1. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ: CRNTP€¦ · compreenda as consequências do uso dessas armas...
Transcript of 1. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ: CRNTP€¦ · compreenda as consequências do uso dessas armas...
1. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ: CRNTP
Origem
Tendo em vista o caos que uma guerra
nuclear traria a toda uma sociedade e
sabendo que a proliferação de armas
nucleares geraria esse risco maior, a
Assembleia, Geral juntamente com seus
Estados membros, pensaram em uma
maneira de impedir a proliferação desses
armamentos, criando assim, o Tratado de
Não Proliferação de Armas Nucleares.
Assinado no dia 1º de junho de 1968, em Nova York, o tratado entrou em vigor em 5 de março de 1970,
com a adesão de 189 países. Esses países concordam, de acordo com as regras estabelecidas no
documento, em não desenvolver ou adquirir armas nucleares, embora possam pesquisar e produzir
energia nuclear para fins pacíficos. Tais pesquisas devem, no entanto, ser monitoradas por inspetores da
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas com sede em Viena na
Áustria.
Até o presente momento, 189 países aderiram ao Tratado, sendo exceção Israel, Paquistão, Índia e Coreia
do Norte (este último havia aderido ao tratado, retirando-se mais tarde, em 2003). Em 1992 os inspetores
da AIEA foram autorizados a fazer um trabalho especial nos países que fazem parte do tratado, incluindo
pesquisa em lugares que não tinham sido declarados. Foram essas mudanças que causaram uma crise
com a Coréia do Norte em 1993. O país, que tinha se juntado ao tratado em 1985, ameaçou se retirar.
Após 18 anos a Coreia do Norte retira-se do tratado.
Objetivos
O objetivo principal do comitê é enfrentar o desequilíbrio entre os países. De um lado, as grandes
potências como Estados Unidos, Rússia (União Soviética, à época de assinatura do tratado), Inglaterra,
França e China, que não por acaso são também os membros permanentes do Conselho de Segurança da
ONU, e no momento em que assinaram o tratado já possuíam avançado programa nuclear, tanto pacífico
quanto bélico. O tratado permitiu que estes cinco permanecessem com o material que já dispunham,
comprometendo-se a não partilhar os conhecimentos tecnológicos, ou fornecer armamento a terceiros que
não possuíssem a tecnologia. Do outro lado, os países que até 1967 não tivessem desenvolvido armas
nucleares ficavam comprometidos a não elaborar qualquer programa nesse sentido, abrindo mão da
tecnologia nuclear para fins bélicos. Essa "divisão" estabelecida pelo tratado impediu que por muitos anos
várias nações fossem compelidas a ratificar o tratado, incluindo o Brasil, que aderiu ao tratado apenas em
1998, por não concordar com tal divisão criada.
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA: Conferência de Revisão do Tratado de Não
Proliferação de Armas Nucleares (2019)
A discussão do tema é importante porque além de ser um assunto atual é necessário que a humanidade
compreenda as consequências do uso dessas armas nucleares. As armas nucleares possuem um enorme
poder de destruição. Para termos uma ideia, os mísseis atuais podem transportar mais de 100 vezes o
poder explosivo da bomba de Hiroshima. Além disso, as consequências das bombas nucleares são
catastróficas. Alguns afirmam que uma guerra nuclear geraria tanto carbono e poeira na atmosfera que
impediria as plantas de realizarem a fotossíntese, acabando com os tipos de vida que conhecemos
atualmente.
Dados estatísticos
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 193 países no mundo todo, sendo 189
participantes do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares de acordo com o gráfico abaixo:
Pesquisas realizadas pela ONU:
1 – Estados com armas nucleares (EAN): China, França, Rússia, Reino Unido e EUA;
2 - Países com armas nucleares não integrantes do tratado: Índia, Coreia do Norte e Paquistão;
3 – País que não confirma se tem ou não armas nucleares: Israel;
4 – Países acusados de ter programas de armas nucleares: Irã e Síria
3. DOSSIÊS
3.1China
Sobre o país
A China é o terceiro maior país do mundo, localizado à leste da Ásia, possui uma população de 1,386
bilhão de habitantes. E devido essa enorme população, apresenta diversas religiões e filosofias como:
taoísmo, confucionismo, budismo, islamismo, cristianismo e ateísmo (ausência de crença), sendo o país
mais ateu do planeta, a porcentagem ultrapassa 45% da população. O país, é uma república socialista,
que conquistou sua independência em 1949 e tem como língua oficial o mandarim. A China é um país
pobre, apesar de ser a segunda maior economia do mundo, apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) de
US$ 12,24 trilhões e gira em torno basicamente da agricultura, a média de crescimento econômico do país
é de 10,0% e apresenta cerca de 15% da economia mundial. Ambientalmente devido ao crescimento
industrial e econômico, que se deu com a degradação do meio ambiente, a exploração excessiva dos
recursos naturais e a expansão de indústrias poluente fez com que a China enfrentasse uma diminuição
dos seus recursos hídricos, poluição do ar e da água, enorme consumo de energia, população com
problemas de saúde devido tamanha poluição, além de ser um dos países com maior insistência de chuva
ácida.
