03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis
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Métodos Avançados de Recuperação
Tiago Pitchon [email protected]
Autora: Priscila Moczydlower(com adaptações)
2010/02Engenharia de Petróleo/ UFRJ
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Quais são os Métodos Químicos?
Polímeros
Surfactantes
Ácalis
ASP
Controle de mobilidade
Redução no SOR
Redução no SOR
Controle de mobilidade eredução no SOR
Espumas Controle de mobilidade
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SURFACTANTES
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Eficiência de varrido
A eficiência de varrido (sweep efficiency) pode ser subdividida emeficiência de varrido vertical e areal:
IAv EEE
Ev = Eficiência de varrido(volumétrica).
EA= Eficiência de varrido areal
EI = Eficiência de varrido vertical
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Eficiência de deslocamento
A eficiência de deslocamento está relacionada com a saturação deóleo residual:
oi
oroiD S
SSE
ED = Eficiência de deslocamento
Soi = Saturação de óleo inicial
Sor = Saturação de óleo residual
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Pressão capilar
A pressão capilar entre dois fluidos imiscíveis pode serinterpretada como a pressão a ser exercida sobre um fluido nãomolhante para que ele penetre em um capilar (poro),deslocando um fluido molhante que inicialmente ocupava ocapilar, e pode ser calculada pela equação de Laplace para ageometria circular:
cc rp
cos2
onde pc é a pressão capilar (N/m²), a tensão interfacial entre os fluidos(N/m), rc o raio do capilar (m) e o ângulo de contato entre o fluido nãomolhante e o sólido (rad).
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Pressão capilar e deslocamento
Para o caso de uma gota de óleo que teve seu deslocamentobloqueado durante um deslocamento típico por injeção de água aspressões capilares nas interfaces são dadas por:
111 /2 rppp woc 222 /2 rppp woc
r2r1
2
1águaóleo
rocha
rocha
água
Pc1Pc2
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Pressão capilar e deslocamento
Considerando-se valores típicos de tensão interfacial (20 a 30 mN/m) ede dimensões de poros (9 a 40 m), a pressão diferencial necessáriapara deslocar a gota de óleo pode chegar à ordem de 10 MPa/m (450psi/ft). Como as pressões aplicadas ao reservatório são normalmentebem menores que este valor (1 a 2 psi/ft), as gotas de óleo com estadimensão ficarão retidas, diminuindo a eficiência de deslocamento dainjeção de água.
r2r1
2
1águaóleo
rocha
rocha
água
Pc1
Pc2Pw1 Pw2
Esta é uma das razões pelasquais existe Sor.
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A quantidade de óleo que pode ser deslocada em um reservatórioé comumente relacionada à razão entre as forças viscosas ecapilares, um grupo adimensional conhecido como número capilar(Nc):
Eficiência de deslocamento
d
cv
capilaresforçasasvisforçasN
cos
é a velocidade do fluido deslocante (m/s), d a viscosidade dofluido deslocante (N.s/m²) e é a tensão interfacial (N/m).
Valor típico de Nc: 10-7 a 10-6
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Para que ocorra um decréscimo significativo da saturação residual deóleo é necessário um aumentode pelo menos 3 ordens degrandeza no número capilar.Dificuldades de ordem prática,tais como, elevação da pressãoacima da pressão de fratura doreservatório, prejudicando aeficiência de varredura horizontale vertical ou o crescimentoexponencial das facilidades deprodução (bombas, quantidadede água tratada), impedem queisto seja obtido através doaumento da pressão. A solução éentão diminuir-se a tensãointerfacial entre a água e o óleo.
Eficiência de deslocamento
(Dabbous, 1978)
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Sor x Nc
(Green & Willhite)
Tensão A/O = 30 dyn/cm Tensão S/O < 0.03 dyn/cm
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Métodos Químicos: Injeção de surfactantes
Figura 10: Injeção de Polímero-Micelar
Fluidos de
Bomba
injeção
Poçoinjetor
Poço produtor
Óleo
Fluidodeslocante
(água)
Águapura p/
proteçãodo pol.
Soluçãode
polímero
Sol.micelar
liberandoóleo
Recup.de óleo
adicional
Água pura p/proteção do
polímero
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O quê são surfactantes?
