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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXIII Nº 242 2016 EXCESSO DE TRIBUTOS PENALIZA EMPRESAS Segmentos empresariais reagem à crescente elevação da carga tributária e cobram reformas estruturais

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  • ISSN 1679-2645

    Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

    Bahia

    aNo XXIII Nº 242 2016

    ExcEsso dE tributospEnaliza EmprEsasSegmentos empresariais reagem à crescente elevação

    da carga tributária e cobram reformas estruturais

  • Editorial

    Contra o aumento de impostos

    No Brasil, onde se pratica uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo – sem o correspondente retorno em serviços públicos de qualidade – o governo federal continua optando pelo caminho mais fácil; ao invés de cortar gastos e tam-

    bém atacar de frente os problemas que afetam a competitividade

    da economia, continua optando por aumentar impostos, elevando

    alíquotas e eliminando subsídios. Mas o pior é que também cogita

    recriar a CPMF, um imposto que atua em cascata e onera toda a ca-

    deia produtiva. Ou, em última análise, o consumidor, pois aumen-

    tos de custos nem sempre podem ser absorvidos pelas empresas.

    São muitos os exemplos de medidas que resultaram em au-

    mento da carga tributária. Alguns deles: em maio de 2015, houve

    a equiparação do atacadista ao produtor industrial de cosméticos

    no pagamento do IPI, fazendo com que o atacadista, que tinha alí-

    quota zero, passasse a recolher, desde então, 22%. E, em janeiro de

    2016, a Lei nº 13.137 elevou as alíquotas do PIS/Pasep-Importação e

    do Cofins de, respectivamente, 1,65% e 7,60% para 2,10% e 9,65%.

    Não é preciso ter muito discernimento na área financeira para

    perceber que aumentar impostos em plena crise abala a saúde das

    empresas, inibe investimentos e aumenta o desemprego. O que se

    traduz em quedas de arrecadação. É o que se verifica no momen-

    to, quando a indústria perde participação no PIB, o desemprego

    atinge 11,1 milhões de brasileiros e a arrecadação federal caiu no

    primeiro bimestre 11,5%, em relação ao mesmo período de 2015.

    Contra essa tendência de o governo aumentar impostos, seg-

    mentos organizados da sociedade se mobilizam e pressionam as

    esferas públicas para que deem o exemplo e façam o equilíbrio

    das contas públicas, cortando as próprias despesas – reduzindo

    ministérios, cortando custeio e combatendo a corrupção –, ao in-

    vés de fazer o ajuste com o chapéu alheio. A ineficiência e o des-

    controle dos gastos públicos está na raiz destes desequilíbrios.

    Adicionalmente, o governo federal precisa deslanchar a re-

    forma tributária, simplificando a confusa estrutura do setor, que

    cria instabilidade jurídica e aumenta os custos das empresas; a

    reforma trabalhista, atualizando sua legislação, que data da Era

    Vargas; e a reforma da Previdência, adequando a legislação à ele-

    vação da idade média do brasileiro.

    Os setores produtivos estão em alerta para evitar que os gover-

    nantes cedam à tentação de criar novos impostos, como a CPMF,

    que não resolverão os desajustes financeiros crônicos do governo,

    mas que trariam um impacto altamente negativo para a saúde das

    empresas e ao poder de compra dos consumidores.

    Contra essa tendência de o governo aumentar impostos, segmentos organizados da sociedade se mobilizam e pressionam as esferas públicas para que deem o exemplo e façam o equilíbrio das contas públicas, cortando as próprias despesas

    Os presidentes da Fecomércio, FIEB e FAEB estão unidos em defesa da redução da carga tributária

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  • 4 Bahia Indústria

    SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.

    antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-

    toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS

    de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria

    do eStado da Bahia, [email protected]

    Filiada à

    Bahia

    fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

    -PRESIDENTE Carlos henrique Jorge gantois. VICE-

    -PRESIDENTES Josair santos Bastos; eduardo Catha-

    rino gordilho; edison Virginio nogueira Correia;

    Alexi Pelagio gonçalves Portela Junior. DIRETORES

    TITULARES Alberto Cánovas ruiz;eduardo meirelles

    Valente; renata lomanto Carneiro müller; Fernando

    luiz Fernandes; Juan José rosario lorenzo; theofilo

    de menezes neto; José Carlos telles soares; Angelo

    Calmon de sa Junior; Jefferson noya Costa lima;

    luiz Fernando Kunrath; João schaun schnitman;

    Antonio geraldo moraes Pires; mauricio toledo de

    Freitas; Waldomiro Vidal de Araújo Filho. DIRETORES

    SUPLENTES guilherme moura Costa e Costa; glads-

    ton José Dantas Campêlo; Cléber guimarães Bastos;

    Jorge Catharino gordilho; marcelo Passos de Araú-

    jo; roberto mário Dantas de Farias

    conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUSTRIAL

    Carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE AS-

    SUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS sérgio Pedreira de

    oliveira souza; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR

    Angelo Calmon de sá Junior; CONSELhO DE ECONO-

    MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio sergio

    Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos galin-

    do Pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO E TECNO-

    LOgIA José luis gonçalves de Almeida; CONSELhO

    DE MEIO AMBIENTE Jorge emanuel reis Cajazeira;

    CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS homero ru-

    ben rocha Arandas; CONSELhO DE RESPONSABILIDA-

    DE SOCIAL EMPRESARIAL marconi Andraos oliveira;

    CONSELhO DE JOVENS LIDERANçAS INDUSTRIAIS naya-

    na Carvalho Pedreira; CONSELhO DE PETRóLEO, gáS

    E NAVAL humberto Campos rangel; CONSELhO DE

    PORTOS sérgio Fraga santos Faria

    ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

    Jorge emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-

    los Antonio B. Cohim da silva. 3º VICE-PRESIDENTE

    roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene

    Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho;

    Cleber guimarães Bastos; luiz da Costa neto; luis

    Fernando galvão de Almeida; marcelo Passos de

    Araújo; mauricio lassmann; Paula Cristina Cánovas

    Amorim; hilton moraes lima; thomas Campagna

    Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carva-

    lho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando suzart

    Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Dé-

    cio Alves Barreto Junior; Jorge robledo de oliveira

    Chiachio; Fernando elias salamoni Cassis; José luiz

    Poças leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; su-

    dário martins da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS

    luiz Augusto gantois de Carvalho; rafael C. Valen-

    te; roberto ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-

    PLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé de

    Araújo Pinho neto; thiago motta da Costa

    SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

    Antonio ricardo Alvarez Alban.

    SUPERINTENDENTE Armando da Costa neto

    SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.

    DIRETOR REgIONAL luís Alberto Breda

    DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone Peter Andrade

    iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

    Antonio ricardo Alvarez Alban.

    SUPERINTENDENTE evandro mazo

    DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB

    Vladson menezes

    Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

    UNIDADES DO SISTEMA FIEB

    sistema fieb nas mídias sociais

    editada pela gerência de Comunicação institucional

    do sistema Fieb

    CONSELhO EDITORIAL mônica mello, Cleber Borges e Patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-RIAL Cleber Borges. EDITORA Patrícia moreira. REPORTAgEM Patrícia moreira, Carolina men-donça, marta erhardt, luciane Vivas (colaboração) e Décio esquivel (estagiário). PROJETO gRáFICO E DIAgRAMAçãO Ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coperphoto. ILUSTRAçãO E IN-FOgRAFIA Bamboo editora. IM-

    PRESSãO gráfica trio.

    FEDERAçãO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAhIA

    rua edístio Pondé, 342 – stiep, CeP.: 41770-395 / Fone:

    71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

    tria_online

    As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.

    FiEb – FEdEração das indústrias do Estado da bahia

    sede: (71) 3343-1200

    sEsi – sErviço social da indústria

    sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9901@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

    sEnai – sErviço nacional dE aprEndizagEm industrial

    sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

    iEl – instituto Euvaldo lodi

    sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

    ciEb - cEntro das indústrias do Estado da bahia

    sede: (71) 3343-1214

  • Primeira edição

    baiana do evento

    propõe

    transformar boas

    ideias em projetos

    Grand Prix SEnai

    Conselho do SESI homenageou

    Rafael Mendes pelo ingresso no

    Instituto Tecnológico de Aeronáutica.

    Estudante diz que a base recebida no

    SESI foi fundamental

    Ex-aluno do SESi rEcEbE homEnaGEm

    Representantes de 45 indústrias

    participaram de evento realizado

    pela FIEB e pelo IEL para apresentar

    as soluções oferecidas pelas duas

    instituições e seus parceiros

    SoluçõES E SErviçoS no avança indúStria

    sumário

    8

    Ilustrações Bamboo Editoranº 242 mar/abr.2016

    6

    Federações empresariais

    mobilizam-se contra o aumento

    da carga de impostos

    maiS racionalidadE E mEnoS tributoS

    16

    13

    João A

    lVArez

    /sis

    tem

    A F

    ieB

    João A

    lVArez

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    Angel

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    iste

    mA F

    ieB

  • 6 Bahia Indústria

    Por carolina mendonça

    Steven Johnson, autor do

    sucesso “De Onde Vêm as

    Boas Ideias”, acredita que

    as maiores invenções pre-

    cisam de ambientes propícios para

    florescer. Este conceito é justamen-

    te uma das bases do Grand Prix

    SENAI de Inovação, uma disputa

    de inovação aberta em que os par-

    ticipantes têm pouco tempo para

    transformar uma boa ideia num

    primeiro protótipo conceitual. A

    primeira edição baiana do evento

    teve suas etapas realizadas entre

    16 de março e 2 de abril, no SENAI

    Cimatec, em Salvador.

    O Smart Cacht, uma armadilha

    inteligente para mosquitos, foi o

    grande vencedor. Em segundo e

    terceiro lugares ficaram, respecti-

    vamente, um sistema de gerencia-

    mento online para estacionamen-

    tos (WEB Parking) e o Desencalha,

    equipamento para desentupir e

    limpar calhas. Todos tiveram co-

    mo foco a busca de soluções para

    desafios da sociedade, e o tema

    escolhido foi a tríplice epidemia

    causada pelo Aedes Aegypti.