Situação da China no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
A China é um dos 5 países permanentes da ONU, que participa do tratado cuja o objetivo é impedir a
proliferação da tecnologia utilizada na produção de armas nucleares, dessa forma provocando o
desarmamento nuclear. Nunca divulgou seu número total de ogivas nucleares do seu arsenal. No entanto,
a Associação de Controle de Armas (ACA), com sede em Washington, calcula um total de 270 ogivas, um
número maior do que o Reino Unido(215 ogivas), em comparação com a França(300) e bem abaixo da
Rússia(7000) e dos EUA(6800). De acordo com o analista militar chinês Zhou Chenming, a China só
precisa aumentar seu arsenal nuclear com mais 100 ogivas para anular as ameaças dos EUA.
3.2 Coreia do Norte
Sobre o país
A Coreia do Norte é um país que surgiu no ano de 1948, a partir da divisão da Antiga Coreia. A Coreia foi
fragmentada considerando os diferentes interesses socioeconômicos e políticos da URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas) e dos Estados Unidos. A divisão da Coreia levou ao surgimento da
República da Coreia (conhecida como Coreia do Sul) e da República Democrática Popular da Coreia
(Coreia do Norte). A Coreia do Norte é um país asiático localizado ao Leste. Ele faz fronteira ao Sul com a
Coreia do Sul, com a China a Oeste e com a Rússia a Nordeste. Além disso, a nação também é banhada
pelo Oceano Pacífico.
A economia da Coreia do Norte é moldada pela economia dos soviéticos. Neste sentido, ela mantém uma
das relações comerciais internacionais mais restritas de todo o mundo.
Nos dias de hoje, a produção de alimentos não é o suficiente para suprir com a demanda do país, motivo
pelo qual a Coreia do Norte recebe auxílio alimentar da Organização das Nações Unidas (ONU). Antes de
receber a ajuda, mais de dois milhões de norte-coreanos morreram vítimas de subnutrição. Tirando isso, a
economia se baseia em dois grandes polos: agricultura mecanizada e indústria pesada. Por outro lado,
cabe destacar que a Coreia do Norte possui uma riqueza mineral sem igual: mais de 50% da concentração
de magnésio, além de depósitos enormes de tungstênio, carvão, grafite e ferro estão na região.
A Coreia do Norte faz parte dos poucos países comunistas com regime socialista. Antes de assumir essa
posição política, a Coreia era ocupada pelos japoneses. Quando o território se tornou ‘livre’, tanto os
Estados Unidos como a União Soviética tentaram influenciá-lo, cada um com o seu regime político. O Sul
da Coreia preferiu o capitalismo, enquanto o Norte se estabeleceu como comunista no ano de 1948.
Situação da Coreia do Norte no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
Em 12 de junho de 2018, o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-Un se comprometeu em desmontar o
seu programa nuclear durante o encontro, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em
Singapura.
A Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis apesar do compromisso
assumido, em junho, com os Estados Unidos. A conclusão está em um relatório confidencial das Nações
Unidas que foi revelado pela imprensa americana. O estudo mostra ainda que os norte-coreanos estão
violando as sanções econômicas internacionais impostas ao país.
O documento de 62 páginas foi elaborado por analistas independentes que apresentam seus resultados a
cada seis meses ao Conselho de Segurança da ONU. Para o canal CNN, o relatório da ONU parece
confirmar as notícias publicadas pelo jornal "The Washington Post", que sugeriam que o Serviço de
Inteligência dos EUA tinha encontrado novas informações, incluindo imagens de satélite, que mostravam
que a Coreia do Norte poderia estar em processo de construção de novos mísseis.
