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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO
ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS, SUL DA BAHIA
Salvador 2009
ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO
ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE
ABROLHOS, SUL DA BAHIA
Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientadora: Profª. TANIA MARIA FONSECA ARAÚJO
Salvador 2009
TERMO DE APROVAÇÃO
ADELINO DA SILVA RIBEIRO NETO
Salvador, 14 de dezembro de 2009
ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE
ABROLHOS, SUL DA BAHIA
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora:
TANIA MARIA FONSECA ARAÚJO - Orientadora Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa ALTAIR DE JESUS MACHADO Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa HELISÂNGELA ACRIS BORGES DE ARAÚJO Doutora em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBa FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - FTC
Dedico este trabalho à minha mãe,
Alaíde, pelo apoio dado desde
o início e à minha orientadora,
Tânia Araujo, pelo ajuda e paciência.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, por me ajudar nesta caminhada, que não foi fácil e
muito me ajudou nas horas difíceis.
A minha família que muito me ajudou e apoiou para a conclusão deste
trabalho, principalmente aos meus pais, Alaíde e Arnaldo, com o apoio financeiro,
palavras incentivadoras e de força para que não perdesse o ânimo.
A minha orientadora, professora e amiga Tânia Maria Fonseca Araújo, pelas
palavras de apoio nas horas difíceis, pela grande paciência em muitos momentos e
compartilhar os conhecimentos para a finalização desta monografia. Meus sinceros
votos de gratidão.
Ao Instituto de Geociências, o Laboratório de Estudos Costeiros e o Grupo de
Estudo de Foraminíferos, da UFBA pelo apoio técnico e logístico.
Aos professores do Instituto de Geociências pela formação que me foi
concebida. Em especial aos professores Ângela Leal, Antonio Fernando, Aroldo
Misi, Débora Rios, Doneivan Fernandes, Flávio Sampaio, Iracema Gusmão, Osmário
Leite e Simone Cruz.
Às professoras Altair Machado, Helisângela Araújo, Morgana Drefahl Simone
Moraes e Sônia que muito me ajudaram no desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas e amigos do Instituto de Geociências que surgiram nesta
caminhada e que, com certeza, serão para sempre! Muitas alegrias, tristezas, brigas,
desesperos e vitórias conquistadas, sem perder o bom humor. Em especial, Adila,
Ana Fábia, Ana Maciel, Carla, Cleiton, Denis, Erisson, Gilma, Joilma, Michele, Nivia
Pina, Tassiane, Thiene e Verônica. Muito obrigado por tudo!
v
Em especial para eterna equipe de campo, que viveu grandes momentos, de
alegrias e sofrimento, mas sempre unida! Muito obrigado por tudo Carol, Giselle e
Leila. Com certeza a nossa amizade não terminará por aqui.
Aos amigos de longas datas que tiveram muita paciência e me apoiaram
durante todo o curso, trazendo alegrias e compartilhando tristezas. Muito obrigado
pelo carinho e apoio: Aila, Bianca, Elaine, Elielton, Fernanda, Furlan, Heitor, Léo,
Lívia, Regina e Rogério.
vi
RESUMO Os recifes de coral apresentam uma grande biodiversidade, com muitas espécies
endêmicas. O Complexo Recifal de Abrolhos forma os maiores e mais ricos recifes de corais
do Brasil e a maior diversidade marinha do Atlântico Sul. Esse ambiente tem sofrido grandes
transformações, desde o Quartenário, devido a fatores naturais e, atualmente,
antropogênicos, que atingem o desenvolvimento de corais e dos organismos associados a
eles, como por exemplo, os foraminíferos. A comunidade de foraminífero é estudada
visando à classificação granulométrica e sistemática, correlação da distribuição vertical das
espécies através do tratamento de amostras de testemunho, além da determinação de
dados estatísticos como frequência relativa e absoluta, riqueza, diversidade e equitatividade
e as associações granulométricas e faunísticas. Através da identificação de assembléias de
foraminíferos ao longo do testemunho, é possível identificar as condições paleoambientais
relacionadas às mudanças climáticas e padrões de sedimentação. Esses dados
representam uma perspectiva de entendimento da história evolutiva da plataforma
continental do estado da Bahia, e fornecerá subsídios para elaboração de projetos de
monitoramentos ambiental.
Palavras-chave: Foraminíferos; Recifes de coral; Quartenário
vii
ABSTRACT
The Coral reefs have a great biodiversity, with many endemic species. The Abrolhos reef
complex forms the largest and richest coral reefs in Brazil and the biggest marine diversity of
the South Atlantic. This environment has changed enourmously since the Quaternary,
caused by natural factors and now anthropogenic ones, that affect the reefs development
and the organisms associated with them, such as the foraminifera. The researches on the
foraminifera community aims the particle size classification and its systematic ones and it
aims also the vertical distribution correlation of the species through the testimony samples
treatment, and the determination of statistical datas, such as, absolute and relative
frequency, richness, diversity, equitability and the particle size and faunal associations. By
the identification of foraminifera assemblages throughout the testimony, it is possible to
identify paleoenvironmental conditions related to climate changes and sedimentation
patterns. These datas represent an understanding perspective of the evolutionary history of
the continental shelf of Bahia, and they will help to develop projects of environmental
monitoring.
Key-Words: Coral reefs; Foraminifera, Quaternary; paleoenvironmental; sedimentation.
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de situação e acesso à área de estudo.
Figura 2: Mapa de localização da área de estudo - Abrolhos – BA. Fonte: Leão (1999).
Figura 3: Gráfico representando a variação de areia e argila no Testemunho PR – 124
Figura 4: Espécies de foraminíferos de maior frequência no testemunho estudado. (Amples =
Amphistegina lessonii; Corpla = Cornuspira planorbis; Disflo = Discorbis floridana; Elpdis = Elphidium
discoidale; Elppoe = Elphidium poeyanum; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Porlat = Poroeponides
lateralis; Pyrelo = Pyrgo elongata; Pyrsubp = Pyrgo subsphaerica; Quianu = Quinqueloculina
angulata; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quifun = Quinqueloculina funafitiensis; Quilam =
Quinqueloculina lamarckiana; Quimic = Quinqueloculina microcostata; Quimpat = Quinqueloculina
patagonica; Quipol = Quinqueloculina polygona; Quivul = Quinqueloculina vulgaris; Sipech =
Siphoninoides echinatus; Trilt = Triloculina lutea; Trioblo = Triloculina oblonga; Tritri = Triloculina
trigonula).
Figura 5: Espécies com maior frequência relativa.
Figura 6: Espécies com maior frequência relativa.
Figura 7: Número de espécies dos foraminíferos presentes nas amostras em sedimentos do
testemunho PR- 124
Figura 8: Índice de riqueza (R) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124
Figura 9: Índice de Equitatividade (J’) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124
Figura 10: Índece de Diversidade (H’) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124
Figura 11: Dendograma do agrupamento das amostras com os dados sedimentológicos do
testemunho PR – 124
Figura 12: Dendograma do agrupamento das amostras constantes do testemunho PR – 124.
Figura 13: Variação do teor de argila e areia ao longo do testemunho PR – 124.
Figura 14: Relação da frequência das espécies Quinqueloculina lamarckiana e Elphidium discoidale.
Figura 15: Relação entre a diversidade e a fração areia ao longo do testemunho PR – 124.
ix
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 13
1.1 Localização da Área de Estudo 14
1.2 Aspectos Fisiográficos 15
1.2.1 Clima 15
1.2.2 Ventos e Correntes de Marés 16
1.2.3 Temperatura e Salinidade das Águas 16
1.3 Geologia Regional 16
1.4 Trabalhos Anteriores 17
1.5 Objetivos 19
2. METODOLOGIA 20
2.1 Coleta do Testemunho 20
2.2 Abertura do Testemunho 20
2.3 Preparação das Amostras no Laboratório e Análise Granulométrica 21
2.4 Triagem e Análise da Fauna de Foraminíferos 21
2.5 Tratamento de Dados 22
2.5.1 Frequência de Ocorrência 22
2.5.2 Frequência Relativa (%) 22
2.5.3 Índice de Riqueza de espécies (R) 23
2.5.4 Índice de Equitatividade (J) 23
2.5.5 Índice de Diversidade (H’): 24
2.5.6 Análises Multivariadas 24
3. RESULTADOS 26
3.1 Análises Granulométricas 26
3.2 Classificação Sistemática 26
3.3 Tratamento Estatístico 37
3.3.1 Frequência de Ocorrência 37
3.3.2 Frequências Absoluta e Relativa 38
3.3.3 Riqueza, Diversidade e Equitatividade 42
3.3.4 Análise de Multivariada 44
3.3.4.1 Associações Sedimentológicas 44
xi
3.3.4.2 Associações Faunísticas 46
3.4 Fauna Bentônica 48
3.5 Fauna Planctônica 49
4. DISCUSSÃO 50
5. CONCLUSÕES 58
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60
7. ANEXOS 67
xii
LISTA DE TABELAS
TABELA I. Relação dos trabalhos realizados no estado da Bahia, e do número de espécies
encontradas.
TABELA II: Valores relatvos das frações areia e argila das amostras do sedimento do
testemunho PR – 124.
TABELA III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes
nas amostras do testemunho PR – 124.
TABELA IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias
nas amostras do testemunho PR – 124.
TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais
nas amostras.
TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos
identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
TABELA VII: Índices de Riqueza (R), Equitatividade (J’) e Diversidade (H’) das espécies de
foraminíferos, das amostras de sedimentos do testemunho PR – 124.
TABELA VIII: Valores relativos de frequência total (Freq. Total) e frequência de ocorrência
das espécies utilizados para formar o dendograma.
TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.
x
13
CAPÍTULO I
1. INTRODUÇÃO
O complexo recifal de Abrolhos possui uma grande diversidade faunística de
organismos produtores de grãos sedimentares. É importante reconhecer a dinâmica
sedimentar dos complexos recifais para relacionar com os padrões sedimentares de outros
recifes, como os do Atlântico Norte. Assim, busca-se avaliar a microfauna de foraminíferos e
sua distribuição no pacote sedimentar da região de Abrolhos.
Os foraminíferos são classificados sistematicamente como membro do reino
Protista, filo Sarcomastigophora (BRUSCA & BRUSCA, 1990). São formados por testas
predominantemente calcárias, compostas por minerais de carbonato de cálcio ou
aglutinantes constituídas de variados grãos de areia, fragmentos calcários ou espículas de
esponja, cujo formato varia de acordo com o seu hábito (CORLISS & FOIS, 1990;
BOLTOVKOY et al., 1991).
A testa é uma estrutura essencial para os foraminíferos, a qual confere algumas
vantagens, possibilitando proteção contra predação e condições físicas ou químicas
desfavoráveis, além disso, auxilia na reprodução e no controle da flutuabilidade dos
foraminíferos (BOLTOVKOY et al., 1991).
Os foraminíferos possuem uma grande distribuição em ambientes marinhos, estando
desde zonas batiais até a zona abissal, além de lagoas e estuários (regiões salobras)
(DENNE & GRUPTA, 1991). Sendo assim, esses organismos são importantes nos estudos
ambientais por possuírem uma alta sensibilidade controlada por fatores bióticos ou abióticos
como temperatura, salinidade, profundidade, despejo de esgotos, turbidez, dentre outros,
que irão influenciar na distribuição e na morfologia desses organismos. A ecologia e a
distribuição dos foraminíferos têm sido utilizadas em muitos aspectos correlacionados aos
estudos de componentes, transporte e produção de sedimentos (ARAUJO & MACHADO,
2008).
Esses organismos são geologicamente importantes porque suas testas são
adicionadas ao sedimento quando o organismo morre ou se reproduz (UFKES et al., 2000).
Essas testas irão constituir os sedimentos do fundo marinho, se comportando como grãos
sedimentares, podendo ser transportados ou erodidos (CHUM et al., 1998).
14
A costa sul do Estado da Bahia possui as maiores e mais ricas estruturas recifais de
toda a costa brasileira (LEÃO, 1999). Os foraminíferos, como formadores de sedimentos
carbonáticos, tendem a produzir grandes depósitos (HALLOCK et al., 1995). Assim, esses
organismos desempenham um papel importante para a formação dos recifes e depósitos de
plataformas, além de terem uma posição biológica no ecossistema e na cadeia alimentar
nas comunidades de recifes de corais (ROSS, 1977; NASCIMENTO, 2003).
1.1 Localização da Área de Estudo
O arquipélago de Abrolhos é formado por complexo recifal contituído por cinco ilhas,
localizado no sul do estado da Bahia, distando, aproximadamente, 72 km da costa.
Caravelas é a cidade mais próxima do arquipélago e está localizada a 950 km da capital
Salvador (Fig. 1). O acesso para a cidade de Caravelas é feito através da BR-101 e BA-101
e partindo da cidade de lancha é possível alcançar o arquipélago de Abrolhos entre 2h à 4h.
A área estudada abrange a plataforma continental, com coordenadas geográficas 17º 20’ -
18º 10’S e 38º 35’ - 39º 20’W (Fig. 2).
Figura 1: Mapa de situação e acesso da área de estudo.
15
As coletas dos testemunhos foram realizadas em duas campanhas: uma no ano de
1998 e outra no ano de 2003. Para este estudo foi utilizado o testemunho PR – 124,
coletado no recife interno Paredes, no ano de 1998.
Figura 2: Mapa de localização da área de estudo - Abrolhos – BA. Fonte: Leão (1999).
1.2 Aspectos Fisiográficos
1.2.1 Clima
O clima da região do litoral do Estado da Bahia pode ser caracterizado como quente
e úmido, com pequenas variações e apresenta médias térmicas elevadas e altos índices
pluviométricos (ANDRADE, 1997).
O litoral sul da Bahia encontra-se sob o domínio de chuvas de verão, com médias
acima de 24ºC e de seca no inverno com médias de 22ºC (SEI, 1998). As precipitações
16
variam entre 1500 a 3000 mm/ano, com uma média anual de 1750 mm/ano. Os meses mais
chuvosos são os de março, abril e maio (NIMER, 1989).
1.2.2 Ventos e Correntes de Marés
A costa brasileira recebe influência dos ventos alísios procedentes das direções
nordeste e leste, principalmente, durante a primavera e o verão e de Sudeste durante o
outono e inverno (NIMER, 1989).
A corrente do Brasil age na região da área de estudo. Essa corrente apresenta águas
quentes, salinas e com baixa concentração de nutrientes, fluindo para sul e estendendo-se
da superfície até aproximadamente 400m de profundidade (NASCIMENTO, 2003).
Na região de Abrolhos, a corrente do Brasil sofre influencia de marés, com
amplitudes de 2,5 m nos canais entre os recifes, e apresenta velocidade de até 3 nós (LEÃO
& MACHADO, 1989).
1.2.3 Temperatura e Salinidade das Águas
Segundo Leão & Machado (1989), a salinidade das águas da região recifal de
Abrolhos possuem variações entre 36,5% e 36,7% e a temperatura da superfície da água
varia entre 24,5ºC em agosto e 27,5ºC em março, com variações verticais de 2ºC.
1.3 Geologia Regional
O arquipélago de Abrolhos é dividido, geologicamente, em unidade sedimentar e
unidade de sucessões magmáticas. A unidade sedimentar é dividida em (i) uma fácies
constituída de sedimentos de natureza siliciclástica e (ii) uma fácies predominantemente
carbonática, composta por sedimentos de origem biogênica (LEÃO & BRICHTA, 1995).
A unidade sedimentar (i) é composta, principalmente, por sedimentos terrígenos.
