Post on 16-Jun-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
LAIZE GABRIELE DE CASTRO SILVA
Avaliação da fadiga em pacientes com Doença de Parkinson
Santa Cruz – RN 2016
LAIZE GABRIELE DE CASTRO SILVA
AVALIAÇÃO DA FADIGA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Artigo científico apresentado a Faculdade de Saúde do Trairí da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Dr. Enio Walker Azevedo Cacho
SANTA CRUZ- RN 2016
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
– FACISA
Silva, Laize Gabriele de Castro.
Avaliação da fadiga em pacientes com doença de Parkinson / Laize Gabriele de Castro Silva. - Santa Cruz, 2016.
30f.: il.
Artigo Científico (Graduação em Fisioterapia) - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi.
Orientador: Enio Walker Azevedo Cacho.
1. Doença de Parkinson. 2. Fadiga. 3. Sono. I. Cacho, Enio
Walker Azevedo. II. Título.
RN/UF/FACISA CDU 616.858
LAIZE GABRIELE DE CASTRO SILVA
Avaliação da fadiga em pacientes com doença de Parkinson
Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Aprovado em: _____de______________ de _________
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________, nota_________
Prof. Dr. Enio Walker Azevedo Cacho – Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________, nota_________
Profª. Dr. Núbia Maria Freire Vieira Lima – Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_________________________________________________, nota_________
Mestrando Edson Meneses da Silva Filho – Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela alegria do sonho realizado e por estar comigo durante
toda minha caminhada. Creio nos propósitos do Senhor em minha vida.
Aos meus pais, Graciliano Gondim e Maria Lucilene, pelos ensinamentos de
uma vida, por terem me feito à pessoa que sou hoje, por todo o amor, esforço e
exemplo que sempre são para mim.
As minhas irmãs, Graziele Castro e Miriam Castro, pelo carinho e
companheirismo, saibam que agradeço ao Senhor todos os dias por ter vocês ao
meu lado.
A todos os meus colegas da turma 2012.1, em especial, Maýra Medeiros,
Vanessa Souza, Valéria, Sarah, pelo companheirismo diário. Trilhamos juntos essa
jornada.
Ao meu orientador, Prof. Enio Walker, por ter me acolhido nesta caminhada
rumo à formação como fisioterapeuta. Obrigada pela paciência e por tantos
ensinamentos.
SUMÁRIO
Resumo ...................................................................................................................... 6
Introdução ................................................................................................................. 7
Métodos ..................................................................................................................... 8
Desenho do estudo e local ................................................................................... 8
Participantes .......................................................................................................... 8
Instrumentos de medida e materiais ................................................................... 8
Análise dos dados............................................................................................... 10
Conclusões ............................................................................................................. 15
Referências ............................................................................................................. 16
6
Resumo
O objetivo do estudo foi estimar a fadiga na doença de Parkinson (DP) e
correlacionar com características demográficas, medo de quedas, sono, estágio da
doença, função motora e atividades de vida diária. Trata-se de uma pesquisa de
caráter transversal, realizado no ambulatório de Fisioterapia da Clínica integrada da
Facisa/UFRN. Foram utilizados os seguintes instrumentos de medida: Escala de
Hoehn e Yahr modificada, Escala de fadiga (PFS-16), subescala II e III da Unified
Parkinson‟s Disease Rating Scale (UPDRS), Escala de sono para DP (PDSS). A
amostra foi formada por conveniência e composta por 10 pacientes com DP, desses
80% apontavam a fadiga como um problema. No entanto, não foram encontradas
correlações significativas entre PFS-16 com nenhuma das variáveis. Devido a sua
alta prevalência, acreditamos que a fadiga seja um componente importante na
prática clínica, existindo a necessidade de pesquisas para desenvolver abordagens
terapêuticas para esse sintoma.
