico, de tal maneira que hoje,em condições tão Prof,,ndaJ|£|£modificadas, centenas; de mi oes públicos

e ideólogos, que a do entre as duas gutflP „re*

/'^"^^Sacao êle se opuseram e às suas idéias, pode hoje compararpensamento *«»'/",.„. durante a sua vida e a,)ós a sua »-.í»J rfn. ^.'«^«concreta do sen íestino e a per»pectíva da História. Seria, porem, morte.

unilateral falar do pensamento de q contraste é sumamente escla-l>nin, do seu grandioso trabalho rí)C<H|orf „ma Ve» que nos põe dianteintelectual, sem vinculá-lo intima- (|a Cri»«í e da decadência do pensa-mente à ação do chefe revoluciona- • mento burguês, em que se expres-Ho à ação do partido dos bolche- sam> je modo ora trágico, ora gro-viques, que êle dirigiu, e das masaal qne o seguiram e o inspiraramtata «çào, de massas, de nm partido e de sen chefe, produziu acon

ses, uma vei que nao podem con?estar essa perenidade, tentam ex-

plicá-la e compreendê-la. Indepen-dente dos seus bons ou maus pro-pósitos, do simplismo ou do renna-mento de suas explicações, estas

pecam sempre, no essencial, porqueatem ao contingente — nao ha

...)*. CãLU CNADE

Um Debate Oportuno e Necessário

, nrxirraô aue o ooniüntodos comunistas participe a realidade em desenvolvimento, de mo-comunistas poderão < o con unio s *¦ subjetivo, limita-se a disser que: «A

nelra abundada.* ^^Sffi el^tentes na direção con- prática tem' comprovado o acerto da

lencías presentes dlflcugarjes <J»«^ dpvem ,(,r ,,ons. li|llm politlca tracaaa „a Declaração de

s- Março de 1958, no que diz respeito aos

,A .publicação das «Teses para dis-cussão> marca o início de um debatebastante significativo para os comu-nürtas brasileiros. Este debate deverapermitir que se manifestem e venham a

prevalecer a vontade e a sabedori" "•-

letiva do Partido. Os comunistas*eu conjunto, deverão retomar.debate, o processo autocrltico e de emboraçSo da estratégia o da tática doPartida, tumultuado e desvirtuado des-de a discussão desorganizada que ecto-diu em nossa imprensa, eml956 apôsa realização do histórico XX Congres-so do P.C.U.S. . .

Através de um debate organizadofranco e aberto, osexaminar, de mamultilateral, as exper«? passadas do Partido, como baseum processo de reelaboraçuo de sua n-

nha política geral-e de ««Pf^Jginfluências mais pernicosas do sectansmo e do revisiomsmo. Os êxitos aesi«

rtóbate serão tanto maiores quanto me-

So? refletir os resultados reais da ati-

ERRATAO projeto de Estatutos do

Partido Comunista do Brasil

foi publicado com erros de

rtvisão. No artigo 34, letra

ir • no artigo 39, saiu SE-

CRETARIADO GERAL em vez

dt SECRETÁRIO GERAL. A re-

dasão correta desses artigos

i a seguinte:Art. 34, letra i: «— ele-

g.r a Comissão Executiva e

o Secretário Geral e dois ou

mais Secretários que const.-

tuirão o Secretariado do Co-

mitt Central».Art. 39: «— O Secreta-

riado do Comitê Central é oórgão operativo diário des-te, que atende às questõesde ordem prática do traba-lho de direção e atua subor-dinado à Comissão Executi-va. O Secretario Geral do

Comitê Central coordena aatividade do Secretariado e

balha sob a direção

de quaisquer preconceitos e de outras nas o passado-do Partido, isto é, o pe-Vnfluèncias maléficas, como a do culto .iodo anterior a «Declaração de Ma -

a personalidade. P» é considerado numa cr tica eiv da

A sabedoria coletiva dos comunistas de subjetivismo As «Teses para di-mm noia frentP uma tarefa de grande cussão - são o fruto mais recente do'S^rf ZonsíbiSe tTrefa que o escalão processo autocrltico tumultuado e des-

í em SSfSS não .conseguiu virtuado desde 1956. 0 ponto de partidar côm ^ n ve" corretamente nos últimos três das «Teses» é o da

Condenação pura e1 • ' anos- a reelaboraçào da linha progra- -simples d0 passado do Partido. As «Te-

rnàtica e política do Partido, vencendo ses» omitem eeontornarn a necesslda-as posições sectárias e dogmáticas do- de da apreciação autocrítica dos reais

unes até 1956. sem cair nas posi- resultados da aplicação da Imha poli-minar,.,„„ nacional-rafórmiátas e liquidado- lica exposta na «Declaração».:Sem qual-nistas que prevalecem na orientação quer análise da atividade dos comunls-n si a s que vi tas nos u„imos anos sern qualquer'

0 cumprimento desta tarefa requer confronto da linha da - Declaração» com

ciência; inclusive, dos aspectos circuntanciais da luta ideológica que, há anos. seus aspectos essenciais...vem-se desenvolvendo nos diferentes '-¦' ¦¦""-'

escalões. O debate permitirá a caracte-ri/ação das tendências em choque r-,nestas condições, todos os comunistaspoderão influir sobre a direção da lutaideológica e decidir acertadamente.

Conduzida dentro dos limites e dosinteresses partidários, a luta internaresultará no fortalecimento das fileirascomunistas. A existência de divergên-cias e a luta de opiniões dentro do Par- b3).

do revelam um processo «ovo de ela-

go assinado por Caio Gabriel, ambospublicados na Voz Operária . duranteos debates de 1956. Também não foi poracaso que depois ria «Declaração» a lutaideológica, na prática, voltou-se exitlu-sivamenie contia o dogmatismo e o sec-tarismo, deixando inteiramente desguar-necifjp o flanco pelo qual o revisionismoe o nacional-reformismo atacavam oPartido. A luta exclusiva contra o dog-matismo e o sectarismo, deixando o ca-minho livre ao revisionismo e ao na-cicnal-ieformismo, visava a fazer o Par-tido assimilar a linha cia > Declaração .sob pretexto de que o perigo principalpara o Parlido vinha do seu passadodogmático e sectário. Esla lula unila-leral, na prática, acabou assumindo umsentido fortemente liquidacionista.

