Post on 07-Jan-2017
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEP. DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
SAVANNA CRISTINA MEDEIROS D’AGUIAR
MATRÍCULA: 2012003448
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EMPRESA
PROEL ENGENHARIA
Mossoró/RN
2014
SAVANNA CRISTINA MEDEIROS D’AGUIAR
MATRÍCULA: 2012003448
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EMPRESA
PROEL ENGENHARIA
Relatório Final apresentado ao Conselho do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como requisito para a aprovação nas Atividades de Estágio Supervisionado I.
Orientador: Christiane Mylena T. de Menezes Gameleira Supervisor: Ivan Gonzaga Júnior
__________________________________
Assinatura do Supervisor na Empresa
__________________________________
Assinatura do Orientador
Recebido pelo Conselho de Curso em: ______/ _______ / ________
__________________________________
Assinatura do Coordenador de Curso
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Armazenamento das lajes de concreto pré-moldado. ................................ 8
Figura 2 - Forma de armazenamento das lajes de concreto pré-moldado. ................. 8
Figura 3 - Apoio das lajes de concreto pré-moldado. .................................................. 8
Figura 4 - Acúmulo de água na vala da fundação. ...................................................... 9
Figura 5 - Nivelamento em relação as linhas do gabarito. ......................................... 10
Figura 6 - Execução do lastro de concreto magro. .................................................... 11
Figura 7 - Delimitação do eixo e face das fundações. ............................................... 11
Figura 8 - Escavação manual do fundo das valas para posterior colocação das
formas. ...................................................................................................................... 13
Figura 9 - Colocação da forma da base de uma das sapatas executadas. ............... 14
Figura 10 - Montagem da ferragem da base da fundação. ........................................ 15
Figura 11 - Montagem da ferragem do pescoço da fundação ................................... 16
Figura 12 – Verificação prumo e nível. ...................................................................... 17
Figura 13 - Coleta de concreto para realização dos ensaios ..................................... 19
Figura 14 - Slump test. .............................................................................................. 19
Figura 15 - Corpos de prova imersos em água (cura). .............................................. 20
Figura 16 - Saturação das formas previamente limpas e vedadas. ........................... 21
Figura 17 - Concretagem de uma das sapatas. ........................................................ 22
Figura 18 - Acabamento das sapatas. ....................................................................... 22
Figura 19 - Formas dos pescoços. ........................................................................... 23
Figura 20 - Concretagem dos pescoços. ................................................................... 24
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 5
1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 5
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 5
1.3 PERFIL DA EMPRESA ....................................................................................................... 5
1.4 ÁREA DO ESTÁGIO .......................................................................................................... 6
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 7
2.1 CONCRETO PRÉ-MOLDADO .......................................................................................... 7
2.2 ESCAVAÇÃO, LIMPEZA E REGULARIZAÇÃO DAS VALAS ..................................... 9
2.3 ARMAÇÃO DAS SAPATAS ............................................................................................ 12
Confecção das formas .................................................................................................... 12
Montagem da armadura ............................................................................................... 14
2.4 CONCRETAGEM .............................................................................................................. 17
Concretagem das bases das fundações ........................................................................ 17
2.4.1.1 Lançamento e adensamento .......................................................................................... 20
2.4.1.2 Acabamento .................................................................................................................. 22
Concretagem dos pescoços das sapatas ....................................................................... 23
3 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 26
ANEXOS .................................................................................................................................. 27
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1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas
durante o estágio na empresa PROEL (Projetos de Engenharia e Execuções LTDA),
no período de 16 de abril de 2014 a 11 de julho de 2014, correspondente à disciplina
Estágio Supervisionado I (AMB1081), tendo preponderantemente como competência
a abordagem sucinta das atividades desenvolvidas na empresa, o relato das
dificuldades encontradas e especificação das atividades desempenhadas que
possibilitaram maior engrandecimento profissional.
1.2 JUSTIFICATIVA
A prática do estágio supervisionado deve ser de imensa prioridade para àquele
que vislumbra exercer sua profissão com responsabilidade, uma vez que integra o
futuro profissional ao mercado de trabalho, complementando sua formação
acadêmica, mediante a associação entre teoria e prática, possibilitando a ampliação
dos seus conhecimentos e a melhoria no desempenho de suas atividades técnicas.