Descritores: Doença de Parkinson; Fadiga; sono
Abstract
The objective of the study was to estimate fatigue in Parkinson's disease (PD) and to
correlate with demographic characteristics, fear of falls, sleep, stage of the disease,
motor function and activities of daily living. This is a cross-sectional study, carried out
at the Physiotherapy outpatient integrated clinic of the FACISA/ UFRN. The following
measuring instruments were used: Modified Hoehn and Yahr Scale, Parkinson‟ s
Fatigue Scale (PFS-16), subscale II and III of the Unified Parkinson‟s Disease Rating
Scale (UPDRS), Sleep Scale for PD (PDSS. The sample was formed by convenience
and composed of 10 patients with DP, which 80% indicated fatigue as a problem.
However, no significant correlations were found between PFS-16 and any of the
variables. Due to its high prevalence, we believe that fatigue is an important
component in clinical practice and there is a need for research to develop therapeutic
approaches to this symptom.
Descriptors: Parkinson's disease; fatigue; sleep
7
Introdução
A fadiga corresponde a um sintoma não-motor de alta prevalência na doença
de Parkinson (DP), e cerca de um terço dos pacientes relatam a sua presença.¹
Esse sintoma afeta de forma negativa as atividades de vida diária, sendo um fator
contribuinte para a deterioração da qualidade de vida dos sujeitos.²
Ainda não existe uma definição universalmente aceita para fadiga na DP,
podendo este fato ser atribuído ao seu caráter subjetivo.3 Comumente, é descrita
como fadiga mental e física na doença de Parkinson.4 Segundo Friedman,5 a forma
física corresponde a uma sensação de esgotamento corporal e diminuição da
energia para realização das atividades e essa forma pode ser avaliada pela
Parkinson‟s Fatigue Scale (PFS)6; enquanto que a fadiga mental está relacionada ao
cansaço durante ou depois de atividades de exigências cognitivas.7
Outro tipo de fadiga também relatado na DP corresponde à fadiga periférica
descrita como uma “exaustão muscular”, a qual pode ser decorrente dos tremores,
devido às contrações repetidas.1 Alguns termos como ''cansaço, exaustão,
debilitante e falta de energia'' foram empregados para definir a fadiga.8
Nesse sentido, mesmo a fadiga sendo um sintoma frequentemente
encontrado nos paciente com DP, sua associação com os outros sintomas motores e
não motores, ainda não foram totalmente esclarecidos. Solla,9 descreveu que os
distúrbios afetivos e do sono parecem influenciar na presença e gravidade desse
sintoma na DP. É provável que mais de um mecanismo contribua para o surgimento
da fadiga, fazendo com que o estudo desse sintoma na DP seja importante no
manejo terapêutico.5
Stocchi10 relatam, que aproximadamente um terço dos pacientes com DP
apresentam fadiga e que a mesma está associada com a depressão e as desordens
do sono. No Brasil, alguns estudos, demonstraram relação da fadiga na DP, com o
sexo feminino, com a idade, a depressão e sonolência diurna.11 Em outro estudo, a
gravidade da DP, a depressão e os distúrbios do sono estão associadas à fadiga.12
Há poucos estudos desenvolvidos no Brasil11, que utilizem instrumentos
próprios para avaliação da fadiga na DP e associe suas implicações na capacidade
motora, nível de comprometimento, queda e sono, assim como as demais limitações
8
ou transtornos produzidos pela presença dos sintomas, tornando restrito o
desenvolvimento de estudos e a elaboração de abordagens terapêuticas efetivas.
Dessa forma, o objetivo desse estudo foi verificar a prevalência da fadiga na
DP e correlaciona-la com características demográficas, o risco de quedas, a
qualidade do sono, o nível de comprometimento na DP, função motora e atividades
de vida diária.
Métodos
Desenho do estudo e local
Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal, do tipo observacional,
realizada na Clínica Integrada da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
(Facisa/UFRN), localizada no município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética da instituição, sob o parecer 1.839.643
(CAAE: 58656516.0.0000.5568).
Participantes
Foi uma amostra por conveniência, composta por indivíduos com diagnóstico
de Doença de Parkinson (DP) Idiopática provenientes do Ambulatório de Fisioterapia
da Clínica Integrada da Facisa/UFRN. Foram elegíveis para o estudo, os pacientes
que faziam uso de terapia medicamentosa, além de terem assinado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Foram excluídos, os indivíduos com
déficit cognitivo grave, avaliados pelo Mini exame do estado mental – MEEM13 e que
apresentavam outras patologias associada à fadiga como: doenças cardíacas,
doenças pulmonares, insuficiência renal, anemia, falha hepática ou câncer.