PJm circunstâncias especiais a d ire-ção central, antes mesmo de ter reáü-/ado o balanço da discussão de 1956

Os desacertos e os insucessos naapli- e tínão .dele os ensinamentos que ofe-cação d linha da"«Declaração» são. se- '«-ia. /oi levada a dlscu ir e aprovarSo as «Teses», de respansabilidade sem tempo para um melhor exame e'• ¦ - •• meditação, um projeto de ¦ Declaração .

A salvação veio precisamentedaquela União Soviética, que o fas-

vaga utopia, mas inevitável produto cismo jurara destruir, precisam*»-do movimento histórico, e que se te daquele pensamento lenlnista eencarna, como verdadeira força dos seus partidários, os comunistas,material, no pensar, no sentir e no que eram submetidos a atroses per-agir das massas de trabalhadores, seguições inquisitoriais através de

Se Lenin é atual, se Lenin per- quase todo o mundo dominado pelomanecé, que dizer dos eminentes capital. Quem viveu o trágico perío-

do entre as duas guerras mundiaina arrogância

brutal dos políticos e ideólogo*fasdstas, anunciando a sua «nova;ordem» milenar, e a repugnante«glória de Krostrato», que agor»cerca seus nomes. Também este»foram definitivamente enterrado*^embora dos seus sepulcros aindaemanem malignos miasmas. |

Neste segundo após-gtierra, anota dominante do pensamentoburguês é um crescente peesimis-mo, que impele mesmo diversos ex-poentes desse pensamento ao reco-nhecimento dramático da superio-ridade da nova civilização sócia-lista e, em certos casos, a umaaproximação, mais ou menos peno-jsa, dos seus valores. O singular detal pessimismo é que já penetro»!profundamente no mais poderoso/baluarte capitalista, até há pouco'tido e havido por invencível. Esta-distas e economistas norte-america- jnos não têm outr» recurso senão;admitir, por entre os mais diverso* jpretextos, a velocidade dos ritmo*socialistas de desenvolvimento e aaproximação do término da diantei-ra econômica dos Estados Unidos.E porventura algum americanoinformado e de bom-senso poderá'. acreditar no presidente Eisenhower,!quando insiste em proclamar a ma-:nutenção da superioridade do se»país sobre a União Soviética, noterreno da ciência e da técnicamilitar?

Enquanto a ideologia burguesase move em estreitos e medíocreslimites, além dos quais é manifestaa sua impotência, viva, enérgica,imensamente criadora é a ideologiade Marx, de Engels e de Lenin. Ei*porque, ao comemorarmos o 90faniversário do nascimento de Lenin,parece-nos que o temos entre nóse ainda ouvimos a sua palavracurtida na polêmica e no comandoda revolução.

tesco, a crise e a decadência daprópria sociedade burguesa.

A Primeira Guerra Mundial se.... .— .... incumbiu bruscamente de lançar notecimentos e conseqüências, que (,omple(o oIv,do M a]e|rrfiS bem-marcaram indelèvelnaente os rum» ^MWltegt

que ^ embeveciam comdo nosso século. Lemn Pro,ons" „ otimismo superficial da «belleassim a sua presença na presem.» # M( % época na VPrdade) doda l nião Soviética, do campo. so fpn)/ domínio universal do imperia-cialista, do movimento comunist* ijsmo.jEconomistas, sociólogos, filo-internacional. sofosTque se obstinavam em ignorar

i is„i.*«. hnro-iin- as' contradições da sociedade bur-Filósofos e publicistas purgue ^^ ^ ^ ^^ eonhecimen-

to do proletariado sequer comoproblema, hoje de nada servempara a própria burguesia. A suamorte intelectual marca o começodo fibi do liberalismo, como con-cepção política e social burguesa.

Após a hecatombe de 1914-1918,e uma ve* constatada a impossibi-lidade imediata de suprimir a nas-cente União Soviética, o proscêniofoi tomado pelos pregadores do de-sespéro e da violência. De Spenglervinha o alerta sobre a decadênciado Ocidente ou seja, da Europa im-perialista. Ortega y tiasset se in-cumbia de advertir solenementecontra a «rebelião das massas», queameaçariam submergir os maisaltos valores da civilização, ou seja,os valores da civilização capitalista.Heidegger especulava sobre a «cor-rida para a morte», justificando,com antecipação, os SS, os camposde concentração e os fornos crema-tórios. Entre aplausos do públicoelegante, Marinetti proclamava: «aguerra é a higiene dos povos». Ageopolítica florescia nas teorias do

Carne e Remédios

Io conjunto do Parlido, pois que «marnifestam-se, na direção e em todos osescalões do Partido Comunista, tendeu-cias errôneas de esquerda e de direita,prejudiciais ã correta orientação domovimento operário e da luta antiim-perialista e democrática. -- (Vide lese

Seria o mesmo que dizer: a «De-claração» é um documento perfeito,pronto e acabado; entre a sua linha ea realidade brasileira e o marxisma-le-nlnismo, não há nenhuma contradição;se a prática ria linha da 'Declaraçãoapresenta resultados negativos, a culpacabe apenas ao fato de que os comunls-Ias brasileiros ou sã0 de esquerda ousão de direita. Os únicos comunistasque ficariam fora dos limites desta cri-tica seriam os que formaram o pequenogrupo elaborador da ¦ Declaração:-. Nofinal, nem se ficaria sabendo por que as• Teses > contem algumas correções departes da «Declaração». Mas, alguémvirá dizer que se trata apenas de umamelhor formulação... e não de corre-ções, Esperemos.