Surfactantes (Surface Active Agents) são substânciasque tem uma parte polar, hidrofílica, e outra apolar,
lipofílica e, por esta razão situam-se preferencialmente nainterface entre fases, quando em baixas concentrações,
alterando a tensão interfacial.
Parte lipofílica Parte hidrofílica
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Exemplos de surfactantes
Dodecil sulfonato de sódio
Outros sulfonatos
(Lake)
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Classificação de surfactantes
(Akstinat, 1981)
•Aniônicos são os mais usados:• boas propriedades surfactantes• estáveis• baixa adsorção
• Não iônicos em geral são usados como co-surfactantes
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Sulfonatos
• Os sulfonatos são os surfactantes mais comuns em EOR.• São aniônicos.• São derivados do petróleo.• São relativamente baratos, comparados com outros tiposde surfactante.
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Balanço hidrofílico-lipofílico: HLB
• Conceito estabelecido em 1949 por Griffin.• Em 1957 Davies criou critério para cálculo aproximado.• Em 1980 Lin propôs correlação mais precisa:
Rn é um grupo alquil com “n” grupos metil ou metileno.
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Surfactantes e a tensão interfacial
A tensão interfacial diminui com o aumento da concentração de surfactanteaté um ponto no qual a interface está saturada e o surfactante permanece noseio das fases. A concentração de surfactante correspondente à saturação dainterface é chamada de Concentração Micelar Crítica, ou CMC.
CMC
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Comportamento micelar
óleo
águaágua
óleo
molécula desurfactante:
micelas
cadeialipofílica
grupo polarhidrofílico
Abaixo da CMC: Acima da CMC:
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Micelas e microemulsão
A partir do momento em que se formam micelas, pode se dar a formaçãode emulsão, ou seja, uma fase fica dispersa na outra. Caso o surfactanteseja mais hidrofílico, ele tende a formar uma emulsão de óleo em água.Caso seja mais lipofílico, tende a formar um emulsão de água em óleo. Aprimeira ajuda na recuperação, a segunda prejudica, pois tem altaviscosidade.
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HLB e estabilidade da emulsão
(Cadernos FIRP)
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Comportamento de fases de sistemascom surfactantes
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Critério de Winsor
Em 1954, Winsor criou um parâmetro R que relaciona asenergias por unidade de área interfacial entre osurfactante e a água e o surfactante e o óleo:
AcwAcoR
Aco = energia de interação entre o S e o óleoAco = energia de interação entre o S e a água
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Diagrama de fases ternário
Surfactante
Água Óleoconcentraçãode surfactante
concentraçãode óleo
concentraçãode água
região de2 fases
linha deamarração
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Winsor tipo I ou II(-)
1R• HLB é alto• S tende a ficar na fase aquosa• Emulsão de óleo em água• O volume da fase aquosa é maior.
A O
S
(Lake)
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Winsor tipo II(+)
1R• HLB é baixo• S tende a ficar na fase oleosa• Emulsão de água em óleo• O volume de fase oleosa é maior.
A O
S
(Lake)
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Winsor tipo III
1R• HLB é o ótimo para o sistema.• S tende a ficar igualmentedisperso na água e no óleo.• Uma terceira fase é formada.• A tensão entre as fases é mínima.• O volume das fases aquosa eoleosa são iguais.
A O
S
(Lake)
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Efeito da salinidade
A salinidade da água é muito importante, pois influencia ahidrofilicidade do surfactante e impacta no comportamento de fases.
(Green & Willhite)
II(-) III II(+)
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Efeito da salinidade
IFT mínima
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Outros efeitos
• Adição de co-surfactantes
• Íons divalentes
• Tipo de óleo• mais aromático, II(+)• mais parafínico, II(-)
II(-) III II(+)
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A atuação do surfactante é afetada por:
Natureza do surfactante (balanço HLB)
Salinidade e dureza da água injetada
Salinidade e dureza da água conata
Natureza do óleo
Temperatura
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Efeito da salinidade
• Deve-se buscar um comportamento tipo III nas condições dereservatório, injetando-se com sistema tal que a salinidade daágua de injeção seja levemente inferior à ótima.• Ou seja, sistema III no meio do reservatório seguido de sistemaII(-) para solubilizar óleo restante.