Combate ao desarmamento nesse país
Em 2017, o mundo acompanhou um aumento da tensão sem precedentes entre os Estados Unidos e a
Coreia do Norte, que foi marcada por lançamentos de mísseis e um teste nuclear pelo regime de
Pyongyang. Em retaliação, foram impostas sanções internacionais cada vez mais rigorosas contra o país.
Por isso em junho, a Coreia do Norte se comprometeu em desmontar o seu programa nuclear durante o
encontro inédito com Donald Trump, em Singapura. Ao retornar a Washington depois do encontro, Trump
chegou a postar no Twitter uma mensagem na qual dizia que “não existe mais uma ameaça nuclear da
Coreia do Norte”. Os dois países se comprometeram a "deixar o passado para trás" e afirmaram que "o
mundo verá uma grande mudança". Porém, o documento final não estabelecia metas ou detalhes de como
o abandono da produção de armas seria feito de forma completa, irreversível e verificável, como pedem os
Estados Unidos.
3.3 Estados Unidos (EUA)
Sobre o país
Os Estados Unidos da América são uma república federal presidencialista composta por 50 Estados.
Localizado na América do Norte, os EUA, como é denominado, faz fronteira com o Canadá ao norte e
México ao sul. Os Estados Unidos se tornaram uma superpotência após o fim da Segunda Guerra Mundial,
passando a exercer influência em todo o mundo, tanto a nível econômico, como militar, tecnológico e
cultural. Possuem a quarta maior dimensão territorial do mundo, sendo que, dessa forma seus aspectos
geográficos variam muito de região para região. Os Estados Unidos possuem a maior economia do mundo,
totalizando um PIB de US$ 14,20 trilhão. Além disso ele exerce um papel fundamental na economia
mundial, uma vez que o mesmo é o maior parceiro econômico da maioria dos países, ou seja, é o maior
comprador do mundo. Sua economia é uma das mais abertas, havendo pouquíssimas intervenções do
Estado sobre a mesma.
Sua moeda, o dólar, é usada como referência por diversas nações, sendo que, algumas até chegam a usar
o dólar americano como moeda oficial. É inegável a influência cultural que os Estados Unidos exercem.
Seus filmes, músicas e programas televisivos são conhecidos por todo o mundo. Essa difusão da cultura
americana se dá através de veículos de comunicação em massa, como canais, seriados, músicas e
principalmente o cinema, que transmitem um modelo ou padrão a ser seguido, transmitindo ao mundo o
“american way of life” (estilo americano de viver).
Situação dos Estados Unidos no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
O Estados Unidos é o único país na história que usou armas nucleares durante um conflito (contra as
cidades de Hiroshima e Nagasaki em 1945, durante a Segunda Guerra). E o presidente Donald Trump,
depois de ameaçar a Coreia do Norte, afirmou que o arsenal nuclear dos EUA está "mais forte e mais
poderoso do que nunca". O governo americano mantém o seu arsenal nuclear dividido em uma tríade:
bombardeiros, submarinos e mísseis balísticos intercontinentais instalados em terra. Dos documentos mais
recentes sobre o arsenal de ogivas nucleares, divulgado em 2015, afirma que os EUA possuem 4.717
ogivas ativas, ainda que existam milhares delas que foram aposentadas, mas não desmanteladas e
estima-se que, no total, o número de ogivas entre ativadas e aposentadas chegue a 6.800. Além disso, os
EUA historicamente mantêm armas táticas nucleares em vários países da Otan --estima-se que sejam
mais de 200 armas nucleares táticas em países como Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. O
governo americano é signatário (participa) não só do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas também
do Start (Tratado Estratégico de Redução de Armas), firmado com a Rússia em 2010. Forçados pelo
Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, os EUA eliminaram todo o seu arsenal de mísseis
de médio alcance, e hoje não possui nenhum equipamento com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros. O
governo americano investe pesado em sistema de defesa antimíssil, projetados para interceptação em
todas as fases de voo. Um exemplo é o THAAD (Terminal de Defesa Aérea para Grandes Altitudes),
sistema instalado na Coreia do Sul para conter a ameaça de mísseis de curto alcance norte-coreanos.
3.4 Índia
Sobre o país
É um país que contém 3.287.000km*2, localizado na Ásia meridional, com uma população de 1,339 bilhão
de habitantes (segunda maior população do mundo) cuja 79,8% da população segue a religião Hinduísmo.