    Empolgados, os oito estudantes

    de graduação e dois professores do

    SENAI e da Ufba já sonham com a

    possibilidade de produzir a arma-

    dilha em escala. “Agora é continu-

    ar, melhorar o projeto e fazer com

    que ele se torne viável como negó-

    cio”, comemorou Gabriela Souza,

    19, da equipe vencedora.

    O projeto já está qualificado

    para participar do Edital SESI SE-

    NAI de Inovação 2016, assim como

    os vencedores do 2° e 3° lugares e

    mais duas ideias com potencial,

    de acordo com os avaliadores do

    Grand Prix. “Para concorrer, eles

    vão precisar se associar a uma

    empresa ou abrir a própria, já

    que o edital exige propostas apre-

    sentadas por empresas do setor

    industrial brasileiro de todos os

    tamanhos, inclusive startups de

    base tecnológica, em parceria

    com unidades do SENAI ou SESI”,

    explicou a especialista em Desen-

    volvimento Industrial do SENAI

    Nacional, Juliana Uliana.

    Formato Participaram da competição es-

    tudantes do SENAI e de outras

    instituições de ensino, empre-

    endedores, inventores, startups

    e empresas consolidadas para,

    prototipagEm dE idEiasgrand Prix senAi de inovação desafia estudantes e empreendedores a materializar um insight

    Participantes

    tiveram pouco

    tempo para

    construir um

    primeiro

    protótipo

  • Bahia Indústria 7

    Fotos Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    em equipe, desenvolverem suas

    ideias. “Conseguimos um bom

    nível de engajamento dos alunos

    dos cursos técnicos e das gradua-

    ções do SENAI para uma primeira

    edição. Surpreendeu-nos a partici-

    pação dos estudantes do interior

    do estado, que tiveram seis ideias

    classificadas para a etapa final”,

    avalia a coordenadora do Grand

    Prix, Katia Perazzo.

    Após a apresentação da pro-

    posta, os participantes se inscre-

    veram pela internet e as equipes

    foram agrupadas de acordo com

    as ideias que surgiram. A partir

    daí, eles tiveram 24 horas para

    estruturar o projeto e construir o

    protótipo, com orientação de men-

    tores e a utilização dos recursos do

    Laboratório Aberto do Cimatec.

    As melhores ideias foram sele-

    cionadas por uma comissão for-

    mada por especialistas do próprio

    SENAI, além de instituições parcei-

    ras, tais como o Sebrae, Secti, Fa-

    pesb, secretarias de saúde, univer-

    sidades e institutos de pesquisa.

    “Pudemos testar a metodologia

    do Grand Prix e houve um impacto

    muito positivo na instituição, com

    o envolvimento de várias áreas e

    profissionais. Já estamos pensan-

    do em um novo formato voltado

    para a solução de problemas das

    empresas”, conta o gerente do Nú-

    cleo de Empreendedorismo do SE-

    NAI, Flávio Marinho.

    De acordo com um dos ava-

    liadores convidados, o professor

    da Escola Politécnica (POLI) da

    Universidade de São Paulo (USP),

    Eduardo Zancul, a vantagem do

    formato do Grand Prix é a possi-

    bilidade de agregar processos em

    torno de uma mesma ideia. “Em

    um curto espaço de tempo e com

    poucos recursos, é possível dar

    este grande salto, que é a prototi-

    pagem”, afirmou.

    Para Zancul, este tipo de dis-

    puta motiva os estudantes, pois

    os incentiva a pensar e executar

    ideias, mesmo sabendo que terão

    dificuldades e tropeços. “Não há

    resultados sem fracassos, é pre-

    ciso incorporar o erro como parte

    do processo criador. Nos países

    mais avançados, trabalha-se com

    o lema de que 'qualquer um pode',

    enquanto aqui dizemos muitos

    'nãos' às nossas crianças e adoles-

    centes”, explicou. [bi]

    Etapas: ideia

    em discussão,

    construção

    colaborativa,

    montagem do

    protótipo com

    apoio de

    impressora

    3D,

    apresentação

    e premiação

  • 8 Bahia Indústria

    rooseVelt Cássio /CoPerPhoto/sistemA FieB

    Em tempos de Jogos Olímpicos, podemos dizer que Rafael Barreto Mendes, 19, é um me-nino de ouro. Ex-aluno da Escola

    Djalma Pessoa do Serviço Social

    da Indústria (SESI Bahia), de 2011

    a 2013, onde cursou o ensino mé-

    dio, Rafael é um exemplo de que

    o sonho pode nos levar longe se

    tivermos a oportunidade de en-

    contrar um ambiente que estimule

    nossas potencialidades.

    Medalhista de ouro, prata e

    bronze, respectivamente, nas

    Olimpíadas de Astronomia, Baia-

    na de Química e Brasileira de Fí-

    sica Norte-Nordeste, Rafael queria

    voar bem mais alto. Este ano, foi

    aprovado para o renomado Insti-

    tuto Tecnológico de Aeronáutica

    (ITA), onde está cursando Enge-

    nharia Aeroespacial.

    A conquista foi celebrada com

    uma homenagem do Conselho Re-

    gional do SESI, que concedeu uma

    placa ao estudante e o presenteou

    com um notebook, na reunião

    estudante do sesi é aprovado no itArafael mendes destaca apoio da entidade para chegar ao curso de engenharia Aeronáutica

    Rafael posa

    para foto em

    frente ao ITA:

    meta agora é

    chegar à Nasa

    do 3º ano, Rafael também cursou

    Mecatrônica no SENAI.

    Rafael conta que encontrou no

    SESI o ambiente propício, com la-

    boratórios bem equipados e pro-

    fessores motivadores. “O aluno

    que sai do EBEP chega mais prepa-

    rado à faculdade. Eu, por exemplo,

    cheguei mais avançado em pro-

    gramação porque já tinha visto no

    SENAI. Em relação ao SESI, não é

    todo colégio que tem laboratórios

    tão equipados. Isso é um diferen-

    cial. Em muitos colégios, o conhe-

    cimento científico fica restrito à

    teoria”, explica Rafael.

    Sobre a chegada ao ITA, Rafa-

    el não esconde a felicidade de ter

    conseguido atingir o seu objetivo.

    Além da aprovação no ITA, ele

    também comemorou o acesso para

    o Instituto Militar de Engenharia.

    Preferiu o ITA e projeta novas me-

    tas daqui pra frente: fazer inicia-

    ção científica no INPE como forma

    de aprender mais sobre tecnologia

    com satélite.

    Vindo de uma família simples,

    Rafael faz questão de frisar o

    apoio dos pais, que sempre esti-

    mularam ele e os irmãos a estu-

    dar. Outro importante apoio ele

    encontrou na educadora Lilian

    Alves – também homenageada

    pelo Conselho do SESI –, profes-

    sora de Física da Escola Djalma

    Pessoa e que foi orientadora do

    aluno nas Olimpíadas Brasilei-

    ra de Astronomia e Astronáutica

    (XVI OBA), em 2013.

    “Rafael é um aluno diferen-

    ciado. Ele acredita na educação

    como fator de transformação so-

    cial”, explica Lilian. Ela recorda

    que ele sempre foi um aluno de-

    dicado e que conserva como qua-

    lidades a humildade e a simplici-

    dade. Para Lilian, ele ainda vai

    chegar bem longe. [bi]

    mensal, realizada no dia 28 de

    abril. Em razão das aulas em São

    Paulo, ele foi representado pelos

    pais Anelísia e Benildo Feitosa. A

    premiação foi entregue pelo con-

    selheiro Djalma Pessoa, na pre-

    sença do presidente da FIEB, Ri-

    cardo Alban, e dos superintenden-

    te do SESI e diretores do SENAI e

    do SENAI Cimatec, Armando Neto,

    Luís Breda e Leone Peter Andrade.

    A meta de Rafael é trabalhar

    com desenvolvimento de satélites

    e, um dia, integrar o corpo técnico

    da agência norte-americana aero-

    náutica e espacial, a NASA. O gos-

    to pela área surgiu cedo e se con-

    solidou ao longo do ensino médio.

    curso tÉcnicoAluno do Ensino Básico Articulado

    com Educação Profissional (EBEP),

    modalidade oferecida pela Rede

    SESI em parceria com o Serviço

    Nacional de Aprendizagem Indus-

    trial (SENAI), que prevê um ano de

    formação técnica após a conclusão

  • circuito

    Bahia Indústria 9

    Por clEbEr borGES

    Protocolo para viabilizar energia solarAlemães e baianos assinaram um

    protocolo de intenções, no SENAI

    Cimatec, para ampliar ações de

    ciência, tecnologia e inovação,

    visando atrair investimentos de

    energia solar na Bahia. O acordo

    inclui as secretarias estaduais de

    Ciência, Tecnologia e Inovação e

    de Desenvolvimento Econômico,

    o Serviço Nacional de

    Aprendizado (SENAI Bahia) e a

    Associação Fraunhoffer

    Gesellschaft, maior organização

    de pesquisa aplicada da Europa.

    Serão desenvolvidas ações

    conjuntas nas áreas de geração,

    distribuição e armazenamento de

    energia solar. O primeiro passo

    será entender, mapear e

    modelar a cadeia

    produtiva da energia

    solar fotovoltaica na

    Bahia.

    Projeções para 2017 são pessimistasAgentes do mercado financeiro

    estão pessimistas com o cenário

    de curto/médio prazo no Brasil.

    O banco Credit Suisse prevê que

    a crise econômica deve perdurar

    até o final do próximo ano. Nos

    anos de 2016 e 2017, o PIB ficará

    em -4,2% e -1,0%,

    respectivamente; o desemprego

    alcançará 11,2% e 12,6%; a

    massa salarial fechará em -4,7%

    e -1,5%; o consumo das famílias

    cairá -4,5% e -1,1%; e os

    investimentos cairão -13,7% e

    -3,34%. Para analistas do

    comportamento econômico,

    somente em 2018 os números da

    economia poderão voltar à

    normalidade.