água + S
IIIII (-)
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Interação rocha/fluido e perdas
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Alteração de molhabilidade
• Em rochas molháveis ao óleo, os componentes apolares dosurfactante tendem a adsorver na superfície da rocha. A partepolar ficar livre, tornando a rocha molhável à água.
• O oposto ocorre para rochas molháveis à água.
rocha
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Alteração da molhabilidade
A inversão da molhabilidade em qualquer um dossentidos leva à :• mobilização do óleo residual
• alteração das permeabilidades relativas• redução da razão de mobilidade
(Dabous, 1978)
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Alteração de permeabilidade relativa
Como a solução de surfactante reduz a tensão interfacial, ela altera ascurvas de permeabilidade relativa.
VAN QUY, N., LABRID, J. "A Numerical Study of Chemical Flooding - Comparison With Experiments", Soc. Pet. Eng. J., Jun. 1983, pg. 461-474
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Perdas do processo
• precipitação- principalmente na presença de cátions divalentes- pode ocorrer também por degradação térmica
• adsorção- aumenta com a concentração até a CMC (p/ surfactante puro)- aumenta com o teor de argilas (troca iônica)- aumenta com o tamanho da molécula de surfactante
• partição- surfactante migra para fase óleo (sistema II(+))
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Tipos de processos com surfactantes
S + P Polímero micelar
• Baixas concentrações de S(0,1 a 2,0% p/p).
• Bancos de 20 a 40% do VP.
• Solução de baixaviscosidade.
•Segue banco de 20 a 40%VP de polímero.
• Altas concentrações de S (2a 12% p/p).
• Bancos de 5 a 20% do VP.
• Solução micelar tem altaviscosidade.
• Segue banco de 20 a 40%VP de polímero.
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ÁLCALIS
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Métodos Químicos: Injeção de álcalis
Figura 11: Injeção de álcali.
Fluidosinjeção
Bomba
Poçoinjetor
Óleo
Poço produtor
Fluidodeslocante
(água)
Soluçãode
polímero
Águapura p/
proteçãodo pol.
Água purap/ proteção
do pol.
Recup.de óleo
adicional
A sol. deálcaliforma
surfactante in-situ
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O que são álcalis?
• Ácalis são substâncias que elevam o pH da água.
• Exemplos: NaOH, Na2CO3, NH3, Na2SiO3
Na2CO3 2 Na+ + CO32-
CO32- + H2O HCO3
- + OH-
NaOH Na+ + OH-
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Como atuam os álcalis?
• Aguns óleos tem elevado teor de ácidos graxos.
• O álcali reage com os ácidos gerando surfactante in situ.
• Desta forma, a injeção de álcali se assemelha à injeção desurfactante, atuando na redução da tensão interfacial e nainversão de molhabilidade da rocha.
• Como processo favorece a formação de emulsões, podehaver melhoria também da eficiência de varrido.
R- COOH + NaOH R-COONa + H2O
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Reatividade do óleo
• O teor de ácidos graxos dos óleos é medido através detitulação com KOH. O volume de KOH gasto para neutralizar 1gdo óleo é chamado de índice de acidez (IA). No entanto amedida de IA pode ser mascarada por contaminações do óleo,e cuidado deve ser tomado.
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A tensão interfacial também varia com o tipo de álcali usado:
Redução da tensão interfacial
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Redução da tensão interfacial
(Green & Willhite)
• Existe uma concentração ótimade álcali na qual a IFT é mínima.
• Este mínimo fica em torno de0,05 a 0,5% p/p.
• A tensão mínima que se obtémcom álcalis é da ordem de 0,01dyn/cm.
• Excesso de álcali altera asalinidade da solução.
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Redução da tensão interfacial
Os álcalis causam a precipitaçãode íons divalentes (Ca2+ e Mg2+ ),mesmo quando estão empesquenas concentrações.
(Jennings et al., 1974)
A água na qualo álcali serámisturado
deve ser abrandada
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Troca iônica
Os álcalis interagem diretamente com a rocha através do processode troca iônica.
Rocha-H + Na+ + OH- Rocha-Na + H2O
A troca iônica :
• ocorre rapidamente e é reversível.• resulta em perda de alcalinidade.• altera o tempo de fluxo do álcali no reservatório.• é medida em mg de álcali por g de rocha.• aumenta com o teor de argilas.• é maior para determinados tipos de argilas.• deve ser quantificada em laboratório.