Esses sedimentos podem ter origem de depósitos Terciário do Grupo Barreiras que cobrem
parte da zona continental e dos sedimentos fluviais, que podem alcançar os recifes (Leão,
1999). A unidade sedimentar (ii) é formada por sedimentos de origem biogênica. Esses
17
grãos têm origem dentrítica, oriundos do quebramento da estrutura do recife ou in situ dos
vários organismos que compõem a fauna e flora que circundam os recifes, como testas de
foraminíferos, conchas de moluscos e ostrácodas, plaquetas de equinodermas (LEÃO &
KIKUCHI, 1995).
A unidade de sucessões magmáticas é divida, segundo Arena (2008) em (i) Olivina-
Plagioclásio Basalto, localizado na ilha de Sueste, com cotas de 5 à 10m; (ii) Piroxênio-
Plagioclásio-Olivina Basalto, na ilha de Siriba, com cotas de 5 à 16m e um possível contato
com a unidade sedimentar (i); (iii) Piroxênio-Plagioclásio Basalto, na ilha Santa Bárbara,
com cota de 10 à 15 m e na ilha de Redonda, com cota de 15 à 30m. Ambas possuem
contato com a unidade sedimentar; (iv) Cumulatos que ocorre na porção ocidental da ilha
Santa Bárbara.
1.4 Trabalhos Anteriores
Os foraminíferos possuem grande importância para a sedimentologia, devido a sua
testa se comportar como grãos sedimentares durante o processo de erosão, transporte e
deposição (CHUM et al., 1998). A grande abundância e ampla distribuição dos foraminíferos
em ambientes recifais, associados à adição das testas ao sedimento, os tornam um dos
principais produtores de sedimentos carbonáticos e o posto de terceiro maior contribuidor de
sedimento carbonático, estando atrás dos corais e das algas calcárias (HALLOCK et al.,
1995;).
Após a morte dos foraminíferos, a aparência das testas pode ser alterada devido a
vários processos de desgastes, como: (i) dissolução, que ocorrem geralmente em ambientes
de baixa energia e com sedimento rico em matéria orgânica e ocasiona perfurações em
forma de poros; (ii) abrasão, que é um processo comum em ambientes de alta energia
sendo mais intenso em ambientes rasos e relativamente expostos; (iii) bioerosão que pode
também ser causado pela ingestão e excreção das testas por organismos marinhos; (iv)
quebramento, que não indica nenhum ambiente específico, pois pode ocorrer por processos
físicos, químicos ou biológicos (COTTEY & HALLOCK, 1988; MORAES, 2006).
A resistência das testas de foraminíferos também está diretamente relacionada ao
ambiente em que vivem. Em ambientes de alta energia, possíveis de remobilização, os
foraminíferos apresentam testas mais resistentes a impactos, enquanto que em ambientes
de menor energia formarão testas menos resistentes, mas isso não restringe o tamanho. Em
18
ambientes de alto estresse é possível encontrar organismos menores, associados às algas
(MORAIS, 2006).
Em relação à profundidade, os foraminíferos possuem uma ampla distribuição. As
espécies de hábito planctônico, que são exclusivamente marinhas de água limpa (sem
material em suspensão), distribuem-se até 75m. As espécies de hábito bentônico são
encontradas desde a zona intertidal até a zona abissal, podendo viver fixos a um substrato
ou móveis. Esta forma está presente em maior quantidade em zonas rasas (espécies
calcárias) e em zonas mais profundas, as zonas abissais (espécies aglutinantes) (BRASIER,
1975). A profundidade também controla a disposição vertical e a morfologia das espécies,
onde quanto maior a profundidade, maior a mudança de forma, tamanho e quantidade de
ornamentações (LARSEN, 1976).
A presença de uma testa rígida, seu tamanho pequeno, um curto ciclo reprodutivo,
alta diversidade taxonômica e ampla distribuição em todos os ambientes marinhos, os
tornam bioindicadores sensíveis e de baixo custo, utilizados em diversas análises de
ambientes aquáticos.
Por terem uma alta sensibilidade, os foraminíferos refletem as características do
ambiente, indicando valores atípicos de salinidade, baixos níveis de alimento, elevada
energia hidrodinâmica, presença de metais pesados e esgoto doméstico, o que os tornam
bons bioindicadores ambientais (LAUT et al., 2005). Esses fatores interferem na ampla
distribuição geográfica e batimétrica, formação de testas anômalas, mudança de abundância
e na composição taxonômica, variação de tamanho e alteração estrutural das testas
(COCCIONI, 2000). Por isso, os estudos dos foraminíferos possuem aplicação nas ciências
ambientais, com desenvolvimento de modelos ambientais, compreensão da circulação
hidrodinâmica e monitoramento da poluição (SEMENSATTO-Jr, 2006).
Atualmente, os foraminíferos são utilizados por empresas exploradoras de petróleo e
gás devido à sua aplicação na bioestratigrafia, datação de rochas, correlação de sedimentos
e reconstruções paleoecológicas (GUERELI, 2008), zonação de profundidade, além de
interpretações paleoambientais (ARAÚJO & MACHADO, 2008).
19
1.5 Objetivos
As modificações ecológicas produzidas em uma bacia, ainda que sejam muito
rápidas, repercutem de tal maneira na composição das assembléias de foraminíferos que o
estudo deles nos fornece dados importantes para interpretação sedimentológica e
paleontológica. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é analisar o padrão de
distribuição da microfauna de foraminíferos na plataforma continental de Abrolhos, através
da identificação de assembléias presentes na superfície e subsuperfície, e comparar os
resultados obtidos com os trabalhos realizados em áreas afins. Esses dados permitirão,
também, subsidiar planejamentos e ações de monitoramento ambiental.
Visando alcançar o objetivo geral desse trabalho, determinaram-se os seguintes
objetivos específicos:
◊ Determinar as freqüências absolutas e relativas das espécies encontradas em cada
amostra;
◊ Calcular os índices estatísticos: riqueza, diversidade e equitatividade;
◊ Identificar as espécies indicadoras de transporte sedimentar, produtividade e
profundidade;
◊ Estabelecer as assembléias de foraminíferos presentes ao longo do testemunho;
◊ Analisar a distribuição das assembléias de foraminíferos diagnósticos de parâmetros
ambientais;
◊ Traçar o zoneamento batimétrico das assembléias de foraminíferos.
20
CAPÍTULO II
2. METODOLOGIA
2.1 Coleta do Testemunho
As amostras foram coletadas de forma aleatória pela equipe do prof. Dr. Ruy
Kikuch, do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. A coleta de
sedimento foi realizada através de mergulhos autônomos, no ano de 2003, próximo ao
Recife Paredes, no Arquipélago de Abrolhos. Foram utilizados tubos de PVC que foram
introduzidos, no sedimento e retirado um testemunho de 60 cm de comprimento.
Após a coleta, foram determinadas as coordenadas geográficas, através de GPS
(Global Positioning System). As amostras foram acondicionadas em baixas temperaturas,
em caixa de isopor com gelo, afim de que o material do topo não se misture com o
material da base do testemunho.
2.2 Abertura do Testemunho
O testemunho foi conservado no refrigerador, em temperaturas baixas e ainda
congelado foi aberto no laboratório de Estudos Costeiros, do Instituto de Geociências da
Universidade Federal a Bahia.
O tubo de PVC foi colocado em uma base de madeira côncava no centro, para
que ficasse totalmente preso. Em seguida, com auxilio de uma serradeira elétrica, o tubo
de PVC foi cortado verticalmente, sem atingir o sedimento do testemunho.
Após serrar e retirar o tubo de PVC o testemunho foi cortado transversalmente
com uma faca de serra, em intervalos de 1 cm para retirada das amostras. A cada
intervalo, a faca utilizada foi lavada com água destilada para evitar contaminação. Depois
essas amostras foram armazenadas em placa de Petri, que se encontravam devidamente
lavadas, secadas e rotuladas com seus respectivos números e pesos, colocadas para
secar em estufa a temperatura de 45ºC, e armazenadas para estudos.
21
2.3 Preparação das Amostras no Laboratório e Análise Granulométrica
As amostras utilizadas para o estudo de foraminíferos e granulometria, foram
coletadas, em intervalos de 5 cm, do testemunho e passaram por secagem em estufa a
temperaturas de até 45°C. A temperatura utilizada foi sugerida pelo prof. Dr. Ruy Kikuch,
pois evitaria as modificações estruturais das argilas, queima das testas de foraminíferos e
a perda de componentes para estudos futuros.
Após a primeira secagem foi determinado o peso total da amostra, utilizando uma
balança digital. Em seguida, as amostras foram lavadas com água corrente, em uma
peneira com espaçamento de 0,062 mm a fim de eliminar sais, e postas para secar
novamente, em estufa, a uma temperatura de 45ºC.
Após estarem secas, as amostras foram pesadas, desagregadas e colocadas em
novos recipientes, numerados. Dessa maneira foi possível determinar as frações argila e
areia, utilizados neste trabalho. A fração argila foi selecionada para estudos futuros
2.4 Triagem e Análise da Fauna de Foraminíferos
As amostras secas passaram por quarteamento, de acordo com o seu peso, e por
triagem, onde foram selecionadas as 300 primeiras testas inteiras com ajuda de
microscópio estereoscópio (lupa binocular) seguindo metodologia utilizada por Tinoco,
(1984). As testas selecionadas foram colocadas em lâminas de fundo preto (lâmina de
Franke) e numeradas para serem classificadas.
A identificação das testas de foraminíferos teve como base a utilização dos
trabalhos de Moraes (2001), Araújo (2004), Nascimento (2003), Andrade (1997), Ellis &
Messina (1995), Machado (1981),Boltovskoy et al (1980), Carvalho (1980) e Tinoco
(1955; 1958)
22
2.5 Tratamento de Dados:
2.5.1 Frequência de Ocorrência (%)
A freqüência de ocorrência (FO) é a relação entre o número de amostras onde a
espécie ocorreu (p), e o número total de amostras analisadas (P) (TINOCO, 1984). Foi
calculada pela fórmula:
FO = p x 100
P
De acordo com os valores obtidos, as espécies podem ser agrupadas na seguinte
categorias (DAJOZ, 1983):
◊ Espécies constantes: presentes em mais de 50% das amostras;
◊ Espécies acessórias: presentes em 25% a 50% das amostras;
◊ Espécies acidentais: presentes em menos de 25% das amostras.
Com esses critérios propostos foram confeccionados gráficos e tabelas que
representam as espécies constantes, acessórias e acidentais para cada amostra.
2.5.2 Frequência Relativa (%)
A partir dos dados de freqüência absoluta foram realizados cálculos de frequência
relativa (FR), que é a razão entre o número de indivíduos de uma determinada espécie
na amostra (n) e o número total de indivíduos de todas as espécies da amostra (T),
expresso em percentagem (AB’SABER et al., 1997). Foi calculada pela seguinte fórmula:
FR = n x 100
T
Com os valores obtidos, as espécies foram separadas em:
◊ Espécies Principais: presentes em mais que 5% das amostras;
◊ Espécies Acidentais: presentes entre 1% e 4,9% das amostras;
23
◊ Espécies Traços: presentes em nos que 1% da amostra.
Desse modo foram determinadas as espécies abundantes em cada amostra.
Através dos valores obtidos foram gerados tabelas e gráficos.
2.5.3 Índice de Riqueza de espécies (R)
É a relação entre o número total de espécies presentes em cada amostra (S) e o
número total de indivíduos (N), de cada amostra (CLARCKE & WARWICK, 1994). O
índice utilizado foi o de Margalef (1958) dado pela fórmula:
(S – 1)
R =
log N
Assim, foi medida a riqueza de espécies em uma comunidade independente do
tamanho da amostra. Os valores de riqueza de espécies foram plotados em tabelas e
gerados gráficos.
2.5.4 Índice de Equitatividade (J)
Refere-se ao número máximo de indivíduos que está distribuído entre as
espécies, ou seja, a repartição de abundância entre as espécies (LUDWING &
REYNOLDS, 1988). Foi utilizado o índice de Pielou (1984), que é dado pela fórmula :
J = H’ = H’ Hmax log2S
Onde, H’ é a diversidade de espécies, Hmax é a diversidade sob condições de
máxima equitatividade, expresso como log2S, e S é o número de espécies. Com os
valores obtidos pela equação foram confeccionados gráficos e tabelas.
24
2.5.5 Índice de Diversidade (H’)
Para medir a diversidade foi utilizado o índice de Shannon-Wierner (1948),
calculado a partir da seguinte fórmula:
s
H’ = ∑ (pi.log2pi) onde pi = ni/N
i=1
Onde (s) é o número total de espécies e (pi) é a proporção de indivíduos da
espécie, (ni) número de indivíduos de uma determinada espécie e (N) número total de
indivíduos da amostra.
Seu valor mínimo ocorre quando todos os indivíduos pertencem à mesma espécie
e o máximo quando cada indivíduo pertence uma espécie diferente (AB’SABER et al.,
1997)
2.5.6 Análises Multivariadas
O método de análise multivariada representa comparações entre duas ou mais
amostras que possuem características que possam ser compartilhadas, a exemplo de
espécies particulares com níveis de abundância. Explicitamente ou implicitamente, as
técnicas de multivariadas baseiam-se nos coeficientes similares, calculados entre os
pares de amostras (CLARCKE & WARWICK, 1994).
A análise de classificação ou agrupamento (Cluster Analysis) tem sido muito
usada para estudos que envolvem grande quantidade de espécies e amostra, pois é
possível reconhecer o grau de similaridade e unir à um mesmo conjunto (NASCIMENTO,
2003).
Muito usado para dados ecológicos, foi realizada uma análise de ordenação
(MDS) para criar um agrupamento feito entre as amostras (CLARCKE & WARWICK,
1994), através do programa Statistic Basic (Edição 1999) e aplicado o coeficiente de
similaridade de Bray-Curtis.
Devido ao grande número de espécies identificadas foram utilizadas para analisar
a distribuição dos foraminíferos em subsuperfície apenas os indivíduos constantes, ou
25
seja, as espécies que possuem frequência de ocorrência maior que 50% e os indivíduos
principais e acessório, ou seja, que tem a frequência relativa maior que 1%.
26
CAPÍTULO III
3. RESULTADOS
3.1 Análises Granulométricas
Para o estudo da granulometria do testemunho PR – 124 foi realizado uma análise
do tamanho de grãos. Os grãos são separados em intervalos de classe areia (2 mm à
0,061mm) e argila (<0,062mm) e os valores encontram-se na Tabela II, Anexo.
Em todas as 11 amostra a maior fração é de areia, com percentuais acima de 70%.
Essa fração está mais abundante na amostra T 30 e T 40 (85,65 % e 84,73 %,
respectivamente) e menos abundante nas amostras T 20 e T 50 (77,85 % e 75,03 %,
respectivamente), onde predominam a fração argila (Fig. 3). Não foram obtidos frações
superiores a 2 mm.
Figura 3: Gráfico representando a variação de areia e argila no Testemunho PR – 124
3.2 Classificação Sistemática
A microfauna de foraminíferos encontradas nas 11 amostras analisadas está
distribuída em um total de 54 gêneros, sendo 49 bentônicos e 2 planctônicos, distribuídas
em 20 superfamílias e 5 subordens. Dentre as espécies analisadas, a subordem Miliolina
27
apresenta o maior número de espécies, com 77 formas, seguido por Rotaliina com 69
espécies, Lagenina com 15 espéices, Textulariina com 8 espécies e Globigerina com 4
espécies.
O estudo da sistemática das espécies foi baseado no trabalho de Loeblich & Tappan
(1988) e para a identificação das espécies foram utilizados vários trabalhos relacionados ao
estudo da fauna recente de diversas áreas. Os mesmo encontram-se no item 4.4.