    Alunos do SENAI são bem avaliadosO SENAI obteve bom resultado

    na primeira avaliação dos

    cursos técnicos que oferece.

    Foram avaliados 44,8 mil

    estudantes de 40 cursos em

    todos os estados e no Distrito

    Federal, dos quais 71,5%

    obtiveram resultados nos níveis

    adequado ou avançado. O

    objetivo foi verificar a

    proficiência dos estudantes e o

    desempenho dos cursos e das

    escolas, possibilitando o

    aprimoramento da

    educação profissional

    oferecida pelo Sistema

    Indústria. A avaliação

    investiga o

    desenvolvimento de

    capacidades básicas, técnicas e

    de gestão, bem como verifica o

    alcance das competências para

    o desempenho de cada

    ocupação. O SENAI Bahia ficou

    na sexta colocação. Os estados

    que tiveram melhores

    resultados dos alunos foram:

    Sergipe (82,7%), São Paulo

    (82,6%), Santa Catarina

    (80,8%), Paraná (78,3%), Minas

    Gerais (74,9%), Bahia (74,8%) e

    Espírito Santo (74,7%).

    Indústrias têm prejuízos com falhas de energiaFalhas no fornecimento de energia elétrica causam prejuízos para a indústria

    brasileira. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria mostra que

    67% das empresas que utilizam a eletricidade como principal fonte de energia no

    processo produtivo são impactadas de forma significativa em razão das interrupções

    no serviço. São 16% das empresas afetadas frequentemente, 34% eventualmente e

    44% se depararam com queda de energia em raras ocasiões. Apenas 4%

    responderam que nunca acontecem falhas. De acordo com a pesquisa, os problemas

    são mais frequentes no Norte (69%). Na sequência, aparecem o Centro-Oeste (55%),

    Sudeste (49%), Sul (45%) e Nordeste (42%). Os segmentos que acumulam maiores

    perdas são os de extração de minerais não metálicos, de plástico e de metalurgia.

    “Temos uma combinação de presidencialismo que

    não preside e que se diz de coalizão, mas não coaliza”

    Delfim Netto, comentando, em março, a falta de apoio da presidente Dilma no Congresso

    e sua dificuldade para governar

  • 10 Bahia Indústria

    sindicatos

    Palestra apresenta ferramentas para enfrentar a crise

    Extrato do sisal é testado como inseticida contra o Aedes Aegypti Estudo realizado pela

    Universidade Federal da Paraíba

    (UFPB), em parceria com a

    Embrapa, obteve um inseticida

    natural, à base de extrato retirado

    das folhas do sisal, que se

    mostrou eficaz contra as larvas do

    Aedes Aegypti. O suco do sisal

    possui compostos orgânicos que

    podem causar toxidade, irritação

    e até morte de carrapatos,

    lagartas de determinadas

    espécies e outros insetos. Ainda

    serão realizadas pesquisas para

    que o produto seja

    disponibilizado de forma segura.

    “A descoberta é resultado de

    pesquisas para utilização de

    100% da planta do sisal. O

    Sindifibras tem outros estudos

    com a Embrapa e a Universidade

    Estadual Paulista que indicam

    boas possibilidades técnicas e

    econômicas para o suco do sisal

    na indústria química e

    farmacêutica”, afirmou o

    presidente do sindicato, Wilson

    Andrade.

    Sinduscon-BA e SESI juntos no combate ao mosquitoO Sinduscon-BA, com apoio do

    SESI, lançou campanha de

    combate ao Aedes Aegypti,

    mosquito transmissor da

    dengue, chikungunya e zika.

    Com periodicidade semanal, as

    ações serão promovidas nos

    canteiros de obras para

    sensibilização dos

    colaboradores. Na iniciativa, está

    prevista a inspeção dos canteiros

    para eliminar locais de água

    parada.

    O advogado

    Fernando de

    Luizi falou para

    empresários na

    FIEB

    Apresentar aos empresários baianos ferramentas para enfrentar a crise

    foi o objetivo da palestra Estratégias para o Empresário em suas

    Relações com o Mercado Financeiro em Momentos de Crise, realizada na

    FIEB, dia 3.3. No evento, o advogado Fernando de Luizi, especialista

    em recuperação judicial, explicou que a medida, usada para evitar a

    falência de uma empresa, é uma opção a ser considerada.

    Sindicato busca alternativas para a crise

    Missão composta por diretores do

    Sindicato da Indústria de

    Mármores e Granitos (Simagran-

    BA) participou, em fevereiro, de

    visita técnica à Vitória Stone Fair

    2016, maior feira de Rochas

    Ornamentais das Américas,

    realizada no Espírito Santo. Além

    de ter acesso às novas tecnologias

    e tendências do mercado, os

    empresários mantiveram contatos

    com fornecedores e visitaram

    empresas da região. “Estamos

    buscando novos negócios e

    oportunidades para manutenção

    das empresas frente ao atual

    cenário que o País atravessa, e

    que tem impactado todos os

    setores”, explicou o presidente do

    Simagran, Marcos Regis Andrade.

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    Polo de confecção é lançado em Feira de Santana Com inauguração marcada para o dia 16 de

    maio, o Polo de Distribuição das Indústrias de

    Confecção da Bahia - Polimoda – foi lançado

    em fevereiro, no SENAI de Feira de Santana.

    Iniciativa do Sindicato da Indústria do

    Vestuário de Feira de Santana e Região, com

    apoio da prefeitura, FIEB, Sebrae e SENAI, o

    Polo é um centro de vendas para 72 fábricas do

    município, de Ipirá e de Salvador, com pronta-

    entrega de confecções, acessórios e couros.

    No lançamento, o vice-presidente da FIEB e

    presidente do Sindvest de Feira de Santana e

    Região, Edison Virginio Correia, apresentou o

    Plano de Mídia e a proposta do conceito do

    Polimoda. “A característica do polo é venda em

    atacado e varejo dos produtos das indústrias

    baianas”, afirmou. Na oportunidade, foram

    assinados Termos de Cooperação entre o

    Sindicato, Prefeitura de Feira, SENAI e Sebrae.

  • Bahia Indústria 11

    Apesar da crise econômica enfrentada pelo Brasil, a

    perspectiva para o mercado de sorvetes é positiva.

    Até 2020, o faturamento do mercado nacional deve

    atingir R$ 13,9 bilhões, segundo dados da agência

    de inteligência de mercado Mintel, apresentados dia

    16.03, em evento promovido pelo Sindicato da

    Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos

    Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia

    (Sindisucos), no SENAI Cimatec. Com apoio da FIEB,

    o evento abordou as tendências de mercado, a

    exemplo dos produtos de maior valor agregado,

    como sorvetes premium, gourmet e saudáveis.

    Angel

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    ieB

    A importância da marca no contexto dos negócios da

    empresa foi o foco do Workshop Gestão de Marcas na

    Indústria de Cosméticos, promovido pelo Sindicato da

    Indústria de Cosméticos e Perfumaria do Estado da

    Bahia (Sindcosmetic), com apoio da FIEB, no dia

    09.03, em Salvador. No encontro, o designer José Luiz

    de Paula Júnior, especializado em desenvolvimento

    de embalagem, branding e produtos, falou sobre

    criação, registro e estratégia de marcas, além de

    elencar os atributos necessários para se obter êxito

    neste processo. O presidente do Sindcosmetic, Raul

    Menezes, destacou que a inciativa teve como objetivo

    reforçar a importância de se ter um produto

    diferenciado para o sucesso da empresa.

    cosméticos: gestão de marcas é tema de evento

    O designer José de Paula Júnior durante workshop

    Boas práticas mostram atuação de sindicatos baianosBoas práticas de sindicatos

    industriais da Bahia foram

    selecionadas para compor o

    Catálogo Online de Boas Práticas

    Sindicais, da CNI. A ação faz parte

    do Programa de Desenvolvimento

    Associativo e tem o objetivo de

    manter um banco com práticas

    que possam estimular iniciativas

    de sindicatos de todo o país.

    Sete práticas de sindicatos

    baianos foram selecionadas:

    Sindileite, Sindvest, Sinprocim e

    Simagran. Reuniões itinerantes,

    Selo de Qualidade, e estratégias e

    ferramentas de comunicação

    foram algumas delas.

    Sindipeças Nacional elege novo presidente após 22 anosApós 22 anos à frente do Sindipeças Nacional,

    Paulo Butori será sucedido pelo empresário Dan

    Ioschpe. Butori se destacou pela defesa da

    indústria nacional frente à concorrência

    internacional na cadeia de suprimentos do setor

    automotivo. Com sede em São Paulo, o

    Sindipeças reúne 470 empresas fabricantes de

    autopeças. Na Bahia, a votação aconteceu na

    FIEB, em fevereiro.

    Bahia participará de projeto-piloto de Atuação Articulada Reunião realizada na FIEB, dia

    04.03, foi o primeiro passo para a

    implantação do projeto-piloto do

    Modelo de Atuação Articulada

    entre as Áreas Sindical e de

    Mercado do Sistema Indústria,

    que estabelece parâmetros para a

    relação entre sindicatos, áreas

    sindicais e de mercado na oferta

    de soluções às indústrias. Foram

    apresentados os principais

    aspectos do projeto e as

    estratégias que serão adotadas no

    processo de implantação. Além da

    FIEB, a Federação da Indústria do

    Paraná também foi escolhida pela

    CNI para a experiência.

    tendências para o mercado de sorvetes

    Especialistas

    apresentaram

    as tendências

    do mercado

    para

    empresários

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

  • 12 Bahia Indústria

    Evento teve

    parceria

    da FIEB e

    sindicatos

    Angelo Pontes / CoPerPhoto / sistemA FieB

    Com queda de 8% no consumo em 2015, o segmento têxtil brasileiro aposta nas expor-tações para superar o atual mo-

    mento econômico. Para orientar

    os empresários baianos sobre mer-

    cado internacional e apresentar o

    panorama e perspectivas do setor,

    foi realizado, em março, na Fede-

    ração das Indústrias do Estado da

    Bahia (FIEB), o seminário Circuito

    Abit/Texbrasil - Competitividade e

    Internacionalização.