A 'Declaração de Março- foi geradanas condições anormais que se estabe-lecerarn em nossas fileiras, depois da

:aminho discussão de 1956, quando perplexa adireção omitiu-se e o grupo revisionistae antipartido conseguiu tumultuar a dis-cussão na imprensa e a atividade par-lidaria além dessas, outras eircunstâii.cias relacionadas com aspectos da for-inação do Partido, inclusive com a quês-tão do culto à personalidade de Pres-

nfluiram negativamente sobre o

bciração coletiva e constituem prova devitalidade e de potencialidade. Nesta lu-ta deve prevalecer o que é certo contrao que é errado, e não a vontade isola-da de quem quer que seja, por maioresméritos que possua.

Quando na direção central as oiver-gências chegam ao ponto a que chega-mos, em que as 'Teses para discussão»só conseguiram aprovação por maioriaprecária de sessenta por cento dos seusefetivos então a chamada do conjuntopartidário para o debate tornou-se ame-dida mais oportuna e decisiva. O deba-te não pode mais ser postergado. Nomomento, êle não é apenas uma exigen-cia normativa, file é reclamado pelaatual conjuntura partidária marcadapor profundas discrepâncias e contradi-ções. O debate organizado, amplo e democrático tornou-se o único caminhecapaz de levar ao estabelecimento deuma linha politica geral acertada —condição básica para a construção ideo-lógica do Partido, a unidade de suas fi-lelras e reforçamento dos seus vínculoscom as amplas massas populares.

Nas condições atuais rio Partido sopoderemos chegar ao estabelecimento deuma linha política geral acertada, se,antes de tudo. partirmos de uma auto-crítica global de nossas experiências an-teriores e posteriores à «Declaração de .,.. Março». Qualquer processo que se li.ni- ainda nos primeiros meses¦ deJ9^ e

elaborado por um grupo que trabalha-ra sem o seu conhecimento.

A «Declaração» nãoi é apenas um do-cumento tático. Ela promoveu altera-ções profundas no Programa aprovadopelo IV Congresso, alterações que, se-gunrio as normas partidárias, só pode-riam ser feitas por outro Congresso.isto é, com a participação e anuênciade todos os comunistas. Entretanto, po-rie-se alegar que, depois de dois anosde aplicação do Programa, havia ama-riurecirio no. Partido a compreensão danecessidade de modificações na politicatraçada durante o IV Congresso., Revê-laram-se contradições entre alguns as-pectos da orientação contida no Progra-ma e o desenvolvimento econômico, po--lítico e social de nosso pais. Muitasdessas contradições foram Indicadas etratadas na discussão «e 1956, Tudo istoé certo. O justo procedimento da dire-Cão seria então, o de realizar o balan-go aprofundado ria discussão, onde ha-via muita contribuição preciosa, ao ladode toda uma enxurrada de idéias re-visionistas e antipartidárias, e a partirfios ensinamentos dela extraídos, ree-laborar a linha programai ica e políticario Partido. Náo foi, porém, o que sedeu. A .Declaração surgiu antes darealização rio balanço da discussão, co-mo resultado de uma apreciação uni-lateral dos debates e da capitulaçãodiante da pressão ideológica do revisto-nismo e do nacional-reformismo.

O debate está ai agora e devera de-eiriir sobre tudo. É chegado r, momento

todos os comunistas poderãocurso posterior aos debates de 195(>.A «Declaração de Março- é (un pro- fmjw

-^.^ ^ Q reexa a

toda a viria partidária e o estabeleci-mento dos objetivos c do caminho na

duto esdrúxulo da situação caótica emoue se. encontravam nossas fileiras.

t.tsse a toma? como ponto de partida resultou de um acordo entre alguns eleexame autocrltico de parte dessas ex- nientos mais responsáveis da direção

periências, isoladamente, conduziria, sem central e alguns elementos que compu-dúvida a conclusões falsas e unilate-

ra rais.As fese.s para discussão

deste».

nhain o grupo .revisionista e anliuarti-do de Agildo Barata. Náo é por acaso

v resultam, que algumas teses básicas da sDecla-são as mesmas apreFPtitarifls na

Agildo Barata u no arli-

revoluçáo em nosso país. A conjugaçãorias forças de todo o Parlido será capazde vencer cs entraves c as_ deforma-ções que embaraçaram o deisenvoru-mento da vanguarda revolucionaria do

proletariado e do povo brasileiro, .ses-te sentido é que os comunistas c.-taochamadçs [sura o debate!

0 novo ministro do Trabalho, sr,João Batista Ramas, assumiu a pastacom dois problemas a solucionar, nosetor de abastecimento e preços, quede há muito vinham sendo discutidos eprotelados pelo seu antecessor ¦ - esto-(agem de carne bovina, para garantiado abastecimento dos grandes centrosconsumidores no decorrer da entressa-fia do corrente ano. e o pedido de rea-justamenlQ dos preços dos remédios,formulado pela indústria farmacêutica.Problemas específicos da COFAP, cujopresidente, sr. Guilherme Romano, ma-landramente transferiu ao Ministériorio Trabalho. A solução desses proble-mas de modo favorável ao povo o áprópria indústria nacional iria contra-liar interesses dos grupos econômicosestrangeiros .que exploram nossa pecuá-via (ie corte e estão-se apoderando daindústria farmacêutica em nosso pais.O sr. Guilherme Romano náo quis con-trariar tais interesses e remeteu nm-bos os problemas ao Ministério doTrabalho porque pretende concorrer acargos eletivos, no Estado da Guanabara.e sabia, como sabe, que b povo o con-denaria nas .urnas so tosse por êlesacrificado em beneficio de grupos es-trangeiros que nos exploram. 0 sr.Fernando Nóbrega seguiu-lhe o exem-pio, foi adiando de mês para mês, desemana para semana, ric dia para diao problema dos remédios, e tranferiu oi.utro ria oslocagem de carne bovina,para

'o Ministério ria Fazenda de modo

a não ditar soluções que servissem aopovo e, por outro lado. não fosse o res-pònsavcl por decisões pedidas pelosti s grupos econômicos, a fimincompatibilizar o seu parlido com opúblico, cm vésperas de eleições.