Reino PROTISTA
Filo SARCOMASTIGOPHORA (Brusca & Brusca 1990)
Subfilo SARCODINA (Schmarda, 1871)
Classe RIZOPODEA (Von Siebold, 1845)
Ordem FORAMINIFERIDA (Eichwald, 1830)
Subordem TEXTULARIINA Delage & Hérouard, 1896
Superfamília TEXTULARIACEA Ehrenberg, 1838
Família TEXTULARIIDAE Ehrenberg, 1838
Subfamília TEXTULARIINAE Ehrenberg, 1838
Gênero Textularia Defrance, 1824
Textularia agglutinans (d’Orbigny, 1839)
Textularia candeiana d’Orbigny, 1840
Textularia conica d’Orbigny, 1839
Textularia gramen d’Orbigny, 1846
Textularia kerimbaensis Said, 1949
Gênero Bigenerina d’Orbigny, 1826
Bigenerina nodosaria d’Orbigny, 1826
Bigenerina textularoidea (Göes, 1894)
Família VALVULINIDAE Berthelin, 1880
Subfamília VALVULININAE Berthelin, 1880
Gênero Clavulina d’Orbigny, 1826
Clavulina tricarinata d’Orbigny, 1840
Subordem MILIOLINA Delage & Hérouard, 1896
Superfamília CORNUSPIRACEA Schultze, 1854
28
Família CORNUSPIRIDAE Schultze, 1854
Subfamília CORNUSPIRINAE Schultze, 1854
Gênero Cornuspira Schultze, 1854
Cornuspira involvens (Reuss, 1850)
Cornuspira planorbis (Schultze, 1854)
Subfamília NODOBACULARIELLINAE Bogdanovich, 1981
Gênero Nodobaculariella Cushman & Hanzawa, 1937
Nodobaculariella cassis (d’Orbigny, 1840)
Superfamília MILIOLACEA Ehrenberg, 1839
Família SPIROLOCULINIDAE Wiesner, 1920
Gênero Spiroloculina d’Orbigny, 1826
Spiroloculina antillarum d’Orbigny, 1839
Spiroloculina estebani Tinoco, 1958
Spiroloculina grateloupi d’Orbigny, 1826
Spiroloculina mosesi Tinoco, 1958
Spiroloculina tenuis (Czjezek, 1848)
Spiroloculina sp.
Família HAURINIDAE Schwager, 1876
Subfamília SIPHONAPERTINAE Saidova, 1975
Gênero Schlumbergerina Munier-Chalmas, 1882
Schlumbergerina alveoliniformis (Brady, 1879)
Subfamília HAUERININAE Schwager, 1876
Gênero Hauerina d’Orbigny, 1839
Hauerina fragilissima (Brady, 1884)
Hauerina inconstans (Brady, 1879)
Gênero Massilina Schlumberger, 1893
Massilina pernambucensis Tinoco, 1958
Gênero Quinqueloculina d’Orbigny, 1826
Quinqueloculina anguina Terquem, 1878
Quinqueloculina angulata (Williamson, 1858)
Quinqueloculina auberiana d’Orbigny, 1839
Quinqueloculina bicarinata d’Orbigny, 1826
Quinqueloculina bicarinella Reuss, 1869
29
Quinqueloculina bicostata d’Orbigny, 1839
Quinqueloculina bienvillensis Howe, 1939
Quinqueloculina bosciana d’Orbigny, 1839
Quinqueloculina candeiana d’Orbigny 1839
Quinqueloculina disparilis curta d’Orbigny, 1817
Quinqueloculina funafutiensis (Chapman, 1902)
Quinqueloculina horrida Cushman, 1947
Quinqueloculina implexa Terquem, 1886
Quinqueloculina intricata Terquem, 1878
Quinqueloculina laevigata d’Orbigny, 1826
Quinqueloculina lamarckiana d’Orbigny, 1840
Quinqueloculina linneiana (d’Orbigny, 1840)
Quinqueloculina microcostata Natland, 1938
Quinqueloculina moynensis Collins, 1896
Quinqueloculina patagonica d’Orbigny, 1839
Quinqueloculina poeyana d’Orbigny, 1840
Quinqueloculina polygona d’Orbigny, 1839
Quinqueloculina pricei Tinoco, 1958
Quinqueloculina seminulum (Linnaeus, 1767)
Quinqueloculina tenuis Czjezek, 1848
Quinqueloculina venusta (Karrer, 1868)
Quinqueloculina vulgaris d’Orbigny, 1826
Quinqueloculina sp.A
Quinqueloculina sp.B
Subfamília MILIOLINELLINAE Vella, 1957
Gênero Miliolinella Wiesner, 1931
Miliolinella subrotunda Montagu, 1803
Gênero Pyrgo Defrance, 1824
Pyrgo bulloides (d’Orbigny, 1839)
Pyrgo comata (Brady, 1881)
Pyrgo denticulata (Brady, 1884)
Pyrgo elongata (d’Orbigny, 1826)
Pyrgo ocensis (Martinotti, 1920)
Pyrgo patagonica (d’Orbigny, 1839)
Pyrgo rigens (Lamarck, 1804)
Pyrgo subsphaerica (d’Orbigny, 1840)
30
Gênero Triloculina d’Orbigny, 1826
Triloculina bermudezi Acosta, 1940
Triloculina cultrata (Brady, 1881)
Triloculina gracilis d’Orbigny, 1839
Triloculina linneiana d’Orbigny, 1839
Triloculina lutea d’Orbigny, 1839
Triloculina oblonga (Montagu, 1803)
Triloculina quadrilateralis d’Orbigny, 1839
Triloculina reticulata forma bicarinata d’Orbigny, 1839
Triloculina reticulata forma carinata d’Orbigny, 1839
Triloculina sommeri Tinoco, 1955
Triloculina tricarinata d’Orbigny, 1826
Triloculina trigonula Lamarck, 1804
Triloculina sp.
Subfamília SIGMOILINITINAE Luczkowska, 1974
Gênero Sigmoilina Schlumberger, 1887
Sigmoilina asperula (Karrer, 1868)
Sigmoilina subpoeyana (Cushman, 1929)
Gênero Sigmoilinita Seiglie, 1965
Sigmoilinita tenuis (Czjzeck, 1848)
Gênero Spirosigmoilina Parr, 1942
Spirosigmoilina bradyi (Collins, 1868)
Subfamília SIGMOILOPSINAE Vella, 1957
Gênero Sigmoilopsis, Finlay, 1947
Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri, 1904)
Subfamília TUBINELLINAE Rhumbler, 1906
Gênero Tubinela Rhumbler, 1906
Tubinela funalis Cushman, 1929
Gênero Articulina d’Orbigny, 1826
Articulina atlantica Cushman, 1922
Superfamília SORITACEA Ehrenberg, 1839
Família PENEROPLIDAE Schultze, 1854
Gênero Peneroplis de Montfort, 1808
31
Peneroplis bradyi Cushman, 1931
Peneroplis carinatus d’Orbigny, 1839
Peneroplis discoideus Flint, 1899
Peneroplis proteus d’Orbigny, 1840
Família SORITIDAE Ehrenberg, 1839
Subfamília ARCHAIASINAE Cushman, 1927
Gênero Archaias de Montfort, 1808
Archaias angulatus (Fichtel & Moll, 1798)
Archaias compressus (d’Orbigny, 1839)
Subordem LAGENINA Delage & Hérouard, 1896
Superfamília NODOSARIACEA Ehremberg, 1838
Família NODOSARIIDAE Ehrenberg, 1838
Subfamília NODOSARIINAE Ehrenberg, 1838
Gênero Nodosaria Lamarck, 1812
Nodosaria vertebralis (Batsch, 1791)
Família VAGINULINIDAE Reuss, 1860
Subfamília LENTICULININAE Capman Pars and Collins, 1934
Gênero Lenticulina Lamarck, 1804
Lenticulina rotulata (Lamarck, 1804)
Lenticulina sp.
Gênero Robulus de Montfort, 1808
Robulus acutauricularis (Fichtel & Moll, 1798)
Robulus cf. crassus (d’Orbigny, 1846)
Robulus orbicularis (d’Orbigny, 1826)
Robulus sp.
Família LAGENIDAE Reuss, 1862
Gênero Lagena Walker & Jacob, 1798
Lagena aspera Reuss, 1861
Lagena perlucida Montegu, 1803
Família ELLIPSOLAGENIDAE A. Silvestri, 1923
Subfamília OOLININAE Loeblich & Tappan, 1961
32
Gênero Oolina d’Orbigny, 1839
Oolina inornata d’Orbigny, 1839
Oolina sp.
Subfamília ELLIPSOLAGENINAE A. Silvestri, 1923
Gênero Fissurina Reuss, 1850
Fissurina orbignyana Seguenza, 1862
Fissurina semimarginata (Reuss, 1870)
Fissurina submarginata (Boomgaart, 1949)
Família GLANDULINIDAE Reuss, 1860
Subfamília GLANDULININAE Reuss, 1860
Gênero Glandulina d’Orbigny, 1839
Glandulina rotundata Reuss, 1850
Subordem GLOBIGERININA Delage & Hérouard, 1896
Superfamília GLOBOROTALIACEA Cushman, 1927
Família PULLENIATINIDAE Cushman, 1927
Gênero Pulleniatina Cushman, 1927
Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones, 1862)
Superfamília GLOBIGERINACEA Carpenter, Parker & Jones, 1862
Família GLOBIGERINIDAE Carpenter, Parker & Jones, 1862
Subfamília GLOBIGERININAE Carpenter, Parker & Jones, 1862
Gênero Globigerinoides Cushman, 1927
Globigerinoides ruber (d’Orbigny, 1839)
Globigerinoides trilobus (Reuss, 1850)
Globgerinoides sp.
Subordem ROTALIINA Delage & Herouard, 1896
Superfamília BOLIVINACEA Glassner, 1937
Família BOLIVINIDAE Glaessner, 1937
Gênero Bolivina d’Orbigny, 1839
Bolivina albatrossi Cushman, 1922
Bolivina cuomoi Boltovskoy, 1954
33
Bolivina difforms Williamson, 1858
Bolivina doniezi Cushman & Wickeden, 1929
Bolivina lanceolata Parker, 1955
Bolivina limonenses Cushman, 1926
Bolivina ordinaria Phleger & Parker, 1952
Bolivina sphatulata (Williamson, 1858)
Bolivina subaenariensis Cushman, 1922
Bolivina subreticulata Parr, 1932
Bolivina translucens Cushman, 1922
Bolivina sp.
Gênero Brizalina O.G.Costa, 1856
Brizalina striatula Cushman, 1922
Superfamilia LOXOSTOMATACEA Loeblich & Tappan, 1962
Familia LOXOSTOMATADAE Loeblich & Tappan, 1962
Gênero Loxostomum Ehrenberg, 1854
Loxostomum karrearianum (Brady, 1881)
Loxostomum limbatum (Brady, 1881)
Superfamília CASSIDULINACEA d’Orbigny, 1839
Família CASSIDULINIDAE d’Orbigny, 1839
Subfamilia EHRENBERGININAE Cushman, 1927
Gênero Ehrenbergina Reuss, 1850
Ehrenbergina spinea Cushman, 1935
Superfamilia BULIMINACEA Jones, 1875
Família SIPHOGENERINOIDIDAE Saidova, 1981
Subfamília TUBULOGENERININAE Saidova, 1981
Gênero Siphogenerina Schumberger, 1882
Siphogenerina duartei Tinoco, 1958
Familia BULIMINIDAE Jones, 1875
Gênero Bulimina d’Orbigny, 1826
Bulimina patagonica d’Orbigny, 1839
Bulimina sp.
Família UVIGERINIDAE Haeckel, 1894
34
Subfamilia ANGULOGERININAE Galloway, 1933
Gênero Angulogerina Cushman, 1927
Angulogerina angulosa angulosa (Williamson, 1858)
Angulogerina angulosa occidentalis (Cushman, 1923)
Superfamilia FURSENKOINACEA Loeblich & Tappan, 1961
Família FURSENKOINIDAE Loeblich & Tappan, 1961
Gênero Fursenkoina Loeblich & Tappan, 1961
Fursenkoina pontoni (Cushman 1932)
Gênero Sigmavirgulina Loeblich & Tappan, 1957
Sigmavirgulina tortuosa (Brady, 1881)
Superfamília DISCORBACEA Ehrenberg, 1838
Família BAGGINIDAE Cushman, 1927
Subfamília BAGGININAE Cushman, 1927
Gênero Cancris de Montfort, 1808
Cancris oblonga (d’Orbigny, 1839)
Cancris sagra (d’Orbigny, 1840)
Família EPONIDIDAE Hofker, 1951
Subfamília EPONIDINAE Hofker, 1951
Gênero Eponides de Montfort, 1808
Eponides antillarum (d’Orbigny, 1840)
Eponides frigidus (Cushman, 1921)
Eponides peruvianus forma campsi Boltoviskoy, 1954
Gênero Poroeponides Cushman, 1944
Poroeponides lateralis Terquem, 1878
Família DISCORBIDAE Ehrenberg, 1838
Gênero Discorbis Lamarck, 1804
Discorbis aff isabelleanus (d’Orbigny, 1839)
Discorbis bertheloti (d’Orbigny, 1839)
Discorbis bertheloti var. floridensis Cushman, 1930
Discorbis concinna Brady, 1881
Discorbis floridana Cushman, 1922
Discorbis globosa (Sidebottom, 1926)
Discorbis mira Cushman, 1922
35
Discorbis parkerae Natland, 1950
Discorbis peruvianus (d’Orbigny, 1839)
Discorbis sp.
Superfamília SIPHONINACEA Cushman, 1927
Família SIPHONINIDAE Cushman, 1927
Subfamília SIPHONININAE Cushman, 1927
Gênero Siphonina Reuss, 1850
Siphonina bradyana Cushman, 1927
Siphonina pulchra Cushman, 1919
Siphonina reticulata (Czjzek, 1848)
Siphonina sp.