Instrumentos de medida e materiais
As avaliações foram realizadas com os pacientes de maneira individual,
sempre com a presença de um familiar, previamente agendadas e com duração
média de 60 minutos, realizadas no Ambulatório de Fisioterapia da Clínica Integrada
da Facisa/UFRN por terapeutas treinados nos instrumentos abaixo descritos.
A ficha de avaliação sócio-demográfica pré-estruturada continha dados
relacionados às informações do paciente (identificação: nome, idade, endereço,
9
telefone; grau de escolaridade, história da doença e antecedentes patológicos e
pessoais, diagnóstico clínico e fisioterapêutico, tempo de descoberta da doença,
medicamentos, horário e dosagens).
O Mini Exame de Estado Mental - MEEM permite a avaliação de função
cognitiva e demência, e possui escore total 30 pontos. Bruck14 considera escore de
20 como ponto de corte para analfabetos e variações a partir de 25 para idosos
escolarizados.
A Escala de Hoehn e Yahr (HY – Degree of Disability Scale) modificada que
foi utilizada para avaliar o estadiamento da DP. Ela possui cinco estágios que
classificam a severidade da DP e permitem qualificar o indivíduo quanto ao
comprometimento motor por meio de medidas globais de sinais e sintomas. Nesse
instrumento os estágios I, II e III correspondem à incapacidade leve a moderada, ao
passo que os estágios IV e V compreendem indivíduos com incapacidade mais
grave. A instabilidade é vista através do teste do empurrão.15
A Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (Unified Parkinson‟s
Disease Rating Scale – UPDRS) avalia os sinais, sintomas e determinadas tarefas
através da observação clínica e por auto-relato, e é dividida em subescalas. No
presente estudo, foi utilizada a subescala II e III que consiste na avaliação de
aspectos de vida diária e motores, respectivamente. A pontuação para cada item
varia de 0 a 4, onde o valor mínimo sugere normalidade e maior valor indica
comprometimento mais grave pela doença.16
Para a avaliação da fadiga, foi aplicada a Parkinson Fatigue Scale (PFS-16)
validada no Brasil por Kummer11. Essa escala foi concebida para estimar a fadiga
exclusivamente associada à DP. O PFS- 16 é composta por 16 itens que engloba
aspecto de fadiga física e seu impacto na vida diária do indivíduo acometido, através
do auto-relato. Nesse instrumento para cada questão, as opções de resposta foram:
“discordar plenamente”, „„discordar”, „„não concordar” ou “discordar”, ''concordar'' e
''concordar plenamente'', sendo pontuados de 1 a 5, respectivamente. O escore
geral PFS-16 foi calculada de acordo com a resposta média de todos os itens,
aqueles com uma pontuação de 33 ou superior constituirá em indivíduos em
apontam a fadiga como problema.
10
Escala sono doença de Parkinson (Parkinson‟s Disease Sleep Scale - PDSS)
foi utilizada para avaliar as perturbações do sono. Ela é composta por 15 itens
individuais que estão associados aos distúrbios do sono na DP, sendo a pontuação
máxima total igual a 150 (ou seja, o paciente está livre de sintomas associados aos
distúrbios do sono). A PDSS permite a avaliação das condições do sono noturno
característicos da DP. Para a questão 1: ruim = 0, e excelente = 10; para a questão
15: frequente = 0, e nunca = 10; e para as demais questões: sempre = 0, e nunca =
10.17
Análise dos dados
Para caracterização da amostra foi realizada uma análise descritiva dos
dados amostrais. Os dados foram armazenados e analisados pelo programa
BioEstat 5.3. Foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para analisar a normalidade dos
dados. Considerando que os dados apresentaram caraterística anormais foi utilizado
o teste de Spearman, para avaliar as correlações entre as características
demográficas, a qualidade do sono, o nível de comprometimento na DP, a função
cognitiva e a função motora. O coeficiente de correlação foi interpretado de acordo
com Munro18: 0,00-0,25: pequena ou nenhuma correlação; 0,26-0,49: Baixa
correlação; 0,50-0,69: Correlação moderada; 0,70-0,89: Alta correlação; 0,90-1,00:
correlação muito alta. Foi adotado como nível de significância p = 0.05.