    O panorama do setor foi apre-

    sentado pelo diretor superinten-

    dente da Associação Brasileira da

    Indústria Têxtil e de Confecção

    (Abit), Fernando Pimentel. “Exis-

    tem duas janelas de oportunida-

    des: o aumento das exportações e

    a substituição das importações”,

    indústria têxtil aposta nas exportaçõesseminário orientou empresários sobre mercado internacional e apresentou panorama do setor

    avaliou. Pimentel destacou que,

    além de aproveitar o câmbio favo-

    rável, as empresas devem buscar a

    melhoria da gestão para ingressar

    no mercado internacional.

    Com caráter itinerante, o se-

    minário passou pelos estados de

    Pernambuco, Rio de Janeiro, San-

    ta Catarina, Rio Grande do Sul,

    Minas Gerais e Ceará. Na Bahia,

    o evento contou com a parceria da

    FIEB e dos sindicatos da Indústria

    do Vestuário de Salvador e Região

    (Sindvest) e de Feira de Santana e

    Região (Sindvest), da Indústria de

    Fiação e Tecelagem do Estado da

    Bahia (Sindifite-ba) e das Indús-

    trias de Fibras Vegetais no Estado

    da Bahia (Sindifibras).

    “É importante a integração

    entre os sindicatos e entidades se-

    toriais, a exemplo da Abit. Assim,

    ganhamos representatividade. Em

    momentos de adversidades, como o

    que estamos enfrentando, precisa-

    mos atuar de forma proativa”, de-

    fendeu o presidente da FIEB, Ricar-

    do Alban, na abertura do evento.

    intErnacionalizaçãoPara apoiar as empresas no cami-

    nho para começar a exportar, foi

    apresentado durante o evento o

    Programa de Internacionalização

    da Indústria da Moda Brasileira

    (Texbrasil), da Agência Brasilei-

    ra de Promoção de Exportações e

    Investimentos (Apex-Brasil), par-

    ceira na realização do seminário.

    A analista de projetos industriais

    do Programa Texbrasil, Mariana

    Correa, observou que indústrias

    sustentáveis se diferenciam no

    mercado global.

    O Programa de Competitivida-

    de para Internacionalização (PCI),

    oferecido pelo Centro Internacio-

    nal de Negócios (CIN) também

    foi apresentado aos empresários.

    O PCI visa preparar as empresas

    baianas para que tenham condi-

    ções de competir no mercado in-

    ternacional e também no mercado

    interno, disputado por multinacio-

    nais. “São propostas ações tanto do

    ponto de vista da melhoria da com-

    petitividade, quanto de acesso ao

    mercado internacional”, explicou

    a coordenadora de Comércio Exte-

    rior, Hilceia Patriarca. [bi]

  • Bahia Indústria 13

    Encontro

    contou com

    participação de

    45 empresas

    João AlVArez / CoPerPhoto / sistemA FieB

    Empresários e representantes de 45 indústrias e prestadoras de serviços industriais tive-ram a oportunidade de conhecer as

    soluções oferecidas pelo Sistema

    FIEB e instituições parceiras, como

    o Sebrae e instituições bancárias,

    durante o evento Avança Indústria,

    promovido pela Federação das In-

    dústrias do Estado da Bahia, em

    parceria com o Instituto Euvaldo

    Lodi (IEL/BA), em março.

    Mais de 130 atendimentos fo-

    ram realizados durante o evento,

    que aconteceu no auditório da

    Federação. Em encontros previa-

    mente agendados, com duração

    de vinte minutos, especialistas

    da FIEB, SESI, SENAI e IEL, além

    de representantes das instituições

    parceiras, apresentaram – confor-

    me a necessidade de cada empresa

    – soluções nas áreas de Acesso a

    Crédito, Tecnologia e Inovação,

    Gestão Empresarial e Acesso a

    soluções para a indústriaAvança indústria aproximou empresas baianas dos serviços oferecidos pelo sistema FieB

    Mercados, Saúde, Educação, Se-

    gurança e Meio Ambiente.

    Há 20 anos no mercado, a em-

    presa Loygus, do setor têxtil, re-

    cebeu orientações nas áreas de

    Educação, Tecnologia e Inovação

    e Acesso a Mercados. “Esta é uma

    oportunidade ímpar para que os

    empresários possam conhecer o

    que as instituições aqui presentes

    podem oferecer”, avaliou o diretor

    comercial da empresa, Joselito Vi-

    las Bôas, que teve encontros com

    representantes do SESI, SENAI e

    FIEB. Ele também ressaltou a im-

    portância de as empresas estarem

    sempre em busca de aprimoramen-

    to. “Apesar do cenário político-

    -econômico enfrentado pelo país,

    buscamos investir em treinamen-

    tos e capacitações para os colabo-

    radores e gestores, pois sabemos

    que quem estiver mais preparado

    é que vai sobreviver no mercado”,

    comentou Vilas Bôas.

    Quem também aproveitou a

    oportunidade foi o empresário

    Maurício Lassmann, proprietário

    da Telamix, do segmento de move-

    laria e metalurgia. “Esse evento é

    interessante, não só pela situação

    que o país vive hoje, mas pela ne-

    cessidade constante que nós em-

    presários temos de buscar novas

    tecnologias e oportunidades de

    melhoria”, avaliou.

    Projeto inovador da Confede-

    ração Nacional da Indústria (CNI)

    com a FIEB, no âmbito do Progra-

    ma de Desenvolvimento Associa-

    tivo (PDA), a rodada envolveu os

    sindicatos filiados – que indica-

    ram empresas para participar da

    iniciativa –, com foco no fortale-

    cimento empresarial e estímulo ao

    associativismo. O evento utilizou

    a metodologia de rodada de negó-

    cios – em que o IEL tem expertise

    – e envolveu empresas e entidades

    parceiras.

    “Esse modelo de atuação mais

    articulada entre as entidades do

    Sistema FIEB e parceiros é im-

    portante. No Avança Indústria, os

    empresários conseguiram conhe-

    cer o portfólio das instituições de

    apoio, de acordo com suas neces-

    sidades específicas”, ressaltou a

    gerente de Relações Sindicais da

    Federação, Manuela Martinez,

    explicando que as empresas ins-

    critas receberam visita prévia de

    consultores do IEL, que mapea-

    ram suas necessidades.

    O superintendente do IEL, Evan-

    dro Mazo, também destacou a im-

    portância de reunir, em um mesmo

    evento, instituições com serviços

    complementares. “Facilita o enten-

    dimento da atuação de cada enti-

    dade e, além disso, as instituições

    podem propor soluções integradas,

    que tornem as empresas mais com-

    petitivas”, disse. [bi]

  • 14 Bahia Indústria

    Classificada seis vezes consecutivas no ranking

    das 200 Pequenas e Médias Empresas que

    Mais Crescem no Brasil, da Revista Exame, a

    Qualidados foi uma das primeiras empresas

    baianas a implantar a tecnologia JOIN – Jogo da Ino-

    vação, que apresenta conceitos, boas práticas e ferra-

    mentas que auxiliam empresas a transformarem seus

    negócios com a inovação.

    “A inovação sempre esteve no DNA da empresa,

    pois buscamos a melhoria contínua. O JOIN trouxe

    uma proposta bem estruturada, com ferramentas e

    práticas, para que pudéssemos sistematizar a gestão

    da inovação”, destaca a sócia-diretora Jane Carvalho.

    Cliente desde 2013, a empresa aprimorou, a par-

    tir do banco de ideias implementado com o JOIN, o

    Sistema de Gestão de Contratos, o que gerou redução

    de até 93% do tempo gasto com alguns processos. “É

    preciso disciplina para implementar a gestão da ino-

    vação”, destaca Jane Carvalho. Ela também ressaltou

    que, no início, a empresa enfrentou o desafio de en-

    volver os colaboradores.

    Para isso, foi formado um Comitê Técnico de Ino-

    vação, responsável, entre outras ações, pelo pla-

    nejamento dos eventos, organização do espaço de

    inovação e divulgação do programa. “É preciso um

    grupo de pessoas dedicadas a cumprir o calendá-

    rio e realizar os eventos, para que o sistema rode”,

    pontua, destacando que a diretoria também precisa

    estar engajada.

    Por marta erhardt

    Práticas de inovaçãoempresas que implantaram a tecnologia Join trocam experiências em evento promovido pelo instituto euvaldo lodi

    Empresários

    participaram

    do Painel de

    Boas Práticas

    e Lições

    Aprendidas

    – JOIN,

    promovido

    pelo IEL-BA

    A experiência da Qualidados com o JOIN foi com-

    partilhada com representantes de outras empresas

    durante o Painel de Boas Práticas e Lições Aprendidas

    – JOIN, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL),

    no auditório da Federação das Indústrias do Estado

    da Bahia (FIEB), em março.

    As inovações organizacionais promovidas atra-

    vés do JOIN na Futura Arquitetos também foram

    apresentadas no encontro. O arquiteto e coordena-

    dor de projetos Álvaro Letelier explicou que, com o

    apoio da tecnologia desenvolvida pelo IEL, a empre-

    sa estruturou e padronizou seus processos e, como

    resultado, criou o Escritório de Projetos. “Os arqui-

    tetos passaram a ter autonomia nas decisões, o que

    aumentou a eficiência. Também percebemos uma

    motivação maior da equipe com a nova estrutura”,

    destacou.