A um e a outro faltou coragem parudefender os interesses do povo e dapró iria indústria nacional, cie carne ede medicamentos. Que irá fazer o novoministro do Trabalho'.' A mesma poli-tica do Pilatos?

As empresas frigoríficas estrangel-ias nègam-se a estocar carne bovinapara garantia do abastecimento duratvle a entres.-.afra deste ano. ou seja a,partir de agosto. E pediram dois bilhões¦> duzentos milhões ri" cruzeiros paraarmazenar, apenas vinte mil toneladasde produto, quando estão obrigados, pordispositivos legais em pleno vigor, areservar carne em suas câmaras friasuii bul em pé cm suas invernadas.

'iniln-

pendentemente de qualquer financiamento. A simples ordãncia dos srs.Fernando Nóbrega e Guilherme Koma-

no com êssp ]>eriido de financiamento,absurdo e ilegal, mostra que ambosiriam determinar, futuramente, um nn-vo aumento rio preço da carne. A qnan-tia pedida, para a quantidade a guar-dar, do produto, .significaria um novopreço do 'boi casado», ou seja, preçoglobal para «dianteiros» e 'traseiros-de Cr$ 110,00 por quilo. Atualmente ostipos de carne de primeira qualidade(do «traseiro»!, embora liberados, es-tão sendo vendidos por êsse preço, emmédia. Os tipos de segunda qualidadeestão tabelados a pregos bem inferio-res.

Quanto ao pedido de reajustamenlodos preços dos remédios, o sr. Fernan-do Nóbrega rejeitou o ' Index Geralde Preçe.s , elaborado pelo ConselhoNacional de Ética da Indústria Parira-còutica, que aumentava em quarenta asetenta por cento os preços atuais. Masnão deu nenhuma solução.

Urge, puis, que haja atitude firme rionove ministro, sr. João Batista Ramos,a quem cabe, dar solução a esses daisproblemas fundamentais no setor doabastecimento c preços, E que decidasem medo dos grupos econômicos cs-trangeiros, atendendo, de modo geral,aos interesses nacionais, e em particularaos interesses do público consumidor.

oi-não

EstudosSociais

N' 7

Já ss encontraa vanda emiôil-s as bancas(to Rio de Janeiroe São Paulo.

CrS 39,00

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— 22 a n8 de abril de 1960 NOVOS RUMOSUm traço «ar- Vi dc "-He He

Lenin foi sempre i sua preocupaçãopela iducação dos partidos comunistas,por ajudá-los a assimilar a riço expe-riência dos revolucionários bolcheviqoese conduzir a classe operária e «eus alia-dos, em cada país, à conquista dos seusob|e»lv>oi preje i»es e futuros. Um exem-pio mannífíco, nesse sentido é a suaobra «A doença infantil do <.?squer-dismo» no comunismo».

Lenin -i ne:-» traba" - os pr<>-b.Vmas mais impr ' -antes e atuais da»-tratéqia e da tcVea "volurlon' '3 etransmite aos partidos comunistas a «-x-pviêneia de slqnlficaçã* histórica dosbolchevlques. Lenir. *«!nerr" aí osc! versos aspectos dn ativdnde do Par-t* o Bolcrmvlque, d-~-nstra as basesc^ntlficas de sua política, a sua lutap*la conquista das -, p-'i forta-l-";-nento do Estado sovic*'lco e pelaconstruçjo do socialismo. Analisandoa experiência do* comunistas russos e asI!*>C1 das lutas de classe por eles vivi-d*s no período de 1917 a 1920, Lenin,c»~n sue- conc'rsões, ajuda os par-f >s comunistas a resolver de odojusto or* problemas básicos da estrato-gii. e da :.'":a. O trabalho de Leninrios orlerta erm clare-a síbre a %r 's«aa' -no nos sindicato- reacionária só-bre a u\'V-ar.t:o :<r% f- ias legais deluta e dos óroãos da demorra'a bur-«uísa, sobre como enfrentar com acêr-tn a questão das alianças e compro-ir.'s?os, etc. Lenin, nessa obra, orien-ta rr. e»mun*stas para a solução comêxito de tarefas tão difíceis como a liga-<c.o cem as massas e a sua direção,indicando que isso só será consentidom> dlant*. n d*sr caramento tanto dosoportunistas de direita como da políticae ontumira de «esquerda», que con-d-rem os comunistas ao ssguidismo etu isr'- -"'o. ao afastamento dos prin-cíplos e à degeneração.

«A dosnçc infc.rtM do «esquerdis-mo» no comunismo» foi escrita por Le-

Lenin e o "Esquerdismo//

n!n em afer'1-main "e 1920 e p-iblicadoem junho do mesmo ano. Era um mo-m ntn »m que o mundo capitalista pas-sava nor aguda crise revolucionária e,graças à vitória da Grande Revoluçãode Outubro, ao lado de sistema " pita-lisia surgia o sistema socialista. Inau-gu,ava-se então a» era das revoluçõesproletárias, e • adenso revolucionárioa'* " _'i milhões de pessoas na Eure-pa, na América e na Aj|a. O proleta-rlado dos paises capitalistas adquiriaexp?ri:ncia da luta revolucionária con-tra a burguesia imperialista, avançan-de e se temperando ideologicamente.E.J .1 épica em que surgiam os parti-dos comunistas na maior parte des pai-ses, enquanto es maiores partidos so*cie I democratas de direita, na Alemã-nho( na França e na Itália, temendoperder a sua influencia entre as mas-sas, dev.lca.am o seu afastamento daII Interna .ional e derom início a ente*)-dimentos sôbr- as condições de seuingresso na Internacional Comunista,tornando-se assim real o perigo dt umafluxe de centristas na IC.