O país é uma república, conquistou sua independência em 1947, apresenta 22 línguas reconhecidas como
oficial. A Índia possui uma economia que gira em torno do setor de serviços, embora o setor agrícola seja o
responsável por 3 em cada 5 empregos no país. O Produto Interno Bruto (PIB) é de US$ 2,597 trilhões e
mesmo sendo a economia que mais cresce no mundo, a desigualdade no país só aumenta.
Ambientalmente é o terceiro país mais poluído do mundo, cerca de 1,2 milhão de pessoas são mortas por
ano devido à qualidade do ar e o saneamento básico. Outro fator preocupante é que 2,6 milhões de
pessoas não têm acesso a banheiro e nem a rede de esgoto, o que contamina seriamente o solo.
Situação da Índia no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
A Índia é um pais que possui armas nucleares e embora não tenha feito quaisquer declarações oficiais
sobre o tamanho de seu arsenal nuclear, estimativas sugerem que tenha entre 90 a 110 armas nucleares.
Além de não ser signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear ela defende que os países com armas
nucleares existentes previnem o desarmamento nuclear geral.
3.5 Inglaterra
Sobre o país
A Inglaterra, o maior país do Reino Unido, é um dos destinos favoritos tanto para quem está aprendendo
inglês quanto para turistas e historiadores. Além dos inúmeros atrativos que abraçam o país, sua capital,
Londres, também é um dos mais importantes centros financeiros do mundo, assim como Tóquio e Nova
York, por exemplo. O inglês falado ali é consideravelmente diferente daquele que aprendemos na escola (o
norte-americano). Estima-se que até julho de 2018, a Inglaterra terá cerca de 55.33 milhões de habitantes,
sendo que, o número concentrado no país é equivalente a 84% de toda a população do Reino Unido. A
sua moeda oficial é a Libra esterlina ou simplesmente libra, sendo a moeda oficial não somente da
Inglaterra, mas de todos os países membros do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda
do Norte). Altamente industrializada, a Inglaterra é a maior economia do Reino Unido com sua economia
interna consistindo em: setor primário, secundário e terciário de produção. O PIB da Inglaterra é o quinto
maior do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha. Além disso, seu
sistema político é constituído por uma monarquia parlamentarista.
Situação da Inglaterra no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares:
A Inglaterra possui, ou já possuiu, uma variedade de armas de destruição em massa, incluindo armas
nucleares, biológicas e químicas. É um dos cinco países oficiais que possuem armas nucleares sob o
Tratado de Não-Proliferação Nuclear. A Inglaterra pode ser considerada ameaçadora em relação á
conflitos com outros grandes países, já que em 2017, o ministro das Relações Exteriores britânico afirmou
que o país tem total direito a um ataque nuclear preventivo e destinada à Rússia.
3.6 Irã
Sobre o país
Localizado na Ásia Ocidental, é o segundo maior Estado do Oriente Médio. Ocupa uma área de 1 648 195
quilômetros quadrados, possui uma população de cerca de 77,45 milhões de habitantes e tem o persa
como língua oficial. Berço de uma das maiores civilizações do mundo, é habitado desde a Pré-História e
culminou no Império Persa. Se torna uma republica islâmica com a Revolução Iraniana de 1979, que
colocou Aiatolá Khomeini ao poder. Se envolve numa guerra com o Iraque em 1980, que se mostra
destruidora e dura até 1988. Em 2005 Mahmoud Ahmadinejad ganha as eleições, o que intensifica tensões
com o Ocidente, principalmente devido ao desenvolvimento de um programa nuclear. Sua economia se
caracteriza por ser agrícola até a década de 1960, se industrializando rapidamente desde então. O Irã
detém um IDH elevado, de 0,766. É o 83º pais no Índice de Desenvolvimento Ambiental de 2015
(Environmental Performance Index, EPI), que classifica numericamente o desempenho ambiental de um
pais, com desempenho 51,08 de 100. É membro de diversas organizações internacionais, como a
UNESCO e o FAO.