    O Painel de Boas Práticas e Lições Aprendidas –

    JOIN também contou com apresentações de Raimun-

    do Dórea, da Engpiso e Renato Carneiro, da Inovit. Na

    abertura do encontro, a gerente de Desenvolvimento

    Empresarial do IEL, Fabiana Carvalho, ressaltou a

    importância do evento para o networking e apresen-

    tou as soluções oferecidas pela entidade.

    O evento foi conduzido pela coordenadora peda-

    gógica do JOIN, Ana Pires. “O JOIN propõe organizar

    a gestão da inovação nas empresas e traz ferramen-

    tas que colaboram para este fim”, explicou. A tecno-

    logia apresenta conceitos, boas práticas e ferramen-

  • Bahia Indústria 15

    “O JOIN trouxe uma proposta bem estruturada, com ferramentas e práticas, para que pudéssemos sistematizar a gestão da inovaçãoJane Carvalho, sócia-diretora da Qualidados

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    tas que auxiliam empresas a transformarem seus

    negócios com a inovação.

    gEstão da inovaçãoDesde 2013 no mercado, a tecnologia JOIN já foi im-

    plantada por mais de 40 empresas baianas. A asses-

    soria em gestão da inovação orienta a estruturação

    das atividades de inovação e pode ser contratada em

    diferentes modalidades: JOIN 100 (com 100 horas de

    assessoria in company), JOIN 150 (além das 100 horas

    de assessoria in company, conta com 50 horas de ca-

    pacitação em gestão da inovação).

    As empresas que precisam de apoio na área de

    Gestão da Inovação contam, ainda, com outras solu-

    ções oferecidas pelo IEL, como o atendimento custo-

    mizado a partir das necessidades das empresas; e o

    Desafio de Inovação, que engloba 50 horas de apoio

    técnico para a solução de um projeto de inovação.

    O portfólio engloba, ainda, capacitações como as

    Oficinas de Gestão de Inovação, que apresentam e

    debatem conceitos, teorias e boas práticas e contam

    com exercícios práticos envolvendo temas reais da

    empresa; e os Laboratórios de Inovação, voltados à

    capacitação das pessoas no uso de ferramentas, mé-

    todos e técnicas que potencializam as atividades de

    inovação na empresa. A terceira edição do Laborató-

    rio de Inovação, realizada em março, reuniu cerca de

    20 representantes de empresas baianas na FIEB.

    Na oportunidade, os participantes puderam co-

    nhecer, de forma prática, algumas

    das técnicas de Design Thinking.

    A gerente de Desenvolvimen-

    to Empresarial do IEL, Fabiana

    Carvalho, destacou a relevância

    da iniciativa. “Identificamos que

    era importante para as empresas

    vivenciarem, ainda que por um

    curto período, ferramentas práti-

    cas que vão contribuir para os pro-

    cessos de inovação”, pontuou. Ela

    também ressaltou a importância

    do evento para o networking. “Es-

    se momento de compartilhamento

    de experiências é fundamental

    para inovar”, disse.

    Outras três edições dos Labo-

    ratórios de Inovação serão rea-

    lizadas em 2016, nos meses de

    maio, julho e setembro. Mais in-

    formações sobre os Laboratórios

    de Inovação podem ser obtidas

    pelo telefone (71) 3343-1425 ou

    pelo e-mail [email protected].

    Já os interessados em conhecer a

    tecnologia JOIN devem entrar em

    contato pelos telefones (71) 3343-

    1266 e (71) 3343-1425 jogodaino-

    [email protected]. [bi]

  • 16 Bahia Indústria

    Estado brasileiro é uma entidade onipresente.

    Parece não conhecer limites. Não se atém à atu-

    ação tradicional do setor público, normalmen-

    te limitada às áreas de educação, saúde, gestão

    macroeconômica da economia, segurança e re-

    lações exteriores. No Brasil, ele é como um pol-

    vo que abarca também segmentos tão díspares quanto a

    exploração de petróleo, distribuição de energia, portos,

    turismo, transportes e atividade bancária.

    Para manter funcionando todos os braços dessa

    estrutura hipertrofiada, sustenta um enorme e dis-

    pendioso aparato burocrático, que não raro o obriga a

    gastar muito mais do que arrecada. Quando isso acon-

    tece, ele capta no mercado dinheiro a custo elevado,

    inflando a dívida pública, que hoje superou a casa dos

    60% do PIB. Economistas e empresários são quase

    unânimes em apontar que a alternativa mais indicada

    e menos traumática para o governo equilibrar suas fi-

    nanças seria cortar os gastos de custeio, preservando

    os investimentos essenciais. Porém, como no Brasil o

    setor público busca sempre a saída mais fácil, normal-

    mente opta pelo aumento da carga tributária, seja com

    a criação de impostos ou com o aumento de alíquotas.

  • Bahia Indústria 17

    Por cleber borges

    Para manter sua gigantesca máquina, setor público no Brasil opta pelo aumento de impostos, ao invés de cortar gastos

    EmprEsários sE mobilizam contra alta dE impostos

    Como nem sempre é fácil conseguir aprovar no Con-

    gresso novos impostos – como é o caso da proposta

    para recriar a CPMF – o governo vem paulatinamen-

    te aumentando alíquotas ou eliminando incentivos.

    Segundo o “impostômetro” da Associação Comercial

    de São Paulo, que contabiliza instantaneamente o au-

    mento da arrecadação de impostos no Brasil, em 1986

    a carga tributária – tudo o que o brasileiro paga de

    impostos em relação ao PIB – representava 22,39% do

    PIB; em 2003, no final do governo FHC, alcançou ele-

    vados 32,53%; e, em 2014, chegou a 35,42%.

    Segundo a Receita Federal o apetite do setor pú-

    blico é menor: em 2013, a carga tributária teria alcan-

    çado 33,74% e, em 2014, 33,47%. Ainda assim, per-

    centuais próximos ou acima do de países que dão à

    sociedade melhor retorno em serviços essenciais.

    mobilizaçãoNa Bahia, Federação das Indústrias (FIEB), Federa-

    ção da Agricultura (FAEB) e Federação do Comércio

    (Fecomércio) estão mobilizadas no combate ao cres-

    cente aumento da carga de impostos. Recentemente,

    publicaram nota na imprensa na qual observam que,

  • 18 Bahia Indústria

    Aumento do IOF em empréstimos para pessoas

    físicas

    Decreto nº 8.392/2015

    01/2015

    ANTES DEPOIS

    1,5% 3%

    Equiparação do atacadista ao produtor industrial do setor de

    cosméticos no pagamento do IPI

    Decreto nº 8.393/2015

    05/2015

    ANTES DEPOIS

    0% 22%

    Aumento CIDE e PIS/Cofins sobre

    combustíveis

    Decreto nº 8.395/2015

    05/2015 CIDE | 01/2016 PIS/COFINS

    A CIDE não estava sendo cobrada (PIS/Cofins sobre

    combustíveis vigorou até abril de 2015, quando foi

    substituído pela CIDE).

    ANTES DEPOIS

    R$ 0,22 sobre a gasolina e

    R$ 0,15 sobre o diesel

    Elevação das alíquotas de PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação

    Lei 13.137/2015 (originada da MP 668/2015)

    01/2016

    ANTES DEPOIS

    1,65%7,6%

    2,1%9,65%

    Elevação da alíquota de Contribuição sobre Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –

    CSLL - sobre instituições financeiras.

    Lei 13.169/2015 (originada da MP 675/2015) 

    01/2016

    ANTES DEPOIS

    15% 20%

    Revisão da desoneração da folha de pagamento, com contribuição

    sobre a receita bruta.

    Lei 13.161/2015 (originada do PL 863/2015) 

    01/2016

    ANTES DEPOIS

    $

    1% e 2% 1,5%, 2,5%, 3% ou 4,5%

    Lei 13.241/2015 (originada da MP 690/2015)

    01/2016

    ANTES DEPOIS

    0% PIS/COFINS

    9,25%

    Revisão da chamada Lei do Bem - Exclusão das bebidas quentes do

    regime diferenciado do IPI, revisa o imposto de renda sobre direito de

    imagem e revoga benefícios tributários para computadores,

    smartphones e tablets, previstos no Programa de Inclusão Digital.

    Reinstitui a CPMF para custeio da Previdência

    Social

    PEC 140/2015

    ANTES DEPOIS

    0% 0,2%

    Estabelece imposto sobre a renda na hipótese de ganho de capital em decorrência da alienação de bens e

    direitos de qualquer natureza

    Lei 13.259/2016(originada da MP 692/2015)

    DEPOIS

    I - 15% sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassarem R$ 5 milhões; II - 17,5% sobre a parcela dos ganhos que excederem R$ 5 milhões e não

    ultrapassarem R$ 10 milhões; III - 20% sobre a parcela dos ganhos que excederem R$ 10 milhões e não

    ultrapassarem R$ 30 milhões; e IV - 22,5% sobre a parcela dos ganhos

    que ultrapassarem R$ 30 milhões.

    Medida em tramitação

    Tributos que aumentaram no Brasil (2015-2016)

    03/2016

    tributos quE aumEntaram no brasil (2015-2016)

  • Bahia Indústria 19

    O presidente

    Ricardo

    Alban integra

    mobilização

    empresarial

    contra o

    excesso de

    impostos

    ao invés de aumentar tributos, o setor público deve

    atacar de frente os problemas estruturais que minam

    a competitividade da economia.

    Afirmam, na publicação, que o governo precisa

    comprometer-se com um ajuste fiscal que tenha co-

    mo princípios o corte de despesas, o enxugamento da

    máquina pública e, prioritariamente, a eficiência da

    gestão. Afirmam que, na contramão do que dita o bom

    senso, nos últimos tempos “o setor público optou por

    transferir o ônus (de sua ineficiência) à sociedade e ao

    setor produtivo, promovendo aumento de impostos.”