Resultados e discussão
A amostra inicial contou com 20 indivíduos, sendo que destes dez foram
excluídos, como podemos observar na figura 1. Os dez indivíduos restantes,
compuseram a amostra final do estudo e foram avaliados quanto aos aspectos
sociodemográficos, sintomas motores, atividades de vida diária, fadiga, sono, medo
de cair e medicamentos utilizados (Tabela 1). Dos dez indivíduos, a maioria (80%)
apresentaram pontuações que apontam para a presença de fadiga (escore igual ou
superior a 33 na PFS-16), e mais da metade aponta a fadiga como um dos três
piores sintomas. Na análise realizada os fatores demográficos (idade e duração da
DP) não tiveram correlação com a fadiga. Quanto aos estágios (estadiamento) da
doença avaliados pela H&Y e comprometimento motor tiveram baixa correlação
11
positiva com a fadiga. Os aspectos de vida diária avaliados na UPDRS II tiveram
moderada correlação positiva com a fadiga (Tabela 2).
Na avaliação do sono (PDSS) quatro pacientes tiveram pontuação que
indicava má qualidade do sono (PDSS < 82). Embora, outros dois tenham relatado a
dependência da medicação para manter a qualidade do sono. Não houve correlação
entre o sono e variáveis analisadas nesse estudo.
Figura 1- Fluxograma do estudo
Elegíveis n= 20
3 indivíduos se recusaram participar
2 não conseguimos encontrá-los
1 acamado restrito em domicílio
2 não apresentaram diagnóstico de DP
1 amputação de MMII, não compareceu por
limitações
Amostra n=11
1 com déficit cognitivo
grave
Excluído
Amostra final n=11
12
Tabela 1- Caracterização da amostra
VARIÁVEIS N=10 Média (±DP) Md Q1
Gênero M=6/F=4
Idade (Anos)
68,1(±12,1) 65 62,7
Duração do DP (anos)
7,00(±4,76)
7
2,7
MEEM
23,2(±4,21) 21 20
Escolaridade Analfabeto 3 Ens. Fund. Inc 4 Ens. Fund. Com 1 Ensino médio 0 Ensino super. 2
H&Y 2,80 (±1,47) 3 1,25
UPDRS II 15,5 (±8,47) 15,5 9,75
UPDRS III 19,8 (±13,4) 15 11
PDSS 76.6 (±16,1) 81,5 68,2
Legenda: N=Número de participantes; Md= Mediana; Q1=Primeiro quartil; DP= desvio padrão;
MEEM= Mini exame do estado mental; H&Y= Hoehn & Yahr; UPDRS= Parkinson‟s Disease Rating
Scale (subescala II e III); FES-I-BRASIL= Falls Efficacy Scale–International- Brasil); PFS-16=
Parkinson Fatigue Scale; PDSS= Parkinson‟s Disease Sleep Scale.
Tabela 2- Correlação entre a PFS- 16 e outras variáveis contínuas
PFS-16 versus Spearman’s q p-value
Idade (anos) -0,1420 0,6956
Duração do DP 0.4708 0.1696
H&Y 0,3606 0,3060
UPDRS II 0.5046 0.1368
UPDRS III 0.3653 0.2992
PDSS 0.1524 0.6742
Legenda: PFS-16= Parkinson Fatigue Scale; H&Y= Hoehn & Yahr; UPDRS= Parkinson‟s Disease
Rating Scale (subescala II e III); PDSS= Parkinson‟s Disease Sleep Scale. p-valor= 0,05
13
O presente estudo corroborou com os achados da literatura demonstrando
uma alta prevalência (80%) da fadiga nos pacientes com DP avaliados. O estudo de
Fabbrini19, por exemplo, relataram uma alta frequência da fadiga, que variou de 37%
a 56%, sendo relatado também, em 58% dos indivíduos com DP.20 Kummer11 em
estudo de validação da PFS-16 e avaliação da severidade da fadiga na DP,
desenvolvidos com 87 indivíduos, relatou a fadiga como um dos três piores
sintomas.