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Troca iônica
plugueálcaliC1
álcaliC2
Delta P
VP
Início da inj. deálcali
Término da inj. deálcali
1VP 1VP
Conccurva sem
troca iônica
curva semtroca iônica
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Exemplo de projeto de campo
Campo de Whitier, Califórnia, EUA:
(Lake)
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ASP
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O quê é ASP?
ASP = álcali + surfactante + polímero
diminuição da tensãointerfacial
melhora a eficiênciade deslocamento
correção demobilidade
melhora a eficiênciade varredura
mais óleo
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Esquema de uma injeção ASP:
óleo
poçoprodutorbomba inj.
injeção
poçoinjetor
água águadoce
polímero misturaASP
bancode
óleopreflush
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Funções do álcali:• Reagir com ácidos presentes no óleo e formar sabão in situ
• Minimizar a adsorção do surfactante
• Alterar a molhabilidade da rocha
• Precipitar parcialmente, diminuindo a permeabilidade decanais preferenciais, aumentando a eficiência de varrido
• Ao precipitar íons divalentes, protege o surfactante e o polímero
Problemas do álcali:
• Diminui a eficiência do polímero• Causa hidrólise do polímero, podendo levar à precipitação• Pode precipitar demasiadamente, diminuindo a injetividade• Se produzida, pode causar incrustação em linhas
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Efeito de sinergia: redução na tensão interfacial
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Efeito de sinergia: maior recuperação
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Projetos ASP reportados na literatura:
• Surtek:- West Kiehl, Minnelusa Lower “B”, WY, EUA- Cambridge, Minnelusa Upper “B”, WY, EUA- Daqing, Saertu, China
• Intevep:- Lagomar e La Salina, Lago Maracaibo, Venezuela *
• Estatal de petróleo da China:- Gudong, Shandong- Karamay, Xinjiang
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Como são os projetos de ASP?Característica West Kiehl
MinnelusaCambridgeMinnelusa
DaqingSaertu
LagoMaracaibo
GudongShandong
KaramayXinjiang
temperatura(°C) 49 56 45 90 68 23°API do óleo 24,6 20 35 35 17,4 33acidez do óleo(mgKOH/g) >0,3 >0,3 0,01 0,04 3,11 0,35 a 1,5
dureza água inj. abrandada <10 ppm abrandada 92 ppmk média (mD) 350 845 1444 58 a 1800 200 a 300 média 23% 18% 26% 26% 35%polímero Pusher
700Alcoflood
1275Alcoflood
1275PM= 18 a22 MM
Pfezer3530S
álcali Na2CO3 Na2CO3 Na2CO3 Na2CO3 Na2CO3surfactante Petrostep
B-100Petrostep
B-100Petrostep
B-100alquil arilsulfonato CY-1
conc. polímero 1050 ppm 1475 ppm 1200 ppm 1000 ppm 1000 ppmconc. álcali 0,8% 1,25% 1,25% 0,5% 1,5%conc. surfactante 0,1% 0,1% 0,3% 0,2% 0,4%tensão interf.(dyn/cm)
ordem de10-3 <10-3 < 9. 10-3 ordem de
10-3
VPs de ASP 0,25 0,3 0,32 e 0,38 0,3 0,35VPs de polím. 0,25 0,297 0,28 e 0,31 0,15 0,05
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Quais foram os resultados destes projetos de ASP?
Característica West KiehlMinnelusa*
CambridgeMinnelusa*
DaqingSaertu **
LagoMaracaibo
GudongShandong
KaramayXinjiang
OOIP (MM m3) 0,238 0,774 0,138 e0,051 0,09
recuperação cominj. Água(%OOIP)
37 34,1 31,6 e 38,8 22 54 49,7
recuperação adic.(%OOIP) 17 27 20,8 e 20,2 10,0 13,4 18
redução BSW (%) 36 20 e 23 22,1 70custo por barril(US$) 3,03 2,42
* Injeção secundária de ASP
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ESPUMAS
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Espumas
• Espumas são dispersões de um grande volume de gás em umpequeno volume de líquido.
• A espuma é formada quando o líquido possui uma pequenaquantidade de surfactante.