    São muitos os exemplos recentes de medidas que

    resultaram em aumento da carga tributária. Levan-

    tamento realizado pela FIEB, FAEB e Fecomércio e

    publicado na imprensa, intitulado “O Brasil diz não

    à CPMF”, mostra que em janeiro de 2015, o Decreto nº

    8.392 aumentou a alíquota do IOF nos empréstimos

    para pessoas físicas de 1,5% para 3%. Em maio do

    mesmo ano, houve a equiparação do atacadista ao

    produtor industrial de cosméticos no pagamento do

    IPI. Com isso, o atacadista, que antes tinha alíquota

    zero, passou a recolher 22%.

    Este ano, janeiro foi marcado por vários aumentos

    de impostos. A Lei nº 13.137/2015 elevou as alíquotas

    do PIS/Pasep-Importação e do Cofins-Importação de,

    respectivamente, 1,65% e 7,60% para 2,10% e 9,65%;

    e a Lei nº 13.169/2015 elevou a alíquota da Contribui-

    ção Social sobre o Lucro Líquido – CSLL sobre insti-

    tuições financeiras de 15% para 20%;

    Janeiro reservou outras surpresas negativas. Por

    exemplo, a Lei 13.241/2015 revisou a chamada Lei do

    Bem (Lei 11.196/2005, que concede incentivos fiscais

    às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desen-

    volvimento de inovação tecnológica), com a exclusão

    das empresas de bebidas quentes do regime diferen-

    ciado do IPI; a revisão do Imposto de Renda sobre o

    direito de imagem; e a revogação de benefícios tribu-

    tários antes dados para computadores, smartphones

    e tablets, previstos no Programa de Inclusão Digital.

    Todos esses segmentos, que antes tinham alíquota

    zero da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,

    agora arcam com alíquota de 9,25%.

    Em plena crise, aumentar impostos abala a saúde

    das empresas e inibe investimentos. Para evitar que

    ocorra na área tributária o efeito da Lei da Inércia (de

    Newton, segundo a qual um corpo que está se mo-

    vendo tende a continuar em movimento), segmentos

    organizados da sociedade se mobilizam contra o au-

    mento da carga tributária.

    De acordo com o presidente da FIEB, Ricardo Al-

    VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

  • 20 Bahia Indústria

    ban, “precisamos da Reforma Ad-

    ministrativa, com um profundo

    ajuste de todo o setor público (Exe-

    cutivo, Legislativo e Judiciário),

    adequando-o ao real tamanho e

    necessidade do Estado brasileiro

    e tornando-o eficiente, produtivo

    e menos corporativista. Temos na

    ineficiência e descontrole do gasto

    público a consequência do atual

    modelo de gestão pública.”

    Além disso, para o presidente

    da FIEB, a Reforma Tributária é

    inadiável, “para que a carga tribu-

    tária seja mais justa e equilibrada

    para um país em desenvolvimen-

    to. Essa reforma deve ser realizada

    com base na simplificação, equa-

    lização e, até mesmo, na redução

    da atual arrecadação tributária.

    Deixemos claro que as empresas

    apenas recolhem os impostos,

    uma vez que a carga tributária é,

    necessariamente, transferida ao

    preço dos produtos e serviços pa-

    gos pelo consumidor.”

    Adicionalmente, afirma Ri-

    cardo Alban, o Brasil precisa da

    Reforma Trabalhista, para que

    se obtenha ganhos contínuos de

    competitividade, algo necessário

    em uma economia globalizada,

    “pois não há como ter eficiência

    na relação capital/trabalho tendo

    como base uma legislação sancio-

    nada há 73 anos pelo presidente

    Getúlio Vargas.” Além disso, con-

    sidera fundamental a Reforma

    Previdenciária, “não apenas para

    a necessária adequação à eleva-

    ção da idade média brasileira,

    mas também para a correção das

    distorções existentes em todo o

    sistema previdenciário.”

    cpmFHoje, empresas e pessoas físicas

    pagam mais impostos que há um

    ano atrás, para compensar a que-

    impostos, o que só acarretaria mais

    demissões e prejuízos às empre-

    sas.” Já a Federação da Agricultura

    (FAEB), afirma que envidará es-

    forços e mobilizará as lideranças

    do setor no estado, no sentido de

    “impedir o aumento ou a criação

    de qualquer imposto novo.”

    O setor industrial dá sinais de

    que pretende permanecer atento

    no combate a medidas que compro-

    metam a saúde financeira das em-

    presas. Foi o que ocorreu durante o

    mês de março, quando a mobiliza-

    ção de federações das indústrias de

    vários estados do Nordeste, inclu-

    sive a FIEB, pressionaram o Banco

    Central, que havia aumentado em

    71,4%, em janeiro, os juros para o

    Fundo Constitucional de Financia-

    mento do Nordeste (FNE).

    Em razão dessa reação, a enti-

    dade pública voltou atrás e limitou

    o aumento em 35,7% (com a taxa

    ficando em 112,1% a.a). “Houve

    uma evolução, mas ainda é tími-

    da. Em um momento tão crítico, é

    preciso considerar a necessidade

    de desenvolvimento dos estados

    nordestinos e buscar reduzir as

    diferenças desta região em relação

    ao Sul e Sudeste”, afirmou Ricardo

    Alban. [bi]

    da de arrecadação fruto da retra-

    ção na atividade econômica. E,

    mantidos os atuais parâmetros,

    se há uma certeza nessa área é a

    de que daqui a dois, três, quatro

    anos, estaremos pagando mais

    impostos que hoje. Em recente de-

    claração, o ex-presidente do Banco

    Central, Henrique Meirelles, disse

    ser inevitável o governo insistir na

    aprovação da CPMF.

    No momento, tramita no Con-

    gresso a PEC 140/2015, uma pro-

    posta de emenda constitucional

    que propõe recriar a CPMF para

    custeio da Previdência Social,

    com alíquota de 0,2%. “Um im-

    posto dessa natureza tem efeitos

    nocivos, sem paralelo no mundo.

    Resulta em bitributação, pois pa-

    ga-se imposto sobre imposto, com

    impactos em cadeia. A indústria

    de manufaturados tende a sofrer

    mais porque a produção inclui

    várias etapas antes de chegar ao

    consumidor final”, pontua o presi-

    dente da FIEB, Ricardo Alban.

    O presidente da Fecomércio-BA,

    empresário Carlos Andrade faz co-

    ro com o presidente da FIEB. Para

    ele, “nesse momento de crise, uma

    das principais bandeiras do setor

    produtivo é evitar o acréscimo de

    Evolução da carga tributária sobrE o pib (%)Evolução da carga tributária sobre o PIB (%)

    Fonte: Associação Comercial de SP

    22,39

    29,91 28,92 30,0332,53 33,19

    34,52 34,85 34,41 35,13 35,29 35,31 35,39 35,42

  • Bahia Indústria 21

    Acordo firma do entre a Fe-deração das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a Federação do Comércio do Estado

    da Bahia (Fecomércio) e o Gover-

    no do Estado negociou o adia-

    mento dos efeitos da aplicação da

    Lei estadual 13.462, que criou a

    taxa de gestão dos distritos indus-

    triais, e entrou em vigor desde 1º

    de Abril. Memorando de compro-

    misso nesse sentido foi assinado

    no dia 4 de março, na Secretaria

    de Desenvolvimento Econômico,

    pelo governador Rui Costa, pelo

    secretário Jorge Hereda, pelo pre-

    sidente da FIEB, Ricardo Alban,

    e pelo presidente da Fecomércio,

    Carlos Andrade.

    O documento assinado pe-

    las federações estabelece ainda

    a criação de grupos de trabalho

    para cada distrito industrial da

    Bahia, que irão apresentar alter-

    nativas adequadas para o seu mo-

    delo de gestão, levando em conta

    as peculiaridades e características

    de cada região, além da possibili-

    dade de revisão dos valores da ta-

    xa de manutenção.

    Para o presidente da FIEB, o

    entendimento entre os principais

    atores – governo e empresários –

    será fundamental para ampliar as

    discussões. “Tenho certeza que ao

    final deste processo vamos chegar

    a um entendimento, estudando

    as características de cada distrito

    e buscando as soluções que aten-

    dam aos interesses da sociedade.

    O diálogo vai garantir o que todos

    nós afinal queremos: o desenvol-

    Carlos Andrade,

    Jorge hereda e

    Ricardo Alban

    assinaram

    compromisso

    Distritos industriaisrui Costa prorroga definição do modelo de gestão dos clusters baianos

    vimento e o bom funcionamento dos distritos indus-

    triais”, disse Alban.

    Carlos Andrade, presidente da Federação do Co-

    mércio, ressaltou que o termo de compromisso assi-

    nado mostra que todos estão empenhados em resol-

    ver a questão. “Queremos destacar a sensibilidade do

    governador Rui Costa em prorrogar a vigência da lei

    e permitir o debate. O estado precisa arrecadar e os

    empresários querem produzir e gerar empregos. Va-

    mos juntos, tenho certeza, encontrar uma solução”,

    acredita Andrade.

    “Acho que é muito importante este entendimen-

    to, porque a gente vai ser obrigado a encontrar uma

    saída para o problema, que é a manutenção dos dis-

    tritos industriais. O estado não tem condições de ar-

    car sozinho com todas as despesas de conservação

    de vias principais e secundárias, limpeza, ilumi-

    nação e paisagismo”, explicou o secretário Hereda.

    (Com informações da Ascom SDE) [bi]

    hArolDo ABrAntes/CoPerPhoto/sistemA FieB

  • 22 Bahia Indústria

    Arlinda

    Coelho

    apresentou o

    planejamento

    para a

    implantação

    das normas

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) iniciou em abril a implantação do Siste-ma de Gestão Integrado (SGI) com base nas nor-mas internacionais ISO 9001 (Qualidade) e 14001(Meio

    Ambiente). Até o final do ano, a Federação capacitará

    suas equipes para a obtenção da certificação.

    O objetivo do SGI é dotar a FIEB e a área corpora-

    tiva de um conjunto de procedimentos para padroni-

    zação de serviços na área de gestão (ISO 9001), assim

    como promover uma melhoria na gestão dos aspec-

    tos/impactos ambientais decorrentes das atividades

    que a organização desenvolve (ISO 14001).