Tanaka21 em sua pesquisa avaliou a fadiga em 110 pacientes japoneses
através da PFS-16, apontando que mais da metade apresentaram fadiga. No
entanto, o autor expõe como limitação de seu estudo, o fato da escala utilizada
(PFS-16) enfatizar desproporcionalmente a fadiga física, não avaliando outros tipos
de fadiga relatadas pelos indivíduos com DP. Também, corroboramos com as
afirmações de Tanaka21 quanto as limitações do instrumento PFS-16, já que
acreditamos também, que os outros tipos de fadiga (mental e periférica) podem
acometer o paciente com DP. Porém a PFS-16 foi escolhida, pelo fato dela ser a
única desenvolvida especificamente para DP, permitindo avaliar o impacto do
sintoma sobre aspectos de funcionamento diário.3
Em relação aos fatores demográficos, no presente estudo não houve
correlação entre fadiga com idade, em relação ao tempo de diagnóstico da doença
houve baixa correlação positiva com fadiga. O estudo de Tanaka21 os resultados
foram semelhantes e concluiu que a cansaço físico não tem relação com fatores
demográficos. Shanches22 reafirmam em seus resultados que não foi encontrada
correlação entre da idade e tempo da doença dos pacientes com a fadiga. Apesar de
não ter sido foco desse estudo, alguns autores comentam uma possível influência de
fatores climáticos na fadiga em pacientes com DP, experiências rotineiras indicam
que os mesmos preferem o calor ao frio, sugerindo que o clima quente não aumenta
a fadiga.23
Quanto à associação entre o estágio da doença e sua relação com a fadiga
também não ocorreu correlação, corroborando com os resultados da literatura.11,22
Fridman23 coloca a fadiga como um problema comum que pode ser relatado até
mesmo nos estágios inicias da doença. Ainda não são claras as associação entre
fadiga e a progressão da doença.
14
Os sintomas motores como o tremor, bradicinesia, rigidez e a instabilidade
postural têm sido o foco de numerosos estudos,3 os mesmos levam a deficiência
motora e distúrbio na marcha, além de comprometerem gradualmente a mobilidade
geral e as atividades funcionais24, consequentemente tem impacto nas atividades
de vida diária. Em nosso estudo os sintomas motores foram avaliados através da
UPDRS III, e não foi encontrado correlação com a fadiga. No estudo de Alves25,
trazendo atualizações sobre o tema na DP, colocaram que a fadiga aumentou
durante o período de 8 anos, justificado pelo aumento da deficiência motora. A
quantidade pequena da amostra desse estudo pode ter limitado resultados quanto a
essas variáveis.
Tanto a fadiga quanto distúrbios de sono são considerados sintomas não
motores frequentes no paciente com DP26, porém não existe associações claras
entre ambos os sintomas.27 Havlikova28 observou que a fadiga não tem relação com
a disfunção noturna e nem com a sonolência diurna, mas foi encontrado uma forte
relação entre fadiga e a depressão, além do quadro, podendo provocar cansaço
mental. Em nosso estudo buscamos realizar essa correlação entre fadiga e
distúrbios do sono, o instrumento utilizado para avaliar o sono (PDSS) enfatizava as
perturbações do sono noturno durante a noite (inquietude nas pernas, sonhos
perturbadores, alucinações, cãibras, formigamento, noctúria) bem como, trazia dois
itens quanto à qualidade do sono global e sonolência diurna excessiva (adormecer
subitamente durante o dia). Assim, como achados desse estudo tivemos 40% dos
pacientes com pontuação indicando má qualidade do sono (PDSS < 82), outros dois
pacientes, relataram uso de medicações que apresentavam princípios ativos que
estimulavam o sono, e consequente a isto, produziam uma boa qualidade do sono
neste pacientes. No presente estudo não houve correlação entre fadiga e sono.