Situação do Irã no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
O atual programa nuclear iraniano está sob suspeita de produção de bomba atômica, enriquecimento de
urânio. A União Europeia está querendo levar o Irã para o Conselho de Segurança da ONU, mas Rússia e
China, são os dois países que precisam ser convencidos a levar o país ao Conselho. Além disso vale
informar que recentemente, a Rússia vendeu mísseis ao Irã. Países do Ocidente que integram a
AIEA(Agência Internacional de Energia Atómica) pediram ao Irã que se comprometesse a acabar com as
atividades nucleares de forma permanente, mas o país tem se recusado a fazer isso e agora diz que
abandonou uma suspensão temporária. Por isso, esses países agora querem que o Irã seja levado ao
Conselho de Segurança, dentro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. O Conselho pode impor sanções.
O Irã diz que está cumprindo as determinações do Tratado e que deveria ter permissão de enriquecer
urânio, sob inspeção, para fins pacíficos, uma vez que o Tratado permite que outros países façam isso.
3.7 Estado de Israel
Sobre o país
O Estado de Israel é uma democracia parlamentar, que no momento enfrenta um conflito com o povo
Palestino devido a ocupação israelense na Faixa de Gaza e West Bank, considerada pelos Palestinos
como sendo território de direito do seu povo e não do Estado Israelense. Apesar dos conflitos o país tem
um mercado econômico avançado por ser bem desenvolvido tecnologicamente, possuindo um PIB per
capita no valor de $32.200 sendo que 66.1% da contribuição para esse PIB vem do setor de serviços.
Israel possui uma população de 7.837 milhões de pessoas, desses 28,2% são crianças com idade entre 0
e 14 anos, portanto esse Estado pode ser considerado como um país relativamente mais novo – em
termos de idade da sua população- do que os demais localizados no Oriente Médio. Atualmente as
dificuldades enfrentadas pelo povo israelense são advindas da disputa territorial, que aumenta o nível de
mortalidade no país não só de adultos, mas também de crianças que são muitas vezes vitimas dos
conflitos e da intolerância entre israelenses e palestinos. Mesmo diante de tais problemas o Estado de
Israel possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.9, um nível bastante alto, assim encontra-
se na posição 16 do ranking de IDH mundial.
Situação do Estado de Israel no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
É um dos quatro países com armas nucleares não reconhecidos como Estados nuclearmente armados
pelo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Os outros três são a Índia, o Paquistão e
a Coreia do Norte. O ex-diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed
ElBaradei, considera Israel como um país que possui armas nucleares. Entretanto, Israel adota uma
política conhecida como "ambiguidade e nuclear" (também chamada "opacidade nuclear") e nunca admitiu
ter armas nucleares. Ao longo dos anos Israel vem se negando a firmar o TNP (apesar da pressão
internacional nesse sentido) justificando que assinar o Tratado iria contra seus interesses de segurança
nacional.
3.8 Paquistão
Sobre o país
Localizado na Ásia, o Paquistão limita-se com a Índia (a leste), China (ao norte), Afeganistão e Irã (a
oeste), além de ser banhado pelo Oceano Índico (ao sul). A porção norte do território nacional abriga uma
parte da cordilheira do Himalaia. Após ser colônia britânica, além de travar vários conflitos com a Índia (de
maioria hindu), o Paquistão (de maioria mulçumana) se tornou um país autônomo em 14 de agosto de
1947. As tensões entre essas duas nações persistem, sendo, atualmente, a disputa pelo domínio da
Caxemira o principal motivo. Os conflitos internos entre mulçumanos xiitas e sunitas agravam ainda mais a
violência no país. Esse histórico de guerras influencia na economia nacional, que até 1947 era de pouca
expressividade. Entretanto, o Paquistão tem apresentado um rápido crescimento econômico, com
significativos aumentos no Produto Interno Bruto (PIB). Possui um governo republicano parlamentarista.
Situação do Paquistão no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
O Paquistão esta na lista dos países que possuem armamento nuclear mas não participa do TNP.
Acredita-se que o motivo do Paquistão não ter assinado o Tratado de Não Proliferação ainda foi por causa
do constante conflito entre Paquistão e Índia pelo território da Caxemira. Para manter um papel ameaçador
e para também fazer uma certa “pressão” na Índia, o Paquistão gosta de mostrar e exibir seu arsenal
nuclear como fez em julho de 1999, quando realizou cinco teste nucleares na região de fronteira com o Irã
(fora do raio de ação de um possível ataque de mísseis indianos). O Paquistão é militarmente mais fraco
mas conta com um exército bastante combativo e dispõe de mísseis com alcance maior que os da Índia e,
em caso de conflito, pode vir a receber apoio de outros países muçulmanos. Obviamente, tais
circunstâncias agravam a instabilidade da região.