    O programa foi lançado pelo presidente da FIEB,

    Ricardo Alban, com a presença do vice-presidente

    Josair Bastos e do coordenador do Conselho de Meio

    Ambiente, Jorge Cajazeira. Ricardo Alban destacou a

    importância de adequar a FIEB aos mais modernos

    padrões internacionais de gestão e de atendimento às

    normas ambientais.

    “Temos o desafio de servirmos de modelo para as

    demais unidades e é importante poder deixar planta-

    da esta semente para a melhoria dos nossos padrões

    ambientais e de gestão”, destacou Alban.

    gestão com padrão internacionalFieB dá início a processo para obtenção da certificação nas normas iso 9001 (Qualidade) e iso 14001 (meio Ambiente)

    A implantação do SGI é coordenada pelas Gerên-

    cias de Meio Ambiente e Responsabilidade Social,

    liderada por Arlinda Coelho, e pela Gerência de Qua-

    lidade e Processos, que tem Patrícia Campos como

    gestora. Para tocar este trabalho, 20 profissionais da

    FIEB atuam como pontos-focais do SGI, conduzindo

    as equipes de suas respectivas áreas para fazer as

    adequações necessárias de maneira que a FIEB obte-

    nha a certificação.

    A implantação da ISO 14001 foi uma proposição do

    Conselho de Meio Ambiente da FIEB, por iniciativa

    do coordenador Jorge Cajazeira, relator da primeira

    versão da ISO 14001. Segundo ele, “a certificação da

    FIEB certamente servirá de referência para outras

    Federações e para as pequenas e médias empresas

    baianas invistam em práticas de melhoria de desem-

    penho organizacional”.

    O modelo que está sendo implantado abrange as

    áreas de suporte corporativo e de negócios da FIEB.

    Juntas, elas executam as intervenções, visando reali-

    zar as adequações necessárias, como por exemplo, a

    implantação da Central de Resíduos Sólidos, que dis-

    ciplina o descarte adequado de resíduos (recicláveis

    e não recicláveis) gerados na unidade-sede da FIEB.

    Para o superintendente executivo de Serviços Cor-

    porativos da FIEB, Cid Vianna, a adoção das Normas

    pela FIEB, a exemplo do que já ocorreu anteriormente

    com o SESI e o SENAI, traz para o dia a dia da Fede-

    ração um forte requisito de gestão e responsabilidade

    ambiental, com mudança nos padrões sistêmicos e

    procedimentais. Para Vianna, os padrões e procedi-

    mentos serão revisados com o olhar do negócio, aten-

    dendo os requisitos das Normas e garantindo a con-

    formidade dos processos. Além disso, a implantação

    das Normas agrega a percepção de valor para o cliente.

    O diretor executivo da FIEB, Vladson Menezes,

    acrescentou que a melhoria dos processos de gestão

    tem como objetivo fazer a instituição atenda melhor

    aos seus associados. [bi]

  • Bahia Indústria 23

    conselhos

    Em reunião extraordinária conjunta dos

    Conselhos de Comércio Exterior (Comex)

    e de Micro e Pequenas Empresas

    (Compem) da FIEB, realizada em 5 de

    abril, representantes de 12 consulados

    instalados na Bahia aceitaram o convite

    para iniciar visitas às regiões do estado

    com melhor potencial para negócios e

    investimentos. O objetivo do encontro

    foi estimular relações bilaterais e a

    cooperação comercial. O evento contou

    com o apoio da Associação Comercial

    da Bahia.

    Na reunião, os cônsules foram

    apresentados às áreas de maior potencial

    econômico do estado, como o segmento

    da fruticultura, no Vale do São

    Francisco, além de programas de apoio e

    incentivo às empresas. Os representantes

    consulares foram convidados pelo

    Comex a conhecer o Cimatec.

    compem faz reunião em Juazeiro

    cônsules conhecem oportunidades de negócios na bahia

    Angelo Calmon de Sá Júnior (D), do Comex

    Encontro

    reuniu

    empresários

    da região

    VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    iVAn CrUz/CoPerPhoto/sistemA FieB

    A segunda reunião itinerante do Conselho da Micro e

    Pequena Empresa Industrial (Compem), da Federação das

    Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reuniu

    representantes do setor industrial e da área pública, em

    Juazeiro, em 4 de março. O evento foi em parceria com a

    Prefeitura Municipal de Juazeiro, Centro das Indústrias do

    Estado da Bahia e a Frente Parlamentar Estadual da Micro,

    Pequena e Média Empresa.

    No encontro foram identificadas demandas de MPME da

    região. Os participantes também trataram da Lei 13.462, do

    Governo da Bahia, que institui o Fundo Estadual de

    Manutenção das Áreas Industriais, criando uma taxa

    mensal para manutenção e conservação dos distritos

    industriais. Segundo o 1º vice-presidente da FIEB e

    coordenador do Compem, Carlos Gantois, “existem

    diferenças entre os distritos que inviabilizam a cobrança de

    um valor único em toda a Bahia”. Gantois explicou que, até

    o final do ano, serão programadas reuniões itinerantes em

    Ilhéus, Vitória da Conquista, Camaçari e Barreiras.

    Caft tem novo coordenadorSérgio Pedreira, presidente do Sindicato da Indústria de Mineração de

    Calcário, Cal e Gesso no Estado da Bahia (Sindical), foi eleito para

    coordenar o Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da

    Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Há três mandatos à

    frente do Sindical, Pedreira foi conduzido ao cargo pela diretoria da

    FIEB, em reunião ocorrida em 28 de abril. O papel do Caft é funcionar

    como órgão consultivo em assuntos fiscais e tributários.

  • 24 Bahia Indústria

    Um programa diferente, que

    busca não apenas o entre-

    tenimento, mas também

    desvendar o universo mu-

    sical, suas histórias, instrumentos

    característicos e personagens. As-

    sim é o Sala de Som, projeto idea-

    lizado pela equipe do SESI Cultura

    e que, a partir do o dia 1º de maio

    passou a fazer parte da grade de

    programas da TVE Bahia. Exibido

    aos domingos, com reprise às quin-

    sala dE som É o sEsi na tv

    Projeto do sesi Cultura sai da tV WeB e ganha espaço na tVe Bahia

    Por Patrícia moreira

    tas-feiras, o projeto sela a parceria

    entre a TVE/IRDEB e o SESI.

    O lançamento ocorreu no dia

    26 de abril, no Teatro SESI Rio Ver-

    melho. Ao todo, serão veiculados

    12 episódios, com duração de 20

    minutos cada, apresentados pelo

    músico Alexandre Leão, que defi-

    ne a atração como “um programa

    de entrevistas musicais”, abor-

    dando a diversidade de ritmos, gê-

    neros e estilos musicais da Bahia.

    Para o superintendente do SESI Bahia, Armando

    Neto, “o Teatro SESI é uma referência para Salvador

    como ponto de encontro e de fomento da arte e da mú-

    sica. A parceria com a TVE soma-se a este trabalho, ao

    permitir que o conhecimento e as produções que nas-

    cem no SESI Cultura sejam levadas a novos públicos”.

    O diretor-geral do IRDEB, Flávio Gonçalves, que

    anunciou uma segunda temporada do Sala de Som,

    disse que é uma honra para a TV pública baiana dar

    espaço a este conteúdo, que é diferenciado. “Temos o

    objetivo de cada vez mais intensificar a produção de

    conteúdos musicais, afinal, a Bahia é um celeiro da

  • Bahia Indústria 25

    música nacional, e dar visibilidade tanto às antigas,

    quanto às novas gerações de músicos é realizar nos-

    sa missão. Por isso é muito importante essa parceria

    com o SESI no sentido de viabilizar este novo progra-

    ma”, concluiu.

    Alexandre Leão destacou o quanto foi agradável

    participar do projeto. “O SESI e a TVE cumprem o pa-

    pel educativo e o programa funciona com essa essên-

    cia de vídeo-aula que diverte e traça um panorama do

    que se faz aqui na Bahia pelos grandes especialistas

    em cada assunto”, destacou.

    Em um papo descontraído e recheado de infor-

    mações, Alexandre conversa com um ou mais mú-

    sicos convidados, que relatam curiosidades sobre

    suas produções musicais. O Sala de Som não trata

    das carreiras, nem das biografias dos entrevistados.

    “Converso com especialistas em instrumentos, como

    Armandinho, que fala da guitarra baiana, ou falo so-

    bre gêneros e movimentos musicais”, diz Alexandre.

    Deste modo, Margareth Menezes deu entrevista

    sobre o Afropop, Aderbal Duarte falou sobre Bossa

    Nova e como Alexandre Leão está sempre com o vio-

    lão ou algum instrumento na mão, interage com os

    convidados. Artista multifacetado, Alexandre mostra

    desenvoltura na estreia como apresentador.

    sobrE o sala dE som O Sala de Som surgiu de uma proposta concebida pe-

    lo SESI Cultura, que, em 2014, veiculou na TV WEB

    do Teatro do SESI uma série de programetes com du-

    ração de 7 minutos. Em 2015, surgiu o convite da TVE

    para levar o projeto para a televisão.

    A gerente do Teatro do SESI, Rosa Villas Boas, ex-

    plica que o projeto tem caráter pedagógico e a pro-

    posta é contribuir para ampliar o repertório cultural

    e despertar o interesse e a sensibilidade musical do

    público. Ela destaca a importância da parceria com a

    TVE, que permitiu ampliar a proposta e levar a inicia-

    tiva a um público maior.

    No roteiro, procurou-se contemplar os diferentes es-

    tilos musicais, trazendo informações sobre o processo

    criativo da música, curiosidades sobre a origem das

    vertentes musicais, contexto histórico, técnicas e his-

    tória dos instrumentos. Os programas também abor-

    darão a tradição musical nos conteúdos sobre samba,

    viola machete, guitarra baiana, pandeiro e outros.