Segundo L-:nin, em face dessa 'tua-

ção, as tarefas básicas dos comunistasconsistiam em estabelecer estreita liga-ção com as amplas massas da classeoperara e libertar-se tanto das sobre-vivências soclal-democratas como anar-co-sindicalistas e outras, fortalecendoideológica e orgânicamente os jovenspartidos marxistas. A solução dessastarefas era um requisito indispensávelpara conduzir o classe operária à lutavitoriosa contra os seus inimigos.

Teoriae Prática

Lenine a txperiênciaDas Massas

A doutrina leninista da revolução ensina que o proletariado e as massastrabalhadoras elevam a sua consciência revolucionária na medida em que adqui-rema necessária experiência política. Enquanto essa experiência nào atingir odesenvolvimento e a profundidade indispensáveis, a vanguarda comunista, pormais esforços que realize, será incapaz de conduzir as massas a grandesações revolucionárias.

Mas, como fazer com que as massas adquiram a necessária experiênciapolftioa? Queremos, a respeito, lembrar dois ensinamentos básicos de Lenin.

Em primeiro lugar, o de que náo basta * trabalho educativo, de escla-recimento, embora sua importância seja muito grande * jamais deva ser me-nosprezado. tese trabalho nâo i suficiente porque fieando-se apenas nele hásempre o risco de converter-se em aprendizado acadêmico, em repetiçio defórmulas e citações. O trabalho educativo deve por Isso estar constantementeligado . subordinado à ação concreta, á luta pelas chamadas «reivindicaçõesimediatas». A prática de muitos anos do movimento comunista mostra que asmassas abrem os olhos para a realidade, reforçam sua unidade e sua organizaçãoe elevam sua consciência revolucionária principalmente mediante a ação. E'através do contacto com os problemas diários e que lhes afetam diretamenteque as massas assimilam a realidade e avançam até a luta pela conquista deseus objetivos fundamentais.

Isso nada tem a ver com as idéias pregadas pelos reformistas, que trans-ferem para um futuro indeterminado a realização dos ideais socialistas da classeoperária e afirmam que o interesse principal dos trabalhadores consiste emprocurar a solução de suas necessidades do dla-a-dia, sem se propor nenhumatransformação revolucionária e afastando de seu, campo visual a conquista doPoder. Lenin diz a esse respeito: «Nós procuramos ajudar a classe operáriaá conseguir melhoras reais, por insignificantes que sejam, de sua situação (eco-nómioa e política), e sempre acrescentamos que nenhuma reforma pode serfirme, verdadeira e séria se nâo fír apoiada por métodos ÇeVJÍluclonárlos daluta de massas». » •--

Ligado a isso, outro ensinamento de Lenin i o que se refere à elaboraçáodas palavras-de-ordem pelos partidos comunistas. O Partido dtvé sempre lançarpalavras-de-ordem atuais, compreensíveis ao povo, na luta por cuja realizaçãose eleve gradualmente a oonsciência revolucionária das massas. O dtsmasca-ramento incessante do regime capitalista e da exploração imperialista feito peloscomunistas náo pode se limitar ás palavras-de-ordem puramente erftloas, quenão acrescentem, ao lado do seu aspecto «negativo», respostas claras sobre oque se deve fazer e como fazer. Quanto a isso, Lenin lutou sempre contraa orientação de os partidos lançarem palavras-de-ordem que alrvam apenaspara «aguçar a consciência do proletariado contra o imperialismo». E diziao fundador do PCUS: «Toda palavra-de-ordem «negativa», náo ligada a umadeterminada solução positiva, não «aguça», mas entorpece a consciência, poisé algo vazio, um mero grito, uma frase declamatória sem conteúdo».

Nenhum exemplo melhor do que o do próprio Lenin e do Partido Boi-ehevique. Após a revolução democrático-burguesa, de fevereiro de 1917, porexemplo, houve os que pretendiam lançar palavras-de-ordem diretamente sócia-listas como palavras-de-ordem de ação, conclamando • prolttariado à derru-bada imediata do governo provisório. Lenin opós-se à essas tentativas e oPartido Bolohevlque, só conclamou à luta direta pela instauração do Poder sócia-lista, depois de diversas etapas intermediárias, quando as massas já com-preendlam que era necessário derrubar o governo provisório e implantar aditadura do proletariado como condição para resolver os problemas vitais do pais.

tstes ensinamentos de Lenin são válidos para todo o movimento comu-nista, revestindo particular significação para os comunistas brasileiros em sualuta atual,

Colocando diante dos partidos co-munistas essas importantes tarefas, Le-nin lutava em duas frentes: de um >cdo,contra os elementos oportunistas dedireita, os centristas e suas sobrevivên-cias nos partidos comunistas e, de outrolado, contra a doença infantil do «es-querdismo» no comunismo. A obra deLenin i, por isso, um trabalho clássicoacerca da esrictégia e da tática dopartido marxista de novo tipo. Deatualidade indiscutível, os seus ensina-mentos são um gula para o trabalho doscomunistas.

Além de mostrar que contando sò-mente com a vanguarda a classe ope-rária não pode triunfar, pois a revolu-ção é obra de milhões e não de umpunhado de heróis, Lenin ensina queé necessário o Partido estar armadoteoricamente, estudar cuidadosamenteem cada etapa a situação concreta —inlerna e internacional —, apreender acorrelação das forças de classe e saberapresentar com habilidade s \a oca-siãe oportuna as tarefas de ordemestratégica e de ordem tática.