O presente estudo realizou o levantamento das medicações (frequência,
horários e dosagens) dos participantes. Todos os pacientes faziam uso diariamente
de medicação para controle dos sintomas do Parkinson (levodopa e fármacos de
associação), a mesma foi associada à fadiga em alguns estudos.21,29 Também é
importante destacar o uso diário de medicação no tratamento da depressão
(citalopram, cloridrato de amitriptilina, Escitalopram) por vários pacientes da amostra,
tendo em vista uma possível associação deste sintoma com a fadiga.20,27 Bem
como, foi visto o uso de medicações com princípios ativos variados que traziam
15
como reações adversas à sonolência e que poderiam causar sono súbito durante as
atividades de vida diária, esse pode ter sido capaz de influenciar nos escores do
instrumento de rastreio do sono (PDSS), utilizado em nossa pesquisa.
Dessa forma, a nossa pesquisa destacou a alta prevalência da fadiga, sendo
o rastreio e tratamento desse sintoma extremamente relevante na prática clínica.
Ainda não existe dados suficientes para o uso de terapia farmacológica ou não-
farmacológica da fadiga em indivíduos com DP.30 Na literatura recente o rasagilina e
modafinil são sugeridos para melhoria da fadiga física e não foram encontrados
artigos de qualidade relatando efeitos e eficácia dos exercícios na redução da fadiga
na DP.31 Como terapêutica não - medicamentosa a acupuntura é apontada como
uma alternativa.32
Reconhecemos algumas limitações nesta pesquisa, tais como: o baixo
número de participantes com diagnóstico de DPI e a falta de definição
universalmente aceita sobre fadiga, dificultou o desenvolvimento da pesquisa, pelo
fato do instrumento utilizado avaliar apenas a fadiga física. Assim, sugerimos a
continuidade de pesquisas com essa abordagem, ampliação do número de
participantes para melhor caracterização do perfil dessa população e busca por
esclarecimentos fisiopatológicos da fadiga.
Conclusões
Diante dos achados dessa pesquisa, em que a maioria dos pacientes (80%)
sinalizaram a fadiga como um problema relevante, enfatizamos a importância do uso
de instrumentos para rastreio da fadiga na prática clínica e a necessidade do
desenvolvimento de terapêuticas que abordem esse sintoma na DP. Não foram
encontradas correlações significativas entre fadiga e demais variáveis analisadas.
16
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71(7): 481-485.
30 Franssen M, Winward C, Collet J, Wade D, Dawes H. Interventions for fatigue
in Parkinson‟s disease: a systematic review and meta-analysis. Movement
Disorders 2014;29:1675–8.
31 Elbers RG, Berendse, HW, Kwakkel G. Treatment of Fatigue in Parkinson
Disease. JAMA. 2016; 315(21): 2340-41.
32 Kluger BM, Rakowski D, Christian M, Cedar D, Wong B, Crawford J et al.
Randomized, Controlled Trial of Acupuncture for Fatigue in Parkinson's
Disease. Movement Disorders. 2016; 31(7): 1027-32.
20
DIRETRIZES PARA AUTORES
INFORMAÇÕES
Os artigos para publicação devem ser enviados exclusivamente à Revista Saúde
da Universidade Federal de Santa Maria, não sendo permitida a apresentação
simultânea a outro periódico, quer na íntegra ou parcialmente, exceto resumos ou
relatórios preliminares publicados em anais de reuniões científicas.
O idioma principal da Revista Saúde (Santa Maria) é o Portugês (BR), por este
motivo, os manuscritos deverão ser encaminhados em português. O idioma
secundário da Revista Saúde (Santa Maria) é o Inglês (En), por este motivo,
aceitamos o envio de manuscritos na língua inglesa. Na Revista podem ser
publicados artigos escritos por especialistas de outras áreas, desde que o tema seja
de interesse para a área da Saúde. A submissão dos artigos é online no site:
Todos os autores deverão ser cadastrados na página da Revista Saúde (Santa
Maria). A Revista Saúde não cobra taxas para a submissão de artigos.
O nome completo de cada autor, instituição de origem, país, e-mail devem ser
informados APENAS nos metadados.
O encaminhamento do manuscrito, anexos e o preenchimento de todos os dados,
são de inteira responsabilidade do autor que está submetendo o manuscrito.