1.3 PERFIL DA EMPRESA
O presente estágio supervisionado foi realizado na empresa PROEL
engenharia, localizada na Rua Severino Batista de Lima, 54, Mossoró/RN. A obra na
qual o estágio foi de fato concretizado tem como finalidade a construção do Bloco de
Laboratório das Engenharias da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
A PROEL atua no mercado da construção civil desde 1997 através da
prestação de serviços nas mais diversificadas áreas da Engenharia. A empresa está
entre as melhores e maiores empresas do ramo na região, uma vez que se busca
executar suas obras com máxima eficiência em termos de produtividade da mão-de-
obra, racionalização dos materiais e melhoria no processo produtivo com o objetivo
de concluir suas obras dentro dos prazos estabelecidos em contrato e dentro da
qualidade exigida pelo cliente.
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1.4 ÁREA DO ESTÁGIO
O estágio foi desenvolvido principalmente na área de gerenciamento e
execução de obras.
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2 DESENVOLVIMENTO
Durante todo o período de estágio foi possível observar e analisar os projetos
referentes à obra, assim como, acompanhar e fiscalizar todas as etapas executadas
de forma a conferir a qualidade do serviço. Dessa forma, possibilitou associar um
projeto real e sua aplicação em campo, aprimorando de fato o conhecimento quanto
às simbologias, observações de um projeto e suas adequações com a realidade de
execução da obra, relacionando a técnica utilizada ao que foi aprendido durante o
curso de graduação em Engenharia Civil.
Dos projetos, atentou-se principalmente para os que estavam sendo mais
utilizados na etapa em desenvolvimento, a saber: a planta de forma das fundações e
as pranchas referentes à armação das sapatas.
Da execução da obra, foram acompanhadas as seguintes atividades:
escavação das valas e regularização das bases, armação e concretagem das sapatas.
2.1 CONCRETO PRÉ-MOLDADO
A superestrutura da obra ora citada será de concreto pré-moldado. Nas duas
primeiras semanas de estágio ao final de cada dia o Engenheiro responsável recebia
oito lajes pré-moldadas que serão utilizadas posteriormente na construção do primeiro
pavimento e, foi possível acompanhar o descarregamento destas. As peças,
identificadas com as nomenclaturas de projeto, eram enviadas pela T&A Pré
Fabricados, empresa terceirizada contratada para fabricação, execução e montagem
das peças pré-moldadas.
Para o içamento e manuseio das peças foi utilizado um guindaste e estas
foram armazenadas próximas ao canteiro de obras (Figura 1). Conforme as
observações realizadas, o armazenamento segue alguns pontos importantes citados
na NBR 9062/2006, item 10.2.1, uma vez que este foi efetuado sobre dispositivos de
apoio, assentes sobre o terreno. A norma supracitada descreve ainda que podem ser
formadas pilhas, intercalando-se dispositivos de apoio para evitar o contato das
superfícies de concreto de dois elementos superpostos (Figura 2 e 3). Inicialmente
eram formadas pilhas de seis lajes, porém observou-se que o terreno estava cedendo
devido ao peso das peças, sendo assim foi necessário reduzir o número de peças
empilhadas, passando a formar pilhas com quatro peças.
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Figura 1 - Armazenamento das lajes de concreto pré-moldado.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 2 - Forma de armazenamento das lajes de concreto pré-moldado.
Fonte: Autoria Própria.
Figura 3 - Apoio das lajes de concreto pré-moldado.
Fonte: Autoria Própria.
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2.2 ESCAVAÇÃO, LIMPEZA E REGULARIZAÇÃO DAS VALAS
No mês de abril, quando o estágio foi iniciado já haviam ocorrido à limpeza,
regularização do terreno e execução do canteiro de obras, sendo possível
acompanhar a escavação para a abertura das valas das fundações, bem como a
limpeza e regularização destas.
Durante o período inicial do estágio, foi possível acompanhar a regularização
do fundo das valas das fundações e colocação de um lastro de concreto magro de 5
cm de espessura com objetivo de uniformizar e limpar o piso sobre o qual seria
colocada as fôrmas para execução das fundações. Este foi colocado sobre o terreno
devidamente compactado e nivelado em relação às linhas do gabarito. Deve-se
salientar que foi adicionado ao concreto, utilizado na regularização, um aditivo
impermeabilizante.
É importante ressaltar que umas das maiores dificuldades enfrentadas foram
às chuvas ocorridas no período, tendo em vista que as mesmas propiciaram
obstáculos para a regularização de algumas fundações em função do acúmulo de
água nas valas escavada, o que, por sua vez, comprometeu o andamento da obra, já
que foi necessário retirar o excesso de água para dar continuidade ao nivelamento e
etapas subsequentes. A Figura 4 apresenta uma das valas em que houve acúmulo de
água.