3.9 Rússia
Sobre o país
A Rússia possui a maior extensão territorial do mundo, com 17.075.400 Km2, ela faz parte de dois
continentes, o Leste Europeu e Norte da Ásia. A população totaliza 140,8 milhões de habitantes, a
densidade demográfica é de 8,2 habitantes por quilômetro quadrado. A maioria da população, cerca de
78%, reside na parte europeia do país. Em 1917, aconteceu a revolução Russa, conhecida como
revolução Bolchevique, liderada por Lênin, derrubou o Czarismo e adotou o sistema socialista de economia
estatal e planificada. Em 1922, surgiu a (URSS) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, encerrando a
guerra, que se tornou uma grande potência e passou a ser adversária de outra potência, os EUA.
A URSS queria expandir o socialismo pelo mundo, enquanto que seu oponente representava o
capitalismo, cada um queria exercer hegemonia. Esse desconforto ou disputa, por colocar em prática um
sistema político-econômico, ficou conhecido por Guerra Fria.
As indústrias Russas estão concentradas na parte europeia, região mais desenvolvida. Uma década após
o fim do socialismo a economia e, principalmente, o setor industrial ainda possui heranças da política
socialista que deixou a Rússia atrasada tecnologicamente em relação às nações capitalistas.
Situação da Rússia no tratado de não proliferação de armas nucleares
Mesmo com o fim da Guerra Fria em 1991, até hoje existe uma certa rivalidade e competição entre Rússia
e EUA. De uma forma indireta, as duas potências ainda “lutam” para conquistarem a hegemonia mundial.
Os dois países são signatários do Tratado de Não Proliferação Nuclear mesmo possuindo grande arsenal
de armas nucleares, sendo os dois países com maior número de ogivas no mundo.
Através de provocações e envolvimento com outros conflitos (Crise na Venezuela) os dois países chamam
atenção um do outro, como se estivesse provocando e “chamando” para uma suposta terceira guerra
mundial. Um exemplo bem claro disso, foi no dia 2 de fevereiro de 2019 quando a Rússia suspendeu sua
participação no acordo sobre armas nucleares de alcance intermediário, um dia após os Estados Unidos
suspender o seu também. Vale lembrar que quem venceu teoricamente a Guerra Fria foi os Estados
Unidos pois logo após essa guerra ele se tornou a hegemonia mundial, sendo hegemonia ate hoje em dia.
Portanto acredita-se que um motivo dessa competição acirrada entre Rússia e EUA é causada pela dor da
derrota russa, que indiretamente quer se “vingar”.
3.10 Brasil
Sobre o país
O Brasil é um país localizado no subcontinente da América do Sul. O território brasileiro é banhado pelo
oceano Atlântico, limitando-se ao norte, com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e
Colômbia; a noroeste, com o Peru; a oeste, com a Bolívia, Paraguai e Argentina; e ao sul, com o Uruguai.
O território brasileiro possui dimensão continental, sendo o quinto maior país do mundo, superado somente
pela Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Possui uma área de 8 514 876 km², na qual vivem cerca de
190.755.799 habitantes, sendo o quinto país mais populoso do mundo, superado somente pela China (1,3
bilhão), Índia (1,1 bilhão), Estado Unidos (314,6 milhões) e Indonésia (230 milhões). O Brasil é uma
Federação constituída por 26 Estados e o Distrito Federal, sendo os Estados divididos em municípios e
esses, em distritos.
A economia brasileira cresceu de forma significativa, hoje o país é considerado emergente, além de ser
grande produtor agrícola e ao mesmo tempo industrializado, com um parque industrial diversificado.
Diversas estimativas colocam o país como potências para o futuro, tendo em vista o grande potencial que
possui. É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, BRICS, Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), União Latina, Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização dos
Estados Ibero-americanos (OEI), Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-
Americanas (Unasul).
Situação do Brasil no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
Nas décadas de 1970 e 1980, durante o regime militar, o Brasil teve um programa secreto com o objetivo
de desenvolver armas nucleares. O programa foi desmantelado em 1990, 5 anos após o fim do regime
militar e o Brasil foi considerado livre de armas de destruição em massa. O Brasil é um dos vários países
que têm renegado o direito a ter armas nucleares, sob os termos do Tratado de Não-Proliferação de Armas
Nucleares, mas que possuem muitas das principais tecnologias necessárias para produzir esse tipo de
arma.