Subfamília SIPHONINOIDINAE Loeblich & Tappan, 1984
Gênero Siphoninoides Cushman, 1927
Siphoninoides echinatus Brady, 1879
Superfamília PLANORBULINACEA Schwager, 1877
Família CIBICIDIDAE Cushman, 1927
Subfamília CIBICIDINAE Cushman, 1927
Gênero Cibicidoides de Montfort, 1808
Cibicidoides dispars (d’Orbigny, 1839)
Cibicidoides sp. A
Cibicidoides sp. B
Superfamília ACERVULINACEA Schultze, 1854
Família ACERVULINIDAE Schultze, 1854
Gênero Gypsina H.J. Carter, 1877
Gypsina vesicularis (Parker & Jones, 1860)
Superfamília ASTERIGERINACEA d’Orbigny, 1839
Família AMPHISTEGINIDAE Cushman, 1927
Gênero Amphistegina d’Orbigny, 1826
Amphistegina gibbosa d’Orbigny, 1839
Amphistegina lessonii d’Orbigny, 1826
Superfamília NONIONACEA Schultze, 1854
Família NONIONIDAE Schultze, 1854
36
Subfamília NONIONINAE Schultze, 1854
Gênero Nonion de Montfort, 1808
Nonion pauperatum (Balkwill &Wright, 1885)
Gênero Nonionella Cushman, 1926
Nonionella atlantica Cushman, 1947
Nonionella auricula Heron-Allen & Earland, 1930
Gênero Pseudononion Asano, 1936
Pseudononion grateloupi (d’Orbigny, 1826)
Subfamília PULLENIINAE Schwager, 1877
Gênero Mellonis de Montfort, 1808
Mellonis affinis (Reuss, 1851)
Superfamilia CHILOSTOMELLACEA Brady, 1881
Familia GAVELINELLIDAE Hofker, 1956
Subfamilia GAVELINELLINAE Hofker, 1956
Gênero Gyroidina d’Orbigny, 1826
Gyroidina orbicularis d’Orbigny, 1826
Superfamília ROTALIACEA Ehrenberg, 1839
Família ELPHIDIIDAE Galloway, 1933
Subfamília ELPHIDIINAE Galloway, 1933
Gênero Elphidium de Montfort, 1808
Elphidium advenum depressulum Cushman, 1933
Elphidium alvarezianum (d’Orbigny, 1839)
Elphidium articulatum (d’Orbigny, 1839)
Elphidium discoidale (d’Orbigny, 1839)
Elphidium excavatum (Terquem, 1875)
Ephidium galvestonense Kornfeld, 1931
Elphidium incertum (Willianmson, 1858)
Elphidium lessonii (d’Orbigny, 1826)
Elphidium macellum Fichtel & Moll, 1798
Elphidium margaritaceum Cushman, 1922
Elphidium morenoi ameghinoi Bermudéz, 1935
Elphidium poeyanum (d’Orbigny, 1840)
Elphidium sagrum (d’Orbigny, 1840)
37
3.3 Tratamento Estatístico
3.3.1 Frequência de Ocorrência
Nas 11 amostras do testemunho PR – 124 foram identificadas 173 espécies de
foraminíferos. A partir do cálculo de frequência de ocorrência dessas espécies foi
evidenciado a existência de 51 espécies constantes (29,49 % das espécies), 38 espécies
acessórias (21,96 % das espécies) e 84 espécies acidentais (48,55% das espécies)
(Tabelas III, IV e V, Anexo).
De acordo com a metodologia adotada, as espécies constantes são aquelas
presentes em mais de 50% das amostras. Destas, 15 espécies apresentam 100% de
frequência de ocorrência. São elas: Amphistegina lessonii, Cornuspira planorbis, Elphidium
discoidale, Elphidium poeyanun, Miliolinella subrotunda, Poroeponides lateralis, Pyrgo
elongata, Pyrgo subsphaerica, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina lamarckiana,
Quinqueloculina patagonica, Siphoninoides echinatus, Triloculina lutea, Triloculina oblonga e
Triloculina tricarinata (Tabela III, Anexo).
As espécies que possuem ocorrência entre 25 % e 49 % das amostras são
consideradas acessórias e variam entre 27,3% e 45,5% no testemunho. As espécies
Archaias compressus, Fursenkoina pontoni e Textularia cônica, por exemplo, apresentam
porcentagem de 27,3 %. As espécies Nodosaria vertebralis, Textularia candeiana e
Quinqueloculina venusta, por exemplo, possuem uma porcentagem de 36,3%. Nove
espécies apresentam a maior porcentagem, de 45,5%. São elas: Archaias angulatus,
Fissurina submarginata, Glandulina rotunda, Peneroplis carinatus, Quinqueloculina
bosciana, Quinqueloculina linneiana, Quinqueloculina moynensis, Spiroloculina sp. e
Triloculina gracilis (Tabela IV, Anexo).
Foram classificadas como acidentais as espécies com frequência de ocorrência
abaixo de 25%, nas amostras do testemunho PR – 124. Neta categoria foram registradas 55
espécies acidentais ocorrem em apenas uma amostra, com 9,09% de constância, como por
exemplo, Discorbis mira e Tubinela funalis. 29 espécies ocorrem em duas amostras, com
18,2% de constância, dentre elas: Bolivina doniezi e Hauerina inconstans (Tabela V, Anexo).
38
3.3.2 Frequências Absoluta e Relativa
No testemunho PR-124 foram identificadas 3300 testas de foraminíferos, distribuídas
em 11 amostras, das quais, foi possível identificar todos os espécimens. Dentre às 173
espécies identificadas, os foraminíferos com maior frequência relativa foram: Quiqueloculina
lamarckiana (10,50%), Amphistegina lessonii (7,92%), Triloculina oblonga (7,83%),
Elphidium discoidale (6,8 %), Pyrgo subsphaerica (5,22%), Miliolinella subrotunda (3,07%),
Quiqueloculina vulgaris (2,70%), Elphidium poeyanun (2,64%), Triloculina lutea (2,52%),
Cornuspira planorbis (2,34%), Triloculina tricarinata (2,09%), Quiqueloculina patagonica
(2,03%),Pyrgo elongata (2,00%), Quiqueloculina bicostata (1,85%), Siphoninoides echinatus
(1,85%), Quiqueloculina angulata(1,70%), Quiqueloculina polygona (1,15%), Quiqueloculina
microcostata (1,06%), Quiqueloculina funafutiensis (1,03%), Discorbis floridana (1,00%) e
Poroeponides lateralis (1,00%) (Tabela V, Anexo). As demais espécies que possuem menos
de 1% de frequência relativa foram agrupadas em uma única categoria, denominada de
outras (Fig 4).
Figura 4: Espécies de foraminíferos de maior frequência no testemunho estudado. (Amples = Amphistegina
lessonii; Corpla = Cornuspira planorbis; Disflo = Discorbis floridana; Elpdis = Elphidium discoidale; Elppoe =
Elphidium poeyanum; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Porlat = Poroeponides lateralis; Pyrelo = Pyrgo elongata;
Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Quianu = Quinqueloculina angulata; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quifun
= Quinqueloculina funafitiensis; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Quimic = Quinqueloculina microcostata;
Quimpat = Quinqueloculina patagonica; Quipol = Quinqueloculina polygona; Quivul = Quinqueloculina vulgaris;
Sipech = Siphoninoides echinatus; Trilut = Triloculina lutea; Trioblo = Triloculina oblonga; Tritri = Triloculina
trigonula).
39
Através das freqüências relativa e absoluta de cada espécie (Tabela VI), foi possível
analisar a distribuição das espécies e perceber o seu comportamento em cada amostra, de
acordo com a variação de porcentagem para cada espécie. Para uma melhor análise desses
dados, foram utilizadas apenas as espécies principais, como descritas na metodologia, ver
no item 2.5.2.
A amostra T 01 (Fig. 5) é caracterizada por um predomínio de Quiqueloculina
lamarckiana (11,67 %), seguido por Amphistegina lessonii (8,33 %), Triloculina oblonga
(5,67 %), Pyrgo subsphaerica (5,67 %) e Elphidium discoidale (5%). Assim como nesta
amostra T 05 (Fig. 5), Quiqueloculina lamarckiana (15,33%) é a espécie de maior
frequência, seguida por Pyrgo subsphaerica (7,67%), Elphidium discoidale (5,33%) e
Amphistegina lessonii (5%).
A amostra T 10 (Fig. 5) tem como as principais espécies Quiqueloculina lamarckiana
(15%), Amphistegina lessonii (11%), Triloculina oblonga (8 %) e Elphidium discoidale
(5,33%). Na amostra T 15 (Fig. 5), observa-se um predomínio de Quinqueloculina
lamarckiana, com 10%, sendo a amostra que possui a maior quantidade de espécies
principais: Triloculina oblonga (8,33 %), Pyrgo subsphaerica (8%), Amphistegina lessonii
(7%), Elphidium discoidale (7%) e Quinqueloculina bicostata (6%).
A espécie Quinqueloculina disparilis curta é principal apenas na amostra T 20 (Fig.
6), com 6% de frequência relativa. Ainda observam-se as espécies principais:
Quinqueloculina lamarckiana (13%), Amphistegina lessonii (8,57%), Triloculina oblonga (6%)
e Elphidium discoidale (5%). A amostra T 25 (Fig. 6) tem como espécies principais:
Quinqueloculina lamarckiana (11%), Triloculina oblonga (8,35), Amphistegina lessonii (7%) e
Elphidium discoidale (5%).
A amostra T 30 (Fig. 6) a espécie predominante é Quinqueloculina lamarckiana, com
11,33%. Também são consideradas principais as espécies Elphidium discoidale (7,67%),
Amphistegina lessonii (7,33%), Triloculina oblonga (6%) e Milioliella subrotunda (5,33%).
Essa é a amostra que possui a maior quantidade de espécies traço (48 espécies).
Na amostra T 35 (Fig. 6) observa-se uma predominância de Amphistegina lessonii e
Elphidium discoidale, ambas com 9,63 %, seguidas por Quiqueloculina lamarckiana e
Triloculina oblonga, ambas com 8,64 %. A amostra T 35 apresenta à maior quantidade de
espécies acessória (28 espécies).
40
Já na amostra T 40 (Fig. 6) o gênero Triloculina é o mais abundante. A espécie
Triloculina oblonga constitui 11,33% das espécies identificadas, seguida Quiqueloculina
lamarckiana (10,33 %), Amphistegina lessonii (8,33%) e Elphidium discoidale (5,67 %).
As espécies Amphistegina lessonii e Elphidium discoidale também são
predominantes na amostra T 45 (Fig. 6), com 8,33% cada, seguidas por Triloculina oblonga
(7,67 %), Quinqueloculina lamarckiana e Pyrgo subsphaerica, ambos com 5,67%. Já a
amostra T 50 (Fig. 6) tem como principail o gênero Elphidium, com a espécie Elphidium
discoidale (12,67%), seguido por Triloculina oblonga (11,33%), Amphistegina lessonii
(6,33%), Pyrgo subsphaerica (5,33%) e Quinqueloculina vulgaris (5%)
Figura 5: Espécies com maior frequência relativa.Legenda: (Amples = Amphistegina lessonii; Elpdis = Elphidium discoidale; Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Trioblo = Triloculina oblonga).
41
Figura 6: Espécies com maior frequência relativa. Legenda: (Amples = Amphistegina lessonii; Elpdis = Elphidium discoidale; Pyrsubsp = Pyrgo subsphaerica; Milsubr = Miliolinella subrotunda; Quibit = Quinqueloculina bicostata; Quidic = Quinqueloculina disparilis curta; Quilam = Quinqueloculina lamarckiana; Quivul = Quinqueloculina vulgaris; Trioblo = Triloculina oblonga;).
.
42
3.3.3 Riqueza, Diversidade e Equitatividade
Com a análise da microfauna de foraminíferos e com os dados sobre o número de
espécimes e de espécies por amostra foi possível cálcular os índices de Riqueza (R), de
Margalef (1958), Diversidade (H’) de Shannon (1948) e Equitatividde (J’) de Pielou (1984).
Os resultados obtidos encontram-se na Tabela VII, Anexo.
O testemunho em estudo possui uma distribução variada quanto ao número de
espécies por amostra. A amostra T 35 possui o menor número de espécies, seguido pela
amostra T 50 (com 57 e 58 espécies, respectivamente), e a amostra T 01 é a que possui o
maior número de espécies, seguida pela amostra T 30 (76 e 74 espécies, respectivamente),
como representado na Figura 7.
Figura 7: Número de espécies dos foraminíferos presentes nas amostras em sedimentos do testemunho PR- 124
Observa-se que o índice de Riqueza (Fig. 8), na amostra T 01 teve o maior valor,
com R = 13,15, seguida pela amostra T 30 com R = 12,80. Essas amostras possuem a
maior quantidade da espécie Quinqueloculina lamarckiana, que é uma espécies de
foraminífero de pequeno porte. As amostras T 35 (R = 9,82) e T 50 (R = 9.99) apresentam
os menores valores e possuem predominância da espécie Elphidium discoidale que também
é foraminífero de pequeno porte (Tabela VII, Anexo).
43
Figura 8: Índice de riqueza (R) das amostras do sedimento do testemunho PR – 124
Em relação ao índice de equitatividade (Fig. 9) houve uma variação entre 0,841 e
0,879, sendo que a amostra com maior frequência de Elphidium discoidale e Amphistegina
lessonii (Amostra T 45) apresentou o maior índice, enquanto que, a amostra com maior
frequência de Quinqueloculina lamarckiana (amostra T 10) obteve o menor índice. Os
valores encontram-se em anexo, na Tabela VII. Todas as amostras analisadas possuem
equitatividade superior a 0,80.
Figura 9: Índice de Equitatividade (J’) das amostras do sedimento do testemunho PR - 124
44
O índice de diversidade (Fig. 10) é um reflexo dos índices de riqueza e
equitatividade. A amostra que possui a maior diversidade é a amostra T 01, que apresenta
76 espécies (H’ = 3,778), seguidos por T 30 (74 espécies e H’ = 3,656 bits/ind) e T 45 (63
espécies e H’ = 3,644 bits/ind). Em contra partida, os menores valores são observados nas
amostras T 10 (59 espécies e 3,430 bits/ind), T 50 (58 espécies e 3,434 bits/ind) e T 15 (60
espécies e 3,478 bits/ind), respectivamente. Os valores encontram-se na Tabela VII, Anexo.
Figura 10: Índice de Diversidade (H’) das amostras do sedimento do testemunho PR - 124
3.3.4 Análise de Multivariada
3.3.4.1 Associações Sedimentológicas
Com os dados sedimentológicos, classificados em areia e lama (Tabela II, Anexo) foi
confeccionado um dendograma (Fig. 11), utilizando o coeficiente de similaridade de Bray-
Curtis. Neste dendograma é possível observar dois grupos, a partir do coeficiente de
similaridade de -9,6.
O Grupo I, representado pela amostra T 20, que é constituída por mais de 30 % de
sedimento do tipo argila (Tabela II, Anexo). Já o Grupo II é subdividido em dois subgrupos
(subgrupo II A e subgrupo II B), a partir do coeficiente de similariadade de -6,2,
aproximadamente.
45
O subgrupo II A é constituído pelas amostras T 01, T 05, T 25, T 35 e T 50, que
possuem um teor de argila entre 20 e 30 %. O subgrupo II B é formado pelas amostras T 10,
T 15, T 30, T 40 e T 45 que são as amostras que possuem em seus sedimentos, teores
inferiores a 20% de argila (Tabela II, Anexo).
Bray – Curtis
Figura 11: Dendograma do agrupamento das amostras com os dados sedimentológicos do testemunho PR - 124
46
3.3.4.2 Associações Faunísticas
Para a confecção do dendograma da figura 12 são utilizadas as espécies com
frequência de ocorrência acima de 50% a partir de 1% de frequência relativa (tabela VIII,
Anexo), como descrito no item 4.6.
Considerando um índice de similaridade em torno de 0,48, obtem a formação de dois
grupos na microfauna estudada. O grupo I é formado por cinco espécies: Quinqueloculina
lamarckiana, Elphidium discoidale, Triloculina oblonga, Amphistegina lessonii e Pyrgo
subsphaerica. Este grupo não apresenta preferência quanto à granulometria, sendo
constantes ao longo do testemunho PR – 124. O grupo II compreende as demais espécies.
Realizando um novo corte, com o índice de similaridade de aproximadamente, 0,57 é
possível evidencia a formação de três subgrupos, onde a espécie Quinqueloculina
microcostata possui uma nítida separação, formando o subgrupo II A, sendo a espécie que
está nas amostras mais arenosas. O subgrupo II B é composto por 11 espécies: Pyrgo
elongata, Quinqueloculina patagonica, Triloculina lutea, Cornuspira planorbis, Elphidium
poeyanum, Triloculina tricarinata, Miliolinella subrotunda, Quinqueloculina vulgaris,
Siphoninoides echinatus, Quinqueloculina disparilis curta, Quinqueloculina angulata e
Quinqueloculina bicostata. Essas espécies são constituíntes de sedimentos, onde o teor de
argila é menor que 20%.