Figura 4 - Acúmulo de água na vala da fundação.
Fonte: Autoria Própria.
As Figuras 5 e 6 apresentam, respectivamente, o nivelamento em relação às
linhas do gabarito e a execução do lastro de concreto magro. O nivelamento cumpriu
a recomendação de ser feito de modo que a altura do fundo da vala ao topo da
10
fundação, após a colocação do lastro de concreto, respeitasse as especificações de
projeto.
Figura 5 - Nivelamento em relação as linhas do gabarito.
(1)
(2)
(3)
Fonte: Autoria Própria.
11
Figura 6 - Execução do lastro de concreto magro.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
Em paralelo a regularização das bases, o mestre de obras solicitou que
houvesse o acompanhamento dos estagiários durante o traçado das linhas, cujo
objetivo é delimitar os eixos e as faces das fundações (Figura 7). A partir destas
conferiu-se os níveis, o esquadro e as medidas do gabarito, verificando se estavam
de acordo com as especificações previstas no projeto. Verificação bastante
importante, pois posteriormente seria realizada a colocação das formas das bases e
armação das sapatas.
Figura 7 - Delimitação do eixo e face das fundações.
Fonte: Autoria Própria.
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2.3 ARMAÇÃO DAS SAPATAS
Durante a execução das sapatas, foi possível acompanhar as atividades
desenvolvidas pelos carpinteiros, responsáveis pela confecção das formas de
madeiras, e pelos ferreiros, especializados na montagem da armadura de aço. A
interação entre os estagiários e os responsáveis durante a execução do serviço é de
grande importância, pois erros nesta etapa pode comprometer a estrutura. Dessa
forma, foi de grande valia para o meu crescimento profissional ter participado de todas
as discussões acerca das dúvidas que surgiram durante a análise do projeto por parte
daqueles responsáveis pelo serviço, mestre de obras e engenheiro.
Confecção das formas
As formas devem possuir exatidão e rigidez, uma vez que são responsáveis
por garantir que uma estrutura ou qualquer peça de concreto armado seja executado
fielmente ao projeto. Segundo a NBR 14931/2004, as formas devem adaptar-se ao
formato e às dimensões das peças da estrutura projetada, respeitadas as tolerâncias,
caso o plano da obra, em virtude de circunstancias especiais, não as exija mais
rigorosas. A norma mencionada anteriormente especifica ainda que a forma deve ser
suficiente estanque e seus elementos estruturantes devem ser dispostos de modo a
manter o formato e sua posição durante toda a utilização.
Sendo assim, as formas das bases das fundações foram confeccionadas
visando proporcionar às peças exatamente a forma descrita no projeto, a evitar a
deformação excessiva durante a concretagem e buscando-se facilitar a sua
desmontagem sem choques e esforços desnecessários. Entretanto, visando atender
ao último ponto citado foi necessária a escavação manual das laterais de algumas
valas (Figura 8), haja vista que após a colocação da forma o mesmo ficaria muito
apertado, dificultando, portanto, a desmontagem.
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Figura 8 - Escavação manual do fundo das valas para posterior colocação das
formas.
Fonte: Autoria Própria.
Foram traçados arames dos eixos e dos lados da fundação a partir do gabarito,
executado e verificado de acordo com a planta de forma. Sendo assim, utilizando-se
um prumo de centro, os eixos foram transferidos para a base de concreto magro e,
em seguida, a forma foi colocada na vala. A Figura 9 apresenta a colocação da forma
da base de uma das sapatas executadas.
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Figura 9 - Colocação da forma da base de uma das sapatas executadas.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
Montagem da armadura
Segundo a NBR 14931/2004, a armadura deve ser posicionada e fixada no
interior das fôrmas de acordo com as especificações de projeto, de modo que durante
o lançamento do concreto se mantenha na posição estabelecida, conservando-se
inalteradas as distâncias das barras entre si e com relação às faces internas das
formas.
As barras utilizadas na obra são fornecidas pela PERCOL Engenharia e estas
são entregues dobradas. A montagem das armaduras foi feita por amarração,
utilizando arames, seguindo rigorosamente o projeto, respeitando os espaçamentos e
comprimentos especificados. Uma tarefa fundamental desempenhada nesta etapa foi
acompanhar atentamente o serviço dos armadores para que não fossem cometidos
erros, como, por exemplo, troca de ferragem.
De acordo com a NBR 14931/2004, o cobrimento especificado para a armadura
no projeto deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se
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refere à armadura mais exposta. É permitido o uso de espaçadores de concreto ou
argamassa, desde que apresente relação água/cimento inferior ou igual a 0,5, e
espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a forma revestida
com material plástico ou outro material similar.