Segundo fontes internacionais o Brasil já possui secretamente a tecnologia para a produção de uma
bomba atômica. O ex-ministro e general Alberto Mendes Cardoso, ex-chefe da Casa Militar e do Gabinete
de Segurança Institucional no governo de Fernando Henrique Cardoso, confirmou que o Brasil já domina o
conhecimento e se quisesse, poderia dirigir a tecnologia à construção da bomba nuclear.
Quando o TNP foi criado e assinado, o Brasil passava pelo período ditatorial e seguia a diretriz de
“autonomia pela distância” em sua política externa por isso não era claro para os dirigentes brasileiros
quais seriam as vantagens do Brasil assinar o Tratado e abrir mão da possibilidade de desenvolver seus
próprios armamentos nucleares. Foi somente 30 anos depois, em 1998, com Fernando Henrique Cardoso
e sua política externa de “autonomia pela participação” que o Brasil assinou o Tratado. FHC priorizava os
arranjos internacionais e se preocupava com a visão que o meio internacional tinha sobre o Brasil. A
assinatura do Tratado asseguraria a imagem do país como pacífico e diplomático, podendo até mesmo
colaborar para o objetivo histórico de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da
ONU.
3.11 AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica
Definição e função
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) é uma organização internacional autônoma, com
relações diretas com a ONU (Organização das Nações Unidas). É voltada para o uso seguro e pacífico da
energia atômica. Ela foi estabelecida em 29 de julho de 1957 e sua sede fica na cidade de Viena
(Áustria). AIEA possui 137 Estados-membros, cujos representantes se encontram anualmente para uma
Conferência Geral onde elegem 35 membros para o Conselho de Governadores. Este Conselho reúne-se
cinco vezes por ano e prepara as decisões que serão ratificadas pela Conferência Geral.
Com o incremento da proliferação nuclear na década de 1990, as tarefas da AIEA passaram a incluir as
inspeções e investigações de suspeitas violações do Tratado de Não-Proliferação Nuclear sob mandato
das Nações Unidas; contudo, caso encontre indícios de uso militar em programas que inspeciona, apenas
poderá reportá-los ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que detém o exclusivo de medidas
coercivas.
Objetivos
Promover o uso pacífico e seguro da Energia Atômica em todo mundo;
Inibir o uso da energia atômica para fins militares como, por exemplo, fabricação de bombas
atômicas. Este serviço é realizado através de constantes inspeções aos países que usam a energia
atômica;
Ajuda aos países membros na melhoria das capacidades científicas e tecnológicas nas aplicações
pacíficas da energia atômica;
Promover entre os países membros a utilização de técnicas nucleares voltadas para o
desenvolvimento sustentável;
Desenvolvimento de programas voltados para a segurança e proteção de pessoas e meio ambiente
contra os efeitos nocivos da radiação nuclear.
Países membros (de acordo com julho de 2018):
São membros da Agência Internacional de Energia Atômica 170 países. Fazem parte a maioria dos países
integrantes da ONU.
Países não membros (de acordo com julho de 2018):
Não fazem parte da AIEA os seguintes países: Andorra, Butão, Guiné Equatorial, Guiné, Guiné-Bissau,
Kiribati, Maldivas, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Palestina, São Cristóvão e Nevis, Samoa,
São Tomé e Príncipe, Ilhas Salomão, Somália, Sudão do Sul, Suriname, Timor-Leste, Tuvalu e Coreia do
Norte.
Sua Importância:
A AIEA é uma organização de extrema importância em relação à segurança mundial, principalmente no
que se refere ao uso de armas nucleares. Como vários países detém tecnologias voltadas para a geração
de energia nuclear e produção de armas atômicas (muitos até possuem estas armas), esta agência é
fundamental para o controle e fiscalização deste tipo de energia.
3.12 UNODA – Escritório para Assuntos de Desarmamento:
Definição e função
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (UNODA) é um Escritório do
Secretariado das Nações Unidas estabelecido em janeiro de 1998 como o Departamento de Assuntos de
Desarmamento, parte do plano do Secretário-Geral das Nações Unidas Kofi Annan de reformar a ONU
como apresentado em seu relatório à Assembleia Geral em julho de 1997.
Seu objetivo é promover o desarmamento e a não proliferação nuclear e o fortalecimento dos regimes de
desarmamento em relação a outras armas de destruição em massa, armas químicas e biológicas.