Os agradecimentos por ajuda financeira, assistência técnica e outros auxílios para a
execução do trabalho NÃO DEVERÃO ser mencionados no momento da submissão.
Quando do aceite do trabalho, os autores serão orientados sobre a forma de
proceder para realizar a sua inserção.
Opiniões e conceitos emitidos nos manuscritos são de exclusiva responsabilidade
dos autores, bem como a exatidão e procedência das citações, não refletindo
necessariamente a posição/opinião do Conselho Diretor e Conselho Editorial da
Revista Saúde. A Revista não assume a responsabilidade por equívocos
gramaticais, e se dá, portanto, ao direito de solicitar a revisão de português aos
autores.
PREPARO DOS MANUSCRITOS
Os trabalhos devem ser redigidos de acordo com o Estilo Vancouver, norma
elaborada pelo ICMJE (http://www.icmje.org). Devem ser encaminhados em Word
21
for Windows, fonte Arial 12 , espaçamento 1,5, com todas as páginas numeradas,
configurados em papel A4 e com as quatro margens de 2,5 cm.
QUANTO À REDAÇÃO: os manuscritos devem ser redigidos de maneira objetiva,
mantendo linguagem adequada ao estudo, bem como ressaltando a terminologia
científica condizente. Recomenda-se que o(s) autor(es) busque(m) assessoria
linguística profissional (revisores e/ou tradutores certificados nos idiomas português,
inglês e espanhol) antes de submeter(em) os manuscritos que possam conter
incorreções e/ou inadequações morfológicas, sintáticas, idiomáticas ou de estilo.
Devem ainda evitar o uso da primeira pessoa do singular “meu estudo...”, ou da
primeira pessoa do plural “percebemos...”, pois em texto científico o discurso deve
ser impessoal, sem juízo de valor. Os títulos das seções textuais devem ser
destacados gradativamente, sem numeração.
O título do artigo e resumo com a primeira letra da sentença em maiúscula e em
negrito; seção primária com a primeira letra da sentença em maiúscula e em negrito;
e seção secundária em minúsculas e sublinhado. Ex.: Título; Resumo;Abstract;
Resultados (seção primária); Princípios do cuidado de enfermagem (seção
secundária). Evitar o uso de marcadores ao longo do texto.
Os manuscritos devem conter:
Título (inédito) que identifique o conteúdo, em até 15 palavras e apresentá-lo nas
versões que contemplem dois idiomas que a Revista adota: Português (Título),
Espanhol (Título) e/ou Inglês (Title), sendo necessário apenas uma das línguas
estrangeiras.
Em caso do manuscrito ter origem em tese, dissertação, ou disciplina de programa
de pós-graduação, deverá conter asterisco (*) ao final do título e a respectiva
informação em nota de rodapé na primeira página. Essa indicação deverá ser
informada somente na última versão do manuscrito, evitando a identificação da
autoria.
Resumo: conciso, em até 150 palavras, elaborado em parágrafo único,
acompanhado de sua versão para o Inglês (Abstract). Devem ser apresentados
começando pelo mesmo idioma do trabalho. Deve conter objetivo da pesquisa,
metodologia adotada, procedimentos de seleção dos sujeitos do estudo, principais
resultados e as conclusões. Deverão ser destacados os novos e mais importantes
aspectos do estudo.
Descritores: abaixo do resumo incluir 2 a 5 descritores segundo o índice dos
Descritores em Ciências da Saúde - DeCS (http://decs.bvs.br).
Não usar os termos: Palavras-chave, Keywords. Usar: Descritores, Descriptors.
Citações: utilizar sistema numérico para identificar as obras citadas. Representá-las
no texto com os números correspondentes sem parênteses e sobrescritos, após o
ponto, sem mencionar o nome dos autores. Quando se tratar de citação sequencial,
separar os números por hífen, quando intercaladas devem ser separadas por
vírgula. Em caso de transcrição de palavras, frases ou parágrafo com palavras do
22
autor (citação direta), devem ser utilizadas aspas na sequência do texto, até três
linhas (sem itálico) e referência correspondente conforme exemplo: 13:4 (autor e
página); com mais de três linhas, usar o recuo de 4 cm, letra tamanho 12 e espaço
duplo entre linhas (sem aspas e sem itálico), seguindo a indicação do número
correspondente ao autor e à página. Supressões devem ser indicadas pelo uso das
reticências entre colchetes “[...]” Recomenda-se a utilização criteriosa deste recurso.