Na armação das bases das sapatas foram utilizados espaçadores
argamassados confeccionados na própria obra, conhecidos como “cocadas”, de forma
a garantir o cobrimento, que deve ser preenchido com concreto, de forma a evitar a
corrosão das armaduras e, consequentemente, aumentar a durabilidade da estrutura.
A Figura 10 apresenta a montagem das ferragens de uma das bases.
Figura 10 - Montagem da ferragem da base da fundação.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
A segunda etapa da montagem da ferragem da fundação (Figura 11) exigiu
atenção redobrada por parte dos armadores antes do início da montagem. O projeto
foi criteriosamente analisado haja vista a complexidade das peças.
Espaçador argamassado (Cocadas)
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Figura 11 - Montagem da ferragem do pescoço da fundação
(1)
(2)
(3)
Fonte: Autoria Própria.
Após a montagem completa das ferragens da fundação, os pedreiros
escoraram as armaduras para que durante a concretagem não houvesse desaprumo
ou inconformidades na geometria dos elementos, e conferiram o nível e o prumo das
mesmas (Figura 12).
17
Figura 12 – Verificação prumo e nível.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
2.4 CONCRETAGEM
Concretagem das bases das fundações
Para a concretagem das bases das fundações optou-se por concreto usinado,
devido o grande volume de concreto utilizado (aproximadamente 7 m³ por sapata) e
os prazos pré-estabelecidos, uma vez que essa opção permite reduzir a mão de obra
necessária na concretagem, acelerar os prazos e, consequentemente, diminuir os
custos.
No que concerne ao concreto dosado em usina de concretagem, a NBR
14931/2004 estabelece que a central deve assumir a responsabilidade pelo serviço e
cumprir as prescrições relativas às etapas de preparo de concreto. A documentação
relativa ao cumprimento destas prescrições e disposições deve ser disponibilizada
para o responsável pela obra e arquivada na empresa de serviços de concretagem,
sendo preservada durante o prazo previsto na legislação vigente.
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Quando há um número considerável de sapatas prontas para a concretagem,
o engenheiro responsável entra em contato com a empresa prestadora de serviços de
concretagem e agenda a quantidade de caminhões betoneiras necessários para
enchimento destas, de forma que apenas um ou dois dias sejam suficientes para
vencer a demanda.
De acordo com o item 9.2.5 da NBR 14931/2004, antes de proceder à mistura
do concreto na obra ou solicitar a entrega do concreto dosado em central é necessário
verificar as condições operacionais dos equipamentos disponíveis no local de trabalho
e sua adequabilidade ao volume de concreto a ser produzido e transportado. Por
exemplo, sempre antes das concretagens os vibradores eram verificados para que
não ocorresse problemas durante a operação.
Quanto a especificação do concreto, a norma descreve que o mesmo deve
levar em consideração todas as propriedades requeridas em projeto, em especial
quanto à resistência característica, ao módulo de elasticidade do concreto e à
durabilidade da estrutura, bem como às condições eventualmente necessárias em
função do método de preparo escolhido e das condições de lançamento,
adensamento e cura. De acordo com as especificações do projeto, o concreto enviado
pela prestadora de serviço deve ter uma resistência característica do concreto (fck)
igual a 35 MPa.
Coleta-se a cada caminhão betoneira uma amostra representativa para a
realização do ensaio de consistência (slump test) e para a moldagem de um corpo de
prova (100 mm x 200 mm). A coleta é feita utilizando-se um carrinho-de-mão (Figura
13).
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Figura 13 - Coleta de concreto para realização dos ensaios
Fonte: Autoria Própria.
Normalmente, o slump test é realizado pelo mestre de obras ou pelo estagiário
presente no momento da concretagem. O ensaio consiste na colocação da massa de
concreto dentro de uma forma tronco-cônica, em três camadas igualmente
adensadas, cada uma com 25 golpes. Em seguida, retira-se o molde lentamente e
mede-se a diferença entre a altura do molde e a altura da massa de concreto,
conforme específica a NBR NM 67/1998 (Figura 14).
Figura 14 - Slump test.
Fonte: Autoria Própria.
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Posteriormente ao ensaio de abatimento, os corpos de prova são moldados de
acordo com as especificações da NBR 5738/2003. São utilizadas formas metálicas
cilíndricas de 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura. A moldagem ocorre da seguinte
forma: o concreto é colocado nos moldes em duas camadas iguais e sucessivas. Em
cada camada são aplicados 12 golpes. O corpo de prova permanece nos moldes, em
temperatura ambiente, por 24 horas, e, em seguida, é colocado imerso em água (cura)
para posterior rompimento visando atestar a resistência (Figura 15).