    Todos os capítulos foram gravados nos estúdios da

    TVE, com equipamentos de som e vídeo de última ge-

    ração. (Colaborou Dóris Pinheiro TVE/Irdeb) [bi]

    Exibição do Sala de Som01. Aderbal Duarte (Bossa Nova) – 01/05 e 05/0502. Juliana Ribeiro (Samba na Bahia) – 08/05 e 12/0503. Lula Gazineo, Ricardo Marques e Elisa Goritz (Chorinho) – 15/05 e 19/0504. Álvaro Assmar, Eric Asmar e Diego Rico (Blues) – 22/05 e 26/0505. Maviael Melo (Música Nordestina e Cordel) – 29/05 e 2/0606. Gabi Guedes e Alexandre Lins (Percussão) – 05/06 e 09/0607. Armandinho Macedo (Guitarra Baiana) – 12/06 e 16/0608. Fábio Cascadura (Rock na Bahia) – 19/06 e 23/0609. Jarbas Bittencourt e Luciano Bahia (Trilhas Sonoras) – 26/06 e 30/0610. Mário Ulloa e Jana Vasconcelos (Violão Clássico) 03/07 e 07/0711. Cássio Nobre (Viola Machete) 10/07 e 14/0712. Margareth Menezes (Afropop) 17/07 e 21/07

    03

    04

    10

    Alexandre

    Leão e

    Aderbal

    Duarte, no

    episódio de

    estreia do

    programa

  • 26 Bahia Indústria

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    Nelson Leal e

    Ricardo Alban

    (centro), em

    evento na ALBA

    Com lançamento oficial pre-visto para o próximo mês, foi apresentada, em abril, na Assembleia Legislativa, a Frente

    Parlamentar da Indústria. Presi-

    dido pelo deputado Nelson Leal,

    o grupo é composto por deputados

    estaduais. O objetivo é construir

    um canal de interlocução entre a

    indústria baiana e o Legislativo

    Estadual.

    “Vamos fornecer condições pa-

    ra que os parlamentares possam

    entender a nossa realidade, sendo

    proativos e demandando soluções

    e proposições”, pontuou o presi-

    dente da FIEB, Ricardo Alban. Ele

    ressaltou que o setor foi o que mais

    perdeu em competitividade nos

    últimos anos. “Daí a importância

    de discutir interesses do setor in-

    dustrial e, consequentemente, de

    toda a sociedade”, completou.

    Alban também apresentou o

    projeto do Cimatec Industrial, que

    indústria terá Frente Parlamentariniciativa tem o objetivo de construir um canal de interlocução entre a indústria baiana e o legislativo estadual, para fortalecimento do setor

    atual cenário da indústria baiana

    e apresentou os temas prioritários

    para o setor, entre eles: os Distri-

    tos Industriais, questões no âmbi-

    to tributário e a Agenda Legislati-

    va da Indústria. Ele destacou que,

    embora enfrentando momento de

    queda, resultado da crise em todo

    o país, a indústria pode reverter

    este quadro sabendo explorar as

    oportunidades. A reunião con-

    tou ainda com explanação sobre

    a Frente Parlamentar da Indús-

    tria Química, que se pretende ter

    como referência para a ação da

    Frente Setorial.

    composiçãoA Frente Parlamentar da Indústria

    tem como presidente o deputado

    Nelson Leal (PSL) e vice-presiden-

    te, Pablo Barrozo (DEM). Ela será

    dividida em sete coordenações:

    Indústria Química, Petroquímica,

    Plástico, Óleo e Gás, representada

    pelo deputado Adolfo Viana (PS-

    DB); Construção Civil, Infraestru-

    tura e Mineração, por Maria del

    Carmen (PT); Agroindústria, por

    Robinho (PP); Indústria Naval,

    Automotiva e Metal Mecânica, por

    Hildécio Meireles (PMDB); Indús-

    tria de Papel, Celulose, Madeira e

    Móveis, por Sandro Régis (DEM);

    Indústria Cosmética, Têxtil, Ves-

    tuário e Calçados, por Carlos Geil-

    son (PSDB) e a coordenação da

    Indústria de Alimentos e Bebidas,

    com coordenador a definir. Na se-

    cretaria executiva do grupo está o

    diretor executivo da FIEB, Vlad-

    son Menezes. [bi]

    dará suporte a grandes protótipos

    e plantas piloto, além de ter uma

    infraestrutura de pesquisa e de-

    senvolvimento tecnológico. “O Ci-

    matec Industrial visa atrair mais

    investimentos e tornar o estado

    um polo de inovação e competiti-

    vidade”, disse.

    Presidente da Frente, o deputa-

    do Nelson Leal destacou que além

    de estreitar a comunicação entre

    os poderes estaduais e as empre-

    sas, a frente vem para fortalecer

    um dos setores que mais influen-

    ciam no crescimento econômico

    do estado. “A Frente é supraparti-

    dária e tem o compromisso de ser

    positiva e proativa”, afirmou. Os

    parlamentares presentes reforça-

    ram o apoio e destacaram a impor-

    tância da iniciativa para a indús-

    tria e para a sociedade.

    Durante o encontro, o diretor

    executivo da FIEB, Vladson Me-

    nezes, fez uma apresentação do

  • Bahia Indústria 27

    Angelo Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

    Ford forma

    primeira turma

    de educação

    técnica para

    jovens

    Após seis meses de capacita-ção, 95 jovens do Programa de Educação para Jovens, realizado pela Ford, foram diplo-

    mados, no dia 4 de abril, em soleni-

    dade que contou com a presença do

    presidente da Ford América do Sul,

    Steven Armstrong, e do presidente

    mundial da Ford Fund, Jim Vella.

    Lançado em 2015, o programa

    selecionou estudantes da rede es-

    tadual de ensino com base no his-

    tórico escolar. Os participantes,

    com idades entre 17 e 21 anos, per-

    correram uma trilha de desenvolvi-

    mento operacional, construída em

    parceria entre a Ford e o SESI, com

    foco nas competências necessárias

    aos cargos iniciais de empresas in-

    dustriais da região, contemplando

    comunicação escrita, matemática

    e lógica, informática básica, com-

    portamento saudável, inglês bási-

    co, entre outros.

    Formação com excelênciasesi e senAi são parceiros da Ford no Projeto de educação para Jovens que formou a primeira turma com 95 alunos

    Ao longo da trilha, foram reali-

    zadas palestras com executivos da

    Ford e uma visita à unidade fabril

    da empresa. Os alunos passaram

    por um teste de aptidão e seguiram

    para a formação técnica na unida-

    de do SENAI de Camaçari em au-

    xiliar de eletricista, auxiliar admi-

    nistrativo, auxiliar de mecânico de

    automóveis e auxiliar de mecânico

    de máquinas industriais. Além de

    lanche e transporte, os alunos re-

    ceberam tratamento odontológico

    no projeto Ford Odontomóvel de

    Camaçari, também realizado em

    parceria com o SESI.

    EducaçãoSteven Armstrong afirmou a dis-

    posição da empresa de continuar

    a apoiar iniciativas educacionais,

    mesmo diante do cenário desafia-

    dor da indústria, para promover o

    progresso social e econômico da

    região. “Acreditamos na educação

    como força transformadora da so-

    ciedade”, disse.

    O superintendente do SESI

    Bahia, Armando Neto, reiterou o

    quanto é importante para a enti-

    dade ter a confiança da Ford para

    fazer a gestão dos seus programas

    de responsabilidade social em

    todo o Brasil. “O SESI vem procu-

    rando customizar seus serviços e

    o Programa de Educação para Jo-

    vens é um exemplo. Ele se insere

    no programa a Trilha de Desenvol-

    vimento em que oferecemos um

    produto de maior valor agregado,

    com ações de educação continua-

    da”, explica Armando Neto.

    “O SENAI está muito feliz de fa-

    zer parte desta iniciativa, colocan-

    do seus profissionais a serviço de

    um projeto de apoio à comunida-

    de”, arrematou o diretor regional

    do SENAI, Luis Alberto Breda. [bi]

    VAlter Pontes/CoPerPhoto/sistemA FieB

  • 28 Bahia Indústria

    indicadorEs Números da Indústria

    qUEDA CONTINUARá NOS PRóxIMOS MESESProdução industrial da Bahia caiu 5,2% em janeiro, mas a maioria dos estados teve desempenho ainda pior

    A produção física da indús-

    tria de transformação da

    Bahia apresentou queda

    de 5,2%, em janeiro, na

    comparação dos últimos 12 meses

    em relação ao período anterior.

    Não obstante o péssimo resultado,

    dos 14 estados que participam da

    pesquisa sobre a produção indus-

    trial mensal do IBGE - PIM PF-R,

    somente quatro tiveram desempe-

    nho melhor que o da Bahia: Mato

    Grosso e Espirito Santo apresen-

    taram resultados positivos (4,8%

    e 1%, respectivamente), enquanto

    que Pará (-3,9%) e Goiás (-1,6%)

    apresentaram quedas menores.

    Os demais estados registraram

    resultados ainda mais negativos:

    Amazonas (-19,3), Rio de Janeiro

    (-12,5%), São Paulo (-11,7%), Rio

    Grande do Sul (-11,3%), Minas Ge-

    em janeiro de 2015, em função de

    greve de funcionários ocorrida em

    importante unidade local); Equi-

    pamentos de Informática (40,7%);

    e Metalurgia (24%, impulsionado,

    em grande parte, pela maior fa-

    bricação de barras, perfis e verga-

    lhões de cobre e de ligas de cobre)

    e Bebidas (6,2%).

    Apresentaram resultados ne-

    gativos: Minerais não Metálicos

    (-19,5%, menor produção de ci-

    mentos “Portland”, argamassas,

    ladrilhos, placas e azulejos de

    cerâmica para pavimentação ou

    revestimento e massa de concre-

    to preparada para construção);

    Veículos Automotores (-14,6%,

    menor produção de automóveis

    e painéis para instrumentos dos

    veículos automotores