Também promove os esforços de desarmamento na área de armas convencionais, especialmente minas
terrestres e armas pequenas, que são frequentemente as armas de escolha nos conflitos contemporâneos.
Objetivo
O UNODA fornece apoio para a definição de normas na área de desarmamento através do trabalho da
Assembleia Geral da ONU e de seu Primeiro Comitê, da Comissão de Desarmamento, da Conferência
sobre Desarmamento e outros órgãos. Promove medidas preventivas de desarmamento, como o diálogo, a
transparência e a construção de confiança em questões militares.
O UNODA apoia o desenvolvimento e a implementação de medidas práticas de desarmamento após um
conflito, como desarmar e desmobilizar ex-combatentes e ajudá-los a se reintegrarem na sociedade civil.
Curiosidades
É liderado por um subsecretário-geral (USG), Izumi Nakamitsu do Japão, que assumiu o cargo em 1 de
maio de 2017.
Em sua resolução histórica de 1961, a “Declaração sobre a proibição do uso de armas nucleares e
termonucleares”, a Assembleia Geral da ONU declarou que o uso de armas nucleares “excederia o
alcance da guerra e causaria sofrimento e destruição para a humanidade e a civilização e, como tal, é
contrário às regras do direito internacional e às leis da humanidade”.
4. DOCUMENTOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA
Convenção sobre armas químicas.
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
ABM – Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (1972-2002)
SORT – Tratado sobre Redução de Ofensiva Estratégica. (2002)
SALT I – Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas (1969-1972)
SALT II – Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas (1972-1979)
Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (1987)
5. QUESTÕES RELEVANTES SOBRE O TEMA
Quais os objetivos da criação do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP),
promovido pela Organização das Nações Unidas e assinado em 1968?
Quais são os tipos de armas nucleares?
Quantos países ratificaram o documento?
Quais são os países que atualmente possuem armas de destruição em massa?
Por que Índia, Paquistão e Israel não são signatários do Tratado?
Explique por que o Tratado representaria, na visão de alguns países, um suposto monopólio
nuclear perpétuo?
Quais países já desrespeitaram o acordo?
Inspeções são necessárias para garantir o cumprimento do tratado? Elas devem ser autorizadas
apenas em países signatários do acordo? Por quê?
O uso energia nuclear para fins pacíficos é fiscalizado? Quem faz essa inspeção?
Por que os EUA e a Rússia abandonaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário
assinado em 1987.
Qual a situação do programa nuclear norte-coreano?
O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) é respeitado pelos países que
assinaram o documento? Países que não fazem parte do acordo sofrem sanções caso estejam
desenvolvendo armas de destruição em massa?
Qual a necessidade da renovação dos Tratados de Não Proliferação Nuclear?
Que tipo de sanções devem ser aplicadas pela AGNU para os países membros que descumprirem
o tratado?
Como os organismos internacionais podem evitar e devem responder caso grupos não estatais
tenham acesso a armas de destruição em massa?
Como os órgãos internacionais devem responder aos investimentos de países na produção e
utilização armas de destruição em massa?
6. SITES CONSULTADOS
https://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/diversos/questao_nuclear_iraniana
https://14minionuagnu2012.wordpress.com/2013/07/01/dossie‐israel/
http://www.curso‐objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/armas_nucleares.aspx
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/paquistao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/russia.htm
(https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=Desarmamento
www.suapesquisa.com
www.brasil.gov.br
http://www.funag.gov.br/ipri/btd/index.php/12-mestres-irbr/1723-o-brasil-que-diz-nao-um-estudo-sobre-a-
recusa-brasileira-ao-tratado-de-nao-proliferacao-nuclear-em-1968
https://ninaribeiro13.jusbrasil.com.br/artigos/307679334/tratado-de-nao-proliferacao-nuclear/amp
https://stephanieareis.jusbrasil.com.br/artigos/290506328/tratado-de-nao-proliferacao-nuclear
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tnp.htm
https://www.infoescola.com/geografia/tratado-de-nao-proliferacao-de-armas-nucleares/
Alunos: Anna Clara Abreu, Julia Soares, Lorena Melina, Petrius Arturo e Thaynar Ferreira
2ª Série – Ensino Médio
Observação: Todo esse material foi elaborado pelos alunos, tendo como fonte de pesquisa sites da
internet.