Figura 15 - Corpos de prova imersos em água (cura).
Fonte: Autoria Própria.
2.4.1.1 Lançamento e adensamento
De acordo com a NBR 14931, o concreto deve ser lançado e adensado de
modo que toda a armadura e os componentes embutidos previstos no projeto, sejam
adequadamente envolvidos na massa de concreto, buscando eliminar ou reduzir
significativamente a segregação dos componentes do concreto, observando-se
maiores cuidados quanto maiores forem à altura de lançamento e a densidade de
armadura.
Antes do lançamento do concreto é importante que as formas sejam limpas,
saturadas e totalmente vedadas para que o concreto não derrame (Figura 16).
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Figura 16 - Saturação das formas previamente limpas e vedadas.
Fonte: Autoria Própria.
A norma especifica ainda que durante e imediatamente após o lançamento, o
concreto deve ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento
adequado à sua consistência. Entretanto, deve-se evitar a vibração da armadura para
que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízos de aderência.
Durante a concretagem de elementos estruturais de grande vão deve haver
monitoramento e correção de deslocamentos do sistema de formas não previstos nos
projetos (NBR 14931). Dessa forma, como estagiária pude acompanhar toda a
concretagem e observar com cautela se ocorria algum deslocamento das formas para
que de imediato fosse consertado.
A Figura 17 apresenta a operação de concretagem em uma das sapatas.
22
Figura 17 - Concretagem de uma das sapatas.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
2.4.1.2 Acabamento
A Figura 18 apresenta o acabamento realizado pelos pedreiros após a
concretagem.
Figura 18 - Acabamento das sapatas.
(1)
(2)
Fonte: Autoria Própria.
23
Concretagem dos pescoços das sapatas
Outra etapa acompanhada foi a concretagem dos pescoços de algumas
sapatas. Inicialmente, os carpinteiros confeccionaram as formas e as colocaram
seguindo a mesma sequência descrita para a colocação das formas das bases.
O concreto utilizado na concretagem dos pescoços foi preparado na própria
obra de acordo com todas as especificações do projeto. As figuras 19 e 20
apresentam, respectivamente, a colocação das formas e o processo de preparo,
lançamento e adensamento do concreto no pescoço de uma das sapatas.
Figura 19 - Formas dos pescoços.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
24
Figura 20 - Concretagem dos pescoços.
(1)
(2)
(3)
(4)
Fonte: Autoria Própria.
25
3 CONCLUSÕES
Durante o período de estágio foi possível vivenciar as dificuldades enfrentadas
no canteiro da obra na qual o estágio foi realizado, bem como associar as
particularidades de cada etapa acompanhada. Sendo assim, a experiência foi de
grande significância para o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos durante a
graduação em Engenharia Civil, haja vista que proporcionou o envolvimento em
atividades práticas, possibilitando a aplicação do conhecimento teórico. Além disso,
no que tange a execução das etapas construtivas, foi possível analisar, avaliar e,
consequentemente, fazer um elo e/ou comparativo em relação as normas citadas no
decorrer do presente relatório, assim como permitir a concepção de toda a logística
do canteiro e da equipe envolvida. Portanto, a realização do estágio supervisionado
foi de grande importância para o crescimento profissional, uma vez que ajudou de
forma satisfatória ao melhoramento da postura frente ao exercício da profissão e dos
desafios que esta propõe a cada dia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 14931. 2004.
Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 2004.
61p.
____. NBR 5738. 2003. Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio
de Janeiro, ABNT, 2003. 10p.
____. NBR 6118. 2007. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de
Janeiro, ABNT, 2007. 221p.
____. NBR 9062. 2006. Projeto e Execução de Estruturas de concreto Pré-Moldado.
Rio de Janeiro, ABNT, 2006. 42p.
____. NBR NM 67. 1998. Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento
do tronco de cone. Rio de Janeiro, ABNT, 1998. 8p.
BAUER, L. A. Falcão. Materiais de Construção. Volume I. 5a Edição. Livros Técnicos
e Científicos Ed., Rio de Janeiro, 2000, 471 p.
BORGES, A.C.; MONTEFUSCO, E.; LEITE, J.L. Prática das Pequenas Construções.
Vol. I, 9ª Edição. Ed. Edgard Blücher. São Paulo, 2009, 400 p.
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ANEXOS