O subgrupo II C é composto por cinco espécies, são elas: Poroeponides lateralis,
Quinqueloculina funafutiensis, Discorbis floridanna, Quiqueloculina polygona e Pyrgo
bulloides. Neste subgrupo, as espécies são constituíntes de sedimentos com teor de argila
entre 20 e 30 %.
47
Bray – Curtis
Figura 12: Dendograma do agrupamento das amostras contantes do testemunho PR - 124
48
3.4 Fauna Bentônica
No testemunho PR-124, a fauna bentônica representa 97,69% das espécies
identificadas, em um total de 169 espécies, inclusas em 52 gêneros (Textularia, Clavulina,
Bigenerina, Cornuspira, Nodobaculariella, Spiroloculina, Schlumbergerina, Hauerina,
Massilina, Quinqueloculina, Miliolinella, Pyrgo, Triloculina, Sigmoilina, Sigmoilinita,
Spirosigmoilina, Sigmoilopsis, Tubinela, Articulina, Peneroplis, Archaias, Nodosaria,
Lenticulina, Robulus, Lagena, Oolina, Fissurina, Glandulina, Bolivina, Brizalina,Loxostomum,
Ehrenbergina, Siphogenerina, Bulimina, Angulogerina, Fursenkoina, Sigmavirgulina,
Cancris, Eponides, Poroeponides, Discorbis, Siphonina, Siphoninoides, Cibicides, Gypsina,
Amphistegina, Nonion, Nonionella, Pseudononion, Mellonis, Gyroidina e Elphidium)
A subordem Textulariina apresenta o gênero Textularia representado por cinco
espécies acessórias no testemunho estudado e não possui representantes no centro do
testemunho (entre 30 a 35 cm de profundidade). A espécie T. cônica possui a menor
constância, com 27,3 %. O gênero Bigerina ocorre de forma acessória, enquanto que o
gênero Clavulina ocorre de forma acidental. Esses gêneros apresentam-se em maior
quantidade na porção mais profunda do testemunho (30 a 40 cm de profundidade).
A subordem Miliolina é a que apresenta a maior representatividade e distribuição no
testemunho por possuir 77 espécies. O gênero Quinqueloculina é o mais abundante no
testemunho PR-124, com 29 espécies e ocorre em maior quantidade em amostras mais
areno-argilosas, como nas amostras T 05 e T 25. As espécies Q. lamarckiana e Q. bicostata
apresentam a maior frequência ao longo do testemunho. Destacam-se também as espécies
Q. angulata, Q. disparilis curta e Q. polygona com constância maior que 90%.
O gênero Triloculina também apresenta um grande número de espécies (13) e
ocorrem de forma acidental, acessória e constante, com destaque para as espécies T. lutea,
T. oblonga e T. tricarinata que possuem constância de 100%. O gênero Miliolinella possui
uma grande representividade, com constância de 100% da única espécia desse gênero, a
M. subrotunda. Observa-se maior concentração dessa espécie, nas amostras mais
profundas (amostra T 30 e T 40), mas constante em sedimentos com alto teor de areia
(amostra T 30).
O gênero Pyrgo, com oito espécies está presente ao longo do testemunho,
caracterizando-se como gênero presente em substrato areno-argiloso. Possui mais
representantes na porção superior do testemunho (amostras T 01, T 05, T 10 e T 15) e as
49
espécies P. bulloides e P. subsphaerica são as que possuem a maior constância (acima de
90% de frequência de ocorrência) do testemunho em estudo.
Os outros gêneros da subordem Miliolina possuem ocorrência acidental ou acessória
e ocorrem ao longo do testemunho PR – 124. Merece destaque as espécies
Schlumbergerina alveoliniformis, Cornuspira planorbis e Cornuspira Inconstans com
constância maior que 50%.
Os sete gêneros da subordem Lagenina possuem uma distribuição acessória e
acidental, tendo destaque a espécie Oolina inornata, pois possui uma constância de 72,7 %,
sendo a a espécie de maior representatividade desta subordem. Não se observa um padrão
de distribuição desta espécie.
A subordem Rotaliina é a segunda maior representante do testemunho em estudo,
com 24 gêneros e 69 espécies. Dentre essas, as mais constântes são A. lessonii (100%), E.
discoidale (100%), E. poeyanum (100%), Poroeponides lateralis (100%), Siphoninoides
echinatus (100%), E. lessonii (90,9%), S. pulchra (90,9%), A. gibbosa (81,1%), Discorbis
floridensis (81,1%), E. advenum depressulum (72,7%), E. incertum (72,7%), Nonionella
atlantica (72,7%), S. bradyana (72,7%), E. alvarizianum (63,3%) e Nonionella auricula
(54,5%). Merece destaque para as espécies A. lessonii e E. discoidale, que possuem
constância de 100% e a maior quantidade de indivíduos ao longo do testemunho. A espécie
A. lessonii está presenta na parte superior do testemunho, onde possui maior quantidade de
areia (amostra T 01, T 10 e T 15), enquanto que a espécie E. discoidale possui maior
representidade na parte inferior do testemunho que possui maior quantidade de argila ( T35
e T 50).
3.5 Fauna Planctônica
A fauna planctônica é representada por 2,31% da fauna estudada no testemunho
PR-124. São quatro espécies pertecentes em dois gêneros, o Globigerinoides e o
Pulleniatina. O gênero Pulleniatina está presente na amostra T 35 e o gênero
Globigerinoides na amostra T 20 e ambas possuem frequência de ocorrência acidental.
50
CAPÍTULO IV
4. DISCUSSÃO
A partir da análise dos resultados obtidos é possível constatar uma relação entre a
influência dos recifes sob a característica e distribuição sedimentológica da área de estudo,
uma vez que a presença de foraminíferos tipicamente recifais revela a contribuição destes
organismo na taxa de sedimentação. Segundo Andrade (1997) a proximidade da costa e a
produção constante de sedimentos carbonáticos pelos recifes elevam a taxa de
sedimentação.
Em estudo realizado na ilha de Itaparica, Araújo (1984) relata que a influência dos
organismos recifais na composição dos sedimentos do fundo, em áreas próximas dos
recifes, é marcada por sedimentos carbonáticos, na ilha de Itaparica. O aumento de
sedimentos siliciclásticos ocorre mais afastado das construções recifais (ARAÚJO, 1984).
No estudo de foraminíferos associados aos recifes do extremo sul do estado da
Bahia, Nascimento (2003) relaciona a natureza dos sedimentos bioclásticos, à produção in
situ, com sedimentação tipicamente esqueletal, derivados de material detrítico do
quebramento das estruturas recifais ou da erosão biológica, produzidas in situ.
A distribuição das espécies de foraminíferos ocorre de acordo com as variáveis
ambientais, como temperatura, salinidade, turbidez, natureza do substrato e profundidade.
Em um zoneamento vertical, os parâmetros temperatura, salinidade da água e natureza do
fundo oceânico são os que determinam à distribuição dos foraminíferos (BOLTVOSKOY,
1991; SANCHES, 1992; DEBENAY ET AL, 1998; ARAÚJO, 2004). As características
granulométricas e composicionais do substrato também exercem influências diretas na
quantidade de foraminíferos (BOLTOVSKOY & WRIGHT, 1976; FERREIRA, 1977;
MURRAY, 1991).
As espécies identificadas na região de Abrolhos são típicas da Província
Zoogeográfica das Índias Ocidentais (BOLTOVSKOY, 1965, 1976; TINOCO, 1971, 1975),
da Subprovíncia Atlântica-Caribenha (LARSEN, 1976), de acordo com a distribuição
geográfica do gênero Amphistegina nos mares e oceanos atuais. Os foraminíferos
51
estudados fazem parte da Subprovíncia Norte-Nordeste Brasileira, 2ª Área, cujo limite está
situado entre os paralelos 0° e 23°S, caracterizada pela assembléia Amphistegina –
Archaias (LEIPNITZ & LEIPNITZ, 1996; LEIPNITZ, 1988, 1999). Essa fauna é constituída de
espécies características em ambientes de plataformas tropicais de águas quentes e rasas,
das baixas latitudes (ARAÚJO, 2004).
No testemunho estudado são observados espécimes da microfauna e da macrofauna
de foraminíferos. A distribuição dessas espécies pode ser explicada, segundo Hallock et al.
(1992), devido à um substrato firme, vegetação ou pela turbidez provocada pelo material fino
em suspensão.
A granulometria dos sedimentos do testemunho em estudo é classificada em areia e
argila, sendo a fração areia predominante. Essa predominância é resultado da influência do
ambiente de alta energia, presente na região de Abrolhos, devido à atuação de processos
mecânicos. A fração argila possui teores baixos (abaixo de 35%, Tabela II, Anexo). Apesar
da proximidade com o recife Paredes que gera material biogênico e a presença de canais
interrecifais, que servem de armadilha para sedimentos lamosos (NASCIMENTO, 2003), a
alta energia na região de coleta do material não permitiu grande concentração dessa fração.
Observa-se uma variação cíclica no teor de argila ao longo do testemunho (Fig. 13).
Estes valores podem ser explicados devido à variação de energia que o ambiente pode ter
sido submetido, onde em torno de 20 cm registra-se a maior quantidade de argila, ou seja, a
menor energia que o ambiente foi submetido. Essa variação na granulometria permite
classificar o sedimento como areno-argiloso, em uma deposição rítmica.
Figura 13: Variação do teor de argila e areia ao longo do testemunho PR – 124.
52
Ao longo do testemunho analisado observa-se a distribuição de algumas espécies de
acordo com a granulometria. É o caso da Amphistegina gibbosa, Bigenerina textularoidea,
Miliolinella subrotunda, Pyrgo subsphaerica, Quinqueloculina candeiana, Quinqueloculina
vulgaris e Poroeponides lateralis que são mais abundantes em amostras com maior teor de
areia. Já as espécies Elphidium discoidale, Quinqueloculina disparilis curta e
Quinqueloculina angulata, são mais abundantes nas amostras com maiores teores de argila.
Os gêneros Elphidium e Ammonia predominam quando os sedimentos de fundo são
argilosos (KURG, 1961). No testemunho em estudo, o gênero Elphidium possui um
predomínio nas amostras onde há maiores teores de argila, mas ocorre por todo o
testemunho.
O gênero Quinqueloculina possui um elevado número de espécies nas amostras que
têm predomínio na fração areia, mas também possuem grande quantidade em amostras
com predomínio de argila, evidenciando que outros fatores ambientais influenciaram
significativamente, na distribuição vertical das espécies.
No gênero Triloculina, a espécie Triloculina quadriculateralis possui maior
concentração nas amostras com predominância da fração argila, apesar das outras
espécies terem maior concentração na fração areia e a subordem Miliolida ser característica
de um substrato arenoso.
Os gêneros Bolivina, Brizalina, Fursenkoina, Mellonis, Nonion e Nonionella são
típicos de substrato constituído por areia fina a lamosa. O gênero Bigenerina é comum em
sedimentos de areia grossa e os gêneros Discorbis, Hanzawaia, Miliolinella, Patelina,
Peneroplis, Poroeponides são comuns em substrato duro ou areia (MURRAY, 1991). Há
uma distribuição homogênea desses gêneros ao longo do testemunho.
Ainda segundo Murray (1991), os gêneros Ammonia, Elphidium e Nonion são formas
calcárias tolerantes à condições de salinidade. Apesar desse fator não ter sido analisado
nesse estudo, a área é influenciada por rios, dentre eles o Rio Caravelas que diminui a
salinidade da região recifal e explica a presença dos gêneros Elphidium e Nonion.
De acordo com Leão (1982), a espécie Amphistegina lessonii ocorre,
predominantemente, nos recifes externos, cujo sedimento é carbonático. O testemunho em
estudo localiza-se em um arco interno, do complexo recifal de Abrolhos e assim, há um
predomínio da espécie Amphistegina lessonii e uma quantidade menos expressiva de
Archaias angulatus que é característica de recifes internos.
53
Os gêneros Amphistegina e Archaias são os mais abundantes entre as assembléias
recifais (SEIGLIE, 1968), sendo esta freqüência relatada nos trabalhos, como Machado
(2000) e Nascimento (2003).
Ao longo do testemunho foram identificados 173 espécies de foraminíferos, sendo 5
com frequência relativa principal, 18 com frequência relativa acessória e 150 com frequência
relativa traço. Destacam-se as espécies Quinqueloculina lamarckiana, Amphistegina
lessonii, Triloculina oblonga, Elphidium discoidale e Pyrgo subphaerica que são as espécies
principais.
O número de espécies de foraminíferos identificados é considerada alta, já que em
estudos na costa da Bahia, Machado (1989) obteve 77 espécies no cânion de Salvador,
Figueiredo (2000) identificou 272 espécies na Baía de Todos os Santos, Araújo (2004)
identificou 322 espécies no Litoral Norte e Nascimento (2003) obteve 150 espécies nos
recifes do extremo sul (Tabela 1).
A espécie Quinqueloculina lamarckiana é acessória na amostra T 50, enquanto que a
espécies Elphidium discoidale é a mais frequênte. Essa relação é dada pela granulometria,
onde a amostra T 50 é mais argilosa (Fig 14). Assim, a granulometria de maior abundancia
da espécie Elphidium discoidale é a argilosa.
Figura 14: Relação da frequência das espécies Quinqueloculina lamarckiana e Elphidium discoidale.
54
Tabela I. Relação dos trabalhos realizados no estado da Bahia, e do número de espécies encontradas.
AUTORES
ESTADO DA BAHIA Nº ESPÉ. Nº ESPÉCIES
BENT. PLANC.
Closs & Barberena (1960) Praia da Barra 43
Brady at al., (1988) Arquipélago de Abrolhos 124
Machado (1977) Praia de Inema na Baía de Todos os Santos
26
Ferreira (1977)
Praia Itapuã 144
Carboni at al., (1981) Baía de Todos os Santos
138
Machado (1989) Cânion de Salvador 77
Macedo (1994)
Península Itapagipe, Praias de Guarajuba, Paciência e
Rio Vermelho
198
Sanches at al., (1995) Arquipélago de Abrolhos 91
Macedo & Machado (1995) Entre a Praia de Arembepe e Morro de São Paulo
104
Machado (1997) Baía de Iguape 13
Andrade (1997) Praia do Forte no Litoral Norte da Bahia
223
Anjo at al., (1998) Estuário de Cacha Pregos na ilha de Itaparica
68
Machado at al., (1999) Praia do Forte no Litoral Norte da Bahia
*27
Figueiredo (2000) Baía de Todos os Santos 272
Machado (2000) Praias de Itapuã, Arembepe e Guarajuba
105 49 4
Braga (2001) Recifes de Itacimirim 33
Moraes (2001) Praias do Forte e Itacimirim 78
Araújo (2003) Recifes do extremo sul 150
* 27 gêneros
A partir da frequência de ocorrência, das 173 espécies identificadas, 51 são
constantes, 38 possuem distribuição acessória e 84 são consideradas acidentais. Das quais,
destacam-se as espécies Amphistegina lessonii, Cornuspira planorbis, Elphidium discoidale,
Elphidium poeyanum, Miliolinella subrotunda, Poroeponides lateralis, Pyrgo elongata, Pyrgo
subsphaerica, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina lamarckiana, Siphoninoides
echinatus, Triloculina lutea, Triloculina oblonga e Triloculina tricarinata que possuem
ocorrência de 100 %. Observa-se um grande número de espécies identificadas, devido às
55
características das testas, que estão pouco quebradiças. Segundo Thomas & Schafer
(1992), as espécies mais robustas resistem com maior frequência e por mais tempo e são
mais distribuídas. A condição frágil das testas de algumas espécies pode explicar o grande
número de espécies acidentais (Nascimento, 2003). Por isso ajuda a explicar o predomínio
das subordens Miliolina (44,6 %) e Rotaliina (39,3 %) sobre as subordens Lagenina (9,2 %),
Textulariina (4,6 %) e Globigerinina (2,3 %).