Exemplos:
Pesquisas evidenciam que... 1-4
Autores referem que... 1,4,5
“[...] quando impossibilitado de se autocuidar”. 5:27
Depoimentos: na transliteração de comentários ou de respostas, seguir as mesmas
regras das citações, porém em itálico, com o código que representar cada depoente
entre parênteses. As intervenções dos autores ao que foi dito pelos participantes do
estudo devem ser apresentadas entre colchetes.
Referências: A Rev Saúde (Sta Maria) adota os "Requisitos Uniformes para
Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas", publicado pelo Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas ? Estilo Vancouver, disponível no site:
http://www.icmje.org ou http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html (versão traduzida
em português).
Os títulos de periódicos devem ser referidos abreviados, de acordo com o Index
Medicus: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals . Para abreviatura dos
títulos de periódicos nacionais e latino-americanos, consultar o site:
http://portal.revistas.bvs.br eliminando os pontos da abreviatura, com exceção do
último ponto para separar do ano.
As referências devem ser numeradas e normalizadas de acordo com o Estilo
Vancouver. Na lista de referências, as referências devem ser numeradas
consecutivamente, conforme a ordem que forem mencionadas pela primeira vez no
texto. Referencia-se o(s) autor(e)s pelo sobrenome, apenas a letra inicial é em
maiúscula, seguida do(s) nome(s) abreviado(s) e sem o ponto.
Quando o documento possui de um até seis autores, citar todos os autores,
separados por vírgula; quando possui mais de seis autores, citar todos os seis
primeiros autores seguidos da expressão latina “et al”.
Com relação a abreviatura dos meses dos periódicos - em inglês e alemão, abrevia-
se os meses iniciando por maiúsculas; em português, espanhol, francês e italiano,
em minúsculas. Ambos serão sem ponto como recomenda o Estilo Vancouver.
Os trabalhos poderão ainda conter:
Ilustrações: poderão ser incluídas até cinco (gráficos, quadros e tabelas), em preto e
branco, conforme as especificações a seguir: fotografias, desenhos, gráficos e
quadros são considerados Figuras, as quais devem ser elaboradas para reprodução
23
pelo editor de layout de acordo com o formato da Revista Saúde UFSM inseridos no
texto, com a primeira letra da legenda em maiúscula descrita na parte inferior e sem
grifo, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na ordem em que
foram citadas no texto. As figuras devem ser enviadas na forma de Documento
Suplementar em formato GIF ou JPG
Tabelas: devem ser elaboradas para reprodução direta pelo editor de layout,
em preto e branco, inseridas no texto, com a primeira letra da legenda em maiúscula
descrita na parte superior, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos
na ordem em que foram citadas no texto, conteúdo em fonte 12 com a primeira letra
em maiúscula, apresentadas em tamanho máximo de 14 x 21 cm (padrão da revista)
e comprimento não deve exceder 55 linhas, incluindo título.
Se usar dados de outra fonte, publicada ou não, obter permissão e indicar a
fonte por completo. Não usar linhas horizontais ou verticais internas. Empregar em
cada coluna um título curto ou abreviado. Colocar material explicativo em notas
abaixo da tabela, não no título. Explicar em notas todas as abreviaturas não
padronizadas usadas em cada tabela.
Símbolos, abreviaturas e siglas: Usar somente abreviaturas padronizadas. A não ser
no caso das unidades de medida padrão, todos os termos abreviados devem ser
escritos por extenso, seguidos de sua abreviatura entre parênteses, na primeira vez
que aparecem no texto, mesmo que já tenha sido informado no resumo.
Utilizar itálico para palavras estrangeiras.
Deve ser evitada a apresentação de apêndices (elaborados pelos autores) e
anexos (apenas incluídos, sem intervenção dos autores).