• A viscosidade das espumas é maior que a dos gases, por issopodem ser utilizadas como agentes para controle demobilidade:
• bloqueando canais de alta permeabilidade• melhorando a eficiência de varrido em geral (vapor, CO2)
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Propriedades das espumas: qualidade
mavolumeEspuvolumeGásqualidade
• A qualidade normalmente fica em torno de 75 a 90%.
• É função da pressão, temperatura, tipo e quantidade de óleo econcentração de surfactante.
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Propriedades das espumas: tamanho de bolhas médio ou textura
• O tamanho de bolhas varia com a qualidade da espuma.• Quanto maior o tamanho das bolhas, mais instável a espuma.• Os poros da rocha podem ser menores que as bolhas.
(Green & Willhite)
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Estabilidade das espumas
(Lake)
• A estabilidade é determinada pela espessura daparede da bolha.
Nesta área, aconcentração de Sdiminuiu, e a IFTaumentou,causando umgradiente quetende a restaurar acondição original.
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Estabilidade das espumas
• Quando o gás é muito solúvel no líquido, pequenasbolhas tendem a se desfazer e o gás passa para asbolhas grandes, que ficam com a parede muito fina ecolapsam.
• Drenagem gravitacional do líquido também causaafinamento das paredes da bolha e colapso.
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O processo de formação de espuma
Solução aquosacontendo surfactante
Gás injetado formaespuma
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Planejamentode um projetoS, A ou ASP
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Como é feito um projeto de EOR?
Determinação do alvo e da técnica a ser utilizada
Ensaios de laboratório
Estudos de simulação numérica
Avaliação econômica
Piloto de campo
Avaliação do piloto
Expansão
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Critérios de seleção para processo S+P ou polímero/micelar
Parâmetro Limite
Temperatura < 90ºCSalinidade da água < 50.000 ppmDureza < 1.000 ppmPermeabilidade > 100 mDAquífero pequeno ou inexistenteFraturas poucas ou ausênciaTipo de rocha arenitoTeor de argilas < 5%Razão de mobilidade > 1Viscosidade do óleo < 100 cPBSW < 90%Saturação de óleo móvel > 30%
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Critérios de seleção para processo ASP ou álcali
Parâmetro Limite
Temperatura < 70ºCSalinidade da água < 50.000 ppmDureza da água injetada < 10 ppmÍndice de acidez do óleo > 0,1 mg KOH/gPermeabilidade > 100 mDAquífero pequeno ou inexistenteFraturas poucas ou ausênciaTipo de rocha arenitoTeor de argilas < 5%Razão de mobilidade > 1Viscosidade do óleo < 100 cPBSW < 90%Saturação de óleo móvel > 30%
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Ensaios de laboratório para S+P e polímero micelar
Caracterização química (HLB, PM) Info. fabricanteComportamento da IFT Tensiômetro tipo spinning dropComportamento de fases Tubos de ensaioAdsorção rocha desagregada Adsorção estáticaAdsorção plugue Desloc. meio porosoAlteração da molhabilidade Desloc. meio porosoDegradação química EstabilidadeDegradação microbiológica Estabilidade
Parâmetro Ensaio
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Ensaios de laboratório para álcali
Caracterização química (pureza) Info. fabricanteComportamento da IFT Tensiômetro tipo spinning dropComportamento de fases Tubos de ensaioAdsorção (troca iônica) plugue Desloc. meio porosoAlteração da molhabilidade Desloc. meio poros
Parâmetro Ensaio
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Ensaios de laboratório para ASP
Caracterização química (HLB, PM) Info. fabricanteComportamento da IFT Tensiômetro tipo spinning dropComportamento de fases Tubos de ensaioAdsorção rocha desagregada Adsorção estáticaAdsorção plugue Desloc. meio porosoAlteração da molhabilidade Desloc. meio porosoDegradação mecânica do polímero Desloc. meio poroso, reologiaDegradação química EstabilidadeDegradação microbiológica EstabilidadeAlteração da viscosidade com A e S ReologiaAlteração do GH do polímero com A Reologia
Parâmetro Ensaio
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Simulação numérica da injeção de S e/ou A:
STARS
Modelo de fluido:
** ============== FLUID DEFINITIONS ======================*MODEL 5 5 5 4 ** four aqueous and one oleic components*COMPNAME 'WATER' 'POLYMER' 'NAOH' 'SURFACTA' 'DEAD OIL'** ---------- -------- -------- --------------- --------------*CMM 0.018 10e3 0.04 0.450 0.456*MASSDEN 1000.0 1500.0 2130.0 1050.0 850.0*PCRIT 136 136 136 136 136*TCRIT 300 300 300 300 300*AVISC 0.826 20 0.826 0.826 18.3*PRSR 1.013 *TEMR 15.56 *PSURF 1.013 *TSURF 15.56
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Simulação numérica da injeção de S e/ou A:
STARS
Outras propriedades:
• IFT x conc. S x conc. S• viscosidade x conc. P• Curvas de Krel para diferentes Nc• parâmetros de adsorção de cada componente
![Page 75: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/75.jpg)
Análise econômica dos métodos químicos: SPE 113126
•petróleo – 50 USD/ bbl•surfactante – 1,85 USD/lb (4,08 USD/kg)•co-surfactante – 0,70 USD/lb (1,54 USD/kg)•soda cáustica – 0,46 USD/lb (1,01 USD/kg)•carbonato de sódio – 0,11 USD/lb (0,24 USD/kg)•polímero – 1,20 USD/lb (2,65 USD/kg)
• Wyat et al. analisaram a economicidade dos processosSP, polímero micelar, AP e ASP
• Os custos adotados foram:
• Foram considerados custos de:• compra dos produtos• abrandamento da água (quando necessário)
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Análise econômica dos métodos químicos: SPE 113126
![Page 77: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/77.jpg)
Análise econômica dos métodos químicos: SPE 113126
Custos por (barril de produto injetado * volume poroso)
![Page 78: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/78.jpg)
Análise econômica dos métodos químicos: SPE 113126
EOR mínima para justificar o processo
![Page 79: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/79.jpg)
Consideraçõessobre métodosquímicos
![Page 80: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/80.jpg)
Desafios para implantação de métodos químicos
Estabilidade e eficiência dos produtos com• água de injeção• água conata• temperatura do reservatório• aditivos da água
Problemas na separação do óleo produzido
Adsorção com a rocha
Tempo de resposta dos projetos
Custo dos produtos
![Page 81: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/81.jpg)
Pesquisas em métodos químicos
Parcerias com empresas fabricantes buscandoprodutos:
adequados a altas salinidades
adequado a altas temperaturas
com boa estabilidade
mais baratos
![Page 82: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/82.jpg)
TRABALHO
![Page 83: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/83.jpg)
TRABALHO
Entrega para dia 02/outubro
Pesquisar no SPE e-library um artigo sobre aplicação de campode método químico e fazer um resumo contendo descrição de:
- nome do campo e localização- empresa operadora- zona do projeto- propriedades do reservatório (tipo de rocha, K, , espessura,profundidade, características geológicas, T, Poriginal, Patual,presença de aquífero, capa de gás, fratura)- propriedades do fluido (ºAPI e do óleo, salinidade e durezada água conata, salinidade e dureza da água injetada)- histórico do campo (descoberta, início da produção, produçãoprimária/secundária, FR em cada estágio, FR atual, Qo atual,BSW atual)
![Page 84: 03 - Curso EOR 2010 - Surfactantes e álcalis](https://reader034.fdocuments.in/reader034/viewer/2022052411/5571f83b49795991698cf28f/html5/thumbnails/84.jpg)
TRABALHO- descrição do processo de EOR:
- tipo (P, SP, AP, ASP, espuma, outro)- escala (piloto, campo)- ensaios de laboratório realizados- estudos de simulação numérica realizados- características favoráveis do campo- nº injetores e produtores envolvidos- vazões de injeção- concentraçào dos produtos injetados- valores de viscosidade e/ou tensão interfacial desejados- tempo do projeto- volume do banco injetado (VP)- problemas operacionais enfrentados e soluções encontradas- óleo adicional produzido- análise econômica
Ao final do trabalho, incluir análise crítica:- Os resultados foram bons?- Se fosse seu campo como você teria feito?- Como os resultados do projeto poderiam ser melhorados?- Existe algo mais que poderia ser feito no campo?