Outras importantes lições são trans-mitidas per Lenin nessa obra. De-sejamos deter-nos apenas em algumasdelas.

No VI capítulo, Lenin desenvolve de-talhadamente o problema do papel dossindicatos na luta revolucionária e indi-ca que os sindicatos são um poderosoinstrumento da luta de classes, umacorreia de transmissão entre o Partidoe as massas e uma" escola de educaçãocomunista das amplas massas de tra-balhadores. Lenin ridiculariza as pa-lavras*l,e*or'-.m antimarxistas dos «es-querdistas» sobre a saída dos sindica-to? e a criação dos sindicatos «puros».E ensina que, ao trabalhar nos sindica-tos, os comunistas devem lutar pelasreivindicações essenciais das grandesmassas e conduzi-las à compreensãoda necessidade de combate revolucio-nário pelo Poder, mediante a c.iplia-ção gradual da luta pelas reivindicai-ções parciais de determinados setoresprofissionais até à luta geral da classeoperária pelos seus objetivos políticos.

Qualquer enfraquecimento do traba-lhe des comunistas nos sindicatos refor-mistas prejudica a classe operaria, equanto mais os reformistas tentarem li-vrar-se dos comunistas nos sindicatostanto mais intensamente es comunistasdevem trabalhar nessas organizações.

Por não observarmos esses ensina-mentos de Lenin, numerosos erros foramcometidos em nosso trabalho nos sin-dicatos, sendo que em 1948 chegamosoo ponto de pretender criar sindicatosparalelos, em lugar de nos voltarmospara os sindicatos existentes. Hoje,quando a classe operária desempenhacada vez mais o papel dirigente noplano mundial, as indicações de Leninsabre a atuação dos comunistas no me-vimento sindical, se aplicadas com actr-to, nos possibilitarão ampliar a liga-ção com as massas e conquistar a uni-dade dos trabalhadores.

No capítulo VII de «A doença inían-til do «esquerdismo» ne comunismo»Lenin ensina ser necessário que os ce-munistas participem na luta parlammtare utilizem como revolucionários o Par-lamento. Adverte es comunistas a nãosubestimarem essa forma de luta ecombate es que, sendo eleitos pelostrabalhadores, tomam como modelo,para a sua atuação, os representantesdas classes dominantes.

Reveste gronde significação para onosso trabalho de frente única a ma-neira como Lenin coloca o problema daatitude dos comunlstns em relação aos

compromissos. Lenin ataca durameníeos «esqueiJislas», que se rrnnifeslavam^contra qualquer compromisso» e seconsideravam por isso «arqui-rovolucio-narios».

Cila Lenin exemplos de acordos ecompromissos estabelecidos pelos boi-cheviques, tanto antes como depois daRevolução de Outubro. Tais acordosfortaleciam os bolchevlques e enfraque-ciam os seus adversários. Diz Lenin :«Fazer a guerra para derrubar a bur-guesia internacional, uma guerra cemvezes mais difícil, prolongada e com-plexa que a mais encarniçada das guer-ras comuns entre Estades, e renunciarde antemão a toda manobra, a todautilização (ainda que seja apenas tem-porária) do antagonismo de interessesexistentes entre os inimigos, aos acôr-dos e compromissos com prováveis alia-dos (ainda que sejam provisórios, in-consistentes, vacilantes, condicionais)— não será acaso algo infinitamenteridículo ? Não se parece isso com ocaso do homem que, numa ascensãodifícil por uma montanha inexplorada,onde ninguém ainda havia pasto o pé,renunciasse de antemão a fazer zigue-zagues e algumas vezes voltar sobre seuspassos, a abrir mão do rumo escolhidoa princípio e experimentar diferentesdireções?» (Obras Escolhidas, em doistomos, pag. 763).

GiOCOHDO DIAS

Lenin ensina que os compromissosúteis à revolução, ao partido proletárioe à classe operária, embora até mesmocom os imperialistas, são admissíveis enecessários nas condições da luta pelaconquista da ditadura do proletariado,e mesmo nas condições de existência doPoder proletário Lembra Lenin exem-pios de compromissos práticos com osliberais burgueses, com os partidos t>e-queno-burgueses, a que o Partido Boi-ehevique recorreu nas diferentes etapasde sua luta, ao mesmo tempo em quese batia intransigentemente contra essespaitidos no que se referia às questõespolíticas de princípios, desmarcarandocom firmeza as suas manobras oportu-nistas, etc.

Outro valioso ensinamento de Leniné aquele que nos leva a compreenderque o movimento de frente única não óalgo estático, não obedece a um esque-ma rígido, mas é composto por forças,temporárias umas e outras de caráterpermanente, e decorre de determinadascondições objetivas. Este ensinamentofoi mais tarde desenvolvido pelo cama-rada Dimitrov, segundo o qual, para acriação da frente única, em países comoo nosso, deve-se ter em conta, antes detudo, a diversidade de condições emque se desonvolve a luta antiimperialisiadas massas, o diferente grau de ama-durecimento do movimento de liberta-

ção nacional, o papel do preletarliidanesse movimento e a influência de Par-tido Comunista sabre as grandes massa*.

A verdade é que, contrariando as in*dicações leninistas de que as formai dalula e de orgenização política surgemda própria realidade e correspondemàs condições concretas do processe re»volucionário, críamos artificialmente me-delos de frente única que si existiamem nossas cabeças, como a Frente lie-mocrática de Libertação Nacional, fdesse modo causamos prejuízos à clamaoperária e ao Partido, não contribuindocomo devíamos para unif as forças ejuase opõem ao atraso o ao imperialismonorte-americano.