As subordens Miliolina e Rotaliina possuem representantes com as testas mais
resistentes ao transporte e a alta energia que o ambiente é submetido e por isso, estão
distribuída por todo o testemunho.
A subordem Textulariina, normalmente, não está associada a águas quentes,
provavelmente devido a concorrência com as formas calcárias (NASCIMENTO, 2003). As
formas aglutinantes são mais abundantes em salinidades baixas e diminuem quando há um
aumento de salinidade (EICHLER, 1982). Esses fatores traduzem a baixa ocorrência da
subordem Textulariina no testemunho PR – 124.
Os grãos analisados apresentam uma coloração branca, em grande maioria. De
acordo com Leão & Machado (1989), essa coloração ocorre com uma rápida sedimentação
das testas. Em algumas amostras, (T 40 e T 45), as testas de foraminíferos, dos gêneros
Elphidium e Discorbis encontram-se piritizadas. Este fenômeno é uma consequência de
processos químicos devido à decomposição da matéria orgânica por bactérias redutoras de
sulfato, em condições anaeróbicas (MORAIS, 2001). No Litoral Norte do estado da Bahia,
Araújo (2004) encontrou uma predominância de testas com coloração marrom próximo à
costa, seguindo para uma coloração amarela na plataforma média e branca na plataforma
externa, indicando uma sedimentação rápida próxima à costa e uma sedimentação lenta na
plataforma externa.
Em relação aos foraminíferos planctônicos a sua distribuição é quase nula, onde a
principal ocorrência é na amostra T 20. Na área de estudo, por ser próxima da costa e com
influência de rios e sedimentos terrígenos, apresenta uma baixa salinidade e elevada
turbidez. Os planctônicos são sensíveis à mudança de salinidade e, segundo Figueiredo
(2000), as formas planctônicas são encontradas em torno de 30 a 36 %. Outro fator é a
turbidez, onde os foraminíferos planctônicos localizam-se em regiões de baixa turbidez.
A fauna bentônica possui uma maior distribuição devido a sua capacidade de
adaptação à diferença de ambientes. Essa fauna vive tanto em grãos de sedimentos, como
56
aderidos a substratos, como rochas, algas e fragmentos de outras espécies (MURRAY,
1991).
Kitazato 1988 observou quatro hábitos dos foraminíferos de região intramarés: (i)
Amphistegina e Elphidium, que são fixos por pseudópodes, em talos das algas; (ii) Patellina
corrugata e Spitillina vivípara, que são encontradas em algas e em substratos mais duros,
mas que se movimentam; (iii) Cibicides, Cymbaloporecta, Discorbis e Sorites, que são
formas sésseis, fixas em algas e em outros substratos mais duros; (iv) Borelis, Bolivina,
Milionella e Quinqueloculina que são formas livres e vivem dentro ou sobre substratos moles
(KITAZATO 1988 apud NASCIMENTO 2003).
A diversidade específica dos foraminíferos no testemunho estudado é considerada
alta (173 espécies) se comparada com outros trabalhos no estado da Bahia como: Ferreira
(1977) que descreveu 144 espécies na praia de Itapuã; Brady et al. (1988) que identificaram
124 espécies no Arquipélago de Abrolhos; Machado (1995) que identificou 77 espécies nos
sedimentos da borda do “canyon” de Salvador; Morais (2001) encontrou 78 espécies nos
recifes de Praia do Forte e Itacimirim; Nascimento (2003) que identificou 150 espécies em
recifes do extremo sul da Bahia.
O índice de diversidade varia entre 3,43 (amostras T 50 e T 10) e 3,77 (amostra T
01), de acordo com o índice de diversidade de Shannon-Wiener, e com o número de
espécies entre 57 a 76 indivíduos (amostra T 50 e T 01, respectivamente). Os valores se
encontram próximos, mostrando uma distribuição regular entre os foraminíferos. A mínima
diferença (de 0,34) pode ser explicada pela diferença da distribuição de nutrientes e pela
diferença granulométrica, onde a maior diversidade é observada em sedimentos arenosos
(Fig. 15), visto que a predominância da fauna identificada é do gênero Quinqueloculina,
característica desta fração granulométrica.
A análise do índice de equitatividade de Pielou revelou um valor acima de 80 %
(0,80) nas amostras estudadas, não tendo grande variação entre elas. O maior índice é a
amostra T 45 (87,9%) e o menor é a amostra T 10 (84,1%). Em uma amostra, quando as
espécies possuem frequências semelhantes, traduz em um alto índice de equitatividade.
Os índices de riqueza estão relacionados com a diversidade específica. Assim, os
valores obtidos para este índice, através do calculo de riqueza de Margalef está dentro do
esperado, para as condições ambientais encontradas.
57
Figura 15: Relação entre a diversidade e a fração areia ao longo do testemunho PR – 124.
Os valores obtidos variam entre 9,8 (amostra T 35) e 13,2 (amostra T 01) e assim, o
testemunho PR – 124 pode ser considerado rico em espécies de foraminíferos, visto que
Andrade (1997) obteve valores entre 4,13 e 10,33, Nascimento (2003) registrou que mais de
63 % das amostras eram superiores a 7 e Araújo (2004) registrou valores entre 6,69 e 11,22
e todos esses autores classificaram como a área rica em espécies de foraminíferos.
58
CAPÍTULO V
5. CONCLUSÕES
Através do estudo do testemunho PR - 124, localizado próximo ao Recife Paredes,
no Complexo Recifal de Abrolhos foi possível identificar 173 espécies, distribuídas
em 54 gêneros, ao longo do testemunho mostrando elevados índices de diversidade
específica e de riqueza.
As espécies estão distribuídas em cinco subordens (Miliolina, Rotaliina, Lagenina,
Textulariina e Globigerinina), onde a subordem Miliolina possui mais representantes
(77 espécies), seguida pela subordem Rotaliina (68 espécies).
Os foraminíferos são predominantemente bentônicos sendo representados
principalmente pelas espécies Amphistegina lessonii e Quinqueloculina lamarckiana.
A distribuição das frequências das espécies de foraminíferos em cada amostra é
homogênea e 100% das amostras possuem equitatividade alta.
As espécies A. lessonii, E. discoidale, P. subsphaerica, Q. lamarckiana, Q. bicostata
e T. oblonga apresentam maior frequência relativa e de ocorrência.
Os foraminíferos exibem padrões de distribuição das espécies, controlados pelo
parâmetro sedimentológico. A espécie Quinqueloculina microcostata se concentra
em amostras arenosas e não ocorre na amostra mais argilosa. As espécies Discorbis
floridanna ,Poroeponides lateralis, Pyrgo bulloides, Quinqueloculina funafutiensis e
Quiqueloculina polygona apresentaram maior distribuição em amostras mais
argilosas e as espécies Cornuspira planorbis, Elphidium poeyanum, Miliolinella
subrotunda, Pyrgo elongata, Quinqueloculina angulata, Quinqueloculina bicostata,
Quinqueloculina disparilis curta, Quinqueloculina patagonica, Quinqueloculina
vulgaris, Siphoninoides echinatus, Triloculina lutea, e Triloculina tricarinata foram
agrupadas em amostras predominantemente arenosas.
As amostras apresentam padrão de distribuição de acordo com a granulometria onde
é possível observar uma amostra com teor de argila acima de 30% (T20), cinco
59
amostras com teores de argila entre 20% e 30%, e cinco amostras com teores de
argila abaixo de 20%.
Também se observa uma variação de energia, na deposição dos sedimentos, devido
a relação areia/argila, caracterizando um sedimento areno-argiloso. Essa variação
pode ser constatada com estudos de novos testemunhos, assim como a sua
ciclicidade.
As testas possuem coloração branca, o que significa rápida deposição do sedimento.
Isso também é confirmada por pouca presença de testas quebradas.
As testas que apresentam piritização ocorrem em amostras que se encontram acima
de 40 cm de profundidade, (amostras T 40 e T 45) sugerindo um ambiente redutor.
60
CAPÍTULO VI
6. REFERÊNCIAS
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67
CAPÍTULO VII
7. ANEXOS
ANEXOS 1
68
TABELA II: Valores relatvos das frações areia e argila das amostras do sedimento do testemunho PR – 124.
Amostra Profundidade(m) Areia (%) Argila (%)
1 0,01 80,01 19,99
5 0,05 78,66 21,34
10 0,10 82,87 17,13
15 0,15 82,65 17,35
20 0,20 77,85 32,15
25 0,25 78,14 21,86
30 0,30 85,65 14,35
35 0,35 77,91 22,09
40 0,40 84,73 15,27
45 0,45 83,69 16,31
50 0,50 75,03 24,97
69
TABELA III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes nas amostras do testemunho PR – 124.
Espécies
Nº de
Amostras Constância
Amphistegina lessonii 11 100
Cornuspira planorbis 11 100
Elphidium discoidale 11 100
Elphidium poeyanum 11 100
Miliolinella subrotunda 11 100
Poroeponides lateralis 11 100
Pyrgo elongata 11 100
Pyrgo subsphaerica 11 100
Quinqueloculina angulata 11 100
Quinqueloculina lamarckiana 11 100
Quinqueloculina patagonica 11 100
Siphoninoides echinatus 11 100
Triloculina lutea 11 100
Triloculina oblonga 11 100
Triloculina tricarinata 11 100
Elphidium lessonii 10 90,9
Pyrgo bulloides 10 90,9
Quinqueloculina bicostata 10 90,9
Quinqueloculina disparilis curta 10 90,9
Quinqueloculina polygona 10 90,9
Quinqueloculina vulgaris 10 90,9
Siphonina pulchra 10 90,9
Amphistegina gibbosa 9 81,1
Cornuspira involvens 9 81,1
Discorbis floridana 9 81,1
Quinqueloculina funafutiensis 9 81,1
Quinqueloculina horrida 9 81,1
Elphidium advenum depressulum 8 72,7
Elphidium incertum 8 72,7
Massilina pernambusensis 8 72,7
Nonionella atlantica 8 72,7
Oolina inornata 8 72,7
Quinqueloculina implexa 8 72,7
Quinqueloculina laevigata 8 72,7
Quinqueloculina microcostata 8 72,7
70
Continuação da Tabela III: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos constantes nas amostras do testemunho PR – 124.
Espécies
Nº de
Amostra Constância
Quinqueloculina seminulum 8 72,7
Quinqueloculina sp.B 8 72,7
Siphonina bradyana 8 72,7
Triloculina trigonula 8 72,7
Brizalina striatula 7 63,3
Elphidium alvarezianum 7 63,3
Pyrgo ocensis 7 63,3
Quinqueloculina candeina 7 63,3
Sigmolina subpoeyana 7 63,3
Nonionella auricula 6 54,5
Quinqueloculina tenuis 6 54,5
Schulumbergerina alveoliniforms 6 54,5
Spiroloculina antillarum 6 54,5
Triloculina linneiana 6 54,5
Triloculina quadrilateralis 6 54,5
Triloculina sommeri 6 54,5
71
TABELA IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias nas amostras do testemunho PR – 124.
Espécies
Nº de
Amostras Constância
Archaias angulatus 5 45,5
Fissurina submarginata 5 45,5
Glandulina rotundata 5 45,5
Peneroplis carinatus 5 45,5
Quinqueloculina bosciana 5 45,5
Quinqueloculina linneiana 5 45,5
Quinqueloculina moynensis 5 45,5
Spiroloculina sp. 5 45,5
Triloculina gracilis 5 45,5
Bigerina nodosaria 4 36,3
Bigerina textularoidea 4 36,3
Elphidium galvestonense 4 36,3
Elphidium margaritaceum 4 36,3
Nodosaria vertebralis 4 36,3
Peneroplis bradyi 4 36,3
Quinqueloculina bicarinata 4 36,3
Quinqueloculina venusta 4 36,3
Textularia agglutinans 4 36,3
Textularia candeiana 4 36,3
Textularia gramen 4 36,3
Textularia keribaensis 4 36,3
Triloculina sp. 4 36,3
Archaias compressus 3 27,3
Bolivina sp. 3 27,3
Cancris oblonga 3 27,3
Cibicides dispars 3 27,3
Discorbis globosa 3 27,3
Discorbis peruvianus 3 27,3
Fissurina semimarginata 3 27,3
Fursenkoina pontoni 3 27,3
Gypsina vesicularis 3 27,3
Oolina sp. 3 27,3
Pyrgo denticulata 3 27,3
Quinqueloculina anguina 3 27,3
Robulus cf. acutauricularis 3 27,3
72
Continuação da Tabela IV: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acessórias nas amostras do testemunho PR – 124.
Espécies
Nº de
Amostras Constância
Sigmovirgulina tortuosa 3 27,3
Sigmolinita tenuis 3 27,3
Textularia conica 3 27,3
73
TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.
Espécies
Nº de
Amostras Constância
Angulogerina angulata angulata 2 18,2
Articulina atlantica 2 18,2
Bolivina doniezi 2 18,2
Bolivina ordinaria 2 18,2
Bulimina patagonica 2 18,2
Cancris sagra 2 18,2
Discorbis bertheloti 2 18,2
Discorbis bertheloti var floridensis 2 18,2
Discorbis parkerae 2 18,2
Elphidium excavatum 2 18,2
Elphidium morenoi 2 18,2
Eponides frigidus 2 18,2
Eponides peruvianus 2 18,2
Fissurina orbignyana 2 18,2
Hauerina fragilissima 2 18,2
Hauerina inconstans 2 18,2
Lagena aspera 2 18,2
Nonion panperatum 2 18,2
Pseudononion grateloupi 2 18,2
Quinqueloculina intricata 2 18,2
Quinqueloculina poeyana 2 18,2
Robulus cf. crassus 2 18,2
Robulus orbicularis 2 18,2
Sigmolina asperula 2 18,2
Siphonina reticulata 2 18,2
Spiroloculina grateloupi 2 18,2
Spiroloculina mosesi 2 18,2
Spirosigmoilina bradyi 2 18,2
Triloculina reticulata forma bicarinata 2 18,2
Angulogerina angulata occidentalis 1 9,09
Bolivina albatrossi 1 9,09
Bolivina cuomoi 1 9,09
Bolivina difforms 1 9,09
Bolivina lancelota 1 9,09
Bolivina limonensis 1 9,09
74
Continuação da TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.
Espécies
Nº de
Espécies Constância
Bolivina sphatulata 1 9,09
Bolivina subaenariensis 1 9,09
Bolivina subreticulata 1 9,09
Bolivina translucensis 1 9,09
Bulimina sp. 1 9,09
Cibicides sp. A 1 9,09
Cibicides sp. B 1 9,09
Clavulina tricarinata 1 9,09
Discorbis aff. isabelleanus 1 9,09
Discorbis concinna 1 9,09
Discorbis mira 1 9,09
Discorbis sp. 1 9,09
Ehrenbergirina spinea 1 9,09
Elphidium articulatum 1 9,09
Elphidium macellum 1 9,09
Elphidium sagrum 1 9,09
Eponides antillarum 1 9,09
Globugerinoide sp. 1 9,09
Globugerinoides ruber f. tipica 1 9,09
Globugerinoides trilobus 1 9,09
Gyroidina orbicularis 1 9,09
Lagena perlucida 1 9,09
Lenticulina rotulata 1 9,09
Lenticulina sp. 1 9,09
Loxostanum karrearianum 1 9,09
Loxostanum limbatum 1 9,09
Mellonis affins 1 9,09
Nodobaculariella cassis 1 9,09
Peneroplis discoideus 1 9,09
Peneroplis proteus 1 9,09
Pulleniatina obliquiloculata 1 9,09
Pyrgo comata 1 9,09
Pyrgo patagonica 1 9,09
Pyrgo rigens 1 9,09
Quinqueloculina auberiana 1 9,09
75
Continuação da TABELA V: Valores de frequência de ocorrência das espécies de foraminíferos acidentais nas amostras.