Os ensinamentos contidos nessa abrado grande Lenin muito poderio ajudar*nos, se revelarmos capacidade daaprendê-los e levá-los a pratica. Eisso é tanto mais necessário quando severifica ser grande ainda o nesse atrasanesse terreno.

\Através de seu trabalho prático a,

teórico, Lenin abriu neves caminhospara a revolução proletária, para a\ação dos comunistas antes e depois datomada do Poder. Contribuindo por*o avanço do pensamento marxista, Le-nin não ficou preso às fórmulas e tem-;pre respeitou e defendeu es principiesmarxistas, mostrando que quanto maisfortes Ideologicamente são os comunls-tas, mais amplos e flexíveis poderão serem sua atuação prática. i

A melhor homenagem que nós, ce-munistas brasileiros, podemos prestar mmemória do grande Lenin, ne transcui-so do seu nonagésimo aniversário, estáem redobrarmos os nossos esforces nesentido de assimilar os seus inesgotáveisensinamentos e levá-los à prática cemfirmeza e audácia.

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Os problemasdo campo

Os contatos pessoais de Lenin com representantes das mais diferentes cama-das da população eram uma constante navida do grande revolucionário. A suapreocupação pelos problemas dos campo-

neses era toda especial e inúmeras vtzteêle os recebeu t discutiu com os lavra-dores questões especificas do oampe. Opintor retratou bem o momento em qusLenin recebia velhos camponese».

História do Movimento Operário (LX)

Na Rússia imperial de fins do século XIX e princípios do sé-Culo XX, o problema camponês c a questão operária, — cujosfundamentos sumariamente expusemos nos dois últimos capítulosdestas notas. <~ complicavam-sc com um terceiro problema — a

questão nacional e colonial. Quase uma centena dc nacionalidades«rrastavam-sc em vida, sufocadas pela brutalidade do absolutismoczarista.

Em conseqüência do desenvolvimento do capitalismo na Rússia,também a situação econômica c social dos povos oprimidos dessasnacionalidades sofreu naqueles anos grandes modificações. Seus

paises foram transformando se paulatinamente em colônias do ira-

perialismo, à medida que neles sc invertiam capitais russos (etambém ingleses, franceses, norte-americanos, etc) para a expio-

raçSo das abundantes rique:as nativas, e que eles, ao mesmo tempo.

iam sendo convertidos em fonte de matérias-primas para as

indústrias instaladas na Rússia.A exploração e a miséria dos povos subjugados n5o-russos,

tradicionalmente privados de quaisquer direitos nacionais e civis,aumentaram então ainda mais. Essa era, entretanto, a fase negrace. um fato histórico positivo: a atração dos atrasadíssimos paisesda periferia do Império russo á produção mercantil capitalista. Aeconomia natural, que prevalecia desde séculos em vastas áreasdaquelas imensas regiões foi sendo substituída pela economia mer-

c- mil. Começou a desenvolver-se a agricultura, aumentou a divisãosocial o'ú trabalho, teve inicio a circulação monetária,

Ocorreu ainda, a época, que o governo ciarista, amedrontadocjrr, o rápido Incremento düi lutas dos camponeses russos, organizou« migração destes para as regiões da periferia.

"Os latifundiários,viam nessas migrações algo comoum "alivio"

da& contradições agia-

o:í,sc a respeito Líniii, -uma válvula dc escapamentü

centro da Kussia."

A Rússia Imperialista-Um Feixe de Contradições

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Mas a verdade é que o "fundo de migração" foi constituiddde terras arrancadas aos casacos, quirgtiizes e outras nacionalida-des oprimidas, Essas terras eram entregues aos novos ocupantesnão como propriedade, mas em usufruto. Os funcionários do c?logo entraram a especular com elas. Na maioria dos casos caiaiafinal, nas mãos dos culaques (camponeses ricos) ou dos senhonfeudais da zona. Os Imigrados não recebiam instrumentos de tia-balho, nem sementes, nada. Tombados na mais funda miséria,convertiam-se em assalariados agrícolas dos culaques, ou em par-celros semi-servos dos latifundiários, ou. — juntamente com oscamponeses não-russos evpropriados, privados da terra e do gacln.r- iam buscar emprego nas cidades ou povoados, ser opcránosnas minas c fábricas mais próximas.

hm fim de contas, a tal migração dos camponeses russos nãoenfraqueceu, nem podia enfraquecer, as contradições agrárias nayrande Rússia. Ao contrário, somente as fortaleceu. Elas (oramtornando-se também um problema agudo na periferia da Rússia,a proporção que ali ia peneirando inexoravelmente o capitalismo,— a uidustria, o comercio, a especulação, a usura, a inversão de

capitais na agricultura e na pecuária, o aburguesamento e\e parledos latifundiários náo-russos, a passagem do pagamento em ci.pécicao pagamento em dinheiro, os salários de fome para os trabalha-dores rurais c os operários das fábricas e minas (duas e Ires vezesmais baixos ainda que os dos operários russos na máe-pátriadesnafurada).

Ao mesmo tempo, a penetração do capitalismo ia agravandoo problema nacional, pois com ela surgiam no seio de cada nacio-nalidade a burguesia e o proletariado, ia formando-se uma cons-ciência nacional .em cada povo oprimido, crescia e tomava corpoem cada um délcs e se traduzia em crescentes lutas a aspiração aindependência, á autodeterminação nacional. .1 libertação, cm suma,do |iigo do czarismo. do imperialismo, do latifúndio.

A Rússia czarista do principio do século XX aprescutavá-sc.pois, como ponto de encontro dc lôdas as contradições cio impe-nalismo. O capitalismo imperialista entrelaçava se ali com fortis-•inias sobrevivéncias do ícudalismo, que tinham na autocraciaczarista e na propriedade latifundiária sua principal expressão. Aclasse operária, sem niialsimpr A,r<;i*r- -~i-.. .- ¦ "^-1~íi-íü;--.-

lista sob formas bom próximas do srml-scrvilismo. O campeslnatosob o quanto dos latifundiários, vivia asfixiado pela privação dáterra. O-, puxos da periferia gemiam sob uma dupla opressío —a de sons próprios feudais, e a dos latifundiários e capitalista»russos. Finalmente, tendo ingressado no caminho do desenvolvi-mento capitalista com grande atraso em relação a outros paíseseuropeus c aos Estados Unidos, a Rússia, ao converter-se empotência imperialista, viu-se ao mesmo tempo reduzida à condiçíe.dc semicolônia das potências imperialistas mais fortes, perdendo.. czarismo o sou antigo posto dc primeira linha na política reacio-n.iria mundial.

O extremo grau do agravamento a que tinham chegado tôda.iessas contradições no inicio dc nosso século punham a Rússia àsbordas dc uma comoção social profunda e violenta, de uma revo-bicão armada Era. por seu conteúdo, uma revolução democrático--burguesa, Mas, amadurecida na época do imperialismo, ela, dlfe*rctitcmcntc do que ocorrera com as revoluções burguesas dos séculosXVII c XVIII, náo poderia restringir-se apenas ao, limites nacio-nais, linha que ser necessariamente um golpe em cheio contratodo o sistema imperialista mundial, um passo firme ao encontroda revolução socialista. O chefe da revolução, em tais condições.nao podia ser tampouco a burguesia russa imperialista, da qualdiremos algo ao leitor no próximo capitulo, c sim o proletariadosoc.al-democratico, a classe revolucionaria por excelência da socie-li.iue russa cm convulsionamcnto.A revolução de 1905-07, — a primeira revolução popular d*época do imperialismo. - viria comprovar, de forma irrefutável,•a afirmação teórica marxista de quo. em fins do século XIX. porforça do luiidiçõe.v ecoiiômico-sociais, objetivas, o centro do movi-

mento revolucionário nj""Hif.llJf,^,'Â"'jf'}"[ ,À~,,}Vfm!™';;.;, : wi

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Alburti de Família

0 companheiro

de Gorki

Os últimos dias de sua vida Lenin ospassou em Gorki. Cercado do carinho detodos. Lá encontrou um novo compa-nheiro, um cão que estava sempre aoseu lado.

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Uma velha lenda de camponeses davelha Rússia contava de uma serpente,Ok-llen, que vivia nós frias e nevadasmontanhas guardando o caminho quelevava à terra da felicidade, impedin-do que os homens por êle cruzassem.A história dizia do poder da serpente,capaz de destruir todos os que se atre-vessem a enfrentá-la.

Um dia ela foi modificada, e oscamponeses contavam de um homemque destruíra Ok-llen. «Êle era pobre— diziam — porém era filho da tuae das estrelas e delas havia herdadoa sua força».

Foram muitas as lendas que se con-taram de Vladimir lllich o terceiro fi-lho do professor lliá Ulianov e de Ma-ria Alexandrovna Blank, nascido àsmargens do Volga, na cidade de Sim-birsk, no dia 22 de abril do ano de1870.

Do menino que passou a infânciae a adolescência entre os camponesesmiseráveis e explorados ao homem de-cidido que numa manhã de abril da1917 desembarcava na estação de Pe-trogrado para dirigir o golpe final con-tra os opressores de um povo, corre-ram muitos anos. Deles a história re-.gistrou todos os falos. Da vida de Via-dimir também. Pelos livros nós sabe-

mos de sua Infância, de como êle ob-sçrvava a vida miserável dos campo-neses de Kazan e Samara,- da vida es-colar e da compreensão do mundo quese ia formando no seu espírito jovem.Contam os livros, pelo relato vivo datestemunhas,- da transformação que saoperou na vida de Vladimir ainda gi-nasiano quando Alexandre, seu irmãomais velho, foi executado por ordemdo czar. Depois, são os relatos da vi-da do revolucionário. As prisões, osexílios, a construção do Partido Bolche-vique, o triunfo da Revolução de Outu-bro, a construção da nova sociedade.

Noventa anos são passados do seunascimento, 36 da sua morte. Do-cumentos, relatos daqueles que o vi-ram e ouviram e ainda vivem, os es-critos que êle deixou fazem a sua his-tória e a história da lula de um povo.Nesta página, quatro fotos, como setiradas de um ÁLBUM DE FAMÍLIA, fa-Iam também da Vladimir, o menino, ade Lenin, o homem.

Breve é a vida da Ulianova nói a conhecemos até stu palpitar

[extremomas a vida de Lenin não tem fimprecisamos escrevt-la a rtascrevé-la

íainda...(Maiacovski) j

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Heuva festa na casa dos Ulianov quando e menino Vladimir complete*]quatro anos. Antes, vestiram-no com a mais bonita roupa e o levaram ao foto-grafo da Simbirsk. Olga, a irmã caçula também foi. O retrato encheu mais umapágina do álbum de família.

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Os Ulianov O menino Vladimir tinha nove anos quando a família Ulianov foi retra-tada pelo fotógrafo de Simbirsk. Foi no ano de 1879 e estão todos: os pais, asirmãs Ana, Olga e Maria, os irmãos Dmitri e Alexandre, este ao centro. Olgamorreu não muito tempo depois; Alexandre foi executado. Os outros seguiram

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de A_ildo Barata u no arti-

A companlicirainseparável

cliamaui-s t-aia u v--

Ela era professora de uma escola noturna em Petrogrado quando Vladimire conheceu, em 1894. Nadya Krupskaia foi a sua fiel e inseparável companheirapor toda a vida. Amou o homem e a sua obra, foi muitas vezes a intérpretedas suas idéias, dos seus pensamentos. Compreendeu o homem Lenin e retratou-onum livro maravilhoso.