Espécies
Nº de
Amostras Constância
Quinqueloculina bicarinella 1 9,09
Quinqueloculina bienvillensis 1 9,09
Quinqueloculina pricei 1 9,09
Quinqueloculina sp.A 1 9,09
Robulus sp. 1 9,09
Sigmoilopsis schumbergeri 1 9,09
Siphogerina duartei 1 9,09
Siphonina sp. 1 9,09
Spiroloculina estebani 1 9,09
Spiroloculina tenuis 1 9,09
Triloculina bermudezi 1 9,09
Triloculina cultrata 1 9,09
Triloculina reticulata forma carinata 1 9,09
Tubinela funalis 1 9,09
76
TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T01 T05 T10 T15 T20 T25
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Amphistegina gibbosa 1 0,33 10 3,33 3 1 0 0 3 1 1 0,33
Amphistegina lessonii 25 8,33 15 5 33 11 21 7 26 8,67 21 7
Angulogerina angulosa angulosa 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Angulogerina angulosa occidentalis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Archaias angulatus 5 1,67 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Archaias compressus 0 0 2 0,67 0 0 2 0,67 0 0 0 0
Articulina atlantica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bigerina nodosaria 1 0,33 3 1 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Bigerina textularoidea 0 0 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0
Bolivina albatrossi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Bolivina cuomoi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Bolivina difforms 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bolivina doniezi 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Bolivina lanceolata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Bolivina limonensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bolivina ordinaria 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0 0 0
Bolivina sp. 0 0 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0
Bolivina sphatulata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bolivina subaenariensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bolivina subreticulata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Bolivina translucens 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Brizalina striatula 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67 2 0,67 1 0,33
Bulimina sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Bulimina patagonica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Cancris oblonga 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Cancris sagra 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 0 0
Cibicides dispars 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Cibicides sp. A 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Cibicides sp. B 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Clavulina tricarinata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cornuspira involvens 2 0,67 2 0,67 3 1 2 0,67 2 0,67 3 1
Cornuspira planorbis 3 1 2 0,67 9 3 8 2,67 6 2 8 2,67
Discorbis aff. Isabelleanus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Discorbis bertheloti 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 2 0,67
Discorbis bertheloti var floridensis 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
77
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T01 T05 T10 T15 T20 T25
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Discorbis concinna 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Discorbis floridana 5 1,67 3 1 0 0 3 1 6 2 4 1,33
Discorbis globosa 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Discorbis mira 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Discorbis parkerae 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Discorbis peruvianus 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Discorbis sp. 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ehrenbergina spinea 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Elphidium advenum depressulum 2 0,67 3 1 0 0 0 0 6 2 4 1,33
Elphidium alvarezianum 3 1 4 1,33 2 0,67 0 0 0 0 2 0,67
Elphidium articulatum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Elphidium discoidale 15 5 16 5,33 10 3,33 21 7 15 5 15 5
Elphidium excavatum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Elphidium galvestonse 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Elphidium incertum 2 0,67 2 0,67 1 0,33 1 0,33 7 2,33 2 0,67
Elphidium lessonii 2 0,67 3 1 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0
Elphidium macellum 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0
Elphidium margaritaceum 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Elphidium morenoi ameghinoi 3 1 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0
Elphidium poeyanum 9 3 4 1,33 11 3,67 7 2,33 8 2,67 8 2,67
Elphidium sagrum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Eponides antillarum 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Eponides frigidus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Eponides peruvianus 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Fissurina orbignyana 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Fissurina semimarginata 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fissurina submarginata 2 0,67 4 1,33 0 0 3 1 0 0 1 0,33
Fursenkoina pontoni 3 1 3 1 2 0,67 0 0 0 0 0 0
Glandulina rotundata 2 0,67 1 0,33 3 1 1 0,33 0 0 0 0
Globugerinoide sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Globugerinoides ruber f. tipica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Globugerinoides trilobus 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Gypsina vesicularis 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0
Gyroidina orbicularis 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Hauerina fragilissima 0 0 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0
78
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T01 T05 T10 T15 T20 T25
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Hauerina inconstans 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 0 0
Lagena aspera 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Lagena perlucida 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Lenticulina rotulata 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0
Lenticulina sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Loxostanum karrearianum 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0
Loxostanum limbatum 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0
Massilina pernambusensis 1 0,33 2 0,67 2 0,67 5 1,67 0 0 2 0,67
Mellonis affins 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Miliolinella subrotunda 6 2 13 4,33 9 3 1 0,33 9 3 4 1,33
Nodobaculariella cassis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nodosaria vertebralis 1 0,33 0 0 0 0 2 0,67 4 1,33 1 0,33
Nonion pauperatum 2 0,67 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Nonionella atlantica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nonionella auricula 1 0,33 2 0,67 3 1 2 0,67 0 0 7 2,33
Oolina inornata 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0 2 0,67
Oolina sp. 1 0,33 4 1,33 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33
Peneroplis bradyi 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Peneroplis carinatus 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Peneroplis discoideus 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 1 0,33
Peneroplis proteus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Pseudonion grateloupi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Poroeponides lateralis 5 1,67 1 0,33 3 1 3 1 4 1,33 2 0,67
Pulleniatina obliquiloculata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pyrgo bulloides 4 1,33 0 0 4 1,33 2 0,67 2 0,67 2 0,67
Pyrgo comata 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Pyrgo denticulata 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Pyrgo elongata 4 1,33 5 1,67 8 2,67 10 3,33 12 4 3 1
Pyrgo ocensis 0 0 0 0 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0
Pyrgo patagonica 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Pyrgo rigens 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pyrgo subsphaerica 17 5,67 23 7,67 16 5,33 24 8 9 3 13 4,33
Quinqueloculina anguina 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0
Quinqueloculina angulata 8 2,67 7 2,33 4 1,33 9 3 1 0,33 12 4
Quinqueloculina auberiana 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
79
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T01 T05 T10 T15 T20 T25
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Quinqueloculina bicarinata 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Quinqueloculina bicarinella 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1,33 0 0
Quinqueloculina bicostata 7 2,33 9 3 6 2 18 6 0 0 9 3
Quinqueloculina bienvillensis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Quinqueloculina bosciana 2 0,67 0 0 0 0 0 0 2 0,67 2 0,67
Quinqueloculina candeina 0 0 4 1,33 0 0 0 0 12 4 3 1
Quinqueloculina disparilis curta 7 2,33 6 2 1 0,33 3 1 18 6 3 1
Quinqueloculina funafutiensis 6 2 3 1 5 1,67 3 1 0 0 3 1
Quinqueloculina horrida 5 1,67 2 0,67 1 0,33 1 0,33 9 3 3 1
Quinqueloculina implexa 4 1,33 3 1 1 0,33 2 0,67 2 0,67 0 0
Quinqueloculina intricata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1,33
Quinqueloculina laevigata 0 0 1 0,33 4 1,33 3 1 0 0 0 0
Quinqueloculina lamarckiana 35 11,67 46 15,33 45 15 30 10 39 13 33 11
Quinqueloculina linneiana 0 0 1 0,33 3 1 1 0,33 0 0 0 0
Quinqueloculina microcostata 0 0 0 0 3 1 2 0,67 0 0 12 4
Quinqueloculina moynensis 1 0,33 2 0,67 0 0 0 0 1 0,33 8 2,67
Quinqueloculina patagonica 9 3 2 0,67 5 1,67 8 2,67 3 1 5 1,67
Quinqueloculina poeyana 1 0,33 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Quinqueloculina polygona 5 1,67 9 3 6 2 3 1 1 0,33 3 1
Quinqueloculina pricei 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Quinqueloculina seminulum 2 0,67 2 0,67 0 0 0 0 6 2 0 0
Quinqueloculina sp.A 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Quinqueloculina sp.B 0 0 2 0,67 3 1 2 0,67 3 1 6 2
Quinqueloculina tenuis 0 0 2 0,67 1 0,33 8 2,67 0 0 0 0
Quinqueloculina vernusta 0 0 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0
Quinqueloculina vulgaris 5 1,67 11 3,67 10 3,33 12 4 0 0 3 1
Robulus cf. acutauricularis 0 0 2 0,67 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Robuluscf. crassus 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Robulus orbicularis 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Robulus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Schulumbergerina alveoliniforms 1 0,33 0 0 2 0,67 2 0,67 0 0 1 0,33
Sigmavirgulina tortuosa 2 0,67 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Sigmoilopsis schlumbergeri 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sigmolina asperula 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Sigmolina subpoeyana 0 0 0 0 0 0 4 1,33 1 0,33 1 0,33
80
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T01 T05 T10 T15 T20 T25
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Sigmolinita tenuis 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Siphogerina duartei 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Siphonina bradyana 2 0,67 3 1 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0
Siphonina pulchra 4 1,33 2 0,67 1 0,33 2 0,67 0 0 3 1
Siphonina reticulata 2 0,67 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Siphonina sp. 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Siphoninoides echinatus 1 0,33 4 1,33 1 0,33 6 2 3 1 11 3,67
Spiroloculina antillarum 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67 1 0,33
Spiroloculina estebani 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Spiroloculina grateloupi 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Spiroloculina mosesi 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0
Spiroloculina sp. 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Spiroloculina tenuis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Spirosigmoilina bradyi 3 1 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0
Textularia agglutinans 2 0,67 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0
Textularia candeiana 0 0 1 0,33 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0
Textularia conica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,33
Textularia gramen 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67
Textularia keribaensis 0 0 0 0 0 0 2 0,67 0 0 1 0,33
Triloculina bermudezi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Triloculina cultrata 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Triloculina gracilis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 2 0,67 2 0,67
Triloculina linneiana 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Triloculina lutea 4 1,33 3 1 4 1,33 8 2,67 7 2,33 8 2,67
Triloculina oblonga 17 5,67 14 4,67 24 8 25 8,33 18 6 25 8,33
Triloculina quadrilateralis 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1,67
Triloculina reticulata f. bicarinata 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Triloculina reticulata f. carinata 0 0 1 0,33 0 0 0 0 0 0 0 0
Triloculina sommeri 0 0 3 1 2 0,67 0 0 6 2 0 0
Triloculina sp. 1 0,33 0 0 0 0 0 0 1 0,33 0 0
Triloculina tricarinata 3 1 5 1,67 12 4 5 1,67 2 0,67 5 1,67
Triloculina trigonula 4 1,33 4 1,33 6 2 0 0 1 0,33 3 1
Tubinela funalis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
81
Continuação da TABELA VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Amphistegina gibbosa 1 0,33 4 1,33 0 0,00 1 0,33 2 0,67 26 0,79
Amphistegina lessonii 22 7,33 29 9,63 25 8,33 25 8,33 19 6,33 261 7,92
Angulogerina angulosa angulosa 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Angulogerina angulosa occidentalis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Archaias angulatus 1 0,33 0 0 3 1,00 2 0,67 0 0 12 0,36
Archaias compressus 0 0 0 0 2 0,67 0 0 0 0 6 0,18
Articulina atlantica 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 1 0,33 2 0,06
Bigerina nodosaria 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 6 0,18
Bigerina textularoidea 2 0,67 0 0 5 1,67 0 0 0 0 10 0,3
Bolivina albatrossi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina cuomoi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina difforms 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 1 0,03
Bolivina doniezi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Bolivina lanceolata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina limonensis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina ordinaria 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Bolivina sp. 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Bolivina sphatulata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina subaenariensis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina subreticulata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bolivina translucens 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Brizalina striatula 1 0,33 2 0,66 0 0,00 0 0 2 0,67 11 0,33
Bulimina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Bulimina patagonica 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Cancris oblonga 4 1,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 6 0,18
Cancris sagra 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Cibicides dispars 3 1 0 0 0 0,00 3 1 0 0 7 0,21
Cibicides sp. A 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Cibicides sp. B 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Clavulina tricarinata 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 1 0,03
Cornuspira involvens 4 1,33 0 0 0 0,00 9 3 3 1 30 0,91
Cornuspira planorbis 7 2,33 6 1,99 9 3,00 8 2,67 11 3,67 77 2,34
Discorbis aff. Isabelleanus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Discorbis bertheloti 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Discorbis bertheloti var floridensis 0 0 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 3 0,09
82
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Discorbis concinna 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Discorbis floridana 2 0,67 4 1,33 3 1,00 0 0 3 1 33 1
Discorbis globosa 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 3 0,09
Discorbis mira 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Discorbis parkerae 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 2 0,06
Discorbis peruvianus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09
Discorbis sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Ehrenbergina spinea 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Elphidium advenum depressulum 2 0,67 0 0 1 0,33 1 0,33 1 0,33 20 0,61
Elphidium alvarezianum 0 0 1 0,33 3 1,00 4 1,33 0 0 19 0,58
Elphidium articulatum 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Elphidium discoidale 23 7,67 29 9,63 17 5,67 25 8,33 38 12,67 224 6,8
Elphidium excavatum 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Elphidium galvestonse 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Elphidium incertum 2 0,67 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 19 0,58
Elphidium lessonii 1 0,33 5 1,66 3 1,00 4 1,33 2 0,67 25 0,76
Elphidium macellum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Elphidium margaritaceum 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 3 1 6 0,18
Elphidium morenoi ameghinoi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 5 0,15
Elphidium poeyanum 7 2,33 5 1,66 7 2,33 9 3 12 4 87 2,64
Elphidium sagrum 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Eponides antillarum 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 1 0,03
Eponides frigidus 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Eponides peruvianus 0 0 0 0 0 0,00 2 0,67 0 0 3 0,09
Fissurina orbignyana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 2 0,06
Fissurina semimarginata 0 0 2 0,66 0 0,00 2 0,67 0 0 6 0,18
Fissurina submarginata 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 11 0,33
Fursenkoina pontoni 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24
Glandulina rotundata 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24
Globugerinoide sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Globugerinoides ruber f. tipica 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Globugerinoides trilobus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Gypsina vesicularis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09
Gyroidina orbicularis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Hauerina fragilissima 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
83
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Hauerina inconstans 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Lagena aspera 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Lagena perlucida 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Lenticulina rotulata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Lenticulina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Loxostanum karrearianum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Loxostanum limbatum 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Massilina pernambusensis 2 0,67 0 0 0 0,00 5 1,67 4 1,33 23 0,7
Mellonis affins 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Miliolinella subrotunda 16 5,33 8 2,66 12 4,00 10 3,33 13 4,33 101 3,07
Nodobaculariella cassis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Nodosaria vertebralis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24
Nonion pauperatum 2 0,67 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 3 0,09
Nonionella atlantica 1 0,33 0 0 0 0,00 3 1 5 1,67 24 0,73
Nonionella auricula 1 0,33 3 1 2 0,67 1 0,33 0 0 10 0,3
Oolina inornata 0 0 3 1 1 0,33 1 0,33 2 0,67 14 0,42
Oolina sp. 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 0 0 3 0,09
Peneroplis bradyi 1 0,33 0 0 0 0,00 3 1 0 0 7 0,21
Peneroplis carinatus 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 7 0,21
Peneroplis discoideus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Peneroplis proteus 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Pseudonion grateloupi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Poroeponides lateralis 1 0,33 2 0,66 5 1,67 5 1,67 2 0,67 33 1
Pulleniatina obliquiloculata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Pyrgo bulloides 4 1,33 7 2,33 2 0,67 3 1 5 1,67 35 1,06
Pyrgo comata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Pyrgo denticulata 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 0 0 4 0,12
Pyrgo elongata 7 2,33 5 1,66 6 2,00 5 1,67 1 0,33 66 2
Pyrgo ocensis 1 0,33 1 0,33 1 0,33 4 1,33 4 1,33 14 0,42
Pyrgo patagonica 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Pyrgo rigens 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Pyrgo subsphaerica 14 4,67 13 4,32 10 3,33 17 5,67 16 5,33 172 5,22
Quinqueloculina anguina 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 3 1 6 0,18
Quinqueloculina angulata 4 1,33 3 1 1 0,33 3 1 4 1,33 56 1,7
Quinqueloculina auberiana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
84
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Quinqueloculina bicarinata 1 0,33 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 4 0,12
Quinqueloculina bicarinella 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Quinqueloculina bicostata 0 0 6 1,99 2 0,67 2 0,67 2 0,67 61 1,85
Quinqueloculina bienvillensis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Quinqueloculina bosciana 2 0,67 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 9 0,27
Quinqueloculina candeina 4 1,33 4 1,33 2 0,67 3 1 0 0 32 0,97
Quinqueloculina disparilis curta 8 2,67 6 1,99 3 1,00 0 0 10 3,33 65 1,97
Quinqueloculina funafutiensis 3 1 0 0 1 0,33 7 2,33 3 1 34 1,03
Quinqueloculina horrida 3 1 5 1,66 2 0,67 0 0 0 0 31 0,94
Quinqueloculina implexa 1 0,33 0 0 2 0,67 1 0,33 0 0 16 0,36
Quinqueloculina intricata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 5 0,15
Quinqueloculina laevigata 1 0,33 3 1 2 0,67 3 1 1 0,33 18 0,55
Quinqueloculina lamarckiana 34 11,33 26 8,64 31 10,33 17 5,67 10 3,33 346 10,5
Quinqueloculina linneiana 0 0 2 0,66 1 0,33 0 0 0 0 8 0,24
Quinqueloculina microcostata 2 0,67 7 2,33 7 2,33 2 0,67 1 0,33 36 1,06
Quinqueloculina moynensis 2 0,67 0 0 0 0,00 0 0 0 0 14 0,42
Quinqueloculina patagonica 9 3 7 2,33 6 2,00 7 2,33 6 2 67 2,03
Quinqueloculina poeyana 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Quinqueloculina polygona 3 1 3 1 3 1,00 0 0 2 0,67 38 1,15
Quinqueloculina pricei 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Quinqueloculina seminulum 2 0,67 3 1 3 1,00 6 2 5 1,67 29 0,88
Quinqueloculina sp.A 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Quinqueloculina sp.B 2 0,67 0 0 1 0,33 0 0 1 0,33 20 0,61
Quinqueloculina tenuis 0 0 7 2,33 7 2,33 5 1,67 0 0 30 0,91
Quinqueloculina vernusta 7 2,33 0 0 9 3,00 0 0 0 0 19 0,58
Quinqueloculina vulgaris 4 1,33 7 2,33 8 2,67 14 4,67 15 5 89 2,7
Robulus cf. acutauricularis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 4 0,12
Robulus cf. crassus 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Robulus orbicularis 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 2 0,06
Robulus sp. 0 0 0 0 0 0,00 3 1 0 0 3 0,09
Schulumbergerina alveoliniforms 3 1 3 1 0 0,00 0 0 0 0 12 0,36
Sigmavirgulina tortuosa 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Sigmoilopsis schlumbergeri 0 0 3 1 0 0,00 0 0 0 0 3 0,09
Sigmolina asperula 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Sigmolina subpoeyana 1 0,33 0 0 1 0,33 4 1,33 3 1 15 0,46
85
Continuação da Tabela VI: Valores das frequências absoluta e relativa das espécies de foraminíferos identificadas nas amostras do testemunho PR – 124.
T30 T35 T40 T45 T50 TOTAL
Espécies AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR% AB AR%
Sigmolinita tenuis 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 3 0,09
Siphogerina duartei 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0,00 1 0,03
Siphonina bradyana 3 1 0 0 3 1,00 1 0,33 1 0,33 16 0,49
Siphonina pulchra 1 0,33 2 0,66 4 1,33 2 0,67 1 0,33 22 0,67
Siphonina reticulata 0 0 0 0 3 1,00 0 0 0 0 5 0,15
Siphonina sp. 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Siphoninoides echinatus 10 3,33 10 3,32 6 2,00 2 0,67 7 2,33 61 1,85
Spiroloculina antillarum 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 2 0,67 8 0,24
Spiroloculina estebani 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Spiroloculina grateloupi 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 2 0,06
Spiroloculina mosesi 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Spiroloculina sp. 1 0,33 1 0,33 1 0,33 1 0,33 0 0 5 0,15
Spiroloculina tenuis 1 0,33 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Spirosigmoilina bradyi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Textularia agglutinans 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 5 0,15
Textularia candeiana 0 0 0 0 0 0,00 1 0,33 0 0 5 0,15
Textularia conica 0 0 0 0 1 0,33 3 1 0 0 5 0,15
Textularia gramen 0 0 0 0 1 0,33 0 0 0 0 5 0,15
Textularia keribaensis 0 0 0 0 1 0,33 1 0,33 0 0 5 0,15
Triloculina bermudezi 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Triloculina cultrata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
Triloculina gracilis 2 0,67 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 8 0,24
Triloculina linneiana 0 0 1 0,33 1 0,33 4 1,33 3 1 11 0,33
Triloculina lutea 13 4,33 8 2,66 12 4,00 6 2 10 3,33 83 2,52
Triloculina oblonga 18 6 26 8,64 34 11,33 23 7,67 34 11,33 258 7,83
Triloculina quadrilateralis 0 0 2 0,66 2 0,67 1 0,33 2 0,67 13 0,39
Triloculina reticulata f. bicarinata 0 0 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 2 0,06
Triloculina reticulata f. carinata 0 0 0 0 0 0,00 0 0 0 0 1 0,03
Triloculina sommeri 2 0,67 0 0 0 0,00 6 2 2 0,67 21 0,64
Triloculina sp. 1 0,33 1 0,33 0 0,00 0 0 0 0 4 0,12
Triloculina tricarinata 2 0,67 11 3,65 9 3,00 6 2 9 3 69 2,09
Triloculina trigonula 0 0 0 0 3 1,00 1 0,33 2 0,67 24 0,73
Tubinela funalis 0 0 0 0 0 0,00 0 0 1 0,33 1 0,03
86
TABELA VII: Índices de Riqueza (R), Equitatividade (J’) e Diversidade (H’) das
espécies de foraminíferos, das amostras de sedimentos do testemunho PR – 124.
Prof. (m) é profundidade e N.E. é Número de Espécies.
Amostra Prof. (m) N. E. R (J’) (H’)
T 01 0,01 76 13,15 0,872 3,778
T 05 0,05 69 11,92 0,855 3,619
T 10 0,10 59 10,17 0,841 3,43
T 15 0,15 60 10,34 0,849 3,478
T 20 0,20 67 11,57 0,849 3,57
T 25 0,25 65 11,22 0,868 3,625
T 30 0,30 74 12,80 0,849 3,656
T 35 0,35 57 9,82 0,863 3,488
T 40 0,40 62 10,69 0,854 3,524
T 45 0,45 63 10,87 0,879 3,644
T 50 0,50 58 9,99 0,846 3,434
87
TABELA VIII: Valores relativos de frequência total (Freq. Total) e frequência de ocorrência das espécies utilizados para formar o dendograma.
Espécies Nº de Amostras Constância (%) Freq. Total (%)
Amphistegina lessonii 11 100 7,92
Cornuspira planorbis 11 100 2,34
Elphidium discoidale 11 100 6,80
Elphidium poeyanum 11 100 2,64
Miliolinella subrotunda 11 100 3,07
Poroeponides lateralis 11 100 1,00
Pyrgo elongata 11 100 2,00
Pyrgo subsphaerica 11 100 5,22
Quinqueloculina angulata 11 100 1,70
Quinqueloculina lamarckiana 11 100 10,50
Quinqueloculina patagonica 11 100 2,03
Siphoninoides echinatus 11 100 1,85
Triloculina lutea 11 100 2,52
Triloculina oblonga 11 100 7,83
Triloculina tricarinata 11 100 2,09
Pyrgo bulloides 10 90,9 1,06
Quinqueloculina bicostata 10 90,9 1,85
Quinqueloculina disparilis curta 10 90,9 1,97
Quinqueloculina polygona 10 90,9 1,15
Quinqueloculina vulgaris 10 90,9 2,70
Discorbis floridana 9 81,1 1,00
Quinqueloculina funafutiensis 9 81,1 1,03
Quinqueloculina microcostata 8 72,7 1,06
88
TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.
Espécies Sigla Espécies Sigla Amphistegina gibbosa
Ampgib Discorbis globosa
Disglo Amphistegina lessonii
Amples Discorbis mira
Dismira Angulogerina angulosa angulosa
Angang Discorbis parkerae
Dispak Angulogerina angulosa occidentalis
Angocc Discorbis peruvianus
Disper Archaias angulatus
Arcang Discorbis sp.
Dissp Archaias compressus
Arccom Ehrenbergina spinea
Ehrspi Articulina atlantica
Artatl Elphidium advenum depressulum
Elpadd Bigerina nodosaria
Bignod Elphidium alvarezianum
Elpalv Bigerina textularoidea
Bigtex Elphidium articulatum
Elpart Bolivina albatrossi
Bolalb Elphidium discoidale
Elpdis Bolivina cuomoi
Bolcum Elphidium excavatum
Elpexc Bolivina difforms
Boldif Elphidium galvestonse
Elpgal Bolivina doniezi
Boldon Elphidium incertum
Elpinc Bolivina lanceolata
Bollan Elphidium lessonii
Elples Bolivina limonensis
Bollim Elphidium macellum
Elpmac Bolivina ordinaria
Bolord Elphidium margaritaceum
Elpmar Bolivina sp.
Bolsp Elphidium morenoi ameghinoi
Elpmor Bolivina sphatulata
Bolsph Elphidium poeyanum
Elppoe Bolivina subaenariensis
Bolsuba Elphidium sagrum
Elpsag Bolivina subreticulata
Bolsubre Eponides antillarum
Epoant Bolivina translucens
Boltran Eponides frigidus
Epofri Brizalina striatula
Bizstria Eponides peruvianus
Epoper Bulimina sp.
Bulsp Fissurina orbignyana
Fisorb Bulimina patagonica
Bulpat Fissurina semimarginata
Fissem Cancris oblonga
Canoblo Fissurina submarginata
Fissub Cancris sagra
Cansa Fursenkoina pontoni
Furpon Cibicides dispars
Cibidis Glandulina rotundata
Glarot Cibicides sp. A
CibispA Globugerinoide sp.
Globsp Cibicides sp. B
CibispB Globugerinoides ruber f. tipica
Glorut Clavulina tricarinata
Clatri Globugerinoides trilobus
Glotri Cornuspira involvens
Corinv Gypsina vesicularis
Gypves Cornuspira planorbis
Corpla Gyroidina orbicularis
Gyrorb Discorbis aff. Isabelleanus
Disafis Hauerina fragilissima
Havfra Discorbis bertheloti
Disber Hauerina inconstans
Havinc Discorbis bertheloti var floridensis
Disbvf Lagena aspera
Lagasp Discorbis concinna
Discon Lagena perlucida
Lagper Discorbis floridana
Disflo Lenticulina rotulata
Lenrot
89
Continuação da TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.
Espécies Sigla Espécies Sigla
Lenticulina sp. Lensp
Quinqueloculina funafutiensis Quifun
Loxostanum karrearianum Loxkar
Quinqueloculina horrida Quihor
Loxostanum limbatum Loxlim
Quinqueloculina implexa Quiimp
Massilina pernambusensis Masper
Quinqueloculina intricata Quiint
Mellonis affins Melaff
Quinqueloculina laevigata Quilae
Miliolinella subrotunda Milsubr
Quinqueloculina lamarckiana Quilam
Nodobaculariella cassis Nodcas
Quinqueloculina linneiana Quilin
Nodosaria vertebralis Nodver
Quinqueloculina microcostata Quimic
Nonion pauperatum Nonpan Quinqueloculina moynensis Quimoy
Nonionella atlantica Nonalt Quinqueloculina patagonica Quipat
Nonionella auricula Nonaur Quinqueloculina poeyana Quipoe
Oolina inornata Oolino Quinqueloculina polygona Quipol
Oolina sp. Oolsp Quinqueloculina pricei Quipri
Peneroplis bradyi Penbra Quinqueloculina seminulum Quisem
Peneroplis carinatus Pencar Quinqueloculina sp.A QuispA
Peneroplis discoideus Pendis Quinqueloculina sp.B QuispB
Peneroplis proteus Penpro Quinqueloculina tenuis Quiten
Pseudonion grateloupi Psegra Quinqueloculina venusta Quiven
Poroeponides lateralis Porlat Quinqueloculina vulgaris Quivul
Pulleniatina obliquiloculata Pulobli Robulus cf. acutauricularis Robacu
Pyrgo bulloides Pyrbul Robulus cf. crassus Robcra
Pyrgo comata Pyrcom Robulus orbicularis Roborb
Pyrgo denticulata Pyrden Robulus sp. Robsp
Pyrgo elongata Pyrelo Schulumbergerina alveoliniforms Schalv
Pyrgo ocensis Pyrocen Sigmavirgulina tortuosa Sigtor
Pyrgo patagonica Pyrpat Sigmoilopsis schlumbergeri Sigsch
Pyrgo rigens Pyrrig Sigmolina asperula Sigasp
Pyrgo subsphaerica Pyrsubp Sigmolina subpoeyana Sigspo
Quinqueloculina anguina Quiang Sigmolinita tenuis Sigten
Quinqueloculina angulata Quianu Siphogerina duartei Sipdua
Quinqueloculina bicarinata Quibic Siphonina bradyana Sipbrn
Quinqueloculina bicarinella Quibil Siphonina pulchra Sippul
Quinqueloculina bicostata Quibit Siphonina reticulata Sipret
Quinqueloculina bienvillensis Quibie Siphonina sp. Sipsp
Quinqueloculina bosciana Quibos Siphoninoides echinatus Sipech
Quinqueloculina candeina Quican Spiroloculina antillarum Spiant
Quinqueloculina disparilis curta Quidis Sigmolinita tenuis Sigten
90
Continuação da TABELA IX: Siglas das espécies utilizadas na descrição do texto.
Espécies Sigla Espécies Sigla
Spiroloculina estebani Spiest Triloculina gracilis Trigra
Spiroloculina grateloupi Spigra Triloculina linneiana Trilin
Spiroloculina mosesi Spimio Triloculina lutea Trilut
Spiroloculina sp. Spisp Triloculina oblonga Trioblo
Spiroloculina tenuis Spiten Triloculina quadrilateralis Triqua
Spirosigmoilina bradyi Spibra Triloculina reticulata bicarinata Trireb
Textularia agglutinans Texagl Triloculina reticulata carinata Trirec
Textularia candeiana Texcan Triloculina sommeri Trisom
Textularia conica Texcon Triloculina sp. Trisp
Textularia gramen Texgra Triloculina tricarinata Tritri
Textularia keribaensis Texker Triloculina trigonula Tritrg
Triloculina bermudezi Triber Tubinela funalis Tubfun
Triloculina cultrata Tricul